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Docente: Engº Alexandre Bartolomeu UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE FACULDADE DE ENGENHARIA Departamento de Engenharia Química Curso: Engenharia do Ambiente 08/01/2021 2Alterações físcas da linha Costeira-ONDAS Alterações físicas da linha de costa Dinâmica Costeira ALTERAÇÕES FÍSICAS DA LINHA DE COSTA 08/01/2021 3Alterações físcas da linha Costeira-ONDAS A linha de costa, por natureza nunca é estável, devido a fenómenos naturais de erosão e sedimentação; e Usualmente, parecem equilibrados quando avaliados ao longo do tempo. No entanto, a intensa actividade humana, seja na interface entre o mar e a terra, como ao longo das bacias hidrográficas altera a dinâmica natural causando erosão e sedimentação – modificam a linha de costa – afectam a aptidão para a pesca e o turismo, e estabilidade de infra-estruturas (estradas e edifícios); e As mudanças climáticas poderão agravar este fenómeno. ALTERAÇÕES FÍSICAS DA LINHA DE COSTA 08/01/2021 4Alterações físcas da linha Costeira-ONDAS Erosão + sedimentação modificam a linha de costa = Dinâmica Litoral 08/01/2021 5 5-DINÂMICA SEDIMENTAR Dinâmica Sedimentar 08/01/2021 6 5-DINÂMICA SEDIMENTAR Dinâmica Sedimentar 08/01/2021 7 1-DINÂMICA SEDIMENTAR Tipos de fornecimento sedimentar ao litoral. Tipos de fluxos. Fluxos laminares, turbulentos e completamente turbulentos. 08/01/2021 8 2-MOVIMENTO E TRANSPORTE SEDIMENTAR Por definição, a camada limite é a parte do fluido em movimento, junto ao fundo, que sofre retardação da velocidade por fricção (atrito) com o fundo. Dentro da camada limite há um gradiente de velocidades, traduzido por um perfil de velocidades. 2.1-Camada Limite 08/01/2021 9 2-MOVIMENTO E TRANSPORTE SEDIMENTAR Entrada em movimento das partículas Forças actuantes na partícula em repouso: 1. Força de impulsão; 2. Força de arraste; 3. Força de gravidade; e 4. Fricção entre as partículas. Mecânica do transporte sedimentar 2.1-Camada Limite 08/01/2021 10 2-MOVIMENTO E TRANSPORTE SEDIMENTAR i) Transporte junto ao fundo (ou transporte de fundo): Rolamento; Arrastamento; e Rastejo ou reptação (creep). ii) Transporte em saltação: Saltação; e Saltação intermitente. iii) Transporte em suspensão: Suspensões gradadas; e Suspensões homogéneas. Mecanismos de Transporte 2.1-Camada Limite 08/01/2021 11 2-MOVIMENTO E TRANSPORTE SEDIMENTAR Tensão de Corte (shear stress) – (N/m2) Força de atrito entre as diferentes camadas de água ou entre as camadas de água e o fundo (T) N-Kg/ms2. Subcamada viscosa (viscous sublayer) – Camada de contacto entre o fluido e sedimento, onde a tensão de corte e a variação no perfil de velocidades é limiar, decaindo para o fundo. Depende da corrente e do tamanho do grão. Conceitos: 2.1-Camada Limite 08/01/2021 12 2-MOVIMENTO E TRANSPORTE SEDIMENTAR 2.1-Camada Limite 08/01/2021 13 2-MOVIMENTO E TRANSPORTE SEDIMENTAR 2.1-Camada Limite 08/01/2021 14 2-MOVIMENTO E TRANSPORTE SEDIMENTAR Perfis de Velocidades do Fluxo 2.1-Camada Limite 08/01/2021 15 2-MOVIMENTO E TRANSPORTE SEDIMENTAR Perfis de Velocidades do Fluxo 08/01/2021 16 2-MOVIMENTO E TRANSPORTE SEDIMENTAR Velocidade de Cizalhamento ou de Fricção (shear velocity) 2.1-Camada Limite 08/01/2021 17 Tensão e velocidade critica de cizalhamento . O movimento das partículas do fundo inicia-se quando a tensão de cizalhamento supera as formas de fundo. Tensão de cizalhamento crítica Velocidade de cizalhamento crítica que determina a entrada em movimento das partículas. Erosão de sedimentos 2-MOVIMENTO E TRANSPORTE SEDIMENTAR 2.1-Camada Limite 08/01/2021 18 2-MOVIMENTO E TRANSPORTE SEDIMENTAR Erosão de Sedimentos coesivos Elevados como flocos e não como grãos individuais; Velocidade de corte (U*) para remobilizar sedimentos coesivos não compactos necessária para mover cascalho fino; Se compactos velocidades de corte muito elevadas e movimentos de massa após deposição as lamas são extremadamente difíceis de remobilizar. Importante na sedimentação em estuários e sapais. 2.1-Camada Limite 08/01/2021 19 2-MOVIMENTO E TRANSPORTE SEDIMENTAR Deposição de sedimentos 2.1-Camada Limite 08/01/2021 20 2-MOVIMENTO E TRANSPORTE SEDIMENTAR 2.2-Formas de Fundo (Estruturas sedimentares) Ripples - só se formam com velocidade do fluxo relativamente pequenas e quando os sedimentos são finos (geralmente inferiores a 0,6mm) de forma a que a subcamada viscosa não seja totalmente destruída pela rugosidade das partículas; Megaripples - com um metro ou mais de altura e dezenas de metros de cumprimento de onda; e Antidunas - a forma move-se para montante mas o sedimento é transportado para jusante 08/01/2021 21 2-MOVIMENTO E TRANSPORTE SEDIMENTAR O início do movimento; Formação de estruturas em sedimentos finos; Ausência de estruturas em sedimentos grosseiros; e Formação de “ripples” variedades de formas “ripples” simétricas e assimétricas dependência da granulometria. 2.2-Formas de Fundo (Estruturas sedimentares) 08/01/2021 22 3-LITORAIS ARENOSOS Morfologia de praias arenosas 08/01/2021 23 3-LITORAIS ARENOSOS Divisões da Zona Litoral Zonas de acção das ondas. As bermas de praia. As barras arenosas. Modificações do perfil de praia devidas as ondas de temporal e de bom tempo. Movimentações transversais e longilitorais de areias. 3.2-Velocidade orbital das ondas Tensão de cizalhamento ou de corte junto ao fundo. Limiar de entrada em movimento das partículas. Transporte selectivo induzido pela onda de Stokes. 08/01/2021 24 3-LITORAIS ARENOSOS 3.1-Divisões da Zona Litoral 08/01/2021 25 3-LITORAIS ARENOSOS 3.2-Modificações do perfil de praia devidas as ondas de temporal e de bom tempo. Praia de Temporal/Praia de Calmaria ou Praia de Inverno /Praia de Verão 08/01/2021 26 3-LITORAIS ARENOSOS 3.3-Barras Submarinas 08/01/2021 27 3-LITORAIS ARENOSOS 3.4-Dunas Morfologia dunar 08/01/2021 28 3. LITORAIS ARENOSOS 6.3-Deriva Litoral Ondas induzem movimento orbital das partículas de água e correntes, com transporte de massa para terra. Podem promover a remobilização de sedimentos do fundo. Tipos de correntes induzidas 1. Correntes longilitorais ou longitudianais (longshore currents)- promovidas pelo ataque oblíquo das ondas. É a responsáveis pela deriva litoral; 2. Correntes de fuga ou de retorno (rip currents)-geradas pela acumulação de água junto da costa. Transferem massa de água para o mar em locais restritos. Escoamento por áreas preferenciais; e 3. Transporte de fundo (underflow)-correntes de transporte de massa de água para o largo, junto ao fundo. São correntes generalizadas e associadas a tempestades. 08/01/2021 29 3-LITORAIS ARENOSOS 6.3-Deriva Litoral 08/01/2021 30 3-LITORAIS ARENOSOS 6.3-Deriva Litoral Deriva litoral Sobre-Saturada Quantidade de sedimentos que as ondas incidentes podem transportar ao longo do litoral. Quando a deriva litoral efectiva iguala a deriva litoral potencial. Quando a quantidade de sedimentos que chega, de barlamar, a um certo local é superior à que as ondas conseguem transportar para sotamar. Quantidade de sedimentos que efectivamente é transportada ao longo do litoral. 08/01/2021 31 3-LITORAIS ARENOSOS 3.3-Deriva Litoral Pl ql 08/01/2021 32 3-LITORAIS ARENOSOS 3.4-Células de circulação Correntes de fuga/retorno (agueiros) “rip currents” – são correntes fortes e estreitas que fluem para o largo a partir da zona de rebentação. São alimentados por um sistema de correntes ao longo da costa, as quais são devidas ao transporte de água para a costa associado pelas ondas. Há escoamento por áreas preferenciais e transferem massa de água para o mar por locais restritos. São responsáveis de afogamento de banhistas. Sistemas de "ridge and runnel“ - Correntes de transporte de massa de água para o largo, junto do fundo. Associadasa tempestades. As "cusps“ - Correntes que se formam em ambientes semi- confinados e confinados. 08/01/2021 33 3-LITORAIS ARENOSOS Rip currents. 3.4-Células de circulação 08/01/2021 34 3-LITORAIS ARENOSOS Correntes de fundo - Sistema de “Ridge and runnel” 3.4-Células de circulação “Cusps” 08/01/2021 35 3-LITORAIS ARENOSOS 3.5-Balanço Sedimentar Fig. Células litorais Se a Resultante 0 Erosão Se a Resultante 0 Acreção Aplicação dos princípios da conservação da continuidade e da conservação da massa aos sedimentos litorais. Balanço Contribuição - Perdas Resultante Célula litoral: por definição, é o compartimento da costa que constitui unidade exclusiva, contendo um cíclo completo de transporte e sedimentação. Para cada célula litoral: 08/01/2021 36 3-LITORAIS ARENOSOS 3.6-Praias reflectivas e praias dissipativas Perfis de praia em função da granulometria da areia. Perfis de praia em função da declividade da onda. 08/01/2021 37 3-LITORAIS ARENOSOS 3.7-Erosão costeira 08/01/2021 38 3-LITORAIS ARENOSOS 3.7-Erosão costeira Galgamento oceânico É a ruptura do corpo dunar durante alturas de tempestade ou marés vivas. Assim o mar avança através das zonas mais baixas e arrasta com ele material dunar. Se fizer ligação com a laguna, temos um “inlet”. 08/01/2021 39 4.1-Processos de fornecimento sedimentar 4-Sedimentos Costeiros Fluvial- Os rios transportam 1.5x10E10T/ano, no mundo de sedimentos. A maior parte fica na margem continental. Eólico- O vento transporta 10E8T/ano de sedimentos que vão para a margem e para áreas mais afastadas. Erosão costeira – Sedimento fica directamente na plataforma. Vulcânico - Acarreio intermitente e continuado a algumas áreas (margem e oceano profundo). Glaciares – Material transportado pelo gelo. Restrito a algumas zonas. Biogénicos - deposição de esqueletos e carapaças de seres vivos (siliciosos ou carbonatados); e formação de recife de corais. Quimiogénicos: Precipitação de elementos químicos presentes na água do mar; Alteração de elementos existentes (ex. de terrígenos); e Formação de novos minerais em ambientes específicos (ex. glaucónia). 08/01/2021 40 4.2-Fornecimento Sedimentar 4-Sedimentos Costeiros 08/01/2021 41 4.3-Processos de transporte e de distribuição 4-Sedimentos Costeiros Ondas superficiais (movimento orbital até L/2): actuação na plataforma interna e média Marés (corrente de maré): actuação confinada a zonas costeiras. Ondas internas (entre massas de água com diferentes densidades): transporte de matéria em suspensão. Correntes oceânicas Fluxo sedimentar de gravidade o Plataforma –margem-bacias; o Correntes turbídicas; o Deslizamentos e deslocamentos; e o Debris flow (resíduos/lixo). 08/01/2021 42 4-Sedimentos Costeiros Troço litoral que contenha um ciclo completo de sedimentação (incluindo fontes, transporte e sumidouros). Fontes mais comuns: Transporte por deriva litoral; Rios; Erosão de arribas e dunas; Transporte proveniente da plataforma; Deposição biogénica; e Realimentação. Perdas (sumidouros) mais comuns: Transporte por deriva litoral; Transporte eólico para dunas; Perdas para a plataforma (deflecção de molhes; canhões); Exploração de areias; e Perdas para lagunas e estuários (corrente de maré). 4.4-Célula litoral 08/01/2021 43 5-LITORAIS DE SAPAIS (PGC 4.2/Slide 27) SAPAIS, ocorrem na parte superior das planícies de maré, sendo colonizados por plantas. CONDIÇÕES DE GÉNESE, por deposição sedimentar abundante, baixa energia das ondas e pendor suave. COLONIZAÇÃO POR PLANTAS aumento da sedimentação e contribuição das orgânica para o substrato. CLASSIFICAÇÃO DO SAPAL Alto sapal: Mais elevado, inundado apenas em marés vivas; e Baixo sapal: Mais baixos, inundados por todas as marés altas e mais sujeitos aos processos estuarinos e marinhos. SEDIMENTOS-FINOS (argilas e siltes)+ material orgânico (degradação de plantas) peat. DEPOSIÇÃO -gradual e taxas de sedimentação baixas (mm/ano). 08/01/2021 44 6-LITORAIS ROCHOSOS Os litorais rochosos contemplam: Arribas; Evolução das arribas em função da litologia; Arribas activas, inactivas e fósseis; Perfis das arribas; O cavado das ondas; Taxas de recuo das arribas; Plataformas de abrasão marinha; Os diferentes tipos de arribas de Moçambique? (TPC) 08/01/2021 45 7-ESTUÁRIOS Trata-se do sector terminal dos rios, até onde o canal fluvial é percorrido pelas correntes de maré. Como é óbvio, a amplitude das marés é determinante na caracterização dos estuários. No caso dos estuários micromareais a penetração da maré faz-se até pouca distância da costa. No caso dos estuários macromareais acontecerá o contrário. Se a acção das marés enfraquece, outras acções (ondulação, deposição de sedimentos continentais) podem tornar-se dominantes. Importância das marés nos estuários. Circulação induzida pela força de Coriolis. Estuários de cunha salina. Estuários parcialmente misturados. Estuários bem misturados. Estuários de circulação inversa. O “ponto nulo" e o "bouchon vaseux". Transporte sedimentar em diferentes tipos de estuário. 08/01/2021 46 9-DELTAS Os deltas correspondem à foz de um curso de água em que os aluviões fluviais se acumulam em vez de serem redistribuídos pelas vagas e correntes litorais. Deste modo, os deltas caracterizam- se por um avanço da terra em relação ao mar. É justamente esse traço que identifica os deltas. Muitas vezes o rio divide-se em vários braços, mas essa não é uma condição absolutamente necessária. No fundo, um delta representa o oposto de um estuário, porque no caso do delta as acções fluviais, de origem continental, dominam sobre as acções marinhas. 08/01/2021 47 10-PRÁTICA: Cálculo de deriva litoral 08/01/2021 48 8-PRÁTICA: Cálculo do volume de erosão da praia e duna 08/01/2021 49 Área erodida (A) = R* (h1+h2+h3) A = R*Δh (m2) 8-PRÁTICA: Cálculo do volume de erosão da praia e duna