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Imprimir INTRODUÇÃO Como já estudado em aulas anteriores, os indicadores necessitam de base de dados, dados, informação e conhecimento do ambiente. Agora entenderemos o que são esses termos e para que usamos cada um deles; saberemos como construir uma base de dados e como alimentá-la; conheceremos também as ferramentas existentes e as mais utilizadas para a construção de indicadores. Além disso, vamos conhecer, nesta unidade, algumas ferramentas comerciais e outras livres, também conhecidas como free, que são essenciais para uma boa gestão de indicador. É importante que você conheça essas ferramentas para saber como e quando usá-las. CONSTRUÇÃO DE BASES INDIVIDUAIS E INSTITUCIONAIS A partir de agora, vamos nos aprofundar um pouco mais nos indicadores para aprendermos como construir a base de dados e como fazer a extração dos indicadores. Porém, antes de mais nada, precisamos compreender o que é uma base de dados, pois, sem isso, não poderemos avançar nos estudos. Uma base de dados é o conjunto de dados relacionais que podem conter informações essenciais para determinada organização, ou seja, elas podem conter dados pessoais, organizacionais, comerciais, �nanceiros, entre outros. Para construirmos nossos indicadores, podemos tanto usar bases existentes na organização quanto criar bases próprias para o �m desejado; no entanto, as bases existentes nas empresas alimentadas por meio dos seus sistemas de gestão tendem a ser as melhores fontes para geração dos indicadores, porque normalmente terão dados mais atualizados e com menor risco de erros. As bases de dados podem vir dos sistemas utilizados pela organização e são normalmente administradas por SGBD (Sistema de Gerenciamento de Dados). Esses sistemas têm recursos que podem proteger os dados, evitar sua duplicação e até sua exclusão, a depender da estratégia adotada pela empresa na construção dos seus sistemas. Aula 1 MODELAGEM DOS INDICADORES Vamos conhecer, nesta unidade, algumas ferramentas comerciais e outras livres, também conhecidas como free, que são essenciais para uma boa gestão de indicador. 25 minutos MENSURAÇÃO DE DESEMPENHO Aula 1 - Modelagem dos indicadores Aula 2 - Principais ferramentas Aula 3 - Recursos tecnológicos para se alcançar os objetivos Aula 4 - Indicador na prática Referências 115 minutos Vejamos os principais SGBDs: existem diversos sistemas no mercado, alguns gratuitos e outros licenciados, mas os mais usados são: PostgreSQL (free), MySQL (free), MSSQL Server (gratuito e pago) e Oracle (pago) (DB- ENGINES, c2022). Os SGBDs anteriormente mencionados são os mais usados e, dentre eles, há alguns gratuitos e outros pagos. É fato que, no caso do sistema pago, haverá mais recursos e capacidades, por exemplo: o MSSQL Server da Microsoft, na versão gratuita, apresenta limite no tamanho do banco de dados e não disponibiliza alguns recursos de segurança. No entanto, é válido pontuar que, mesmo sem recursos e com a limitação de tamanho, ele pode ser bem utilizado para bases de indicadores. Ainda, é necessário frisar que a construção das bases requererá certo conhecimento nesses SGBDs, motivo pelo qual, muitas vezes, outras ferramentas são usadas, como os editores de planilhas, que apresentam algumas opções no mercado. Para nosso estudo, selecionamos o Excel, da Microsoft. O Excel é um editor de planilha que nos oferece diversos recursos para a construção da base de dados e para a extração dos indicadores. Nele podemos montar nossa base e, a partir dela, construir nossos grá�cos e tabelas dinâmicas. Além disso, o Excel também permite realizar conexões com SGBDs e trabalhar com os dados em grá�cos e tabelas. Compreendidas as ferramentas, vamos veri�car como construir nossa base de dados. A construção se inicia com a de�nição dos dados a serem armazenados, então cria-se o campo para ser alimentado. No caso da planilha eletrônica, cria-se o cabeçalho com o rótulo dos dados e, posteriormente, ela deve ser alimentada com dados nas linhas que se seguem. Um ponto de diferença entre o SGBD e o editor de planilha é que, nesta, é preciso salvar a planilha com os dados, naquele, o dado é inserido e armazenado sem precisar salvar. Entendidas as diferenças entre as ferramentas que podemos usar na construção da base de dados, vamos discorrer, a seguir, sobre a �nalidade dela. Mais informações sobre comparação entre SGBDs e planilhas podem ser consultadas em Microsoft ([s. d.]). FINALIDADE DE UMA BASE DE DADOS A �nalidade das bases de dados não se resume apenas a gerar indicadores, pois elas não existem especi�camente para essa atividade. Porém, não é possível construir indicadores sem uma base de dados, já que é nela em que estarão as informações necessárias para que sejam feitos os indicadores e é ela que nos fornecerá as condições para os analisarmos. Se a base estiver construída no editor de planilha, você poderá ter a informação no mesmo lugar em que estará seu grá�co ou tabela dinâmica, o que não é tão simples quando se usa um SGBD, pois, com os SGBDs, é necessário ter outro programa que se conecte à base de dados e apresente as informações na forma desejada. A base de dados tem como principal �nalidade guardar os dados para que possam ser acessados a qualquer momento, além de permitir a criação de uma visão temporal dos dados. Dessa forma, é possível realizar comparações entre períodos distintos de uma mesma informação, como a de um volume de vendas de uma empresa no intervalo que desejarmos, desde que as informações estejam na base de dados. Por esse motivo, além da segurança oferecida, o SGBD acaba sendo uma opção mais interessante, pois manter um volume de dados muito grande em editor de planilha, apesar de possível, pode não ser tão e�caz. Quando se usa um SGBD, é possível criar relacionamentos entre os dados existentes em tabelas distintas, como uma tabela de vendas para um cliente cadastrado; assim, você pode visualizar as compras realizadas por ele ao longo do tempo. Nesse caso, é necessário ter um conhecimento mais aprofundado de banco de dados e programação, mas, de toda forma, essas demandas podem ser direcionadas para o pessoal de TI e você apenas consumirá o resultado desse trabalho por meio de alguma ferramenta de apresentação dos dados. Um dos objetivos primordiais de um SGBD é a manutenção da integridade de dados sob seu controle. Dizer que os dados de um banco de dados estão íntegros signi�ca dizer que eles re�etem corretamente a realidade representada pelo banco de dados e que são consistentes entre si. Para tentar garantir a integridade de um banco de dados, os SGBDs oferecem o mecanismo de restrição de integridade. Uma restrição de integridade é uma regra de consistência de dados que é garantida pelo próprio SGBD. — (HEUSER, 2009, p. 127) Nas planilhas, há também recursos para construção de relacionamento, assim como no SGBD, contudo existem limitações, por isso é necessário conhecer um pouco de fórmulas aplicadas no editor usado. Talvez você não saiba, mas os editores de planilhas permitem criar fórmulas diversas, capazes de realizar cálculos aritméticos, �nanceiros e outros; o editor também permite fazer a concatenação de dados por meio de fórmulas. Apesar de menos robusto em relação ao SGBD, os editores de planilha também oferecem muitos recursos, que facilitarão a construção de sua base e dos indicadores, serão mais fáceis de usar e, com isso, tornarão o trabalho mais acessível e ágil, sendo necessário um esforço menor na compreensão e na aplicação dos conhecimentos adquiridos. Com eles você também não necessitará de software externo para apresentar seu indicador com a qualidade desejada e com uma fácil compreensão. DADOS VERSUS INFORMAÇÃO PARA A BASE DE DADOS Agora é hora de falarmos sobre os dados e as informações para alimentar nossa base de dados. A partir de agora vamos entender como obter e como extrair os dados e vamos especi�car a diferença entre dado e informação. Primeiramente, precisamos diferenciardado de informação. Apesar de, muitas vezes, serem termos que se confundem, dados e informações são diferentes entre si em decorrência do que cada um oferece: dado é um elemento solto que, sozinho, não é capaz de ter representatividade ou agregar conhecimento sobre alguém ou alguma coisa. Dessa forma, o dado é qualquer fragmento de um conjunto de dados que, juntos, formam a informação. Compreendido o que é dado, vamos de�nir a informação: trata-se de um conjunto de dados relacionais que, juntos, podem trazer conhecimento sobre fatos, objetos ou pessoas. Um exemplo de informação é falarmos que o Brasil teve 38 presidentes, dos quais 37 foram homens e apenas uma foi mulher; com isso, temos um conjunto de dados que formaram, para nós, uma informação. Se tivéssemos acesso apenas às expressões “mulher” e “38”, teríamos dados que não nos diriam nada, ou seja, não teríamos informação; ao concatenarmos os dados presidente, Brasil, gênero e os números, conseguimos ter uma informação que pode ser trabalhada e usada em um possível indicador. Quando olhamos para a construção de uma base de dados, podemos estruturar uma base conforme o Quadro 1. Quadro 1 | Modelo de estrutura de dados CARGO PAÍS MASCULINO FEMININO Presidente Brasil 37 1 Presidente Estados Unidos 46 0 Fonte: elaborado pelo autor. Na tabela anterior, ilustramos as informações sobre os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos, isto é, demonstramos quantos presidentes de cada sexo esses países tiveram. Veja que essas informações só �zeram sentido estando juntas, pois, se tivéssemos apenas os números 37 e 46, teríamos dados aleatórios que não agregariam informação. Sendo assim, podemos a�rmar que informação é o conjunto de dados que nos traz conhecimento de algo que pode ser relevante para o momento. E, mesmo que a informação não seja relevante no momento em que é obtida, se ela traz conhecimento sobre algum fato ou pessoa, é uma informação. [...] menor representação convencional e fundamental de uma informação (fato, noção, objeto, nome próprio, número, estatística, etc.) sob forma analógica ou digital passível de ser submetida a processamento manual ou automático. Em sentido mais amplo, toda a informação quanti�cável (números, letras, grá�cos, imagens, sons ou outra combinação desses tipos). — (CUNHA, 2008, p.112 e 113) Como falamos bastante sobre dados e informação, é importante destacarmos que o Brasil possui uma legislação especí�ca para tratar da captura, do armazenamento e do uso de dados de pessoa natural. Por esse motivo, você precisa conhecer a legislação e a autorização para uso de dados que envolvam pessoas tanto internas como externas às empresas, tais como clientes e fornecedores. Para que você saiba o que pode e o que não pode reter com relação aos dados, pesquise a Lei Geral de Proteção de Dados ( Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018). VÍDEO RESUMO Caro aluno, vamos agora ao nosso vídeo, a partir do qual poderemos discorrer sobre esta disciplina de forma mais aprofundada. Nele serão abordadas as ferramentas de banco de dados e haverá uma explanação sobre as diferenças entre dados e informação, com a qual você será capaz de entender quando se tem dados apenas e quando eles se tornam informação. Indicadores são os maiores aliados do gestor, por isso vamos explorar essa ferramenta. Saiba mais Estudante, você verá, a seguir, uma dica para aprimorar o que aprendeu; mas lembre-se de que conhecimento só é aperfeiçoado quando você se aprofunda na leitura e nos estudos. Livro: Banco de dados – Teoria e desenvolvimento, de William Pereira Alves Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. INTRODUÇÃO Nesta aula daremos continuidade ao aprendizado sobre as ferramentas, falaremos sobre estrutura de tabelas e grá�cos, buscaremos entender os conceitos e como aplicá-los em tabelas como simples estrutura de dados, aprenderemos sobre as tabelas dinâmicas, veremos a estrutura dos grá�cos e, por �m, estudaremos em que situação devemos aplicar cada um desses recursos. Nesta aula também trataremos um pouco das ferramentas de mercado, veremos como e onde podemos encontrá-las. Por �m, nesta aula trabalharemos na construção de uma meta e de um objetivo, que deverão estar baseados em dados reais e públicos. Dessa forma, seremos capazes de trabalhar com um cenário real. ESTRUTURAS DE TABELAS E GRÁFICOS Vamos agora conhecer um pouco mais sobre os conceitos de planilhas (tabelas) e grá�cos. Antes, precisamos conhecer a �nalidade das planilhas e sua estrutura, pois, a partir desse entendimento, poderemos aprofundar-nos nos demais elementos desta aula. Segundo Alexander (2018, p. 12): “O principal atributo de um relatório é que ele não leva o leitor a uma conclusão prede�nida [...]”. Ou seja, embora os painéis e relatórios do Excel possam trazer análises ou grá�cos, o usuário é livre para obter suas próprias análises e interpretações. Aula 2 PRINCIPAIS FERRAMENTAS Nesta aula também trataremos um pouco das ferramentas de mercado, veremos como e onde podemos encontrá-las. 27 minutos As planilhas eletrônicas têm por objetivo manter o dado guardado e acessível a qualquer tempo e por quem tiver o devido acesso. A restrição de acesso a elas pode ser feita de forma segura, pois podem ser aplicadas algumas camadas de segurança, que vão desde o acesso do computador onde elas estão armazenadas, até restrição da pasta ou disco onde elas estão gravadas e das próprias planilhas, onde existem recursos de restrição de acesso. Vejamos a estrutura e a nomenclatura da planilha. Neste momento não focaremos em nenhuma ferramenta especí�ca, a�nal existem diversas no mercado e cada organização pode optar por aquela que mais atende suas necessidades; de toda forma, o conceito e a nomenclatura são os mesmos independentemente da ferramenta, pois o que vai diferenciá-los, na verdade, é a construção de fórmulas, mas esse não é nosso objetivo agora. Na Figura 1, podemos observar a estrutura de uma planilha ou tabela, que independe do programa usado, pois será sempre a mesma. Figura 1 | Apresentação da estrutura da tabela Fonte: captura de tela do Microsoft O�ce Excel. Observe que, na parte superior da planilha, temos uma sequência de letras, que são chamadas de colunas da planilha. Então se alguém lhe pedir para veri�car a coluna “P”, você olhará nesse cabeçalho e encontrará a coluna. Da mesma forma, se você observar do lado esquerdo, verá uma sequência numérica, que diz respeito às linhas da planilha. Da mesma forma que no caso da coluna, se alguém lhe pedir para ir à linha 20, você deverá descer até esse número para encontrar a linha 20. Vimos que não é difícil entender esses conceitos, porém, para trabalharmos com os grá�cos ou tabelas dinâmicas, precisamos conhecer mais um elemento dessa planilha, que é a intersecção da coluna com a linha, cujo nome é célula. Para melhor entendimento e para facilitar a elaboração das interações, essas células são nomeadas conforme a intersecção que ela faz, por exemplo, se precisarmos trabalhar com o dado existente na coluna “D” e linha “6”, saberemos que a célula a ser analisada é a “D6”. Com isso percebemos que entender esse conceito é muito importante para trabalhar com fórmulas, tabelas dinâmicas e grá�cos. Figura 2 | Apresentação da estrutura do grá�co Fonte: elaborada pelo autor. Na Figura 2, podemos observar um grá�co e uma planilha, a partir da qual foi gerado o grá�co. Nessa �gura é possível ver os nomes alinhados abaixo das barras com as idades, para nosso estudo, focaremos nos elementos do grá�co e não nos dados em si, assim observaremos que há, na parte superior, a informação “título do grá�co”, que nos ajuda a entender de imediato o que se apresenta no grá�co e que pode ser alterado para ser mais efetivo na apresentação. Veja também que temos os elementos nomes e idades, que são o eixo e a série de dados, respectivamente. É possível haver outros elementos no grá�co a depender da composição, mas isso veremos mais à frente.FERRAMENTAS COMERCIAIS Conforme falamos anteriormente, existem diversas ferramentas no mercado para auxiliar na elaboração de grá�cos, que normalmente são usados para apresentar indicadores. Agora conheceremos um pouco as principais ferramentas existentes e em que elas se diferem. Dentre as ferramentas, a mais conhecida é o Microsoft Excel, que, até bem pouco tempo, era o mais usado em razão de ser o mais simples, além de ter mais treinamentos no mercado. Contudo, essa liderança de mercado vem sendo ameaçada por outras alternativas que são livres de licenças e podem ser acessadas de forma on- line, por exemplo o Google Doc – Planilha. Além dele, existem outros menos populares, mas que vêm crescendo no mercado por razões diversas. Adiante mostraremos os principais: Excel: mais popular e de fácil aprendizado, o principal fator desfavorável é não haver uma versão gratuita, que permite o uso por qualquer pessoa. Apesar de a Microsoft ter ampliado seu modelo de licenciamento, incluindo uma licença para estudantes, ainda assim seu custo pode ser muito alto para diversas pessoas. Google Doc: como é de conhecimento global, o Google vem crescendo a cada dia e entrando em diversos mercados da tecnologia. Os dois grandes diferenciais do Google Doc é que ele está disponível on-line, podendo ser acessado de qualquer dispositivo, desde um notebook até um tablet ou celular, e, o melhor de tudo, a custo zero, mas, se preferir, existe também a versão paga, que trará outros recursos, dentre os quais o principal é o espaço em nuvem, que pode ser ilimitado a depender da licença contratada. LibreO�ce: outra opção é o LibreO�ce, cujos principais diferenciais são o fato de ser gratuito e de código aberto, ou seja, um desenvolvedor com conhecimento em C++, Java e Python pode efetuar alterações na sua versão de sistema, porém sua interface não é muito amigável e seu uso acaba sendo menos simpli�cado que do Google Doc e do Excel. OpenO�ce: assim como o LibreO�ce, o OpenO�ce tem código aberto, ou seja, pode ser alterado conforme a necessidade. Ele também é gratuito, mas, assim como o LibreO�ce, não é muito amigável e intuitivo. FreeO�ce: outra opção é o FreeO�ce, que apresenta as mesmas características do LibreO�ce e do OpenO�ce: não tem necessidade de licença e não é muito intuitivo e amigável, o que leva as pessoas a não o procurarem tanto. Em resumo, ainda hoje o Excel tem boa frente no mercado, mas vem perdendo espaço para o Google Doc. Houve um tempo em que os órgãos públicos iniciaram uma onda de migração para o OpenO�ce e para o LibreO�ce em razão de serem gratuitos, com isso se buscava economizar o gasto do dinheiro público, que chegava à casa dos milhares de reais só em licenciamento de softwares. METAS E OBJETIVOS Agora que conhecemos mais sobre as estruturas de tabelas e grá�cos e sobre as ferramentas de mercado, vamos agora tratar do conceito de metas e objetivos. Segundo Markus Hofrichter ([2020, p. 5]): “Uma Meta é caminho ou passo a passo para se chegar a um objetivo [...]”. Para o exercício de construção da meta e do objetivo, vamos trabalhar com números reais disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa e Estatística Aplicada (IPEA), o Indicador Ipea de In�ação por Faixa de Renda de junho de 2022, a partir do qual veremos a in�ação anual de 2006 a 2022. Trabalharemos com duas faixas de renda para comparação do impacto da in�ação e, para cada faixa e a partir dessa comparação, estabeleceremos nossa meta. Antes de iniciarmos, vamos de�nir o que são metas e objetivos. Esses dois termos são muito próximos e muitas vezes se confundem, mas, de maneira geral, podemos dizer que o objetivo é o que se quer alcançar e a meta é como alcançar o objetivo; em termos práticos, é como dizer que viajaremos para a Grécia no �nal do ano (que é o objetivo). A partir desse objetivo, de�nimos que não iremos de avião com desembarque em Atenas, capital da Grécia, mas decidimos fazer um cruzeiro, com o qual passaremos por várias ilhas e países antes de chegarmos à Atenas (que seria nossa meta). Veja que objetivo é o que se deseja alcançar e a meta é como. Compreendida a diferença e a relação entre esses dois conceitos, vamos ao nosso trabalho. Figura 3 | Grá�co com série histórica da in�ação no Brasil Fonte: elaborada pelo autor. No grá�co da Figura 3, estamos analisando o impacto da in�ação na classe de renda muito baixa em comparação com a classe de renda alta. A partir disso, observe que, praticamente em todos os anos, a in�ação foi mais impactante para pessoas de renda muito baixa; podemos observar que, nos anos de 2015 e 2021, a classe de renda muito baixa teve in�ação extremamente alta para os padrões registrados nos demais anos, de forma que nosso objetivo é trabalhar para termos a classe de renda muito baixa menos impactada, com a in�ação em 5,83%, que é a média do intervalo apurado. No grá�co a seguir, vamos apresentar nossa meta, que é monitorar o índice mês a mês, para que possa haver ação do poder público no sentido de equalizar esse desvio nos meses que se seguem. Figura 4 | Grá�co série da in�ação para renda muito baixa em 2022 Fonte: elaborada pelo autor. Como forma de garantir a execução da meta, foi construído um grá�co mensal para o ano de 2022. Vejamos que, no grá�co da Figura 4, é apresentada a in�ação mês a mês, em colunas, e que existe uma linha de meta cujo objetivo é manter a classe de renda muito baixa no limite de 5,83%. No período apurado, vemos que não existe a necessidade de ações especí�cas para garantir o objetivo, contudo, ao longo dos meses subsequentes, pode haver desvios e, então, a indicação de ações do poder público, o que pode levar à liberação de benefícios como: auxílios sociais, saques do FGTS, entre outras ações do governo que desonerem a classe especi�cada. VÍDEO RESUMO Caro aluno, até aqui você aprendeu bastante sobre a estrutura das tabelas e dos grá�cos, foi apresentado a algumas das principais ferramentas de mercado, entendeu o que é ferramenta livre e de código aberto, por �m aprendeu sobre a construção de metas e objetivos, o que o ajudará a colocar em prática o conhecimento adquirido. Neste vídeo, vamos explorar um pouco mais esse assunto. Saiba mais Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. Estudante, com o conteúdo indicado a seguir, você encontrará algumas dicas para aprimorar o que aprendeu. Lembre-se de que conhecimento é aprimorado quando você busca aprofundar-se nos estudos. Por isso, acesse: MICROSOFT. Treinamento em vídeo do Excel. Microsoft, [S. l.], c2022. INTRODUÇÃO Nesta aula vamos falar sobre metas, objetivos e resultados, além de melhorias contínuas. Conheceremos também mais uma ferramenta de gestão para nos ajudar com relação à melhoria de nossos indicadores e teremos uma visão do Ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Act), que se trata de um método de gestão cujo objetivo é a melhoria contínua. Deste momento em diante, vamos falar mais de gestão e menos de ferramentas, por isso é importante que você tenha absorvido os conhecimentos sobre as ferramentas para praticar o que for pedido ao longo desta aula e das demais que virão. COMPARTILHAMENTO DE METAS E OBJETIVOS Chegamos a um momento bastante importante da nossa jornada com indicadores, pois é agora que vamos entender como apresentar aos stakeholders nossos indicadores em forma de metas e objetivos. Portanto, esta é a hora de encantar quem patrocinará ou operará as ações necessárias para alcançarmos o resultado desejado. Lembre-se de que os objetivos sempre devem estar alinhados com a missão da organização, caso contrário eles não prosperarão. Por mais excelentes que sejam, no nosso ponto de vista, se os indicadores não estiverem casados com a missão e a visão da organização, poderemos estar remando para lados opostos, o que levará à não aceitação das pessoas que realmente tomam as decisões. Diante desse contexto, precisamos entender o que são a visão, a missão e o valor de uma organização, porque, sem entendero que são esses termos, não é possível manter o alinhamento do que estamos estudando. Missão: com a missão, a organização de�ne onde deseja se posicionar no mercado; ela deixa explícito para onde está indo, como se fosse um avião que parte de uma cidade A para uma cidade B, situação em que a missão é chegar na cidade B. Tendo em mente essa analogia, pode-se dizer que a missão é onde a empresa deseja se posicionar, por exemplo, uma organização de venda de carros pode ter como missão ter uma loja em cada capital do país, tornando-se, assim, a única presente em todo território nacional. Quando ela alcançar esse objetivo, poderá mudar sua missão, almejando ter uma loja em cada cidade onde exista pelo menos uma loja de carros. Dessa forma, podemos observar que a missão é mutável ao longo do tempo. “A missão pode ser de�nida formal ou escrita, para que funcione como um lembrete periódico a �m de que os funcionários saibam para onde e como conduzir o negócio” (CHIAVENATO, 2005, p. 63). Valor: o valor de uma organização não está ligado a seu valor �nanceiro frente ao mercado, mas a conceitos ligados à moral e à ética, lembrando que, no geral, os conceitos moral e ético podem ter variações conforme a sociedade com a qual se está trabalhando, por exemplo: religiões distintas podem ter valores distintos, por mais que alguns valores sejam comuns. No caso do valor nas organizações, o valor se pautará em questões comuns ao mercado, mas pode haver outros que diferem de seus concorrentes, como uma loja de carros que pode ter como valor vender seus veículos dentro de um ganho coerente e não exacerbado. O valor dessa Aula 3 RECURSOS TECNOLÓGICOS PARA SE ALCANÇAR OS OBJETIVOS Nesta aula vamos falar sobre metas, objetivos e resultados, além de melhorias contínuas. 29 minutos https://support.microsoft.com/pt-br/office/treinamento-em-v%C3%ADdeo-do-excel-9bc05390-e94c-46af-a5b3-d7c22f6990bb empresa poderia estar escrito da seguinte forma: “Vender nossos veículos a nossos clientes para que eles saiam com seu sonho realizado e não com dívidas a lhes perturbar o sono. Nosso valor é vender com a menor margem possível para satisfazer o cliente e mantê-lo encantado”. Visão: a visão está atrelada à missão, pois nela está disposto o caminho que se deseja trilhar para alcançar o destino. Com isso, a visão permeia as ações que a organização adotará para chegar a sua missão. Da mesma maneira que �zemos com a missão e o valor, vamos escrever o que seria a visão do exemplo da loja de carros: sua visão é se fazer presente em cada capital do país em cinco anos e, ao �nal de dez, é estar presente em todas as cidades com lojas de veículos no país. Agora é hora de conhecer a missão, a visão e o valor da sua organização, para, só depois, você traçar metas e objetivos. COMPARTILHAMENTO DE RESULTADOS ALCANÇADOS Agora que já alinhamos nossos objetivos e metas com os valores, a missão e a visão da organização e já conseguimos vender aos stakeholders o que consideramos importante, é hora de montarmos o material a ser trabalhado. Para isso, precisamos montar nossas planilhas, grá�cos e bancos de dados e, a partir da construção das estruturas, precisamos estabelecer a forma de alimentação dessas bases, a frequência com que esses dados serão atualizados, quem revisará as informações e com que frequência. É importante lembrar que é necessário ter informações íntegras e que re�itam a realidade, pois informações com divergências ou dados sem integridade são extremamente prejudiciais para o projeto. Vamos, então, diferenciar dado íntegro e divergência de dados: Dado íntegro: é quando existe um padrão a ser seguido, por exemplo: em uma base em que se espera a entrada de dados do tipo nacionalidade, sabemos que ela espera valores como brasileira ou estrangeira. Sempre que esses valores forem inseridos, teremos dados íntegros; se, por algum motivo, forem lançados dados diferentes desses, teremos dados não íntegros. “[...] integridade de dados é o registro e gestão acurados, completos e consistentes de um dado ou informação. Esse registro pode ser em papel ou em um sistema informatizado” (CALIXTO, 2017, p. 3). Divergência de dados: é quando o número de informações existentes na base diverge do que certamente deveria estar lá. Nesse caso, informações são lançadas a mais ou a menos, o que lhes tira a con�abilidade. Compreendidas essas duas condicionantes a serem analisadas, de�ne-se o responsável para inspecionar essas informações e a frequência com que isso deve ser feito. A partir desse ponto é que se deve construir a apresentação. É importante ter em mente que ela deve ter leiaute limpo e de rápida compreensão, pois, assim, não será necessário que os interlocutores �quem questionando as informações por não entenderem sua disposição na apresentação. Além disso, é importante que haja uma introdução; que o apresentador conheça cada dado da apresentação, para ter a capacidade de responder prontamente cada questionamento que possa surgir; e que, no início da apresentação, o objetivo do trabalho esteja bem claro. Na primeira apresentação, devem ser demonstrados os números e, ao término dela, pode-se falar um pouco mais sobre os objetivos do trabalho. Se existirem modelos de referências, que venham até de outras empresas, pode-se apresentá-los para mostrar que houve uma pesquisa de mercado e um aprofundamento do conhecimento antes de se chegar até aquele momento. Como o objetivo é ter recorrência do trabalho, ao longo das apresentações é importante atualizar as informações, bem como os grá�cos e demais recursos utilizados. No �nal da apresentação, é importante revelar o estado inicial e o estado atual do indicador. Se for possível, é importante mostrar um grá�co em linha do tempo, com o intuito de deixar mais claro para os participantes e de permitir que avaliem por si mesmos a evolução a partir do esforço empregado. Por �m, faça uma apresentação para encantar. Apresentações com boa leitura e boa visualização têm maior capacidade de prender a atenção das pessoas e, consequentemente, trazer bons apoios ao trabalho. Para isso, a sugestão é usar uma ferramenta de apresentação em slides, visto que são mais atrativas ao olhar de quem assiste. Por �m, lembre-se de que é sua propaganda que está sendo feita. MELHORIAS CONTÍNUAS Agora é hora de trabalharmos na garantia da continuidade do nosso indicador. À medida que ele vem sendo trabalhado e apresentado, vai se tornando um bem da organização e, certamente, passará a �car diante dos holofotes, por isso é importante que o trabalho seja contínuo e que sempre se executem melhorias nos modelos de coletas, na análise dos dados e mesmo na apresentação. Se for possível, é importante também mostrar como o indicador pode ser ofertado como ferramenta de ajuda para outras áreas da organização, fazendo com que ele permaneça vivo para a empresa. Para isso, podemos usar a ferramenta PDCA (derivada do inglês Plan - Do - Check - Act), que foi difundida pelo Dr. W. Edwards Deming, considerado o pai da gestão de qualidade. O PDCA é baseado no conceito desenvolvido por Francis Bacon, o método cientí�co Novum Organum, publicado em 1620, que foi trazido para os tempos atuais na estrutura do PDCA, a qual veremos à frente. O PDCA é uma ferramenta baseada em um �uxo contínuo, que passa por quatro etapas e que só está completo após passar por todas elas. Contudo, estar completo não signi�ca se encerrar, pois, apesar de concluído (ou seja, embora tenha passado pelas quatro etapas), o �uxo só se encerra, de fato, quando um processo ou serviço deixa de existir; caso contrário, será um loop contínuo. “[...] Deming se dedicou ao aperfeiçoamento e aplicação prática de suas concepções. E com isto desenvolveu uma das bases mais solidi�cadas e utilizadas até os dias de hoje, no que se diz respeito a ‘QUALIDADE’. O ciclo PDCA, ou ciclo Deming” (CAMARGO, 2011, p. 16). Planejar (P): nesta etapa é feita toda a concepção do processo, são de�nidas metas, objetivos epotenciais ofensores. Quando o ciclo se conclui e retorna para a etapa de planejamento, é hora de veri�car as oportunidades de melhorias e aplicar novas ações e decisões; lembrando que ela é uma ação cíclica, ou seja, não terá um �m. Executar (D): nesta etapa é feita a implementação daquilo que foi planejado; é quando as pessoas são orientadas, os serviços são acionados e as entregas começam a ser feitas; esta etapa passará sempre pelo �uxo e poderá haver ajustes conforme o planejamento. Veri�car (C): nesta etapa faz-se a veri�cação da execução realizada no processo anterior. Aqui deve ser veri�cado se o que foi desenhado na etapa de planejamento está sendo executado a contento; portanto, toda vez que o �uxo girar e houver alterações no planejamento, é necessário que haja o compartilhamento das alterações com quem vai executar e também com quem vai fazer as aferições. Esse compartilhamento deve estar disposto em um documento de acesso coletivo, de forma que as atualizações chegarão a todos ao mesmo tempo. Agir (A): nesta etapa são feitas as correções nas divergências entre o planejado e o executado. Neste momento, todas as correções que se �zerem necessárias serão dispostas com indicação do local onde o erro ocorreu e qual erro foi observado. Dessa maneira, ao reiniciar o ciclo, as correções já estarão disponíveis. Veja que, nesta etapa, os documentos do planejamento e da veri�cação precisam estar disponíveis e que deve ser gerado um documento com orientações para o novo planejamento e assim por diante. Figura 1 | Modelo do �uxo do PDCA Fonte: Shutterstock. VÍDEO RESUMO Caro aluno, nesta aula vimos novos conceitos e uma nova metodologia, a do PDCA, que é essencial para realizar entregas dentro das expectativas das organizações e que poderá ser aplicada em sua trajetória pro�ssional. Além disso, vimos que uma boa apresentação faz toda a diferença. Então vamos falar um pouco mais sobre essas novas informações e como elas nos servirão no dia a dia. Saiba mais Estudante, com o material a seguir você conhecerá algumas dicas para aprimorar o que aprendeu. Lembre-se de que conhecimento é aprimorado quando você busca aprofundar-se na leitura e nos estudos. Leia: MACHADO, S. S. Gestão da Qualidade. Inhumas: Instituto Federal de Educação, Ciência e tecnologia, 2012. Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. INTRODUÇÃO Nesta aula colocaremos em prática tudo o que aprendemos até aqui: montaremos um indicador do zero, usando dados reais que darão uma visão das oportunidades existentes nas organizações; veremos que não importa o tamanho da organização, sempre existem oportunidades para trabalharmos com os números; falaremos sobre ferramentas com �nalidades especí�cas de apresentação de indicadores; e veremos como é possível ter bases de dados descasadas com a ferramenta de apresentação e ainda assim construir a apresentação. Nesta aula também falaremos de melhorias e estudaremos como identi�car as oportunidades de melhorias mesmo sem usar a metodologia PDCA. CONSTRUINDO OS PRIMEIROS INDICADORES Chegou a hora de exercitarmos nosso aprendizado, caro estudante, e, para isso, construiremos nossa base e nosso indicador. Para nosso trabalho de construção do indicador, usaremos dados da Petrobrás, que são públicos e estão disponíveis no sítio da Agência Nacional do Petróleo (ANP, 2022). Com esse indicador, buscaremos mostrar a variação de produção entre os estados e os produtos a partir dos dados de janeiro a março de 2022 e somente das produções de óleo e gás, que foram selecionados especi�camente para este trabalho. Com isso, analisaremos tanto cada produto separadamente quanto os dois produtos juntos. Vejamos a seguir primeiramente a produção de óleo e depois a de gás. Figura 1 | Produção de óleo da Petrobrás Fonte: elaborada pelo autor. Aula 4 INDICADOR NA PRÁTICA Nesta aula também falaremos de melhorias e estudaremos como identi�car as oportunidades de melhorias mesmo sem usar a metodologia PDCA. 24 minutos https://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/eixo_prd_industr/tec_acucar_alcool/161012_gest_qual.pdf Na Figura 1 temos a produção de óleo da Petrobrás de janeiro a março de 2022. A partir dela, podemos observar que a maior produção, em todos os meses, foi no Rio Grande do Norte, seguido pelo estado do Amazonas. Com essa informação, é possível realizar comparações com outros períodos para identi�car se as demais unidades federativas tiveram redução e, então, entrar com ações de melhorias. Figura 2 | Produção de gás da Petrobras Fonte: elaborada pelo autor. Dando sequência à elaboração do indicador e às análises, na Figura 2, podemos observar que o Amazonas foi, disparado, o estado com maior produção de gás, o que nos dá uma visão de quão rico em recursos o Amazonas pode ser. Logo, em uma análise mais criteriosa, é possível os gestores da Petrobrás planejarem o aumento da exploração naquele estado. Figura 3 | Combinação das produções de óleo e gás Fonte: elaborada pelo autor. Por �m, trazemos um grá�co com a sobreposição das produções de óleo e gás, no qual �ca ainda mais evidente o potencial produtivo do Amazonas. Com essas informações, os gestores têm uma visão mais clara e um poder de decisão maior. Como esses grá�cos foram gerados? A geração deles se deu através de uma tabela em Excel, na qual esses dados estavam dispostos. Com os grá�cos gerados, vamos analisar a planilha e ver como os obtivemos. Figura 4 | Tabela de base dos grá�cos Fonte: captura de tela de ANP (2022). Na Figura 4, podemos observar que existem diversas linhas (lembrando que linhas são os números laterais da planilha), as quais estão com o estado de Alagoas na coluna “C”, cujo título é “Estado”. Ao aplicar o recurso de grá�co ou de tabela dinâmica, os dados são agrupados, retornando a informação também agrupada. Por esse motivo é importante que todas as informações inseridas nas bases de dados tenham seus lançamentos corretos; um lançamento com o estado errado, seja faltando uma letra, por exemplo, já poderia impactar na visão do resultado daquele estado. É recomendável agora que você busque exercitar os conceitos aqui aprendidos na elaboração de bases e em criação de grá�cos. DESAFIANDO-SE A IDENTIFICAR PONTOS DE MELHORIAS Agora é hora de exercitar sua capacidade analítica e crítica, para, a partir dessas análises, poder identi�car as oportunidades, que podem ser diferentes em cenários similares em razão da missão, da visão e do valor da organização. Então, por mais que você identi�que alguma não conformidade para seus padrões, pode ser que, aos padrões das pessoas ou da organização, eles sejam aceitáveis, portanto, em sua análise crítica, deve ser levada em consideração: a visão, a missão e o valor da organização, porque, no cenário corporativo, os valores organizacionais tendem a prevalecer e, em casos excepcionais, as organizações podem considerar valores religiosos ou culturais, mas não é sempre que isso pode acontecer. Quando identi�car oportunidades de melhorias, é importante testar seu entendimento com a missão, a visão e o valor da organização, veri�cando se estão aderentes, e com outros colaboradores. Uma vez que a oportunidade identi�cada esteja alinhada com as diretrizes da organização e que sua análise esteja em concordância com o pensamento de outros colaboradores, chegou a hora de levar a informação aos superiores para conseguir aplicar a melhoria. Perceba que um ponto de grande relevância para qualquer organização é quanto a mudança custará e qual é o ganho real que ela trará para a organização. Nesse caso, faz-se necessário ter em mãos um estudo prévio do impacto que pode haver com a melhoria e quanto custará, além do tempo necessário para concluir a implementação do que foi proposto. As melhorias podem ocorrer de diversas formas, contudo, para conseguir o patrocínio para a proposta, seu foco deve estar em mudanças no departamento, na área de atuação ou mesmo nas tarefas a que você esteja diretamenteligado, pois, geralmente, o sentimento das organizações é de resistência quando as mudanças propostas têm como autor e dono do projeto alguém de fora do departamento; nesse cenário, é natural também que os próprios colaboradores do departamento ofereçam resistência. Não é impossível realizar mudanças fora do departamento e da área de atuação do autor da proposta, mas a resistência será maior e, consequentemente, o esforço também. Entendidos os desa�os para estabelecer uma mudança, elencaremos os pontos importantes para aceitação de qualquer mudança proposta. Tendo como ponto de partida o PDCA, que estudamos na aula anterior, tente acompanhar o processo que se deseja mudar. Quando isso não for possível, é importante criar um documento que contenha o mapeamento do processo com os respectivos responsáveis; para isso, não é necessário colocar os nomes dos envolvidos, basta acrescentar os cargos, a frequência com que o processo é executado, o tempo que ele leva, qual o resultado esperado e qual o resultado que está sendo entregue. Após criar o documento com o mapeamento do processo, é importante realizar entrevistas com os envolvidos, momento em que se deve perguntar se a pessoa gosta do que está fazendo, o que ela gostaria de estar fazendo, o que ela vê de melhoria na sua rotina, o que ela vê de melhoria no processo como um todo, o que ela entende que está sendo feito errado e o porquê. Depois de apuradas, tratadas e organizadas as informações, é hora de testar os entendimentos provenientes dos colaboradores e de comparar com as informações mapeadas no processo; é hora também de montar um documento com as melhorias identi�cadas. É nesse momento que será necessário ter os elementos que trarão os impactos e os custos para apresentar aos interessados. ENCONTRANDO A MELHOR FERRAMENTA PARA A ELABORAÇÃO DE INDICADORES Até aqui falamos sobre bases de dados, planilhas, grá�cos e que os editores de planilhas nos permitem tanto armazenar os dados quanto gerar os grá�cos e as tabelas; mas, agora, vamos tratar um pouco mais de ferramentas que nos permitem montar apresentações pro�ssionais, que farão o resultado do trabalho ter uma receptividade melhor e um dinamismo para ajustes até durante a apresentação. Iniciemos, então, com os recursos que o Excel nos traz, os quais são fundamentais para muitas empresas e usuais no cotidiano pro�ssional. O recurso do Excel que vamos usar aqui é sua conexão com bancos de dados externos, que pode ser estabelecida até com outra planilha do próprio Excel ou com bancos de dados. Através desse recurso é possível trabalhar com dados em praticamente qualquer meio de armazenamento. Figura 5 | Ferramentas Excel Fonte: captura de tela do Microsoft O�ce Excel. Veja que, na barra de menu do Excel, existe um menu chamado “Dados”, no qual estão os recursos para acesso a dados externos. A partir dele, é possível acessar a base de dados da empresa desde que se tenham as permissões necessárias no banco de dados. Veja na Figura 6 o recurso “Obter Dado”, que está expandido. Com ele é possível obter dados dos mais variados meios e, a partir dessa conexão, é só montar a apresentação. Figura 6 | Menu Obter dados Fonte: captura de tela do Microsoft O�ce Excel. Outra ferramenta muito utilizada e que vem ganhando mercado é o Microsoft Power BI. Com a crescente demanda por tratamento de dados, atualmente se fala que o bem mais valioso que as empresas têm são os dados, motivo pelo qual surgiram pro�ssões especí�cas para esse �m, dentre as quais podemos citar: engenharia de dados, análise de dados e arquitetura de dados. Uma das principais ferramentas usadas por pro�ssionais que lidam com dados é o Power BI, que traz diversos recursos, além de permitir publicação on- line para que as pessoas possam acessar de onde estiverem, permitindo combinações de �ltros que �cam disponíveis para serem aplicados por quem possuir o acesso ao que foi gerado pelo Power BI. Trata-se de uma ferramenta que tem licenciamento liberado junto com outros produtos da Microsoft. “Segundo a Microsoft, Power BI é um conjunto de ferramentas de análise de negócio que fornece insights em toda organização” (SILVA, 2020, p. 5). Figura 7 | Visão do Power BI Fonte: captura de tela do Microsoft Power BI. Com o Power BI, suas apresentações relacionadas aos indicadores terão padrão pro�ssional sem muito esforço, visto que ele constrói praticamente sozinho a visualização dos grá�cos e indicadores. É fato que, através de um aprofundamento de conhecimentos, é possível tornar as apresentações ainda mais pro�ssionais e atrativas, mas, mesmo com pouco conhecimento da ferramenta, já se pode ter um trabalho bem elaborado. Por �m, observe, na Figura 7, que o Power BI nos permite acessar diversas fontes, desde arquivos do Excel até bancos de dados. A partir disso, é importante entender que o Power BI não tem um recurso, como o Excel, para construir tabelas: a ferramenta só trabalha com bases externas, por isso se trata de uma ferramenta para apresentação das análises de dados e não para seu armazenamento. VÍDEO RESUMO Caro aluno, você agora sabe o que precisa para fazer apresentações de indicadores que prenderão a atenção dos espectadores e que levarão seu trabalho a outro patamar; você também conhece agora como aplicar melhorias, como identi�car as oportunidades e como fazer para apresentar suas percepções para que as mudanças aconteçam, além de ter aprendido sobre novos recursos para suas apresentações de indicadores. Vamos agora falar sobre todos esses novos conhecimentos. Saiba mais Estudante, no portal Data Science Academy, você encontrará conteúdos gratuitos para se aprofundar mais no Power BI. Bons estudos! Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. Aula 1 ALVES, W. P. A. Banco de dados – Teoria e desenvolvimento. São José dos Campos: Editora Érica, 2009. CUNHA, M. B. de. Dicionário de biblioteconomia e arquivologia. Brasília: Briquet de Lemos, 2008. DB-ENGINES. DB-Engines Ranking. DB-Engines, [S. l.], c2022. Disponível em: https://db- engines.com/en/ranking/. Acesso em: 14 abr. 2022. HEUSER, C. A. Projeto de Banco de Dados. Porto Alegre: Bookman, 2008. REFERÊNCIAS 10 minutos https://www.datascienceacademy.com.br/cursosgratuitos https://db-engines.com/en/ranking/ https://db-engines.com/en/ranking/ Imagem de capa: Storyset e ShutterStock. MICROSOFT. Moções básicas do banco de dados. Microsoft, [S. l., s. d.]. Disponível em: https://support.microsoft.com/pt-br/o�ce/no%C3%A7%C3%B5es-b%C3%A1sicas-do-banco-de-dados- a849ac16-07c7-4a31-9948- 3c8c94a7c204#:~:text=A%20principal%20diferen%C3%A7a%20entre%20armazenar,para%20que%20n%C3%A 3o%20ocorram%20redund%C3%A2ncias. Acesso em: 14 abr. 2022. RAGSDALE. C. R. Modelagem de planilha e análise de decisão: uma introdução prática a business analytics. São Paulo: Cengage Learning, 2014 Aula 2 ALEXANDER, M. Painéis e Relatórios do Excel Para Leigos. Rio de Janeiro: Alta Books Editora, 2018. HOFRICHTER, M. Como criar metas e objetivos de forma correta. [S. l.]: Smart, [2020]. Disponível em: https://trechos.org/wp-content/uploads/2020/12/Como-de�nir-metas-e-objetivos-de-forma-correta-por- Markus-Hofrichter.pdf. Acesso em: 14 jul. 2022. LAMEIRAS, M. A. P. In�ação por faixa de renda – Maio/2022. Ipea, Rio de Janeiro, 14 jun.2022. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/index.php/category/in�acao/. Acesso em: 19 jun. 2022. MICROSOFT. Treinamento em vídeo do Excel. Microsoft, [S. l.], c2022. Disponível em: https://support.microsoft.com/pt-br/o�ce/treinamento-em-v%C3%ADdeo-do-excel-9bc05390-e94c-46af-a5b3- d7c22f6990bb. Acesso em: 8 jul. 2022. Aula 3 CALIXTO, J. Integridade de dados: Guia Sindusfarma para a Indústria Farmacêutica. São Paulo: SINDUSFARMA, 2017. E-book. CAMARGO, W. Controle de Qualidade Total. Curitiba: Instituto Federal do Paraná, 2011. CHIAVENATO, I. Comportamento organizacional: a dinâmica de sucesso das organizações. 2. ed. São Paulo: Campus, 2005. MACHADO,S. S. Gestão da Qualidade. 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