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Psicofarmacologia e os Transtornos de Ansiedade

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CURSO DE PSICOLOGIA
PSICOFARMACOLOGIA E O TRANSTORNO DE ANSIEDADE
Trabalho apresentado ao Curso de Psicologia como requisito parcial para obtenção de nota referente à disciplina Psicofarmacologia. 
São Luís - MA
2023
1. INTRODUÇÃO
Ao analisarmos o contexto da atuação do profissional psicólogo na área da saúde, é notório que a cada dia mais cresce o número de casos de pessoas acometidas por transtornos psíquicos, bem como a variedade dos tipos de distúrbios mentais. Dentro desta ótica, temos a farmacologia como alternativa medicamentosa para controle ou cura destes transtornos, através da introdução de substâncias com ação direta no sistema nervoso central, as quais minimizam ou eliminam estes desconfortos através de ações efetivas nas conexões neurais. As ações das drogas no sistema nervoso central são conduzidas por duas classes principais das células, ou seja, os neurônios e células da glia, sendo que ao se considerar o contexto simples, teremos um neurotransmissor natural estimulando receptores (Kipert et al.,2019).
Ao falarmos dos tipos de transtornos, temos o transtorno de ansiedade como um dos que tem maior ocorrência nos dias atuais. Sobre isso, Sadock e Sadock (2017), relatam que a ansiedade é um importante fenômeno que permeia diversas teorias ao longo da história. Logo, a ansiedade tem exercido um papel preponderante na teoria psicodinâmica, em pesquisas das neurociências, bem como em várias escolas de pensamento influenciadas pelos princípios cognitivo-comportamentais. Os transtornos de ansiedade estão vinculados a importantes comorbidades e, frequentemente, são crônicos e resistentes ao tratamento. Eles podem ser compreendidos como uma família de transtornos relacionados, embora sejam distintos (Menezes et al., 2007). 
Dentre outras alternativas, as práticas profissionais de psicoterapeutas, psicológos e psiquiatras, tem se integrado ao uso dos psicofármacos aliados a psicoterapia. O comprometimento com a efetividade terapêutica se enquadra como um fator necessário na saúde mental, requerendo busca de conhecimentos das diversas modalidades terapêuticas, afinal, problemas emocionais, vistos do aspecto somente biológico ou psicológico, pode impedir o paciente em ter o tratamento mais adequado. Neste processo interacional entre os profissionais, ocorre trocas que refletem positivamente para o paciente, conforme afirma (Saffer, 2007).
Com o avano das políticas em saúde, os tratamentos com psicoativos no controle dos transtornos mentais se fortaleceram nos últimos tempos. Dados da revista Super Interessante (2011) “mostra uma pesquisa americana publicada em 2011, a qual concluiu que menos de um terço das pessoas em tratamento com um antidepressivo consultaram um psicólogo ou psiquiatra ao longo de um ano”. O estudo foi realizado pelo Centers for Disease Controland Prevention, analisou dados de 2005 a 2008, indicando ainda, que 11% dos americanos com idade acima de 12 anos tomavam antidepressivos. No Brasil a situação não é diferente, entre 2010 e 2014, por exemplo, a venda de anticonvulsivantes e de antidepressivos e estabilizadores do humor aumentou aproximadamente 25 e 58%, conforme dados da IMS Health Brasil, que pesquisa informações do setor da indústria farmacêutica (Kippert et al.,2019).
No entanto, a associação dos remédios à psicoterapia é recomendada pela maioria dos profissionais, com práticas de psicoeducação, como em alguns quadros de fobia, nos quais a medicação praticamente não tem efeito, e de transtorno do pânico, ela é essencial”, diz o psiquiatra e coordenador da revisão técnica do Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), Aristides Volpato Cordioli (Kippert et al.,2019).
A Revista Super Interessante (2011), sobre o tratamento combinado, afirmou que ocorre quando o psiquiatra prescreve a medicação e conduz a psicoterapia, como uma tentativa de integrar o conhecimento das duas áreas de uma forma prática e econômica para o paciente e é aprovada por muitos especialistas, e considerada inviável por outros. Assim, o presente trabalho teve como objetivo demonstrar a relevância do uso de fármacos atrelados a psicologia no enfrentamento e tratamento dos distúrbios mentais que mais acometem a sociedade atual (Kippert et al.,2019).
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 A PSICOFARMACOLOGIA NO ENFRENTAMENTO DE DOENÇAS
Em seu livro Doença mental e Psicologia, Foucault (1975), relata que cada doença manifesta um tipo de angústia, e cada indivíduo têm uma forma específica de reagir a ela. O histérico, por exemplo, recalca a sua angústia revelada num sintoma corporal, o obcecado ritualiza, buscando para si símbolos; o paranoico justifica projetivamente, mascarando sua angústia de forma agressiva. Desta forma, a angústia serve de denominador comum, trazendo significado a transformação e evolução psicológica do indivíduo, tornando-se sua história individual. Desta forma, incluem nesta classe os fármacos que deprimem ou estimulam seletivamente as ações do SNC, que devido a tais propriedades, fizeram reduzir de forma considerável o número de internações em hospitais psiquiátricos. 
O mesmo autor ainda destaca que o doente mental se defende no presente contra o seu passado, manifestando condutas patológicas, sendo parte de um conjunto de condutas significativas. Os pacientes portadores dessas doenças apresentam redução significativa da qualidade de vida, com menor produtividade, maior morbidade e mortalidade, e maiores taxas de comorbidade (Wittchen,2001). 
Parte desses enormes custos sociais diretos e indiretos pode ser agravada por tratar-se de um grupo de transtornos tipicamente subdiagnosticado, subavaliado e, com freqüência, inadequadamente tratado (Stein & Seedat, 2004). Apesar da disponibilidade de uma série de estratégias terapêuticas direcionadas para os transtornos de ansiedade, o manejo dos pacientes que não respondem adequadamente ao tratamento é ainda um desafio na prática clínica. Alguns autores comparam a queda de produtividade e qualidade de vida de pacientes com transtornos de ansiedade graves ou resistentes àquelas de pacientes com esquizofrenia (Bystrisky,2006). Estudos estruturados a respeito da resistência nos transtornos de ansiedade, no entanto, ainda são raros e pouco conclusivos.
No enfrentamento dessas doenças pode existir a possibilidade de acontecer a ação mútua entre diferentes áreas para um tratamento eficaz. Quando há então, uma possibilidade de comunicação entre os profissionais da psicologia e da farmacologia no enfrentamento dessas doenças, passa a existir também, uma possibilidade de troca de conhecimentos que pode ser benéfica para os profissionais e para o paciente (Saffer, 2007). Desta forma, é importante salientar que a ação medicamentosa aliada à psicoterapia pode reduzir o impacto do adoecimento, limitando e prevenindo-o, evitando assim um comprometimento na vida do sujeito.
Diante disso, a relação da psicologia com a farmacologia no enfrentamento de doenças mentais pode ser vista como uma alternativa eficaz para amenizar e/ou curar um paciente, o que traz diversos benefícios a vida do individuo debilitado. Pois, adquirir essas doenças está muito relacionado também aos hábitos cotidianos que a era do século trouxe para a vida das pessoas. Os indivíduos vivem em um ritmo mais acelerado.
2.2 TRANSTORNO DE ANSIEDADE E APLICAÇÕES FARMACOLÓGICAS
A ansiedade geralmente antecede um momento de dúvida ou preocupação em que o indivíduo se encontra; quando isso ocorre em proporções e frequências constantes, pode causar prejuízos ao estado emocional e inclusive ao bem-estar físico, por exemplo: taquicardia, calafrio, sudorese, tensão muscular entre outros (Castillo et al., 2000). 
Na maioria das vezes, o medo do que pode vir a acontecer aparece de maneira distante da situação real vivida pelo indivíduo, fazendo com que ele se veja impedido de realizar suas atividades diárias no trabalho, no meio social e familiar, evitando, assim, qualquer tipo de posição que possa lhe trazer esse desconforto (Zamignami& Banaco, 2005), a fim de causar a fuga ou esquiva de uma determinada situação, sendo diferenciada por crenças e pensamentos de cada indivíduo, com duração de seis meses ou mais (American Psychiatric Association, 2014).
A Décima primeira revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11) define ansiedade como um estado de preocupação ou antecipação sobre eventos futuros perigosos ou adversos, acompanhado por sintomas somáticos de preocupação, desconforto ou nervosismo. O conceito de ansiedade é diferente do conceito de medo, o medo difuso, sem objeto definido. O medo é o temor proporcional a um objeto ou ambiente específico. Também é diferente do termo fobia, que é um estado de medo desproporcional ou não diretamente relacionado ao perigo real do objeto (Lisboa,2018).
Para pacientes com transtornos de ansiedade, assim como pessoas ansiosas podem vir a apresentar características depressivas; ambas as desordens podem ocorrer juntas (Tiller, 2013), sendo que, para o tratamento de ansiedade e depressão, a psicoterapia pode ser configurada na modalidade de grupo.
Dentro da farmacologia a aplicação de diversos ensaios clínicos randomizados, duplo-cego, placebo controlados e estudos de meta-análises comprovam a eficácia de antidepressivos no TAS, no TP e no TAG. Estes são inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) são considerados os tratamentos de primeira escolha para os três transtornos em algoritmos e guidelines clínicos. Inibidores de recaptação de serotonina e noradrenalina, benzodiazepínicos de alta potência e alguns agentes anticonvulsivantes também têm demonstrado eficácia (Isper et al.2006; Mitte et al.,2005; Blanco et al., 2003).
Nos ensaios clínicos, são descritas taxas de resposta de 40 a 70% e taxas de remissão de 20 a 47%. A resistência ao tratamento farmacológico (i.e. resposta ausente ou insuficiente) atinge aproximadamente um em cada três pacientes com transtornos de ansiedade (Pollack et al., 2007).
Se no campo dos transtornos depressivos ainda há debates no que concerne às definições ideais de resposta, remissão e resistência ao tratamento, nos transtornos de ansiedade essa é uma questão ainda mais complexa. Isto porque redução ou ausência de ansiedade não significam necessariamente resposta ou remissão dos sintomas, como observamos em pacientes que evitam, de forma efetiva, os estímulos fóbicos. Tampouco a presença de ansiedade é sinônimo de resistência ou refratariedade, podendo refletir tratamento inadequado ou uma resposta normal a um fator estressor ambiental (Bystrisky, 2006).
Uma questão clínica que se impõe é qual seria a melhor intervenção farmacológica no caso de resistência ao tratamento dos transtornos de ansiedade, uma vez que o número de estudos controlados a respeito ainda é muito escasso (Stein, 2004). Até o momento, nenhuma droga tem a aprovação do Food and Drugs Administration para o tratamento da ansiedade resistente, e a maioria das estratégias farmacológicas utilizadas baseia-se em número restrito de estudos, muitas vezes pequenos e abertos (Pollack et al.,2007).
Embora algumas revisões sugiram que o aumento da dose é uma estratégica eficaz no manejo da resistência, não há estudos controlados que respaldem essa conduta no TAG, no TP ou no TAS resistentes ao tratamento. Ao contrário, estudos controlados avaliando diferentes doses fixas de medicações sabidamente eficazes não comprovam uma relação entra a dose e a resposta no tratamento desses três transtornos (Bystrisky, 2006).
Dessa maneira, o uso desses fármacos para o tratamento da ansiedade, depressão e outros transtornos são muito similares, devendo o paciente passar por uma avaliação médica e psicológica para que ele possa receber a medicação correta. Também é importante destacar que existem diversas atividades grupais e individuais que podem ser utilizadas como estratégias de intervenção.
2.3 TRATAMENTO COMBINADO: PSICOTERAPIA E PSICOFÁRMACOS 
A psicoterapia e o uso da medicação prescrita têm ocupado um papel relevante na prática profissional da saúde mental e psicologia. Mas, por que são necessários os dois tipos de tratamento? Estudos revelam que nos casos de transtornos mentais, comportamentais e emocionais, a medicação pode ser comparada a uma muleta, ou seja, ela ajuda o paciente a se levantar e caminhar para a resolução dos problemas, porém, ela não pode e não consegue resolver os problemas, mudar o comportamento, ou os pensamentos que vem à tona frente a determinadas situações, apenas pode auxiliar nas questões químicas e neurológicas envolvidas no transtorno (Kipert et al.,2019).
Já a psicoterapia visa auxiliar na resolução dos conflitos, controle de impulsos, mudanças nos pensamentos e crenças a respeito de si e do mundo. Karasu (1982) afirma em seus trabalhos que, enquanto os medicamentos têm uma atuação sobre a formação de sintomas e sofrimento afetivo, a psicoterapia trabalha as relações interpessoais e o ajustamento social, com acompanhamento em longo prazo, e resultados sempiternos, embora nem sempre tão evidentes. 
Os dois tipos de tratamentos seguem os caminhos da ciência, realizadas por profissionais especializados, afinal, nenhuma técnica ou medicação deve ser utilizada sem os devidos estudos prévios sobre sua eficácia. Neste sentido, Karasu (1982 apud Katz, 2005) acreditava que o tratamento combinado conduziria a uma integração do trabalho da farmacoterapia com a psicoterapia, vistas como cooperativas ao invés de competitivas, possuindo diferentes efeitos e agindo em diferentes tempos no período do tratamento (Rós et al., 2020).
Neste sentido, Powell (2001) aponta que o uso da medicação favorece a obtenção de informações sobre as experiências do paciente e fortalece a aliança terapêutica, melhorando os resultados do tratamento. Para Knowlton (1997) a medicação pode contribuir tanto como um suporte farmacológico, quanto como um tratamento que possibilita material significativo de transferência. 
De fato, nesta etapa de prescrição de um fármaco, o fenômeno transferencial e as fantasias inconscientes do paciente podem se desenvolver de diversas formas, oportunizando assim, para o entendimento da necessidade do processo psicoterapêutico. Tal efeito pode dar-se pela personalidade do paciente, do médico e da interação entre ambos (Kepert et al.,2019). 
Portanto, a prescrição pode representar tanto uma ferida narcisista para um paciente, quanto um alívio da ansiedade e um reforço da esperança para outro. Outro aspecto a ser considerado é que a medicação não afeta negativamente a psicoterapia, não desmotiva o paciente (Rós et al., 2020). O processo terapêutico também não interfere negativamente no uso da medicação, ao contrário, pode ajudar o paciente na sua aceitação, a transformar seus pensamentos irracionais, ser orientado quanto ao uso correto; horários e dosagens; compreender que não se trata de fraqueza, mas de uma necessidade do seu próprio organismo; e a prevenir a dependência da medicação, com consequências de infantilização, necessitando de maiores cuidados (Kepert et al.,2019).
Os autores Carvalho e Dimenstein (2004) afirmam que os efeitos do uso da medicação no corpo podem originar a tolerância à medicação, necessitando de doses ainda mais altas e causar abstinência no sujeito quando este não as utiliza (Cugurra, 1994). Quanto ao psíquico, diante de um diagnóstico ou medicação, muitos pacientes passam a justificar seus fracassos através de sua doença e não mais se responsabilizam por seus males, necessitando de cuidados constantes, devido, inclusive por se infantilizar. 
Enfim, é possível compreender que a Psicologia reconhece os psicofármacos como auxiliadores no processo psicoterápico e que alguns pacientes necessitam de seu uso para alcançar os melhores resultados no tratamento. Contudo, faz-se necessário um fortalecimento de modo geral, quanto à relação com os psiquiatras, para que haja conscientização da importância do tratamento combinado a partir de um trabalho multidisciplinar, integrativo, que tenha como foco principal o bem-estar do paciente.
3. METODOLOGIAFoi realizado uma revisão de literatura na base de dados da Scielo, google acadêmico e revistas especializadas em psicologia e farmacologia. A busca foi feita selecionando trabalhos de 2015 a 2023, usando as seguintes palavras-chave: Psicologia clínica, farmacologia, ansiedade nos dias atuais, tratamento para a ansiedade e associação psicofarmacológica.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com base na análise dos artigos aqui selecionados, pode-se compreender que a psicologia no tratamento da ansiedade exercer um papel fundamental e assistencial de fundamental importância para a completa recuperação do paciente. Contudo, o uso de fármacos tem sido implementado de forma precisa para o tratamento dessas doenças, a associação da farmacologia com a psicologia apresenta resultados positivos durante o tratamento, porém, o uso inadequado sem os cuidados individuais devido por parte do paciente pode causar dependência, exigindo elevar as dosagens durante o tratamento, o que ao longo não gerará eficácia completa, assim confirmam Kipert et al. (2019).
Já nos escritos de Rós et al. (2020) o papel do psicólogo é fundamental para o tratamento da ansiedade e doenças similares, os autores destacaram que o uso da estratégia de trabalhos grupais é de eficácia comprovada para redução dos problemas gerados pela ansiedade e demais doenças similares, é necessário acompanhamento, correta alimentação, prática de atividades e um conjunto de fatores externos que devem estar sendo analisados para o combate da doença e sua conseguinte cura.
O papel do psicólogo atrelado aos fármacos é essencial, porém, é necessário que o paciente se esforce para que os resultados sejam eficientes. E o uso de diferentes estratégias para a realização do tratamento contra a ansiedade devem ser testados para o combate dessa doença, que atualmente, afeta milhares de pessoas e na grande maioria das vezes leva ao fim da vida do indivíduo quando não tratada.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os psicofármacos atuam no transtorno de ansiedade visando uma melhora ou estabilidade da doença, agindo nos neurotransmissores do sistema nervoso central que causam efeito tranquilizante. Nos últimos tempo tem-se vivenciado um grande avanço para o tratamento com fármaco ansiolítico no transtorno de ansiedade. Esse tipo de medicamentos não é uma solução ou cura para a ansiedade, mas tende a amenizar os sintomas, e trazendo benefícios para o paciente viver uma vida normal (Rickels et al., 2004).
Considerando a abordagem acima, é possível compreender que a associação dos psicofármacos é importante para o tratamento da doença, contudo, o paciente passar por um acompanhamento individual e se auto cuidar é fundamental para o sucesso do uso dos psicofármacos. Outras estratégias também podem ser utilizadas, contando que ajudem na melhora do tratamento podem ser utilizadas no tratamento de doenças similares a ansiedade. O papel da família e o apoio de todas as partes harmônicas que cercam o paciente são também fatores que auxiliam na recuperação mais rápida do paciente. 
REFERÊNCIAS
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