Buscar

MONOGRAFIA_KARY

Prévia do material em texto

38
UNIFIMES - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MINEIROS
KARIELLY BATISTA PRIMO
MÉTODO CONSTRUTIVO DO TIJOLO ECOLÓGICO MODULAR DE SOLO-CIMENTO: UM ESTUDO DE CASO
MINEIROS - GOIÁS
3
2016
KARIELLY BATISTA PRIMO
MÉTODO CONSTRUTIVO DO TIJOLO ECOLÓGICO MODULAR DE SOLO-CIMENTO: UM ESTUDO DE CASO	Comment by Claudir José Goltz: O Titulo nao esta de acordo com o que propos a fazer, tem de falar que e para a cidade de mineiros
Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia Civil apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Graduado em Engenharia Civil pelo Curso de Engenharia Civil do Centro Universitário de Mineiros UNIFIMES.
Orientador (a): Prof. Claudir José Goltz 
MINEIROS - GOIÁS
2016
UNIFIMES - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MINEIROS 
MÉTODO CONSTRUTIVO DO TIJOLO ECOLÓGICO MODULAR DE SOLO-CIMENTO: UM ESTUDO DE CASO
Monografia aprovada pela Banca Examinadora, como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil, pela conclusão do Curso de Engenharia Civil, oferecido pela Unidade Básica das Exatas, mantido pelo Centro Universitário de Mineiros. 
Mineiros-GO, 12 de dezembro de 2016.
Prof. Claudir José Goltz
Orientador
Prof. Stelamara Souza Pereira
Avaliadora
Prof. Gabriel Pinto da Silva Neto
Avaliador
AGRADECIMENTOS
	Agradeço primeiramente ao Senhor meu Deus e meu Pai, pela condução segura dos meus passos rumo a esse objetivo.
	De maneira toda especial aos meus pais, Nelson Souza Primo e Lília Souza Batista Primo, meu esposo Leonardo e meus filhos Dérick e Nicolas.
	Agradeço a Ana Lucia Oliveira Cunha, minha sogra que ajudou ficando com os meus filhos para que eu pudesse cumprir esse objetivo.
	Ao Prof. Claudir pela as orientações e aos colegas, professores e funcionários da UNIFIMES.
Ao meu grande amigo Vitor Franco Rodrigues pelo o que ele representa e o companheirismo desta longa jornada.
RESUMO
 A Construção civil busca a constante inovação nas edificações, visando a segurança, proteção ambiental e baixo custo, motivando os pesquisadores a buscarem alternativas de métodos construtivos e materiais empregados nas obras que minimizem os impactos ambientais. O tijolo ecológico solo-cimento é uma alternativa de material que contribui com a sustentabilidade ambiental, onde permite o reaproveitamento de resíduos sólidos da construção civil e não há a necessidade de queima de combustíveis, como a madeira, durante o seu processo de fabricação, ou seja, não emite gases poluentes na atmosfera. O presente trabalho objetiva-se em discorrer sobre as vantagens construtivas no emprego do tijolo ecológico solo-cimento, como também, apresentar um estudo de caso, realizado no município de Mineiros - GO do acompanhamento de uma obra residencial onde foi empregado o tijolo ecológico em sua alvenaria. A metodologia adotada por este trabalho, inicia-se por uma revisão bibliográfica sobre tijolos ecológicos modulares de solo-cimento e por fim, o estudo de caso de uma obra residencial com alvenaria modular de solo-cimento, concluindo-se com uma analogia entre as técnicas construtivas relatadas nas publicações pesquisadas e as práticas construtivas usadas na obra estudada.	Comment by Claudir José Goltz: O que voce vai fazer e um estudo de caso, da alvenaria de tijolo solo cimento na cidade de mineiros.
Palavras-chave: Tijolo Ecológico Solo-cimento. Meio Ambiente. Estudo de caso.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Detalhe de aplicação do filete de argamassa	19
Figura 2 – Detalhe das instalações elétricas	20
Figura 3 – Detalhes das instalações hidráulicas	20
Figura 4 – Detalhe do preenchimento dos furos	21
Figura 5 – Detalhe das amarrações de encontros de paredes	21
Figura 6 - Detalhe das cintas de amarrações 	22
Figura 7 – Localização da obra em Mineiros – GO	24
Figura 8 – O terreno antes da construção	24
Figura 9 – Tijolo solo-cimento no canteiro de obra	26
Figura 10 – Projeto arquitetônico humanizado- sem escala.	28
Figura 11 – Processo de fundação da obra	29
Figura 12 – Viga baldrame 	30
Figura 13 – Os furos que receberão os ferros das colunas	31
Figura 14 – Assentamento dos tijolos com fina camada de cola e argamassa	32
Figura 15 – Cintas de amarrações 	33
Figura 16 – Furos das colunas que receberão o preenchimento com graute	33
Figura 17 – Escoramento das vigas para a concretagem da laje	34
Figura 18 – Telhado com telhas de fibrocimento	35
Figura 19 – Obra concluída	36
Figura 20 – Projeto 3D	36
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
3D	Tridimensional
ABCP 	Associação Brasileira de Cimento Portland 
ABNT 	Associação Brasileira de Normas Técnicas
ART 	Anotação de Responsabilidade Técnica
CAU 	Conselho de Arquitetura e Urbanismo
cm	Centímetro
CREA 	Conselho Regional de Engenharia Arquitetura e Agronomia
ext.	Externo
FUNTAC 	Fundação de Tecnologia do Estado do Acre
GO	Goiás
int.	Interno
m²	Metros quadrados
NBR	Normas Brasileiras de Regulamentação
nº	Número
PVA 	Acetato de Polivilina
RJ	Rio de Janeiro
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	9
2. TIPOS DE ALVENARIAS E SUAS DEFINIÇÕES	11
2.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DAS ALVENARIAS	12
3 SURGIMENTO DO TIJOLO ECOLÓGICO MODULAR	13
3.1 TIJOLO ECOLÓGICO CONTRIBUINDO COM A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL	14
3.2 PROCESSO DE FABRICAÇAO DO TIJOLO SOLO-CIMENTO	15
4. SISTEMA CONSTRUTIVO DO TIJOLO MODULAR SOLO-CIMENTO	18
5. ESTUDO DE CASO	23
5.1 LOCAL DE ESTUDO	23
5.2 PERÍODO DE PESQUISA	24
5.3 METODOLOGIA DE ESTUDO	25
5.4 CARACTERIZAÇÃO DO TIJOLO SOLO-CIMENTO	26
5.5 PROCESSO CONSTRUTIVO	27
5.5.1 PROJETOS	27
5.5.2 FUNDAÇÃO	29
5.5.3 ALVENARIA	30
5.5.4 LAJE E COBERTURA	34
5.5.5 ACABAMENTOS	35
CONCLUSÃO	37
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA	38
1. INTRODUÇÃO 		Comment by Claudir José Goltz: Cuidar com as informacoes ja faladas no resumo.
Com a busca constante em minimizar os impactos ambientais, torna-se necessário a utilização de processos e método no ramo da construção civil que visam reduzir os danos gerados ao meio ambiente, como também, facilitar e agilizar os sistemas construtivos. A engenharia civil faz parte deste contexto, onde pesquisadores e profissionais buscam alternativas nas construções empregando novos materiais que agridem menos o meio ambiente, como por exemplo, o uso dos tijolos solo-cimento, também considerado tijolos ecológicos, sendo o foco principal de estudo deste trabalho.
O tijolo solo-cimento modular além de contribuir com a sustentabilidade do meio ambiente, apresenta o baixo custo da alvenaria, a facilidade em seu método de construção e a questão de não ter que fazer quebras na alvenaria para as instalações elétricas e hidráulicas, faz com que, reduza os entulhos nos canteiros de obras. O ramo da engenharia civil é um dos que mais consome e desperdiça matéria prima, fazendo-se necessário viabilizar o reaproveitamento dos resíduos sólidos de construção, no qual o tijolo ecológico apresenta essa alternativa no seu processo de fabricação. (GRANDE, 2003)
Com a mistura de solo, cimento e água, dentro das proporções adequadas e realizando corretamente todas as etapas de fabricação, obtém-se um produto de boa qualidade que atende as exigências das NBRs (Normas Brasileiras de Regulamentação) nº 10834, 10835, 10836, garantindo um tijolo de dimensões padrões, com alta resistência à compressão e impermeabilidade adequada.
As preocupações com a preservação do meio ambiente não são recentes, mas atualmente este tema tem se destacado por pesquisadores, devido aos variados fenômenos naturais que causaram grandes prejuízos a humanidade, advindos do aquecimento global, desflorestamento, poluição, entre outros fatores que prejudicam o planeta. Torna-se necessário atentar-se quanto aos elementos utilizados na construção civil, buscando empregar materiais e técnicas construtivas que agridam ao mínimo o meio ambiente, avaliando assim, a viabilidade ecológica dos produtos (RODRIGUES, 2008).
Neste contexto Marques (2015), relata que o tijolo modular solo-cimento apresenta inúmeras vantagens, entre elas, a sua simplicidade de fabricação, podendo ser produzido no própriocanteiro de obras; não necessita de mão-de-obra especializada em seu processo construtivo; é um material de boa resistência e durabilidade; apresenta baixo custo em relação as alvenarias convencionais, entre outros benefícios.
 A metodologia empregada neste trabalho se caracteriza por uma ampla revisão bibliográfica exploratória, descritiva, como também, um estudo de caso realizado em uma obra residencial localizada no município de Mineiros-GO, por meio do acompanhamento do processo construtivo, onde emprega-se o tijolo modular de solo-cimento. Durante toda a execução da obra em questão, observou-se as distintas características do método construtivo da alvenaria utilizando o tijolo modular solo-cimento, elencados ao longo das argumentações.	Comment by Claudir José Goltz: Revisao bibliografica ou esudo de caso
2. TIPOS DE ALVENARIAS E SUAS DEFINIÇÕES	Comment by Claudir José Goltz: So existe estes dois tipos de alvenaria. Quando voce fala dos tipos de alvenaria deve-se mencionar todas. Ate mesmo a de solo cimento, onde depois voce ira detalhar sobre ela.
Para que o leitor possa ter uma melhor compreensão do tema tratado, faz-se necessário discorrer sobre os tipos de alvenarias, apresentado suas principais definições. 	Comment by Claudir José Goltz: O inico desta frase e a mesma do topico 2.1 , favor rever.
A alvenaria é a estrutura resistente principal na história da humanidade que tem como funções de compartimentação e de proteção de intempéries, além da transmissão de carga para as fundações. (MARTINS 2011)	Comment by Claudir José Goltz: Voce esta falando da alvenaria de vedacao no primeiro e ultimo paragrafo, juntar tudo em um so. A mesma coisa deve ser feita para a alvenaria estrutural. 
Para Cyrino (2012), a alvenaria se divide em: alvenaria de vedação que tem como principal função vedar e separar os ambientes e tem o princípio estrutural, suportar seu peso próprio, além dos elementos como portas, janelas e acessórios doméstico. E a alvenaria estrutural assume duas funções: a de vedação e a estrutural, ou seja, irá sustentar seu peso e também as cagas das lajes e coberturas. 
A alvenaria estrutural são elementos resistentes às cargas laterais resultantes da ação do vento e cargas verticais de lajes e o peso próprio. O sistema modular que compõe as paredes estruturais com bloco tem as seguintes vantagens: a facilidade construtiva; padronização da parede; diminuição dos problemas entre os elementos; redução dos desperdícios; maior precisão dimensional; diminuição de erros da mão-de-obra; aumento da qualidade e produtividade (KATO, 2002).
Conforme dos autores citados, as alvenarias de vedação podem ser chamadas de subsistemas verticais que são as paredes internas e externas, as internas que servem para as divisões dos ambientes, e externas para a proteção dos agentes naturais, como chuvas, ventos etc. Não possui nenhuma função estrutural, ou seja, suporta somente o peso da alvenaria e cargas de utilidade, como exemplo: os armários. Alvenaria estrutural possui as ferragens embutida dentro dos blocos, tendo a função de suportar o peso das lajes e coberturas. Neste sistema construtivo as paredes não podem ser removidas, pois correm o risco de comprometer a construção.
2.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DAS ALVENARIAS 	Comment by Claudir José Goltz: Inverter a ordem, colocar este como item 2. E mudar o nome para Historico das alvenarias
Para que o leitor possa ter uma melhor compreensão do tema tratado, faz-se necessário decorrer sobre a evolução histórico das alvenarias, apresentado suas origem e avanços tecnológicos. 	Comment by Claudir José Goltz: Mesma coisa do item 2. Rever
Analisando as épocas passadas para criar um ambiente de tranquilidade e segurança, o homem procurava abrigo dentro das cavernas. Com isso “ as paredes das cavernas demonstravam eficiência, papel esse assumido posteriormente pelas as alvenarias das residências moderna” (CYRINO, 2012).
Cyrino (2012), relata que antigamente, com a necessidade do homem de possuir um local para esconder-se das intempéries da natureza, passaram a construir moradias para viver, conhecidas como cavernas. A partir da necessidade do homem de desbravar novas áreas, tornou-se necessário construir suas residências com pedras e barros. Com o avanço da história e os progressos da tecnologia, surgiram novos métodos construtivos, aplicados na alvenaria, com o convencional bloco cerâmico e os tijolos de solo-cimento.
De acordo com Barccelli Junior (2010), o bloco cerâmico tem estado presente desde o início da civilização como o primeiro material criado pelo homem artificialmente. E ainda nos dias atuais as alvenarias são construídas com o tijolo cerâmico, material que se consolidou no Brasil como tradicionais.
A alvenaria é feita com o assentamento de blocos unida à argamassa. Essa argamassa se constitui a partir de uma mistura homogênea de cimento, areia e água, podendo ou não acrescentar aditivos para melhorá-la (CYRINO, 2012).
Segundo Holanda (2003), as alvenarias tradicionais na maioria das obras brasileiras ainda empregam os métodos construtivos do passado fazendo com que tenha o atraso da produção. Para ter o aumento de produtividade e à redução de resíduos de construção é necessário substituir as alvenarias tradicionais por novos materiais que agilizem sua execução.
Com a evolução histórica da alvenaria, aqui apresentada, conforme os autores pesquisados, observa-se que as evoluções dos métodos construtivos surgiram por meio da necessidade do homem em buscar seu conforto e segurança, desenvolvendo inovações nas alvenarias com o intuito de agilizar o processo construtivo, reduzir custos, trazendo melhorias tanto ao homem, como ao meio ambiente.	Comment by Claudir José Goltz: Tira essas duas palavras
3 SURGIMENTO DO TIJOLO ECOLÓGICO MODULAR
A indústria da construção civil, como outras, aumentou nos últimos tempos a preocupação com o meio ambiente e como isso surgiu a busca por novas soluções construtivas, pelo emprego de novas ferramentas, reciclagem de resíduos, redução do déficit habitacional, desenvolvimento sustentável e redução do desperdício no canteiro de obras através da racionalização de materiais. Todos esses aspectos devem ser encarados por pesquisadores, engenheiros, arquitetos e sociedade em geral (GONÇALVES, 2003).
O uso do barro e a taipa foram métodos construtivos usado no passado, conforme o tempo foi passando, novas tecnologias foram surgindo, métodos e materiais evoluíram, o que era artesanal mudou-se por produtos industrializados desenvolvidos dentro de especificações e normas (MARQUES, 2015). 	Comment by Claudir José Goltz: Este paragrafo deve ir onde fala da historia da alvenaria
Marques (2015), ainda relata que no Brasil a mistura solo-cimento era empregado somente na execução de bases rodoviárias, onde, tem-se registro oficial o uso do tijolo solo-cimento em paredes no ano de 1948, com a construção da sede da fazenda Inglesa no município de Petrópolis - RJ. Neste mesmo ano a Associação Brasileira de Cimento Portland – (ABCP), publicou em seu boletim nº 54 o emprego do tijolo solo-cimento construções de paredes monolíticas.
 O tijolo solo-cimento com o passar dos anos, vem sendo usado em alvenarias rurais e urbanas, tornando-se um material alternativo, pelo menor custo e por seu processo produtivo bastante simplório. (MARQUES, 2015)
Segundo Morett, (2003) no Brasil a construção civil com métodos tradicionais se caracteriza pelo alto custo devido à grande qu?antidade de mão-de-obra envolvida para sua execução e principalmente ao desperdício dentro do canteiro de obra. Neste processo construtivo faz com que a qualidade e o controle da obra sejam precários, um dos fatores agravantes é o profissional não qualificado. Já no sistema construtivo de solo-cimento possibilita condições para as populações carentes construírem devido aos recursos que viabilizem a minimização do custo da obra. “As tecnologias de solo-cimento são de fácil domínio técnico e não exigem um elevado grau de conhecimento especializado da mão-de-obra”.	Comment by Claudir JoséGoltz: Quem afirma esta frase, e voce ou o autor Morett ?	Comment by Claudir José Goltz: Quem esta afirmando esta frase? Porque ela esta entre aspas?
O tijolo ecológico surgiu da necessidade de facilitar e acelerar a construção, de uma forma que agredisse em menor grau o já tão prejudicado meio ambiente, bem como da necessidade de construções mais baratas e sustentáveis. Tijolo de solo-cimento é uma alternativa para suprir as necessidades da indústria da construção civil e o déficit habitacional devido ao baixo custo da construção uma vez que possui a facilidade no processo construtivo, fazendo com que haja redução de prazos e minimizando os impactos ambientais. (MOTA et al, 2014)
De acordo com Marques (2015), no Brasil, desde 1948, o tijolo solo-cimento tem contribuído para satisfazer as necessidades do ser humano, nos dias atuais, já encontramos facilmente esse material no comércio, entretanto, Marques (2015), frisa que comercialmente o tijolo solo-cimento ainda não substitui o tijolo cerâmico, que já tem seu mercado consolidado.
A partir das referências pesquisadas, observa-se que o tijolo-ecológico inicia seu emprego em alvenarias a partir do ano de 1948, ganhando espaço no mercado ao longo do tempo, devido as suas vantagens construtivas e ambientais, entretanto este material necessita de uma maior propagação de uso nas construções.
3.1 TIJOLO ECOLÓGICO CONTRIBUINDO COM A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
	A sustentabilidade se baseia em uma prática que diminui o impacto ambiental, além de reduzir os custos utilizando a reciclagem na área da construção civil. As práticas sustentáveis nos últimos tempos vem sendo um assunto de grande preocupação e discursão mundial, e isso tem contribuído a fim de minimizarem os impactos ambientais. (SANTANA; CARVALHO; FARIA, 2013)
	Conforme Cordeiro; Conceição; Lima, (2006), o aumento crescente da preocupação em torno do ambiente e da escassez de recursos naturais, trouxeram a necessidade de preservação ambiental, que vem sendo despertada em vários segmentos da sociedade. A sustentabilidade é um conceito de fundamentação normativa que implica na manutenção de um nível de desenvolvimento humano que seja aceitável para cada nova geração. 
A maior parte dos resíduos sólidos produzidos são poluentes e a sociedade moderna é a grande contribuidora para a produção destes, sendo necessário buscar alternativas que visem reaproveitar estes resíduos, diminuindo assim os impactos ambientais, contribuindo com o meio ambiente. É de suma importância pesquisar novas alternativas de materiais e métodos que almejam satisfazer as necessidades do homem e da natureza. (CORDEIRO, CONCEIÇÃO; LIMA, 2006).
A sustentabilidade do meio ambiente faz necessário para que possa viver em um lugar com mais qualidade de vida. Nas últimas décadas o ramo da construção civil tem crescido, buscando inovações e alternativas que minimizam os impactos ambientais com a utilização de matéria prima renovável. A construção civil é um setor que consome diariamente muitos materiais não recuperáveis, por exemplo, cal, água potável, areia, gerando entulho, prejudiciais ao meio ambiente. Numa tentativa de minimizar o uso de materiais danosos a natureza, diminuir o tempo gasto com as obras, surgi a alternativa do uso de tijolo ecológico como solução viável a estes problemas (MOTTA et. al., 2014).	Comment by Claudir José Goltz: Trocar por; EM UMA
	
3.2 PROCESSO DE FABRICAÇAO DO TIJOLO SOLO-CIMENTO
De acordo Morett (2003), o tijolo solo-cimento modular requer uma adição de solo em maior proporção, desde que este não seja orgânico, podem ser utilizados todos os tipos de solo tendo uma quantidade mínima de argilas e siltes. Depois do solo extraído, a primeira etapa da fabricação começa com a mistura dos componentes como o cimento, que dará a resistência necessária para o tijolo e água que deve ser adicionada em proporções suficiente, esses compostos serão colocados no misturador para a homogeneização controlando a umidade, em uma prensa de alta pressão os blocos tomam forma. Estes são colocados em locais com proteção das intempéries, e umidificando até que atinja a resistência desejada. Em todas as etapas não há nenhuma queima, isso torna um produto de baixos impactos ambientais.
O tijolo modular é considerado como tijolo ecológico, por dois motivos, o primeiro por após sua fabricação não necessitar da queima, e o segundo é o uso dos resíduos, que são retirados das alvenarias, desde o solo para a fundação até os resíduos sólidos dos restos construtivos, tornando o aproveitamento uma alternativa ecológica (CORDEIRO, CONCEIÇÃO; LIMA, 2006).	Comment by Claudir José Goltz: Esta confuso.
	Comment by Claudir José Goltz: Ele nao e feito de argila e cimento? Aqui voce fala de residuos que sao aproveitados. Explica melhor.
O tijolo solo-cimento gera uma quantidade bem menor de resíduos do que no uso do tijolo convencional e o mais importante: na fabricação do tijolo podem ser usados os resíduos de outras construções. Outro fator altamente positivo é que quando o tijolo quebra durante o processo, ele pode ser transformado em tijolo novamente reaproveitado. Uma das características essenciais a serem analisadas em qualquer tipo de tijolo é a resistência à compressão, tornando a construção mais estável e, consequentemente mais segura (SOUZA et al. 2011).	Comment by Claudir José Goltz: Menor quanto?	Comment by Claudir José Goltz: Ate agora nao foi falado o porque pode utilizar residuos de outras construcoes. Qual o tipo de residuo que pode ser utilizado? tem de esplicar melhor. Qual o tipo de ensaio tem de ser feito? 	Comment by Claudir José Goltz: O que e resistencia a compressao? Uma pessoa leiga lendo o teu trabalho tem de saber o que seria. ENTAO EXPLICA
Conforme a NBR 10834 de 1994 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), para que o tijolo seja classificado como tijolo vazado de solo-cimento deve apresentar uma mistura homogênea, formada a partir da compactação e endurecimento de solo, cimento, água e, se necessários aditivos em proporções dentro das exigências da norma. Sendo assim, para que os tijolos solo-cimento possam ser comercializados como produto de qualidade, precisam atender as exigências da referida NBR, que define as dimensões, e tolerâncias quanto à resistência à compressão e a absorção de água (BRASIL, 1994).
A utilização desse tipo de tijolo de solo-cimento que é produzido com o uso de prensas manuais ou mecânicas, se revela em total conformidade com os padrões de segurança ambiental, possibilitando o desenvolvimento de componentes de sistemas construtivos oferecendo inúmeras vantagens com o baixo custo quando comparado às alvenarias convencionais pela eficiência construtiva do seu sistema modular (SOUZA et al, 2011).
Como a construção civil é um dos ramos que mais cresce e, consequentemente, que mais produz entulhos, e muito embora o lixo produzido não apresente riscos tóxicos, ele incomoda pelo volume crescente e requer medidas urgentes para um descarte inteligente. Na fabricação de tijolos solo cimento são utilizados os resíduos desprezados pela construção convencional, o que pode resolver o problema do entulho que ocupa espaço (MOTTA et al, 2014).	Comment by Claudir José Goltz: Na fabricação de tijolos solo cimento são utilizados os resíduos desprezados pela construção convencional, Qual e este residuo? Voce esta falando muito desta frase mas nao coloca os dados necessarios. Rever todas as vezes que fala da mesma coisa. O foco nao e este.
O processo de fabricação do tijolo ecológico é bastante simples: ele é composto apenas de cimento e solo arenoso, com uma quantidade mínima de argila. É chamado de tijolo ecológico pelo tipo de material que utiliza na sua fabricação: solo retirado da superfície, sem nenhuma espécie de dano à natureza e por não consumir lenha nem combustível (não precisa ser queimado), evitando o desmatamento e a poluição do ar com a fumaça (monóxido de carbono) e sem a utilização da argila, que geralmente vem de pequenas reservas naturais não renováveis (MOTTA et al, 2014). 	Commentby Claudir José Goltz: Ja foi falado anteriormente do processo de fabricacao e dos materiais. Portanto nao faz sentido repetir a informacao.
Por meio da pesquisa nas publicações acima citadas, pode-se considerar que a produção do tijolo solo-cimento, gera poucos danos ao meio ambiente, principalmente por não realizar a queima de madeiras para a cura do tijolo e não emitir gases poluentes a atmosfera, como também, pode-se substituir o solo empregado em sua fabricação, por resíduos de construção, tornando-o um exemplo de material sustentável.	Comment by Claudir José Goltz: Qual residuo?
4. SISTEMA CONSTRUTIVO DO TIJOLO MODULAR SOLO-CIMENTO	Comment by Claudir José Goltz: Tem muitas outras informacoes que podem ser colocadas neste topico, como por exemplo a planta do gabarito,onde se faz com o tamanho do tijolo.
Antes da execução de qualquer sistema construtivo é necessário a elaboração de todos os projetos pertinentes a obra como: projeto arquitetônico; estrutural; hidráulico; sanitário; elétrico entre outros que garantirão o bom andamento da construção. No sistema modular com tijolo solo-cimento é primordial que se realização dos serviços estejam de acordo com os projetos, por tratar-se de uma execução simultânea de subsistemas, onde as instalações hidráulicas e elétricas ocorrem ao mesmo tempo em que se ergue a alvenaria (GRANDE, 2003).
Morett (2003), aponta que na fundação do tijolo modular solo-cimento o método construtivo utilizado é diversificado, sendo usualmente empregada a da convencional, tipo sapata corrida ou bloco estaca. Os tijolos de solo-cimento possuem furos circulares que permite os encaixes (macho e fêmea) das peças, fazendo com que os blocos sejam travados horizontal e verticalmente reduzindo o uso da argamassa de assentamento, com isso haja um controle dimensional que possibilita a acoplagem corretas dos tijolos. O espaço de folga no encaixe entre os blocos previne a dilatação do material, ocasionada pelas variações de temperaturas.
Souza et al (2011), também define que o sistema modular permite que os tijolos sejam encaixados ou assentados com uma quantidade pequena de argamassa.
Segundo Ferreira e Moreno Junior (2011), fala que no sistema construtivo do tijolo modular solo-cimento pode utilizar a cola a base de PVA (Acetato de Polivilina) na argamassa para o assentamento dos blocos garantindo maior resistência, conforme apresentado na figura 1. Essa técnica desenvolvida faz com que os blocos sejam encaixados e assentados com um leve filete de argamassa misturado com cola branca, possibilitando a diminuição do tempo de execução da obra. 
Figura 1 – Detalhe de aplicação do filete de argamassa
Fonte: SAHARA (2001) apud GRANDE (2003)
. Quando os tijolos são produzidos com furos internos, esses furos permitem que a tubulação seja passada por dentro do tijolo, tornando-se desnecessários a quebra e os cortes, o que facilita o manuseio e agiliza a obra. Além de apresenta um bom desempenho acústico e térmico (SOUZA et. al, 2011).
A Fundação de Tecnologia do Estado do Acre (FUNTAC, 1999) define também que o tijolo solo-cimento apresenta eficácia construtiva por conta de seu sistema modular, onde os encaixes presentes nos tijolos são assentados com pouca quantidade de argamassa, facilitando o manuseio. Além disso, os tijolos podem ser fabricados com furos internos que aceitam a passagem de tubulações sem a necessidade de cortes ou quebras. 
Em complementação Morett (2003), afirma que os furos do tijolo também funcionam como condutores para as instalações elétricas e hidráulicas, evitando a quebra de paredes fazendo com que reduz os entulhos gerados na obra. Como pode-se observar as figuras 2 e 3.
Figura 2 – Detalhe das instalações elétricas
Fonte: SAHARA (2001) apud GRANDE (2003)
Figura 3 – Detalhes das instalações hidráulicas
Fonte: SAHARA (2001) apud GRANDE (2003)
O sistema construtivo da alvenaria modular de solo-cimento dispensa os tradicionais pilares de concreto armado, podendo ser confeccionados com a colocação de ferragem no interior dos furos, preenchendo-os de concreto, eliminando assim caixarias de madeira. Também deve haver a interligação das colunas por grampos (ferragens dobradas) a cada 50 centímetros erguidos, reforçando e garantindo uma melhor estabilidade estrutural da alvenaria (MORETT, 2003).
Na figura 4 observa-se o preenchimento com concreto dos furos da alvenaria que possuem ferragem formando os pilares do sistema modular, em sequência na figura 5 detalha-se o uso de grampos para amarração no encontro de paredes, garantindo a estabilidades das mesmas.
Figura 4 – Detalhe do preenchimento dos furos
Fonte: SAHARA (2001) apud GRANDE (2003)
Figura 5 – Detalhe das amarrações de encontros de paredes
Fonte: SAHARA (2001) apud GRANDE (2003)
Os tijolos solo-cimento apresentam algumas características como: a redução de custos e o aumento da produtividade pois possibilita a dispensa de grandes pilares na estrutura garantindo a agilidade e facilidade no processo construtivo (MOTTA et. al. 2014).
Ao atingir a altura das vergas e contravergas (altura das janelas e portas), com também, a altura do pé direito, deverão serem feitas cintas de amarração com tijolos solo-cimento tipo canaleta, colocando-se barras de ferro e feito o preenchimento com o concreto, fazendo a vinculação do conjunto estrutural. Na instalação das esquadrias (portas e janelas) o método empregado é o mesmo das construções convencionais (MORETT, 2003).
Na figura 6 é apresentado o detalhe construtivo das cintas de amarração, com também, das vergas e conta-vergas, onde analisa-se a disposição de duas barras de ferro no tijolo canaleta, aguardando a colocação do concreto.
Figura 6 - Detalhe das cintas de amarrações 
Fonte: SAHARA (2001) apud GRANDE (2003)
Pela própria estética do tijolo solo-cimento, sua utilização permite dispensar o revestimento convencional de emboço, reboco e pintura, podendo ficar aparente. Para um melhor acabamento do tijolo aparente utiliza-se o rejuntamento das junções entre os tijolos e a aplicação de uma resina acrílica ou uma camada de tinta (MORETT, 2003).
Outro fato levantado por Morett (2003), é a cobertura adotada para o sistema construtivo da alvenaria empregando-se o tijolo solo-cimento, que pode ser do tipo convencional com estruturas metálicas ou de madeira, permitindo a utilização de diversas telhas, apoiadas sobre uma cinta de amarração aérea da alvenaria ou mesmo o sistema de laje. 
Grande (2003), relata que com o sistema modular ecológico, o canteiro de obras fica organizado e limpo, livre de madeiras, ferramentas espalhadas, pregos e grandes volumes de material básico (areia, pedra, cimento e cal). Com isso, torna-se mais seguro o trafego pelo canteiro, controlando melhor o consumo e assim, evitando desperdício de material e mão-de-obra.
O sistema construtivo do tijolo modular solo-cimento, apresentado pelos autores referenciados acima, observa-se que este método é de fácil execução, agilizando a construção da alvenaria devido aos seus encaixes.	Comment by Claudir José Goltz: Deixa o seu trabalho somente como estudo de caso, e nao como revisao bibliografica.
5. ESTUDO DE CASO 
	Neste tópico, apresenta-se um estudo de caso, realizado em uma obra residencial onde foi utilizado em sua alvenaria o tijolo ecológico modular solo-cimento. Este estudo foi efetivado à campo durante o primeiro semestre do ano de dois mil e dezesseis, onde foram observadas as técnicas construtivas e realizado registros fotográficos do avanço da construção. 
5.1 LOCAL DE ESTUDO
O estudo de caso realizado, acompanha toda execução da alvenaria com tijolo ecológico modular de solo-cimento de uma obra residencial com laje, unifamiliar, contendo: uma suíte; dois quartos; sala de estar; cozinha; banheiro social; lavabo; área de serviço; garagens para dois carros e área de lazer com churrasqueira. 
O terreno da obra, possui trezentos e trinta metros quadrados, (330 m²) de área e aproximadamente cento e oitenta e nove metros quadrados, (189 m²) de área construída, localizandona rua Irmã Maria de Lurdes, quadra 30, lote 04, setor São Bento no município de Mineiros – Goiás. 
A referida construção habitacional foi realizada por uma empresa de arquitetura e engenharia mineirense, tendo o constante acompanhamento de um engenheiro civil registrado no CREA (Conselho Regional de Engenharia Arquitetura e Agronomia), responsável pelos projetos estruturais, elétrico e hidro-sanitário, como também, pela execução da obra. E uma arquiteta e urbanista registrada no CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo ) responsável pelos projetos arquitetônicos.	Comment by Claudir José Goltz: E somente um projeto arquitetonico.
Na figura 7 é apresentado a localização da obra na zona urbana de Mineiros-GO, por imagem de satélite, disponibilizada pelo software "Google Earth", já na figura 8, observa-se a fotografia do lote, antes do início da construção. 
	Comment by Claudir José Goltz: Colocar todas as imagens no mesmo padrao de tamanho. 
Figura 7 – Localização da obra em Mineiros – GO
Fonte: Google Earth (2016)
Figura 8 – O terreno antes da construção
Fonte: Google maps (2016)
5.2 PERÍODO DE PESQUISA 
	O acompanhamento da obra deu início em aos doze dias do mês de fevereiro do ano de dois mil e dezesseis, encerrando no dia dez de junho do mesmo ano. Durante este prazo, foi acompanhado semanalmente as etapas construtivas da casa, conforme é exibido no quadro 1, com o cronograma das etapas da obra residencial.
	Etapas Construtivas
	Duração
	Início
	Término
	Estacas 
	5 dias
	12/02/16
	18/02/16
	Valas
	2 dias
	19/02/16
	22/02/16
	Alvenaria de embasamento
	2 dias
	22/02/16
	23/02/16
	Formas para vigas
	2 dias
	24/02/16
	25/02/16
	Concretagem de vigas
	1 dia
	25/03/16
	25/03/16
	Contrapiso
	2 dias
	29/02/16
	01/03/16
	Marcação 1º fiada
	2 dias
	02/03/16
	03/03/16
	Elevação de alvenaria
	16 dias
	04/03/16
	25/03/16
	Carpintaria vigas e lajes
	5 dias
	28/03/16
	01/04/16
	Montagem da laje
	6 dias
	01/04/16
	08/04/16
	Concretagem da laje
	1 dia
	09/04/16
	09/04/16
	Platibanda e beiral
	6 dias
	11/04/16
	18/04/16
	Chapisco int./ext.
	2 dias
	19/04/16
	20/04/16
	Portais e janelas
	3 dias
	21/04/16
	25/04/16
	Tarisca reboco interno
	2 dias
	26/04/16
	27/04/16
	Reboco interno
	6 dias
	28/04/16
	05/05/16
	Tarisca reboco externo
	2 dias
	06/05/16
	09/05/16
	Reboco externo e instalações hidráulicas
	8 dias
	10/05/16
	19/05/16
	Revestimento de paredes 
	6 dias
	20/05/16
	27/05/16
	Assentamento do piso 
	8 dias
	30/05/16
	08/06/16
	Pedras, louças e metais
	3 dias
	09/06/16
	10/06/16
Quadro 1- Cronograma das etapas da obra
Fonte: Própria autora (2016)
5.3 METODOLOGIA DE ESTUDO
A metodologia adotada para a realização deste estudo de caso descritivo, baseia-se no acompanhamento em campo, de uma obra residencial unifamiliar, onde foram realizados registros fotográficos e anotações das técnicas construtivas desenvolvidas nesta obra, consultando frequentemente os executores, qual a justificativa das práticas efetivadas no canteiro de obras, que possibilitará a posterior comparação entre o desenvolvimento prático de uma obra executada com tijolo ecológico modular solo-cimento e as técnicas construtivas, anteriormente referenciadas neste trabalho.	Comment by Claudir José Goltz: Nao encontrei esta comparacao. Onde esta? Pelo que me lembro combinamos de nao fazer esta comparacao.
5.4 CARACTERIZAÇÃO DO TIJOLO SOLO-CIMENTO
	Os tijolos ecológicos, empregados na obra estudada foram fabricado por uma empresa situada no município de Mineiros-GO, possuindo as dimensões de vinte e cinco centímetros de comprimento, doze centímetros de largura e seis e meio centímetros de altura. 
	Para a execução da referida residência foram utilizados aproximadamente doze mil tijolos ecológicos para a alvenaria. Além do tijolo modular solo-cimento, utilizou-se também o tijolo tipo canaleta e o meio tijolo (tijolo modular cortado no meio), pode-se comprovar na Figura 9, os tijolos solo-cimento depositados no canteiro de obra da residência em questão. 
Figura 9 – Tijolo solo-cimento no canteiro de obra
Fonte: Própria autora (2016)
5.5 PROCESSO CONSTRUTIVO
	Durante o desenvolvimento de qualquer obra, para que haja um melhor controle e acompanhamento da construção é recomendado pelos autores pesquisados, dividir o processo construtivo em etapas, facilitando assim o controle de materiais, insumos, mão de obra, equipamentos, entre outros recursos necessários para o bom andamento da construção.
	Neste subtópico, apresenta-se as etapas construtivas da obra acompanhada, descrevendo os processos construtivos realizados e comparando-os com as citações dos autores que definem os processos construtivos necessários em uma obra feita com tijolo modular ecológico.	Comment by Claudir José Goltz: Voce esta fazendo um estudo de caso e nao uma comparacao com os autores.
5.5.1 Projetos
O primeiro passo para o planejamento da obra, é feito por meio da elaboração dos projetos. Segundo Grande (2003), os projetos bem elaborados são fundamentais para uma boa execução da obra, principalmente no sistema modular, onde desenvolve-se variadas etapas construtivas ao mesmo tempo. 	Na obra em questão, todos os projetos foram desenvolvidos anteriormente do início das obras, onde todos os projetos possuem ART (Anotação de Responsabilidade Técnica), onde o engenheiro civil responsável, plotou estes projetos em tamanho ideal para observação de todos os detalhes e encaminhou para o campo de obras para que os executores pudessem consultar constantemente os mesmos.	Comment by Claudir José Goltz: O que seria um campo de obra?
Com os projetos concluídos e toda a documentação necessária reunida, foi solicitado o alvará de construção junto à prefeitura municipal da referida cidade, que aprovou os projetos e dando inicio a execução da obra.
Em sequência na figura 10 é apresentado o projeto arquitetônico humanizado da residência em estudo, permitindo ao leitor observar os ambientes da casa e o designer da construção.
Figura 10 – Projeto arquitetônico humanizado- sem escala.	Comment by Claudir José Goltz: Nao e o projeto arquitetonico e sim uma planta baixa. O projeto e composto por cortes, fachadas, etc.
Fonte: Arquiteta da obra em estudo (2016).
5.5.2 Fundação
Na primeira etapa construtiva realizou-se a fundação da obra, onde desenvolveu a técnica de estacas por broca de modo manual. Em analogia a Morett (2003), nas fundações de residências com tijolo modular solo-cimento utiliza-se diversos métodos construtivos, sendo mais comum o uso de sapatas ou blocos estaca, estando de acordo com o realizado na obra em estudo. 
Na fundação foram realizadas cinquenta e cinco estacas de dois a dois e meio metros de profundidade, garantindo assim a total estabilidade e segurança da obra, conforme os cálculos estruturais executados pelo engenheiro civil responsável, como pode ser obsevado na figura 11, que permite visualizar as perfurações da fundação no terreno.	Comment by Claudir José Goltz: O que seria estas estacas de dois a dois?
Figura 11 – Processo de fundação da obra
Fonte: Própria autora
Após a concretagem da fundação foram feitas as vigas baldrames de acordo com o projeto repassado pelo engenheiro civil, iniciando com a caixaria de madeira e com a utilização da armação das ferragens, em seguida foi concretado as vigas baldrames, aguardando quatro dias para a cura do concreto, conforme apresentado na figura 12.
Figura 12 –Viga baldrame 
Fonte: Própria autora 
Após as concretagens das vigas baldrames foi feito a impermeabilização com tinta asfáltica de grande aderência e alta resistência química. Em seguida realizou-se a regularização do terreno com terra e compactação do solo de modo manualmente, para iniciar o contra piso, que conforme os executores garantem a limpeza do canteiro de obras, protegendo os tijolos modulares de respingos de barros, que poderiam afetar a estática dos mesmos, caso a alvenaria ficasse com o tijolo aparente.	Comment by Claudir José Goltz: Foi feito o contra piso antes do esgoto da casa?	Commentby Claudir José Goltz: O que seria afetar a estatica?
5.5.3 Alvenaria 
	Após a concretagem e cura do contra piso, deu início a alvenaria com o tijolo ecológico modular de solo-cimento.
Durante a primeira fiada de tijolos para iniciar o processo de levantamento da alvenaria, é importante atentar-se com a linha guia, conferindo o prumo, para que garanta a retilineidade de toda a alvenaria que será construída posteriormente, para isso a primeira fiada tem que ficar em perfeito esquadro, alinhada e nivelada. Na execução da primeira fiada de tijolos, utilizou-se argamassa de assentamento convencional, com o traço 1:3 (uma medida de cimento para três medidas de areia) e foi acrescentado um aditivo impermeabilizante para concretos e argamassas.
Posteriormente, iniciou-se o serviço de marcação dos pontos que receberão ferros das colunas de acordo com o projeto estrutural. Nesta etapa os ferros com diâmetro de oito milímetros, foram fixados nos locais que possuem pilar por meio de furos no alicerce usando-se uma furadeira profissional e fixados na viga baldrame. Na figura 13 é apresentado o processo de perfuração do alicerce.	Comment by Claudir José Goltz: Qual e a ligacao do pilar com a viga baldrame? Qual literatura explica?
Figura 13 – Os furos que receberão os ferros das colunas
Fonte: Própria autora
	Observou-se que durante a execução do método construtivo modular de tijolos ecológicos, o assentamento dos blocos é de fácil efetivação por possuir encaixes que facilita e acelera o processo construtivo, para a aderência entre os blocos utilizou-se uma mistura homogenia de cola branca e argamassa no traço 1:20 (uma medida de cola PVA para 20 medidas de argamassa do traço citado acima) para o assentamento da segunda fiada a diante, sendo necessárias somente duas finas camadas para garantir a estabilidade e fixação dos tijolos. 
	 O uso da cola branca do tipo PVA na mistura da argamassa de assentamento, está em concordância com Ferreira e Moreno Junior (2011) onde relatam que no sistema construtivo do tijolo modular solo-cimento pode-se utilizar a cola a base de PVA (Acetato de Polivilina) junto com a argamassa para assentamento dos tijolos ecológicos, conforme mostra a figura 14.
Figura 14 – Assentamento dos tijolos com fina camada de cola e argamassa
Fonte: Própria autora
Os construtores da obra em estudo, realizam após o termino de cada fiada de tijolo uma limpeza para remover todos os resíduos existentes antes de passar a cola de assentamento, como também, executam todas as paredes simultaneamente, para que tenham sempre a mesma altura, conferindo regularmente os vãos das portas.
Observou-se que quando a alvenaria atingiu o peitoril das janelas, chegando a um metro e dez centímetros de altura, coloca-se o tijolo solo-cimento tipo canaleta, para forma uma cinta que tem como função fazer as amarrações, recebendo a ferragem e concreto dentro do tijolo, distribuindo por todas as paredes da obra. A execução da cinta de amarração com o tijolo tipo canaleta, está em conformidade com o relato de Morett (2003), que diz na execução das cintas de amarração com tijolos solo-cimento tipo canaleta, coloca-se as barras de ferro e preenche com concreto, servindo como contra verga (abaixo das janelas). 
Na preparação das cintas de amarração foram colocadas as ferragens nas canaletas. Utilizou-se copos descartáveis para manter os furos dos tijolos modulares abertos, porém, antes de concretar a cinta de assentamento os pedreiros realizaram a molhagem dos tijolos, conforme os mesmos, relatam que este processo garante uma melhor cura do concreto. Os furos dos tijolos foram mantidos abertos durante a concretagem, pois, posteriormente serão passados eletrodutos e canalizações dispensando assim, a quebra da parede para a passagem das fiações e canos. Na figura 15, apresenta a contra verga, onde nota-se os furos abertos para a futura passagem da tubulação e eletrodutos.
Figura 15 –Cintas de amarrações 
Fonte: Própria autora 
Foram realizadas três cintas de amarração durante a alvenaria, a primeira ocorreu nas contra vergas, a segunda cinta foi feita nas vergas (acima de portas e janelas) e a última cinta de amarração realizada na derradeira fiada dos tijolos que recebeu as vigas pré-moldada para a confecção das lajes.
	Com um funil foi preenchido com graute (Concreto fluido feito com cimento, areia, brita nº 0) os furos dos tijolos com ferragens, que formarão as colunas da casa, como apresentado na figura 16. Antes da secagem completa do concreto, foram retirados os excessos que ultrapassaram o limite de altura.
Figura 16 – Furos das colunas que receberão o preenchimento com graute
Fonte: Própria autora
 Ainda na figura 16 pode-se observar o tijolo tipo meio de solo-cimento, utilizado nos términos de parede, para um melhor acabamento o lado cortado do tijolo ficou voltado para os cantos ou para o lado dos vãos. 
Para garantir a estabilidade dos cantos e nos encontros de paredes foi colocado, a cada 70 cm de alvenaria assentada, os grampos que são vergalhões dobrados em perfil "U", utilizados para amarrar as colunas vizinhas entre si. Este método de execução não condiz com que Morett (2003) relata, onde os grampos devem ser colocados a cada 50 cm de alvenaria. 
5.5.4 Laje e Cobertura
	Ao concluir toda a alvenaria, encerrando com a cinta de amarração, deu início a execução da laje pré-moldada.
No processo de execução da laje foi utilizada vigas treliçadas pré-moldadas, preenchendo-as com poliestireno (conhecido popularmente por Isopor), depois realizou-se o escoramento das vigas para a concretagem da laje com escoras metálicas que permitem a regulagem de altura, como apresentado na figura 17.
Figura 17 – Escoramento das vigas para a concretagem da laje
Fonte: Própria autora
Após a cura da laje, partiu-se para a execução da cobertura da edificação.
Para a cobertura foi utilizado estrutura metálica e telhas de fibrocimento, onde desenvolveu-se o telhado tipo borboleta embutido, onde se baseia em um telhado invertido tendo a queda das águas voltadas para o centro da edificação, sendo necessária somente uma calha para a captação da água da chuva, diminuindo assim, os custos com a cobertura, conforme a figura 18.	Comment by Claudir José Goltz: Em qual literatura fala deste tipo de telhado borboleta?
Figura 18 – Telhado com telhas de fibrocimento
Fonte: Própria autora 
5.5.5 Acabamentos
Na fase de acabamentos da obra acompanhada, foram realizadas tarefas como a colocação de pisos do tipo porcelanato, pinturas com tinta semi brilho, tanto externa quanto interna, colocação de gesso, instalação de portas, janelas e portões, assentamento de vasos sanitários, box de banheiro, mármores da bancada da cozinha e área de lazer, entre outros elementos que garantiram um belo acabamento e funcionalidade da residência.
Conforme os autores relatam esse método construtivo com tijolo ecológico não necessita de chapisco, emboço e reboco, podendo deixar os tijolos a vista, tendo um bom acabamento estético, entretanto, conforme as exigências do proprietário da obra acompanhada, foi realizado o chapisco em seguida o emboço em toda a alvenaria tanto do lado externo quanto interno da casa, deixando-se apenas uma parede externa com tijolo a vista, mostrado na figura 19.	Comment by Claudir José Goltz: Qual autor?
Figura 19 – Obra concluída
Fonte: Própria autora.
	Na figura 20 apresenta-se o projeto em 3D (tridimensional) da residência em estudo, possibilitando ao leitor a comparação entre a fachada do projeto com a obra concluída. 
Figura 20 – Projeto 3D
Fonte: Arquiteta da obra em estudo (2016).
	Foram instalados elementos de segurança como: portão eletrônico, cercas elétricas, interfone, entre outros. A obra em questão concluiu-se aos onze dias do mês de julho do ano de dois mil e dezesseis, conde pode-se observar um atraso de aproximadamente trinta dias, devido a diversos fatores como: chuvas, falta de material de acabamento, como também a prestação de serviços destinado a terceiros como a jardinagem, sistema de segurança e gesso. Concluindo-seeste estudo de caso relatado neste trabalho.
CONCLUSÃO	Comment by Claudir José Goltz: Rever, pois voce fala da revisao bibliografica e esse nao e o ojetivo do trabalho.
Por meio da revisão bibliográfica e do estudo de caso sobre o tijolo ecológico, possibilitou comparar as teorias pesquisadas com as práticas construtivas desenvolvidas na obra residencial, fazendo assim uma analogia entre teoria e execução.
Com a realização deste trabalho efetivou-se um estudo de caso do acompanhamento de uma obra residencial que empregou o uso do tijolo ecológico modular solo-cimento, pôde-se observar algumas características deste tijolo,entre elas a agilidade e facilidade no processo construtivo devido aos encaixes dos tijolos, a dispensa de caixarias para pilares, por possuir aberturas nos tijolos que permitem a colocação de ferragens e também são passados eletrodutos e canalizações, não sendo necessário realizar cortes nas paredes.
Diante dos resultados satisfatórios do uso do tijolo ecológico de solo-cimento, nota-se tanto em suas características tecnológicas quanto na preservação ambiental, sua eficiência e vantagens ao homem e ao meio ambiente, sendo um material sustentável.
Pretende-se com este trabalho, contribuir para uma melhor difusão do tijolo ecológico solo-cimento no mercado da construção civil, apresentando aos profissionais do ramo da engenharia, como também a sociedade, este material sustentável, sendo uma alternativa para as alvenarias, buscando a preservação ambiental.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BARCCELLI JUNIOR, Gilberto. Avaliação do processo industrial da cerâmica vermelha na região do Seridó - RN.2010. 541 f. Tese (Doutorado) - Curso de Engenharia Mecânica, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2010.
BRASIL, NBR 10834: Bloco vazado de solo-cimento sem função estrutural. Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Rio de Janeiro, 1994.
CORDEIRO, M.E.V.M.; CONCEIÇÃO, P.M.; LIMA, T.V. A educação ambiental e o uso do solo-cimento. Rio de Janeiro, 2006
CYRINO, Lucílio Flávio. Influência do reboco e do reboco armado com tela soldada na resistência de alvenaria de vedação submetida à compressão simples. 2012. 141 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia Civil, Engenharia de Materiais e Construção, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2012.
FERREIRA, Gisleiva C. dos S.; MORENO JÚNIOR, Armando L. Cola à base de pva e argamassa de solo-cimento como alternativas para o assentamento de alvenaria de tijolos maciços de solo-cimento. Engenharia Agrícola, Jaboticabal, v. 31, n. 2, p.237-248, abr. 2011.
FUNDAÇÃO DE TECNOLOGIA DO ESTADO DO ACRE. Cartilha para Produção de Tijolo Solo-Cimento. Rio Branco, 1999.
GONÇALVES, Joana. A sustentabilidade do edifício alto: discussão sobre a inserção urbana de edifícios altos. 2003. Tese (Doutorado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.
GRANDE, F. G. Fabricação de tijolos modulares de solo-cimento por prensagem manual com e sem adição de sílica ativa. 165 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura) Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo. São Carlos, 2003.
HOLANDA, Érika Paiva Tenório de. Novas tecnologias construtivas para a produção de vedação verticais: diretrizes para o treinamento da mão-de-obra. 2003. 174 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia Civil, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.
KATO, Ricardo Bentes. Comparação entre o sistema construtivo convencional e o sistema construtivo em alvenaria estrutural segundo a teoria da construção enxuta. 2002. 114 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia Civil, Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2002.
MARQUES, Sheyla Karolina Justino. Produção de tijolos usando cascalho de perfuração e cinza do bagaço de cana-de-açúcar. 2015. 138 f. Tese (Doutorado) - Curso de Engenharia de Materiais, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2015.
MARTINS, Vitor Manuel Vieira. Alvenaria em solo-cimento para moradias unifamiliar em angola. 2011. 127 f. Dissertação (Mestrado) – Curso de Engenharia Civil, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Portugal, 2011. 
MORETT, Henrique Thomaz. A importância da inserção dos sistemas construtivos de solo-cimento no processo de industrialização da construção. 2003. 223 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Arquitetura, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2003.
MOTTA, et al. Tijolo de solo-cimento: Análise das Características Físicas e Viabilidade Econômica de Técnicas Construtivas Sustentáveis. E-xacta, editora UniBH. Belo Horizonte, MG, 2014. 
RODRIGUES, Maysa Loureiro Araújo. Adição de resíduos de argamassas mistas na produção de tijolos modulares solo-cimento. 2008. 106 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia do Meio Ambiente, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2008.
SANTANA, J.E.S.; CARVALHO, A. C. X. ; FARIA, R. A. P. G. Tijolo ecológico versus tijolo comum: benefícios ambientais e economia de energia durante o processo de queima. IV Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental- ConGeA. Salvador, 2013.
SOUZA, et al. Análise Preliminar da Resistência À Compressão de Tijolos Ecológicos Fabricados no Município de Ipaba. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Florianópolis, SC, Julho, 2011.
image1.png
image2.png
image3.png
image4.png
image5.png
image6.png
image7.jpeg
image8.png
image9.jpeg
image10.png
image11.jpeg
image12.jpeg
image13.jpeg
image14.jpeg
image15.jpeg
image16.jpeg
image17.jpeg
image18.jpeg
image19.jpeg
image20.jpeg
image21.jpeg
image22.jpeg