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Publicação exclusiva para clientes do Bradesco Global Private Bank no Brasil. Private em Foco Agosto de 2023 | Edição 178 No portfólio-modelo local aumentamos a alocação nos ativos de renda variável, financiada pela redução em multimercados. Já no portfólio internacional, as recomendações permanceram inalteradas. DESEMPENHO DAS CLASSES DE ATIVOSDESTAQUE ESPECIAL Por Tarciso Gouveia ESTRATÉGIAS DE INVESTIMENTOS Julho foi um mês positivo para os ativos globais. Os dados ainda surpreendentes da economia americana continuaram dando suporte para o apetite ao risco global. O Brasil também seguiu o cenário externo e os ativos locais apresentaram bons retornos. 75 8 Estamos vivenciando uma mudança no mercado para um cenário mais construtivo em escala global. No texto deste mês, abordaremos as consequências desse tema para os investimentos. Ideias Private em Foco ASSISTA PELO QRCODE ABAIXO:Preços de ativos e fundamentos ARTIGO POR Fernando Honorato DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE PESQUISAS E ESTUDOS ECONÔMICOS DO BRADESCO. 2 Private em Foco - Agosto de 2023 | Edição 178 A última página deste relatório contém informações importantes sobre o seu conteúdo. | ARTIGO Fernando Honorato FERNANDO.HONORATO@BRADESCO.COM.BR DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE PESQUISAS E ESTUDOS ECONÔMICOS DO BRADESCO Os preços de ativos brasileiros tiveram uma melhora substancial nos últimos meses. Há pouco tempo, as discussões que permeavam o mercado eram o tamanho do déficit fiscal e a PEC da transição; o fim do teto de gastos e a aceleração de preços; o risco de novas altas de juros e incertezas quanto à meta de inflação; o risco de recessão no Brasil e no mundo e incertezas quanto aos efeitos do grau de polarização política no país. Além disso, houve guerra, riscos bancários nos EUA e de crédito no varejo brasileiro. Todos esses fatores foram revertidos em maior ou menor medida. Há uma regra para os gastos futuros e grande esforço de arrecadação de impostos para reduzir o déficit; os juros foram colocados em posição restritiva e a desinflação global se somou ao esforço local de contenção dos preços; a meta de inflação foi mantida em 3,0% e a perspectiva de um ciclo de corte de juros é real; o PIB local surpreendeu para cima e o ambiente externo tornou-se menos avesso ao risco; houve melhora do rating brasileiro e avanços na reforma tributária. Esses elementos ajudaram a reverter um cenário em que havia algum risco de insolvência e dominância fiscal, para um de certa normalidade econômica. Por isso, a descompressão foi tão rápida em um ambiente em que o Brasil é mais atrativo do que a maioria dos pares emergentes. No universo da renda fixa, entretanto, a curva curta de juros já precifica um cenário de taxa terminal bastante próxima daquilo que se imagina razoável para o atual ciclo de política monetária. Com juros reais estimados ao redor de 5,0% e uma inflação que deve flutuar entre 3,0% e 4,5%, uma curva precificando Selic ao redor de 9,5% parece justa para o atual momento, em especial diante do contexto de juros ainda elevados nos pares regionais e incertezas sobre o ponto terminal do Fed, ECB e BoE. Preços de ativos e fundamentos Fonte: Bloomberg, Bradesco (data-base: 27/07/2023). Taxa Selic implícita na curva de juros de mercado 13,32% 12,78% 12,15% 11,52% 10,90% 10,37% 9,92% 9,58% 9,35% 9,23% 9,18% 9,19% 9,21% 9,24% 9,29% 9,36% 9,47% 8% 10% 12% 14% 3Private em Foco - Agosto de 2023 | Edição 178 A última página deste relatório contém informações importantes sobre o seu conteúdo. A BOLSA BRASILEIRA TEVE UMA PERFORMANCE IMPORTANTE NOS ÚLTIMOS MESES, MAS AINDA AQUÉM DOS PARES EMERGENTES E DE SEUS MÚLTIPLOS HISTÓRICOS Para horizontes mais longos, com uma meta de inflação em 3,0% e juros reais que seguem incompatíveis com a sustentabilidade da dívida pública, deve haver ajustes. O juro real ex-post, vigente desde 2007, foi da ordem de 3,8%, tanto por conta de crises inflacionárias, como por ajustes econômicos que permitiram queda da taxa neutra. No caso do risco-país, o Brasil está cerca de 90b.p. acima da média dos emergentes, essencialmente alinhado à nossa nota de crédito. Há espaço para avanço à medida que os mercados antecipem novas melhoras do rating, da ordem de 30 pontos-base a cada nível. Essa melhora é especialmente importante a julgar pela parcela da dívida pública detida por estrangeiros, próxima aos mínimos históricos. Aqui, há espaço para melhora importante, com efeitos que se espalham para renda fixa longa. A taxa de câmbio, por sua vez, ajustou parcela relevante do seu descolamento contra os pares. De uma cesta de cerca de 10 países, o real tem espaço para alguma valorização adicional, mas bem menor do que o observado nos últimos meses. Ainda assim, se considerarmos a situação das contas externas, o fato de que a taxa de câmbio tende a exagerar os movimentos e que, a preços de hoje, o valor histórico do real é da ordem de R$ 4,00, é possível que haja espaço para mais, ao longo do tempo. A bolsa brasileira teve um desempenho importante nos últimos meses, mas ainda aquém dos pares emergentes e de seus múltiplos históricos. Olhando adiante, há, de um lado, enorme descompressão dos preços no atacado, o que tende a favorecer a margem operacional das companhias. De outro, os benefícios do fechamento da curva de juros curta já foram majoritariamente incorporados e o PIB deve desacelerar nos próximos meses, afetando a receita das empresas. Um salto mais importante nos preços depende de um fechamento mais consistente da curva longa ou de renovadas surpresas com o crescimento. Assim, muito do que ocorreu de descompressão de riscos ou de surpresas positivas, já foi para os preços. Daqui em diante, quais serão os vetores de melhora adicional? Novas surpresas baixistas com a inflação local ou com os juros globais? Um avanço mais célere da reforma tributária no Senado? Melhora da arrecadação por conta de medidas legislativas ou jurídicas? Quais serão as reformas que o país levará adiante nos próximos anos, uma vez concluída a regulamentação da tributária em 2024? Essas são perguntas em aberto, com baixa visibilidade sobre as respostas. De toda forma, a inércia (ou falta de notícias) pode ser positiva para os preços se não houver ruídos macro e políticos. Aliás, o maior espaço para surpresa positiva pode vir justamente da ausência de ruídos. Tipicamente, quando se afasta de crises locais, o Brasil cresce mais próximo da economia global do que em momentos de crises idiossincráticas. As projeções para o PIB dos próximos anos seguem bastante tímidas. Isso é compreensível, ex-ante, a julgar pelos fatores que compõem o crescimento potencial. Mas a história mostra que, ex-post, os resultados podem ser bastante distintos quando se evitam crises fiscais ou para-fiscais, políticas, de balanço de pagamentos ou de crédito. Fazer a lição de casa sempre se pagou no Brasil. | 4 Private em Foco - Agosto de 2023 | Edição 178 A última página deste relatório contém informações importantes sobre o seu conteúdo. Tarciso Gouveia TARCISO.SILVA@BRADESCO.COM.BR ESTRATEGISTA DO BRADESCO GLOBAL PRIVATE BANK | DESTAQUE | ESPECIAL Será que estamos diante de um cenário goldilocks1? Indubitavelmente, estamos vivenciando uma mudança de humor do mercado para um cenário mais construtivo em escala global. No contexto internacional, um bom exemplo dessa transição de visão por parte dos investidores e economistas repousa sobre o desempenho da economia dos EUA, que há poucos meses a aposta dominante indicava um hard landing2, em linha com o forte aperto monetário em vigor por parte do Fed. Nesse sentido, o mercado precificava um afrouxamento monetário, com início de ciclo de corte de juros a partir de terceiro trimestre deste anomesmo com a manutenção de um tom mais duro por parte do Fed que, em momento algum, sinalizou para alguma mudança de postura. Ledo engano! Não obstante alguns indicadores considerados preditores históricos para uma possível recessão sinalizarem para iminência deste evento (como o famoso diferencial de juros entre dez e dois anos, que segue bem negativo), os dados macroeconômicos direcionam para o oposto, pelo menos no curto prazo. De fato, além do vigor do mercado de trabalho, outros dados também corroboram com a resiliência atual da economia americana. Nesse sentido, o National Bureau of Economic Research (NBER) dos EUA acompanha de perto, com o uso de diversos indicadores antecedentes, a possibilidade de recessão. Podemos observar esse fenômeno quando listamos alguns dados utilizados pelo NBER como termômetro para mensurar a atividade econômica. Nesse sentido, elencamos oito variáveis distribuídas entre indicadores antecedentes e agregados macroeconômicos para verificar o vigor da economia dos EUA no pós-pandemia. Dentre os indicadores pesquisados, apenas um mostra tendência de queda (manufatura e vendas comerciais), enquanto quatro apresentam estabilidade. Por outro lado, três variáveis ainda apontam para crescimento e notem que estas estão associadas ao mercado de trabalho. Fonte: Bloomberg, Bradesco. *Índice: jan/2021 = 100. EUA: indicadores usados para determinar quando a economia está em recessão 95 100 105 110 jan-21 mai-21 set-21 jan-22 mai-22 set-22 jan-23 mai-23 Geração de novos empregos Consumo real Nível de emprego PIB real Produção industrial RNB real Rendimento pessoal real ex transferências Manufatura e vendas comerciais reais Índice* 1 Termo utilizado para definir um "estado perfeito" na economia, sem contrações ou expansões com grandes variações e inflação controlada. 2 Expressão utilizada para definir uma desaceleração econômica mais profunda. sergio Realce sergio Realce sergio Realce 5Private em Foco - Agosto de 2023 | Edição 178 A última página deste relatório contém informações importantes sobre o seu conteúdo. Diante do exposto, surge uma pergunta: como é possível ter essa resiliência com um nível elevado de juros que não acontecia há mais de quinze anos nos EUA? Nesse caso, podemos avaliar também por um contexto microeconômico, sobremaneira associado a fatores idiossincráticos às empresas, por exemplo. Em uma situação “normal”, espera- se que o aumento dos juros eleve as despesas financeiras das companhias. Todavia, não é o que está acontecendo por lá, mas sim o oposto, como podemos observar, em termos agregados, no gráfico a seguir. A ATIVIDADE ECONÔMICA BRASILEIRA SEGUE RESILIENTE E COM REVISÕES PARA CIMA. JÁ A INFLAÇÃO PERMANECE REDUZINDO DE FORMA CONSISTENTE, INCLUSIVE OS NÚCLEOS COM TRAJETÓRIA CADENTE CONSOLIDADA Uma explicação plausível para tamanha resiliência das empresas americanas, no tocante às despesas financeiras, foi o forte volume de captação pelas companhias com elevado grau de investimento (consideradas mais seguras), a taxas de juros bem baixas, em torno de 2% a.a., e agora seus recursos líquidos (caixa) estão sendo remunerados em torno de 5% a.a., com o diferencial 3% a.a. a seu favor. Ademais, mais evidente do que a remuneração do caixa das empresas, observa-se uma forte desalavancagem, com a relação dívida/EBITDA chegando ao menor nível em décadas. Outra dúvida que emerge é se não teremos recessão ou se o ciclo foi postergado. A hipótese subjacente à essa questão está associada aos vencimentos das dívidas corporativas e o momento de rolagem com uma taxa de juros bem maior daquela contratada na pandemia da Covid-19. Fenômeno parecido ocorreu na década de 90, quando houve um aumento considerável dos custos financeiros, anos depois do ciclo de alta de juros. Todavia, o contexto agora parece bem diferente e favorável às empresas com grau de investimentos. Por outro lado, a preocupação se concentra nas empresas consideradas high yield (não possuem grau de investimento), que teriam mais dificuldades para rolar suas dívidas com juros mais elevados. Contudo, os vencimentos destes títulos parecem não configurar uma preocupação eminente, uma vez que os vencimentos estão mais concentrados em prazos mais longos. Diante do exposto, retornamos à pergunta chave deste texto: estamos caminhando para um cenário de goldilocks nos EUA? À luz dos dados e das informações atuais, parece que sim. Estamos em um processo de aperto monetário, com recuo da inflação, incluindo seus núcleos, e sem grandes danos à atividade econômica. Obviamente, não podemos garantir que este cenário não possa sofrer revezes, mas pelo menos, por ora, estamos muito mais próximos de um soft landing (com uma possível recessão leve), do que um hard landing, o que levaria o Fed ao Fonte: Bloomberg, Fed e Bradesco. EUA: pagamento de despesas com juros de empresas não financeiras -30 -20 -10 0 10 20 30 40 0 50.000 100.000 150.000 200.000 250.000 300.000 350.000 400.000 1993 1996 1999 2002 2005 2008 2011 2014 2017 2020 2023 Em USD milhões Variação % a.a. sergio Realce sergio Realce 6 Private em Foco - Agosto de 2023 | Edição 178 A última página deste relatório contém informações importantes sobre o seu conteúdo. | DESTAQUE | ESPECIAL pivot, como o mercado esperava até pouco tempo atrás. Por fim, não é por menos que o Fed insiste em sinalizar que os juros seguirão no patamar elevado por mais tempo a fim de ver a inflação se aproximar do nível desejado, em torno de 2%. Em outras palavras, a autoridade monetária tem ciência do vigor da economia americana e da boa condição dos balanços das empresas e das famílias e, por isso, tem a prerrogativa de manter sua postura mais conservadora. Diante do exposto, com o fim do ciclo de alta de juros que se aproxima, acreditamos que ainda há uma excelente oportunidade na renda fixa internacional, com destaque para o crédito privado. Em que pese o fechamento recente dos spreads, sobretudo dos títulos high yield, ainda estão em níveis atrativos quando comparamos nos últimos dois anos. No que diz respeito ao cenário doméstico, a melhora das perspectivas também se faz presente. É bem verdade que tivemos um início de ano volátil para os ativos locais, em virtude de incertezas importantes na condução da política econômica. No âmbito da política fiscal, os holofotes estavam voltados para a confecção do novo Arcabouço Fiscal que estava envolto a muitas incertezas sobre a dinâmica das contas públicas, notadamente, na forma de como seria geração de superávits primários que conjugassem com a estabilização da relação dívida/PIB para os próximos anos. Além disso, também tivemos no mês passado a tramitação da Reforma Tributária e o debate sobre seus impactos na economia no longo prazo. No mesmo período, agora na esfera da política monetária, as incertezas dominaram o cenário de juros e inflação face à eventualidade de mudanças no modelo de Regime de Metas de Inflação (RMI) vigente, com a possibilidade inclusive de elevar a meta de inflação e seu intervalo de tolerância, a partir de 2024. Com efeito, vimos uma rápida piora nas expectativas de inflação para os próximos anos e um estresse sobre a curva de juros. No que diz respeito a questão fiscal, tivemos a aprovação do texto do novo Arcabouço Fiscal pela Câmara dos Deputados3 que, embora tenha um cenário desafiador à frente por ser amplamente dependente da geração de receitas, mitigou substancialmente as incertezas que pairavam sobre o mercado, melhorando rapidamente suas expectativas. Além disso, tivemos em julho a aprovação, em primeiro e segundo turno também pela Câmara dos Deputados, da PEC da Reforma Tributária4, em tempo recorde e que surpreendeu o mercado. Já no contexto da políticamonetária, apesar da preocupação do mercado e de grande parte dos economistas, o RMI foi preservado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que alterou apenas seu calendário de convergência, que saiu do prazo de doze meses (ano fechado), para um horizonte móvel que poderá variar entre 18 e 24 meses a ser, possivelmente, definido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Essa decisão gerou uma revisão para baixo das expectativas de inflação nos próximos anos, retirando uma pressão considerável sobre as próximas reuniões do Copom. Assim como no cenário externo, aqui representado pela economia dos EUA, também estamos vivenciando algo similar. A atividade econômica brasileira segue resiliente e com revisões para cima. Já a inflação permanece reduzindo de forma consistente, inclusive os núcleos que, embora estejam em níveis elevados, sua trajetória cadente parece estar consolidada. Em síntese, coincide-se que o cenário de goldilocks também se configura para economia brasileira. Traduzindo o cenário de início do ciclo de corte de juros (iniciado na última reunião do Copom) para os preços dos ativos, fica claro a melhora de humor e da percepção de curto prazo por parte do mercado. No tocante aos juros, considerando a curva nominal com duration fixa, o mercado até então nunca havia precificado um ciclo com um ritmo tão intenso de queda de juros nos vencimentos mais curtos. Esse cenário prospectivo também traz implicações importantes para outras classes de ativos com maior apetite ao risco. Isso fica evidente quando observamos o retorno médio dos últimos quatro ciclos5 de corte de juros que, embora todas as classes de ativos tenham um desempenho melhor do que o CDI, o destaque fica para a renda variável, de longe o melhor desempenho. Por fim, o momento parece propício para aumentar a diversificação, com maior exposição ao risco, com serenidade e parcimônia. Nesse contexto, o cenário aqui descrito reforça nossa visão aos portfólios recomendados. Ademais, estamos atentos aos movimentos de mercado, em linha com contexto macroeconômico atual, a fim de capturar as oportunidades com a melhor relação risco x retorno e com vistas a preservação do patrimônio dos nossos clientes. | 3 Após aprovação na Câmara dos Deputados, o projeto foi encaminhado ao Senado que, por sua vez, fez algumas propostas de alteração no texto e retornou novamente à Câmara para ser apreciada e votada. 4 A matéria seguiu para apreciação do Senado. 5 Não consideramos o período de 2019/2020 devido à pandemia da Covid-19. 7Private em Foco - Agosto de 2023 | Edição 178 A última página deste relatório contém informações importantes sobre o seu conteúdo. Julho foi um mês positivo para os ativos globais. Os dados ainda surpreenden- tes da economia americana continuaram dando suporte para o apetite ao risco glo- bal. O Brasil também se- guiu o cenário externo e os ativos locais apresentaram bons retornos. O MSCI World (índice que engloba as principais bolsas de valores ao redor do mundo) teve alta de 3,6% em julho, influenciado pelos dados de atividade mais positivos nos EUA e pelos sólidos balanços das empresas. No Brasil, em meio às evoluções sobre o arcabouço fiscal e a melhora do cenário inflacionário no curto prazo, vimos o Ibovespa fechar o mês cotado acima dos 121 mil pontos, uma alta de 3,2%. No âmbito da renda fixa, para o cenário externo, com a economia americana ainda resiliente e surpreendendo as expectativas, vimos o mercado ajustando as projeções de juros para cima, como exemplo, as taxas de juros nominais nos EUA subiram cerca de 12 pontos-base nos títulos com vencimento em 10 anos. No cenário doméstico, a manutenção da meta de inflação em 3% para os próximos anos e a melhora do cenário no curto prazo provocou um otimismo no mercado e, como consequência, os títulos de renda fixa tiveram boas performances. O índice IRF-M (prefixado) apresentou alta de 0,9%, enquanto o IMA-B (títulos atrelados ao IPCA+) se valorizou 0,8%. Em relação ao câmbio, o dólar perdeu força frente às principais moedas globais durante julho, em meio ao aumento do apetite ao risco e o consequente fluxo para países emergentes. A moeda americana se desvalorizou 0,8% frente ao euro e 1,0% frente à libra. Contra o real, o dólar também perdeu força, cotado a R$ 4,73 no fechamento do mês. Entre os ativos alternativos, diante do mês com maior otimismo nas projeções de crescimento, vimos valorizações em várias commodities, como o petróleo WTI por exemplo, que teve alta de 15%. | | CLASSES | DE ATIVOS ULT ∆% MÊS ∆% ANO ∆% 12M Brasil: CDI Cetip 13,65% 1,07% 7,64% 13,58% Brasil: IMA-B 9.584 0,81% 12,27% 15,46% Brasil IRF-M 17.032 0,89% 10,59% 16,44% Pré-DI 360 dias 11,2% -38bps -209bps -247bps EUA: Treasury 10yr 3,96% 12bps 08bps 131bps EUA: TIPS 10yr 1,6% -03bps 01bps 149bps Alemanha Bunds 10 yr 2,49% 10bps -08bps 168bps Reino Unido: Libor 12m 4,3% -08bps 64bps 245bps Renda Fixa ULT ∆% MÊS ∆% ANO ∆% 12M Real (USD/BRL) 4,73 -1,24% -10,50% -8,65% Euro (EUR/USD) 1,10 0,81% 2,73% 7,60% British Pound (GBP/USD) 1,28 1,04% 6,22% 5,46% Swiss Franc (EUR/CHF) 0,96 -1,86% -3,11% -1,47% Yen (USD/JPY) 142,29 -1,40% 8,52% 6,77% Austrália (AUD/USD) 0,67 0,80% -1,41% -3,84% Canadá (USD/CAD) 1,32 -0,39% -2,69% 3,09% China Renminbi (USD/CNY) 7,14 -1,53% 3,54% 5,91% Moedas ULT ∆% MÊS ∆% ANO ∆% 12M MSCI World 707 3,55% 16,80% 10,88% MSCI Emerging Market 1.047 5,80% 9,47% 5,35% MSCI LatAm 2.562 5,01% 20,39% 20,45% MSCI Asia Pacific Ex Japan 666 5,68% 7,62% 3,76% Brasil: Ibovespa 121.943 3,27% 11,13% 18,20% Brasil: Ibovespa (USD) 25.720 4,96% 22,29% 29,34% Brasil: IBX-100 51.264 3,32% 10,13% 16,39% EUA: S&P 500 4.589 3,11% 19,52% 11,11% Europa: Euro Stoxx 600 471 2,04% 10,93% 7,54% Alemanha: DAX 16.447 1,85% 18,12% 21,97% França: CAC 7.498 1,32% 15,82% 16,27% Reino Unido: FTSE 100 7.699 2,23% 3,32% 3,72% Japão: Nikkei 33.172 -0,05% 27,12% 19,32% China: Shangai Comp 3.291 2,78% 6,53% 1,16% México: Mexbol 54.819 2,42% 13,11% 13,86% India: Sensex 66.528 2,80% 9,35% 15,56% Renda Variável ULT ∆% MÊS ∆% ANO ∆% 12M Índice de Fundo Imobiliario (IFIX) 3.197 1,33% 11,51% 13,61% Índice de Fundo Multimercado (IHFA) 4.828 1,08% 5,13% 9,53% CRB (Índice de Commodities) 282 7,70% 1,60% -3,38% Petróleo WTI (USD/barril) 81,8 15,80% 1,92% -17,06% Ouro (US$/onça) 1.965 2,38% 7,73% 11,28% Cobre (USD/TON) 401 6,61% 5,06% 11,47% VIX Index 13,6 0,29% -37,10% -36,10% Ativos Alternativos 8 Private em Foco - Agosto de 2023 | Edição 178 A última página deste relatório contém informações importantes sobre o seu conteúdo. Em julho, a grande discussão sobre a economia local foi concentrada na inflação e na política monetária. O IPCA de junho registrou deflação de 0,08%, acumulando alta de 3,16% em doze meses. O resultado veio ligeiramente acima do esperado, com uma certa surpresa na composição do número. Cabe destacar a dinâmica dos itens subjacentes – que são mais sensíveis ao ciclo econômico – apresentando aceleração mais disseminada nesta leitura. Mesmo com essa leve surpresa no curto prazo, tivemos a reunião do Copom decidindo pelo início do ciclo de corte na taxa Selic, em 50 pontos-base, já antevendo um novo ajuste de mesma magnitude na próxima reunião. Agora, com a manutenção do centro da meta em 3%, esperamos uma redução das expectativas de inflação de médio prazo. A evolução positiva da conjuntura deve permitir um ciclo extenso de cortes na taxa Selic ao longo de todo o ano de 2024. | Mercado local | ESTRATÉGIAS DE | INVESTIMENTOS POSITIVO NEUTRO NEGATIVO Elevado grau de otimismo ou pessimismo da recomendação de investimento. ou Moderado grau de otimismo ou pessimismo da recomendação de investimento. ou Legenda Indica neutralidade em relação à recomendação do investimento. ALTERNATIVOS Multimercados Ativos internacionais Multimercados: ainda enxergamosvalor na classe de multimercados diante da perspectiva de maior dinamismo e diversificação geográfica da indústria, com potencial de alocação em ativos por todo o mundo. É fundamental a adequação da exposição nas subclasses, com o devido equilíbrio entre as estratégias de valor relativo, diversificação internacional e macro. O fundamento desta classe ainda consiste na introdução de agilidade na alocação de risco e geração de retornos atrativos, independentemente dos ciclos de mercado. Neste momento em que o ciclo de redução de juros se inicia, a fim de aumentar nossa exposição no mercado de renda variável, entendemos que a alocação “neutra” é ideal para financiar esta alocação. Ativos Internacionais: o benefício da diversificação é, ainda, o principal argumento para a exposição à classe em todos os portfólios-modelo. A busca por proteção, com olhar agnóstico para a moeda, tem se mostrado muito importante para o desempenho dos nossos portfólios-modelo. A alocação estrutural em ativos internacionais é fundamental para que os objetivos de risco e retorno sejam alcançados, a despeito do nível do câmbio. RENDA VARIÁVEL Índices de mercado Dividendos Valor Temas específicos Na nossa visão, o mercado de renda variável deve apresentar retornos positivos para os investidores que possuem um horizonte de investimento mais longo. A melhora na conjuntura local, com a inflação mais controlada e reformas estruturais sendo endereçadas, justifica o aumento da alocação em renda variável para “neutra”. Ressaltamos que os ativos de bolsa têm suma importância nas nossas alocações. Em termos de fundamento, olhando para o longo prazo, acreditamos que os valuations bem descontados ainda proporcionam oportunidades. Na comparação geográfica, diante do cenário externo mais incerto, ainda mantemos a nossa preferência marginal de alocação na bolsa brasileira em relação às alocações internacionais (EUA e Ásia). RENDA FIXA Pós-fixado Prefixado Juros real - inflação A manutenção das metas de inflação em 3% reduziu as incertezas no cenário local e, como consequência, diminuiu os prêmios em toda a curva nominal de juros. Em nossa visão, os níveis atuais ainda sugerem assimetria positiva para a classe, porém, em menor magnitude, justificando a recomendação “under”. Sugerimos a alocação em títulos com prazos intermediários, com vencimentos próximos a 4 anos. Deve- se destacar que, para a classe de juro real (IPCA+) temos uma perspectiva mais positiva e, diante das taxas atrativas, sobretudo para o crédito privado, mantivemos a alocação em “over” nos títulos indexados à inflação, com prazo médio de aproximadamente 7 anos. Ressaltamos que a classe continua com uma função híbrida no portfólio, se beneficiando do carrego elevado, de uma eventual redução da taxa de juros futura e agregando proteção contra possíveis novos choques inflacionários locais. 9Private em Foco - Agosto de 2023 | Edição 178 A última página deste relatório contém informações importantes sobre o seu conteúdo. ALGUNS RISCOS IMPORTANTES NO CENÁRIO LOCAL SAÍRAM DO RADAR E, DIANTE DISSO, AUMENTAMOS O RISCO DOS PORTFÓLIOS COM INCREMENTO DA ALOCAÇÃO EM RENDA VARIÁVEL, FINANCIADA PELA REDUÇÃO EM MULTIMERCADOS Alocação estratégica OBJETIVO DE RETORNO DA CARTEIRA CDI+0,5% a.a. CDI+1% a.a. CDI+1,75% a.a. CDI+2,5% a.a. HORIZONTE DE INVESTIMENTO (3) Acima de 1 anos Acima de 2 anos Acima de 3 anos Acima de 4 anos Fonte: Bradesco Private Bank A composição dos retornos teóricos das carteiras-modelo é feita por uma média ponderada dos ativos que a compõem, que podem ser tanto produtos disponíveis aos clientes do Brades- co Global Private Bank quanto índices de referência, quando aplicáveis. Os ativos utilizados para a composição das informações acima podem não estar disponíveis, impossibilitando a composição de carteiras similares. As carteiras-modelo são rebalanceadas mensalmente, e a data de mudança nas alocações táticas (atual) é o último dia útil do mês. Esses retornos são teóricos e não representam o retorno efetivo de um portfólio específico ou veículo de investimento. Rentabilidades passadas não são, nem devem ser presumidas como rentabilidades futuras. A alocação estratégica para o perfil ultraconservador prioriza investimentos em produtos com liquidez, majoritariamente renda fixa pós fixada, com alocação predominante em títulos financeiros, títulos públicos e fundos de renda fixa. A partir de novembro de 2019, para o cálculo da rentabilidade da classe de multimercados, consideramos a média do retorno de todos os fundos de investimentos desta classe contidos na “grade core” do Bradesco Global Private Bank. *Retorno em % do CDI. **Desde out/08. Alocação atual(1): é baseada no horizonte de médio prazo, ela apresenta desvios em relação a Alocação Estratégica. Alocação Estratégica(2): serve de guia e representa a ponderação neutra (estrutural) ao longo dos ciclos de mercado. Horizonte de investimento(3): período mínimo sugerido para a maturação dos investimentos. Performance acumulada Conservador Moderado Dinâmico Arrojado Desde o início* ** 107% 113% 117% 122% Últimos 12 meses* 97% 91% 91% 91% Últimos 24 meses* 63% 69% 82% 99% estratégica(2)atual(1) estratégica(2)atual(1) estratégica(2)atual(1) estratégica(2)atual(1) CONSERVADOR MODERADO DINÂMICO ARROJADO RENDA FIXA 88% 87,5% 67,5% 67% 52% 52% 46% 45% Pós-fixado 75% 75,5% 43,5% 45% 19% 22% 11% 10% Prefixado 3% 4% 6% 8% 8% 10% 10% 15% Juro real - inflação 10% 8% 18% 14% 25% 20% 25% 20% RENDA VARIÁVEL 1,5% 3% 12% 12% 20% 20% 25,0% 25% Índices amplos - 1% 1% 4% 1,5% 6% 2% 8% Dividendos - - - - - - - - Valor 1,5% 1% 9% 4% 14,5% 7% 17% 9% Temas específicos - 1% 2% 4% 4% 7% 6% 8% ALTERNATIVOS 10,5% 9% 24,5% 21% 33% 28% 35% 30% Multimercados 7,5% 6% 18,5% 15% 25% 20% 25% 20% Ativos internacionais 3% 3% 6% 6% 8% 8% 10% 10% Fonte: Bradesco Global Private Bank 10 Private em Foco - Agosto de 2023 | Edição 178 A última página deste relatório contém informações importantes sobre o seu conteúdo. Mercado internacional | ESTRATÉGIAS DE | INVESTIMENTOS POSITIVO NEUTRO NEGATIVO Elevado grau de otimismo ou pessimismo da recomendação de investimento. ou Moderado grau de otimismo ou pessimismo da recomendação de investimento. ou Legenda Indica neutralidade em relação à recomendação do investimento. RENDA VARIÁVEL Mercados desenvolvidos | EUA Mercados desenvolvidos | Ex-EUA Mercados emergentes As ações tiveram outro mês forte em julho, à medida que os riscos de recessão diminuíram e um possível pico nas taxas do banco central nos próximos meses levou a um aumento adicional no viés de risco para os investidores. Mas isso ocorre apesar dos valuations parecerem caros, especialmente para as ações dos EUA, com a relação preço/lucro do S&P 500 agora acima de 21x. As ações dos mercados emergentes subiram 6% em julho, lideradas pela China, que subiu mais de 9%. Os dados econômicos continuam a decepcionar na China, mas isso pode convencer o governo a adotar novas medidas de estímulo, o que é considerado positivo pelos investidores. Tanto as ações dos EUA (S&P 500) quanto as de mercados desenvolvidos (ex-EUA) ganharam 3% durante o mês. O crescimento econômico mais forte do que o esperado e a inflação moderada ajudaram os mercados financeiros globais a apresentarem ganhos novamente em julho. Na verdade, todas as principais classes de ativos globais subiram durante o mês, pela segunda vez este ano. As commodities foram a classe de ativos mais forte em julho, com alta de 8%, o que agora a colocou em território positivo neste ano. As ações dos EUA continuam sendo a classe de ativos mais forte, com alta de mais de 20% no ano, após um ganho de 3% em julho. No final do mês, o Fed dos EUA e o Banco Central Europeu aumentaram suas taxas básicas em 0,25%. Agora com o limite superior em 5,5%, está no nível mais alto desde 2001. A taxa de depósito do BCE, de 3,75%, também está nonível mais alto desde 2001, antes mesmo de as notas de euro estarem em circulação. A inflação nos EUA foi de 3% em junho, um ano depois de atingir um pico de 9,1%. O núcleo da inflação cedeu para 4,8%, o que ainda está bem acima da meta de 2% do Fed. Enquanto a inflação geral pode se estabilizar nos próximos meses, mas o núcleo da inflação tem espaço paracair ainda mais e isso pode ser suficiente para permitir que o Fed pare com novos aumentos de juros em sua reunião de setembro. Tanto o Fed quanto o BCE ainda podem precisar aumentar as taxas um pouco mais até o final do ano para garantir que a inflação atinja a meta de 2%, mas o pico das taxas está à vista. Não estamos fazendo nenhum ajuste tático em nossas carteiras modelo em agosto. | MOEDAS US Dollar Euro Yen GBP Emergentes O dólar americano (índice DXY) caiu mais 1% em julho, atingindo os níveis mais baixos em um ano no mês de julho. A inflação moderada e as expectativas de um pico nas taxas dos EUA levaram à fraqueza do dólar. Enquanto o Fed dos EUA e o BCE aumentaram as taxas em 0,25% em julho, o banco do Japão manteve sua taxa de -0,1%, no entanto, ampliou a faixa para o yield dos títulos de 10 anos para 1%. Yields japoneses mais altos podem atrair fluxos para o Japão e levar ao fortalecimento do iene. A maioria das principais moedas ganhou em relação ao dólar durante o mês, com o iene japonês ganhando 1,4%, o euro 0,8% e a libra esterlina 1%. RENDA FIXA Liquidez / curto prazo Renda fixa soberana Grau de investimento High yield Mercado emergentes Os mercados de renda fixa ganharam em julho, apesar das grandes oscilações nos yields da renda fixa. No início do mês, o yield de referência do título do Tesouro dos EUA de 10 anos subiu para perto de 4,1% devido a fortes dados econômicos. Em meados de julho, o yield caiu para 3,7%, uma vez que os dados de inflação ficaram abaixo do esperado. Mas até o final do mês, o yield aumentou para 3,95%, já que os dados do PIB mostraram que a economia dos EUA continua forte e é provável que não haja uma recessão. Os títulos corporativos tiveram um forte desempenho durante o mês, à medida que os spreads se estreitaram. No mês, os títulos do governo ganharam 0,2%, títulos grau de investimento ganharam 1,0%, títulos high yield ganharam 1,7% e os títulos de mercados emergentes ganharam 1,9%. ALTERNATIVOS Alternativos líquidos Imobiliários Commodities As commodities (índice CRB) apresentaram ganhos de 8% em julho, com o petróleo (WTI) subindo de US$ 70/barril para US$ 81,80/barril durante o mês. A produção de petróleo diminuiu mais de 800.000 barris/dia em julho, após o anúncio da Arábia Saudita de uma redução de 1 milhão de barris/dia em junho ter entrado em vigor. O índice de commodities agora se tornou positivo para este ano e está no nível mais alto desde agosto passado. Os imóveis/REITs ganharam 3,3% em julho e agora estão em alta de 6% neste ano. Há preocupações contínuas na parte de imóveis comerciais, mas com muitos desses REITs caindo substancialmente já este ano, grande parte da fraca dinâmica econômica pode ser precificada. 11Private em Foco - Agosto de 2023 | Edição 178 A última página deste relatório contém informações importantes sobre o seu conteúdo. Conservador Moderado Dinâmico Arrojado Desde o início* ** 23,8% 29,8% 39,1% 43,6% Últimos 12 meses* 1,8% 2,4% 4,3% 6,1% Últimos 24 meses* -7,4% -8,5% -7,4% -6,4% CONSERVADOR MODERADO DINÂMICO ARROJADO RENDA FIXA 85% 83% 68% 66% 53% 49% 43% 39% Liquidez | curto prazo 21% 21% 8% 9% 6% 6% 3% 3% Renda fixa soberana 25% 25% 19% 19% 8% 8% 4% 4% Grau de investimento 24% 24% 22% 22% 16% 16% 13% 13% High yield 8% 6% 10% 7% 12% 8% 12% 8% Mercados emergentes 7% 7% 9% 9% 11% 11% 11% 11% RENDA VARIÁVEL 15% 17% 24% 26% 35% 39% 46% 50% Mercados desenvolvidos | EUA 5% 6% 8% 9% 11% 13% 15% 17% Mercados desenvolvidos | Ex-EUA 7% 7% 10% 10% 14% 14% 18% 18% Mercados emergentes 3% 4% 6% 7% 10% 12% 13% 15% ALTERNATIVOS 0% 0% 8% 8% 12% 12% 11% 11% Alternativos líquidos - - 4% 4% 5% 5% 4% 4% Imobiliários - - 3% 3% 5% 5% 5% 5% Commodities - - 1% 1% 2% 2% 2% 2% OBJETIVO DE RETORNO DA CARTEIRA 2% a 4% a.a. 3% a 5% a.a. 4% a 6% a.a. 5% a 8% a.a. HORIZONTE DE INVESTIMENTO (3) Acima de 2 anos Acima de 3 anos Acima de 4 anos Acima de 5 anos Fonte: Bradesco Europa - Londres Alocação atual(1): é baseada no horizonte de médio prazo, ela apresenta desvios em relação a Alocação Estratégica. Alocação Estratégica(2): serve de guia e representa a ponderação neutra (estrutural) ao longo dos ciclos de mercado. Horizonte de investimento(3): período mínimo sugerido para a maturação dos investimentos. Performance acumulada Fonte: Bradesco Europa - Londres. *Retorno em dólares americanos. **Desde dez/15. Alocação estratégica A composição dos retornos teóricos das carteiras-modelo é feita por uma média ponderada dos ativos que a compõem. Os ativos utilizados para a composição das informações acima podem não estar disponíveis, impossibilitando a composição de carteiras similares. As carteiras-modelo são rebalanceadas mensalmente, e a data de mudança nas alocações táticas (atual) é o último dia útil do mês. Esses retornos são teóricos e não representam o retorno efetivo de um portfólio específico ou veículo de investimento. Rentabilidades passadas não são, nem devem ser presumidas como rentabilidades futuras. As informações aqui contidas não objetivam atender objetivos financeiros específicos, necessidades ou peculiaridades de algum investidor. Todas as informações são disponibilizadas com propósito meramente informativo e educacional e não devem ser consideradas como recomendação ou sugestão de investimento específica. Este informativo não é uma indicação de que algum investimento específico ou estratégia de investimento é adequada ou apropriada as suas circunstâncias individuais. Qualquer a decisão de investimento compete exclusivamente ao cliente que não deve utilizar este material como única fonte para tomada de decisão. A alocação estratégica para o perfil ultraconservador prioriza investimentos em produtos com liquidez, majoritariamente renda fixa pós fixada, com alocação predominante em títulos financeiros, títulos públicos e fundos de renda fixa. OS MERCADOS GLOBAIS VALORIZARAM NOVAMENTE EM JULHO, MAS O VALUATION DAS AÇÕES AINDA PARECE CARO, ESPECIALMENTE NOS EUA estratégica(2)atual(1) estratégica(2)atual(1) estratégica(2)atual(1) estratégica(2)atual(1) 12 Private em Foco - Agosto de 2023 | Edição 178 A última página deste relatório contém informações importantes sobre o seu conteúdo. Todas as opiniões, estimativas e projeções que constam do presente material traduzem nosso julgamento no momento da sua elaboração e podem ser modificadas a qualquer momento e sem aviso prévio, a exclusivo critério do Bradesco e sem nenhum ônus e/ou responsabilidade para este. O Bradesco não será responsável, ainda, por quaisquer perdas diretas, indiretas ou quaisquer tipos de prejuízos e/ou lucros cessantes que possam ser decorrentes do uso deste conteúdo. Qualquer decisão de contratar a estrutura aqui apresentada deve ser baseada exclusivamente em análise do cliente, sendo exclusivamente do cliente a responsabilidade por tal decisão. Nenhuma suposição, projeção ou exemplificação constante deste material deve ser considerada como garantia de eventos futuros e/ou de “performance”. Este documento não constitui oferta, convite, contratação da estrutura ou qualquer obrigação por parte do Bradesco, de qualquer forma e em qualquer nível. Este material foi elaborado pela superintendência de investimentos do Bradesco Global Private Bank, do Banco Bradesco S.A. e tem caráter meramente informativo. O seu conteúdo foi elaborado com base em informações públicas, utilizando fontes diversas como Bloomberg, Broadcast, Thomson Reuters, Valor Pro e Economática e não deve ser entendido como análise de valor mobiliário, oferta ou recomendação de qualquerativo financeiro ou investimento. As estimativas e opiniões aqui descritas podem ser alteradas a qualquer tempo, sem aviso prévio.Os clientes interessados em investir nas estratégias aqui apresentadas devem procurar aconselhamento financeiro conforme seus interesses, antes de tomar qualquer decisão de investimento,sendo de sua exclusiva responsabilidade a decisão de investimento. Este conteúdo se destina ao uso exclusivo do destinatário, e não pode ser reproduzido, copiado, alterado, total ou parcialmente, ou distribuído a qualquer pessoa sem o prévio consentimento por escrito do departamento de Global Private Bank do Banco Bradesco S.A. Fone Fácil Exclusivo Global Private Bank: 3004 9980 ou 0800 718 9980; SAC - Alô Bradesco: 0800 704 8383; SAC - Deficiência Auditiva ou de Fala: 0800 722 0099; Ouvidoria: 0800 727 9933. ATIVIDADE 2021 2022 2023E 2024E PIB Brasil - crescimento real (% aa.) 5,0% 2,9% 2,1% 1,5% PIB Brasil - (per capita em US$) 7.730 8.942 9.986 10.869 PIB mundial (%) 6,3% 3,4% 2,8% 2,6% EUA 5,9% 2,1% 1,9% 0,5% Área do euro 5,4% 3,5% 0,8% 1,0% Reino Unido 7,6% 4,0% 0,0% 0,6% Japão 2,1% 1,1% 1,1% 1,0% China 8,5% 3,0% 5,5% 5,0% Brasil: produção industrial - IBGE (%) 3,9% -0,7% 0,4% 1,3% Brasil: vendas no comércio varejista - restrita (%) 2,9% 1,0% 0,9% 0,2% JUROS Taxa Selic meta (% aa.) - acumulado 12 meses 4,44% 12,38% 13,04% 10,29% Taxa Selic meta (% aa.) - final do período 9,25% 13,75% 11,75% 9,75% Taxa Selic real (% aa.) - IPCA acumulado 12 meses -5,11% 6,23% 7,83% 6,42% Juros EUA (Fed funds %) - fim de período 0,00% 4,25% 5,25% 3,25% Juros EUROPA (BCE %) - fim de período 0,00% 2,50% 4,25% 3,25% INFLAÇÃO IPCA (IBGE) - % aa. 10,06% 5,79% 4,83% 3,63% IGP-M (FGV) - % aa. 17,78% 5,45% -4,10% 4,56% TAXA DE CÂMBIO Real (BRL/USD ) - fim de período 5,58 5,22 4,80 4,80 Real (BRL/USD) - média do período 5,40 5,16 4,94 4,80 Euro (EUR/USD) - fim de período 1,14 1,07 1,12 1,15 SETOR EXTERNO Balança comercial (em US$ bilhões) 36,2 44,2 60,0 43,0 Exportações (em US$ bilhões) 283,8 340,3 327,2 311,2 Importações (em US$ bilhões) 247,6 296,2 267,3 268,2 Saldo em transações correntes (em US$ bilhões) -28,1 -56,0 -42,8 -50,4 Saldo em transações correntes (% do PIB) -1,7% -3,0% -2,0% -2,1% Reservas internacionais (em US$ bilhões) caixa 362,0 368,5 375,2 381,9 CONTAS PÚBLICAS Resultado primário (% do PIB) - fim do período 0,7% 1,3% -0,9% -0,7% Resultado nominal (% do PIB) - fim do período -4,3% -4,6% -8,3% -7,9% Dívida bruta do setor público (% do PIB) - fim do período 80,3% 72,9% 76,1% 80,0% COMMODITIES E ALTERNATIVOS Brasil: CDS 5 anos - (credit default swap spread) - (em bp.) 201,5 250,0 180,0 180,0 Petróleo Brent (USD/barril) 77,8 85,9 82,5 82,5 Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco Projeções e indicadores macroeconômicos private.bradesco Bradesco Global Private Bank