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Pet 2 Português 9 Ano


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PARA SABER MAIS: 
TEXTOeditorial. Toda Matéria. Disponívelem: <https://www.todamateria.com.br/texto-editorial/>. 
Acesso em: 29 mar. 2021. 
PET VOLUME 2 2021 – SEMANA 6 – 9º ANO 
 SEMANA 6 
 
 
PRÁTICAS DE LINGUAGEM: 
Leitura e interpretação de texto. 
OBJETO (S) DE CONHECIMENTO: 
Construção composicional. 
HABILIDADE(S): 
(EF69LP16) Analisar e utilizar as formas de composição dos gêneros jornalísticos da ordem do rela- 
tar, tais como notícias (pirâmide invertida no impresso X blocos noticiosos hipertextuais e hiper- 
midiáticos no digital, que também pode contar com imagens de vários tipos, vídeos, gravações de 
áudio etc.), da ordem do argumentar, tais como artigos de opinião e editorial (contextualização, 
defesa de tese/opinião e uso de argumentos) e das entrevistas: apresentação e contextualização 
do entrevistado e do tema, estrutura pergunta e resposta etc. 
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Composição dos gêneros jornalísticos narrativos e argumentativos, assim como de entrevistas. 
Relacionamento de formas de composição do gênero mencionadas na habilidade às especificida- 
des do campo de atuação em que circulam. 
INTERDISCIPLINARIDADE: 
Ciências Humanas e Sociais. 
 
TEMA: Editorial 
Prezado (a) estudante! 
Nesta semana, você vai ler e analisar um editorial, importante gênero argumentativo, encarregado de 
explicitar a posição de um veículo de comunicação. 
Uma boa semana e bom estudo! 
 
BREVE APRESENTAÇÃO 
 
O editorial é um gênero discursivo que tem a finalidade de manifestar a opinião de um jornal (ou 
algum órgão da imprensa) sobre acontecimento importante, geralmente polêmico, no cenário na- 
cional ou internacional. Não é assinado [normalmente], porque não deve ser associado a um ponto 
de vista individual. 
ABAURRE, Maria Luiza M.; ABAURRE, Maria Bernadete M. Produção de texto: interlocução e gêneros. 2. ed. São Paulo: 
Moderna, 2015. 
 
http://www.todamateria.com.br/texto-editorial/
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O sociólogo polaco Zygmunt Bauman, nascido em 1925, é considerado um dos grandes pensa- 
dores do século XX. Entre os estudos que ele realiza está a investigação sobre as sociedades 
ocidentais do período pós-guerras. Ele é o autor da noção de “sociedade líquida”, por oposição 
a “sociedade sólida”. Em seu livro Modernidade líquida, ele afirma que uma sociedade sólida é 
aquela em que as estruturas da organização social são construídas com base na coletividade 
e no bem comum; já a “sociedade líquida” é aquela em que as estruturas são baseadas em re- 
lações individuais, marcadas pelo consumo, com indivíduos focados na busca pela liberdade e 
pelo prazer individuais. As sociedades ocidentais do período pós-guerras seriam, segundo ele, 
sociedades líquidas. Assim, ele entende que uma vida líquida é aquela orientada pela busca do 
prazer efêmero. 
FONTE: Reprodução/www.fronteiras.com/entrevistas/zygmunt-bauman-a-educacao-deve-ser-pensada-durante-a-vida- 
inteira 
 ATIVIDADES 
No decorrer deste plano de estudo, vimos que a ideia do “Foram felizes para sempre” ainda está muito 
presente no imaginário das pessoas. Para concluirmos deste volume, vamos realizar a leitura de um 
editorial que foi publicado na revista Mente e Cérebro. Ao ler e analisar o texto, procure identificar as 
questões em discussão e refletir sobre a forma como elas são apresentadas. 
Felizes para sempre? Quem dera… 
Em tempos de tão pouca tolerância consigo mesmo e com os outros, manter relacionamentos amoro- 
sos duradouros e felizes parece um dos objetivos mais almejados entre pessoas de variadas classes so- 
ciais e faixas etárias. Fazer boas escolhas, entretanto, não é tarefa fácil - haja vista o grande número de 
relações que termina, não raro, de maneira dolorosa - pelo menos para um dos envolvidos. Para nossos 
avós o casamento e sua manutenção, quaisquer que fossem as penas e os sacrifícios atrelados a eles, 
era um destino quase certo e com pouca possibilidade de manobra. Hoje, entretanto, convivemos com 
a dádiva (que por vezes se torna um ônus) de escolher se queremos ou não estar com alguém. 
Um dos pesos que nos impõe a vida líquida (repleta de relações igualmente líquidas, efêmeras), como 
escreve o sociólogo Zygmunt Bauman, é a possibilidade de tomarmos decisões (e arcar com elas). Fi- 
lhos ou dependência econômica já não prendem homens e mulheres uns aos outros, e cada vez mais 
nos resta descobrir onde moram, de fato, nossos desejos. E não falo aqui do desejo sexual, embora seja 
um aspecto a ser considerado, mas do que realmente ansiamos, aspiramos para nossa vida. Mas para 
isso é preciso, primeiro, localizar quais são nossas faltas. E nos relacionamentos a dois elas parecem 
ecoar por todos os cantos. 
 
Dividir corpos, planos, sonhos, experiências, espaços físicos e talvez o mais precioso, o próprio tempo, 
acorda nos seres humanos sentimentos complexos e contraditórios. Passados os primeiros 18 ou 24 
meses da paixão intensa (um período de maciças projeções), nos quais a criatura amada parece funcio- 
nar como bálsamo às nossas dores mais inusitadas, passamos a ver o parceiro como ele realmente é: 
um outro. E essa alteridade às vezes agride, como se ele (ou ela) fosse diferente de nós apenas para nos 
irritar. Surge então a dúvida, nem sempre formulada: continuar ou desistir? 
Nesta edição, especialistas recorrem a inúmeros estudos sobre relacionamento afetivo para confirmar 
algo que, intuitivamente, a maioria de nós já sabe: 1. nada melhor que dividir alegrias com quem ama- 
mos (afinal, de que adianta estar junto se não é para ser bom?); 2. educação e aquelas palavrinhas mági- 
cas (obrigado, por favor, desculpe) fazem bem em qualquer circunstância, principalmente se acompa- 
nhadas da verdadeira gratidão pelos pequenos gestos da pessoa com quem convivemos; 3. intimidade 
http://www.fronteiras.com/entrevistas/zygmunt-bauman-a-educacao-deve-ser-pensada-durante-a-vida-
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não vem pronta, é conquistada a cada dia, quando partilhamos nossos medos, segredos e dúvidas; 4. 
é possível aprender a agir de forma mais generosa consigo mesmo e com nosso companheiro, e essa 
postura ajuda a preservar o carinho, a admiração e o amor. Óbvio? Nem tanto... Se fosse, não haveria 
tanta gente em busca da felicidade conjugal... 
Boa leitura. 
Gláucia Leal, editora 
glaucialeal@duettoeditorial.com.br 
FELIZES para sempre? Quem dera... Disponível em Mente e Cérebro. São Paulo: Duetto Editorial, fev. 2010. p. 3. 
 
Agora que você leu o editorial, seguem as questões para serem respondidas. 
 
1. Qual é a tese defendida no texto lido, ou seja, a opinião da editora da revista sobre o problema 
apresentado? 
A tese defendida no texto é que a manutenção dos relacionamentos amorosos não é fácil, 
embora seja algo intensamente desejado pelas pessoas. 
 
 
2. Segundo a editora, escolher se queremos ou não estar com alguém pode ser uma coisa benéfica 
ou uma dificuldade. Por quê? 
Porque a possibilidade de tomarmos decisões é uma coisa benéfica, porém arcar com essas 
decisões, geralmente pode ser muito difícil. 
 
 
3. Quais fatores, de acordo com a editora da revista, podem levar as pessoas a decidirem se querem 
manter ou romper um relacionamento amoroso? 
De acordo com a autora, nossos desejos podem levar as pessoas a decidirem se querem 
manter ou romper um relacionamento amoroso. Não somente o desejo sexual, mas todos os 
desejos que ansiamos, aspiramos para a nossa vida. 
 
 
4. As reticências são usadas seguidamente no parágrafo final do texto. Levante hipóteses: Quais os 
possíveis sentidos desse sinal de pontuação no trecho? 
 
 Resposta Pessoal 
 
 
5. A editora apresenta argumentos demonstrando que o que sustenta a felicidade conjugal não é 
algo tão óbvio. Você concorda com os argumentos dela? Justifique sua resposta. 
Resposta pessoal. 
Sugestão: Concordo, realmente dividir corpos, planos, sonhos, experiências, espaços 
físicos e talvez o mais precioso, o própriotempo, acorda nos seres humanos 
sentimentos complexos e contraditórios. Passados os primeiros 18 ou 24 meses da 
paixão intensa, passamos a ver o parceiro como ele realmente é: um outro. E essa 
alteridade às vezes agride, como se ele (ela) fosse diferente de nós apenas para nos 
irritar 
 
 
 
 
 
 
 
mailto:glaucialeal@duettoeditorial.com.br
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REFERÊNCIAS 
FARACO, Carlos Emílio; MOURA, Francisco Marto de; MARUXO JR., José Hamilton. Língua portugue- 
sa: linguagem e interação. Vol. 1, 3. ed. São Paulo: Ática, 2016. 
6. (DECIFRANDO TEXTOS E CONTEXTOS – 2016) Sobre o gênero textual editorial é correto afirmar: 
 
a) O editorial pode ser escrito por qualquer cidadão que queira manifestar a sua opinião sobre 
algum assunto. 
b) O editorial expõe fatos e informações recentes com o objetivo de deixar os leitores informa- 
dos sobre os últimos acontecimentos. 
c) O editorial representa a opinião da empresa jornalística sobre algum assunto em pauta no mo- 
mento. 
d) O editorial informa a população sobre pesquisas recentes que explicam problemas que estão 
afetando a sociedade. 
e) O editorial expõe a opinião coletiva de determinados grupos da sociedade sobre problemas 
políticos e sociais. 
 
 
 
 
 
 
DESPEDIDA 
Querido (a) estudante! 
A chave para seu sucesso é continuar fazendo de novo e de novo aquilo que pensou, idealizou e tentou. 
Como disse o líder pacifista indiano Mahatma Gandhi, é preciso manter em nossas mentes palavras 
positivas, pois elas se tornam nossas atitudes e é necessário manter nossas atitudes positivas, porque 
elas se tornam nossos hábitos. 
Continue se cuidando!

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