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1 Atividade prática de Física Termodinâmica e Ondas Hugo Pires Boaes Centro Universitário Uninter Pap – São Luís, Renascença. – CEP: 65075-441– São Luís – Maranhão - Brasil e-mail: hugo.kof@hotmail.com Resumo. Este experimento prático visa aprimorar os conhecimentos obtidos na aula teórica, sobre Termodinâmica, realizando esse experimento seremos capazes de aprender na prática, conceitos como determinar a capacidade térmica de um calorímetro e determinar o calor especifico de um corpo de prova metálico. Foi utilizado o kit de do polo para a realização da experiência. Introdução O calor específico é a quantidade de calor que deve ser fornecida para que 1 g de substância tenha a sua temperatura elevada em 1°C. Cada substância possui um determinado valor de calor específico, que é geralmente expresso em cal/g.°C. Quanto maior for o calor específico de uma substância, maior será a quantidade de calor que deverá ser fornecida ou retirada dela para que ocorram variações de temperatura. Neste experimento será utilizado um calorímetro e um corpo metálico como amostra para determinarmos o calor especifico. É possível calcular o calor específico (c) de uma substância a partir da capacidade térmica (C) de um objeto composto por ela e da massa (m) desse corpo. c = C m Conseguimos calcular também o calor especifico de uma substancia utilizando a formula de calor sensível. 𝑐 = 𝑄 𝑚 . ∆𝑇 A fórmula acima mostra que a variação de temperatura sofrida por um corpo é diretamente proporcional à quantidade de calor que lhe é fornecida e inversamente proporcional à sua massa e ao seu calor específico. Essa última grandeza, o calor específico, mede a quantidade de calor necessária para variar a temperatura para cada unidade de massa de uma determinada substância, sem que lhe ocorram quaisquer mudanças de estado físico. Esta prática será desenvolvida baseada no princípio das trocas de calor. O calor será trocado entre a água, o corpo de prova e o calorímetro. Procedimento Experimental Nesta prática realizaremos a construção de um calorímetro, e determinaremos o calor especifico de alguns sólidos, aplicando os princípios de calorimetria. 1º Passo: Construção do calorímetro: Para a realização do experimento foi utilizado o kit do polo, e não houve a necessidade de construção do calorímetro. Fig. 1: Calorímetro do kit do Polo. 2º Passo: Construção do corpo de prova: Amassamos uma lata de 350 ml até que obtemos um pedaço de alumínio que entre dentro do calorímetro, e possua uma massa de 15g. Fig. 2: Corpo de Prova (lata 350 ml amassada). https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/a-temperatura-suas-escalas.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/calor-especifico.htm 2 3º Passo: Determinar a capacidade térmica do calorímetro: - Foi utilizado um recipiente graduado (proveta) separado 100 ml de água fria. Fig. 3: Proveta com 100 ml de água fria - Calcular a massa de água contida em 100 ml pela relação de densidade, valor da mH2O = 100g. (este valor foi obtido pela relação entre densidade da água e peso, pois, não foi disponibilizada uma balança para o experimento). - Colocar a água no calorímetro: - Agitando levemente o líquido no calorímetro foi medida a temperatura Ti = 29°C - Colocado 20 ml de água medindo no recipiente graduado, e a transfira para o copo de béquer. - Massa de 20 ml de água mÁgua = 20g (Valor aproximado pois não foi pesado) - Foi aquecido os 20 ml de água um tripé usando velas até a temperatura de ebulição. Colocado o termômetro medido e anotado a temperatura da água. Tab = 85°C. Fig. 4: Copo de béquer aquecendo os 20 ml de água - Foi colocado a água aquecida dentro do calorímetro e aguardado o termômetro estabilizar a medição. Medido a temperatura do equilíbrio térmico: Tf = 38°C. - Para determinar capacidade térmica do calorímetro foi utilizado o princípio da conservação de energia: QCEDIDO + QRECEBIDO = 0 Qcedidopela água quente + Qabsorvidopelo calorímetro + Qágua calorimetro = 0 mágua . c . (Tf – Tab) + C (Tf − Ti) + mH2O . c . (Tf – Ti) = 0 C = − mH2O . c . (Tf – Ti) − mágua . c . (Tf – Tab) (Tf − Ti) C = − 100 . 1 . (38 – 29) − 20 . 1 . (38 − 85) (38 − 29) C = −900 + 940 9 𝐂 = 𝟒, 𝟒𝟒𝐜𝐚𝐥/°𝐂 4º Passo: Determinar o calor específico dos sólidos: - Desmontado o procedimento anterior, resfriando o calorímetro com água corrente, foi medido 20 ml de água no recipiente graduado, e colocado no calorímetro, posicionando o termômetro no mesmo. Calculado a massa de 20 ml de água utilizando a densidade da água (pois não havia balança). Valor: Mágua = 20 g. - Anotado o valor da temperatura inicial da água dentro do calorímetro Ti da água. Ti = 29. - Como não foi disponibilizado uma balança no polo, seguindo o roteiro podemos usar o valor de 15g para a massa do corpo de prova (latinha amassada). Mal = 15g - Colocado 100 ml de água no copo de béquer, junto com o corpo de prova, e iniciado aquecimento até a temperatura de ebulição da água. Chegando na temperatura de ebulição com o valor de 85°C. - Retirado o corpo de prova e colocado dentro do calorímetro com água. Temperatura inicial Tial = 85°C. - Foi monitorado a temperatura dentro do calorímetro até que não houve mais variação, e a temperatura está em equilíbrio, entre a água do calorímetro e o corpo de prova de alumínio, esta temperatura que é a temperatura final da mistura. Tf = 35,6°C 3 - Com estes dados, conseguimos determinar o calor especifico do alumínio através da igualdade das trocas de calor. - O calor recebido pelo calorímetro e a água dentro dele é igual ao calor perdido pelo cilindro de alumínio, ou seja: 𝑄𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 + 𝑄á𝑔𝑢𝑎 + 𝑄𝑎𝑙𝑢𝑚í𝑛𝑖𝑜 = 0 𝐶𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟𝑖𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 . ∆𝑇 + 𝑚á𝑔𝑢𝑎 . 𝑐á𝑔𝑢𝑎 . ∆𝑇 + 𝑚𝐴𝑙 . 𝑐𝐴𝑙 . ∆𝑇 = 0 𝐶𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟𝑖𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 . (𝑇𝐹 − 𝑇𝑖) + 𝑚á𝑔𝑢𝑎. 𝑐á𝑔𝑢𝑎. (𝑇𝐹 − 𝑇𝑖) + 𝑚𝐴𝑙. 𝑐𝐴𝑙. (𝑇𝐹 − 𝑇𝑖𝐴𝑙) = 0 𝟒, 𝟒𝟒 . (𝟑𝟓, 𝟔 − 𝟐𝟗) + 𝟐𝟎. 𝟏. (𝟑𝟓, 𝟔 − 𝟐𝟗) + 𝟏𝟓. 𝒄𝑨𝒍. (𝟑𝟓, 𝟔 − 𝟖𝟓) = 𝟎 𝟐𝟗, 𝟑𝟎 + 𝟏𝟑𝟐 − 𝟕𝟒𝟏𝒄𝑨𝒍 = 𝟎 𝒄𝑨𝒍 = 𝟎, 𝟐𝟏𝟕 𝐜𝐚𝐥 𝐠 ∗ °𝐂 Analise dos Resultados Embora por ter sido realizado o experimento sem a balança, os resultados foram bastante satisfatórios, e estão de acordo com os valores encontrados nas tabelas. Tab. 1: Calor especifico das substancia usadas Substância Calor específico Água 1,00 cal g∗°C Alumínio 0,22 cal g∗°C Diferença 0,220 – 0,217 = 0,003 cal g∗°C Resultado encontrado muito próximo do resultado tabelado, isso demonstra a precisão do experimento e dos cálculos efetuados. Conclusão Quanto menor o calor específico de uma substância, mais facilmente ela pode sofrer variações em sua temperatura. O calor especifico depende somente da substancia, não da quantidade de massa, pois ele é definido com a quantidade de calor necessário para elevar uma quantidade de massa de um grau Celsius. A capacidade térmica, além de depender do calor especifico da sustância, depende da massa do corpo.