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A CHARGE COMO RECURSO DIDÁTICO PARA AS AULAS DE HISTÓRIA.
Discente: Vitória Kátia dos Santos Silva
Docente orientador: Professor Me. José Rogério de Oliveira
Afogados da Ingazeira
Março - 2024
INTRODUÇÃO: 
 	A necessidade de tornar as aulas de História mais atrativas para os alunos é comumente fruto de debates e pesquisa entre professores da área. Busca-se cada vez mais temas inovadores e atuais que se relacionem com os conteúdos curriculares da matéria para fazer a ponte entre o conhecimento sobre os fatos históricos, o mundo e acontecimentos da atualidade. 
Partindo dessa necessidade, encontrar metodologias para aproximar os alunos da disciplina de História é fundamental. Uma possível proposta é a utilização da charge como procedimento fundamental a investigação histórica. Esse recurso tem aplicação muito simples, facilmente pode ser usado para a construção do saber histórico, promovendo a análise e compreensão dos assuntos abordados, assim, o aluno é estimulado a fazer inferências de acordo com seus conhecimentos. 
 	A utilização dos recursos imagéticos como a charge levanta questionamentos justamente por fazer crítica a uma situação específica do seu momento de produção. Logo, ao estudar história tomando-as como subsídios permite que o aluno perceba a proximidade com o cotidiano, pois elas possuem características atemporais e são facilmente encontradas em jornais, revisitas e livros didáticos. 
 	A charge é muito mais que uma ilustração, ela é uma forma de discurso sobre a realidade. Dessa forma, possibilita uma ampla possibilidade de debates através da sua utilização nas aulas de história. Segundo (RAMOS, 2009: p. 193): 
“Charge é um texto de humor que dialoga especificamente com fatos do noticiário. É uma leitura irônica de alguma informação, reportada ou não no jornal ou site em que foi veiculada. Quando tem como personagem algum político ou personalidade, é comum o uso da caricatura para reproduzir as feições da pessoa representada.” 
 
 	Assim, esse importante gênero textual que se caracteriza por explorar o cotidiano através do humor e da sátira é de suma importância para formar o pensamento crítico do aluno. Para o professor, descontruir o hábito de apenas repassar conteúdos prontos e definidos aos alunos, usá-la de acordo com os objetivos e grau de dificuldade, atentado para um ensino interdisciplinar são alguns das possibilidades ao se trabalhar com a charge. 
 	Charge é uma palavra francesa, changer, que significa “carregar” “exagerar”. A charge é “uma fonte histórica das mais ricas, [...] é uma fonte como qualquer outra e, assim como as demais, tem que ser explorada”. (PAIVA, 2002, P.17). Ela é uma importante ferramenta para se entender o passado e o presente, expõe fatos e acontecimentos por meio de texto-imagem de forma crítica e bem-humorada. Por vezes trás traços opinativos e críticos ao questionar um personagem ou fato específico. 
É um texto de estrutura simples e de fácil compreensão, é atrativo para os mais diversos leitores, e as simples frases e imagens que as compõem trazem várias informações por isso o leitor precisa estar bem-informado e atento para que possa compreender a criticidade e fazer inferências. Para (RAMOS, 2009 p. 187) “Não se pode compreender o sentido de humor presente num texto sem que o conteúdo seja lido e entendido”. Assim o “Humor e entendimento textual são elementos interligados, um depende do outro”. 
Nesse sentido, ler piadas, crônicas, tiras e outros textos com temática cômica pode ser um elemento importantíssimo para exercitar a capacidade de intelecção dos estudantes.
Ao proporcionar aulas de História utilizando charges como fonte de pesquisa e estudo, tira-se o foco do tradicional livro didático e cria-se um novo estímulo para cativar a atenção do aluno que desenvolve competências e habilidades para além do conteúdo de fatos históricos despertando o interesse do aluno nas propostas de trabalhos pedagógicos interdisciplinares por ser uma linguagem artística, o que possibilita um trabalho em conjunto com a matéria de artes e de língua portuguesa percebendo os mecanismos metodológicos que se intercambiam com essas disciplina. 
 	Finalmente, desde os principais e mais marcantes acontecimentos que marcaram a história do mundo e da humanidade, a charge está presente sendo utilizada como via de denúncia, sem deixar sua marca humorística juntamente com o tom crítico e exagerado, podendo ser capaz de contribuir para a reflexão sobre uma determinada época, pois expressa e transmite, assim como toda configuração visual, ideias, sentimentos, valores e informações a respeito de seu tempo e lugar, bem como de outros tempos e lugares. 
JUSTIFICATIVA 
			Diante dos encontros, serviços prestados e aulas acompanhadas e ministradas no semestre anterior observa-se a necessidade de dar continuidade ao projeto a fim de concretizar ações, aulas e dinâmicas para melhor exploração e aproveitamento no ensino.
Direcionado pelo objetivo geral será dado continuidade a apresentação do projeto para a coordenação e o professor titular da instituição escolar para então colocá-lo em prática ora em ações específicas e direcionadas reservadas para sua inteira contemplação, ora vinculá-lo ao planejamento curricular na pauta de aulas do professor. 
Durante muito tempo a imagem não era usada como fonte histórica. A importância cognitiva das imagens foi percebida a partir do século XIX, com a História da Arte. Para Menezes (2003, p.12), 
Na antigüidade e na Idade Média não há traços de usos cognitivos da imagem, sistemáticos consistentes. Ao contrário, dominava o valor afetivo, envolvendo não só relações de subjetividade, mas, sobretudo a autoridade intrínseca da imagem. Autoridade independente do conhecimento, mas derivada do poder que atribuía efeito ao próprio objeto visual. O primeiro campo do conhecimento em que se terá um reconhecimento sistemático do potencial sistemático do potencial cognitivo da imagem visual é a História da Arte, que se consolida no século XVIII – e não por acaso, já que se trata de seu objeto referencial específico. 
 	A Escola de Annales provocou uma mudança na forma de análise histórica como também o conceito de documento histórico, trazendo novas significações para o desenvolvimento de novos temas e novos tipos de fonte. Pesavento (1995) diz que, [...]o redescobrimento do ofício do historiador enriqueceu fundamentalmente a reflexão histórica, com isso o surgimento da Nova História Cultural, permitiu um novo olhar sobre a história” 
Assim ao considerando novas fontes, agregando valores e representações. 
Burke (1992, p.11) lembra que “[...] a nova história começou a se interessar por virtualmente toda a atividade humana” e que “todo o material do passado é potencialmente admissível como evidência para a história”. 
Dessa forma, esse material proveniente do passado passou a ser utilizado como registro do tempo histórico, ganhando espaço nos meios de comunicações como jornais e outros. Com essa ampliação coube ao historiador pode utiliza-lo para melhor compreender os fatos históricos e cotidianos, sendo necessário o desenvolvimento de diálogos, questionamentos, comparações para então encontrar respostas. 
Porém, essa utilização das imagens como fonte de documentação histórica não foi imediata. Carla Pinsky (2005) atribui isso ao que ela chama de ‘enciclopédias livres’, pois trazem informações fragmentadas, que não buscavam a verdade dos fatos. 
Nesse contexto, os jornais pareciam pouco adequados para a recuperação do passado, uma vez que essas ‘enciclopédias do cotidiano’ continham registros fragmentários do presente, realizados sob o influxo de interesses, compromissos e paixões. ‘Em vez permitirem captar o ocorrido, dele forneciam imagens parciais, distorcidas e subjetivas’. (PINSKY, 2005, p. 112) Isso se deve ao fato de uma “ [....] visão distorcida do poder da iconografia humorística. De acordo com Paiva (2002, p.19) 
A iconografia é tomada agora como registro histórico realizado por meio de ícones, de imagens pintadas, desenhadas,impressas, ou imaginadas e ainda esculpidos, modelados, talhados, gravados em material fotográfico e cinematográfico. São registros com os quais os historiadores e os professores de História devem estabelecer um diálogo contínuo. 
 	Entretanto, a Charge junto com a Iconografia é de grande importância para a construção do pensamento crítico, cultural, social e ideológico, pois representam através de elementos, reais os, risíveis problemas de diversas situações cotidianas relacionadas com a política e a sociedade. Segundo Carvalho (2005, p. 149) “as representações são entendidas como classificações e divisões que organizam a apreensão do mundo social como categorias e percepção do real” 
 Logo, para compreender uma charge deve-se considerar que não são imagens isoladas, carregam várias informações e significados, seus traços, desenhos e frases, podem carregar interesses, mensagens subtendidas, dependendo da sua época e contexto no qual foi criada. 
OBJETIVOS: 
 	GERAL: 
· Propor e Executar os usos de Charges e Imagens como leituras integradoras da Ciência Histórica, com vistas a estabelecer as representações históricas e sociais sobre o vivido. 
 
ESPECÍFICOS: 
 
· Buscar, a partir do conceito de “Integração entre Disciplinas” as especificidades das disciplinas envolvidas; 
· Estabelecer limites teóricos e metodológicos, quanto aos usos e abusos ditados por normativas centralizadoras; 
· Responder de maneira objetiva, e sem paixões, as novas e imperativas demandas educacionais; 
· Fazer da Ciência História, na AEDAI- FAP, um locus específico de proposição e crítica a Ciência Histórica; 
· Promover a História da Educação Histórica; 
· Discutir sobre a realidade histórica sentida; 
· Avaliar o sentido de realidade histórica; 
· Unir conhecimento histórico à prática de leitura e interpretação;
· Proporcionar ações didáticas aos docentes;
· Aproximar a comunidade escolar do contento social da sociedade na qual está inserida;
· Escrever sobre o resultado de minha pesquisa. 
FUNDAMENTAÇÃO TEORICA 
Todo material é considerado didático, portanto, de pesquisa. E a partir da sua forma de utilização pelo professor, segundo a BNCC. A base da educação nas escolas do Brasil é o tradicional livro didático que é considerado um documento oficial, e possui um papel central na metodologia do ensino. Visto isso, a inserção de novos recursos pedagógicos que dinamizem o processo de ensino que é tão marcado pela falsa segurança que os livros trazem como sendo única fonte de pesquisa, concretas e inquestionáveis. 
Assim, por meio da análise de charges e outros recursos imagéticos possibilitamos a pesquisa e aprendizagem para além da sala de aula de História, o que nos favorece na construção de um repertório qualitativo e quantitativo representativo, em termos de construirmos uma, possível, solução aos revezes, ora dispostos, 
 Assim, as inúmeras possibilidades, atuais, possibilitam, mais facilidade e qualidade devido à abrangência da utilidade da charge. Quando utilizadas na sala de aula de História, unem conceitos e conteúdos fazendo com que o aluno aprenda e relacione o assunto da aula com a sua realidade social e não simplesmente decore momentaneamente as normas e padrões que estão sendo ensinados. 
 	O discente expõe seus conhecimentos prévios e se sente motivado a fazer comparações que considere pertinente, retira-se a monotonia das aulas que eles são apenas ouvintes e transforma-os em agentes ativos do saber ao terem sua imaginação e participação incentivada enriquecem a aula e efetivamente acontece a aprendizagem. Circe Bittencourt apresenta essa participação ativa do aluno, que tem como resultado o conhecimento por ele mesmo produzido como ‘conhecimento histórico escolar’, para ela, 
O conhecimento histórico escolar é uma forma de saber que pressupõe um método científico no processo de transposição da ciência de referência para uma situação de ensino, permeando-se em sua reelaboração, com o conhecimento proveniente do ‘senso-comum’, de representações sociais de professores e alunos e que são redefinidos de forma dinâmica e contínua em sala de aula. (BITTENCOURT, 2005, p. 25). 
Após evidenciar a charge como recurso didático, o professor ao utilizá-la em suas aulas, precisa fazer um estudo sobre o assunto em estudo para então melhor selecionar qual irá usar com o objetivo aproveitar e incentivar debates construtivos e proveitosos. Para isso, o docente, deve mediar o aluno entre os textos e imagens, prezando o contexto histórico que está sendo trabalhado. A escolha das charges é tão importante como qualquer outro recurso pedagógico e material didático que é levado para sala de aula. (BITTENCOURT, 2005) 
Portanto, o professor deve ter em seu planejamento quais questionamentos ele pretende encorajar, para que os alunos não apenas interpretem e reconheçam a charge como uma simples imagem, mas que a partir dela consigam encontrar respostas para os por quês, entender a motivação do autor, compreender o que está por trás das linhas desenhadas. Para Ana Heloisa Molina, além de entender qual a interpretação sobre a charge é importante questioná-los quais mecanismos foram empregados para ajudar o entendimento. 
Como os professores exploram as competências específicas da imagem? Qual a forma de tratamento dessa informação? Normalmente as funções associadas à utilização das imagens são: motivar, interessar, tornar compreensível o complexo/abstrato, documentar, memorizar, mostrar novos aspectos, evocar, interligar, explorar aspectos ocultos, transmitir pontos de vista, emoções, tornar a aula mais atraente e convencer os alunos de um ponto de vista. (MOLINA, 2007, p. 25). 
Desse modo, a utilização da charge é simples e ampliadora, mas não pode acontecer sem planejamento e estudo prévio. Faz-se necessário conhecer os diversos significados nela presentes, verificar se ela abre caminho para outro tema além do que o professor pretende explicar para assim adequá-la a proposta curricular. 
Segundo Souza (2004 p.254), pois, para além da contextualização 
 [...] É preciso ter uma bagagem prévia e acumulada de conhecimentos, em termos de conteúdo. Essa é a função do professor, ter um conhecimento prévio, ou seja, fazer uso da sua bagagem cultural e histórica, trazendo à baila outras leituras para contextualizar o acontecimento. Dessa forma, o professor, enquanto mediador, transcende a configuração interna da dimensão visual, não se limitando a perceber apenas os indícios visuais ali representados. 
Ainda utilizando Molina, “[...] o desafio e o limite imposto ao professor de história serão de redimensionar e explorar as competências específicas da imagem, não somente para motivar e envolver, mas re-elaborar, recodificar, ordenar e organizar conceitos”. (MOLINA, 2007, p.25). 
Por conseguinte, a charge é de grande proveito para a melhoria do ensino de História, junto com outros elementos podem deixar as aulas mais construtivas. Quando bem aplicada, seu tom crítico e cômico proporciona ao aluno uma expansão da visão crítica dos conteúdos das variadas disciplinas, sendo fundamental para seu posicionamento na sociedade, tornando-o participativo para mudar a realidade a qual está inserido. 
Dessa maneira, o presente trabalho tem como objetivo de pesquisa apresentar a charge como um recurso-pedagógico para realização da pesquisa histórica. Ao utilizá-la nas aulas de História pretende-se aprimorar os conhecimentos e desenvolver o pensamento crítico dos alunos para assim contribuir com o processo ensinoaprendizagem. 
 Pretende-se, assim, promover a leitura, análise e produção de charges utilizando diversos contextos históricos a fim de incentivar a criticidade, chamar a atenção dos discentes e dinamizar as aulas de História. 
METODOLOGIA
Oferecer aulas dinâmicas, criativas, que incentive a pesquisa e torne o aluno protagonista da sua própria construção do conhecimento através de estimulantes recursos didáticos que proporcionem a interdisciplinaridade. 
Nesse sentido, a inserção dessas metodologias para que sejam interpretadas fomentama tese do novo conceito de documentação histórico, a sua análise permite a aproximação do discente com os principais pilares da educação básica que o encaminha para um olhar atencioso e aprofundado para qualquer tema que lhe for colocado. 
Abordar essa estratégia didática é corresponder à expectativa do alunado moderno que segundo Gombrich (1999, p.134), 
[...] é um público ocupado que quer capturar tudo num simples olhar. O professor de história precisa encontrar meios que contribuam e sejam bem recebidos pelos alunos. Diante disso, a idealização do projeto decorre para contribuir professores unir a integração da teoria orientada nos livros didáticos e paramentos curriculares a meios facilitadores da aprendizagem e que desconstruam a ideia de que ensinar História é incitar a decoração de acontecimentos do passado. 
A relevância desse projeto baseia-se na ampla possibilidade possíveis para sua aplicação no âmbito escolar e dialogue com outras áreas do conhecimento, uma vez que é encontrada em mídias, revistas, livros didáticos e principalmente jornais, a charge e outros recursos de linguagens iconográficas, permite que o processo de ensino e aprendizagem assim a escola permanece conectada aos acontecimentos do século XXI. 
Diante da importância justificada anteriormente o projeto pretende unir maneira dinâmica a prática do ensino ao conhecimento. Permitir que o aluno se sinta envolvido para debater sobre sua realidade, pense e reflita sobre as diversas opiniões e fatos que os rodeiam mantenha-se atualizado sobre o que acontece na sociedade. 
 
RESULTADOS ESPERADOS: 
 
Este projeto traz o objetivo de apresentar a charge como também outros recursos imagéticos e iconográficos como auxiliadores complementares das práticas de pesquisa e ensino da disciplina História.
Assim a compreensão de que a investigação histórica se realiza em meio à multiplicidade de procedimentos metodológicos e fontes históricas existentes e/ou disponíveis, além de fomentar o processo de construção do conceito de tempo histórico por meio da prática de identificação das diferentes temporalidades existentes em um dado contexto.
É importante ressaltar que a metodologia de ensino recorrente ao uso de imagens não é recente, e foi sendo utilizada em períodos históricos como a Idade Média e no Brasil Colonial, como explicita a professora Edlene Oliveira Silva (2010), em seu artigo Relações entre imagens e textos no ensino de história, nos diz que, para ela a utilização de imagens era ampla para o auxílio de ensino para aqueles que não compreendiam por meio dos métodos tradicionais. “No medievo, as imagens são compreendidas como um texto, um discurso” (SILVA, 2010, p. 176). Pois o 
 [...] conhecimento histórico é produzido por todas as evidências humanas, sejam elas materiais e/ou imateriais”. Para despertar no aluno o conhecimento histórico, o professor tem a seu dispor a possibilidade de estimular a sua capacidade crítica e imaginativa através das charges e imagens em suas aulas. Para Guimarães a imagem “instiga a criatividade e apercepção do observador, ultrapassando os comandos ou diretrizes traçadas pelo educador” GUIMARÃES, 1992 (p. 237 
Portanto, para que se efetive o saber histórico e o aluno seja beneficiado com conhecimento histórico exige uma relação diária de debate para a troca de experiencias e interesses. Na sala de aula os conteúdos estudados devem entrelaçar a comunicação entre aluno e professor. 
Conforme explica Franciel Jorge Dos santos (2020), 
Outra importante contribuição para o desenvolvimento do conhecimento histórico está relacionada ao ensino de História, no qual o professor é o mediador do processo de ensino aprendizagem, pertencendo-lhe a missão de inovar no processo metodológico, pois se torna imprescindível utilizar de diversas fontes históricas a fim de contribuir na investigação de fatos ocorridos no passado e que hoje auxiliam na reconstituição da história. SANTOS, 2020 (p. 30) 
Assim, os alunos junto com o professor mediador, irão analisar as fontes e informações que surgirão com o estudo das charges acontece o processo de construção do conhecimento histórico. Justamente nesse momento está presente também a pesquisa histórica por meio das charges, que muitas vezes passa despercebida e é desconsidera, porém, é muito comum e importante. 
Além de todos os aspectos já supracitados a respeito da charge como promovedora da reflexão crítica do sujeito, a ação cidadã é um aspecto que também se destaca. 
Quando o discente pesquisa por meio de diversas fontes históricas, de fatos ocorridos em diferentes períodos, ele desenvolve a capacidade de reconhecer o contexto social das pessoas envolvidas. Ele passa a entender, o problema social ou econômico que motivou, por exemplo, a Revolução Pernambucana em 1817. A charge, portanto, não é pura e simplesmente a ilustração gráfica de algum acontecimento histórico, quando bem escolhida e analisada corretamente é ela “que envolve tanto aspectos cognitivos quanto sociais” (MAIA, ALVES, 2014, p. 110). 
 
Diante do exposto, dinamizar as aulas de História por meio da charge é transformá-las em um momento que os alunos se sintam inspirados para estudar com descontração, o que levaria o estudante a se interessar pelo conteúdo transmitido. Assuntos que já fazem parte do conhecimento prévio dos alunos darão caminho para pensar, questionar, debater, pesquisar, ler textos de diversas fontes formando consequentemente um repertório com informações ricas pela grande diversidade de opiniões e fatos que ele pode conhecer justamente por ter sido incentivados a pesquisa. 
REFERÊNCIAS. 
BITTENCOURT, C. M. F. Livros didáticos entre textos e imagens. In: ________ (Org.). 
O Saber histórico na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1997. 
BITTENCOURT, Circe M. F. (org.). Conteúdos Históricos: como selecionar? In: ________. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004.
BURKE, Peter. A Escrita da História: Novas perspectivas. Tradução de Magda Lopes; São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1992. 
CARVALHO, F. O conceito de representações coletivas segundo Roger Chartier. Diálogos, Maringá, v. 9, n.1, 2005. 
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