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TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA EM ODONTOPEDIATRIA ANAMNESE 1. Histórico de saúde do paciente; 2. Possíveis interações medicamentosas; 3. Análise de possíveis efeitos adversos; 4. Alergias. ANÁLISE CRÍTICA • Benefícios x Aspectos negativos; • Benefício justifica o risco; • Tratamento coadjuvante em infecções odontogênicas. Os critérios de escolha dos anestésicos locais e de medicamentos, para uso em crianças, são praticamente os mesmos que para adultos. Dosagem terapêutica - Peso menor da criança (ter balança no consultório); - Metabolismo diferente do adulto. Esquema terapêutico - Menor quantidade de doses (risco de esquecer); - Horário das doses (chance de não administrar). Forma de apresentação do medicamento Presença de açúcar ANTIBIÓTICO NÃO CAUSA CÁRIE!!!!! A maioria das crianças apresentam rejeição a qualquer tipo de medicação, além da dificuldade natural de deglutir formas farmacêuticas sólidas. Assim, sempre que possível, deve-se optar pelas formas líquidas, como soluções orais, elixires ou xaropes. SEDAÇÃO MÍNIMA O uso de ansiolíticos e sedativos... • Procedimentos cirúrgicos ou operatórios longos; • Pacientes temerosos ou apreensivos; • Crianças hiperativas ou rebeldes; • Crianças diabéticas (estresse – hiperglicemiantes); • Crianças PNE (portadoras de necessidades especiais). ...+ abordagens/técnicas tradicionais para o controle do comportamento. Problemas comportamentais Sedação mínima Fármacos Ansiedade Estresse @ruivaodontoofc • Benzodiazepínicos: Midazolam e Diazepam: - Atualmente o Midazolam é utilizado como medicação pré-anestésica em anestesia geral pediátrica, também ganhando seu espaço como ansiolítico na clínica odontopediátrica; - O Midazolam é o padrão ouro na odontoped! Pois, ele tem um tempo mais curto, diferentemente do Diazepam; - V.O: rápida absorção; - Concentração máxima em 30min; - Duração: 2-4h; - Dosagem pré-operatória: 0,5mg/kg. • Mistura de óxido nitroso com oxigênio. PROTOCOLOS CLÍNICOS • Controle da dor: ANALGÉSICOS e ANTIINFLAMATÓRIOS. Impedir a instalação da dor! Analgésicos • Dor de intensidade leve a moderada; • Administrar logo após o procedimento, ainda sob o efeito da anestesia local; • PROCEDIMENTOS: exodontias simples de decíduos, gengivectomias, ulectomias, frenectomias. • A dipirona, se utilizada por períodos prolongados, pode causar agranulocitose (redução acentuada de leucócitos granulócitos) e aplasia medular. Seu uso é proibido nos EUA. DIPIRONA Medicamento DIPIRONA SÓDICA Administração 6h Posologia 1 gota/2kg (máximo de 20 gotas) • Formas de apresentação: - Suspensão 50mg/1ml; - Gotas 500mg/1ml; - Comprimido 500mg. • Dosagem de suspensão: - 5 a 8kg: 1,25 a 2,5ml; - 9 a 15kg: 2,5 a 5ml; - 16 a 23kg: 3,75 a 7,5 ml; - 24 a 30kg: 5 a 10ml; - 31 a 45kg: 7,5 a 15ml; - 46 a 53kg: 8,75 a 17,5ml. • Como a dipirona tem sabor amargo, ela pode ser diluída com algo, por exemplo, um suco. PARACETAMOL Medicamento PARACETAMOL Administração 6h Posologia 1 gota/1kg (máximo de 20 gotas) @ruivaodontoofc • Formas de apresentação: - Suspensão 32mg/1ml criança; - Suspensão 100mg/1ml bebê; - Gotas 200mg/1ml; - Comprimido 750mg. • Suspensão para bebê: - 3kg: 0,4ml; - 5kg: 0,6ml; - 6kg: 0,8ml; - 8kg: 1ml; - 10kg: 1,3ml. • Suspensão para criança: - 11 a 15kg: 5ml; - 16 a 21kg: 7,5ml; - 22 a 26kg: 10ml; - 27 a 31 kg: 12,5ml; - 32 a 43kg: 15ml. • Não exceder 5 administrações em doses fracionadas em um período de 24h, pois, doses excessivas podem provocar danos hepático. Corticoides (AIE’s) • Dor de grande intensidade, podendo levar a edema e limitação funcional no pós-operatório; • Na maioria das vezes, não há necessidade de prescrição de analgésicos no pós-operatório; • Dose única no pré-operatório, 30min antes; • PROCEDIMENTOS: extração de supranumerários, odontomas, exodontias complexas. • Usar com cautela em pacientes diabéticos, imunocomprometidos e com infecção sistêmica. Medicamento BETAMETASONA Administração Dose única (30min antes) Posologia 0,025 – 0,05mg/kg • Formas de apresentação: - Elixir 0,5mg/5ml; - Gotas 0,5ml/1ml/ - Comprimido 0,5mg e 2mg. Anti-inflamatórios não esteroidais (AINE’s) • UTILIZADO EM CASOS DE: prevenção de dor de grande intensidade, quando a prescrição de corticoide é contraindicada, tratamento de inflamações com perda funcional associado com antibiótico; • Dose no pré-operatório (30min antes), prologando o uso por 48h após o fim do procedimento; • Na maioria das vezes não há necessidade de prescrição de analgésicos no pós; • Na odontopediatria, evita-se prescrever AINE’s devido grandes chances de efeitos adversos; @ruivaodontoofc • A indicação dos AINE’s em crianças é bem restrita, pois, com exceção com ibuprofeno, existem poucos estudos clínicos em menores de 12 anos e em adolescentes; • O diclofenaco sódico e potássio é contraindicado pela Anvisa para crianças menores de 14 anos, por motivos de falta de eficácia e falta de segurança; • Por conta da toxicidade e dos riscos terapêuticos, os AINE’s devem ser prescritos para crianças e adolescentes apenas quando apresentarem sintomas refratários ao uso de dipirona ou paracetamol, ou caso se trate de doenças reumatológicas crônica como a artrite juvenil ou febre reumática; • Em casos de cirurgias mais invasivas, é preferível o AIE’s no pré complementado com analgésico no pós, do quê o uso do AINE’s em si; • O ibuprofeno é o único AINE’s aprovado para o uso em crianças, de acordo com o FDA. AINE’s com uma dosagem MENOR = efeito analgésico. AINE’s com uma dosagem MAIOR = efeito anti- inflamatório. Medicamento IBUPROFENO NIMESULIDA Administração 1 – 2 gotas/1kg 1 gota/1kg Posologia 6 - 8h 12h Formas de apresentação Gotas 50mg/1ml Gotas 100mg/1ml Gotas 50mg/1ml Comprimido 100mg Antibióticos Profilático = PREVENÇÃO Terapêutico = TRATAR A Amoxicilina sempre será o antibiótico de 1ª escolha para infecções odontogênicas, devido a sua segurança e eficácia, podendo ser associado com o Clavulanato; No caso de pacientes alérgicos à penicilina, Clindamicina e Eritromicina são alternativas excelentes para o combate de agentes infecciosos; A Clindamicina tem uma ótima ação em tratamento de infecções ósseas moderadas/graves; A Eritromicina se mostra eficaz contra a maioria dos microrganismos; • Quando devemos receitar antibióticos? - Em casos de infecções locais com manifestações sistêmicas, tais como: febre, mal-estar e fadiga; - Abscessos agudos sem limites definidos (Celulite); - Traumatismos com luxação severa; - Lesão extensa de partes moles; - Dificuldade de abrir a boca; - Profilaxia antibiótica em casos selecionados. • Quando NÃO devemos receitar antibióticos? - Dor pulpar com bactérias limitadas ao canal radicular; - Abscesso pequeno e limite circunscrito; - Alveolite; @ruivaodontoofc - Pericoronarite que não esteja complicada; - Casos clínicos com ausência de sintomatologia sistêmica. As profilaxias antibióticas devem ser realizadas 1h antes do procedimento! - Amoxicilina 50mg/kg; - Clindamicina 20mg/kg. • • A duração da antibioticoterapia deve se basear na remissão dos sintomas, sendo, em média, 5-7 dias; • O acompanhamento do quadro deve ser feito a cada 24h. Antes de completar as primeiras 72h de tratamento, agendar uma nova consulta para reavaliação, aí será tomada a decisão pela manutenção ou não da terapia; • Para que a prescrição medicamentosa seja efetuada de forma correta e adequada em Odontopediatria, deve- se escolher o esquema terapêutico mais simples possível. @ruivaodontoofc PRÓTESE EM ODONTOPEDIATRIADesenvolvimento infantil - Emocional - Cognitivo -Físico Quando a criança apresenta algumas características que a diferencia dos demais, ela tende a se tornar introspectiva. O sorriso de uma criança revela aspectos importantes de sua qualidade de vida e de como ela interage. Um belo sorriso denota autoestima, autoconfiança e bem-estar. A percepção sobre si mesmo e o cuidado com sua aparência se desenvolve apenas aos 8 anos de idade. Comprometimento - Estético (traumas, cáries); - Funcional (mordida cruzada). Dentição decídua - Mastigação; - Deglutição; - Fonação - Respiração; - Hábitos. Perda precoce - Idade • Decíduo perdido 3 a 2/3 de raiz formada = atraso do permanente; • Decíduo perdido 1/3 ou menos da raiz = aceleramento. - Tipo (anterior ou posterior) • Tipo POSTERIOR: - Inclinação do permanente; - Diminuição do arco; - Extrusão do antagonista; - Desvio da linha média (LM); - Mastigação unilateral. • Tipo ANTERIOR: - Mordida aberta anterior; - Mal posicionamento da língua; - Defeitos na fala e na mastigação; - Perda com caninos presentes; - Interposição da língua; @ruivaodontoofc - Deglutição atípica; - Respiração bucal; - Mordida aberta; - Dificuldade fonética. Plano de tratamento - Manutenção e Restabelecimento total do sistema estomatognático (abrangência estética, social e psicológica); - Recursos da odontopediatria + ortodontia. Sucesso no tratamento reabilitador Características da dentição decídua: • Implantação dos dentes; • Curva de Spee/Wilson; • Sentido do longo eixo; • Tipo de plano terminal; • Diastemas; • Tipo de arco. Avaliar: • Remanescente dental; • Estruturas de suporte; • Condições de higiene; • Comportamento da criança; • Qual o dente perdido; • Estágio de desenvolvimento da dentição; • Idade da criança; • Características da arcada; • Hábitos e anomalias da musculatura. Importante!! Antes do tratamento reabilitador: • Recuperar espaços; • Descruzar mordida; • Recuperar a DVO. Aparelhos removíveis x Aparelhos fixos • Mesma indicação; • Idade; • Cooperação do paciente; • Colaboração dos pais; • Acompanhamento periódico e ajustes. Aparelhos removíveis • Relacionados com mantenedores de espaço; • Dentição decídua completa; • Colaboração pais/criança; • Não causa interferência, desde que na região anterior não possua base de acrílico com extensão para vestibular (dano à erupção do permanente). “A prótese parcial anterior pelo sistema tubo-barra de Denari pode ser utilizado como uma opção de aparelho mantenedor de espaço estético-funcional fixo em casos de perda precoce de dentes anteriores decíduos.” @ruivaodontoofc “Confecção de próteses removíveis total e parcial em crianças com perda precoce dos elementos dentários acometidos por cárie precoce da infância severa com extensas destruições coronária”. Reabilitação com PT • Crianças com menos de 3 anos – imaturas; • Técnica semelhante à adulta, porém mais complexa (não pode interferir no crescimento, fala, deglutição); • DVO: DVR (repouso) de 2 a 3 mm; • Atenção ao acompanhamento (substituições). Considerações Antes da escolha do tratamento: • Idade do paciente; • Condições socioeconômicas; • Atividade e risco de cárie; • Motivação pais-criança para o tratamento; • Número e localização dos dentes perdidos; • Grau de rizólise dos dentes presentes; • Analisar se o dente vai permanecer por mais de 6 meses; • Doenças periodontais e sistêmicas; • Abordagem multidisciplinar. @ruivaodontoofc CIRURGIA EM ODONTOPEDIATRIA O manejo comportamental em pacientes pediátricos é especialmente importante. Compreender a fase de desenvolvimento da criança, interagir e lançar mão de técnicas de manejo são essenciais. Existem diferenças anatômicas relacionadas com a idade entre adultos e crianças! Na dentição mista, por exemplo, tem que ter uma atenção especial para evitar danos aos germes dos dentes permanentes. A sequência eruptiva e sua cronologia devem ser conhecidas, para que as intervenções possam ser feitas do jeito correto para não fugir nada do controle. Caninos retidos, dentes supranumerários e freios hipertróficos são as condições vistas com mais frequência em crianças do que em adultos, Assim como na anestesia local, a extração dentária também possui algumas particularidades em crianças. Temos que estar atentos a alguns detalhes anatômicos: • O osso alveolar é mais elástico e, sob pressão, responde a uma rápida expansão e fácil luxação do dente; • A coroa dentária apresenta protuberâncias cervicais mais pronunciadas, constrição cervical mais acentuada e é mais ampla no sentido mésio-distal; • As raízes são mais longas e mais afiladas quando já estão em processo de reabsorção fisiológica, a presença de reabsorção na furca ou no terço médio da raiz podem favorecer as fraturas radiculares; • Nos molares decíduos, as raízes divergem no sentido apical, oferecendo maior dificuldade para a exodontia. Técnica cirúrgica Uso do fórceps Nº INDICAÇÃO 1 Incisivos e caninos 2 Posteriores superiores 3 Posteriores inferiores 18D Molares superiores 27 Molares superiores 65 Resto radicular de dentes superiores Não é recomendado o movimento apical, pois, pode invadir a área do germe; Movimentos de rotação bem mínimos. Osteotomia e Odontossecção Frequentemente usada em casos de fratura ou de anquilose; Se as raízes de um molar decíduo “abraçarem” a coroa de um pré-molar permanente e a extração não for concluída apenas com a luxação ou a osteotomia, o CD deve fazer a odontossecção. Cuidados com a sutura e o pós-operatório Pelo mesmo motivo de comunicação com o germe permanente, a curetagem não está indicada! Apenas inspeção do alvéolo; Dependendo do grau da rizogênese do dente permanente, pode-se descartar o uso de suturas. @ruivaodontoofc Complicações transoperatórias As complicações relacionam-se com a possibilidade de fratura radicular; Um pequeno fragmento de raiz abandonado no interior do alvéolo poderá ser deixado lá e ele será reabsorvido. Entretanto, se ele não for reabsorvido, a sua permanência pode se transformar em um obstáculo mecânico que impede a erupção fisiológica do dente permanente. Frenectomia Freios hipertróficos podem ser a causa de: • Diastema Inter incisivo; • Alterações periodontais; • Dificuldade da fala; • Comprometimento de funções labiais; • Dificuldade de adaptação de prótese dentária; • Prejuízo estético. Na maioria das vezes, os freios hipertróficos são diagnosticados na infância e na adolescência. A mesma técnica cirúrgica pode ser aplicada para qualquer faixa etária. Frenectomia Labial Superior O freio labial é frequentemente mais proeminente em crianças e parece diminuir com o crescimento dento alveolar; A frenectomia não deve ser realizada antes da erupção dos caninos permanentes estar em curso, pois, enquanto esses dentes se movem inferior e anteriormente, o diastema fechará na maioria dos casos; Entretanto, caso não haja o fechamento do diastema e sejam observadas alterações periodontais pelo freio hipertrófico, a frenectomia estará indicada. Frenectomia Lingual Os CD’s são muitas vezes procurados pelos pais e pediatras para remover o freio da criança por medo de problemas na dicção; Em muitos casos, a articulação das palavras se desenvolve normalmente e uma frenectomia lingual não é necessária. Por isso, antes de indicarmos a cirurgia, a criança deve passar por uma avaliação fonoaudiológica; Em geral, esses problemas ocorrem se o freio for muito curto e a língua apresentar diminuição dos movimentos ou formação de fendas quando a criança tenta projetar ou elevar a língua;Um freio lingual que se estenda sobre o rebordo alveolar, pode produzir um diastema e problemas periodontais relacionados com os incisivos centrais inferiores; O simples corte do freio, nessas circunstâncias, não resolverá o problema e pode produzir uma cicatriz linear capaz de limitar a mobilidade da língua; Portanto, bem indicada, essa cirurgia poderá ser realizada. @ruivaodontoofc Ulotomia e Ulectomia Algo bastante comum de observarmos na fase de erupção dentária, tanto decídua quanto permanente, é o desenvolvimento de um aumento de volume na região do dente que está em processo de erupção. Esse aumento é chamado de hiperplasia fibrosa focal e consiste na formação de tecido conjuntivo fibroso reacional ou de reparo, que poderá dificultar a erupção dentária, causando retenção dentária subgengival. Para o tratamento desta retenção dentária subgengival, podemos lançar mão de duas técnicas: ulotomia ou ulectomia. A escolha entre ulotomia ou ulectomia se dá pela quantidade de tecido presente no impedimento da erupção dentária. Portanto, se estamos frente a uma hiperplasia maior ou mais fibrosa, a indicação é que a ulectomia seja realizada. Lembrando sempre que essas técnicas não são indicadas para retenções dentárias intraósseas, pois, estas retenções requerem osteotomia e, por vezes, abordagens para tracionamento ortocirúrgico Ulotomia 1. Anestesia local; 2. Incisão linear sobre o rebordo; 3. Suturas não devem ser realizadas na região. Ulectomia 1. Anestesia local; 2. Incisão elíptica sobre o rebordo com exposição da posição incisal/oclusal da coroa dentária; 3. Remoção de tecido gengivofibroso e encaminhamento para exame fisiopatológico; 4. Suturas não devem ser realizadas na região. Se houver disponibilidade, à proteção da ferida cirúrgica pode ser realizada com cimento cirúrgico por 72 horas. DICA: na presença de cisto de erupção, recomenda-se a ulectomia, pois permite a remoção de tecido e o encaminhamento para o exame histopatológico. Cisto de erupção É um cisto de origem odontogênica associado a um dente não erupcionado. É localizado entre a gengiva e o dente permanente, podendo deixar a gengiva com aspecto azulado pela tumefação translúcida característica. @ruivaodontoofc TRAUMATISMO EM ODONTOPEDIATRIA Pode envolver estrutura dental, periodontal, óssea e tecido mole. Os traumas podem ocorrer nos dentes decíduos desde sua erupção ou através do trauma no rebordo alveolar do bebê. Importância Os traumas são comuns em crianças; Apresentam características diferentes entre decíduos; Desafios: diagnóstico e tratamento; Afetar a formação do dente permanente, no momento do trauma e nas sequelas; Requer acompanhamento até a erupção do seu sucessor; Tratamento das sequelas na dentição permanente podem necessitar de equipe multiprofissional. Você sabia? Os pais nem sempre sabem como ocorreu o trauma ou simplesmente não sabem a exatidão dos detalhes; Sequelas são diagnosticadas na consulta de rotina; O trauma repetido dificulta a resposta biológica de reparação e/ou cicatrização do dente decíduo e das estruturas envolvidas; Sequelas podem se somar a traumas anteriores, tornando o prognóstico menos favorável. Fatores de risco • Falta do selamento labial • Sobressalência (overjet) excessiva Entre 3 e 6mm = 2x Acima de 6mm = 3x • Chupeta • A fase de se levantar, andar e correr; • Falta de coordenação motora; • Ter uma queda da própria altura; @ruivaodontoofc • Crianças de 1 a 3 anos: 11 a 30% tem algum trauma dental, sem diferenciação entre gênero; • Os dentes anteriores superiores são os mais atingidos (esporte ou acidente de carro). Consulta • Contatar o pediatra; • Crianças com cardiopatas ou problemas de coagulação; • Em relação ao trauma atual, considerar: Como – história do trauma compatível a condição clínica Quando (tempo) – conduta a ser tomada; Onde – local contaminado. Em relação ao trauma atual, considerar: • Checagem das vacinas; • Trauma anterior; • Experiência odontológica anterior (possível comportamento da criança). Exame geral: • Lesões extrabucais (mento, face, cabeça): médico! • Trauma na região de mento pode resultar em fraturas dentais longitudinais do dente, sendo capaz de restringir a coroa ou envolver a coroa e a raiz; • Lesões na pele e no rosto: cirurgião plástico. Exame radiográfico: • Considerar a idade da criança e o tipo de trauma; • Deve-se verificar: - Estágio de erupção; - Grau de rizólize; - Grau de rizogênese; - Fragmentos em tecido mole; - Fraturas ósseas ou dentárias; - Espessura da dentina remanescente entre a linha de fratura e a polpa coronária; - Reabsorções radiculares; - Tamanho da câmara pulpar; - Deslocamento intrusivos e extrusivos; - Relação entre os deslocamentos intrusivos do dente decíduo e os germes dos sucessores permanentes; - Presença de outras alterações patológicas na área; - Processamento correto e armazenamento (se possível, fotografar o caso para documentação e controle). @ruivaodontoofc Exame clínico: Limpeza com soro ou água oxigenada e avaliar os tecidos moles: • Tecidos moles afetados e extensão; • Dentes com fratura, mobilidade ou deslocamento; • Tecido ósseo fraturado; • Oclusão normal – deslocamento dental e fratura óssea; • Não realizar testes de percussão e vitalidade. Somente depois desses pontos esclarecidos escolhe-se o tratamento para cada situação, definindo o tratamento imediato recomendado para o tipo de lesão e o possível futuro impacto da terapêutica adotada. Tratamentos “heroicos” que podem colocar em risco o desenvolvimento do dente permanente são contraindicados. Classificação das lesões traumáticas Lesões traumáticas aos tecidos dentários: Trinca de esmalte Sem perda da estrutura dental Fratura de esmalte Perda de estrutura dentária restrita ao esmalte Fratura de esmalte e dentina Perda de estrutura dentária restrita ao esmalte e à dentina, sem exposição pulpar Fratura de esmalte e dentina com exposição pulpar Perda de estrutura dentária restrita ao esmalte e à dentina, com exposição pulpar Fratura coronorradicular Solução de continuidade que envolve esmalte, dentina e cemento, sem envolvimento pulpar Fratura de raiz Solução de continuidade que envolve esmalte, dentina, cemento e polpa Lesões traumáticas aos tecidos de sustentação: Concussão Traumatismo de pequena intensidade sobre os tecidos de sustentação, porém sem ruptura de fibras Subluxação Traumatismo de baixa a moderada intensidade nos tecidos de sustentação, no qual o dente possui mobilidade, mas não está deslocado do alvéolo. Sangramento no sulco gengival pode estar presente. Luxação lateral Traumatismo de maior intensidade, que leva a deslocamento dentário nos sentidos palatino, vestibular, mesial ou distal Luxação intrusiva Deslocamento do dente para o interior do alvéolo Luxação extrusiva Deslocamento parcial do dente para fora do alvéolo Avulsão Deslocamento total do dente para fora do alvéolo Lesões traumáticas aos tecidos dentários Trinca de esmalte, quando NÃO HÁ PERDA de estrutura a) Exame clínico: visual da superfície limpa, seca e bem iluminada; @ruivaodontoofc b) Exame radiográfico: trincas de esmalte não são visíveis em radiografias periapicais; c) Tratamento: fluorterapia; d) Prognóstico: favorável; e) Proservação: acompanhamento clínico e radiográfico (consultas de rotina). Fratura de esmalte, COM PERDA de estrutura restrita ao esmalte a) Exame clínico: limpa, seca e bem iluminada para confirmar essa perda de estrutura no esmalte; b) Exame radiográfico: a extensão da fratura e servir de parâmetropara os demais exames de controle; c) Tratamento: desgaste e polimento, evitar lacerações nos tecidos moles (lábio e língua), indicado a aplicação do flúor e restaurar; d) Prognóstico: favorável; e) Proservação: nas consultas de manutenção do paciente. Fratura de esmalte e dentina, SEM EXPOSIÇÃO PULPAR: perda de estrutura envolvendo esmalte, dentina e polpa preservada a) Exame clínico: limpa, seca e bem iluminada; b) Exame radiográfico: avaliar a relação da fratura com a câmara pulpar e o estágio de rizogênese ou rizólise do dente afetado; c) Tratamento: Crianças colaboradoras – restauração em resina composta; Crianças não colaboradoras – restauração provisória com CIV. d) Prognóstico: favorável; e) Proservação: clínico após 7 dias e o clínico-radiográfico depois de 30 e 90 dias e anual até a esfoliação do dente. Fratura de esmalte e dentina COM EXPOSIÇÃO PULPAR: perda de estrutura envolvendo esmalte e dentina com exposição do tecido pulpar – fratura complicada de coroa a) Exame clínico: limpa, seca e bem iluminada, a fim de confirmar a extensão da perda de estrutura dental e a presença de uma pequena hemorragia ou áreas avermelhadas puntiformes indicando o comprometimento pulpar; @ruivaodontoofc OBS.: nesse tipo de caso, pode ter certeza de que a criança machucou algum tecido mole. b) Exame radiográfico: avaliar a câmara pulpar e o estágio de rizogênese ou rizólise; c) Tratamento: depende de uma série de fatores: - Extensão da fratura; - Grau de desenvolvimento dental (grau de rizogênese ou rizólise); - Momento do trauma (TTO imediata ou tardia); - Colaboração da criança; - Quanto mais jovem for o dente (enquanto a rizogênese estiver incompleta), melhor a resposta pulpar! Por isso que é melhor tratar uma criança de 2 anos do que uma de 5 anos, justamente por conta do processo de formação; - Se a extensão da fratura for pequena e a procura do tratamento for imediato, recomenda-se a proteção pulpar direta seguida de restauração em resina composta ou colagem do fragmento; - Em decíduos com raízes completas ou em estágio inicial de rizólise, o tratamento imediato será a pulpotomia e o tardio, a pulpectomia. - Em dentes com rizólise avançada, opta-se pela exodontia Fratura coronorradicular (esmalte- dentina-cemento), SEM EXPOSIÇÃO PULPAR a) Exame clínico: visual, avaliar a extensão subgengival da fratura. O fragmento encontra-se preso pelas fibras do ligamento periodontal, portanto, ver se tem mobilidade do fragmento; b) Exame radiográfico: pode não evidenciar a fratura, já que o traço desta é geralmente perpendicular ao feixe de raios X; c) Tratamento: depende de sua extensão subgengival – quando a fratura se estende a 2mm além do limite gengival -> exodontia; quando a fratura está aquém do limite gengival -> RRC; d) Prognóstico: favorável (se observadas as indicações e/ou contraindicações da restauração); e) Proservação: são importantes o acompanhamento clínico após 7 dias e o clínico radiográfico depois de 60, 90 e 180 dias e todos os anos até a esfoliação dental. Fratura coronorradicular (esmalte- dentina-cemento), COM EXPOSIÇÃO PULPAR a) Exame clínico: visual, para averiguar a extensão subgengival da fratura. É comum o fragmento estar preso pelas fibras do ligamento periodontal, portanto tem de ser observada a presença de mobilidade do fragmento fraturado; b) Exame radiográfico: pode não evidenciar a fratura, pois o traço desta é geralmente perpendicular ao feixe de raios X, mas servirá como parâmetro para futuros exames de controle; @ruivaodontoofc c) Tratamento: depende de sua extensão subgengival e segue os mesmos princípios da fratura coronorradicular sem exposição pulpar. Todavia, neste caso, o tratamento pulpar se faz necessário e a abordagem é semelhante à da fratura coronária com envolvimento pulpar; d) Prognóstico: favorável, desde que sejam verificadas as indicações ou contraindicações da restauração (2 mm aquém da margem gengival) e da terapia pulpar (estágio de desenvolvimento dentário adequado); e) Proservação: são importantes o acompanhamento clínico após 7 dias e o clínico radiográfico depois de 60, 90 e 180 dias e todos os anos até a esfoliação dental. Fratura radicular a) Exame clínico: visual, quando poderá ser observado ligeiro deslocamento da coroa associado a pequena extrusão. Apalpa-se a área afetada para verificar se há dor ao toque e/ou presença de mobilidade e para descartar fratura óssea. Comumente, a mobilidade por fratura alveolar acontece em bloco, ou seja, ao testar um dente, os elementos adjacentes também apresentam mobilidade; b) Exame radiográfico: determinará se a mobilidade dentária acontece em virtude de luxação ou da presença de fratura radicular. Em tais caso, sugerem-se tomadas radiográficas adicionais com diferentes angulações; c) Tratamento: depende da localização (terços apical, médio ou cervical) e direção da linha de fratura (orientação transversal ou longitudinal): - Fraturas transversais nos terços apical e médio: reposicionamento por pressão digital para aproximação dos fragmentos, quando o tratamento é imediato. Se for tardio ocorre interposição do coágulo, o que dificulta essa manobra. Fraturas de terço apical normalmente se recuperam sem tratamento, no entanto, nas fraturas de terço médio e sobretudo naquelas com mobilidade do dente envolvido, faz-se necessária contenção rígida por um período de 90 a 120 dias. Acompanha-se radiograficamente a formação do reparo para a remoção da contenção; - Fraturas transversais no terço cervical: exodontia, uma vez que a mobilidade do fragmento coronário inviabiliza a contenção. A literatura aponta a não necessidade de remover o fragmento radicular, pois ele deverá passar pelo processo de rizólise fisiológica; - Fraturas longitudinais ou oblíquas: exodontia é o tratamento de escolha. d) Prognóstico: as fraturas transversais no terço apical têm prognóstico mais favorável que as demais; e) Proservação: acompanhamento clínico e radiográfico durante um, três, quatro e seis meses e todos os anos até a esfoliação. @ruivaodontoofc Lesões traumáticas aos tecidos de sustentação “As lesões aos tecidos de sustentação estão envolvidas na maioria dos traumatismos que ocorre na dentição decídua, pois há alta prevalência de deslocamentos dentários em razão da maior resiliência do osso alveolar em crianças de baixa idade e da anatomia da raiz, que é menor e cuneiforme”. Concussão Traumatismo de pequena intensidade que envolve hemorragia e edema do ligamento periodontal, porém sem ruptura de fibras. Não provoca deslocamento, mobilidade dentária ou sangramento do sulco gengival. Também é denominada comoção. a) Exame clínico: visual. Clinicamente o dente afetado não revela alterações, contudo pode apresentar sensibilidade ao toque e causar desconforto à mastigação. O dentista quase nunca é solicitado em atendimentos de emergência nesses casos; há apenas relatos em consultas de rotina posteriores. Não estão indicados testes de percussão ou térmicos em crianças, já que o resultado não é fidedigno, além de poder suscitar comportamento não colaborativo. b) Exame radiográfico: deve ser realizado como parâmetro para futuras consultas de controle, entretanto alterações não são observadas; c) Tratamento: orientação dietética. Oferece-se uma dieta mais pastosa e líquida, sobretudo nas primeiras 48 horas, e restringe-se o uso de chupetas e mamadeiras. Os pais deverão ser orientados para levarem a criança ao consultório novamente caso observem algo que lhes cause estranhamento, como edema local ou presença de fístula; d) Prognóstico: favorável, com possibilidade de alteração de cor transitória ou permanente por hemorragia pulpar. A mudança de cor, quando tardia, tem de seracompanhada mais de perto para descartar necrose pulpar; e) Proservação: 7 dias após o trauma e depois nas consultas de rotina do paciente. Subluxação Traumatismo de intensidade baixa a moderada que provoca ruptura de algumas fibras do ligamento periodontal e leva à mobilidade sem, contudo, provocar deslocamento dentário. Sangramento no sulco gengival pode estar presente. a) Exame clínico: visual. Embora o dente subluxado não apresente deslocamento, é possível ocorrer mobilidade horizontal (leve a severa). Quando o exame é imediato ao trauma, percebe-se sangramento no sulco gengival. Há relato de sensibilidade ao toque e à mastigação do dente traumatizado. Como dito anteriormente, não se recomendam os testes térmicos ou de percussão. b) Exame radiográfico: tal na concussão, apesar de não revelar @ruivaodontoofc alterações, é importante para avaliações futuras; c) Tratamento: assim como na concussão, é seguida orientação dietética e restringe-se o uso de chupetas e mamadeiras. Caso a mobilidade seja acentuada, uma contenção flexível ou semirrígida deverá ser usada por dez a 14 dias; d) Prognóstico: favorável, porém com possibilidade de alteração de cor e calcificação pulpar; e) Proservação: avaliação clínica depois de 7 dias e controle clínico- radiográfico após 30 e 120 dias. Posteriormente a isso, fazem-se consultas de rotina. Luxação lateral Trata-se de traumatismo de maior intensidade que leva a deslocamentos dentários nos sentidos palatino, vestibular, mesial ou distal. a) Exame clínico: no exame clínico visual nota-se deslocamento dentário, com presença ou não de mobilidade, sangramento e laceração gengival. A palpação dos tecidos adjacentes é necessária a fim de perceber abaulamentos correspondentes aos ápices radiculares. Deve-se verificar a oclusão, pois eventuais contatos prematuros podem existir em virtude da nova posição assumida pelo dente na arcada; b) Exame radiográfico: evidencia o deslocamento dentário pelo aumento do espaço do ligamento periodontal. É muito importante avaliar a relação do dente decíduo afetado com o germe do permanente sucessor e comparar tal germe com seu homólogo para diagnosticar possível deslocamento dele; c) Tratamento: vai depender de uma série de fatores, tais como magnitude do deslocamento, grau de desenvolvimento dentário e sua relação com o sucessor permanente, procura por tratamento imediata ou tardia e grau de cooperação da criança ao tratamento proposto. Deslocamentos muito pequenos sem interferência oclusal, a musculatura da língua e do lábio tendem a reposicionar o dente sem qualquer outra intervenção. No caso de deslocamentos não muito extensos, em condições favoráveis, ou seja, dentes em estágio inicial de rizólise (menos de 1/3 de reabsorção), sentido do deslocamento contrário ao dente permanente (coroa para palatino – raiz para vestibular), busca por tratamento nas primeiras horas após o trauma e criança colaboradora, faz-se a reposição sob anestesia local, pressionando bi digitalmente o dente. Caso haja mobilidade, está indicada contenção flexível ou semirrígida por dez a 14 dias. Persistindo a interferência oclusal, ocorre o desgaste incisal. Se os deslocamentos forem de grande intensidade ou em direção ao germe do permanente, a extração é o tratamento de escolha. Em todas as situações os responsáveis devem ser orientados quanto à dieta leve, restrição ao uso de chupetas e mamadeiras e ao controle mecânico e químico (digluconato de clorexidina a 0,12% com cotonete) de biofilmes bucais; d) Prognóstico: favorável para o permanente, porém com possibilidade de necrose do dente afetado; e) Proservação: avaliação clínica e remoção da contenção após 15 dias, controle clínico radiográfico depois de 30, 60 e 120 dias e anualmente até a esfoliação do dente. @ruivaodontoofc Luxação intrusiva Também denominada intrusão, é o deslocamento dentário para o interior do seu alvéolo. É considerada grau I (suave) quando mais de 50% da coroa fica visível, grau II (moderada) quando menos de 50% da coroa pode ser vista e grau III (severa) quando há intrusão total da coroa. Geralmente se dá por vestibular em relação ao germe do dente permanente, mas é possível acontecer em sua direção. a) Exame clínico: visual. Verificam-se eventuais aumentos de volume na região vestibular indicando a direção da intrusão. A região de fundo de vestíbulo deverá ser palpada para constatar se a intrusão não foi tão severa a ponto de romper o osso alveolar. Se isso ocorreu, durante o pressionamento do local o dente se moverá. b) Exame radiográfico: são sugeridas tomadas intra e extraorais. Para radiografias intraorais utilizam-se as técnicas periapicais ou oclusais modificadas para a odontopediatria. Nessas tomadas, se a imagem da raiz do dente decíduo intruído ficar encurtada em relação ao homólogo, ele se desviou do germe do permanente; se alongada, foi em sua direção. As tomadas extraorais podem ser realizadas com filmes oclusais (película 5 x 7) ou periapicais (película 3 x 4), colocados de perfil, perpendiculares à comissura labial do paciente. Caso o dente decíduo tenha se desviado do permanente, observa-se o ápice radicular vestibularizado; c) Tratamento: depende da direção de intrusão e da associação ou não com fratura da tábua óssea. Para dentes intruídos em direção ao sucessor permanente (imagem radiográfica do dente intruído alongada em relação ao homólogo), a extração é o tratamento de escolha, a fim de aliviar a pressão sobre o germe do permanente. Caso contrário, ou seja, imagem radiográfica encurtada do dente intruído sugerindo direção vestibular da intrusão, é preciso aguardar a reerupção do dente decíduo, o que tem de acontecer em até seis meses. Avalia-se nas consultas de controle a ocorrência de infecção; nesse caso deve ser instituída antibioticoterapia. Quando há fratura da tábua óssea associada, o processo de reerupção dificilmente ocorre, o que aponta para a necessidade da exodontia. Para prevenir maiores danos ao sucessor permanente, procura-se evitar o uso de elevadores apicais. A luxação dentária deve ser feita com o fórceps, cujos mordentes apreendem o dente no sentido mesiodistal. As recomendações quanto à dieta, ao uso de chupetas e mamadeiras e controle mecânico e químico de biofilmes seguem os mesmos princípios da luxação lateral; d) Prognóstico: para o dente decíduo torna-se favorável quando a direção do deslocamento é vestibular e a reerupção se inicia em até dois meses. Pode ser sombrio quando a direção do deslocamento é palatina ou quando o processo de reerupção não começa em até dois meses. Já para o sucessor permanente, é o tipo de traumatismo que mais provoca danos a ele. Quanto mais jovem a criança, ou seja, quanto menor o @ruivaodontoofc estágio de Nolla do permanente, maior a probabilidade de sequelas; e) Proservação: avaliação clínica e radiográfica após 7, 30, 60 e 120 dias e anualmente até a esfoliação. Luxação extrusiva Também denominada extrusão, é o deslocamento parcial do dente para fora de seu alvéolo. a) Exame clínico: clinicamente o dente parece estar alongado em relação ao seu homólogo e com hemorragia local; b) Exame radiográfico: verifica-se aumento do espaço periodontal apical. O traumatismo geralmente atinge mais que um dente, e os dentes afetados apresentam elevado grau de mobilidade; c) Tratamento: depende dos mesmos fatores analisados na luxação lateral, como magnitude do deslocamento, grau de desenvolvimento dentário e sua relação com o sucessor permanente, procura por tratamento imediata ou tardia e grau de cooperação da criança ao tratamento proposto. Em casos de pequenos deslocamentos deve-se observar se interferências oclusais não foram ocasionadas pela nova posição dental, pois, se issoocorrer, pequenos desgastes são indicados. Com tratamento imediato pode-se tentar o reposicionamento. Se o atendimento for tardio, acontecem diminuição da mobilidade e formação do coágulo; em tal caso a melhor opção é deixá- los nessa nova posição. Em graus de mobilidade excessivos e extrusões severas (geralmente mais que 3 mm) a exodontia é a alternativa mais recomendada; d) Prognóstico: desfavorável, pois parece ser o tipo de lesão que mais leva à perda dental. Como em outros deslocamentos, a possibilidade de necrose pulpar é elevada, e o acompanhamento, necessário; e) Proservação: ser feita por meio de exame clínico após 2 ou 3 semanas, exame clínico e radiográfico depois de 6 a 8 semanas e exame clínico e radiográfico posteriormente a um ano. @ruivaodontoofc Avulsão Também denominada luxação total, é o deslocamento completo do dente para fora de seu alvéolo. a) Exame clínico: clinicamente se constatam ausência do dente que sofreu o trauma e com frequência lesões nos tecidos moles ao redor; b) Exame radiográfico: a tomada radiográfica periapical deve ser realizada para se certificar de que o dente não está intruído e de que não há presença de corpo estranho no local; c) Tratamento: diferentemente do que ocorre na dentição permanente, o reimplante não está indicado na dentição decídua por ser um procedimento que envolve condições muito específicas para o seu sucesso e pela possibilidade de lesão do germe do permanente, pois é possível que o coágulo seja forçado para o interior da região do folículo. A melhor opção é a reabilitação protética, que pode ser complicada em crianças de baixa idade, mas importante por questões estéticas e funcionais; d) Prognóstico: para o dente permanente sucessor é favorável. Os achados mais comuns são hipocalcificações e hipoplasias; e) Proservação: exame clínico após 1 semana e exame clínico e radiográfico a cada 6 meses até erupção do dente permanente. Fratura alveolar Este tipo de fratura envolve o osso alveolar, e os dentes contidos no fragmento geralmente apresentam mobilidade. a) Exame clínico: os dentes presentes no fragmento com frequência estão deslocados e com elevada mobilidade. Sendo assim, há necessidade de verificar se existem interferências oclusais. A mucosa da região pode apresentar descontinuidade; b) Exame radiográfico: a fratura horizontal passa pelo ápice do dente decíduo e observa-se o germe do permanente. É possível que uma radiografia lateral informe a relação entre as duas dentições e se o segmento está deslocado para vestibular ou palatino; c) Tratamento: o reposicionamento da região fraturada precisa ocorrer com pressão bi digital. Em função da rápida cicatrização, em algumas situações a imobilização não é necessária, mas em casos de fraturas de grande extensão a contenção dental é feita para alcançar estabilidade; além disso, alguns dentes também poderão ser extraídos com esse propósito. Tais procedimentos devem ser realizados sob anestesia local ou, em grandes traumatismos, geral. Normalmente a contenção é removida após quatro semanas. Verifica-se aparecimento de fístula ou mobilidade nas consultas de acompanhamento; d) Prognóstico: a cicatrização óssea em crianças comumente ocorre sem complicações, porém durante o acompanhamento reabsorções radiculares podem ser vistas; e) Proservação: o controle deve ser realizado por meio de exame clínico e radiográfico após 4, 6 e 8 semanas e depois de 1 ano. O controle radiográfico anual precisa acontecer @ruivaodontoofc até a esfoliação do dente decíduo e erupção do permanente. Contenção É um auxílio a fim de que os dentes fiquem em posição de repouso para ajudar no reparo do feixe vasculonervoso e das fibras periodontais. Faz-se necessário manter a integridade dos tecidos e proporcionar condições adequadas de higiene para evitar o acúmulo de placa bacteriana. Quando a contenção é recomendada, deve ser colocada no terço médio da face vestibular dos dentes traumatizados e adjacentes envolvendo dois dentes de suporte de cada lado. As contenções mais usadas são as que empregam fios de náilon ou de aço fixados aos dentes com resina composta. Podem ser flexíveis, com fios de náilon que variam do n.º 70 ao 80, e geralmente são utilizadas quando há lesões nos tecidos de sustentação; semirrígidas, com fios ortodônticos 0,2 mm ou 0,4 mm ou twist flex, indicadas a fraturas de tecido ósseo; e rígidas, com fios ortodônticos de 0,5 mm, quando ocorrem fraturas radiculares. Lesões de tecido mole Os traumatismos em crianças são frequentemente acompanhados de lesões em tecidos moles como gengiva, mucosa alveolar, freios e bridas, lábios e pele. Esses tipos de lesões podem ser classificados em: • Laceração: perfuração por objetos cortantes que mostra solução de continuidade; • Contusão: hematoma provocado por impactos com objetos rombos que leva a hemorragias e edemas com mucosas íntegras; • Abrasão: ferimento em que há remoção de camada superficial de tecido, deixando a gengiva áspera e sangrante. O tratamento dessas lesões deve seguir uma sequência de procedimentos que se inicia pela avaliação da gravidade do trauma e da possibilidade de contaminação do local para verificar o estado vacinal e a necessidade de indicação de antibioticoterapia. Mais tarde são realizados limpeza e desbridamento do ferimento com o objetivo de remover corpos estranhos, microrganismos e tecidos contundidos. Com tal finalidade, utiliza-se solução fisiológica com seringa sob alta pressão ou embebida em gaze. Se houver tecidos gravemente contundidos, isquêmicos ou necróticos, estes devem ser retirados com o auxílio de lâminas de bisturi (n.º 11 ou 15) ou curetas, pois propiciam a instalação de infecções. Estando devidamente limpo o local do ferimento, avalia-se a necessidade de sutura, que precisa ser feita em tecidos intrabucais com fios de seda ou polivicril 4,0 ou 5,0 e permanecer no local por três a quatro dias. @ruivaodontoofc Orientações aos pais • Deve-se recomendar higiene local para melhor cicatrização. Tal higiene precisa ser feita com escova macia e aplicação de solução de clorexidina 0,12% com cotonete na área lesada duas vezes ao dia por uma semana para prevenir acúmulo de placa; • Se houve injúria aos lábios, faz-se necessário usar protetor labial durante o processo de cicatrização a fim de evitar ressecamento; • Manter a região em repouso com dieta leve, alimentação pastosa e morna por sete a dez dias para melhor recuperação dos tecidos de sustentação; • Evita-se uso de mamadeiras e chupetas, principalmente em casos de intrusão, para facilitar a reerupção espontânea; • Alerta-se sobre eventuais alterações nos dentes decíduos, como retenção prolongada, escurecimento, edema, aumento de mobilidade do dente afetado e possibilidade de aparecimento de fístula vestibular; • Possíveis sequelas aos dentes permanentes associadas a traumatismo dental no decíduo também deverão ser informadas, sobretudo em casos de intrusão, avulsão e fratura alveolar em crianças menores de 4 anos de idade; • São importantes exames de controle de acordo com o trauma; • Registram-se no prontuário todos os dados e avisa-se aos pais de que devem ser realizadas consultas de controle. Sugerimos que estes assinem confirmação das informações recebidas. Repercussões do trauma para dentes decíduos Várias sequelas podem acometer a dentição decídua após um traumatismo, podendo variar de acordo com a intensidade e o tipo de trauma ocorrido. Hiperemia pulpar É a 1ª reação da polpa em resposta ao trauma sofrido e está presente mesmo em traumas de pequena intensidade; Congestão de sangue no interior da câmara pulpar; Descoloração coronária: sequela mais comum na dentição decídua e pode sertransitória ou acompanhar o dente até a esfoliação; Tons amarelados ou brancos opacos geralmente estão relacionados a obliterações (calcificações) do canal pulpar, caracterizadas pela deposição de tecido mineralizado no interior do canal radicular. Apesar da obliteração do canal radicular, é normal esses dentes sofrerem rizólise; Já as colorações acinzentadas ou azuladas que ocorrem logo depois do traumatismo são decorrentes de hemorragia pulpar, causada por ruptura dos capilares, o que leva ao extravasamento de eritrócitos e, por consequência, à pigmentação; Se essa coloração se der meses ou anos após o trauma, é possível que tal hemorragia tenha evoluído para necrose pulpar. @ruivaodontoofc Retenção prolongada No qual não acontece o processo fisiológico de rizólise na raiz do decíduo. Aqui a exodontia deve ser realizada. Reabsorções dentárias São divididas em internas ou externas e estão ou não ligadas a outras alterações, como a necrose pulpar. Em casos de reabsorções leves, apenas o acompanhamento radiográfico está indicado. Em situações mais severas, a exodontia é o tratamento de eleição. Anquilose dental (reabsorção substitutiva) também pode ocorrer em razão da progressiva substituição de tecido dentário por tecido ósseo. Clinicamente o dente aparece em infra oclusão em relação aos seus adjacentes. Radiograficamente pode haver ausência de continuidade do ligamento periodontal ao osso alveolar na área de fusão do cemento. Na maioria dos casos tem- se a necessidade de exodontia, pois não acontecerá reabsorção fisiológica desse dente, causando erupção retardada ou ectópica do permanente. Repercussões do trauma para dentes permanentes sucessores Em virtude da proximidade anatômica da raiz do dente decíduo com a coroa do germe do permanente, o traumatismo na dentição decídua pode lesionar o germe dentário em formação; Isso leva a alterações que variam de acordo com o tipo de trauma e o estágio de desenvolvimento do dente permanente, sendo os estágios iniciais de mineralização mais suscetíveis a sequelas. Hipoplasia do esmalte Defeito estrutural associado à descoloração branca ou amarelo-marrom, evidência da destruição de ameloblastos antes da deposição de esmalte. @ruivaodontoofc Algumas vezes o trauma é severo, a ponto de remover a camada de esmalte em formação e fazer com que os odontoblastos adjacentes produzam um tipo de dentina reparadora. Dilaceração Ocorre quando a porção já formada do dente é torcida ou dobrada sobre si mesma e continua seu desenvolvimento nessa nova posição. Pode acontecer na porção coronária, quando se dá em estágios mais precoces da formação dentária ou radicular. REFERÊNCIA: LOSSO, E. M. et al. Traumatismo dentoalveolar na dentição decídua. RSBO, v. 8, n. 1, p. e1–e20, 2011. @ruivaodontoofc ORTODONTIA NA ODONTOPEDIATRIA Diagnóstico precoce: • Reconhecer; • Diagnosticar; • Encaminhar. Ortodontia Preventiva x Ortodontia Interceptativa Qual o papel do Clínico Geral/Odontopediatra? • Enxergar as más oclusões; • Interceptação; • Encaminhamento. A prevenção da má oclusão é considerada uma alternativa potencial ao tratamento, uma vez que as mais comuns são condições funcionais adquiridas, atribuídas a dietas pastosas, problemas respiratórios e hábitos deletérios. Ortodontia Preventiva 1) Conscientização dos pais e paciente - Orientações gerais sobre saúde bucal; - Procedimentos preventivos, exemplo: profilaxia, evidenciação de placa, selantes, restauração bem adaptada. 2) Perda precoce dos dentes decíduos “A perda precoce de um dente decíduo é considerada precoce ou prematura quando ocorre antes do tempo de sua esfoliação normal, quando um dente decíduo é perdido antes do sucessor permanente ter começado sua erupção (formação coronária completa e formação radicular já iniciada)” – Moyers, 1991 Perda precoce dos decíduos anteriores: - Estética desagradável; - Desorganização M-D; - Hábitos de interposição; - “Lingualização” dos incisivos (perda dos caninos). @ruivaodontoofc Tratamento Ortodôntico Ortodontia Interceptadora Ortodontia Corretiva Ortodontia Preventiva Evitar Interferir Corrigir Visa preservar a integridade da evolução normal da oclusão, evitando a instalação de determinadas mal oclusões Objetiva interceptar uma situação anormal já existente, de modo a reestabelecer a evolução normal da oclusão Perda precoce dos decíduos posteriores: - Mesialização dos dentes permanentes; - Aumento da sobremordida; - Impactação de permanentes; - Apinhamento; - Assimetria; - Alteração na sequência e cronologia de erupção. Consequências: • Inclinação/migração dos dentes adjacentes (conseq. + grave!) Gravidade: - Sequência de erupção dos dentes sucessores - Intercuspidação do molar Migração: - Oclusão local - Relação sagital entre os arcos (classe) - Influência da língua - Musculatura bucal - Época da perda - Condições de espaço no arco • Impactação • Desvio de linha média • Diminuição do perímetro do arco - Aumenta a severidade da má oclusão; - Apinhamentos; - Rotações; - Erupção ectópica; - Cruzamentos dentários; - Desequilíbrio estrutural e funcional. • Apinhamentos - Dentição mista; - Avaliação inicial: panorâmica; - Incisivos inferiores: indicador de discrepância; - Opções de tratamento: criar espaços ou extração seriada. 3) Manutenção de espaços É uma das atividades mais importantes na prevenção das más oclusões. Objetivo: - Preservar o espaço presente; - Reduzir a severidade ou a prevalência das más oclusões. @ruivaodontoofc Mantenedores de espaço: Tem que ter indicações específicas e colaboração do paciente. Características: - Manter espaço M-D e vertical; - Inócuo aos tecidos moles adjacentes e aos dentes suportes; - Confecção simples; - Resistente; - Permitir higienização; - Não restringir o crescimento ósseo. Colocação: - Tempo decorrido da perda; - Local da perda; - Se o espaço já foi perdido; - Idade do paciente; - Sequência de erupção; - Quantidade de osso que recobre o dente. 4) Diagnosticar e eliminar hábitos orais deletérios Hábitos deletérios são: chupar chupeta, sucção digital, roer unha, bruxismo, síndrome do respirador bucal... esses hábitos alteram o equilíbrio!! Sucção digitam e chupeta: - Instinto dos mamíferos; - Nutrição; - Comunicação; - Conforto; - Segurança emocional. - Incisivo S e I: erupção restrita; - Posteriores: crescimento vertical; - Posição inferior da língua; - M. bucinador; - Atresia do arco. Mantenedor de espaço anterior @ruivaodontoofc Mantenedor de espaço posterior Pressionamento lingual atípico: Onicofagia: É o hábito de roer as unhas, que por sua vez, é considerada consequência de um estado psicoemocional de ansiedade e relaciona-se a uma necessidade insatisfeita de morder. De fato, o hábito de morder lábios, língua e outros objetos, também pode surgir como substituição à sucção e ocasionar problemas oclusais. Bruxismo: É o hábito de maior complexidade quanto à etiologia, não sendo clara as suas causas. Sabe-se que este hábito consiste em ranger os dentes, contraindo os músculos mastigatórios sem intenção funcional. Síndrome do Respirador Bucal: Normalidade fisiológica: via nasal. Características: língua mais inferior e anterior, sem contato com a abóbada palatina, lábios entreabertos e mandíbula mais pra baixo e mais pra trás, olheiras e aspecto de cansaço, dólicofacial (desequilíbrioentre os terços), narinas pequenas, ausência de selamento dos lábios, lábios hipotônicos e ressecados, rotação posterior da cabeça, ombros pra frente e relaxamento compensatório da região toráxica. Obstruções: hipertrofia de cornetos, desvio de septo nasal, rinites alérgicas, hipertrofia de adenoide e hipertrofia de amígdalas. Respiração bucal: atresia da maxila e mordida cruzada posterior. Pressionamento atípico primário: causa da má oclusão Pressionamento atípico secundário: consequência Esporões Pérola de Tucat Grade lingual @ruivaodontoofc Introdução: Pacientes portadores de necessidades especiais (PNE) 10% da população dos países em desenvolvimento apresenta algum tipo de doença, de acordo com a OMS em 2001. 25% de pessoas do Brasil, ou seja, 45 milhões de pessoas, apresentam deficiência física, mental ou sensorial, de acordo com o IBGE em 2019. De acordo com Pinto e Ciamponi em 2013, com o avanço da ciência e da tecnologia, a sobrevida desses pacientes tem aumentado. O pré-natal e os cuidados durante a gestação, reduz a prevalência do nº de indivíduos com deficiência. Cuidados durante o período gestacional • Fazer mensalmente o controle pré- natal; • Ter alimentação balanceada, evitando carnes cruas ou malpassadas e o contato com gatos para evitar a toxoplasmose; • Consumir ácido fólico (vitamina B9): laranja, caju, espinafre, acelga, legumes e fígado! Seu consumo pode evitar mal formações quando usado nos 3 meses antes da gestação – consultar médico; • Não ingerir álcool, evitar fumar e começar a desenvolver hábitos saudáveis; • Solicitar o teste do pezinho nos 1ºs dias de vida, pois ele poderá detectar precocemente várias doenças. Classificação segundo a OMS • Funcional (memória, visão e audição); • Estrutural (sistêmicas); • Pessoal (limitação ou ausência de leitura, comunicação e locomoção). A atuação multidisciplinar e interdisciplinar = vital, seja qual for a classificação adotada. Prevalência das doenças • Cárie; • DP; • Mal oclusão. @ruivaodontoofc Medicamentos + deficiência do controle muscular + higienização precária = aumento do risco da cárie! Medicamentos anticonvulsivantes + bloqueadores de Ca + imunossupressores = Hiperplasia gengival! (deficiência no controle do biofilme) Atendimento Odontológico Requisitos: • O tratamento deve ser realizado em dupla, com auxiliar treinado e a presença do responsável; • Somente se inicia tratamento com o plano traçado, exceto em casos de urgência; • Exame clínico intra bucal deverá ser realizado após profilaxia, sempre que possível; • O tempo de trabalho deverá ser curto; • Nunca deixar o paciente sozinho na cadeira. Pré-atendimento: • Anamnese (história médica e odontológica completa); • Discutir plano de tratamento com o médico; • CDs devem saber suas limitações, bem como dos pacientes; • Não basta técnica: necessário ter paciência, perseverança, persistência e mor para o paciente; • TCLE; • Abordagem comportamental devem ser consideradas antes do atendimento; • Os responsáveis devem ser previamente orientados quanto as técnicas (farmacológicas ou não) que poderão ser utilizadas; • Algumas situações requerem o uso de imobilização TCLE antes do procedimento. Promoção de Saúde • Iniciar precocemente (6m); • Pré-natal odontológico; • Falta de colaboração do núcleo familiar, cuidadores; • Dificuldade de acesso aos serviços especializados; • Falha da prevenção precoce devido ao impacto emocional no 1º momento na família, diante do nascimento da criança com deficiência, sendo prioritária a atenção terapêutica. Controle e prevenção das doenças bucais • Controle mecânico e químico do biofilme; • Controle de dieta (consumo, frequência de açúcares); • Terapia fluoretada (avaliar risco do paciente); • Educação do paciente; • Treinamento dos pais/cuidadores; Saúde bucal Saúde geral Qualidade de vida @ruivaodontoofc • Integração dos cuidados da saúde bucal dentro das atividades diárias e os cuidados preventivos periódicos do profissional; • Os retornos irão depender do risco e da atividade da cárie. A sistematização da educação em saúde, a adoção de programas preventivos e as avaliações profissionais periódicas serão essenciais para que essa população possa apresentar, no futuro, altos índices de saúde bucal. @ruivaodontoofc
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