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Aspectos Religiosos do Carnaval

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UNIVERSIDADE PITAGORAS UNOPAR
TEOLOGIA
LINDUARTE TAVARES DA SILVA NETO
 AS FESTIVIDADES POPULARES, UM ESTUDO SOBRE O CARNAVAL E SEUS ASPECTOS RELIGIOSOS.
CAMPO GRANDE – MS
2020
UNIVERSIDADE PITAGORAS UNOPAR
TEOLOGIA
Metodologia Científica
 Ética, Política e Sociedade 
 Homem, Cultura e Sociedade
 Filosofia da Educação 
História Antiga
LINDUARTE TAVARES DA SILVA NETO
 AS FESTIVIDADES POPULARES, UM ESTUDO SOBRE O CARNAVAL E SEUS ASPECTOS RELIGIOSOS.
CAMPO GRANDE – MS
2020
1. INTRODUÇÃO
O carnaval ocorre 47 dias antes da Páscoa, em fevereiro, geralmente, ou em março, conforme o cálculo da Páscoa; ocorre próximo do dia de Lua Nova.
Fevereiro é sinônimo de nossa festa maior, o carnaval, ou pelo menos a realização para alguns de seus participantes de um ano de trabalho.
 Para as pessoas que brincam o carnaval, este é a festa da liberalização da opressão do cotidiano, para os pesquisadores da área, é a manifestação da inversão dos papéis sociais, o momento das classes de menor poder aquisitivo fantasiarem-se de príncipes e princesas, reis e rainhas, personagens históricos.
Considerada uma festa profana, o carnaval tem sua origem em antigas celebrações de caráter religioso.
Apesar do carnaval brasileiro ser o mais famoso do mundo, a folia não é uma exclusividade. Todos os países, cada um ao seu modo, vivem essa festa popular.
A festa carnavalesca surgiu a partir da implantação, no século XI, da Semana Santa pela Igreja Católica, antecedida por quarenta dias de jejum, a Quaresma. Esse longo período de privações acabaria por incentivar a reunião de diversas festividades nos dias que antecediam a Quarta-feira de Cinzas, o primeiro dia da Quaresma.
 A palavra "carnaval" está, desse modo, relacionada com a ideia de deleite dos prazeres da carne marcado pela expressão "carnis valles", que acabou por formar a palavra "carnaval", sendo que "carnis" em latim significa carne e "valles" significa prazeres.
Em geral, o carnaval tem a duração de três dias - os dias que antecedem a Quarta-feira de Cinzas. Em contraste com a Quaresma, tempo de penitência e privação, esses dias são chamados "gordos", em especial a terça-feira: Terça-feira Gorda, também conhecida pelo nome francês "mardi gras" -  termo sinônimo de Carnaval.
2. DESENVOLVIMENTO
Carnaval é um festival do cristianismo ocidental que ocorre antes da estação litúrgica da Quaresma.
 Os principais eventos ocorrem tipicamente durante fevereiro ou início de março, durante o período historicamente conhecido como Tempo da Septuagésima (ou pré-quaresma).
 O Carnaval normalmente envolve uma festa pública e/ou desfile combinando alguns elementos circenses, máscaras e uma festa de rua pública. As pessoas usam trajes durante muitas dessas celebrações, permitindo-lhes perder a sua individualidade cotidiana e experimentar um sentido elevado de unidade social.
O mundo e sua cultura representado pelas suas festividades folclórica. 
No Brasil temos uma festa muito popular o carnaval representada o folclore.
No Brasil ela se ajusta a várias etnias representada através da dança, figurinos, fantasia, símbolos, conto e música do passado do presente e porquê do futuro também. 
Sua alta integração popular leva milhares de pessoas ao delírio reunindo pessoas de vários países de, tão popular e contagiante sendo uma da festa mais popular do Brasil ou talvez do mundo.
A cada ano a uma disputa entre escolas, cada uma com suas representação artística, o desenvolvimento social, político e cultural, cada uma dessas escola, fazem sua fantasia os quais chama muito atenção do público, ao desfilarem na avenida das grandes metrópoles e também dos municípios esta festa folclórica, tem representação cientifica e história. 
A cidade também se modificou fisicamente, criando novos espaços para os desfiles e ajuntamento dos grupos, as ruas mais largas acompanharam as proporções que a festa ganhava à medida que os anos passavam. 
Ao mesmo tempo, a modernidade trazia novamente a segregação do Carnaval e a exclusão do povo dos grandes espaços carnavalescos.
 Notou-se então a formação dos cordões, blocos e ranchos que reuniam grandes grupos populares para desfilar pelas ruas. (Araújo, 2003)
 Depois surgiram os cordões e ranchos, as festas de salão, os corsos, e as escolas de samba. Afoxés, frevos e maracatus também passaram a fazer parte da tradição cultural carnavalesca brasileira. Marchinhas, sambas e outros gêneros musicais foram incorporados à maior manifestação cultural do Brasil. 
As festas citadas eram, naturalmente, celebrações pagãs e eram extremamente populares. 
Com o fortalecimento de seu poder, a Igreja não via com bons olhos essas celebrações nas quais as pessoas entregavam-se aos prazeres mundanos. 
Nessa concepção do cristianismo, havia a crítica da inversão das posições sociais, pois, para a Igreja, ao inverter os papéis de cada um na sociedade, invertia-se também a relação entre Deus e o demônio.
Para Sebe (1986) e Ferreira (2004), a cronologia nos remete as festas que ocorriam no Egito e Grécia Antigos, das quais as bacanais ou dionisíacas, as lupercais, as saturnais e a procissão de Boi Ápis, possuem um sentido comum as características do 25 moderno carnaval carioca, que são a marcação cronológica do calendário moderno, os desfiles relativamente organizados, os excessos, o ideal de liberdade.
De acordo com Sebe (1986), as bacanais eram exaltações ao deus Dionísio ou Baco, para os romanos que considerado o deus do vinho e dos prazeres. Essas festas traziam alterações das rotinas diárias que davam lugar aos momentos de prazer.
O carnaval é um exemplo significativo na medida em que se constitui numa manifestação cultural de raízes profundas, coletivas e espalhadas por todo o país. 
Essa leitura será, certamente, muito estimulante para aqueles que se dedicam a refletir sobre essa festa em outros lugares, distantes, mas não imunes a todas essas mudanças na produção e consumo dos eventos culturais. (Cavalcanti 2009)
Segundo Canclini (2008), as relações entre cultura e religiosidade popular são contextualizadas por práticas simultaneamente simbólicas e econômicas. 
No Brasil, a religiosidade popular é a religião vivida e praticada principalmente pelos que compõem a base da pirâmide socioeconômica. Porém não se trata de um bloco monolítico, mas sim de uma categoria social em diálogo, negociação e movimento, ocorrendo fenômenos de circularidades culturais (GUINZBURG, 2005).
Dentre o diversificado repertório de práticas culturais incorporadas pelas escolas, além do ritmo e a batucada da bateria, a ala das baianas evidenciaria mais claramente a matriz religiosa das escolas de samba, que remete às comunidades negras estabelecidas, a partir da década de 1870, em torno das tias baianas ligadas ao candomblé, na região central do Rio de Janeiro, chamada de Pequena África. 
Aqui, o samba e a religiosidade aparecem como duas dimensões fundamentais pelas quais as redes de solidariedade e sociabilidade dessa comunidade foram tecidas e expandidas. Não é sem razão que o surgimento das escolas de samba também pode ser lido enquanto como um movimento de institucionalização dessa forma comunitária, estabelecendo novos diálogos e negociações com o poder estabelecido (FERREIRA, 2008).
Mas ao tempo que esta festa é cultura, ao mesmo tempo ela traz muito perigo principalmente nessa época em nosso país, devido agregar pessoas de todos lugares, e porquê? Exemplos: é a Covid 19, quem matado muita gente devido a aglomeração de pessoas, outro perigo foi no anos 90 o HIV e outras doenças, que são transmissível ao contato físico e sexual. 
Outros perigos frequente e o uso de diversas drogas que são altamente descontroladas atingindo jovens de toda as classes social, que acaba trazendo muitas tragédias muitos malefícios para a família, o número de pessoas mortas por intoxicação é avassalador, mortes violentas causada entre casais; ciúmes, bebidas.
3. CONCLUSÃO
Isso tudo que era para ser uma festa folclórica e uma festa histórica e cultural, sociológica.
Transforma numa rede predadoramuitas vezes contra o nosso pais o Brasil devido as muitas doenças contagiosas.
Aquilo que era para ser alegria se torna tristeza de muitos.
 Devido à falta de ética, respeito com o patrimônio público, vândalos deixa as ruas cheio de lixo causando muito transtorno ambiental pela falta de higienização.
Essa festa que é tão cultural acaba trazendo gastos aos cofres público.
Tudo seria muito melhor se cada um pensasse que cultura é preservar, cuidar e criar o afeto entre o homem, deve se desenvolver através do conhecimento para uma sociedade melhor. 
 A história do Carnaval foi marcada desde a sua oficialização pelas disputas entre a realização dos eventos em ambientes privados ou públicos. 
Os bailes dos salões parisienses se transformaram em cortejos de rua quando a elite não quis mais deixar o ambiente nas mãos do povo. 
O entrudo se construía diversas vezes no limite das janelas, com invasões dos espaços internos e externos quando a brincadeira se acirrava. As Escolas de Samba, por sua vez, foram enquadradas no Sambódromo com o objetivo de aproveitar melhor seus potenciais econômicos.
4. REFERENCIAS
ARAÚJO, Hiran. Carnaval Seis Milênios de História. Rio de Janeiro: Gryphus, 2003.
FERREIRA, Felipe. O Livro de Ouro do Carnaval Brasileiro. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004
SEBE, J. Carnaval, carnavais. São Paulo: Ática, 1986. [Série Princípios]
CAVALCANTI, Maria Laura, GONÇALVES, Renata (orgs.). Carnaval em múltiplos planos. Rio de Janeiro: Aeroplano Editora, 2009.
CANCLINI, Nestor Garcia. Culturas Híbridas: estratégias de entrar e sair da modernidade. São Paulo: Edusp, 2008.
GUINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes. São Paulo, companhia das Letras, 2005
FERREIRA, Felipe. Inventando carnavais: o surgimento do Carnaval carioca no século XIX e outras questões carnavalescas. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2005.
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