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Podcast Disciplina: Produção de conteúdo midiático: formatos e novas tendências Título do tema: Os novos modelos de audiovisual Autoria: Jéferson Cristiano Cardoso Leitura crítica: Vanessa Germanovix Vedovatte Abertura: Olá, ouvinte! No podcast de hoje vamos falar sobre as diferenças entre telespectador, hipertelespectador, multiplicador, usuário, proconsumer e hiperaudiência! Como você deve ter percebido, todos esses conceitos fazem referência a pessoa que está recebendo ou consumindo determinado produto audiovisual. Mas então, por que tantas diferenças? Ao longo dos anos, o perfil do público foi mudando e muitos pensadores e teóricos acabaram por batizar os mais diversos conceitos, a fim de que fosse possível entender melhor o comportamento desse público. O primeiro, e talvez um dos mais clássicos, é o conceito de telespectador, certamente você já ouviu esse. Um telespectador é basicamente alguém que espera por um conteúdo transmitido através de uma tela, seja ela qual for. Mas no que isso se difere de um hipertelespectador, por exemplo? Pense que no início a recepção era muito mais passiva do que é hoje, não havendo essa interação constante do receptor com o emissor. Por ser um fluxo em uma única direção, quem recebia a mensagem era o telespectador. Já o hipertelespectador é alguém que também possui a capacidade de devolver essa mensagem, seja através de um feedback, ou espalhando ela na internet, comentando com outras pessoas, e até mesmo influenciando uma narrativa devido a isso. Usuário é um conceito que vem da informática e é utilizado para definir a pessoa que está usando determinado conteúdo, ou seja, pressupõe a interação. Já o multiplicador vai um pouco mais além, ele pressupõe além do uso, a apropriação do conteúdo, gerando novos conteúdos que multiplicam o original e fazem ele se tornar propagável no tempo e no espaço. Esse conceito é muito parecido com o de proconsumer, que basicamente é um produtor e consumidor ao mesmo tempo, ou seja, alguém que também produz seus conteúdos, sejam eles próprios ou apropriações de conteúdos já existentes e por ele consumidos. Mas qual a diferença entre esses dois conceitos? Em suma, o multiplicador é mais dedicado à multiplicação de um conteúdo do qual ele seja fã, pois ele almeja que mais pessoas conheçam determinado produto audiovisual. Já o W B A 0 7 2 2 _ v2 .0 proconsumer é apenas alguém que faz esse consumo de uma forma a proliferar ele, mas sem todo esse afinco pela obrigatória multiplicação dele, muitas vezes não tendo apego se o conteúdo será propagado ou não e tendo apenas o interesse em produzir e consumir ao mesmo tempo. Vale destacar que o proconsumer também produz conteúdos próprios, que não sejam derivados de outros, diferentemente do multiplicador que sempre irá espalhar conteúdos de outro produtor, mesmo que tenha criado algo, será derivativo de um original. Por último, a hiperaudiência diz muito mais respeito a forma como esse público consome determinado produto e interage com ele. Ela pressupõe três tipos de interação: entre público e produto, entre os diversos públicos e entre o público e os dispositivos utilizados para acessar aquele produto. É possível afirmar que uma hiperaudiência, assim como um multiplicador, tem o interesse em levar um produto a diante, contudo, não necessariamente com tanto afinco. Além disso, assim como o usuário, ela tem uma interação não só com as audiências e produtos, mas também com os dispositivos. Hoje nós conversamos sobre diversos conceitos que fazem referência ao público e aos seus níveis de interatividade, seja com o produto audiovisual, com outros públicos ou com dispositivos, além dos diversos níveis de propagação que cada público faz sobre esses produtos. Com certeza, conhecendo esses públicos será mais fácil elaborar produtos voltados para cada um deles. Fechamento: Este foi nosso podcast de hoje! Até a próxima!