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Matriz_Direito_Trabalho_Marianna_Schmitt_Valcarcel_Curto

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1 
 
ATIVIDADE INDIVIDUAL 
 
Disciplina: Direito do Trabalho 
Aluno: Marianna Schmitt Valcarcel 
Curto 
Turma: 0421-1_3 
Tarefa: 
 
Em 01/01/2015, Daniel foi contratado para trabalhar como vendedor júnior nas 
Lojas Ratazana, com salário de R$ 2.000,00. Em 01/01/2017, foi promovido a 
vendedor sênior, e o seu salário passou a ser R$ 6.000,00 por mês. Quanto à 
sua remuneração, Daniel recebia, além do salário fixo, um percentual a título 
de comissão: 1% sobre o valor da mercadoria vendida. A comissão era paga 
mediante depósito bancário na conta bancária de Daniel, sem a devida 
contabilização na folha de pagamento. Daniel sempre foi premiado por atingir 
todas as metas da Loja Ratazana, sendo considerado um dos melhores 
vendedores da loja. 
 
Daniel trabalhava em regime de sobrejornada habitual de 2 (duas) horas 
diárias desde o início do contrato, sem, contudo, receber nada por tais horas, 
uma vez que o seu chefe alegava que ele exercia função externa e não batia 
cartão de ponto. Sendo assim, Daniel nunca recebeu pagamento por horas 
extraordinárias, muito embora tivesse a obrigação de comparecer todos os 
dias, na hora da entrada e saída do trabalho, para coletar os pedidos de venda. 
 
Em 01/01/2018, Daniel foi promovido a gerente comercial e passou a exercer 
cargo de confiança, com salário de R$ 15.000,00. Ele continuou a ser excluído 
do controle de frequência, não obstante trabalhasse, em média, de 12 a 14 
horas por dia. A Sra. Jane, gerente de RH da empresa, explicou a Daniel que, 
como ele passou a deter poderes de gestão como gerente, não faria jus a 
horas extraordinárias. 
 
Em 01/01/2019, Daniel foi surpreendido com um convite para ocupar o cargo 
de diretor comercial da Loja Ratazana. Para tanto, foi nomeado diretor 
estatutário no estatuto social da companhia, com amplos poderes. O seu 
contrato de trabalho foi suspenso, e ele passou a receber R$ 30.000,00 de pro 
labore. 
 
A partir de janeiro de 2020, Daniel começou a emagrecer muito e passar mal 
algumas vezes no local de trabalho. Procurou então um médico da sua 
confiança, que fez o diagnóstico de soropositivo para HIV (portador do vírus). 
No início, Daniel decidiu não contar para o diretor presidente e os demais 
diretores sobre a sua doença por medo de ser discriminado. No entanto, um 
mês depois do diagnóstico, Daniel passou mal e desmaiou no trabalho, 
precisando ser socorrido e internado. Nesse dia, Daniel não teve mais como 
 
 
 
2 
 
esconder a sua doença e acabou comunicando ao diretor presidente sobre o 
seu estado de saúde. 
 
Depois de 15 dias de hospitalização, Daniel retornou ao trabalho e reparou 
que tanto o diretor presidente quanto os demais diretores estavam adotando 
uma postura fria e distante com ele. Sentia que todos estavam evitando o 
contato físico. 
 
Em 11 de maio de 2020, Daniel foi chamado pelo diretor presidente e 
informado de que estava sendo destituído do cargo de diretor estatutário a 
partir daquela data. Surpreso, Daniel indagou o motivo, já que teve uma 
carreira brilhante na companhia e sempre foi um dos melhores vendedores da 
empresa. O seu chefe alegou que, por conta da crise econômica causada pela 
pandemia de Covid-19, a empresa teve de efetuar cortes de pessoal. Além de 
Daniel, mais 15 empregados foram demitidos na mesma data. 
 
Daniel recebeu somente 11 dias trabalhados a título de pro labore. Ele achou 
estranho e indagou ao setor de recursos humanos sobre as suas verbas 
rescisórias relativas ao período em que o seu contrato de trabalho estava ativo. 
 
A Sra. Jane, gerente de RH, afirmou que, como o contrato de trabalho do 
Daniel foi suspenso em 01/01/2019 por ocasião da sua nomeação como 
diretor estatutário, ele não teria direito a verbas rescisórias celetistas, com 
fundamento na Súmula 269 do TST. 
 
Opção 1: advogado do Daniel 
 
Daniel, desconfiado de que teria sido vítima de discriminação por ser portador 
de HIV, procurou um advogado trabalhista para saber se a sua demissão era 
discriminatória e se teria outros eventuais direitos trabalhistas (horas-extras, 
comissões, verbas rescisórias, entre outros). 
 
Como advogado de Daniel, em caso de uma futura ação trabalhista na Justiça 
do Trabalho, prepare uma orientação jurídica abordando os possíveis direitos 
trabalhistas do seu cliente bem como os riscos jurídicos em cada hipótese. 
 
Opção 2: advogado da Loja Ratazana 
 
Daniel contratou um advogado trabalhista que procurou o jurídico da Loja 
Ratazana para buscar uma tentativa de acordo antes de ajuizar a ação 
trabalhista. 
 
Como advogado do jurídico interno da empresa, elabore um parecer jurídico 
sobre os riscos trabalhistas para a empresa em caso de futura ação trabalhista. 
Por fim, apresente a sua opinião jurídica sobre ser aconselhável ou não um 
 
 
 
 
 3 
 
acordo entre as partes para evitar um futuro conflito trabalhista relativo a algum 
dos pleitos de Daniel. 
 
 
 
 
OPÇÃO 1 – ORIENTAÇÃO JURÍDICA 
 
Trata-se de uma consulta formulada por Daniel ( “Daniel” e/ou “Reclamante”) 
referente a sua demissão sem justa causa sucedida em 11 de maio de 2020, 
pela empresa Ratazana (“Loja Ratazana” e/ou “Reclamada”), no qual o 
Reclamente solicitou a este escritório (“Escritório”) uma opinião legal referente 
à possibilidade de êxito em eventual interposição de reclamação trabalhista 
contra a Reclamada, considerando as suas condutas adotadas durante a 
relação de trabalho, sendo analisado o que segue: (i) se o Reclamente 
realmente teria sido vítima de discriminação por ser portador de HIV; (ii) se sua 
demissão teve caráter efetivamente discriminatório; e (iii) se há pendências 
sobre eventuais direitos trabalhistas refentes a sua jornada de trabalho, tais 
como: horas-extras, comissões, verbas rescisórias, entre outros. 
 
Inicialmente, cumpre-se realizar um breve relato dos fatos alegados pelo 
Reclamante: 
 
a) Daniel alega ter sido contrato em 01 de janeiro de 2015, na função de 
vendedor júnior nas Lojas Ratazana, com salário inicial de R$ 2.000,00 
mensais; 
 
b) Em 01 de janeiro de 2017 Daniel foi promovido a vendedor sênior, e o 
seu salário passou a ser R$ 6.000,00 por mês, recebendo um adicional 
de comissão no importe de 1% (um por cento) sobre o valor da 
mercadoria vendida. Referida comissão era paga mediante depósito 
bancário na conta bancária de Daniel, sem a devida contabilização na 
folha de pagamento. 
Vale ressaltar que Daniel sempre foi premiado por atingir todas as metas 
estipuladas pela Loja Ratazana; 
 
c) Daniel trabalhava em regime de sobrejornada habitual de 2 (duas) horas 
diárias desde o início de seu contrato, sem, contudo, receber nenhuma 
contrapartida por tais horas, sob a alegação de que o Reclamente 
exercia função externa e não batia cartão de ponto. 
Desta forma, Daniel nunca recebeu pagamento por horas 
extraordinárias, muito embora fosse compelido e obrigado a 
comparecer todos os dias, na hora da entrada e saída do trabalho, para 
coletar os pedidos de venda, diretamente no estabelecimento da 
Reclamada; 
 
 
 
4 
 
 
d) Em 01 de janeiro de 2018, Daniel foi promovido a gerente comercial e 
passou a exercer cargo de confiança, com salário de R$ 15.000,00 
mensais. Ele continuou a ser excluído do controle de frequência, não 
obstante trabalhasse, em média, de 12 a 14 horas por dia. Ressalta-se 
que a Sra. Jane, gerente de RH da Reclamada, explicou ao Reclamante 
que, como ele passou a deter poderes de gestão como gerente, não 
faria jus a horas extraordinárias; 
 
e) Em 01 de janeiro de 2019, Daniel foi surpreendido com um convite para 
ocupar o cargo de diretor comercial da Loja Ratazana. Para tanto, foi 
nomeado diretor estatutário no estatuto social da Reclamada, com 
amplos poderes de gestão e representação. Desta maneira, o seu 
contrato de trabalho foi suspenso, e Daniel passou a receber R$ 
30.000,00 mensais, de pró-labore; 
 
f) A partir de janeiro de 2020, Daniel começou a emagrecer 
demasiadamente, ter episódios de indisposição e sentir-se mal, por 
diversasvezes no local de trabalho. Sendo assim, procurou então um 
médico de sua confiança, que, após diversos exames, o diagnosticou 
soropositivo para HIV (portador do vírus); 
 
g) Em um primeiro momento, Daniel decidiu não informar ao diretor 
presidente e os demais diretores da Reclamada sobre a sua condição, 
por receio de ser discriminado; 
 
h) Após um mês do diagnóstico, Daniel passou mal e sofreu um desmaio 
no ambiente de trabalho, precisando ser socorrido e hospitalizado. Em 
razão de sua condição, Daniel não teve mais como esconder o seu 
diagnóstico e teve de comunicar ao diretor presidente sobre o seu 
estado de saúde; 
 
i) Passados 15 dias de hospitalização, Daniel retornou ao trabalho e 
reparou que tanto o diretor presidente quanto os demais diretores 
estavam adotando uma postura fria e distante com ele, além de sentir 
que todos estavam evitando o contato físico. 
 
j) Em 11 de maio de 2020, Daniel foi chamado pelo diretor presidente e 
informado de que estava sendo destituído do cargo de diretor estatutário 
a partir daquela data. 
Surpreso, Daniel indagou o motivo, considerando que teve uma carreira 
brilhante na Reclamada e sempre foi um dos melhores vendedores da 
empresa, e seu chefe alegou que, por conta da crise econômica 
causada pela pandemia de Covid-19, a Loja Ratazana teve de efetuar 
cortes de pessoal, sendo que, além de Daniel, outros 15 empregados 
foram demitidos na mesma data; 
 
 
 
 
 5 
 
 
k) Daniel recebeu somente 11 dias trabalhados a título de pró-labore e, 
achando estranho indagou o setor de recursos humanos sobre as suas 
verbas rescisórias relativas ao período em que o seu contrato de 
trabalho estava ativo; 
 
l) A Sra. Jane, gerente de RH, afirmou que, como o contrato de trabalho 
do Reclamante havia sido suspenso em 01 de janeiro de 2019, por 
ocasião da sua nomeação como diretor estatutário, ele não teria direito 
a verbas rescisórias celetistas, com fundamento na Súmula 269 do TST. 
 
Eis o relatório do caso em tela, referente à análise jurídica trabalhista de 
eventuais direitos trabalhistas do Reclamente frente à Reclamada, pelo que 
passamos a análise dos fatos, direitos e obrigações de cada uma das Partes: 
 
No que diz respeito aos eventuais direitos trabalhistas é necessário ressaltar o 
que segue: 
 
(i) Forma de pagamento realizada pela Reclamada: houve, por parte de 
Reclamada, uma discriminação dos valores e direitos recebidos pelo 
Reclamante nos meses de pagamento, sendo que esta prática é vedada 
pelo Superiror Tribunal do Trabalho, de acordo com o enunciado 91 do 
TRT: 
 
“Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou 
percentagem para atender englobadamente vários direitos legais 
ou contratuais do trabalhador.” 
 
Ainda, vale ressaltar que as comissões pagas à Daniel não eram devidamente 
contabilizadas na folha de pagamento, o que fere o disposto no artigo 457 do 
Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, conforme alterada (“CLT”), abaixo 
descrito, que prevê que as comissôes têm natureza salarial e devem integrar a 
remuneração total, inclusive aquelas pagas pela Loja Ratazana sob a rubrica 
de “prêmio”, notadamente ao atingimento de metas em razão de desempenho 
superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades e por 
versar sobre a produtividade do colaborador, sendo de extrema importância 
para fins de cálculo de verbas pagas a título de aviso prévio, décimos terceiros, 
férias e FGTS: 
 
“Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para 
todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente 
pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas 
que receber. 
§ 1º Integram o salário a importância fixa estipulada, as 
gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador. 
 
 
 
6 
 
§ 2º As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda 
de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, 
diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a 
remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de 
trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo 
trabalhista e previdenciário. 
§ 3º Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente 
dada pelo cliente ao empregado, como também o valor cobrado 
pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer título, e 
destinado à distribuição aos empregados. 
§ 4º Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo 
empregador em forma de bens, serviços ou valor em dinheiro a 
empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempenho 
superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas 
atividades.” 
 
Nesse mesmo sentido, o Tribunal Regional Trabalhista da 15ª Região exprimiu 
a seguinte posição: 
 
“3. PRÊMIO PRODUTIVIDADE 
Afirma a reclamada que não pode prevalecer a r. sentença que a 
condenou ao pagamento da integração do prêmio produtividade. 
Sustenta, em síntese, que referido prêmio trata-se de premiação, 
não tratando, portanto, de salário propriamente dito. 
Pois bem. 
Da análise detida das fichas financeiras constata-se que o 
reclamante, diferentemente do que sustenta a reclamada, recebia 
o prêmio assiduidade, habitualmente, o que atrai a aplicação do 
artigo 457, §1º, da CLT, que elegeu o critério objetivo da 
habitualidade para caracterizar a natureza salarial da verba. 
Nas lições da Desembargadora Vólia Bomfim Cassar quanto a 
natureza e finalidade do prêmio: "Os prêmios têm a finalidade de 
recompensar, estimular, agradar, presentear o empregado. É 
instituto em caráter de liberalidade para uma situação especial, não 
obrigando o empregador a repeti-lo ad futurum, salvo ajuste em 
contrário. (...) Se o prêmio corresponder a um percentual ou for 
pago mensalmente, isto é, de forma habitual ou periódica, terá 
natureza salarial, pois será verdadeira comissão ou gratificação 
habitual, descaracterizando-o como prêmio." (Direito do Trabalho, 
16ª edição, 2018, fls. 805/807). 
Assim, não merece reforma a r. sentença. 
(TRT-15 - ROT: 00109031620175150080 0010903-
16.2017.5.15.0080, Relator: FABIO ALLEGRETTI COOPER, 6ª 
Câmara, Data de Publicação: 02/12/2020)” 
 
 
 
 
 
 7 
 
Desse modo, Daniel faz jus ao saldo de salário de 15 dias, e não 11 dias como 
foi pago pela Reclamada, o aviso prévio de 39 dias, multa de 40% do FGTS, 
por ter sido dispensando sem justa causa, saque integral do FTGS, as férias 
proporcionais e vencidas, caso houver, 13º salário vencido e proporcional, caso 
houver e ao seguro-desemprego. 
 
Ademais, pode-se falar na multa prevista no artigo 477, §8º, da CLT, pois, caso 
a Loja Ratazana não realize o pagamento das verbas rescisórias acima 
mencionadas dentro do prazo de 10 dias corridos, Daniel terá direito a receber 
uma multa no valor correspondente a um salário: 
 
“Art. 477. Na extinção do contrato de trabalho, o empregador 
deverá proceder à anotação na Carteira de Trabalho e Previdência 
Social, comunicar a dispensa aos órgãos competentes e realizar o 
pagamento das verbas rescisórias no prazo e na forma 
estabelecidos neste artigo. 
[…] 
§ 8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o 
infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao 
pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente 
ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do 
BTN, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à 
mora.” 
 
(ii) Horas Extras: Em que pese a ausência de controle de jornada do 
Reclamante na função de vendedor externo, em observância ao artigo 
62, I, da CLT, resta devidamente comprovado que este ultrapassou o 
horário fixado na legislação pátria, quando exercia o trabalho em regime 
de sobrejornada de 02 horas diárias, sendo certo que Daniel deve fazer 
jus ao recebimento das horas extras durante o período de 01 de janeiro 
de 2015 a 31 de dezembro de 2017: 
 
“Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: 
I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com 
a fixação de horáriode trabalho, devendo tal condição ser anotada 
na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de 
empregados; 
[...]” 
 
Ainda, é necessário levar em conta para fins de cálculo de horas extras todo o 
período suprimido pela Reclamada. Sendo assim, nesse ponto, será 
necessário requerer a inversão do ônus da prova, pois a Loja Ratazana possui 
as condições de controlar a jornada de emprego exercida por Daniel, sendo o 
que está previsto no artigo 818, da CLT, que destaca que o referido ônus é de 
responsabilidade da Reclamada, sendo exigida a comprovação de que o 
Reclamente tinha poderes de mando, fiscalização, direção e de decisão: 
 
 
 
8 
 
 
“Art. 818. O ônus da prova incumbe: 
I - ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito; 
II - ao reclamado, quanto à existência de fato impeditivo, 
modificativo ou extintivo do direito do reclamante.” 
 
Sendo assim, destaca-se que o Reclamante tem grande possibilidade de ter 
suas horas extras reconhecidas, com, no mínimo, os adicionais de 50% às 
horas normalmente pagas, previstos no artigo 59, da CLT: 
 
“Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas 
extras, em número não excedente de duas, por acordo individual, 
convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. 
§ 1o A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% 
(cinquenta por cento) superior à da hora normal. 
§ 2º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de 
acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em 
um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro 
dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à 
soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja 
ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. 
§ 3º Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha 
havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma 
dos §§ 2o e 5o deste artigo, o trabalhador terá direito ao pagamento 
das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da 
remuneração na data da rescisão. 
§ 5º O banco de horas de que trata o § 2o deste artigo poderá ser 
pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação 
ocorra no período máximo de seis meses. 
§ 6º É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por 
acordo individual, tácito ou escrito, para a compensação no mesmo 
mês.” 
 
Vale ainda ressaltar o entendimento proferido pelo Tribunal Superior do 
Trabalho, conforme abaixo: 
 
“EMENTA : I - AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE 
REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DAS LEIS Nº 13.015/2014, 
13.105/2015 E 13.467/2017. PRELIMINAR DE NULIDADE DO 
JULGADO POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. 
CONFIGURAÇÃO. Ante a possível violação do art. 93, IX, da 
Constituição Federal, impõe-se o provimento do agravo de 
instrumento, para melhor exame do recurso de revista. Agravo de 
instrumento conhecido e provido. 
II - RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DAS 
LEIS Nº 13.015/2014, 13.105/2015 E 13.467/2017. PRELIMINAR 
 
 
 
 
 9 
 
DE NULIDADE DO JULGADO POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO 
JURISDICIONAL. CONFIGURAÇÃO. 
1. O autor alega que o Tribunal Regional incorreu em negativa de 
prestação jurisdicional, ao deixar de apreciar suas alegações 
acerca da confissão do preposto de que ele estava sujeito a uma 
jornada rígida de trabalho e deveria relatar ao gestor da área 
eventuais atrasos e faltas. Aduz que tais informações poderiam 
alterar o resultado do julgamento, em face da possibilidade de 
controle de sua jornada. 
2. Discute-se, em um dos tópicos do processo, a possibilidade ou 
não de controle da jornada do autor, em face do seu labor externo, 
de modo a se determinar o acerto ou não da decisão pela qual se 
indeferiu o pagamento das horas extras. A jurisprudência desta 
Corte está posta no sentido de que o efetivo controle da jornada de 
trabalho do trabalhador externo, bem como a simples possibilidade 
de fazê-lo, enseja a exclusão do empregado da exceção prevista 
no art. 62, I, da CLT, e o pagamento do excesso de jornada como 
horas extras. 
3. Para a hipótese dos autos, percebe-se que o Tribunal Regional 
não emitiu tese acerca da confissão invocada pelo autor e, 
tampouco, sobre a aplicabilidade da Súmula 338, I, do TST à 
hipótese em exame. Ora, à luz da Súmula 126 do TST, é defeso a 
esta Corte o reexame da prova dos autos. Assim, faz-se necessário 
que toda a moldura fática suscitada pelas partes esteja claramente 
evidenciada no acórdão regional, de modo a possibilitar o correto 
enquadramento jurídico dos fatos. 
4. Nesse passo, uma vez que o Tribunal, embora provocado, não 
se manifestou sobre as alegações do autor acerca da confissão do 
preposto sobre a sua jornada, sobre a necessidade ou não de 
reportar ao gestor da área eventuais atrasos e faltas e sobre a 
aplicabilidade ou não da Súmula 338, I, do TST à hipótese dos 
autos, incorreu em negativa de prestação jurisdicional, 
circunstância que autoriza o provimento do recurso de revista, no 
aspecto. Recurso de revista conhecido por violação do art. 93, IX, 
da Constituição Federal e provido. 
(TST – RR: 1001656-75.2015.5.02.0322, Relator Ministro 
ALEXANDRE DE SOUZA AGRA BELMONTE, 3ª Turma, Data de 
Publicação: 04/12/2020)” 
 
(iii) Intervalos Suprimidos: Mesmo considerando as altas metas atingidas 
pelo Reclamante, este não dispunha de intervalos para almoços e 
lanches. Neste quesito, conforme estabelecido no artigo 71, §4º da CLT, 
os intervalos deverão ser pagos pela Reclamada ao Reclamente como 
verba indenizatória, sendo estes acrescidos de 50%, nos termos da lei: 
 
 
 
 
10 
 
“Art. 71. Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 
(seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para 
repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora 
e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá 
exceder de 2 (duas) horas. 
[...] 
§ 4o A não concessão ou a concessão parcial do intervalo 
intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados 
urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, 
apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta 
por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de 
trabalho.” 
 
Por fim, quanto à doença de Daniel, o fato do mesmo ser portador ou doente 
do vírus da AIDS, a sua demissão não poderia ser realizada em função da sua 
doença, mas se esse fato viesse a ocorrer, estaria caracterizada a atitude 
discriminatória da Reclamada. Desta forma, poderia a Loja Ratazana apenas 
transferir Daniel para outra função, caso ocorresse a redução da sua 
capacidade para o trabalho. 
 
Ainda, sendo Daniel diagnosticado como soropositivo para HIV, este poderia 
ser demitido se a Reclamada comprovasse o motivo da dispensa e, caso não 
demonstrasse o motivo efetivo de sua dispensa seria considerado uma 
dispensa discriminatória, conforme Súmula 443 do Tribunal Superior do 
Trabalho, abaixo descrita, que dispõe que quem deve provar que a dispensa 
não foi discriminatória é o empregador, especialmente quando o funcionário é 
portador de HIV, bem como o artigo 1º da Lei nº 12.984, de 2 de junho de 2014: 
 
“SÚMULA N.º 443. DISPENSA DISCRIMINATÓRIA. 
PRESUNÇÃO. EMPREGADO PORTADOR DE DOENÇA GRAVE. 
ESTIGMA OU PRECONCEITO. DIREITO À REINTEGRAÇÃO. 
Presume-se discriminatória a despedida de empregado portador do 
vírus HIV ou de outra doença grave que suscite estigma ou 
preconceito. Inválido o ato, o empregado tem direito à reintegração 
no emprego. 
Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25-9-2012” 
 
“Art. 1º. Constitui crime punível com reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) 
anos, e multa, as seguintes condutas discriminatórias contra o 
portador do HIV e o doente de aids, em razão da sua condição de 
portador ou de doente: 
[...] 
III - exonerar ou demitir de seu cargo ou emprego; 
IV - segregar no ambiente de trabalho ou escolar; 
V - divulgar a condição do portador do HIV ou de doente de aids, 
com intuito de ofender-lhe a dignidade;[...]” 
 
 
 
 
 11 
 
 
No caso em tela, a Reclamada cometeu ato discriminatório contra seu 
empregado, Daniel, não demonstrando de fato porque demitiu seu melhor 
funcionário, sendo que Daniel tem o direito a ser indenizado por danos morais, 
por ter sofrido tal dispensa discriminatória, e ainda, por ser tratado com 
desprezo pelos funcionários e pelo diretor presidente por ser portador do vírus 
HIV. 
 
“DISPENSA DE EMPREGADO PORTADOR DO VÍRUS DA AIDS. 
DISCRIMINAÇÃO. REINTEGRAÇÃO. Resta caracterizada a 
prática discriminatória da empresa que, a pretexto de motivação de 
ordem técnica, dispensa o empregado portador do vírus HIV, sem 
a ocorrência de justa causa. A ciência da precariedade da saúde do 
trabalhador gera a presunção da prática discriminatória. A vedação 
à dispensa do empregado, nas condições apresentadas, encontra 
suporte na Constituição da República, que, além de coibir a prática 
discriminatória (artigo 3º, inciso IV, e artigo 5º, caput), também 
dispensa à saúde a proteção de direito fundamental (artigo 196, 
CRFB/88), resguardando especialmente a proteção à saúde do 
trabalhador (artigo 7º, XXII, CRFB/88). A dispensa do reclamante 
acometido da mencionada moléstia, considerada grave, retira-lhe o 
meio de subsistência e reduz (ou anula) a possibilidade de obter 
novo emprego, obstando tratamento condigno e impedindo a sua 
recuperação, ofendendo o princípio fundamental da dignidade 
humana e a função social do trabalho (artigo 1º, incisos III e IV, 
CRFB/88). Assim, ao dispensar o empregado unicamente por ser 
portador do vírus do HIV, comete o empregador típica atitude 
discriminatória, justificando a aplicação da Lei nº 9.029/1995, 
cabendo a reintegração ao emprego ou a indenização 
correspondente.” 
 
Não obstante, a Súmula nº 269 do TST (transcrita abaixo) não é inerente ao 
caso em tela uma vez que o Sr. Daniel não teve seu contrato de trabalho 
suspenso, sendo que foi demitido por discriminação, sendo que suas horas 
extras devem ser contabilizadas nos termos do (ii) acima. 
 
“O empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo 
contrato de trabalho suspenso, não se computando o tempo de 
serviço desse período, salvo se permanecer a subordinação jurídica 
inerente à relação de emprego.” 
 
Nessa linha o acórdão do TRT-7 foi brilhante, vejamos: 
 
“CONTRATO DE TRABALHO. CARGO DE DIRETOR 
FINANCEIRO. SUSPENSÃO. NÃO CONFIGURAÇÃO. 
EXCEÇÃO À SÚMULA 269/TST. O empregado que ocupa cargo 
 
 
 
12 
 
de diretor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não se 
computando o tempo de serviço desse período, salvo se 
permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de emprego 
(Súmula 269/TST). No caso, a despeito de o obreiro ter sido eleito 
Direito Financeiro da empresa, restou devidamente comprovado 
nos autos que ele permaneceu juridicamente subordinado à 
reclamada, não havendo, portanto, que se falar em suspensão do 
vínculo empregatício.” 
 
Dessa maneira, Daniel, tem direito ao recebimento das horas extraordinárias 
trabalhas e não pagas no período mencionado acima, a indenização em danos 
morais pela discriminação sofrida no meio de trabalho, e, também, por sua 
dispensa discriminatória e sem fundamento justificado, e ainda, o pagamento 
das verbas rescisórias no período trabalhado entre 2015, 2016 e 2017, como 
já descriminado na exposição acima. 
 
Por fim, o presente Escritório, após analisar a demanda em tela, verificou que, 
tendo em vista Daniel ser um dos melhores funcionários da Loja Reclamada, 
e, até a presente data, deter farta documentação comprovando que os seus 
resultados condiziam com seu trabalho, é inequívoco que Daniel possui 
revelantes chances de ter sucesso na demanda trabalhista, principalmente 
com fundamento na legislação pátria. 
 
 
 
 
Bibliografia: 
 
• TRT da 7ª Região: 0001850-72.2014.5.07.0004 (RO), Relatora Ministra 
FERNANDA MARIA UCHOA DE ALBUQUERQUE, Data de Publicação: 
29/03/2019. Disponível em: Acesso em 29 de abril de 2021 - 
https://nam10.safelinks.protection.outlook.com/?url=https%3A%2F%2Fpje
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72.2014.5.07.0004%2F2&data=04%7C01%7C%7Cf8ed9d72195e47f
a389408d90b0f6d4b%7C8c3825d1e84346b69b960d384e9026bd%7C0%
7C0%7C637552983155292671%7CUnknown%7CTWFpbGZsb3d8eyJWIj
oiMC4wLjAwMDAiLCJQIjoiV2luMzIiLCJBTiI6Ik1haWwiLCJXVCI6Mn0%3
D%7C1000&sdata=%2Fc09TFbYBmE0mxeoA8dL7T9TNqhed2Fr78
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• Apostila Direito do Trabalho da Fundação Getilio Vargas – Adriana Calvo; 
• CLT – site do Planalto – acessado em 15, 20 e 21 de abril de 2021 - 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm 
• Súmula TST - site Tribunal Superior do Trabalho – acessado em 15, 16 de 
abril de 2021 - https://www.tst.jus.br/sumulas 
 
https://nam10.safelinks.protection.outlook.com/?url=https%3A%2F%2Fpje.trt7.jus.br%2Fconsultaprocessual%2Fdetalhe-processo%2F0001850-72.2014.5.07.0004%2F2&data=04%7C01%7C%7Cf8ed9d72195e47fa389408d90b0f6d4b%7C8c3825d1e84346b69b960d384e9026bd%7C0%7C0%7C637552983155292671%7CUnknown%7CTWFpbGZsb3d8eyJWIjoiMC4wLjAwMDAiLCJQIjoiV2luMzIiLCJBTiI6Ik1haWwiLCJXVCI6Mn0%3D%7C1000&sdata=%2Fc09TFbYBmE0mxeoA8dL7T9TNqhed2Fr785ZEl2UNx8%3D&reserved=0
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https://www.tst.jus.br/sumulas

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