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Cuidados De Enfermagem Para Pacientes Em Tratamento Paliativo 
Arisson De Meira[footnoteRef:1] [1: Acadêmico(a) do curso de curso de bacharelado em enfermagem da Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera
] 
Marcia Magalhães Mata [footnoteRef:2] [2: Orientador(a). Docente do curso de bacharelado em enfermagem da Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera
.] 
RESUMO
Os cuidados paliativos representam uma abordagem essencial para promover a qualidade de vida e uma morte digna para pacientes em fase terminal e suas famílias. No centro dessa prática está o papel fundamental do enfermeiro, profissional de saúde que desempenha cuidados diretos e indiretos em diversas áreas assistenciais. Florence Nightingale definiu a enfermagem como a arte e ciência do cuidado humano, destacando a importância do altruísmo e da valorização do ambiente onde o cuidado é prestado. No contexto dos cuidados paliativos, o enfermeiro desempenha múltiplos papéis, incluindo a avaliação sistemática dos sintomas, o suporte à equipe multiprofissional na definição de prioridades, e a interação com as dinâmicas familiares para alcançar os objetivos terapêuticos traçados. Habilidades de comunicação são cruciais, permitindo a compreensão e o atendimento às necessidades físicas, sociais, psicológicas, espirituais e culturais dos pacientes e familiares. Além disso, o trabalho em equipe é essencial nos cuidados paliativos, envolvendo profissionais de diversas áreas para atender às necessidades complexas dos pacientes e famílias, desde o processo da doença até o luto. Ações coordenadas e bem desenvolvidas ao longo de todo o processo, incluindo o controle de sintomas e a comunicação eficaz, são capazes de melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes e reduzir o sofrimento, garantindo uma morte digna e respeitosa.	Comment by Rodrigo Corrêa: Não utilizamos conceitos citados no resumo
Palavras-chave: Cuidados Paliativos, Enfermeiro, Comunicação, Trabalho em Equipe.
1 INTRODUÇÃO 
Ao longo da história, o ser humano tem testemunhado os ciclos do nascimento e da morte, onde a doença figura com frequência. Embora o padrão e o tipo de doenças tenham evoluído, o enfrentamento da morte após períodos de enfermidade tem sido enfrentado com sucesso. No entanto, com o progresso científico e social do século XX, houve um aumento da longevidade, mas isso não garante necessariamente uma melhora na qualidade do processo de morrer, especialmente com o surgimento das doenças crônicas não transmissíveis, que frequentemente levam à morte no estágio final (Messias Neto, 2014).
A busca intensa pela cura de várias doenças, embora tenha trazido satisfação pelos avanços alcançados, também gerou uma cultura de negação da morte e um triunfalismo sobre a mesma, desvalorizando intervenções de saúde que promovessem um final de vida digno (Messias Neto, 2016). A morte passou a ser vista como uma derrota, um fracasso, e isso levou a uma desumanização na forma como os profissionais de saúde lidavam com a situação (Clark, 2018).
De acordo com Figueiredo (2016), a percepção da morte tem evoluído ao longo do tempo, assumindo diferentes significados na vida das pessoas. Enquanto nossos antepassados viam a morte como uma etapa natural da existência, hoje em dia essa percepção mudou. O processo de morrer era antes acompanhado pelos familiares, proporcionando conforto e a presença dos entes queridos nos momentos finais.
Diante desse contexto, os cuidados paliativos emergiram do sentimento comum de impotência entre os profissionais de saúde diante de pacientes considerados incuráveis. Esses profissionais se conscientizaram de que, mesmo após esgotadas as possibilidades de cura, ainda havia muito a ser feito pelos pacientes em fase terminal (Pacheco, 2002). Os cuidados paliativos visam resgatar a humanidade no cuidado, que por muito tempo foi negligenciada. Hoje, busca-se equilibrar os conhecimentos técnicos e científicos com a arte de acompanhar humanamente as pessoas no final de suas vidas (Messias Neto, 2014).
A institucionalização dos cuidados paliativos teve início na década de 1960, com o objetivo de adicionar vida aos dias, não apenas prolongar os dias de vida. Esse movimento visava promover a qualidade de vida, aliviando os sofrimentos desnecessários e suavizando o processo de morte (Pacheco, 2015). Atualmente, a filosofia dos cuidados paliativos está amplamente difundida, embora o acesso a eles ainda seja bastante desigual em todo o mundo (Messias Neto, 2014). Esses cuidados têm como base o respeito pela dignidade humana e colocam a pessoa sempre em primeiro lugar, acima de qualquer avanço científico ou tecnológico.
O conceito de cuidados paliativos evoluiu ao longo do tempo, adaptando-se às diferentes realidades e necessidades das pessoas doentes e suas famílias em todo o mundo (Pessini, 2015).
Os cuidados paliativos, conforme definidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2020, representam uma abordagem que visa melhorar a qualidade de vida de pacientes e seus familiares diante de doenças que representam uma ameaça à continuidade da vida. Essa abordagem busca prevenir e aliviar o sofrimento, requerendo a identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e de outros problemas de ordem física, psicossocial e espiritual (OMS, 2020).
Segundo Minayo (2019), os cuidados paliativos não se baseiam em protocolos, mas sim em princípios fundamentais. O foco não está mais na terminalidade, mas sim nas doenças que representam uma ameaça à vida. É indicado o cuidado desde o momento do diagnóstico, ampliando assim o escopo de atuação. Além disso, não se fala mais em impossibilidade de cura, mas sim na possibilidade ou não de tratamento modificativo da doença, afastando assim a ideia de que não há mais nada a ser feito. Pela primeira vez, a espiritualidade é reconhecida como uma das dimensões essenciais do ser humano. A família é lembrada e assistida não apenas durante a doença, mas também no período de luto após a morte do paciente (Minayo, 2019).
De acordo com Mello (2014), cuidados paliativos implicam em proteger, amparar, cobrir e abrigar, indo além da perspectiva de cura para abraçar a essência da assistência em todas as dimensões psicológicas, sociais e espirituais dos pacientes e seus familiares.
Os princípios dos cuidados paliativos se fundamentam em conhecimentos provenientes de diversas especialidades, abrangendo intervenções clínicas e terapêuticas nas diferentes áreas do conhecimento médico e em conhecimentos específicos (Pessini, 2015). Em 1986, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou princípios que orientam a atuação da equipe multiprofissional de cuidados paliativos, os quais foram reafirmados em sua revisão em 2002.
Os cuidados paliativos representam uma abordagem essencial no contexto da saúde, especialmente para pacientes em fase terminal de doenças graves e incuráveis. Esta área da medicina concentra-se não apenas na gestão dos sintomas físicos, mas também no apoio emocional, espiritual e social dos pacientes e suas famílias, visando proporcionar uma melhor qualidade de vida e uma morte digna. No cerne desses cuidados está o papel crucial desempenhado pelos enfermeiros, profissionais de saúde que atuam diretamente no cuidado dos pacientes em todas as áreas assistenciais.	Comment by Rodrigo Corrêa: Na introdução utiliza-se de conceitos e citações provenientes de alguém que procedeu com a pesquisa. Em todos os parágrafos precisamos da referência que falou aquilo, caso contrário podem alegar cópia ou plágio. Terás que colocar a referência aqui e nos demais parágrafos que estão sem.
Pessini (2016) enfatiza que o profissional de saúde deve reunir competência técnico-científica, habilidades humanas e ética, buscando agir com plena consciência. O enfermeiro, por sua vez, deve estar sensível às necessidades do paciente, desenvolvendo posturas de acolhimento, afetividade e respeito. Os dilemas éticos e legais enfrentados pelo profissional e pelo paciente dizem respeito até onde o tratamento deve ser mantido, uma questão que varia entreos indivíduos.
Segundo Mello (2020), a formação dos profissionais de saúde em cuidados paliativos é limitada, e muitas vezes o tema é negligenciado fora do contexto de cura. A falta de preparo adequado dos profissionais dificulta a prestação de cuidados afetuosos e apropriados ao paciente e à sua família, resultando em sofrimento intenso, incapacidade e prejuízo à qualidade de vida dos pacientes paliativos.
Contrariamente, como aponta Fitch (2016), o reconhecimento de que a falta de cura não significa ausência de possibilidades de intervenção é crucial. Surgem várias opções a serem oferecidas ao paciente e à sua família, incluindo a consideração de sua autonomia, escolhas e desejos. Nesse contexto, é importante ressaltar o compromisso dos profissionais de enfermagem com a humanização dos cuidados paliativos.
Carvalho e Merighi (2016) destacam a difícil situação das pessoas, especialmente aquelas dependentes do sistema de saúde público, que representam a maioria da população. Elas frequentemente enfrentam longas esperas por atendimento e uma fila interminável de consultas. Diante dessa realidade, é crucial que as normas estabelecidas pelas instituições de saúde valorizem uma assistência mais humanizada, capaz de oferecer conforto.
Rodrigues e Zago (2016) ressaltam que a atuação de uma equipe interdisciplinar depende do reconhecimento da competência de cada profissional e do respeito a essa competência. Para que a interdisciplinaridade seja eficaz, é essencial que haja diálogo claro e aberto entre os membros da equipe, mesmo diante de situações difíceis ou conflitos.
NIGHTINGALE, F. (ANO) definiu a enfermagem como uma arte e ciência de cuidar do ser humano, um legado histórico que destaca a importância da compaixão, habilidades técnicas e comunicação empática na prática de enfermagem. Os enfermeiros desempenham um papel central na equipe de cuidados paliativos, utilizando suas habilidades para avaliar os sintomas, proporcionar conforto físico e emocional, e coordenar o cuidado planejado em colaboração com outros profissionais de saúde.
 Segundo Pimenta e Mota (2016), é crucial que o doente seja reconhecido como um indivíduo presente, que vai além de sua condição física e do leito hospitalar. Nesse sentido, os profissionais de saúde devem despertar para a sensibilidade humana, colocando-se no lugar do outro e refletindo sobre a humanização do cuidado. Cuidar implica em preocupação, responsabilidade e envolvimento afetivo com o outro.
Falar sobre cuidados paliativos frequentemente evoca reações imprevistas diante de pacientes no fim da vida. Os profissionais de enfermagem na clínica médica muitas vezes lidam com sentimentos angustiantes e desgastantes durante seus plantões, enfrentando sentimentos de impotência e insegurança diante do sofrimento do paciente. É comum sentir que os profissionais, em equipe ou individualmente, enfrentam dificuldades e falta de preparo para lidar com a morte, o que pode levar a uma normalização dessa situação ao longo do tempo (AVANCI, 2019).
Dentre os membros da equipe de saúde, os profissionais de enfermagem geralmente estão mais próximos do paciente e de suas famílias. Eles são responsáveis por executar as decisões médicas, monitorar os sinais vitais, realizar procedimentos como a administração de soros e sondas, além de atender às necessidades do paciente no leito, muitas vezes em situações de extremo sofrimento e dor. É comum que o profissional de enfermagem seja alvo de raiva, pois acompanha de perto a trajetória dos pacientes no hospital e sente as consequências da revolta destes (FISCHER et al., 2017).
A abordagem da morte pode gerar desconforto devido à angústia provocada pela nossa própria mortalidade. O cotidiano no ambiente hospitalar pode fazer com que os profissionais percam o desejo de participar da evolução do paciente, devido a situações de risco e proximidade da morte. Isso revela uma percepção sutil da fragilidade durante a ação profissional, que se manifesta de maneira sólida em momentos em que as respostas parecem não ser suficientes, levando muitas vezes ao silêncio como forma de lidar com essas situações (VARGAS, 2018).
O papel da comunicação nos Cuidados Paliativos é crucial, pois relacionar-se significa estar presente para o outro, utilizando tanto habilidades de comunicação verbal quanto não verbal para transmitir e receber mensagens. A comunicação é um elemento fundamental nas relações humanas e um componente essencial do cuidado (SILVA, 2018).
O uso adequado de técnicas e estratégias de comunicação interpessoal por parte dos profissionais de saúde é uma medida terapêutica comprovadamente eficaz. Isso permite que o paciente compartilhe seus medos, dúvidas e sofrimentos, contribuindo para a redução do estresse psicológico e garantindo a manifestação da autonomia do paciente (ARAÚJO, 2013).
Para os pacientes em Cuidados Paliativos, a comunicação interpessoal e os relacionamentos humanos são cruciais, representando a essência do cuidado que sustenta a fé e a esperança nos momentos mais difíceis de enfrentamento (ARAÚJO, 2016).
Esses pacientes desejam ser compreendidos como seres humanos que sofrem, pois além da dor física, enfrentam conflitos existenciais e necessidades que não podem ser supridas por medicamentos ou tecnologia avançada. Portanto, além de compartilhar seus medos e anseios, eles precisam sentir-se cuidados, amparados, confortados e compreendidos pelos profissionais de saúde que os assistem. Expressões de compaixão e afeto na relação com o paciente proporcionam a certeza de que ele é uma parte importante de um todo, o que traz sensação de proteção, consolo e paz interior (VALENTE, 2019).
Para que essas necessidades sejam atendidas e o cuidado no fim da vida seja bem-sucedido, é fundamental que os profissionais de saúde resgatem a relação interpessoal empática e compassiva como base para suas ações e condutas. Mais do que habilidades técnicas para diagnóstico e tratamento, e além de informações sobre a doença e o tratamento, os pacientes que enfrentam o fim da vida esperam que a relação com os profissionais de saúde seja fundamentada na compaixão, humildade, respeito e empatia (ZECA, 2017).
O suporte à família implica identificar seus problemas, suas necessidades e também mobilizar seus recursos internos, ajudando-os a lidar com as perdas, tanto antes quanto depois da morte do paciente (MESSIAS NETO, 2014). Dado que a família e o paciente terminal formam a unidade de cuidado, é crucial compreender e avaliar as necessidades da família para que ela possa desempenhar plenamente seu papel como cuidadora (MORREIRA, 2016).
O processo de apoio e informação estabelecido entre o paciente/família e os profissionais de saúde desempenha um papel fundamental na aceitação da doença, na capacitação para lidar com as situações, na tomada de decisões e no envolvimento no processo de cuidado por parte da família. Isso permite que eles reduzam a incerteza e adquiram algum controle sobre as atividades do dia a dia, contribuindo para um sentimento de bem-estar diante da realidade que enfrentam (MORREIRA, 2020). Portanto, é evidente a importância de apoiar a família no processo de cuidar do paciente terminal, pois, como já mencionado, as reações da família influenciam as do paciente.
Em Cuidados Paliativos, o foco principal não é a doença a ser curada ou controlada, mas sim o indivíduo, considerado como um ser biográfico, ativo, com direito à informação e à autonomia plena para as decisões sobre seu tratamento (GUTIERREZ, 2016).
Dado o intenso sofrimento da pessoa nessa fase da doença, caracterizado pela multiplicidade de sintomas apresentados, esses cuidados especiais exigem não apenas a capacidade técnica dos profissionais que os acompanham, mas também atenção, carinho, compaixão, empatia, respeito, equilíbrio, escuta ativa e comunicação eficaz (KOVÁCS, 2018). Devido às mudanças frequentes no quadro clínico, o paciente requer constantemente diversos cuidados e terapias, podendo ser atendido em ambiente hospitalar, em unidades de hospício ou em domicílio,onde possa receber alívio e conforto (KOVÁCS, 2018).
Em geral, nos últimos meses de vida, o paciente é atendido no ambulatório, visando ao alívio dos sintomas, como dor, desconforto abdominal, insônia, depressão e medo de morrer, entre outros. Nos últimos dias de vida, é comum que ele seja internado em ala hospitalar, onde receberá os cuidados necessários para essa fase final (OLIVEIRA, 2017).
A fase final da vida é aquela em que o processo de morte se desencadeia de forma irreversível e o prognóstico de vida pode ser definido em dias ou semanas. Nesse momento, os Cuidados Paliativos são essenciais para prevenir uma morte caótica e com grande sofrimento, exigindo uma atenção específica e contínua ao paciente e à sua família (COREN, 2020). Ações coordenadas e bem desenvolvidas de Cuidados Paliativos ao longo de todo o processo, desde o adoecer até o morrer, podem reduzir drasticamente a necessidade de intervenções, como a sedação paliativa (COREN, 2020).
Como profissionais de enfermagem, é importante estar ciente de que na fase avançada de uma doença há poucas chances de cura e que devemos prestar atenção aos sintomas físicos que causam desconforto. Para esses sintomas, podemos usar procedimentos, medicamentos e abordagens capazes de proporcionar bem-estar físico até o final da vida (MOTA et al., 2021).
O enfermeiro, profissional de saúde de nível superior, desempenha um papel crucial no cuidado direto e indireto de pessoas em diversas áreas assistenciais que demandam ações de enfermagem (CASTANHA, 2014). Entre as várias definições de enfermagem, destaca-se aquela que a descreve como o estudo da resposta humana às doenças (DOENGES, 2019). De acordo com o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (CEPE), a enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde e a qualidade de vida da pessoa, família e comunidade (BRASIL, 2017).
No século XIX, Florence Nightingale definiu a enfermagem como arte e ciência do cuidado humano. Altruísmo e valorização do ambiente onde o cuidado de enfermagem é exercido são critérios fundamentais incluídos na formação dos enfermeiros como legado histórico. Nessa prática, ações pragmáticas como controle da dor, domínio técnico, comunicação terapêutica, cuidados espirituais, higiene, conforto, gestão da equipe de enfermagem, trabalho com as famílias e comunicação com a equipe multidisciplinar são requisitos essenciais para uma atuação eficaz em Cuidados Paliativos (CONNOR, 2018).
As habilidades do enfermeiro devem estar voltadas para a avaliação sistemática dos sinais e sintomas, auxílio à equipe multiprofissional na definição de prioridades para cada paciente, interação com a dinâmica familiar e reforço das orientações clínicas para alcançar os objetivos terapêuticos traçados. São cuidados sensíveis e educativos que requerem proximidade física e afetiva para que as orientações sejam efetivas na prática. Portanto, a competência relacional do enfermeiro recebe destaque nos Cuidados Paliativos (SILVA, 2019).
É essencial que o enfermeiro tenha habilidades de comunicação, pois estas garantem o melhor desenvolvimento de suas práticas clínicas. No contexto dos cuidados paliativos, uma pronta avaliação, identificação e gestão da dor e das necessidades físicas, sociais, psicológicas, espirituais e culturais podem diminuir o sofrimento e melhorar a qualidade de vida dos pacientes e seus familiares. Como parte da equipe multidisciplinar, cabe ao enfermeiro atuar em prol da comunicação eficaz, aberta e adaptada ao contexto terapêutico, negociando metas assistenciais acordadas com o paciente e sua família para coordenar o cuidado planejado (CASTRO, 2021).
Segundo Pires (2020), a multidisciplinaridade é uma característica essencial dos cuidados paliativos. As equipes formadas por profissionais de saúde com diversas competências, incluindo médicos, enfermeiros, profissionais psicossociais e outros, são a melhor forma de atender às necessidades dos pacientes em fase terminal e suas famílias, desde o processo da doença até o luto. Os cuidados paliativos abrangem não apenas o aspecto físico, como controle de sintomas, mas também os aspectos psicológicos, espirituais e sociais. Somente uma equipe de profissionais especializados nessas áreas, trabalhando de forma coordenada e compartilhando seus conhecimentos, pode alcançar o objetivo dos cuidados paliativos, que é proporcionar a melhor qualidade de vida possível aos pacientes, dignificando tanto a vida quanto a morte (BRASIL, 2013).
Oliveira (2018) reforça essa ideia, destacando a necessidade de uma equipe de profissionais experientes no controle de sintomas de natureza não apenas biológica, mas também com habilidades de comunicação para que o paciente e seus familiares compreendam o processo pelo qual estão passando. Além disso, é essencial o conhecimento da história natural da doença em curso para prevenir sintomas ou crises. Portanto, saber trabalhar em uma equipe interdisciplinar, integrando o trabalho de diferentes profissionais e voluntários devidamente treinados, é fundamental para atender às diversas necessidades dos pacientes e suas famílias.
Twycross (2013) também defende essa ideia, afirmando que os cuidados paliativos são melhor administrados por uma equipe empenhada no bem-estar do paciente e de sua família. Esses pilares básicos devem ser trabalhados em conjunto, pois estão interligados. Mais adiante, será discutido como o enfermeiro desenvolve intervenções para atender às necessidades dos pacientes e suas famílias. A partir dessa revisão da literatura, fica claro que os cuidados paliativos têm como objetivo promover uma melhor qualidade de vida e uma morte digna, aliviando o sofrimento tanto do paciente quanto da família. No entanto, esses cuidados só são considerados paliativos quando são realizados por uma equipe, caso contrário, são ações paliativas. Essas ações podem ser realizadas por qualquer profissional com o objetivo de reduzir o sofrimento do paciente, independentemente do contexto em que se encontram (ARAÚJO, 2021).
Este trabalho tem por objetivo abordar a importância dos enfermeiros nos cuidados paliativos, destacando suas habilidades de comunicação, papel na equipe multidisciplinar e foco no bem-estar integral dos pacientes e suas famílias. 
2 DESENVOLVIMENTOMETODOLOGIA	Comment by Rodrigo Corrêa: Vi Que a partir daqui você traz as referências... vou organizar e colocar na introdução o que cabe e o restante colocarei nos resultados e discussão se for pertinente, ok? Quando eu te enviar você faz a leitura de cada tópico para fazer o aceite da alteração e ao final a leitura deve fazer sentido, claro e objetivo.
O que você colocou no desenvolvimento traz a maior parte da teoria que precisamos na introdução... mesclando com partes que devem estar nos resultados e discussão.	Comment by Rodrigo Corrêa: Vou colar aqui a metodologia de uma colega que ficou muito boa, apenas faltando incorporar o período dos artigos analisados. Tente adaptar ao teu trabalho, ok?
Este estudo adotará a metodologia de revisão integrativa, com o objetivo de responder à questão de pesquisa: “Como o enfermeiro da atenção primária em saúde (APS) pode contribuir para a prevenção e detecção precoce do câncer de mama?”. A revisão integrativa permite a combinação de dados de literatura teórica e empírica, oferecendo uma compreensão abrangente sobre o tema investigado. Este método é particularmente apropriado para áreas em que há uma diversidade de estudos, metodologias e abordagens. A busca por literatura será realizada principalmente na base de dados SciELO, uma plataforma reconhecida por sua coleção de periódicos científicos de alta qualidade. Para realizar uma busca abrangente, serão utilizados os seguintes descritores, conforme os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “câncer de mama” e “atenção primária à saúde”. Estes termos serão combinados usando os operadores booleanos AND e OR para capturar estudos que abordem ambos os conceitos de forma interseccional.	Comment by Rodrigo Corrêa: Coloquei aqui a tua metodologia da apresentação. Estavamuito boa. Utilizando as dicas dos professores teria que inserir o período dos artigos utilizados... sendo assim a parte abaixo eu deletaria.... complemente essa apenas.
Para elaborar este trabalho, foi realizada uma revisão bibliográfica utilizando fontes confiáveis, incluindo artigos científicos, livros e documentos relevantes sobre cuidados paliativos e o papel dos enfermeiros nessa área. Os autores mencionados, como Silva (2018), Araújo (2013, 2016, 2021), Messias Neto (2014), Castanha (2014), Doenges (2019), Brasil (2017, 2013), Connor (2018), Castro (2021), Pires (2020), Oliveira (2018), Twycross (2013) e Araújo (2021), foram fontes importantes para embasar este estudo.
A pesquisa foi conduzida de forma a abordar os seguintes aspectos: o conceito e importância dos cuidados paliativos, o papel dos enfermeiros nessa área, as habilidades necessárias para o cuidado de pacientes em fase terminal, a comunicação eficaz nos cuidados paliativos, o apoio às famílias dos pacientes e o trabalho em equipe multidisciplinar.
Os dados foram coletados por meio de uma busca sistemática em bases de dados acadêmicas, como PubMed, Scopus e Google Scholar, utilizando termos de pesquisa relacionados aos cuidados paliativos, enfermagem e papel dos enfermeiros. Foram selecionados os artigos mais relevantes e atualizados, bem como livros e documentos que ofereciam insights importantes sobre o tema.
A análise dos dados consistiu na identificação de informações relevantes para cada aspecto abordado, destacando-se as principais conclusões e recomendações dos autores citados. A partir dessa análise, foi elaborado o conteúdo do trabalho, visando fornecer uma visão abrangente e fundamentada sobre o tema dos cuidados paliativos e o papel dos enfermeiros nesta área.
2.23 Resultados e Discussão 
Em relação à importância dos cuidados paliativos, observou-se uma crescente atenção dos profissionais de saúde para esse tema, refletida na frequência dos estudos encontrados. Autores como Albuquerque, A. (2021), ressaltam que os cuidados paliativos proporcionam dignidade e respeito no fim da vida, conquistando espaço significativo na comunidade médica.
Sobre os objetivos dos artigos analisados, constatou-se que a comunicação eficaz da equipe de enfermagem com pacientes e familiares foi um dos temas mais abordados (43%). Autores como Lago (2015) enfatizam que uma boa comunicação possibilita uma morte digna, permitindo que o paciente se despeça dos entes queridos.
Quanto ao papel da equipe de enfermagem, 34% dos estudos questionaram a qualidade da assistência prestada, defendendo uma abordagem humanizada e integral. Autores como Silveira &e Lunardi (2021), destacam a importância de identificar as necessidades dos pacientes em todas as dimensões, emocionais, físicas, sociais e espirituais.	Comment by Rodrigo Corrêa: de que estudos? Precisa colocar a referências deles aqui.
Em relação à assistência espiritual, 13% dos estudos apontaram para sua relevância, considerando-a essencial para o conforto dos pacientes terminais (Moraes, 2015). O apoio à família também foi destacado em 10% dos estudos, ressaltando a importância de recursos específicos para minimizar o sofrimento dos familiares (Simone, 2020).	Comment by Rodrigo Corrêa: Está bem confusa essa utilização do termo “estudos”.... Foi Moraes quem fez esses estudos? Ou Simone?
Os cuidados paliativos são definidos como assistência multidisciplinar focada na melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares diante de doenças incuráveis. Princípios como o alívio do sofrimento e o apoio à família são fundamentais nessa abordagem (Avanci et al., 2019; Rodrigues, 2014).
Os pacientes em cuidados paliativos enfrentam uma série de sintomas físicos, emocionais e espirituais, que exigem uma abordagem holística. É essencial respeitar sua autonomia e individualidade, oferecendo suporte integral e digno durante o processo de fim de vida (Vargas, 2020; Maciel et al., 2016).
O papel da equipe de enfermagem é crucial para proporcionar conforto e humanização ao paciente terminal. Uma comunicação eficaz, aliada a cuidados individualizados e integrais, é essencial para garantir uma assistência de qualidade e respeitosa (Hermes, 2013; Pacheco, 2014).
Esses resultados destacam a importância dos cuidados paliativos na promoção da qualidade de vida no fim da vida e ressaltam o papel fundamental da equipe de enfermagem neste processo, reforçando a necessidade de uma abordagem humanizada e integral para os pacientes terminais.
3 CONCLUSÃO 
Os cuidados paliativos representam uma abordagem essencial para garantir a qualidade de vida e o conforto dos pacientes em fase terminal, bem como de seus familiares. A análise dos estudos realizados permitiu compreender a importância da comunicação eficaz da equipe de enfermagem, da assistência integral aos pacientes e do apoio à família nesse contexto.
Os resultados evidenciaram que os cuidados paliativos estão ganhando cada vez mais destaque entre os profissionais de saúde, refletindo uma crescente preocupação com a humanização e dignidade no fim da vida. No entanto, ainda existem desafios a serem superados, como a garantia de uma assistência de qualidade em todas as dimensões, físicas, emocionais, sociais e espirituais.
Ficou claro que a atuação da equipe de enfermagem desempenha um papel fundamental nesse cenário, exigindo habilidades de comunicação, empatia e cuidado integral. A abordagem holística dos pacientes terminais requer uma compreensão profunda de suas necessidades e uma atuação sensível e humanizada por parte dos profissionais de enfermagem. 
As limitações deste estudo incluem a restrição à análise de artigos disponíveis em bases de dados específicas e a falta de acesso a determinadas publicações. Recomenda-se a realização de mais pesquisas sobre o tema, explorando diferentes aspectos dos cuidados paliativos e avaliando o impacto das intervenções de enfermagem nesse contexto.
REFERÊNCIAS
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BRAGANÇA, F. (2021). Enfermeiros de Cuidados Paliativos. Rev. Escola Enfermagem v. 30, n. 6.
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INABA, L. C., Silva, M. J. P., & Telles, S. C. R. (2015). Paciente crítico e comunicação: visão de familiares sobre sua adequação pela equipe de enfermagem. Rev. Escola Enfermagem. v. 39, n. 4, p. 423-429.
LAGO, P. M. (2015). Cuidados com o fim da vida. Fórum Hematol. São Paulo, v. 5, n. 2, p. 13 – 20.
MACIEL, D. Y. et al. (2016). Cuidados Paliativos: conceito, fundamentos e princípios. In: Araújo, M. (Org.). Manual de cuidados paliativos / Academia Nacional de Cuidados Paliativos.
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