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Parecer Jurídico: Direito do Trabalho

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1 
 
MATRIZ DE ATIVIDADE INDIVIDUAL 
 
Estudante: Thayna Alexandrino 
Disciplina: Direito do Trabalho 
Turma: 0623-2 
 
Tarefa. 
O departamento jurídico da empresa Dentso S.A procurou o seu escritório 
de advocacia, solicitando uma opinião jurídica sobre os pontos a seguir: 
1. Como deveria responder às perguntas formuladas pelo Sr. João acima, 
numeradas de 1 a 4? 
1. Embora meu contrato de trabalho estivesse suspenso, eu tenho agora o 
direito de receber verbas rescisórias referente àquele período? Caso 
positivo, quais seriam as verbas a serem recebidas? 
2. E em relação ao período como Diretor Estatutário? Caso positivo, quais 
seriam as verbas a serem recebidas? 
3. Eu tenho direito a receber o pagamento da multa de 40% do FGTS e 
sacar o saldo do meu FGTS? 
4. Como Diretor Estatutário, eu tenho direito às horas extras que trabalhei 
nos últimos 2 (dois) anos? 
 
2. Quais seriam os riscos trabalhistas do Sr. João ajuizar uma ação trabalhista 
contra a nossa empresa pleiteando vínculo de emprego? 
 
Para realizar esta tarefa, você deverá elaborar uma opinião jurídica, 
respondendo ao solicitado pelo departamento jurídico da empresa Dentso S.A. 
de forma fundamentada na legislação, doutrina e jurisprudência. 
 
Parecer Juridico 
 
 
 
2 
 
Em análise ao enunciado do caso, subentende que a não renovação do 
contrato para o cargo de Diretor Estatutário também não haveria o retorno do Sr. João 
a sua antiga função, levando a extinção do relacionamento entre o Sr. João e a 
empresa Dentso S.A. 
Sobe este enfoque, e respondendo os questionamentos elucidadas pelo 
Sr. João, concluímos cada uma delas da seguinte forma, recapitulando: “1. Embora 
meu contrato de trabalho estivesse suspenso, eu tenho agora o direito de receber 
verbas rescisórias referente àquele período? Caso positivo, quais seriam as verbas a 
serem recebidas?” 
O Sr. João possui direito as verbas recisórias referente ao período que 
trabalhou como celetista, ou seja, possui direitos a verba do período de 01/01/2015 a 
14/01/2015, as verbas de acordo com o cargo que exercia a epoca anterior ao convite 
para exercer o cargo de Diretor Estatutário da empresa, uma vez que haverá a 
extinção do contrato de trabalho, conforme artigo 477 da CLT. 
Conforme §4º do artigo 477 da CLT, as verbas deverão ser quitadas no 
momento da homologação da recisão. 
Posto isto, como fora uma decisão da empresa o mesmo faria jus ao 
pagamento das seguintes verbas: (i) saldo de salário; (ii) férias vencidas e 
proporcionais com 1/3, se houvesse aquela epoca de vigencia do contrato (iii) 
liberação das guias de levantamento do FGTS e do seguro-desemprego. 
Referente ao Segundo questionamento do Sr. João, “E em relação ao 
período como Diretor Estatutário? Caso positivo, quais seriam as verbas a serem 
recebidas?” 
Alusivo a este tema, observamos o julgado rdo TST, Ag: 
2222820195090130, Relator: Douglas Alencar Rodrigues, Data de Julgamento: 
27/04/2022, 5ª Turma, Data de Publicação: 29/04/2022) 
O relator afirma que o empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem 
o respectivo contrato de trabalho suspenso, não se computando o tempo de serviço 
desse período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de 
emprego. 
 
 
 
 
 3 
 
Dito isto, observando o caso em comento, observando somente o regime 
de trabalho, infomaria ao sr. João de que como os regimes jurídicos são distintos, e 
que neste período o mesmo excerceu função junto ao órgão de administração da 
pessoa jurídica, o mesmo não faria jus ao pagamento de verbas recesisórias deste 
período. 
No tocante ao terceiro questionamento, quais seja “Eu tenho direito a 
receber o pagamento da multa de 40% do FGTS e sacar o saldo do meu FGTS? 
Sr. João não possui direito ao pagamento da multa dos 40% por não se 
enquadrar nas condições estabelecidas no artigo 18 da Lei 8036/90, neste sentido a 
jurisprudencia vem decidindo: 
AGRAVO DE INSTRUMENTO . DIRETOR NÃO EMPREGADO. 
MULTA DE 40% SOBRE O FGTS. OFENSA AO ARTIGO 18, § 
1º, DA LEI Nº 8.036/90. PROVIMENTO. Por prudência, ante a 
possível afronta ao artigo 18, § 1º, da Lei nº 8.036/90, o 
destrancamento do recurso de revista é medida que se impõe. 
Agravo de instrumento a que se dá provimento. RECURSO DE 
REVISTA . 1. DIRETOR NÃO EMPREGADO. MULTA DE 40% 
SOBRE O FGTS. OFENSA AO ARTIGO 18, § 1º, DA LEI Nº 
8.036/90. PROVIMENTO. O reclamante foi eleito para a função 
de Diretor Comercial e mesmo não sendo empregado tinha 
direito ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), em 
face da extensão do benefício aos ocupantes da função de 
direção pela empresa reclamada, na forma autorizada pelo 
artigo 16 da Lei nº 8.036/90. Para a hipótese, o egrégio Tribunal 
Regional entendeu devido o pagamento da multa de 40% do 
FGTS, uma vez que, se a citada lei facultava ao empregador 
estender aos seus diretores não empregados todos os efeitos do 
FGTS, também teria inserido a referida multa por extinção 
imotivada da relação jurídica. Ocorre que o artigo 18 da Lei nº 
8.036/90 é expresso ao fixar os requisitos para a incidência da 
multa em epígrafe, quais sejam: que haja dispensa do 
empregado e que esta se dê sem justa causa. Em sendo assim, 
não há como se aplicar ao caso dos autos, uma vez que o 
reclamante exercia a função de diretor não empregado e, como 
tal, poderia, de acordo com previsão estatutária, ser destituído 
da função a qualquer momento; tanto por determinação da 
assembleia, como em face do término do seu mandato, como 
registrado na sentença, não podendo o referido afastamento ser 
equiparado à demissão e muito menos sem justa causa. 
Ressalte-se que a simples inexistência de prova do 
conhecimento do autor acerca de quando iria ocorrer sua 
destituição não enseja o reconhecimento da dispensa sem justa 
causa, mormente se levado em conta que a saída do cargo de 
direção se deu dentro das formalidades e previsão estatutárias, 
 
 
 
4 
 
conforme consignado do decisum de primeiro grau, mantido pelo 
egrégio Colegiado Regional. Recurso de revista de que se 
conhece e a que se dá provimento. 2. DIRETOR NÃO 
EMPREGADO. DIFERENÇAS SALARIAIS. PRÓ-LABORE . 
ÔNUS DA PROVA. OFENSA AO ARTIGO 818 DA CLT. NÃO 
CONFIGURAÇÃO. NÃO CONHECIMENTO . Não há como 
reconhecer a alegada violação do artigo 818 da CLT, porquanto 
a condenação da reclamada ao pagamento de pró-labore ao 
autor não decorreu da aplicação das regras da distribuição do 
ônus da prova, mas da análise das provas produzidas no 
processo, as quais evidenciaram que a empresa não se 
desincumbiu de comprovar as suas alegações de que o pró-
labore teria sido totalmente quitado. Recurso de revista de que 
não se conhece. 
(TST - RR: 2952320105030052, Relator: Guilherme Augusto 
Caputo Bastos, Data de Julgamento: 26/11/2014, 5ª Turma, 
Data de Publicação: 05/12/2014) 
Por fim, respondendo ao ultimo questionamento qual seja: “Como Diretor 
Estatutário, eu tenho direito às horas extras que trabalhei nos últimos 2 (dois) anos? 
O Sr. João exercia cargo de confiança, sem controle de jornada, sob essa 
ótica, conforme artigo 62,, inciso II da CLT. se equiparam aos cargos descritos no 
artigo 62,, inciso II da CLT, desta maneira, conforme afirmado pela súmula 269 do 
TST “Eleito para ocupar cargo de diretor, o empregado passa a exercer cargo de 
confiança.”, dito isto, o mesmo não possui direito a horas extras. 
 Respondidos os questionamentos do Sr. João passo a analisar os riscos 
de eventual ação trabalhista que o mesmo possa demandar contra a empresa. 
A empresa precisa estar ciente de que o reporte do Sr. João ao filho diretor, 
a depender da forma como tal reporte era feito, pode ser caracterizado como 
subirdinação e tal fato pode levar a caracterização de vinculo empregatício, levando o 
Sr. João a ter direito a todas as verbas recisórias, como: (i) saldo de salário; (ii) aviso-
prévio; (iii) férias vencidas e proporcionais com 1/3; (iv) gratificação natalina 
proporcional;(v) FGTS com indenização de 40% e não mais 50%* e (vii) liberação das 
guias de levantamento do FGTS e do seguro-desemprego, por todo o perido da 
empresa. 
Neste sentido encontramos decisão no sentido: 
 
AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE 
REVISTA INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI 13.467/2017. 
 
 
 
 
 5 
 
DIRETOR ELEITO. SUSPENSÃO DO CONTRATO DE 
TRABALHO. SÚMULA 269/TST. A discussão travada nos autos 
diz respeito aos efeitos jurídicos que decorrem da circunstância 
de ter sido o trabalhador eleito como diretor estatutário. Dispõe 
a Súmula 269/TST que "O empregado eleito para ocupar cargo 
de diretor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não 
se computando o tempo de serviço desse período, salvo se 
permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de 
emprego". Em sendo os regimes jurídicos absolutamente 
incompatíveis, o contrato de trabalho permanece suspenso no 
período em que o empregado eleito ocupar cargo de diretor 
estatutário. Afinal, o cidadão eleito passa a ser órgão de 
administração da pessoa jurídica. No caso, o Tribunal Regional 
considerou que a ausência de formalização da suspensão do 
contrato de trabalho faria com que o tempo de serviço 
correspondente ao exercício do cargo de diretor estatutário 
fosse computado para todos os fins. Todavia, a Súmula 269/TST 
é clara em relação à suspensão do contrato de trabalho, não 
exigindo qualquer formalização quanto a esse aspecto. 
Ademais, não consta do acórdão regional premissa fática no 
sentido de que, no período em que o trabalhador ocupou o 
cargo de diretor, manteve-se a subordinação jurídica, 
primordial para caracterização da relação de emprego. 
Nesse cenário, o TRT proferiu acórdão contrário à Súmula 
269/TST, como registrado na decisão monocrática, a qual é 
mantida com acréscimo de fundamentação. Agravo não provido. 
(TST - Ag: 2222820195090130, Relator: Douglas Alencar 
Rodrigues, Data de Julgamento: 27/04/2022, 5ª Turma, Data de 
Publicação: 29/04/2022) (grifei) 
 
Diante da análise acima, entende-se que é plausivel que para mitigar o 
risco a empresa precisa certificar que a comunicação das decisões ao filho do director, 
não era em carater de subordinação, mas sim formalidades dispostas no Estatuto da 
empresa, tal comunicação poderá minimizar o risco de condenação em eventual ação 
trabalhista. 
 
 
 
*Referências bibliográficas 
 
Valor Economico . O diretor executivo e o direito trabalhista. Disponível em 
https://calvo.pro.br/o-diretor-executivo-e-o-direito-trabalhista/ 
 
https://calvo.pro.br/o-diretor-executivo-e-o-direito-trabalhista/
 
 
 
6 
 
UOL Carreiras & Gestão. É melhor tornar novo diretor sócio ou mantê-lo como 
funcionário? Disponível em https://calvo.pro.br/e-melhor-tornar-novo-diretor-socio-
ou-mante-lo-como-funcionario/ 
 
TRT. Disponível em https://www.csjt.jus.br/web/csjt/-/diretor-executivo-tem-vinculo-
de-emprego-declarado-nulo-pelo-trt-rj?inheritRedirect=true 
 
TRT. Diretor não empregado não receberá multa de 40% sobre depósitos do 
FGTS, Disponível em https://tst.jus.br/-/diretor-nao-empregado-nao-recebera-multa-
de-40-sobre-depositos-do-
fgts#:~:text=Not%C3%ADcias%20do%20TST&text=A%20Quinta%20Turma%20do%
20Tribunal,benef%C3%ADcio%20aos%20membros%20da%20dire%C3%A7%C3%
A3o. 
 
TRT. Nomeação de engenheiro para cargo de diretor não configura alteração 
contratual lesiva. Disponível em https://www.tst.jus.br/-/nomea%C3%A7%C3%A3o-
de-engenheiro-para-cargo-de-diretor-n%C3%A3o-configura-
altera%C3%A7%C3%A3o-contratual-lesiva 
 
https://www.csjt.jus.br/web/csjt/-/diretor-executivo-tem-vinculo-de-emprego-declarado-nulo-pelo-trt-rj?inheritRedirect=true
https://www.csjt.jus.br/web/csjt/-/diretor-executivo-tem-vinculo-de-emprego-declarado-nulo-pelo-trt-rj?inheritRedirect=true
https://tst.jus.br/-/diretor-nao-empregado-nao-recebera-multa-de-40-sobre-depositos-do-fgts#:~:text=Not%C3%ADcias%20do%20TST&text=A%20Quinta%20Turma%20do%20Tribunal,benef%C3%ADcio%20aos%20membros%20da%20dire%C3%A7%C3%A3o
https://tst.jus.br/-/diretor-nao-empregado-nao-recebera-multa-de-40-sobre-depositos-do-fgts#:~:text=Not%C3%ADcias%20do%20TST&text=A%20Quinta%20Turma%20do%20Tribunal,benef%C3%ADcio%20aos%20membros%20da%20dire%C3%A7%C3%A3o
https://tst.jus.br/-/diretor-nao-empregado-nao-recebera-multa-de-40-sobre-depositos-do-fgts#:~:text=Not%C3%ADcias%20do%20TST&text=A%20Quinta%20Turma%20do%20Tribunal,benef%C3%ADcio%20aos%20membros%20da%20dire%C3%A7%C3%A3o
https://tst.jus.br/-/diretor-nao-empregado-nao-recebera-multa-de-40-sobre-depositos-do-fgts#:~:text=Not%C3%ADcias%20do%20TST&text=A%20Quinta%20Turma%20do%20Tribunal,benef%C3%ADcio%20aos%20membros%20da%20dire%C3%A7%C3%A3o
https://tst.jus.br/-/diretor-nao-empregado-nao-recebera-multa-de-40-sobre-depositos-do-fgts#:~:text=Not%C3%ADcias%20do%20TST&text=A%20Quinta%20Turma%20do%20Tribunal,benef%C3%ADcio%20aos%20membros%20da%20dire%C3%A7%C3%A3o
https://www.tst.jus.br/-/nomea%C3%A7%C3%A3o-de-engenheiro-para-cargo-de-diretor-n%C3%A3o-configura-altera%C3%A7%C3%A3o-contratual-lesiva
https://www.tst.jus.br/-/nomea%C3%A7%C3%A3o-de-engenheiro-para-cargo-de-diretor-n%C3%A3o-configura-altera%C3%A7%C3%A3o-contratual-lesiva
https://www.tst.jus.br/-/nomea%C3%A7%C3%A3o-de-engenheiro-para-cargo-de-diretor-n%C3%A3o-configura-altera%C3%A7%C3%A3o-contratual-lesiva

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