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Apostila Odontopediatria

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TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA EM ODONTOPEDIATRIA 
ANAMNESE 
1. Histórico de saúde do paciente; 
2. Possíveis interações 
medicamentosas; 
3. Análise de possíveis efeitos 
adversos; 
4. Alergias. 
ANÁLISE CRÍTICA 
• Benefícios x Aspectos negativos; 
• Benefício justifica o risco; 
• Tratamento coadjuvante em 
infecções odontogênicas. 
 
Os critérios de escolha dos 
anestésicos locais e de 
medicamentos, para uso em 
crianças, são praticamente os 
mesmos que para adultos. 
 
 Dosagem terapêutica 
- Peso menor da criança (ter balança no 
consultório); 
- Metabolismo diferente do adulto. 
 Esquema terapêutico 
- Menor quantidade de doses (risco de 
esquecer); 
- Horário das doses (chance de não 
administrar). 
 Forma de apresentação do medicamento 
 Presença de açúcar 
 
ANTIBIÓTICO NÃO CAUSA 
CÁRIE!!!!! 
 
 
 A maioria das crianças apresentam 
rejeição a qualquer tipo de medicação, além 
da dificuldade natural de deglutir formas 
farmacêuticas sólidas. Assim, sempre que 
possível, deve-se optar pelas formas 
líquidas, como soluções orais, elixires ou 
xaropes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEDAÇÃO MÍNIMA 
O uso de ansiolíticos e sedativos... 
• Procedimentos cirúrgicos ou 
operatórios longos; 
• Pacientes temerosos ou apreensivos; 
• Crianças hiperativas ou rebeldes; 
• Crianças diabéticas (estresse – 
hiperglicemiantes); 
• Crianças PNE (portadoras de 
necessidades especiais). 
...+ abordagens/técnicas tradicionais para o 
controle do comportamento. 
Problemas comportamentais 
Sedação mínima 
Fármacos 
Ansiedade Estresse 
@ruivaodontoofc 
 
 
• Benzodiazepínicos: Midazolam e 
Diazepam: 
- Atualmente o Midazolam é utilizado como 
medicação pré-anestésica em anestesia 
geral pediátrica, também ganhando seu 
espaço como ansiolítico na clínica 
odontopediátrica; 
- O Midazolam é o padrão ouro na 
odontoped! Pois, ele tem um tempo mais 
curto, diferentemente do Diazepam; 
- V.O: rápida absorção; 
- Concentração máxima em 30min; 
- Duração: 2-4h; 
- Dosagem pré-operatória: 0,5mg/kg. 
• Mistura de óxido nitroso com 
oxigênio. 
 
PROTOCOLOS CLÍNICOS 
• Controle da dor: ANALGÉSICOS e 
ANTIINFLAMATÓRIOS. 
Impedir a instalação da dor! 
 
Analgésicos 
• Dor de intensidade leve a moderada; 
• Administrar logo após o 
procedimento, ainda sob o efeito da 
anestesia local; 
• PROCEDIMENTOS: exodontias simples 
de decíduos, gengivectomias, 
ulectomias, frenectomias. 
• A dipirona, se utilizada por períodos 
prolongados, pode causar 
agranulocitose (redução acentuada 
de leucócitos granulócitos) e aplasia 
medular. Seu uso é proibido nos EUA. 
 
 
 DIPIRONA 
Medicamento DIPIRONA SÓDICA 
Administração 6h 
Posologia 1 gota/2kg 
(máximo de 20 gotas) 
 
• Formas de apresentação: 
- Suspensão 50mg/1ml; 
- Gotas 500mg/1ml; 
- Comprimido 500mg. 
• Dosagem de suspensão: 
- 5 a 8kg: 1,25 a 2,5ml; 
- 9 a 15kg: 2,5 a 5ml; 
- 16 a 23kg: 3,75 a 7,5 ml; 
- 24 a 30kg: 5 a 10ml; 
- 31 a 45kg: 7,5 a 15ml; 
- 46 a 53kg: 8,75 a 17,5ml. 
• Como a dipirona tem sabor amargo, 
ela pode ser diluída com algo, por 
exemplo, um suco. 
 
 PARACETAMOL 
Medicamento PARACETAMOL 
Administração 6h 
Posologia 1 gota/1kg 
(máximo de 20 gotas) 
 
@ruivaodontoofc 
 
 
 
• Formas de apresentação: 
- Suspensão 32mg/1ml criança; 
- Suspensão 100mg/1ml bebê; 
- Gotas 200mg/1ml; 
- Comprimido 750mg. 
• Suspensão para bebê: 
- 3kg: 0,4ml; 
- 5kg: 0,6ml; 
- 6kg: 0,8ml; 
- 8kg: 1ml; 
- 10kg: 1,3ml. 
• Suspensão para criança: 
- 11 a 15kg: 5ml; 
- 16 a 21kg: 7,5ml; 
- 22 a 26kg: 10ml; 
- 27 a 31 kg: 12,5ml; 
- 32 a 43kg: 15ml. 
• Não exceder 5 administrações em 
doses fracionadas em um período de 
24h, pois, doses excessivas podem 
provocar danos hepático. 
 
Corticoides (AIE’s) 
• Dor de grande intensidade, podendo 
levar a edema e limitação funcional 
no pós-operatório; 
• Na maioria das vezes, não há 
necessidade de prescrição de 
analgésicos no pós-operatório; 
• Dose única no pré-operatório, 30min 
antes; 
• PROCEDIMENTOS: extração de 
supranumerários, odontomas, 
exodontias complexas. 
• Usar com cautela em pacientes 
diabéticos, imunocomprometidos e 
com infecção sistêmica. 
Medicamento BETAMETASONA 
Administração Dose única (30min antes) 
Posologia 0,025 – 0,05mg/kg 
• Formas de 
apresentação: 
- Elixir 0,5mg/5ml; 
- Gotas 0,5ml/1ml/ 
- Comprimido 0,5mg 
e 2mg. 
 
 
Anti-inflamatórios não esteroidais 
(AINE’s) 
• UTILIZADO EM CASOS DE: prevenção de 
dor de grande intensidade, quando a 
prescrição de corticoide é 
contraindicada, tratamento de 
inflamações com perda funcional 
associado com antibiótico; 
• Dose no pré-operatório (30min 
antes), prologando o uso por 48h 
após o fim do procedimento; 
• Na maioria das vezes não há 
necessidade de prescrição de 
analgésicos no pós; 
• Na odontopediatria, evita-se 
prescrever AINE’s devido grandes 
chances de efeitos adversos; 
@ruivaodontoofc 
 
 
• A indicação dos AINE’s em crianças é 
bem restrita, pois, com exceção com 
ibuprofeno, existem poucos estudos 
clínicos em menores de 12 anos e em 
adolescentes; 
• O diclofenaco sódico e potássio é 
contraindicado pela Anvisa para 
crianças menores de 14 anos, por 
motivos de falta de eficácia e falta de 
segurança; 
• Por conta da toxicidade e dos riscos 
terapêuticos, os AINE’s devem ser 
prescritos para crianças e 
adolescentes apenas quando 
apresentarem sintomas refratários 
ao uso de dipirona ou paracetamol, 
ou caso se trate de doenças 
reumatológicas crônica como a 
artrite juvenil ou febre reumática; 
• Em casos de cirurgias mais 
invasivas, é preferível o AIE’s no pré 
complementado com analgésico no 
pós, do quê o uso do AINE’s em si; 
• O ibuprofeno é o único AINE’s 
aprovado para o uso em crianças, de 
acordo com o FDA. 
AINE’s com uma dosagem 
MENOR = efeito analgésico. 
AINE’s com uma dosagem 
MAIOR = efeito anti-
inflamatório. 
Medicamento IBUPROFENO NIMESULIDA 
Administração 1 – 2 gotas/1kg 1 gota/1kg 
Posologia 6 - 8h 12h 
Formas de 
apresentação 
Gotas 50mg/1ml 
Gotas 100mg/1ml 
Gotas 50mg/1ml 
Comprimido 100mg 
 
 
 
 
Antibióticos 
Profilático = PREVENÇÃO 
Terapêutico = TRATAR 
 A Amoxicilina sempre será o 
antibiótico de 1ª escolha para 
infecções odontogênicas, devido a 
sua segurança e eficácia, podendo ser 
associado com o Clavulanato; 
 No caso de pacientes alérgicos à 
penicilina, Clindamicina e 
Eritromicina são alternativas 
excelentes para o combate de agentes 
infecciosos; 
 A Clindamicina tem uma ótima ação 
em tratamento de infecções ósseas 
moderadas/graves; 
 A Eritromicina se mostra eficaz 
contra a maioria dos 
microrganismos; 
 
• Quando devemos receitar 
antibióticos? 
- Em casos de infecções locais com 
manifestações sistêmicas, tais como: febre, 
mal-estar e fadiga; 
- Abscessos agudos sem limites definidos 
(Celulite); 
- Traumatismos com luxação severa; 
- Lesão extensa de partes moles; 
- Dificuldade de abrir a boca; 
- Profilaxia antibiótica em casos 
selecionados. 
• Quando NÃO devemos receitar 
antibióticos? 
- Dor pulpar com bactérias limitadas ao 
canal radicular; 
- Abscesso pequeno e limite circunscrito; 
- Alveolite; 
@ruivaodontoofc 
 
 
- Pericoronarite que não esteja complicada; 
- Casos clínicos com ausência de 
sintomatologia sistêmica. 
As profilaxias antibióticas 
devem ser realizadas 1h antes 
do procedimento! 
- Amoxicilina 50mg/kg; 
- Clindamicina 20mg/kg. 
 
 
• 
• A duração da antibioticoterapia deve 
se basear na remissão dos sintomas, 
sendo, em média, 5-7 dias; 
• O acompanhamento do quadro deve 
ser feito a cada 24h. Antes de 
completar as primeiras 72h de 
tratamento, agendar uma nova 
consulta para reavaliação, aí será 
tomada a decisão pela manutenção 
ou não da terapia; 
• Para que a prescrição medicamentosa 
seja efetuada de forma correta e 
adequada em Odontopediatria, deve-
se escolher o esquema terapêutico 
mais simples possível. 
 
 
 
@ruivaodontoofc 
 
 
PRÓTESE EM ODONTOPEDIATRIADesenvolvimento infantil 
- Emocional 
- Cognitivo 
-Físico 
 
 Quando a criança apresenta algumas 
características que a diferencia dos demais, 
ela tende a se tornar introspectiva. O 
sorriso de uma criança revela aspectos 
importantes de sua qualidade de vida e de 
como ela interage. Um belo sorriso denota 
autoestima, autoconfiança e bem-estar. 
 
A percepção sobre si mesmo e 
o cuidado com sua aparência 
se desenvolve apenas aos 8 
anos de idade. 
 
Comprometimento 
- Estético (traumas, cáries); 
- Funcional (mordida cruzada). 
 
Dentição decídua 
- Mastigação; 
- Deglutição; 
- Fonação 
- Respiração; 
- Hábitos. 
 
Perda precoce 
- Idade 
• Decíduo perdido 3 a 2/3 de raiz 
formada = atraso do permanente; 
• Decíduo perdido 1/3 ou menos da raiz 
= aceleramento. 
- Tipo (anterior ou posterior) 
• Tipo POSTERIOR: 
- Inclinação do permanente; 
- Diminuição do arco; 
- Extrusão do antagonista; 
- Desvio da linha média (LM); 
- Mastigação unilateral. 
• Tipo ANTERIOR: 
- Mordida aberta anterior; 
- Mal posicionamento da língua; 
- Defeitos na fala e na mastigação; 
- Perda com caninos presentes; 
- Interposição da língua; 
@ruivaodontoofc 
 
 
- Deglutição atípica; 
- Respiração bucal; 
- Mordida aberta; 
- Dificuldade fonética. 
 
Plano de tratamento 
- Manutenção e Restabelecimento total do 
sistema estomatognático (abrangência 
estética, social e psicológica); 
- Recursos da odontopediatria + ortodontia. 
 
Sucesso no tratamento reabilitador 
Características da dentição decídua: 
• Implantação dos dentes; 
• Curva de Spee/Wilson; 
• Sentido do longo eixo; 
• Tipo de plano terminal; 
• Diastemas; 
• Tipo de arco. 
 
Avaliar: 
• Remanescente dental; 
• Estruturas de suporte; 
• Condições de higiene; 
• Comportamento da criança; 
• Qual o dente perdido; 
• Estágio de desenvolvimento da 
dentição; 
• Idade da criança; 
• Características da arcada; 
• Hábitos e anomalias da 
musculatura. 
 
Importante!! Antes do tratamento 
reabilitador: 
• Recuperar espaços; 
• Descruzar mordida; 
• Recuperar a DVO. 
Aparelhos removíveis x Aparelhos fixos 
• Mesma indicação; 
• Idade; 
• Cooperação do paciente; 
• Colaboração dos pais; 
• Acompanhamento periódico e 
ajustes. 
 
Aparelhos removíveis 
• Relacionados com mantenedores de 
espaço; 
• Dentição decídua completa; 
• Colaboração pais/criança; 
• Não causa interferência, desde que na 
região anterior não possua base de 
acrílico com extensão para 
vestibular (dano à erupção do 
permanente). 
 
“A prótese parcial anterior 
pelo sistema tubo-barra de 
Denari pode ser utilizado 
como uma opção de aparelho 
mantenedor de espaço 
estético-funcional fixo em 
casos de perda precoce de 
dentes anteriores decíduos.” 
 
 
 
 
 
 
@ruivaodontoofc 
 
 
 “Confecção de próteses 
removíveis total e parcial em 
crianças com perda precoce 
dos elementos dentários 
acometidos por cárie precoce 
da infância severa com 
extensas destruições 
coronária”. 
 
Reabilitação com PT 
• Crianças com menos de 3 anos – 
imaturas; 
• Técnica semelhante à adulta, porém 
mais complexa (não pode interferir 
no crescimento, fala, deglutição); 
• DVO: DVR (repouso) de 2 a 3 mm; 
• Atenção ao acompanhamento 
(substituições). 
 
Considerações 
Antes da escolha do tratamento: 
• Idade do paciente; 
• Condições socioeconômicas; 
• Atividade e risco de cárie; 
• Motivação pais-criança para o 
tratamento; 
• Número e localização dos dentes 
perdidos; 
• Grau de rizólise dos dentes 
presentes; 
• Analisar se o dente vai permanecer 
por mais de 6 meses; 
• Doenças periodontais e sistêmicas; 
• Abordagem multidisciplinar. 
@ruivaodontoofc 
 
 
CIRURGIA EM ODONTOPEDIATRIA
 O manejo comportamental em pacientes pediátricos é especialmente importante. 
Compreender a fase de desenvolvimento da criança, interagir e lançar mão de 
técnicas de manejo são essenciais. 
 Existem diferenças anatômicas 
relacionadas com a idade entre adultos e 
crianças! Na dentição mista, por exemplo, 
tem que ter uma atenção especial para 
evitar danos aos germes dos dentes 
permanentes. 
 A sequência eruptiva e sua cronologia 
devem ser conhecidas, para que as 
intervenções possam ser feitas do jeito 
correto para não fugir nada do controle. 
 Caninos retidos, dentes 
supranumerários e freios hipertróficos são 
as condições vistas com mais frequência em 
crianças do que em adultos, 
 Assim como na anestesia local, a 
extração dentária também possui algumas 
particularidades em crianças. 
Temos que estar atentos a alguns detalhes 
anatômicos: 
• O osso alveolar é mais elástico e, sob 
pressão, responde a uma rápida 
expansão e fácil luxação do dente; 
• A coroa dentária apresenta 
protuberâncias cervicais mais 
pronunciadas, constrição cervical 
mais acentuada e é mais ampla no 
sentido mésio-distal; 
• As raízes são mais longas e mais 
afiladas quando já estão em processo 
de reabsorção fisiológica, a presença 
de reabsorção na furca ou no terço 
médio da raiz podem favorecer as 
fraturas radiculares; 
• Nos molares decíduos, as raízes 
divergem no sentido apical, 
oferecendo maior dificuldade para a 
exodontia. 
 
Técnica cirúrgica 
Uso do fórceps 
Nº INDICAÇÃO 
1 Incisivos e caninos 
2 Posteriores superiores 
3 Posteriores inferiores 
18D Molares superiores 
27 Molares superiores 
65 Resto radicular de 
dentes superiores 
 
 Não é recomendado o movimento apical, 
pois, pode invadir a área do germe; 
 Movimentos de rotação bem mínimos. 
Osteotomia e Odontossecção 
 Frequentemente usada em casos de 
fratura ou de anquilose; 
 Se as raízes de um molar decíduo 
“abraçarem” a coroa de um pré-molar 
permanente e a extração não for concluída 
apenas com a luxação ou a osteotomia, o CD 
deve fazer a odontossecção. 
Cuidados com a sutura e o pós-operatório 
 Pelo mesmo motivo de comunicação com o 
germe permanente, a curetagem não está 
indicada! Apenas inspeção do alvéolo; 
 Dependendo do grau da rizogênese do 
dente permanente, pode-se descartar o uso 
de suturas. 
@ruivaodontoofc 
 
 
Complicações transoperatórias 
 As complicações relacionam-se com a 
possibilidade de fratura radicular; 
 Um pequeno fragmento de raiz 
abandonado no interior do alvéolo poderá 
ser deixado lá e ele será reabsorvido. 
Entretanto, se ele não for reabsorvido, a sua 
permanência pode se transformar em um 
obstáculo mecânico que impede a erupção 
fisiológica do dente permanente. 
 
Frenectomia 
 Freios hipertróficos podem ser a causa de: 
• Diastema Inter incisivo; 
• Alterações periodontais; 
• Dificuldade da fala; 
• Comprometimento de funções 
labiais; 
• Dificuldade de adaptação de prótese 
dentária; 
• Prejuízo estético. 
 Na maioria das vezes, os freios 
hipertróficos são diagnosticados na 
infância e na adolescência. 
 A mesma técnica cirúrgica pode ser 
aplicada para qualquer faixa etária. 
Frenectomia Labial Superior 
 O freio labial é frequentemente mais 
proeminente em crianças e parece diminuir 
com o crescimento dento alveolar; 
 A frenectomia não deve ser realizada 
antes da erupção dos caninos permanentes 
estar em curso, pois, enquanto esses dentes 
se movem inferior e anteriormente, o 
diastema fechará na maioria dos casos; 
 Entretanto, caso não haja o fechamento 
do diastema e sejam observadas alterações 
periodontais pelo freio hipertrófico, a 
frenectomia estará indicada. 
 
Frenectomia Lingual 
 Os CD’s são muitas vezes procurados 
pelos pais e pediatras para remover o freio 
da criança por medo de problemas na 
dicção; 
 Em muitos casos, a articulação das 
palavras se desenvolve normalmente e 
uma frenectomia lingual não é necessária. 
Por isso, antes de indicarmos a cirurgia, a 
criança deve passar por uma avaliação 
fonoaudiológica; 
 Em geral, esses problemas ocorrem se o 
freio for muito curto e a língua apresentar 
diminuição dos movimentos ou formação de 
fendas quando a criança tenta projetar ou 
elevar a língua;Um freio lingual que se estenda sobre o 
rebordo alveolar, pode produzir um 
diastema e problemas periodontais 
relacionados com os incisivos centrais 
inferiores; 
 O simples corte do freio, nessas 
circunstâncias, não resolverá o problema e 
pode produzir uma cicatriz linear capaz de 
limitar a mobilidade da língua; 
 Portanto, bem indicada, essa cirurgia 
poderá ser realizada. 
@ruivaodontoofc 
 
 
Ulotomia e Ulectomia 
 Algo bastante comum de observarmos na 
fase de erupção dentária, tanto decídua 
quanto permanente, é o desenvolvimento de 
um aumento de volume na região do dente 
que está em processo de erupção. Esse 
aumento é chamado de hiperplasia fibrosa 
focal e consiste na formação de tecido 
conjuntivo fibroso reacional ou de reparo, 
que poderá dificultar a erupção dentária, 
causando retenção dentária subgengival. 
 Para o tratamento desta retenção 
dentária subgengival, podemos lançar mão 
de duas técnicas: ulotomia ou ulectomia. 
 A escolha entre ulotomia ou ulectomia se 
dá pela quantidade de tecido presente no 
impedimento da erupção dentária. Portanto, 
se estamos frente a uma hiperplasia maior 
ou mais fibrosa, a indicação é que a 
ulectomia seja realizada. 
 Lembrando sempre que essas técnicas 
não são indicadas para retenções dentárias 
intraósseas, pois, estas retenções requerem 
osteotomia e, por vezes, abordagens para 
tracionamento ortocirúrgico 
Ulotomia 
1. Anestesia local; 
2. Incisão linear sobre o rebordo; 
 
3. Suturas não devem ser realizadas 
na região. 
 
Ulectomia 
1. Anestesia local; 
2. Incisão elíptica sobre o rebordo com 
exposição da posição incisal/oclusal 
da coroa dentária; 
 
3. Remoção de tecido gengivofibroso e 
encaminhamento para exame 
fisiopatológico; 
4. Suturas não devem ser realizadas 
na região. Se houver 
disponibilidade, à proteção da ferida 
cirúrgica pode ser realizada com 
cimento cirúrgico por 72 horas. 
 
DICA: na presença de cisto de 
erupção, recomenda-se a 
ulectomia, pois permite a 
remoção de tecido e o 
encaminhamento para o 
exame histopatológico. 
Cisto de erupção 
 É um cisto de origem odontogênica 
associado a um dente não erupcionado. 
 É localizado entre a gengiva e o dente 
permanente, podendo deixar a gengiva com 
aspecto azulado pela tumefação translúcida 
característica. 
@ruivaodontoofc 
 
 
TRAUMATISMO EM ODONTOPEDIATRIA 
 Pode envolver estrutura dental, 
periodontal, óssea e tecido mole. 
 Os traumas podem ocorrer nos dentes 
decíduos desde sua erupção ou através do 
trauma no rebordo alveolar do bebê. 
 
Importância 
 Os traumas são comuns em crianças; 
 Apresentam características diferentes 
entre decíduos; 
 Desafios: diagnóstico e tratamento; 
 Afetar a formação do dente permanente, 
no momento do trauma e nas sequelas; 
 Requer acompanhamento até a erupção do 
seu sucessor; 
 Tratamento das sequelas na dentição 
permanente podem necessitar de equipe 
multiprofissional. 
 
Você sabia? 
 Os pais nem sempre sabem como ocorreu o 
trauma ou simplesmente não sabem a 
exatidão dos detalhes; 
 Sequelas são diagnosticadas na consulta 
de rotina; 
 O trauma repetido dificulta a resposta 
biológica de reparação e/ou cicatrização do 
dente decíduo e das estruturas envolvidas; 
 Sequelas podem se somar a traumas 
anteriores, tornando o prognóstico menos 
favorável. 
 Fatores de risco 
• Falta do selamento labial 
 
• Sobressalência (overjet) excessiva 
Entre 3 e 6mm = 2x 
Acima de 6mm = 3x 
 
• Chupeta 
 
• A fase de se levantar, andar e correr; 
• Falta de coordenação motora; 
• Ter uma queda da própria altura; 
@ruivaodontoofc 
 
 
• Crianças de 1 a 3 anos: 11 a 30% tem 
algum trauma dental, sem 
diferenciação entre gênero; 
• Os dentes anteriores superiores são 
os mais atingidos (esporte ou 
acidente de carro). 
 
 
Consulta 
• Contatar o pediatra; 
• Crianças com cardiopatas ou 
problemas de coagulação; 
• Em relação ao trauma atual, 
considerar: 
Como – história do trauma compatível a 
condição clínica 
Quando (tempo) – conduta a ser tomada; 
Onde – local contaminado. 
 
 Em relação ao trauma atual, considerar: 
• Checagem das vacinas; 
• Trauma anterior; 
• Experiência odontológica anterior 
(possível comportamento da 
criança). 
 
Exame geral: 
• Lesões extrabucais (mento, face, 
cabeça): médico! 
• Trauma na região de mento pode 
resultar em fraturas dentais 
longitudinais do dente, sendo capaz 
de restringir a coroa ou envolver a 
coroa e a raiz; 
• Lesões na pele e no rosto: cirurgião 
plástico. 
 
Exame radiográfico: 
• Considerar a idade da criança e o 
tipo de trauma; 
• Deve-se verificar: 
- Estágio de erupção; 
- Grau de rizólize; 
- Grau de rizogênese; 
- Fragmentos em tecido mole; 
- Fraturas ósseas ou dentárias; 
- Espessura da dentina remanescente entre 
a linha de fratura e a polpa coronária; 
- Reabsorções radiculares; 
- Tamanho da câmara pulpar; 
- Deslocamento intrusivos e extrusivos; 
- Relação entre os deslocamentos 
intrusivos do dente decíduo e os germes dos 
sucessores permanentes; 
- Presença de outras alterações patológicas 
na área; 
- Processamento correto e armazenamento 
(se possível, fotografar o caso para 
documentação e controle). 
 
 
@ruivaodontoofc 
 
 
Exame clínico: 
Limpeza com soro ou água oxigenada e 
avaliar os tecidos moles: 
• Tecidos moles afetados e extensão; 
• Dentes com fratura, mobilidade ou 
deslocamento; 
• Tecido ósseo fraturado; 
• Oclusão normal – deslocamento 
dental e fratura óssea; 
• Não realizar testes de percussão e 
vitalidade. 
 
 Somente depois desses pontos 
esclarecidos escolhe-se o tratamento para 
cada situação, definindo o tratamento 
imediato recomendado para o tipo de lesão e 
o possível futuro impacto da terapêutica 
adotada. Tratamentos “heroicos” que podem 
colocar em risco o desenvolvimento do 
dente permanente são contraindicados. 
 
Classificação das lesões traumáticas 
Lesões traumáticas aos tecidos dentários: 
Trinca de esmalte Sem perda da 
estrutura dental 
Fratura de esmalte Perda de estrutura 
dentária restrita ao 
esmalte 
Fratura de esmalte e 
dentina 
Perda de estrutura 
dentária restrita ao 
esmalte e à dentina, 
sem exposição pulpar 
Fratura de esmalte e 
dentina com 
exposição pulpar 
Perda de estrutura 
dentária restrita ao 
esmalte e à dentina, 
com exposição pulpar 
Fratura 
coronorradicular 
Solução de 
continuidade que 
envolve esmalte, 
dentina e cemento, sem 
envolvimento pulpar 
Fratura de raiz Solução de 
continuidade que 
envolve esmalte, 
dentina, cemento e 
polpa 
 
Lesões traumáticas aos tecidos de 
sustentação: 
Concussão Traumatismo de pequena 
intensidade sobre os tecidos de 
sustentação, porém sem 
ruptura de fibras 
Subluxação Traumatismo de baixa a 
moderada intensidade nos 
tecidos de sustentação, no qual 
o dente possui mobilidade, 
mas não está deslocado do 
alvéolo. 
Sangramento no sulco 
gengival pode estar presente. 
Luxação 
lateral 
Traumatismo de maior 
intensidade, que leva a 
deslocamento dentário nos 
sentidos palatino, vestibular, 
mesial ou distal 
Luxação 
intrusiva 
Deslocamento do dente para o 
interior do alvéolo 
Luxação 
extrusiva 
Deslocamento parcial do dente 
para fora do alvéolo 
Avulsão Deslocamento total do dente 
para fora do alvéolo 
 
Lesões traumáticas aos tecidos dentários 
Trinca de esmalte, quando NÃO HÁ PERDA de 
estrutura 
a) Exame clínico: visual da superfície 
limpa, seca e bem iluminada; 
@ruivaodontoofc 
 
 
b) Exame radiográfico: trincas de 
esmalte não são visíveis em 
radiografias periapicais; 
c) Tratamento: fluorterapia; 
d) Prognóstico: favorável; 
e) Proservação: acompanhamento 
clínico e radiográfico (consultas de 
rotina). 
 
 
Fratura de esmalte, COM PERDA de estrutura 
restrita ao esmalte 
a) Exame clínico: limpa, seca e bem 
iluminada para confirmar essa 
perda de estrutura no esmalte; 
b) Exame radiográfico: a extensão da 
fratura e servir de parâmetropara 
os demais exames de controle; 
c) Tratamento: desgaste e polimento, 
evitar lacerações nos tecidos moles 
(lábio e língua), indicado a aplicação 
do flúor e restaurar; 
d) Prognóstico: favorável; 
e) Proservação: nas consultas de 
manutenção do paciente. 
 
 
 
Fratura de esmalte e dentina, SEM 
EXPOSIÇÃO PULPAR: perda de estrutura 
envolvendo esmalte, dentina e polpa 
preservada 
a) Exame clínico: limpa, seca e bem 
iluminada; 
b) Exame radiográfico: avaliar a 
relação da fratura com a câmara 
pulpar e o estágio de rizogênese ou 
rizólise do dente afetado; 
c) Tratamento: 
Crianças colaboradoras – restauração em 
resina composta; 
Crianças não colaboradoras – restauração 
provisória com CIV. 
d) Prognóstico: favorável; 
e) Proservação: clínico após 7 dias e o 
clínico-radiográfico depois de 30 e 
90 dias e anual até a esfoliação do 
dente. 
 
 
Fratura de esmalte e dentina COM 
EXPOSIÇÃO PULPAR: perda de estrutura 
envolvendo esmalte e dentina com 
exposição do tecido pulpar – fratura 
complicada de coroa 
a) Exame clínico: limpa, seca e bem 
iluminada, a fim de confirmar a 
extensão da perda de estrutura 
dental e a presença de uma pequena 
hemorragia ou áreas avermelhadas 
puntiformes indicando o 
comprometimento pulpar; 
@ruivaodontoofc 
 
 
OBS.: nesse tipo de caso, pode ter certeza de 
que a criança machucou algum tecido mole. 
b) Exame radiográfico: avaliar a 
câmara pulpar e o estágio de 
rizogênese ou rizólise; 
c) Tratamento: depende de uma série de 
fatores: 
- Extensão da fratura; 
- Grau de desenvolvimento dental (grau de 
rizogênese ou rizólise); 
- Momento do trauma (TTO imediata ou 
tardia); 
- Colaboração da criança; 
- Quanto mais jovem for o dente (enquanto 
a rizogênese estiver incompleta), melhor a 
resposta pulpar! Por isso que é melhor 
tratar uma criança de 2 anos do que uma de 
5 anos, justamente por conta do processo de 
formação; 
- Se a extensão da fratura for pequena e a 
procura do tratamento for imediato, 
recomenda-se a proteção pulpar direta 
seguida de restauração em resina composta 
ou colagem do fragmento; 
- Em decíduos com raízes completas ou em 
estágio inicial de rizólise, o tratamento 
imediato será a pulpotomia e o tardio, a 
pulpectomia. 
- Em dentes com rizólise avançada, opta-se 
pela exodontia 
 
 
 
Fratura coronorradicular (esmalte-
dentina-cemento), SEM EXPOSIÇÃO PULPAR 
a) Exame clínico: visual, avaliar a 
extensão subgengival da fratura. O 
fragmento encontra-se preso pelas 
fibras do ligamento periodontal, 
portanto, ver se tem mobilidade do 
fragmento; 
b) Exame radiográfico: pode não 
evidenciar a fratura, já que o traço 
desta é geralmente perpendicular ao 
feixe de raios X; 
c) Tratamento: depende de sua extensão 
subgengival – quando a fratura 
se estende a 2mm além do limite 
gengival -> exodontia; quando a 
fratura está aquém do limite 
gengival -> RRC; 
d) Prognóstico: favorável (se 
observadas as indicações e/ou 
contraindicações da 
restauração); 
e) Proservação: são importantes o 
acompanhamento clínico após 7 dias 
e o clínico radiográfico depois de 60, 
90 e 180 dias e todos os anos até a 
esfoliação dental. 
 
Fratura coronorradicular (esmalte-
dentina-cemento), COM EXPOSIÇÃO PULPAR 
a) Exame clínico: visual, para 
averiguar a extensão subgengival da 
fratura. É comum o fragmento estar 
preso pelas fibras do ligamento 
periodontal, portanto tem de ser 
observada a presença de mobilidade 
do fragmento fraturado; 
b) Exame radiográfico: pode não 
evidenciar a fratura, pois o traço 
desta é geralmente perpendicular ao 
feixe de raios X, mas servirá como 
parâmetro para futuros exames de 
controle; 
@ruivaodontoofc 
 
 
c) Tratamento: depende de sua extensão 
subgengival e segue os mesmos 
princípios da fratura 
coronorradicular sem exposição 
pulpar. Todavia, neste caso, o 
tratamento pulpar se faz necessário 
e a abordagem é semelhante à da 
fratura coronária com envolvimento 
pulpar; 
d) Prognóstico: favorável, 
desde que sejam 
verificadas as 
indicações ou 
contraindicações da 
restauração (2 mm 
aquém da margem 
gengival) e da terapia 
pulpar (estágio de desenvolvimento 
dentário adequado); 
e) Proservação: são importantes o 
acompanhamento clínico após 7 dias 
e o clínico radiográfico depois de 60, 
90 e 180 dias e todos os anos até a 
esfoliação dental. 
 
Fratura radicular 
a) Exame clínico: visual, quando 
poderá ser observado ligeiro 
deslocamento da coroa associado a 
pequena extrusão. Apalpa-se a área 
afetada para verificar se há dor ao 
toque e/ou presença de mobilidade e 
para descartar fratura óssea. 
Comumente, a mobilidade por 
fratura alveolar acontece em bloco, 
ou seja, ao testar um dente, os 
elementos adjacentes também 
apresentam mobilidade; 
b) Exame radiográfico: determinará se 
a mobilidade dentária acontece em 
virtude de luxação ou da presença de 
fratura radicular. Em tais caso, 
sugerem-se tomadas radiográficas 
adicionais com diferentes 
angulações; 
c) Tratamento: depende da localização 
(terços apical, médio ou cervical) e 
direção da linha de fratura 
(orientação transversal ou 
longitudinal): 
- Fraturas transversais nos terços apical e 
médio: reposicionamento por pressão 
digital para aproximação dos fragmentos, 
quando o tratamento é imediato. Se for 
tardio ocorre interposição do coágulo, o que 
dificulta essa manobra. Fraturas de terço 
apical normalmente se recuperam sem 
tratamento, no entanto, nas fraturas de 
terço médio e sobretudo naquelas com 
mobilidade do dente envolvido, faz-se 
necessária contenção rígida por um período 
de 90 a 120 dias. Acompanha-se 
radiograficamente a formação do reparo 
para a remoção da contenção; 
- Fraturas transversais no terço cervical: 
exodontia, uma vez que a mobilidade do 
fragmento coronário inviabiliza a 
contenção. A literatura aponta a não 
necessidade de remover o fragmento 
radicular, pois ele deverá passar pelo 
processo de rizólise fisiológica; 
- Fraturas longitudinais ou oblíquas: 
exodontia é o tratamento de escolha. 
d) Prognóstico: as fraturas 
transversais no terço apical têm 
prognóstico mais favorável que as 
demais; 
e) Proservação: acompanhamento 
clínico e radiográfico durante um, 
três, quatro e seis meses e todos os 
anos até a esfoliação. 
 
@ruivaodontoofc 
 
 
 
Lesões traumáticas aos tecidos de 
sustentação 
 “As lesões aos tecidos de sustentação 
estão envolvidas na maioria dos 
traumatismos que ocorre na dentição 
decídua, pois há alta prevalência de 
deslocamentos dentários em razão da maior 
resiliência do osso alveolar em crianças de 
baixa idade e da anatomia da raiz, que é 
menor e cuneiforme”. 
 
Concussão 
 Traumatismo de pequena intensidade que 
envolve hemorragia e edema do ligamento 
periodontal, porém sem ruptura de fibras. 
Não provoca deslocamento, mobilidade 
dentária ou sangramento do sulco gengival. 
Também é denominada comoção. 
a) Exame clínico: visual. Clinicamente 
o dente afetado não revela alterações, 
contudo pode apresentar 
sensibilidade ao toque e causar 
desconforto à mastigação. O dentista 
quase nunca é solicitado em 
atendimentos de emergência nesses 
casos; há apenas relatos em 
consultas de rotina posteriores. Não 
estão indicados testes de percussão 
ou térmicos em crianças, já que o 
resultado não é fidedigno, além de 
poder suscitar comportamento não 
colaborativo. 
b) Exame radiográfico: deve ser 
realizado como parâmetro para 
futuras consultas de controle, 
entretanto alterações não são 
observadas; 
c) Tratamento: orientação dietética. 
Oferece-se uma dieta mais pastosa e 
líquida, sobretudo nas primeiras 48 
horas, e restringe-se o uso de 
chupetas e mamadeiras. Os pais 
deverão ser orientados para levarem 
a criança ao consultório novamente 
caso observem algo que lhes cause 
estranhamento, como edema local ou 
presença de fístula; 
d) Prognóstico: favorável, com 
possibilidade de alteração de cor 
transitória ou permanente por 
hemorragia pulpar. A mudança de 
cor, quando tardia, tem de seracompanhada mais de perto para 
descartar necrose pulpar; 
e) Proservação: 7 dias após o trauma e 
depois nas consultas de rotina do 
paciente. 
 
 
Subluxação 
 Traumatismo de intensidade baixa a 
moderada que provoca ruptura de algumas 
fibras do ligamento periodontal e leva à 
mobilidade sem, contudo, provocar 
deslocamento dentário. Sangramento no 
sulco gengival pode estar presente. 
a) Exame clínico: visual. Embora o 
dente subluxado não apresente 
deslocamento, é possível ocorrer 
mobilidade horizontal (leve a 
severa). Quando o exame é imediato 
ao trauma, percebe-se sangramento 
no sulco gengival. Há relato de 
sensibilidade ao toque e à 
mastigação do dente traumatizado. 
Como dito anteriormente, não se 
recomendam os testes térmicos ou de 
percussão. 
b) Exame radiográfico: tal na 
concussão, apesar de não revelar 
@ruivaodontoofc 
 
 
alterações, é importante para 
avaliações futuras; 
c) Tratamento: assim como na 
concussão, é seguida orientação 
dietética e restringe-se o uso de 
chupetas e mamadeiras. Caso a 
mobilidade seja acentuada, uma 
contenção flexível ou semirrígida 
deverá ser usada por dez a 14 dias; 
d) Prognóstico: favorável, porém com 
possibilidade de alteração de cor e 
calcificação pulpar; 
e) Proservação: avaliação clínica 
depois de 7 dias e controle clínico-
radiográfico após 30 e 120 dias. 
Posteriormente a isso, fazem-se 
consultas de rotina. 
 
Luxação lateral 
 Trata-se de traumatismo de maior 
intensidade que leva a deslocamentos 
dentários nos sentidos palatino, 
vestibular, mesial ou distal. 
a) Exame clínico: no exame clínico 
visual nota-se deslocamento 
dentário, com presença ou não de 
mobilidade, sangramento e laceração 
gengival. A palpação dos tecidos 
adjacentes é necessária a fim de 
perceber abaulamentos 
correspondentes aos ápices 
radiculares. Deve-se verificar a 
oclusão, pois eventuais contatos 
prematuros podem existir em 
virtude da nova posição assumida 
pelo dente na arcada; 
b) Exame radiográfico: evidencia o 
deslocamento dentário pelo aumento 
do espaço do ligamento periodontal. 
É muito importante avaliar a 
relação do dente decíduo afetado com 
o germe do permanente sucessor e 
comparar tal germe com seu 
homólogo para diagnosticar possível 
deslocamento dele; 
c) Tratamento: vai depender de uma 
série de fatores, tais como magnitude 
do deslocamento, grau de 
desenvolvimento dentário e sua 
relação com o sucessor permanente, 
procura por tratamento imediata ou 
tardia e grau de cooperação da 
criança ao tratamento proposto. 
Deslocamentos muito pequenos sem 
interferência oclusal, a musculatura 
da língua e do lábio tendem a 
reposicionar o dente sem qualquer 
outra intervenção. No caso de 
deslocamentos não muito extensos, 
em condições favoráveis, ou seja, 
dentes em estágio inicial de rizólise 
(menos de 1/3 de reabsorção), sentido 
do deslocamento contrário ao dente 
permanente (coroa para palatino – 
raiz para vestibular), busca por 
tratamento nas primeiras horas 
após o trauma e criança 
colaboradora, faz-se a reposição sob 
anestesia local, pressionando bi 
digitalmente o dente. Caso haja 
mobilidade, está indicada contenção 
flexível ou semirrígida por dez a 14 
dias. Persistindo a interferência 
oclusal, ocorre o desgaste incisal. Se 
os deslocamentos forem de grande 
intensidade ou em direção ao germe 
do permanente, a extração é o 
tratamento de escolha. Em todas as 
situações os responsáveis devem ser 
orientados quanto à dieta leve, 
restrição ao uso de chupetas e 
mamadeiras e ao controle mecânico e 
químico (digluconato de clorexidina 
a 0,12% com cotonete) de biofilmes 
bucais; 
d) Prognóstico: favorável para o 
permanente, porém com 
possibilidade de necrose do dente 
afetado; 
e) Proservação: avaliação clínica e 
remoção da contenção após 15 dias, 
controle clínico radiográfico depois 
de 30, 60 e 120 dias e anualmente até 
a esfoliação do dente. 
@ruivaodontoofc 
 
 
 
 
Luxação intrusiva 
 Também denominada intrusão, é o 
deslocamento dentário para o interior do 
seu alvéolo. É considerada grau I (suave) 
quando mais de 50% da coroa fica visível, 
grau II (moderada) quando menos de 50% 
da coroa pode ser vista e grau III (severa) 
quando há intrusão total da coroa. 
Geralmente se dá por vestibular em relação 
ao germe do dente permanente, mas é 
possível acontecer em sua direção. 
a) Exame clínico: visual. Verificam-se 
eventuais aumentos de volume na 
região vestibular indicando a 
direção da intrusão. A região de 
fundo de vestíbulo deverá ser 
palpada para constatar se a 
intrusão não foi tão severa a ponto 
de romper o osso alveolar. Se isso 
ocorreu, durante o pressionamento 
do local o dente se moverá. 
b) Exame radiográfico: são sugeridas 
tomadas intra e extraorais. Para 
radiografias intraorais utilizam-se 
as técnicas periapicais ou oclusais 
modificadas para a odontopediatria. 
Nessas tomadas, se a imagem da raiz 
do dente decíduo intruído ficar 
encurtada em relação ao homólogo, 
ele se desviou do germe do 
permanente; se alongada, foi em sua 
direção. As tomadas extraorais 
podem ser realizadas com filmes 
oclusais (película 5 x 7) ou 
periapicais (película 3 x 4), 
colocados de perfil, perpendiculares 
à comissura labial do paciente. Caso 
o dente decíduo tenha se desviado do 
permanente, observa-se o ápice 
radicular vestibularizado; 
c) Tratamento: depende da direção de 
intrusão e da associação ou não com 
fratura da tábua óssea. Para dentes 
intruídos em direção ao sucessor 
permanente (imagem radiográfica do 
dente intruído alongada em relação 
ao homólogo), a extração é o 
tratamento de escolha, a fim de 
aliviar a pressão sobre o germe do 
permanente. Caso contrário, ou seja, 
imagem radiográfica encurtada do 
dente intruído sugerindo direção 
vestibular da intrusão, é preciso 
aguardar a reerupção do dente 
decíduo, o que tem de acontecer em 
até seis meses. Avalia-se nas 
consultas de controle a ocorrência de 
infecção; nesse caso deve ser 
instituída antibioticoterapia. 
Quando há fratura da tábua óssea 
associada, o processo de reerupção 
dificilmente ocorre, o que aponta 
para a necessidade da exodontia. 
Para prevenir maiores danos ao 
sucessor permanente, procura-se 
evitar o uso de elevadores apicais. A 
luxação dentária deve ser feita com o 
fórceps, cujos mordentes apreendem 
o dente no sentido mesiodistal. As 
recomendações quanto à dieta, ao uso 
de chupetas e mamadeiras e controle 
mecânico e químico de biofilmes 
seguem os mesmos princípios da 
luxação lateral; 
d) Prognóstico: para o dente decíduo 
torna-se favorável quando a direção 
do deslocamento é vestibular e a 
reerupção se inicia em até dois 
meses. Pode ser sombrio quando a 
direção do deslocamento é palatina 
ou quando o processo de reerupção 
não começa em até dois meses. Já 
para o sucessor permanente, é o tipo 
de traumatismo que mais provoca 
danos a ele. Quanto mais jovem a 
criança, ou seja, quanto menor o 
@ruivaodontoofc 
 
 
estágio de Nolla do permanente, 
maior a probabilidade de sequelas; 
e) Proservação: avaliação clínica e 
radiográfica após 7, 30, 60 e 120 dias 
e anualmente até a esfoliação. 
 
 
 
 
Luxação extrusiva 
 Também denominada extrusão, é o 
deslocamento parcial do dente para fora de 
seu alvéolo. 
a) Exame clínico: clinicamente o dente 
parece estar alongado em relação ao 
seu homólogo e com hemorragia 
local; 
b) Exame radiográfico: verifica-se 
aumento do espaço periodontal 
apical. O traumatismo geralmente 
atinge mais que um dente, e os 
dentes afetados apresentam elevado 
grau de mobilidade; 
c) Tratamento: depende dos mesmos 
fatores analisados na luxação 
lateral, como magnitude do 
deslocamento, grau de 
desenvolvimento dentário e sua 
relação com o sucessor permanente, 
procura por tratamento imediata ou 
tardia e grau de cooperação da 
criança ao tratamento proposto. Em 
casos de pequenos deslocamentos 
deve-se observar se interferências 
oclusais não foram ocasionadas pela 
nova posição dental, pois, se issoocorrer, pequenos desgastes são 
indicados. Com tratamento imediato 
pode-se tentar o reposicionamento. 
Se o atendimento for tardio, 
acontecem diminuição da 
mobilidade e formação do coágulo; 
em tal caso a melhor opção é deixá-
los nessa nova posição. Em graus de 
mobilidade excessivos e extrusões 
severas (geralmente mais que 3 mm) 
a exodontia é a alternativa mais 
recomendada; 
d) Prognóstico: desfavorável, pois 
parece ser o tipo de lesão que mais 
leva à perda dental. Como em outros 
deslocamentos, a possibilidade de 
necrose pulpar é elevada, e o 
acompanhamento, necessário; 
e) Proservação: ser feita por meio de 
exame clínico após 2 ou 3 semanas, 
exame clínico e radiográfico depois 
de 6 a 8 semanas e exame clínico e 
radiográfico posteriormente a um 
ano. 
 
@ruivaodontoofc 
 
 
Avulsão 
 Também denominada luxação total, é o 
deslocamento completo do dente para fora 
de seu alvéolo. 
a) Exame clínico: clinicamente se 
constatam ausência do dente que 
sofreu o trauma e com frequência 
lesões nos tecidos moles ao redor; 
b) Exame radiográfico: a tomada 
radiográfica periapical deve ser 
realizada para se certificar de que o 
dente não está intruído e de que não 
há presença de corpo estranho no 
local; 
c) Tratamento: diferentemente do que 
ocorre na dentição permanente, o 
reimplante não está indicado na 
dentição decídua por ser um 
procedimento que envolve condições 
muito específicas para o seu sucesso 
e pela possibilidade de lesão do 
germe do permanente, pois é 
possível que o coágulo seja forçado 
para o interior da região do folículo. 
A melhor opção é a reabilitação 
protética, que pode ser complicada 
em crianças de baixa idade, mas 
importante por questões estéticas e 
funcionais; 
d) Prognóstico: para o dente 
permanente sucessor é favorável. Os 
achados mais comuns são 
hipocalcificações e hipoplasias; 
e) Proservação: exame clínico após 1 
semana e exame clínico e 
radiográfico a cada 6 meses até 
erupção do dente permanente. 
 
 
Fratura alveolar 
 Este tipo de fratura envolve o osso 
alveolar, e os dentes contidos no fragmento 
geralmente apresentam mobilidade. 
a) Exame clínico: os dentes presentes 
no fragmento com frequência estão 
deslocados e com elevada mobilidade. 
Sendo assim, há necessidade de 
verificar se existem interferências 
oclusais. A mucosa da região pode 
apresentar descontinuidade; 
b) Exame radiográfico: a fratura 
horizontal passa pelo ápice do dente 
decíduo e observa-se o germe do 
permanente. É possível que uma 
radiografia lateral informe a relação 
entre as duas dentições e se o 
segmento está deslocado para 
vestibular ou palatino; 
c) Tratamento: o reposicionamento da 
região fraturada precisa ocorrer com 
pressão bi digital. Em função da 
rápida cicatrização, em algumas 
situações a imobilização não é 
necessária, mas em casos de fraturas 
de grande extensão a contenção 
dental é feita para alcançar 
estabilidade; além disso, alguns 
dentes também poderão ser 
extraídos com esse propósito. Tais 
procedimentos devem ser realizados 
sob anestesia local ou, em grandes 
traumatismos, geral. Normalmente a 
contenção é removida após quatro 
semanas. Verifica-se aparecimento 
de fístula ou mobilidade nas 
consultas de acompanhamento; 
d) Prognóstico: a cicatrização óssea em 
crianças comumente ocorre sem 
complicações, porém durante o 
acompanhamento reabsorções 
radiculares podem ser vistas; 
e) Proservação: o controle deve ser 
realizado por meio de exame clínico 
e radiográfico após 4, 6 e 8 semanas 
e depois de 1 ano. O controle 
radiográfico anual precisa acontecer 
@ruivaodontoofc 
 
 
até a esfoliação do dente decíduo e 
erupção do permanente. 
 
Contenção 
 É um auxílio a fim de que os dentes 
fiquem em posição de repouso para ajudar 
no reparo do feixe vasculonervoso e das 
fibras periodontais. Faz-se necessário 
manter a integridade dos tecidos e 
proporcionar condições adequadas de 
higiene para evitar o acúmulo de placa 
bacteriana. Quando a contenção é 
recomendada, deve ser colocada no terço 
médio da face vestibular dos dentes 
traumatizados e adjacentes envolvendo 
dois dentes de suporte de cada lado. 
 As contenções mais usadas são as que 
empregam fios de náilon ou de aço fixados 
aos dentes com resina composta. Podem ser 
flexíveis, com fios de náilon que variam do 
n.º 70 ao 80, e geralmente são utilizadas 
quando há lesões nos tecidos de 
sustentação; semirrígidas, com fios 
ortodônticos 0,2 mm ou 0,4 mm ou twist 
flex, indicadas a fraturas de tecido ósseo; e 
rígidas, com fios ortodônticos de 0,5 mm, 
quando ocorrem fraturas radiculares. 
 
Lesões de tecido mole 
 Os traumatismos em crianças são 
frequentemente acompanhados de lesões em 
tecidos moles como gengiva, mucosa 
alveolar, freios e bridas, lábios e pele. Esses 
tipos de lesões podem ser classificados em: 
• Laceração: perfuração por objetos 
cortantes que mostra solução de 
continuidade; 
• Contusão: hematoma provocado por 
impactos com objetos rombos que 
leva a hemorragias e edemas com 
mucosas íntegras; 
• Abrasão: ferimento em que há 
remoção de camada superficial de 
tecido, deixando a gengiva áspera e 
sangrante. 
 O tratamento dessas lesões deve seguir 
uma sequência de procedimentos que se 
inicia pela avaliação da gravidade do 
trauma e da possibilidade de contaminação 
do local para verificar o estado vacinal e a 
necessidade de indicação de 
antibioticoterapia. Mais tarde são 
realizados limpeza e desbridamento do 
ferimento com o objetivo de remover corpos 
estranhos, microrganismos e tecidos 
contundidos. Com tal finalidade, utiliza-se 
solução fisiológica com seringa sob alta 
pressão ou embebida em gaze. 
 Se houver tecidos gravemente 
contundidos, isquêmicos ou necróticos, 
estes devem ser retirados com o auxílio de 
lâminas de bisturi (n.º 11 ou 15) ou curetas, 
pois propiciam a instalação de infecções. 
Estando devidamente limpo o local do 
ferimento, avalia-se a necessidade de 
sutura, que precisa ser feita em tecidos 
intrabucais com fios de seda ou polivicril 
4,0 ou 5,0 e permanecer no local por três a 
quatro dias. 
 
 
 
 
 
 
@ruivaodontoofc 
 
 
Orientações aos pais 
• Deve-se recomendar higiene local 
para melhor cicatrização. Tal 
higiene precisa ser feita com escova 
macia e aplicação de solução de 
clorexidina 0,12% com cotonete na 
área lesada duas vezes ao dia por 
uma semana para prevenir acúmulo 
de placa; 
• Se houve injúria aos lábios, faz-se 
necessário usar protetor labial 
durante o processo de cicatrização a 
fim de evitar ressecamento; 
• Manter a região em repouso com 
dieta leve, alimentação pastosa e 
morna por sete a dez dias para 
melhor recuperação dos tecidos de 
sustentação; 
• Evita-se uso de mamadeiras e 
chupetas, principalmente em casos 
de intrusão, para facilitar a 
reerupção espontânea; 
• Alerta-se sobre eventuais alterações 
nos dentes decíduos, como retenção 
prolongada, escurecimento, edema, 
aumento de mobilidade do dente 
afetado e possibilidade de 
aparecimento de fístula vestibular; 
• Possíveis sequelas aos dentes 
permanentes associadas a 
traumatismo dental no decíduo 
também deverão ser informadas, 
sobretudo em casos de intrusão, 
avulsão e fratura alveolar em 
crianças menores de 4 anos de idade; 
• São importantes exames de controle 
de acordo com o trauma; 
• Registram-se no prontuário todos os 
dados e avisa-se aos pais de que 
devem ser realizadas consultas de 
controle. Sugerimos que estes 
assinem confirmação das 
informações recebidas. 
 
Repercussões do trauma para dentes 
decíduos 
 Várias sequelas podem acometer a 
dentição decídua após um traumatismo, 
podendo variar de acordo com a intensidade 
e o tipo de trauma ocorrido. 
Hiperemia pulpar 
 É a 1ª reação da polpa em resposta ao 
trauma sofrido e está presente mesmo em 
traumas de pequena intensidade; 
 Congestão de sangue no interior da 
câmara pulpar; 
 Descoloração coronária: sequela mais 
comum na dentição decídua e pode sertransitória ou acompanhar o dente até a 
esfoliação; 
 Tons amarelados ou brancos opacos 
geralmente estão relacionados a 
obliterações (calcificações) do canal pulpar, 
caracterizadas pela deposição de tecido 
mineralizado no interior do canal 
radicular. Apesar da obliteração do canal 
radicular, é normal esses dentes sofrerem 
rizólise; 
 Já as colorações acinzentadas ou 
azuladas que ocorrem logo depois do 
traumatismo são decorrentes de hemorragia 
pulpar, causada por ruptura dos capilares, 
o que leva ao extravasamento de eritrócitos 
e, por consequência, à pigmentação; 
 Se essa coloração se der meses ou anos 
após o trauma, é possível que tal 
hemorragia tenha evoluído para necrose 
pulpar. 
 
@ruivaodontoofc 
 
 
Retenção prolongada 
 No qual não acontece o processo 
fisiológico de rizólise na raiz do decíduo. 
Aqui a exodontia deve ser realizada. 
 
 
Reabsorções dentárias 
 São divididas em internas ou externas e 
estão ou não ligadas a outras alterações, 
como a necrose pulpar. Em casos de 
reabsorções leves, apenas o 
acompanhamento radiográfico está 
indicado. Em situações mais severas, a 
exodontia é o tratamento de eleição. 
 
 
Anquilose dental 
 (reabsorção substitutiva) também pode 
ocorrer em razão da progressiva 
substituição de tecido dentário por tecido 
ósseo. Clinicamente o dente aparece em 
infra oclusão em relação aos seus 
adjacentes. Radiograficamente pode haver 
ausência de continuidade do ligamento 
periodontal ao osso alveolar na área de 
fusão do cemento. Na maioria dos casos tem-
se a necessidade de exodontia, pois não 
acontecerá reabsorção fisiológica desse 
dente, causando erupção retardada ou 
ectópica do permanente. 
 
 
Repercussões do trauma para dentes 
permanentes sucessores 
 Em virtude da proximidade anatômica da 
raiz do dente decíduo com a coroa do germe 
do permanente, o traumatismo na dentição 
decídua pode lesionar o germe dentário em 
formação; 
 Isso leva a alterações que variam de 
acordo com o tipo de trauma e o estágio de 
desenvolvimento do dente permanente, 
sendo os estágios iniciais de mineralização 
mais suscetíveis a sequelas. 
 
Hipoplasia do esmalte 
 Defeito estrutural associado à 
descoloração branca ou amarelo-marrom, 
evidência da destruição de ameloblastos 
antes da deposição de esmalte. 
 
 
@ruivaodontoofc 
 
 
 Algumas vezes o trauma é severo, a ponto 
de remover a camada de esmalte em 
formação e fazer com que os odontoblastos 
adjacentes produzam um tipo de dentina 
reparadora. 
 
Dilaceração 
 Ocorre quando a porção já formada do 
dente é torcida ou dobrada sobre si mesma e 
continua seu desenvolvimento nessa nova 
posição. Pode acontecer na porção coronária, 
quando se dá em estágios mais precoces da 
formação dentária ou radicular. 
 
 
 REFERÊNCIA: LOSSO, E. M. et al. Traumatismo 
dentoalveolar na dentição decídua. RSBO, v. 8, n. 
1, p. e1–e20, 2011. 
 
@ruivaodontoofc 
 
 
ORTODONTIA NA ODONTOPEDIATRIA 
Diagnóstico precoce: 
• Reconhecer; 
• Diagnosticar; 
• Encaminhar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ortodontia Preventiva 
x 
Ortodontia Interceptativa 
 
 
 
 
Qual o papel do Clínico 
Geral/Odontopediatra? 
• Enxergar as más oclusões; 
• Interceptação; 
• Encaminhamento. 
 
 
A prevenção da má oclusão é 
considerada uma alternativa 
potencial ao tratamento, uma 
vez que as mais comuns são 
condições funcionais 
adquiridas, atribuídas a dietas 
pastosas, problemas 
respiratórios e hábitos 
deletérios. 
Ortodontia Preventiva 
1) Conscientização dos pais e paciente 
- Orientações gerais sobre saúde bucal; 
- Procedimentos preventivos, exemplo: 
profilaxia, evidenciação de placa, selantes, 
restauração bem adaptada. 
 
2) Perda precoce dos dentes decíduos 
“A perda precoce de um dente 
decíduo é considerada precoce 
ou prematura quando ocorre 
antes do tempo de sua 
esfoliação normal, quando um 
dente decíduo é perdido antes 
do sucessor permanente ter 
começado sua erupção 
(formação coronária 
completa e formação 
radicular já iniciada)” – 
Moyers, 1991 
Perda precoce dos decíduos anteriores: 
- Estética desagradável; 
- Desorganização M-D; 
- Hábitos de 
interposição; 
- “Lingualização” dos 
incisivos (perda dos 
caninos). 
@ruivaodontoofc 
Tratamento 
Ortodôntico 
Ortodontia 
Interceptadora 
Ortodontia 
Corretiva 
Ortodontia 
Preventiva 
Evitar Interferir Corrigir 
Visa preservar a integridade da evolução 
normal da oclusão, evitando a instalação 
de determinadas mal oclusões 
Objetiva interceptar uma situação 
anormal já existente, de modo a 
reestabelecer a evolução normal da oclusão 
 
 
Perda precoce dos decíduos posteriores: 
- Mesialização dos dentes permanentes; 
- Aumento da 
sobremordida; 
- Impactação de 
permanentes; 
- Apinhamento; 
- Assimetria; 
- Alteração na sequência e cronologia de 
erupção. 
 
Consequências: 
• Inclinação/migração dos dentes 
adjacentes (conseq. + grave!) 
 
Gravidade: 
- Sequência de erupção dos dentes 
sucessores 
- Intercuspidação do molar 
Migração: 
- Oclusão local 
- Relação sagital entre os arcos (classe) 
- Influência da língua 
- Musculatura bucal 
- Época da perda 
- Condições de espaço no arco 
• Impactação 
 
 
• Desvio de linha média 
 
• Diminuição do perímetro do arco 
- Aumenta a severidade da má oclusão; 
- Apinhamentos; 
- Rotações; 
- Erupção ectópica; 
- Cruzamentos dentários; 
- Desequilíbrio estrutural e funcional. 
• Apinhamentos 
- Dentição mista; 
- Avaliação inicial: 
panorâmica; 
- Incisivos 
inferiores: indicador 
de discrepância; 
- Opções de tratamento: criar espaços ou 
extração seriada. 
 
3) Manutenção de espaços 
É uma das atividades mais importantes na 
prevenção das más oclusões. 
Objetivo: 
- Preservar o espaço presente; 
- Reduzir a severidade ou a prevalência das 
más oclusões. 
 
 
 
@ruivaodontoofc 
 
 
Mantenedores de espaço: 
Tem que ter indicações específicas e 
colaboração do paciente. 
 
Características: 
- Manter espaço M-D e vertical; 
- Inócuo aos tecidos moles adjacentes e aos 
dentes suportes; 
- Confecção simples; 
- Resistente; 
- Permitir higienização; 
- Não restringir o crescimento ósseo. 
 
Colocação: 
- Tempo decorrido da perda; 
- Local da perda; 
- Se o espaço já foi perdido; 
- Idade do paciente; 
- Sequência de erupção; 
- Quantidade de osso que recobre o dente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4) Diagnosticar e eliminar hábitos 
orais deletérios 
Hábitos deletérios são: chupar chupeta, 
sucção digital, roer unha, bruxismo, 
síndrome do respirador bucal... esses 
hábitos alteram o equilíbrio!! 
 
Sucção digitam e chupeta: 
- Instinto dos mamíferos; 
- Nutrição; 
- Comunicação; 
- Conforto; 
- Segurança 
emocional. 
 
- Incisivo S e I: erupção restrita; 
- Posteriores: crescimento vertical; 
 - Posição inferior da 
língua; 
 - M. bucinador; 
 - Atresia do arco. 
 
 
Mantenedor de espaço 
anterior 
@ruivaodontoofc 
Mantenedor de espaço 
posterior 
 
 
Pressionamento lingual atípico: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Onicofagia: 
É o hábito de roer as unhas, que por sua vez, 
é considerada consequência de um estado 
psicoemocional de ansiedade e 
relaciona-se a uma necessidade 
insatisfeita de morder. De fato, o 
hábito de morder lábios, língua 
e outros objetos, também pode 
surgir como substituição à 
sucção e ocasionar problemas 
oclusais. 
 
Bruxismo: 
É o hábito de maior 
complexidade quanto 
à etiologia, não sendo 
clara as suas causas. Sabe-se que este 
hábito consiste em ranger os dentes, 
contraindo os músculos mastigatórios sem 
intenção funcional. 
 
Síndrome do Respirador Bucal: 
Normalidade fisiológica: via nasal. 
Características: língua mais inferior e 
anterior, sem contato com a 
abóbada palatina, lábios 
entreabertos e mandíbula 
mais pra baixo e mais pra 
trás, olheiras e aspecto de 
cansaço, dólicofacial 
(desequilíbrioentre os terços), 
narinas pequenas, ausência de 
selamento dos lábios, lábios 
hipotônicos e ressecados, 
rotação posterior da cabeça, 
ombros pra frente e relaxamento 
compensatório da região toráxica. 
Obstruções: hipertrofia de cornetos, desvio 
de septo nasal, rinites alérgicas, 
hipertrofia de adenoide e hipertrofia de 
amígdalas. 
Respiração bucal: atresia da maxila e 
mordida cruzada posterior. 
Pressionamento atípico 
primário: causa da má oclusão 
Pressionamento atípico 
secundário: consequência 
Esporões 
Pérola de Tucat 
Grade lingual 
@ruivaodontoofc 
 
 
Introdução: Pacientes portadores de 
necessidades especiais (PNE) 
 
 10% da população dos países em 
desenvolvimento apresenta algum tipo de 
doença, de acordo com a OMS em 2001. 
 25% de pessoas do Brasil, ou seja, 45 
milhões de pessoas, apresentam deficiência 
física, mental ou sensorial, de acordo com o 
IBGE em 2019. 
 De acordo com Pinto e Ciamponi em 2013, 
com o avanço da ciência e da tecnologia, a 
sobrevida desses pacientes tem aumentado. 
 O pré-natal e os cuidados durante a 
gestação, reduz a prevalência do nº de 
indivíduos com deficiência. 
 
Cuidados durante o período gestacional 
• Fazer mensalmente o controle pré-
natal; 
• Ter alimentação balanceada, 
evitando carnes cruas ou 
malpassadas e o contato com gatos 
para evitar a toxoplasmose; 
• Consumir ácido fólico (vitamina 
B9): laranja, caju, espinafre, acelga, 
legumes e fígado! Seu consumo pode 
evitar mal formações quando usado 
nos 3 meses antes da gestação – 
consultar médico; 
• Não ingerir álcool, evitar fumar e 
começar a desenvolver hábitos 
saudáveis; 
• Solicitar o teste do pezinho nos 1ºs 
dias de vida, pois ele poderá detectar 
precocemente várias doenças. 
 
Classificação segundo a OMS 
• Funcional (memória, visão e 
audição); 
• Estrutural (sistêmicas); 
• Pessoal (limitação ou ausência de 
leitura, comunicação e locomoção). 
 A atuação multidisciplinar e 
interdisciplinar = vital, seja qual for a 
classificação adotada. 
 
Prevalência das doenças 
• Cárie; 
• DP; 
• Mal oclusão. 
 
@ruivaodontoofc 
 
 
Medicamentos + deficiência do controle 
muscular + higienização precária 
= 
 aumento do risco da cárie! 
 
 
Medicamentos anticonvulsivantes + 
bloqueadores de Ca + imunossupressores 
= 
Hiperplasia gengival! (deficiência no 
controle do biofilme) 
 
Atendimento Odontológico 
Requisitos: 
• O tratamento deve ser realizado em 
dupla, com auxiliar treinado e a 
presença do responsável; 
• Somente se inicia tratamento com o 
plano traçado, exceto em casos de 
urgência; 
• Exame clínico intra bucal deverá ser 
realizado após profilaxia, sempre 
que possível; 
• O tempo de trabalho deverá ser curto; 
• Nunca deixar o paciente sozinho na 
cadeira. 
 
Pré-atendimento: 
• Anamnese (história médica e 
odontológica completa); 
• Discutir plano de tratamento com o 
médico; 
• CDs devem saber suas limitações, 
bem como dos pacientes; 
• Não basta técnica: necessário ter 
paciência, perseverança, 
persistência e mor para o paciente; 
• TCLE; 
• Abordagem comportamental devem 
ser consideradas antes do 
atendimento; 
• Os responsáveis devem ser 
previamente orientados quanto as 
técnicas (farmacológicas ou não) que 
poderão ser utilizadas; 
• Algumas situações requerem o uso de 
imobilização TCLE antes do 
procedimento. 
 
 
 
 
 
 
 
Promoção de Saúde 
• Iniciar precocemente (6m); 
• Pré-natal odontológico; 
• Falta de colaboração do núcleo 
familiar, cuidadores; 
• Dificuldade de acesso aos serviços 
especializados; 
• Falha da prevenção precoce devido ao 
impacto emocional no 1º momento 
na família, diante do nascimento da 
criança com deficiência, sendo 
prioritária a atenção terapêutica. 
 
Controle e prevenção das doenças bucais 
• Controle mecânico e químico do 
biofilme; 
• Controle de dieta (consumo, 
frequência de açúcares); 
• Terapia fluoretada (avaliar risco do 
paciente); 
• Educação do paciente; 
• Treinamento dos pais/cuidadores; 
Saúde bucal 
Saúde geral 
Qualidade de vida 
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• Integração dos cuidados da saúde 
bucal dentro das atividades diárias 
e os cuidados preventivos periódicos 
do profissional; 
• Os retornos irão depender do risco e 
da atividade da cárie. 
 
A sistematização da educação 
em saúde, a adoção de 
programas preventivos e as 
avaliações profissionais 
periódicas serão essenciais 
para que essa população possa 
apresentar, no futuro, altos 
índices de saúde bucal. 
@ruivaodontoofc

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