Buscar

Família como instituição social - Prof Albanir

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A família como instituição social 
Prof. Albanir Faleiros 
 
 
Existem diferentes teorias sociológicas sobre a família, e dois importantes 
antropólogos que estudaram as famílias são Claude Lévi-Strauss e Margaret Mead. Lévi-
Strauss acreditava que as famílias são uma estrutura social básica e universal, e que 
existem certos padrões culturais em torno das relações familiares em todas as sociedades. 
Ele também falou sobre a importância da aliança matrimonial, que é quando duas famílias 
se unem através do casamento de seus membros. 
Já Margaret Mead acreditava que as famílias são diferentes em diferentes culturas, 
e que não há uma única maneira "certa" de ser uma família. Ela estudou as sociedades da 
Polinésia e descobriu que lá as famílias são muito diferentes das famílias ocidentais, e 
ainda assim funcionam bem para elas. Ela argumentou que é importante ter uma mente 
aberta e respeitar as diferentes formas que as famílias podem assumir. 
 
• Claude Lévi-Strauss: 
• Lévi-Strauss desenvolveu a teoria estruturalista da família, que destaca a 
importância da organização social e cultural das relações familiares. Para ele, a 
família é um sistema de parentesco que tem a função de estruturar a sociedade 
como um todo. Algumas das principais ideias de Lévi-Strauss sobre a família são: 
• A família é uma instituição universal presente em todas as sociedades 
humanas, embora possa variar em sua forma e estrutura. 
• A organização da família é baseada em regras de parentesco que 
estabelecem relações entre os indivíduos e grupos familiares. 
• A família desempenha uma função importante na organização social, pois 
é responsável pela transmissão de valores e costumes de geração em 
geração. 
• A família é um sistema simbólico que reflete a estrutura da sociedade 
como um todo, expressando relações de poder, dominação e hierarquia. 
• De acordo com Lévi-Strauss, existem diferentes tipos de famílias. Uma 
delas é a "família do tipo consanguíneo", que é aquela em que as pessoas 
se relacionam entre si porque são parentes de sangue, como pai, mãe, 
filhos, irmãos, avós, tios, primos, etc. 
• Já a "família do tipo conjugal" é aquela em que as pessoas se relacionam 
entre si porque escolheram estar juntas, geralmente por amor ou 
interesse mútuo, e não porque são parentes de sangue. É o caso do 
casamento, em que duas pessoas se unem para formar uma família. Nessa 
família, os laços afetivos e a união entre as pessoas são muito importantes. 
 
• A diferença entre esses dois tipos de família é que na "família do tipo 
consanguíneo", as relações são baseadas na consanguinidade, ou seja, na 
relação de parentesco de sangue, enquanto na "família do tipo conjugal", 
as relações são baseadas na afinidade, ou seja, na relação entre pessoas 
que escolheram estar juntas. 
• Lévi-Strauss acreditava que a "família do tipo conjugal" é mais importante 
para a sociedade do que a "família do tipo consanguíneo", pois ela é capaz 
de criar laços afetivos e sociais entre pessoas que não têm nenhum 
parentesco de sangue. Isso é muito importante para a sociedade, pois 
ajuda a criar laços de solidariedade e cooperação entre as pessoas. 
 
 
• Margaret Mead: 
• Mead foi uma antropóloga que estudou sociedades não-ocidentais e fez 
importantes contribuições para o estudo da família. Ela argumentou que a família 
não é uma instituição fixa e imutável, mas sim uma construção cultural que varia 
de acordo com as diferentes sociedades. Algumas das principais ideias de Mead 
sobre a família são: 
• A família é uma construção social e cultural que varia de acordo com as 
crenças e valores de cada sociedade. 
• As relações familiares são moldadas por fatores como idade, gênero, 
status social e poder. 
• As configurações familiares podem variar em relação ao número de 
parceiros, à existência ou não de casamento formal, e à importância dada 
aos laços biológicos ou sociais. 
• A família pode desempenhar funções diversas em diferentes sociedades, 
como a proteção e socialização das crianças, a transmissão de 
conhecimentos e habilidades, e o estabelecimento de redes de apoio e 
suporte emocional. 
• A teoria de Margaret Mead sobre a família enfatiza que as diferenças 
culturais influenciam na maneira como as famílias são organizadas e 
estruturadas. 
• Segundo Mead, as características da família variam muito de uma cultura 
para outra, podendo ter papéis, funções e formas de organização muito 
diferentes. 
• Ela argumentava que a família não é uma instituição natural, mas sim uma 
construção social, ou seja, um produto da cultura. 
• De acordo com a teoria de Mead, a família é um sistema culturalmente 
construído que reflete as crenças, valores e normas de uma sociedade. 
• Para Mead, a diversidade cultural é uma característica fundamental da 
família, e essa diversidade deve ser respeitada e compreendida para evitar 
preconceitos e generalizações. 
• A teoria de Mead destaca a importância de entender as particularidades 
culturais das famílias em diferentes sociedades, como forma de 
compreender melhor a diversidade humana e as variáveis que influenciam 
nas relações familiares. 
Essas são apenas algumas das contribuições de Lévi-Strauss e Mead para o estudo da 
família na antropologia. É importante destacar que existem diversas outras teorias e 
abordagens sobre o tema, e que a família é uma instituição complexa e multifacetada que 
pode ser estudada sob diferentes perspectivas. 
 
As relações familiares e suas configurações: 
As relações familiares são fundamentais para a formação da personalidade e da 
identidade dos indivíduos. A família é o primeiro espaço social em que o indivíduo é 
inserido, e é nesse espaço que se aprendem valores, hábitos, crenças e costumes que 
influenciarão suas escolhas ao longo da vida. As configurações familiares são diversas, 
variando de acordo com as diferentes culturas, crenças e tradições. É importante destacar 
que a família não é uma instituição estática e imutável, ela está em constante 
transformação, sendo influenciada por fatores sociais, políticos, econômicos e culturais. 
 
A família como instituição social: 
A família é considerada uma instituição social por ser uma estrutura organizada de 
relações interpessoais que tem como objetivo a socialização dos indivíduos. A instituição 
familiar é uma criação da sociedade e é fundamental para a reprodução e manutenção 
dessa mesma sociedade. Como instituição social, a família possui regras, normas e papéis 
sociais que devem ser cumpridos pelos seus membros. A família desempenha diversas 
funções, tais como: afetivas, educativas, econômicas, políticas e religiosas. 
 
A família como produto de uma cultura: 
A família é um produto de uma cultura, ou seja, ela é influenciada pelas crenças, tradições, 
valores e costumes de determinado grupo social. As configurações familiares variam de 
acordo com o contexto histórico e cultural em que estão inseridas. Por exemplo, a família 
ocidental contemporânea é diferente da família que existia na Europa medieval ou da 
família de outras culturas, como a indiana ou a chinesa. Os antropólogos Claude Lévi-
Strauss e Margaret Mead, por exemplo, estudaram as diferenças culturais nas 
configurações familiares, destacando a importância da diversidade cultural na 
compreensão das relações familiares. 
Por fim, é importante lembrar que a família é um produto da cultura. Isso significa 
que as famílias são moldadas pelas crenças, valores e tradições da sociedade em que 
vivem. Em algumas culturas, por exemplo, é comum que as famílias tenham muitos filhos, 
enquanto em outras é mais comum ter apenas um ou dois. Algumas culturas valorizam a 
independência e a autonomia dos filhos, enquanto outras enfatizam a importância da 
interdependência e da cooperação entre os membros da família. 
Em resumo, a família é um grupo de pessoas que vivem juntas e se ajudam 
mutuamente. Existem diferentesteorias sociológicas sobre a família, mas duas das mais 
importantes são as de Claude Lévi-Strauss e Margaret Mead. Lévi-Strauss acreditava que 
existem certos padrões culturais em torno das relações familiares em todas as sociedades, 
enquanto Mead argumentava que as famílias são diferentes em diferentes culturas e que 
não há uma única maneira "certa" de ser uma família. Por fim, é importante lembrar que 
a família é um produto da cultura e é moldada pelas crenças, valores e tradições da 
sociedade em que vive. 
 
Referencial bibliográfico 
LÉVI-STRAUSS, Claude. As estruturas elementares do parentesco. Tradução de Beatriz 
Perrone-Moisés. São Paulo: Cosac Naify, 2015. 
LÉVI-STRAUSS, Claude. Antropologia estrutural. Tradução de Beatriz Perrone-Moisés. São 
Paulo: Cosac Naify, 2013. 
MEAD, Margaret. Sexo e temperamento em três sociedades primitivas. Tradução de Lólio 
Lourenço de Oliveira. São Paulo: Perspectiva, 2000. 
MEAD, Margaret. Crescimento e cultura: um ensaio sobre a natureza. Tradução de John 
dos Passos. Petrópolis: Vozes, 1975.

Mais conteúdos dessa disciplina