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resumo trauma


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INTRODUÇÃO
O trauma dental é muito comum na dentição mista e ocorre com grande frequência num 
período de desenvolvimento incompleto das raízes dos dentes permanentes, as lesões mais 
comuns são a intrusão e a avulsão, que poderão causar danos tanto pulpares quanto 
periodontais, com consequências no tratamento ortodôntico.
A avulsão dental é comum em crianças entre 7 e 9 anos, quando os incisivos permanentes estão 
erupcionando, ocorre com facilidade porque as raízes não completaram sua formação e por isso 
tem pouca resistência à forças extrusivas.
O tratamento ideal é o reimplante dentário, e o sucesso desse procedimento depende do 
tempo de permanência do dente fora do alvéolo e a condição de armazenamento do dente.
O planejamento do reimplante é muito importante, porém mesmo com prognóstico duvidoso 
o dente deve ser reimplantado, o planejamento definitivo não será determinado durante a 
emergência.
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Intrusão Avulsão
1 - TRATAMENTO ORTODÔNTICO E O 
TRAUMA DENTAL
Os traumatismos dentários têm representado uma demanda frequente na clínica odontológica 
atual e devem ser considerados como uma urgência. As lesões traumáticas dos dentes e de suas 
estruturas de suporte podem provocar sérios problemas funcionais e estéticos, exigindo dos 
profissionais um atendimento minucioso, imediato e integrado. Parte dos pacientes que 
procuram por um tratamento ortodôntico já sofreu um trauma dentário. A anamnese, o exame 
clínico e exames por imagem são instrumentos de grande valor para o diagnóstico dos 
traumatismos, que quando não relatados pelos pais ou pacientes, podem se transformar em 
dissabores como reabsorções radiculares ou anquiloses, e alterar completamente o plano de 
tratamento ou até comprometê-lo, além de originar litígios jurídicos e pessoais.
Devido à relevância do assunto, a International Association of Dental Traumatology, contando 
com a participação de diversos pesquisadores e clínicos das várias especialidades, desenvolveu 
um “PROTOCOLO DE TRATAMENTO PARA DENTES TRAUMATIZADOS”.
O plano de tratamento para os pacientes com dentes traumatizados envolve uma avaliação 
detalhada do tipo, do tempo e da gravidade do trauma. Um plano de tratamento coordenado, 
incorporando observações clínicas e radiográficas do reparo e das complicações, deve ser 
estabelecido antes que o tratamento ortodôntico seja iniciado. Esse plano deve ser baseado em 
um prognóstico realista para o dente traumatizado.
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1.1 - DIAGNÓSTICO 
A anamnese é de extrema importância nos casos de dentes com história de traumatismo 
dentário e indicação para tratamento ortodôntico. 
É essencial que, mesmo nos dentes com pequenos traumatismos, tais como fraturas coronárias 
sem envolvimento pulpar, testes de sensibilidade e um exame radiográfico sejam feitos antes do 
início do tratamento ortodôntico. Quando houver dúvida sobre a condição da polpa, 
recomenda-se um período de observação de três meses com repetidos testes de sensibilidade 
antes de iniciar o tratamento ortodôntico. Para se chegar a um diagnóstico rápido e correto da 
provável extensão do traumatismo, um exame sistemático do paciente é essencial. Além disso, 
o exame clínico deve ser detalhado, os dentes são examinados quanto à presença de trincas e 
fraturas e deve ser realizado um teste de mobilidade e teste de percussão.
Uma avaliação radiográfica do contorno das raízes antes do tratamento ortodôntico fornece 
informações de alguns fatores de risco, tais como um contorno radicular irregular, concavidades 
ao longo da superfície da raiz ou malformação radicular. Controles radiográficos regulares são 
necessários para revelar uma reabsorção radicular inicial. 
As radiografias intraorais têm baixa sensibilidade para detectar deslocamentos mínimos dos 
dentes, raízes e fraturas alveolares. As informações geradas através das imagens de tomografia 
computadorizada auxiliam na determinação do tipo e severidade do trauma.
Como a demanda por tratamento ortodôntico em adultos aumentou expressivamente nas 
Cuidado especial deve ser tomado com os dentes restaurados que 
pode camuflar traumatismos anteriores
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Nos traumatismos suaves, como uma concussão ou subluxação, as chances de reabsorção 
radicular, relacionada a um tratamento ortodôntico bem sucedido, são pequenas, mas é 
prudente aguardar um período de reparo de três a cinco meses. Portanto, os dentes com 
traumatismos de concussão ou subluxação podem ser movidos ortodonticamente com um 
risco limitado de reabsorção radicular se o tratamento for realizado cuidadosamente. Isso 
significa usar forças ortodônticas leves, evitar o contato com o osso cortical e assegurar um 
período curto de tratamento.
 
Para a concussão, não há necessidade de tratamento, mas deve ser acompanhada com exame 
clínico, radiográfico e de vitalidade pulpar por um ano. As mesmas recomendações servem para 
a subluxação e o dente traumatizado deve ser imobilizado por duas semanas.
últimas duas décadas, a necessidade por um diagnóstico mais detalhado se faz presente. O 
paciente adulto traz um somatório de particularidades, como a maior prevalência de doença 
periodontal, perdas dentárias, dentes restaurados, dentes tratados endodonticamente e 
seqüelas de traumatismos, coexistentes com a má oclusão. 
1.2 - TIPOS DE TRAUMAS E SUAS RESPECTIVAS
CONDUTAS ORTODÔNTICAS
1.2.1 - Concussão e subluxação
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Fraturas coronárias e corono-radiculares
O tratamento de fraturas coronárias e corono-radiculares consiste na colagem do fragmento 
coronário ou restauração, nos casos sem envolvimento pulpar, enquanto nos casos com 
envolvimento pulpar, é indicada a pulpotomia nos dentes com raízes incompletas para o 
término do seu desenvolvimento, e a pulpectomia pode ser a escolha quando as raízes estão 
completas. O acompanhamento clínico e radiográfico deve ser feito por até um ano nas fraturas 
coronárias.
O período de observação prévio ao tratamento ortodôntico em dentes com fraturas coronárias 
ou corono-radiculares sem o envolvimento pulpar deve ser de três meses, com 
acompanhamento radiográfico. Caso exista o envolvimento pulpar, o tratamento endodôntico 
deve ser conduzido e o tratamento ortodôntico iniciado somente após a evidência de saúde 
periodontal e pulpar, detectado radiograficamente em três meses. Recomenda-se que o 
movimento ortodôntico dos dentes com rizogênese incompleta que sofreram traumatismos 
seja adiado até que seja vista uma retomada do desenvolvimento radicular. Controles clínicos e 
radiográficos devem ser realizados após seis meses, um ano e dois anos.
Dentes traumatizados com fraturas radiculares devem ser reposicionados, se necessário, e 
imobilizados por quatro semanas com fio flexível, se a fratura for próximo ao nível cervical, a 
imobilização deverá ser mantida acima de quatro semanas. O acompanhamento clínico e 
radiográfico deve ser feito até cinco anos em fraturas envolvendo raiz. 
A Movimentação ortodôntica de dentes com fraturas radiculares reparadas é possível, mesmo 
se as fraturas no momento do acidente forem extensas, com deslocamento do fragmento. 
Porém é aconselhável que os dentes com esses tipos de fraturas sejam observados, pelo menos, 
por dois anos antes do início da movimentação ortodôntica, pois grande parte das 
1.2.2 - Fraturas coronárias e corono-radiculares 
1.2.3 - Fratura radicular 
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Fratura radicular
Para todos os tipos de luxações deve se aguardar um período de observação de 
aproximadamente um ano antes de se iniciar um tratamento ortodôntico. 
Na luxação extrusiva, o dente deveser reposicionado, imobilizado por duas semanas, deve-se 
realizar o teste de vitalidade pulpar e, se necessário, o adequado tratamento endodôntico, pois 
pode haver revascularização em raízes com ápices abertos. 
O mesmo procedimento serve para luxação lateral, apenas aumentando a imobilização para 
quatro semanas. 
1.2.4 - Luxações 
complicações, tais como necrose pulpar e reabsorções severas ocorrem no primeiro ano após o 
traumatismo.
 
O processo de reparo da fratura radicular pode ocorrer com uma fusão entre os fragmentos, 
formando um calo de dentina no local e o dente poderia ser movimentado naturalmente após 
o período de observação sem separação dos fragmentos. Caso não ocorra a fusão, a 
interposição de um tecido conjuntivo é estabelecida entre os fragmentos, a porção coronária do 
dente pode ser movimentada como se fosse um dente com raiz encurtada e a porção apical 
geralmente é reabsorvida, pois ocorre a separação dos fragmentos e o dente deve ser avaliado 
de acordo com o comprimento do segmento coronário.
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Luxação extrusiva 
Luxação intrusiva
Luxação lateral
Na luxação intrusiva, deve ser aguardada a erupção espontânea por três semanas em dentes 
com raízes incompletas, e se não acontecer, o reposicionamento ortodôntico está indicado, 
acompanhando a vitalidade pulpar. Nos dentes com raízes completas, a reposição cirúrgica ou 
ortodôntica deve ser feita o quanto antes, assim como o tratamento endodôntico com hidróxido 
de cálcio, pois a polpa tornar-se-á necrótica. 
A luxação intrusiva do dente permanente é uma das injúrias mais graves ao ligamento 
periodontal e apesar de ser menos freqüente na dentição permanente, sua seqüela, geralmente 
compromete a longevidade do dente e pode envolver necrose pulpar, obliteração pulpar, 
reabsorção radicular inflamatória, anquilose e perda marginal de osso. E o tratamento 
ortodôntico e o prognóstico dependem de variáveis como idade do paciente, tipo de dentição, 
estágio de desenvolvimento radicular, tempo e gravidade do trauma. 
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São três as alternativas de tratamento para casos de luxação intrusiva. 
- Reerupção passiva, 
- Tracionamento ortodôntico
- Tracionamento cirúrgico do dente em questão. 
Em dentes com ápice aberto: espera-se a reerupção espontânea e faz-se o controle da vitalidade 
pulpar. Em dentes com ápice fechado e intrusão leve (menor que 3mm): aguarda-se a reerupção 
espontânea e, caso ela não ocorra, realiza-se a extrusão ortodôntica com forças ortodônticas 
leves, com aparelhos removíveis ou fixos.
 
Em dentes com ápice fechado e intrusão moderada (entre 3mm e 6mm): realiza-se a extrusão 
ortodôntica. 
Em dentes com ápice fechado e intrusão severa (maior de 6mm): realiza-se a combinação de 
extrusão cirúrgica e ortodôntica. Após o tratamento da intrusão, recomenda-se fazer o controle 
radiográfico e compará-lo com as radiografias iniciais, após 6-8 semanas, 6 meses e 12 meses. E 
após 5 anos, para controle do sucesso ou fracasso. 
Quanto a luxação extrusiva, em um estudo feito na cidade de Columbia, Carolina do Sul, nos 
Estados Unidos, avaliou a resposta dos dentes avulsionados ou extruídos de pacientes 
submetidos ao tratamento ortodôntico através de radiografias periapicais. A amostra consistiu 
de 42 pacientes com 81 dentes traumatizados, sendo 21 avulsões e 60 luxações extrusivas.
Os pacientes possuíam más oclusões diversas e foram tratados pela mecânica Edgewise e de 
Begg. Os resultados mostraram que os dentes avulsionados tiveram um aumento médio de 
28,3% na velocidade de reabsorção radicular além de seis dentes terem sido perdidos pela 
reabsorção completa da raiz, e os dentes com luxações extrusivas tiveram um aumento de 8,9%. 
Concluiu-se que os dentes que sofrem traumatismos destas magnitudes respondem 
normalmente ao tratamento ortodôntico, porém, com maior nível de reabsorção radicular 
ocorrendo antes, durante e após o tratamento, pois os dentes luxados desenvolveram mais 
reabsorções radiculares do que os dentes contralaterais não traumatizados. 
Os dentes luxados que desenvolverem uma reabsorção inflamatória devem ser tratados 
endodonticamente e observados quanto à suspensão da reabsorção radicular antes do início da 
movimentação ortodôntica.
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1.2.5 - Avulsões
1.3 – TRATAMENTO DE DENTES AVULSIONADOS
1.3.1 – Conduta emergencial
1.3.2 – Tratamento
A avulsão dos dentes permanentes é a mais séria das injúrias e o prognóstico depende do 
procedimento realizado no dente, alvéolo e do tempo pós-trauma. Recomenda-se o reimplante 
como tratamento de escolha, que deve ser feito imediatamente, segurando o dente pela coroa, 
lavando em água fria corrente por 10 segundos e encorajando o paciente para inserção no 
alvéolo, encaminhando-o para o cirurgião-dentista fazer a imobilização com fio flexível, 
permanecendo pelo menos duas semanas. Os procedimentos dependem se o dente possui raiz 
com ápice aberto ou fechado, como foi estocado e se o tempo fora do alvéolo foi menor ou 
maior que 60 minutos. 
É importante que se tenha informações precisas sobre o intervalo de tempo da avulsão até o 
reimplante e também sobre o armazenamento. Períodos extra alveolares acima de 1 hora estão 
associados a grandes reabsorções.
- Lavar com água corrente
- Reimplante 
- Manter no local por compressão
- Toalha
- Dedo
- Procurar profissional
- Antes do reimplante
- Examinar se há contaminação
- Integridade do dente
- Integridade do alvéolo
- Clínica e radiograficamente
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Estabilidade durante os estágios iniciais de cicatrização do ligamento periodontal, onde o 
dente tem mais chances de ser perdido. O tipo de imobilização deve favorecer a reparação do 
ligamento periodontal
Diferentes situações clínicas podem determinar diferentes tipos e tempos de imobilizações. 
Dentre elas, podem-se ressaltar os tipos rígida ou semirrígida, esta última também chamada 
de imobilização funcional, por permitir estímulos funcionais durante a mastigação, ou de 
imobilização �siológica, por permitir os movimentos �siológicos do dente no seu alvéolo.
Atualmente considera-se que a imobilização deve ser passiva e �exível para permitir os 
movimentos dentários �siológicos. Normalmente, o ligamento periodontal alcança a quase 
totalidade de sua resistência normal de 7 a 14 dias após o trauma. Portanto, nos casos de 
avulsão sem fratura alveolar, a estabilização deve ser também de 1 a 2 semanas (2, 6, 22). Além 
disso, todas as técnicas devem ser de fácil execução, tanto para colocação quanto para 
remoção.
1.3.3 – Conduta clínica
2.1 - Objetivo
- Lavar com soro
- Não dani�car remanescentes periodontais
- Não dani�car o cemento
- Irrigar o alvéolo com soro ( remover o coágulo contaminado)
- Reimplantar o dente ( pressão digital )
- Fazer contenção semi-rígida 
- Mantida por 1 semana
- Radiografar
- Ver se a posição normal do dente foi alcançada
- Após 1 semana, remover a contenção
- Se a endodontia for necessária, realizar antes da remoção da contenção
- Importante pro�laxia anti-tétano
2 - IMOBILIZAÇÃO DE DENTES TRAUMATIZADOS
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É realizada somente com compósito e condicionamento ácido do esmalte dentário. Deve ser 
instalada na porção incisal da face vestibular do dente reimplantado e dos dentes adjacentes, 
procurando evitar as superfícies proximais dos dentes. Este procedimento é de rápida 
execução, possibilita adequada higienização durante o período de imobilização e é de fácil a 
remoção.
ANDREASEN a�rma que o período de imobilização pequeno deve ser utilizado com o intuito 
de permitir a cicatrização inicial do ligamentoperiodontal e, ao mesmo tempo, prevenir que 
áreas de anquilose progridam e se tornem permanentes. Nos casos que apresentam extensa 
lesão óssea, o período de �xação deve ser em torno de 3 a 4 semanas ou mais, se necessário.
Este tempo também deve ser mantido para os casos onde o ligamento periodontal tenha 
sido removido e a superfície radicular quimicamente tratada, podendo ser estendido até 6 
semanas de �xação.
A imobilização ideal deve permitir ao paciente excelente higienização durante o uso, ser 
confortável e não di�cultar a fonação e a alimentação.
- ANDREASEN, estudando o efeito da imobilização concluiu que: 
- Não melhorou a recuperação periodontal.
- Resultou no aumento da reabsorção 
- O estímulo funcional pode diminuir a osteogênese e aumentar a recuperação �brosa, 
fenômeno que ocorre nas imobilizações inadequadas de fraturas ósseas. 
Dispositivo utilizado em Cirurgia Buco-maxilo-facial para �xação de fraturas de maxila e 
mandíbula. Facilmente encontrada em serviço público, porém não deve ser utilizada para o 
tratamento do reimplante dental.
Este dispositivo traz desvantagens para os tecidos moles e para o ligamento periodontal, 
necessita de maior tempo para instalação e de pro�ssional habilitado, além de di�cultar a 
higienização do local.
Barra de Erich
Compósito
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2.1 - TIPOS DE IMOBILIZAÇÃO
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Fio de nylon superior e aço inferior colados com compósito
O �o ortodôntico de aço inoxidável (que pode variar em diferentes tipos e espessuras) é 
adaptado passivamente à curvatura dos incisivos com auxílio do alicate ortodôntico. Após 
este procedimento, faz-se o condicionamento ácido do esmalte dos dentes envolvidos no 
tratamento e o �o adaptado previamente na boca é colado com compósito. Este tipo de 
imobilização também possibilita boa higiene bucal.
Este tipo de imobilização foi idealizado inicialmente por OIKARINEM et al. Um �o de nylon de 
pescaria, de 0.9 ou 1 mm de diâmetro, é utilizado para estabilizar o dente reimplantado. Nesta 
técnica, o condicionamento ácido do esmalte é realizado, o �o de nylon é posicionado sobre 
a superfície do esmalte e colado com compósito dente a dente. Este tipo de imobilização 
permite o estímulo funcional mastigatório e é também chamada de �siológica ou funcional.
Fio de Aço e Compósito
Fio de Nylon e Compósito
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Através desta técnica, os bráquetes ortodônticos são colados aos dentes adjacentes ao dente 
reimplantado pela técnica tradicional de condicionamento ácido do esmalte e compósito. 
Após �nalizar este procedimento, o dente reimplantado e com o bracket colado é mantido 
em sua posição original através de pressão digital. Neste momento, um �o de aço, 
previamente adaptado com alicate ortodôntico, é inserido nos bráquetes e amarrado. Este 
tipo de imobilização pode causar algum desconforto e irritação a mucosa labial, que 
geralmente está edemaciada em decorrência da ação da força traumática. Possibilita 
excelente higienização, porém necessita de pro�ssional quali�cado para a sua execução.
Este novo dispositivo foi idealizado recentemente por FILIPPI et al. Este tipo de imobilização é 
também colada nos dentes adjacentes e no dente reimplantado, através da técnica de 
condicionamento ácido do esmalte e compósito. Este dispositivo em titânio apresenta áreas 
de fenestração onde é aplicado o compósito, �xando então o dente reimplantado. Através de 
pesquisa realizada com pacientes portadores de diferentes tipos de imobilizações para 
dentes traumatizados, concluiu-se que, no quesito conforto, este dispositivo foi o mais 
tolerado pelos pacientes durante o uso da imobilização.
Contenção com aparelho ortodôntico
Imobilização para Trauma em Titânio (TTS)
Bráquetes Ortodônticos
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Pode ocorrer a reabsorção radicular por substituição associada à anquilose.
Sinais de anquilose à percussão só são perceptíveis a partir de 4 a 8 semanas pós trauma.
E os sinais radiográ�cos só aparecem após no mínimo 1 ano.
- É contínua
- A raiz será substituída por osso
- O dente pode ser mantido até que a coroa seja perdida ou removida com fórceps
- No paciente em crescimento ocorre a infra-oclusão
Além disso, foi também considerada como imobilização funcional.
Percussão com cabo do espelho
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2.2 - COMPLICAÇÃO APÓS O REIMPLANTE
3 - DIAGNÓSTICO DA ANQUILOSE APÓS
REIMPLANTE
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A Reabsorção por substituição é mais agressiva nos jovens e tem curso prolongado nos mais 
velhos.
A reabsorção nos jovens:
A Progressão da anquilose depende:
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4 - CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
5 - TRATAMENTO DA ANQUILOSE
- Período extra-alveolar
- Idade do paciente
- Fixa o dente ao osso
- Altera o crescimento normal do processo alveolar
- Resulta em infra-oclusão
- Ocorre alteração do processo alveolar principalmente
- Em crianças e adolescentes
- Antes do surto de crescimento
- Exodontia
- Luxação e tracionamento ortodôntico
- Preservando alterações no processo alveolar
- Pode preservar o ligamento periodontal
- Evita alteração do processo alveolar
- As vezes utiliza-se pré-molares
Tratamento :
Transplantes : 
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6 - TÉCNICA DECORONATION
Durante o surto de crescimento :
Quando optamos pela EXODONTIA :
A Técnica Decoronation : 
Resultado :
- Acompanhar de 6 em 6 meses
- Se houver infra oclusão ou
- Alteração do processo alveolar
- INTERVIR
- Osso normal na maioria dos casos
- Em alguns casos – restou remanescente radicular ( que não impediu o implante)
- Pacientes tratados antes do surto de crescimento houve aumento do nível ósseo
- Na fase adulta a largura da crista alveolar foi mantida em todos os casos.
- Consiste na remoção cirúrgica da coroa
- Deixar a raiz no alvéolo para ser reabsorvida, substituída pelo osso
- Pode ocorrer perda óssea signi�cante
Esta técnica foi descrita inicialmente por Malmgren e Cvek em 1984, aplicaram a técnica em 
77 pacientes com idade entre 6 e 18 anos, acompanharam anualmente por 14 anos.
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Corte com broca 2mm abaixo da crista óssea
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Dente tratado endodonticamente : 
Quando a anquilose for diagnosticada faremos o seguinte : 
6.1 - DECORONATION – MANEJO CLÍNICO
6.2 - GUIA CLÍNICO PARA INDICAÇÃO
DA TÉCNICA
6.2.1 - Dentição mista precoce 7 a 10 anos
- Remover a coroa com broca diamantada e irrigação com soro
- Reduzir a altura da raiz 2mm abaixo da crista óssea.
- O canal radicular é irrigado com soro e preenchido com sangue ( coágulo )
- Fechar e suturar
- Remover a guta percha
- Pode impedir a total substituição da raiz pelo osso
- O canal não deve ser instrumentado
- Ocorre a formação de um novo osso coronariamente à raiz.
- Ganho em altura.
- Cria melhor condição para ortodontia, prótese ou implantes.
- Remover a coroa do dente anquilosado dentro de 2 anos.
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* Kawanami, M Andreasen, J B – 1999, observaram infra oclusão mesmo na anquilose 
detectada após o surto de crescimento (adulto) Erupção contínua dos dentes mesmo na 
fase adulta.
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6.2.2 - Dentição mista tardia 10 a 12 anos
6.2.3 – Dentição permanente precoce
7.1 – Antes do surto de crescimento
7.2 – Durante o surto de crescimento
7.3 – Adultos
- Indicar a técnica no momento em que se observar o início da infra oclusão
- Pois o surto de crescimento puberal pode aumentar muito a infra oclusão 
- O aumento da infra oclusão é pequeno
- Podendo não ser necessário procedimentos cirúrgicos.
- Recomenda-se controleanual da evolução do caso.
- Existe grande chance da infra oclusão se tornar severa, quando a anquilose for 
diagnosticada antes dos 10 anos de idade, antes do surto de crescimento.
7 - PROTOCOLO DE TRATAMENTO DA 
ANQUILOSE
Se ocorre infra oclusão e perda grave no crescimento ósseo alveolar, indicar a técnica 
“Decoronation”.
Apenas acompanhar, Intervir se houver infra-oclusão e inclinação dentária.
A infra oclusão ocorre sutilmente, manter o dente anquilosado até substituir toda a raiz e 
quando isso ocorrer fazer o implante.
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Anquilose de molar inferior decíduo, erroneamente chamada de submersão
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8 - ANQUILOSE DE DENTES DECÍDUOS
(MOLARES)
Um dente anquilosado pode parecer impactado, em infra-oclusão ou submerso. Esta 
anomalia é erroneamente chamada de “submersão”. Não é o dente, propriamente, que 
submerge, mas sim o osso que continua seu processo de crescimento, acompanhado pelo 
tecido mole.
Segundo alguns autores, os dentes anquilosados esfoliam normalmente não interferem no 
desenvolvimento do sucessor.
- O primeiro sinal clínico é a infra-oclusão.
- Leve: Oclusal 1mm abaixo do plano oclusal.
- Moderada: Oclusal a nível do ponto de contato.
- Severa: Oclusal a nível gengival ou abaixo dela.
- Distúrbios no metabolismo local,
- Lacunas na membrana periodontal,
- Infecção localizada, 
- Irritação química ou térmica, 
- Falha local no crescimento ósseo, trauma mecânico e pressão anormal da língua.
Causas
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Conduta clínica :
- Na infra-oclusão severa, com alterações oclusais graves, deslocamento do germe do 
sucessor.
- EXODONTIA + MANTENEDOR DE ESPAÇO
- Se o sucessor estiver ausente deve-se manter o dente anquilosado em posição, se a 
infra-oclusão for severa será necessário acréscimo de resina na oclusal, mesial e distal.
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Referências Bibliográficas
1 – Traumatologia dentária – tratamento de incisivo anquilosado pós-reimplante, Motta, A.T. 
Calheiros, A.A., Moliterno, L.F. – RBO, vol 60, n.6, Nov/Dez 2003.
2 - Imobilizações para dentes traumatizados:
revisão da literatura - José de Albuquerque Calasans-Maia, Wantuil Rodrigues Araújo-Filho, 
Mônica Diuana Calasans-Maia, Antônio Carlos de Oliveira Ruellas - Rev. bras. odontol., Rio de 
Janeiro, v. 66, n. 2, p.250-6, jul./dez. 2009
3 - Movimentação dentária induzida em dentes permanentes traumatizados - Márcia 
Gabriella Lino de Barros BORTOLOTTI, Danielle Garcia Bastos de LAIA, Ricardo BORTOLOTTI, 
Amanda Furtado QUINTANILHA, José Luiz Cintra JUNQUEIRA, - RGO - Rev Gaúcha Odontol., 
Porto Alegre, v.59, suplemento 0, p. 153-159, jan./jun., 2011
4 - Infra-oclusão de 2os Molares Decíduos Anquilosados: Solução Clínica - Vera Campos, 
Alessandra R. Bom�m, Hilton Souchois A. Mello - R Dental Press Ortodon Ortop Facial, 
Maringá, v. 7, n. 1, p. 65-71, jan./fev. 2002
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HÉLIO VENÂNCIO
SOBRE O AUTOR
Hélio é cirurgião dentista, ortodontista, 
professor dos cursos de especialização em 
Ortodontia da Faculdade Unimig e 
empreendedor.
Apaixonado pela odontologia, adquiriu uma larga 
experiência em sua especialidade, transformando ao 
longo de 22 anos, mais de 11.000 sorrisos. 
Ministra cursos em várias cidades do Brasil, co-autor do capítulo de 
elásticos ortodônticos do Livro "Ortodontia Objetiva" 1a. edição, 
do Prof. Marcos Janson, autor de artigos científicos publicados nas 
mais conceituadas revistas da área. 
Hélio é criador da Academia da Ortodontia Online cujo objetivo é 
transformar Dentistas comuns em profissionais de alta 
performance.
FB.ME/HELIOVENANCIO.ORTOHELIOVENANCIO.COM.BR