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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA PAULO SÉRGIO ALMEIDA BRAGA JÚNIOR SAMILY CRISTINA GUEDES SUZANE LOPES MEDEIROS TAYLANA DOS SANTOS COSTA THAYS DOS SANTOS COSTA DESAFIOS PROFISSIONAIS NA EDUCAÇÃO FÍSICA NO TRABALHO COM ESPORTES ADAPTADOS Cametá 2018 PAULO SÉRGIO ALMEIDA BRAGA JÚNIOR SAMILY CRISTINA GUEDES SUZANE LOPES MEDEIROS TAYLANA DOS SANTOS COSTA THAYS DOS SANTOS COSTA DESAFIOS PROFISSIONAIS NA EDUCAÇÃO FÍSICA NO TRABALHO COM ESPORTES ADAPTADOS Trabalho de Licenciatura em Educação Física apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção da média necessária para a aprovação nas disciplinas de Sociologia da Educação, Legislação Educacional, Teorias e Práticas do Currículo, Filosofia da Educação, Práticas Pedagógicas em Pedagogia: Condições de Aprendizagem na Educação Infantil e Ed. Cultura Brasileira. Orientadores: Marcio Gutuzo Saviani Natália Gomes dos Santos Mari Clair Moro Nascimento Marcia Bastos de Almeida Patricia Alzira Proscêncio Luciane Batistela Bianchini Renata de S. F. Bastos de Almeida Cametá 2018 Sumário 1. EDUCAÇÃO FÍSICA E OS ESPORTES ADAPTADOS ......................................... 1 2. O ESPORTE ADAPTADO EM FOCO .................................................................... 3 2.1. SITUAÇÃO PROBLEMA 1 ................................................................................. 3 2.2. SITUAÇÃO PROBLEMA 2 ................................................................................. 4 2.3. SITUAÇÃO PROBLEMA 3 ................................................................................. 5 3. ANÁLISE DE BARREIRAS PARA A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA .................................................................................... 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 7 REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 8 1 1. EDUCAÇÃO FÍSICA E OS ESPORTES ADAPTADOS A inclusão dos portadores de necessidades especiais, na sociedade em geral, é uma preocupação de caráter mundial, haja vista que existem grandes barreiras como: acessibilidade, adequação, entre outros, que tornam a inserção dessas pessoas cada vez mais complexa e delicada, o que vem sido auxiliada, na educação física, pelos esportes adaptados. Os padrões de educação física tradicionais passaram a não atender a todas as particularidades dos portadores de necessidades especiais, nesse momento é que a educação física adaptada entra em cena buscando completar a educação física convencional e dar atendimento especifico a cada usuário portador de deficiência, respeitando as suas particularidades e limitações visto que os esportes foram criados originalmente para atender ao público dito normal. Depois do final da Segunda Guerra Mundial, o esporte foi inserido nas aulas de educação física, que até então s dava apenas com a ginástica, provocando modificações na sociedade e no sistema escolar. Nesse mesmo período surgiram duas linhas de pensamento: ➢ Enfoque médico: surgiu na Inglaterra e era aquela que visava apenas tratar as sequelas deixadas pelas mutilações/ deficiências que os usuários possuíam em virtude de acidentes ou de sequelas da guerra; ➢ Enfoque Esportivo: surgiu nos Estados Unidos, buscava a inclusão das pessoas com deficiências físicas através do esporte adaptado, porem ela já trazia consigo alguns dos ideais do enfoque médico; Essas correntes, ao longo da história, acabam se cruzando e estabelecendo atender a um objetivo comum, saindo do componente médico e entrando no componente da prática desportiva e do rendimento, com o intuito de inserir os usuários portadores de deficiências. Nos primórdios da ditadura(1964-1985), o uso de materiais foi reforçado nas aulas de educação física afim de trazer uma maior mobilidade aos alunos, bem como aos alunos portadores de necessidades especiais e foi nesse período que o caráter 2 instrumental da educação física foi reforçado com uma visão mais especializada da pedagogia tecnicista. O Esporte adaptado é um termo utilizado apenas no Brasil e consiste em uma possibilidade de prática para pessoas com deficiência. Para tanto regras, fundamentos e estrutura são adaptados para permitir a participação destas pessoas. Em outros idiomas, o termo mais comum é Esporte para pessoas com Deficiência ou "Sport for Persons with a Disability". Nesse tipo de esporte, são levados em consideração 3 aspectos que unem para um objetivo maior, a inclusão. Esses aspectos são: ➢ Aspectos Biológicos: onde se é necessário entender as funcionalidades fisiológicas de cada indivíduo, para poder se entender o comportamento físico-motor e as particularidades de cada atleta; ➢ Aspectos Psicológicos: sugere um vasto campo de compreensão, porem ainda pouco difundido no Brasil. No entanto, estudos realizados aqui mostram que o esporte influencia diretamente na autoestima e na valorização pessoal dos usuários; ➢ Aspectos da Modalidade: cada modalidade é dotada de particularidades que serão avaliadas para direcionar melhor o planejamento e assim conduzir melhor as atividades; ➢ Aspectos Sociais: cercado de simbolismos e valores próprios, que além de sofrerem, provocam mudanças na sociedade em que se inserem. Um tópico importante caracteriza-se pelo potencial inclusivo deste fenômeno, o esporte adaptado posiciona-se na sociedade contemporânea como importante meio de inclusão social e empoderamento de pessoas com deficiência, porém o componente competitivo lhe confere uma face excludente, na qual sujeitos são selecionados e comparados frente sua capacidade atlética 2. O ESPORTE ADAPTADO EM FOCO 2.1. SITUAÇÃO PROBLEMA 1 3 ✓ DESCREVA UM ATIVIDADE PARA O ENSINO DO FUNDAMENTO DO DRIBLE NO BASQUETEBOL ADAPTADO PARA ALUNOS USUÁRIOS DE CADEIRAS DE RODAS Durante a execução do movimento, o aluno recebe informações, principalmente cinestésicas, sobre como o movimento está sendo executado e, após, recebe informações visuais sobre o resultado do movimento, ou seja, se o movimento executado alcançou ou não o objetivo desejado. É importante lembrar que os cadeirantes em sua grande maioria se utilizam do equipamento somente para atividades de uso diário e, provavelmente, nas aulas de educação física e no basquetebol sobre rodas; mais especificamente, ele terá de aliar este controle ao manuseio do objeto “ bola” o que aumentará a necessidade de ajustes constantes. ✓ QUAIS SÃO AS ADAPTAÇÕES DA REGRA CONVENCIONAL DO BASQUETEBOL RELACIONADAS AO DRIBLE PARA A MODALIDADE BASQUETE EM CADEIRA DE RODAS? A diferença na regra de drible é, na verdade, muito simples. Após parar de quicar a bola, o jogador cadeirante pode passar a bola, arremessar ou então dar dois toques no aro de propulsão e quicar a bola novamente. A violação é marcada quando há mais de dois toques no aro, portanto. É bem mais fácil de compreender do que parece, basta assistir uns segundos de jogo para pegar o funcionamento da coisa. Além disso, outra adaptação ao basquete convencional é a "classificação funcional". Os atletas têm deficiências diferentes, alguns são amputados, outros têm lesões medulares ou poliomielite. Cada uma dessas deficiências tem um grau de comprometimento diferente, então cada jogador é classificado com um número, variando entre 1.0 e 4.5 para indicar isso. Obviamente, um amputado abaixo do joelho tem bem menos comprometimento do que um lesado medular, mas com o sistema de pontuação todos ganham a oportunidade de jogar. Isso porque cada time não pode ter em quadra jogadores somando, juntos, mais do que14 pontos. Os mais comprometidos, portanto, recebem a pontuação 1.0, enquanto os menos comprometidos recebem o máximo de 4.5. A marcação é feita após uma análise rigorosa de cada jogador, analisando cada condição individualmente. O que me leva a crer que, se vissem a mobilidade do Eddy Curry em quadra, dariam-lhe uma pontuação negativa de -15. 4 ✓ COMENTE SOBRE UMA SEQUELA DA LESÃO MEDULAR QUE DEVE SER LEVADA EM CONTA QUANDO FOR TRABALHAR COM UM ALUNO USUÁRIO DE CADEIRA DE RODAS A perda da sensibilidade e dos movimentos de partes do corpo e a sequela mais comum encontrada em pessoas que sofreram uma lesão medular, porém, para esses alunos, é necessário levar em conta a falta, parcial ou total, de movimentos, onde o usuário precisa desenvolver o hábito de ter a cadeira de rodas como uma extensão do próprio corpo e melhorar a sincronia nos braços para uma movimentação eficaz e rápida. 2.2. SITUAÇÃO PROBLEMA 2 ✓ QUAIS SÃO AS ADAPTAÇÕES DA REGRA DO FUTEBOL CONVENCIONAL EM RELAÇÃO AO TEMPO DE JOGO, A REGRA DO IMPEDIMENTO E A COBRANÇA DE LATERAL PARA O FUTEBOL DE 7? Com relação ao tempo de jogo, uma partida do futebol de 7 dura 60 minutos. Esses 60 minutos são divididos em dois tempos de 3 minutos cada, e os jogadores têm um intervalo de 10 minutos. Já em relação ao impedimento, ele não existe nessa modalidade. E o lateral pode ser cobrado utilizando apenas uma das mãos, fazendo com que a bola role pelo chão. ❖ DESCREVA AS CARACTERÍSTICAS DAS CLASSES FUNCIONAIS FT1, FT2 E FT3 DOS PRATICANTES DO FUTEBOL DE 7. Essa classificação em FT1, FT2 e FT3 diz respeito ao comprometimento que os atletas dentro das classes que pertencem têm. Um atleta FT1 é considerado muito comprometido, o FT2 tem comprometimento intermediário e o FT3 é muito pouco comprometido. 2.3. SITUAÇÃO PROBLEMA 3 ✓ CITE E EXPLIQUE A CARACTERÍSTICA DA SÍNDROME DE DOWN QUE EXPLICA OS BAIXOS NÍVEIS DE FORÇA DE CLÁUDIA Em primeiro lugar no caso apresentado existiu a presença de três cromossomos 21 na maior parte das células de Cláudia. Dentre as características podemos observar: O crescimento dos olhos amendoados; uma maior propensão a 5 doenças musculares, como a hipotonia muscular, além do tamanho abaixo de seu desenvolvimento, o que pode afetar características físicas e mentais. Por fim, quanto as dificuldades motoras de Cláudia podemos notar, o punho flexionado e sensibilidade dos dedos diminuída; O caminhar com os pés separados; A dificuldade de fixação; Entre outros. ✓ DESCREVA TRÊS ATIVIDADES QUE POSSAM SER UTILIZADAS PARA O DESENVOLVIMENTO DAS CAPACIDADES COORDENATIVAS EM CLÁUDIA Para incentivar o desenvolvimento das capacidades coordenativas em crianças e pré-adolescentes são necessários alinhar três coisas: ➢ Habilidades Simples: Habilidades que a criança já domina e tem facilidade, de maneira que não serão um desafio. ➢ Atividades Lúdicas: Interagir de forma lúdica é fundamental para manter o interesse e a pratica de forma correta. ➢ Exigências: Sugerir um ou outro passo que seja desafiante a princípio e trabalha-lo até que seja feito com facilidade. São exemplos de atividades possíveis, de acordo com o nível da criança: • Atividades com pneus como obstáculo. • Correr ao redor de um objeto e mediante comando toca-lo. • Saltar de um local pouco elevado e cair sobre colchões. 3. ANÁLISE DE BARREIRAS PARA A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA ✓ CITE E COMENTE CINCO ADAPTAÇÕES ESTRUTURAIS PARA A ACESSIBILIDADE DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA. Entre os exemplos de adaptações estruturais para pessoas com deficiência podemos citar os seguintes recomendados pela lei Lei 13146/15: • Em áreas de circulação a instalação de faixas de piso que devem ter texturas e cores diferenciadas para que os usuários possam sentir e ter maior percepção dos trajetos. • Retirar todos os obstáculos das áreas de circulação para melhorar a fluidez das pessoas portadoras de deficiência e que possam andar sem problemas. • Nos elevadores os botões devem ter signos em Braile e avisos sonoros. 6 • Com um número de parada superior a 2 andares a comunicação auditiva deve indicar em qual andar se encontra o elevador. • Implantação de softwares com sintetizadores de voz em computadores para se ter uma resposta das atividades que estão sendo desenvolvidas pelo usuário. ✓ OUTRA BARREIRA PARA A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA PARA AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA, ALÉM DA ESTRUTURAL, ESTÁ RELACIONADA A FALTA DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL. PESQUISE E COMENTE SOBRE AS NOVAS RECOMENDAÇÕES DA LEI BRASILEIRA DE INCLUSÃO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA (LEI Nº. 13.146/15) NO QUE SE REFERE AOS CURRÍCULOS NO ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO A Lei Nº. 13.146/15, trata sobre e Inclusão da Pessoa com Deficiência, nela são estabelecidos os diversos direitos que possuem as pessoas com deficiência. No que se refere aos currículos no ensino superior brasileiro, no Capitulo IV, do Direito à Educação, no Art. 30, se expressam as medidas que devem ser adoptadas nos cursos oferecidos pelas instituições de ensino superior e de educação profissional e tecnológica, públicas e privadas. Entre elas: 1- O atendimento preferencial à pessoa com deficiência 2- Disponibilização de formulário de inscrição e provas em formatos acessíveis, assim como de recursos de acessibilidade e de tecnologia. 3- Dilação de tempo 4- Tradução em Libras 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS A educação física vem se adequando ao longo do tempo para proporcionar aos alunos aulas em que possam evoluir de maneira dinâmica e simples, não necessitando sair de sua zona de conforto para poder atender patamares muitas das vezes irrisórios, os quais a própria sociedade que impõe a esses usuários. Dentro do âmbito da inclusão, as aulas de educação física vêm trazendo os esportes adaptados como carro chefe no tratamento de usuários portadores de necessidades especiais. Porém, a falta de preparo dos profissionais acaba por se tornar o empecilho na evolução dessa temática, pois impede que haja um total proveito das possibilidades que o esporte adaptado pode trazer aos alunos. Não somente a falta de preparo como também a falta de materiais adequados e a falta de adequação estrutural, que impede o conceito de acessibilidade seja aplicado na prática, refletem em uma produção negativa dentro desse âmbito. No entanto, há possibilidade de viabilização dos esportes adaptados como processo padrão na inclusão de alunos portadores de deficiência, não só física como mental, para que esses tenham um desenvolvimento significativo e assim possa ter a capacidade de levar uma vida normal. Esse problema pode ser resolvido com a capacitação periódica dos profissionais, além de um investimento massivo em acessibilidade, para facilitar o acesso dos usuários aos locais onde possam realizar atividades e praticar esportes, mas além de tudo, é necessária uma melhor adequação da grade curricular dos professores e dos futuros professores, onde se possa ter o tema “Inclusão” como um processo fundamental na formação destes. 8 REFERÊNCIAS COSTA, Alberto Martins da; Educação física e esporte adaptado: história, avanços e retrocessos em relação aos princípios da integração/inclusão e perspectivas para o século XXI. Disponível em: http://www.revista.cbce.org.br/index.php/RBCE/article/viewFile/236/238. Acessado em: 17/10/2018. COSTA E SILVA, Anselmo Athayde; Esporte adaptado: abordagem sobre os fatores que influenciam a prática do esporte coletivo em cadeira de rodas. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbefe/v27n4/aop_1013.pdf. Acessado em: 17/10/2018 SERON, Bruna Barboza; Facilitadores e barreiras percebidas para a prática de atividade física por pessoas com deficiência motora. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbce/v37n3/0101-3289-rbce-37-03-0214.pdf. Acessadoem: 17/10/2018 SOUZA, Aline Cristina; A participação de indivíduos com lesão medular em atividades físicas e esportivas. Uma revisão de literatura sobre barreiras e facilitadores. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd131/a-participacao-de- individuos-com-lesao-medular-em-atividades-fisicas.html . Acessado em 17/10/2018 http://www.revista.cbce.org.br/index.php/RBCE/article/viewFile/236/238 http://www.scielo.br/pdf/rbefe/v27n4/aop_1013.pdf http://www.scielo.br/pdf/rbce/v37n3/0101-3289-rbce-37-03-0214.pdf http://www.efdeportes.com/efd131/a-participacao-de-individuos-com-lesao-medular-em-atividades-fisicas.html http://www.efdeportes.com/efd131/a-participacao-de-individuos-com-lesao-medular-em-atividades-fisicas.html