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Impacto das Ações Humanas nos Ecossistemas

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POLUIÇÃO DOS 
ECOSSISTEMAS TERRESTRES, 
AQUÁTICOS E ATMOSFÉRICOS 
AULA 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profa. Kelly Dayane Aguiar 
 
 
2 
 
 
 
CONVERSA INICIAL 
O impacto do ser humano na Terra está afetando consideravelmente os 
ecossistemas e aumentando a extinção de espécies, mas por que as atividades 
humanas podem causar desequilíbrio ambiental? Quais outros fatores estão 
relacionados? Existe de fato uma crise ambiental? Por que é necessário manter 
os ecossistemas e a biodiversidade do planeta? 
Nesta aula, vamos refletir sobre o crescimento populacional, a pressão na 
utilização dos recursos naturais e o desequilíbrio ambiental. 
 
TEMA 1 – IMPORTÂNCIA DA MANUTENÇÃO DOS ECOSSISTEMAS E DA 
BIODIVERSIDADE 
Os ecossistemas naturais apresentam um equilíbrio dinâmico que 
sustenta a sobrevivência das diversas espécies do planeta e estabelece 
condições saudáveis do ambiente. Uma perturbação pode influenciar todas as 
relações entre os elos das teias alimentares ou ainda causar a extinção de 
espécies e a supressão de áreas habitáveis. 
Observe a imagem de um trecho de rio da floresta Amazônica (fig. 1), um 
dos mais ricos e biodiversos biomas do planeta, composto por comunidades 
aquáticas e terrestres que dependem da produção vegetal, constituindo uma 
intrínseca rede interdependente de seres vivos. Uma simples alteração do 
ambiente, como uma barragem no rio, por exemplo, pode desestruturar todo o 
equilíbrio dinâmico desse ecossistema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 1. Vista aérea de uma região da Amazônia próxima a Manaus. Disponível em: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Amaz%C3%B4nia 
O clima na Região Sul do Brasil 
é fortemente dependente da 
dinâmica de umidade, chuvas e 
ventos da região Nordeste e 
Norte. São conhecidos por “rios 
voadores”. 
 
 
3 
 
 
Fig. 2. Esquema das “escalas biológicas” nas quais podemos compreender os processos 
ecológicos. 
 
TEMA 2 – INFLUÊNCIA DAS AÇÕES ANTRÓPICAS NA DINÂMICA DOS 
ECOSSISTEMAS 
Existem inúmeras perturbações ambientais que podem afetar os 
ecossistemas, sejam elas naturais ou antrópicas. Os distúrbios naturais 
contribuem para manutenção e aumento da biodiversidade. Por exemplo, uma 
queda brusca de temperatura pode eliminar indivíduos de espécies mais 
suscetíveis e favorecer o desenvolvimento de outras espécies resistentes ao frio. 
Entretanto alterações muito intensas e/ou constantes, como as causadas pelas 
atividades antrópicas, podem modificar drasticamente os sistemas ecológicos 
(RICKLEFS, 2003). 
A espécie humana impacta a biosfera, pois interfere na dinâmica dos 
ecossistemas, principalmente, pela intensidade das ações que demandam 
grande quantidade energética, necessitam de áreas para produção de alimentos 
e cultivo de animais, contaminam o ambiente pela geração de resíduos e 
deterioram os sistemas ecológicos, diminuindo a biodiversidade e causando a 
extinção de espécies (TOWNSEND, BEGON E HARPER, 2006). 
O crescimento exacerbado da população humana pode ser considerado 
o principal fator para a intensidade do impacto antrópico, o qual supera a 
capacidade de suporte do planeta. Ou seja, não há recursos ambientais 
suficientes para a manutenção do estilo de vida atual. Isso ocasiona uma 
Biosfera
Ecossistemas
(Biomas)
Comunidades
Populações
Espécie
Indivíduo
 
 
4 
pressão ambiental incompatível com a perspectiva da sustentabilidade global, 
desde o ponto de vista da manutenção da biodiversidade até a justiça social 
(SETUBAL, 2015). 
 
Dica: Consulte as informações do site Worldometers indicado na página 28 em 
seu livro de estudos. 
 
 
TEMA 3 – CONCEITO DE POLUIÇÃO E POLUENTE 
Os seres vivos interagem com o ambiente, utilizam seus recursos e 
produzem resíduos, os quais são naturalmente incorporados à dinâmica dos 
ecossistemas (RICKLEFS, 2003). Entretanto a ação humana e sua consequente 
poluição dos ecossistemas são incomparáveis, principalmente pela capacidade 
de buscar novas formas de geração de energia, que ocasionam: (i) a 
transformação da paisagem por meio de inúmeros processos, como a 
urbanização e a agroindústria, (ii) a modificação do solo e a liberação e metais 
nos ecossistemas com a atividade de mineração, (iv) a invenção de novos 
produtos químicos que, potencialmente, são contaminantes, (v) o aumento da 
radiação natural e (v) a alteração na atmosfera que incide, inclusive, no clima 
(TOWNSEND, BEGON E HARPER, 2006). 
Kluczkovski (2015) destaca dois conceitos de poluição na página 29 do 
livro de estudos. A definição oficial está contida na Lei nº 6.938, de 31 de agosto 
de 1981, art. 3º, inciso III. A autora conclui que a poluição é qualquer alteração 
no meio ambiente que cause desequilíbrio. Os poluentes constituem uma 
substância, meio ou agente que provoque, direta ou indiretamente, qualquer 
forma de poluição. 
 
Dica: para compreender o processo histórico da legislação ambiental brasileira 
sobre qualidade ambiental e a poluição, acesse: 
http://livraria.camara.leg.br/legislacao-1/legislac-o-brasileira-sobre-meio-
ambiente-qualidade-ambiental.html 
 
TEMA 4 – CLASSIFICAÇÃO DOS POLUENTES 
Quando um poluente é liberado no ambiente, há necessidade de 
investigar sua característica e demais classificações para decidir quais ações 
são prioritárias para minimizar o impacto ambiental. 
 
 
5 
O quadro da página 50 do livro disponibilizado a vocês (Kluczkovski, 
2015), apresenta um resumo da classificação dos poluentes: 
 
Classificação dos poluentes 
Pela presença na natureza 
Já existiam e se acumularam 
Não existiam 
Pela emissão 
Primário 
Secundário 
Pela característica 
Físicos 
Químicos 
Biológicos 
Pela dissipação no ambiente 
Conservativos 
Não conservativos 
 
Para compreender a classificação, pode-se exemplificar quanto à emissão 
dos poluentes: 
O gás carbônico (CO2) já existia na natureza e se acumulou intensamente 
após a Revolução Industrial, indicando fortemente a ligação com as atividades 
antrópicas. Por isso, há necessidade de controle das emissões atmosféricas, 
consideradas primárias, uma vez que, são originadas diretamente das fontes 
poluidoras. 
Já o dióxido de enxofre (SO2), advindo da queima incompleta de 
combustíveis fósseis (derivados de petróleo), entra em contato com o ar e reage 
com o oxigênio (O2), resultando em um processo de oxidação que o transforma 
em ácido sulfúrico (H2SO4), um dos principais agentes poluidores que compõe a 
chuva ácida. O dióxido de enxofre é classificado como poluente secundário, já 
que reage quimicamente com elementos naturais como o oxigênio. 
Em função das características, pode-se resumir a classificação dos 
poluentes conforme o esquema a seguir: 
 
 
6 
 
 
Por exemplo, uma empresa que extrai areia de um rio libera poluentes 
físicos que aumentarão a turbidez da água e diminuirão a capacidade de 
fotossíntese das algas. Já o esgoto doméstico, liberado sem tratamento nos rios, 
atua quimicamente, pois aumenta a concentração de nutrientes (eutrofização 
das águas), ocasionando a diminuição do oxigênio dissolvido pelo acúmulo de 
matéria orgânica em decomposição no ambiente e, consequentemente, a 
mortandade de inúmeras espécies aquáticas. 
 
TEMA 5 – FONTES E FORMAS DE POLUIÇÃO 
Os ecossistemas podem ser afetados por diferentes fontes da poluição, 
cuja classificação é determinada a partir do foco na emissão de poluentes. 
Assim, é possível sistematizar: 
 
características
físicas
calor, sólidos em 
suspensão
químicas
orgânicos
biodegradáveis -
ex: fertilizantes 
persistentes ou 
recalcitrantes -
ex: pesticidas 
inorgânicos
metais - ex: 
mercúrio
biológicas
bactérias, vírus, 
fungos, 
protozoários
 
 
7 
 
 
Por exemplo, nas atividades portuárias pode ocorrer uma contaminação 
ambiental de grande impacto, pois navios captam água do mar de um local para 
estabilizar a embarcação e transportam inúmeros seres vivos, conhecida como 
água de lastro, que posteriormentepode liberar espécies exóticas e causar 
desequilíbrio ecológico, afetando as cadeias tróficas. Esse processo pode ser 
classificado como uma forma de poluição difusa, pois a investigação dos 
responsáveis é dificultada pela área, pela dinâmica portuária e pela necessidade 
de pesquisa científica. 
 
NA PRÁTICA 
Segundo reportagem publicada no jornal O Globo, de 29/07/2016 
(disponível em http://oglobo.globo.com/sociedade/sustentabilidade/populacao-
mundial-vai-crescer-53-chegar-112-bilhoes-em-2100-diz-relatorio-da-onu-
17003177), que faz uma análise do relatório da ONU, a tendência de crescimento 
populacional permanecerá para o futuro. Ou seja, a demanda por energia, 
recursos naturais e alimentos alcançará níveis tão elevados que o impacto dos 
seres humanos na Terra dificultará ainda mais o controle dos problemas 
ambientais. Assim, é possível refletir: 
 Como poderemos manter a qualidade de vida das pessoas? 
 O controle do número de filhos seria uma solução para o problema 
ambiental? 
Fontes da 
poluição
Pontual 
(fontes fixas)
Ex.: pontos de 
lançamento de 
esgoto, aterro 
sanitário, 
cemitérios, 
locais de 
extração de 
minério
Difusa 
(fontes móveis)
Ex.: infiltração 
de agrotóxicos 
no solo, 
dispersão de 
resíduos na 
água (difícil 
detecção pela 
maior 
abrangência) 
Acidentes 
ambientais
Antrópicos. Ex.: 
derramamento de 
petróleo, 
vazamento de 
material radioativo
Naturais. Ex.: 
deslizamento de 
terra, tsunami, 
furação, terremoto
Sistemáticas
distúrbios naturais 
frequentes e 
regulares. Ex: 
incêndios naturais 
e tempestades 
tropicais
Quanto à forma
 
 
8 
 Os padrões de consumo da sociedade atual podem ser repensados para 
diminuir a pressão ambiental? 
 Qual o meu papel na construção dessa nova sociedade sustentável, que 
se pretende mais justa, mais humana, com mais equidade? 
 
FINALIZANDO 
O crescimento populacional humano está intrinsecamente relacionado ao 
desequilíbrio ambiental devido à maior demanda por recursos do planeta e ao 
descontrole na gestão de resíduos. Há uma crise ambiental, pois o planeta já 
atingiu a capacidade de suporte e não há sustentabilidade no modelo de 
consumo adotado pela sociedade. A conservação da biodiversidade está 
comprometida, porém sua manutenção é uma das maiores fontes de “serviços 
naturais dos ecossistemas”, os quais implicam em qualidade de vida para as 
pessoas e justiça ambiental. 
 
REFERÊNCIAS 
KLUCZKOVSKI, A. M. R. G. Introdução ao estudo da poluição dos 
ecossistemas. 1ª ed. Curitiba: InterSaberes, 2015. p. 276. 
 
RICKLEFS, R. E. A economia da natureza. 5ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2003. p. 503. 
 
SETUBAL, M. A. Educação e Sustentabilidade: princípios e valores para a 
formação de educadores. São Paulo: Peirópolis, 2015. p. 192. 
 
TOWNSEND, C. R., BEGON, M. e HARPER, J. L. Fundamentos em ecologia. 
Porto Alegre: Artmed, 2006. p. 592.

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