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O Mundo Contemporâneo - Parte II

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SISTEMA DE ENSINO
HISTÓRIA
O Mundo Contemporâneo - Parte II
Livro Eletrônico
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Daniel Vasconcellos Araujo
O Mundo Contemporâneo - Parte II
HISTÓRIA
O Mundo Contemporâneo – Parte II ................................................................................3
1. Mundo Contemporâneo – Parte II ................................................................................3
1.1. O Período Entreguerras; as Democracias Liberais e os Regimes Totalitários ............3
1.2. A Segunda Guerra Mundial; a Descolonização Afro-Asiática; a Guerra Fria; a 
Estrutura de Espoliação da América Latina .................................................................. 21
1.3. A Fase do Pós-Guerra; os Oprimidos do Terceiro Mundo; as Grandes Linhas do 
Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Século XX ...............................................52
1.4. O Petróleo, o Oriente Médio e as Lutas Religiosas ..................................................59
Resumo ........................................................................................................................ 77
Mapas Mentais .............................................................................................................79
Questões Comentadas em Aula ....................................................................................83
Questões de Concurso ..................................................................................................92
Gabarito ...................................................................................................................... 114
Gabarito Comentado .................................................................................................... 115
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O Mundo Contemporâneo - Parte II
HISTÓRIA
O MUNDO CONTEMPORÂNEO – PARTE II
Olá, aluno(a)! Seja muito bem-vindo! Vamos dar sequência a nossos estudos para que 
gabarite as questões de História! Antes de seguirmos, peço novamente que avalie as aulas 
anteriores, caso ainda não o tenha feito.
Lembrando que sempre seguiremos a lista de tópicos. Como disse na aula anterior, a aula 
estava muito extensa e optei por dividi-la. Assim, vejamos quais os conteúdos serão tratados 
nessa segunda parte:
4. MUNDO CONTEMPORÂNEO
4.4. O período entreguerras; as democracias liberais e os regimes totalitários.
4.5. A Segunda Guerra Mundial; a descolonização afro-asiática; a Guerra Fria; a estrutura 
de espoliação da América Latina.
4.6. A fase do Pós-Guerra; os oprimidos do Terceiro Mundo; as grandes linhas do desen-
volvimento científico e tecnológico do século XX.
4.7. O petróleo, o Oriente Médio e as lutas religiosas.
1. Mundo ConteMporâneo – parte II
1.1. o período entreguerras; as deMoCraCIas LIberaIs e os regIMes 
totaLItárIos
O Período Entreguerras
O período Entreguerras compreende 1918, com o fim da Primeira Guerra, a 1939, com a 
eclosão da Segunda Guerra Mundial.
Após a Primeira Guerra Mundial um conjunto de modificações ocorreram na política mun-
dial. Novos países surgiram na Europa em função das negociações do Tratado de Versalhes. 
Observe os mapas a seguir:
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O Mundo Contemporâneo - Parte II
HISTÓRIA
A Primeira Guerra Mundial destruiu os mercados europeus, dando margem para a expan-
são industrial dos Estados Unidos. Com o parque industrial destruído, os países europeus 
precisaram importar tudo dos norte-americanos.
O Brasil, por sua vez, que importava a maior parte dos produtos de consumo interno da 
Inglaterra, foi obrigado a promover uma industrialização, ainda que incipiente e dependente 
do capital do café.
Como meio de impedir que conflitos desta dimensão voltassem a ocorrer, foi criada a Liga 
das ações, uma espécie de embrião da Organização das Nações Unidas. No entanto, sem a 
participação dos Estados Unidos, vetada pelo senado norte-americano, acabou fracassando 
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HISTÓRIA
no seu objetivo principal, já que não conseguiu frear a expansão nazista alemã que culminou 
na Segunda Guerra Mundial.
Além disso, a Revolução Russa de 1917, que provocou a saída da Rússia da Guerra, pro-
moveu a ascensão do socialismo a Europa.
Outra consequência da Primeira Guerra foi o surgimento de regimes totalitários na Euro-
pa, o fascismo e o nazismo.
Tratado de Versalhes de 1919
O Tratado de Versalhes foi um acordo de paz assinado pelas potências europeias encer-
rando oficialmente a Primeira Guerra Mundial. Apesar de usarem a nomenclatura “tratado”, 
como referência a um acordo, as conferências e Versalhes soaram mais como uma imposição 
aos derrotados no conflito. Os membros da Entente responsabilizaram a Alemanha por todo 
o conflito e seus prejuízos.
A característica mais emblemática do Tratado, sem dúvidas, foi a determinação de que a 
Alemanha assumisse toda a responsabilidade pela causa da Guerra e fizesse reparações a 
algumas nações da Tríplice Entente. Além de pagar pesada indenização, os alemães perde-
ram possessões na África e Ásia. Pior que isso, perdera parte de seu território na Europa para 
países vizinhos. Foi assim que França retomou a Alsácia-Lorena. Além disso, a Alemanha 
teve que conceder uma saída para o mar para a Polônia, criando o chamado Corredor Polonês.
Internamente, a Alemanha também foi subjugada: foi obrigada a reduzir seu exército e 
lhes impuseram um governo republicano ligado aos interesses das potências vencedoras do 
conflito, a chamada República de Weimar.
A Alemanha foi humilhada pelas potencias da Tríplice Entente, gerando um sentimento de 
revanche com relação aos franceses nos mesmos moldes do revanchismo francês. A crise 
econômica foi agravada sensivelmente pelo aumento de tributos à população para que se 
conseguisse honrar o pagamento das dívidas contraídas pelo Tratado. Dessa forma, pode-
mos dizer que, sem a menor sombra de dúvidas, a ideologia nazifascista encontrou na “terra 
arrasada” o terreno fértil para conseguir sua ascensão.
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Questão 1 (FGV/VESTIBULAR/2012) A I Guerra Mundial (1914-1918) provocou mudanças 
importantes no mapa político da Europa. Entre essas, é correto apontar a
a) devolução da Alsácia-Lorena, então com a Alemanha, para a França e a concessão de uma 
saída para o mar para a Polônia, criando o chamado Corredor Polonês.
b) perda, pela Itália, da região de Trieste para a Iugoslávia, e a cessão, pela França, da região 
bascapara a Espanha.
c) anexação do norte da Bélgica pela França e o reconhecimento da independência da Grécia.
d) incorporação de Montenegro ao território grego e a fragmentação do Reino Unido, com a 
independência do País de Gales.
e) ampliação do Império Austro-Húngaro, com o ajuntamento da Sérvia, e a devolução da Ar-
mênia para o Império Turco.
Letra a.
A perda da Alsácia-Lorena para a França e do importante porto de Gdansk para a Polônia, 
contribuíram para insuflar o nacionalismo alemão, bem explorado pelo nazismo.
As Democracias Liberais
São chamadas democracias liberais, no contexto do Entre Guerras, os países ocidentais 
que adotavam um sistema democrático e o liberalismo econômico.
Com a expansão econômica dos Estados Unidos, o grande vitorioso na primeira Guerra 
Mundial, aumentou-se sobremaneira a dependência das nações do mundo com relação aos 
investimentos norte-americanos. No entanto, a  especulação financeira e a superprodução 
das indústrias norte-americanas levaram à Crise de 1929.
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Crise de 1929
Durante a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), enquanto os países da Europa estavam 
completamente envolvidos no processo da guerra, e, portanto, com suas indústrias e produ-
ções afetadas, os Estados Unidos passaram a suprir a demanda da Europa de produtos como 
aço, comida, máquinas, carvão entre outros itens básicos para a manutenção da guerra.
Desde a Guerra de Secessão (1861-1865), os Estados Unidos produziam armas e muni-
ções em larga escala e, estando do outro lado do Oceano Atlântico, se beneficiava produzindo 
para suprir a necessidade da Guerra, com praticamente nenhum ataque em seu território.
Até aquele momento a Grã-Bretanha era considerada a nação da supremacia econômica 
mundial, ditando através do valor do ouro toda a economia. Porém é a partir desse contexto da 
Primeira Guerra Mundial que a Inglaterra perde sua posição e os EUA passam a ocupar seu lugar.
A euforia econômica nos Estados Unidos começou no início da década de 1920, onde 
grandes empresas passam a investir em títulos na bolsa. A economia demonstrava um mar 
infinito de possibilidades. O consumo exagerado, altos lucros e toda a cultura do “American 
Way of Life” ou Modo de Vida Americano. Toda uma cultura construída sobre os pilares do 
mercado e do consumo.
O cinema tornou-se uma febre nessa época. A produção, principalmente de bens de con-
sumo duráveis como os carros encararam seus melhores índices. Eram os “Loucos anos 20”. 
Todos viviam no apogeu do capitalismo.
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No entanto, desse crescimento se projetou a crise que é considerada como a maior que 
o Capitalismo já encarou. Uma crise sistêmica, onde o modelo capitalista, até ali vencedor, 
entrou em decomposição. A economia, em boa parte, girava entorno da especulação na bolsa 
e encontrou seu limite chegando no momento da “Quebra da Bolsa de Nova York” em 24 de 
outubro de 1929.
As principais causas da crise de 1929 estão ligadas a desregulamentação quase total da 
economia, o que permitiu uma superprodução, principalmente de gêneros alimentícios e pro-
dutos industriais.
Contudo, a capacidade de consumo da população não absorvia esse crescimento, gerando 
grandes estoques de produtos. Ao perceber a diminuição do consumo, o setor produtivo pas-
sou a investir e produzir menos, compensando seus déficits com a demissão de funcionários.
O resultado óbvio foi o desemprego (generalizado) ou a redução salarial. O ciclo vicioso 
se completou quando, devido à falta de renda, o consumo caiu ainda mais, forçando uma di-
minuição nos preços.
Como a Grande Depressão provocou uma onda de desemprego e bancarrotas (até 30% 
entre a força produtiva nos Estados Unidos), muitos bancos que emprestaram dinheiro fali-
ram por não serem pagos, diminuindo assim a oferta de crédito. Com isso, muitos empresá-
rios faliram, encerrando mais postos de trabalho.
Enquanto a euforia econômica dominava o mercado norte-americano, milhares de pesso-
as passaram a investir em ações de empresas, no entanto ao encararem a crise de superpro-
dução, as ações dessas empresas passam a cair dia após dia.
No auge da crise, em 24 de outubro de 1929, a quebra da bolsa aconteceu. A chamada 
“Quinta Feira Negra” marcou o dia em que as ações atingiram os mais baixos valores. En-
quanto milhares de investidores tentaram vender suas ações, ninguém as comprava por te-
rem noção da crise que se abateu sobre o mercado.
Os países mais atingidos foram também as economias capitalistas mais desenvolvidas, 
dentre elas os Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Itália e o Reino Unido. Em alguns 
destes países, os efeitos da crise econômica fomentaram a ascensão de regimes totalitários. 
A União Soviética, onde a economia em vigor era socialista, pouco foi afetada.
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Nos países em processo de industrialização, com destaque para a América Latina, a eco-
nomia agroexportadora foi a mais afetada pela redução das exportações de matérias-primas. 
Contudo, estas nações puderam assistir um incremento em suas indústrias, devido à diversi-
ficação de investimentos neste setor.
No Brasil o principal produto de exportação era o Café. O governo de Getúlio Vargas, ao ver 
os estoques abarrotados e o valor das sacas despencando, tomou uma atitude e mandou 
queimar as sacas sobressalentes. Isso acontece já em 1930.
O objetivo era diminuir a oferta para aumentar o valor do café, o que pouco teve efeito, já 
que as exportações continuaram baixas. Acontece que o café era considerado um bem su-
pérfluo, principalmente diante de uma situação em que faltava renda mesmo para alimentos.
Nos Estados Unidos da América, em 1933, o Presidente Roosevelt é eleito e implementa o 
“New Deal”, um plano econômico que buscava restabelecer o mercado através da fiscaliza-
ção do Estado aos empresários e à especulação na bolsa de valores.
Esse plano foi inspirado no conjunto das teorias e medidas propostas pelo economista bri-
tânico John Maynard Keynes 1883-1946 e seus seguidores. O keynesianismo defendia, dentro 
dos parâmetros do mercado livre capitalista, a necessidade de uma forte intervenção econô-
mica do Estado com o objetivo principal de garantir o pleno emprego e manter o controle da 
inflação. Portanto, o keynesianismo é contrário ao liberalismo econômico de Adam Smith.
Dentre as medidas tomadas estava a ampliação das obras públicas, visando o aumento 
das vagas de emprego, a criação de empresas estatais, o  restabelecimento das indústrias 
que passam a produzir para suprir as obras de estradas, canais, portos, escolas, moradias e 
canais de irrigação.
Entre tantas medidas, o governo de Roosevelt promoveu leis de proteção aos trabalhado-
res e desempregados.A ideia era dar poder de consumo mesmo que através de uma mínima 
oportunidade de participação no mercado. Roosevelt fez a engrenagem de produção e consu-
mo do capitalismo voltar a girar, promovendo emprego e dinheiro para o mercado.
O programa do New Deal teve sua parcela de sucesso, no entanto, a Grande Depressão só 
iria conhecer os seus dias finais com o início da Segunda Guerra Mundial. É uma nova guerra 
que trará de volta os dias de ouro à economia Norte Americana, quando o Estado passa a de-
ter o poder de fato sobre a economia promovendo grandes exportações para suprir a guerra.
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Questão 2 (FGV/VESTIBULAR 1ª FASE/2015) Esses anos [pós-guerra] também foram no-
táveis sob outro aspecto pois, à medida que o tempo passava, tornava-se evidente que aquela 
prosperidade não duraria. Dentro dela estavam contidas as sementes de sua própria destruição.
(J. K. Galbraith, Dias de boom e de desastre In J. M. Roberts (org), História do século XX, 1974, p. 1331)
Segundo Galbraith,
a) a crise do capitalismo norte-americano em 1929 não abalou os seus fundamentos porque 
foi gerada por ele mesmo, isto é, o funcionamento da economia provocou a superprodução 
agrícola e industrial, a especulação na bolsa de valores, e a expansão do crédito, o que ga-
rantiu os lucros aos empresários, diminuindo a desigual distribuição de renda com o recuo do 
desemprego.
b) a época referida no texto diz respeito à crise dos anos 1950, pós-Segunda Guerra, portanto 
externa ao capitalismo dos Estados Unidos, uma vez que os Estados europeus, endividados 
e destruídos, continuaram a contrair empréstimos e a comprar produtos norte-americanos, 
e os empresários, internamente, especularam na bolsa de valores, para minimizar os efeitos 
do desemprego.
c) nos fins dos anos 1920, com a economia desorganizada pela Primeira Guerra Mundial, 
o capitalismo norte-americano cresceu rumo à superprodução, com investimentos na indús-
tria, à restrição ao crédito e ao controle da especulação na bolsa de valores, pois a crise foi 
motivada apenas por motivos internos, o que facilitou a intervenção do Estado.
d) a crise de 1929 foi gerada pelo próprio funcionamento do capitalismo nos Estados Unidos 
dos anos 1920, em um clima de euforia com o aumento da produção, a especulação na bolsa 
de valores, a concentração de renda e o crédito fácil, sem intervenção do Estado, apesar da 
diminuição das importações europeias e dos crescentes índices de desemprego.
e) a crise dos anos pós-Segunda Guerra Mundial mostrou a importância da ação do Estado, 
na medida em que a intervenção reduziu os desequilíbrios causados pelo próprio funciona-
mento da economia norte-americana, isto é, preservou o lucro dos empresários, baixou os 
índices da produção agrícola e industrial, e controlou os altos níveis do desemprego.
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Letra d.
Questão fácil, apesar de possuir texto extenso. Exige que você identifique as causas da crise 
de 1929: superprodução, liberalismo (não intervenção do estado na economia), concentração 
de renda, especulação.
Os Regimes Totalitários
O fascismo, o nazismo, stalinismo e o varguismo no Brasil são regimes totalitários. O To-
talitarismo é um sistema político no qual o Estado, personificado na figura de um líder, não 
reconhece limites a sua autoridade e passa a controlar todos os aspectos da vida pública e 
privada. São regimes autoritários embasados teoricamente num conjunto de ideologias
Esses regimes usam da propaganda política através do controle dos meios de comunica-
ção, valendo-se da censura. Também usam a força para acabar com a oposição e propagam 
a instabilidade e a ameaça de um inimigo interno ou externo como justificativa para suas 
medidas radicais.
Existem regimes totalitários de direita (fascismo, nazismo) e de esquerda (stalinismo).
Fascismo
A palavra fascismo vem do latim fascio, que significa feixe. Seu significado tem uma sim-
bologia muito grande. O feixe de gravetos unidos serve de cabo para um martelo. Para ficar 
mais claro: uma única pessoa ou interesse individual não são capazes de conduzir a cole-
tividade ao desenvolvimento pleno. Assim, é  necessário colocar a coletividade acima dos 
indivíduos.
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O Mundo Contemporâneo - Parte II
HISTÓRIA
Benito Mussolini criou o fascismo em 23 de março de 1919. No seu início era compos-
to por unidades de combate (fasci di combattimento). Diante do avanço do socialismo na 
Europa, exemplificado pela Revolução Russa de 1917 e pelas greves de operários e sindica-
listas, a burguesia italiana acabou financiando Mussolini para que o fasci di combattimento 
acabasse com comícios e manifestações de grevistas e socialistas. Também chamados de 
“camisas negras”, era uma organização paramilitar que usava de violência para acabar com 
esses eventos.
Em 1921 o fascismo se tornou um partido político, o  PNF (Partido Nacional Fascista), 
e sua ideologia ganhou muitos adeptos. Mas a ascensão ao poder se deu em 28 de outubro de 
1922, quando Mussolini organizou A Marcha sobre Roma. Dezenas de milhares de militantes 
fascistas organizaram um desfile reivindicando o governo italiano. Assim, o rei Vitor Emanuel 
III se viu pressionado e nomeou Benito Mussolini como chefe de governo, acabando de vez 
com a democracia liberal italiana.
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Marcha sobre Roma
O deputado socialista Matteoti foi assassinado pouco depois de denunciar a corrupção 
e violência fascistas. Diante do ocorrido, a oposição abandonou o parlamento e Mussolini se 
aproveitou da crise política para estabelecer um estado totalitário em janeiro de 1925, proi-
bindo outros partidos políticos e sindicatos que não se alinhassem aos fascistas. Além disso, 
desmantelou todas as proteções constitucionais à liberdade de expressão e a livre associa-
ção, implantando um Estado policial e implementando um programa de culto à sua persona-
lidade. Passou a ser chamado “Duce”, líder da nação italiana.
Visando controlar os conflitos de classe entre operários e industriais, em 23 de abril de 
1927, o Duce publicou a Carta del Lavoro. Este documento estabelecia o corporativismo nas 
relações, criava a Corte do Trabalho e instituía diretos trabalhistas. Desse modo, Mussolini 
conseguiu garantir o lucro das atividades industriais ao mesmo tempo em que recebia apoio 
dos trabalhadores. Os sindicatoseram controlados pelo Estado e as fábricas deveriam sub-
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meter sua produção à vontade do governo. Como você há de se recordar da nossa primeira 
aula, Getúlio Vargas se inspirou na Carta del Lavoro para criar a Consolidação das Leis Tra-
balhistas.
Para conseguir apoio da Igreja Católica, que havia rompido com o Estado italiano ainda 
em 1870, quando da sua unificação, Mussolini assinou a Concordata de São João Latrão, em 
1929, criando o Estado do Vaticano e pagando uma indenização pelas perdas territoriais. 
O Tratado de Latrão também criou a obrigatoriedade do ensino religioso nas escolas e insti-
tuiu o catolicismo como religião oficial da Itália.
Assinatura do Tratado de Latrão. Mussolini e o cardeal Pietro Gasparri, secretário de Estado da Santa Sé.
Apesar do aparente desenvolvimento, a Itália não conseguiu alcançar o mesmo sucesso 
econômico do nazismo na Alemanha, ainda mais depois da Crise de 1929. Causada pela su-
perprodução do capitalismo e pela especulação financeira, a crise de 1929 derrubou a bolsa 
de valores de Nova Iorque com consequências em todo o mundo, exceto na URSS, isolada no 
seu regime socialista.
A grande motivação da Itália para ingresso na Segunda Guerra Mundial foi a disputa im-
perialista com França e Inglaterra por possessões na África. Em 1935, por exemplo, invadiu 
a Abissínia, atual Etiópia, assassinando mais de meio milhão de africanos e utilizando armas 
químicas.
Em 1936, assinou o Pacto Tripartite, formando uma aliança político-militar com Alema-
nha e Japão. Também no mesmo ano enviou tropas para a Guerra Civil Espanhola. Em 25 de 
maio de 1939, o Duce se aliou à Alemanha com o Pacto de Aço, entrando definitivamente no 
conflito.
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HISTÓRIA
Combateu os Aliados, mas, após várias derrotas consecutivas, mesmo com apoio alemão, 
foi derrubado e preso em 1943. Libertado por paraquedistas alemães das SS, voltou a liderar 
os italianos, mas foi novamente preso e, em 28 de abril de 1945, assassinado por guerrilheiros.
Guarde com atenção as características do fascismo italiano listadas abaixo:
• Totalitarismo: Controle total da vida pública e privada pelo Estado.
• Autoritarismo: Uso da força para fazer cumprir o que determinasse o Estado.
• Militarismo: Indústria beligerante
• Expansionismo: Busca por territórios de interesse estratégico;
• Antiliberalismo: Estado controla a economia;
• Anticomunismo: Combate ao socialismo e ao comunismo;
• Nacionalismo: exacerbado e obcecado pela segurança nacional;
• Corporativismo: associação entre capital e trabalho, sem conflitos de classe;
• Liderança Carismática: Líder com boa oratória e caricato;
• Controle dos meios de comunicação: Censura e autopromoção;
• Desprezo pelos Direitos Humanos;
• Desprezo pelos intelectuais e artistas.
Questão 3 (FGV/1998) O governo de Mussolini na Itália resolveu importante questão terri-
torial e política ao assinar o Tratado de Latrão em 1929.
Sobre este tratado pode-se afirmar:
a) representou o reconhecimento da soberania italiana sobre a Etiópia;
b) foi o resultado da Marcha sobre Roma, quando ao final Mussolini foi encarregado pelo Rei 
Vitor Emanuel III de preparar um novo ministério;
c) deu início ao regime de trabalho corporativo, no qual o Estado era o árbitro supremo das 
divergências entre patrões e empregados;
d) resolveu a questão romana, reconhecendo a soberania da Igreja Católica sobre o Vaticano;
e) constituiu o documento básico selando a aliança militar entre Itália, Alemanha e Japão.
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HISTÓRIA
Letra d.
O Tratado de Latrão, como vimos, foi a solução encontrada por Mussolini para conseguir 
apoio da Igreja, que havia rompido com o Estado italiano desde a Unificação no século XIX.
Nazismo
O Nazismo foi um regime totalitário que surgiu na Alemanha e teve como líder Adolf Hilter, 
um austríaco que participou da Primeira Guerra. Sua ascensão se deu durante os anos de 
1920, em grande medida, graças aos estragos causados pelo Tratado de Versalhes. O país 
encontrava-se devastado pela inflação e pelo pesado pagamento de indenizações. Mais do 
que isso, o povo alemão se sentia humilhado e descrente com seu futuro.
Em 1919, Hitler entrou para o Partido Trabalhista Alemão. Esse pequeno partido de Muni-
que tinha um programa voltado para o bem-estar da população, a anulação dos tratados de 
paz e a exclusão dos judeus da sociedade alemã. Já em 1920 Hitler liderava o partido graças 
à sua oratória e carisma. Mudou, então, o nome para Partido Nacional-Socilaista dos Traba-
lhadores Alemães.
Assim como o Partido Nacional Fascista italiano, os nazistas também receberam aporte 
financeiro da burguesia para combater as manifestações de sindicalistas e comícios socia-
listas. Para tanto, o capitão Ernest Roehm incorporou ao partido uma organização paramilitar, 
as SA (Seções de Assalto).
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Aos 33 anos, em 1921, Hitler tornou-se chefe do partido e montou um programa denun-
ciando judeus, socialistas, marxistas, estrangeiros e qualquer outro opositor. Apontava os 
tratados de paz e os pesados pagamentos de indenizações de guerra como parte da crise 
econômica vivenciada.
Em 1923, Hitler liderou os nazistas numa tentativa de golpe em Munique no episódio que 
ficou conhecido como Putsch da Cervejaria. Condenado a cinco anos, cumpriu oito meses. 
Tempo que utilizou para escrever seu livro “Mein Kampf”, Minha Luta, em que apontava suas 
principais ideias. Dentre elas, destaque para a Teoria do Espaço Vital, segundo a qual a raça 
ariana (alemã) era superior, mas não conseguia atingir todas as suas potencialidades em 
função de estar confinada a um território menor do que deveria.
Liberto, Hitler organizou o partido se inspirando no fascismo italiano e no bolchevismo 
soviético, criando as SS (Brigadas de Segurança) como força de elite dos nazistas. Além dis-
so, organizou a juventude hitlerista e apoiou sindicatos de variadas classes, aglutinando for-
ças políticas e intelectuais, juristas e professores.
Em 1928 nomeou Joseph Goebbels como chefe da Imprensa e Propaganda do Partido 
Nazista. Mais tarde viria a se tornar Ministro de Imprensa e Propaganda. Ficou conhecido 
pela célebre frase: “Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade.” Foi responsável pela 
propaganda e controle dos meios de comunicação, censurandoe destruindo livros, discos, 
publicações e obras de arte que considerasse contrárias à ideologia nazista. Usou o cinema, 
o rádio e todas as manifestações culturais existentes para incitar uma campanha de ódio aos 
judeus, comunistas, homossexuais e ciganos.
Em 1930, os nazistas conquistaram 18,3% dos votos, tornando-se o segundo maior parti-
do da Alemanha e assumindo 107 cadeiras no Reichtg (Parlamento). O crescimento do Parti-
do Nacional Socialista Alemão pode ser explicado pelo discurso salvacionista e radical, com 
promessas de redenção do povo alemão.
A ascensão de Hitler foi meteórica porque a população viu sua situação piorar ainda mais 
após a Crise de 1929. Já em 1932, os  nazistas ganharam 230 assentos governamentais, 
a maioria do Reichstag. Numa manobra legal, retirou seus membros do parlamento, o que 
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pressionou o presidente a negociar, receoso com o boicote do parlamento. Assim, em 30 de 
janeiro de 1933, Hitler foi nomeado chanceler pelo presidente Hindenburg.
À esquerda, o Reichstag. À direita, parada militar nazista.
Ainda em 1933, o parlamento aprovou a Lei Habitante, iniciando o processo de transfor-
mação da República de Weimar na Alemanha Nazista. Também em 1933 criou a Gestapo (po-
lícia política), que perseguia inimigos políticos do regime. Em 1934 se autoproclamou Führer 
(líder, chefe, guia) e instituiu o Terceiro Reich Alemão.
Como o poder nas mãos, Hitler promoveu a remilitarização da região da Renânia e, em 
1936, forneceu recursos militares aos falangistas do General Francisco Franco durante a 
Guerra Civil Espanhola (1936-39). Sobre o tema, destaque para o bombardeio alemão à cida-
de espanhola de Guernica, imortalizada na obra homônima de Pablo Picasso:
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Em 1938, Hitler começa seu plano expansionista. Através de um plebiscito, anexou a Áus-
tria. Se a anexação da Áustria se deu de maneira pacífica, o domínio dos Sudetos, na Tche-
coslováquia, se deu pela força, através de uma invasão. Nesse momento da expansão nazista, 
os membros da Liga das Nações agiram permissivamente. É que eles entendiam que, enquan-
to a Alemanha direcionasse suas ambições para o oriente, rumo aos socialistas soviéticos, 
tudo bem.
França e Inglaterra esperavam um conflito eminente entre nazistas e os socialistas da 
URSS. Entretanto, no jogo de xadrez da guerra, Hitler realizou uma jogada astuta ao assinar o 
Pacto de não agressão germano-soviético ou Pacto Ribbentrop-Molotov. Sem ter que se pre-
ocupar com a URSS, Hitler poderia dedicar mais de seus recursos para uma guerra na frente 
ocidental, para “reparar as injustiças do Tratado de Versalhes”. Também ganhou tempo para 
se preparar para um futuro confronto com os soviéticos.
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Em 1º de setembro de 1939, Hitler invadiu a Polônia dando início à Segunda Guerra Mun-
dial. Porém, antes de tratarmos do conflito, observe a lista de características do Nazismo, di-
daticamente elencadas para seu estudo. Possui quase todas as características do Fascismo 
italiano, mas com alguns elementos que o diferenciam:
• Totalitarismo: Controle total da vida pública e privada pelo Estado.
• Autoritarismo: Uso da força para fazer cumprir o que determinasse o Estado.
• Militarismo: Indústria beligerante
• Expansionismo: Busca por territórios de interesse estratégico;
• Antiliberalismo: Estado controla a economia;
• Anticomunismo: Combate ao socialismo e ao comunismo;
• Antissemitismo: Perseguição dos judeus.
• Nacionalismo: exacerbado e obcecado pela segurança nacional;
• Racismo: Crença na superioridade da raça ariana;
• Teoria do Espaço Vital: Justificando o expansionismo;
• Liderança Carismática: Líder com boa oratória e caricato;
• Controle dos meios de comunicação: Censura e autopromoção;
• Desprezo pelos Direitos Humanos;
• Desprezo pelos intelectuais e artistas.
Questão 4 (FGV/VESTIBULAR/2015) Hitler referia-se frequentemente à necessidade da 
guerra, oscilando do ponto de vista mítico ao do estrategista militar (...) e toda sua concepção 
de política se apoiava sobre a necessidade histórica de assegurar ao povo alemão seu espa-
ço vital. Como o espaço vital sempre fora conservado ou conquistado pela luta, não via outra 
alternativa senão fazer uso ‘defensivo’ da guerra, que seria o ‘objetivo derradeiro da política’. 
LENHARO, A., Nazismo. “O triunfo da vontade”. São Paulo: Ática, 1998, p. 75.
O “espaço vital” evocado na Alemanha nazista referia-se
a) a territórios localizados a leste da Alemanha e às áreas cedidas à França pelo Tratado de 
Versalhes.
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b) ao território alemão, que deveria ser defendido das investidas expansionistas de franceses, 
poloneses e eslovacos.
c) aos territórios localizados na África, onde minorias alemãs eram oprimidas pelas elites 
locais.
d) aos territórios e países controlados por regimes fascistas como Espanha, Portugal e Itália.
e) às terras dos judeus, em toda a Europa, que deveriam ser incorporadas aos domínios ale-
mães.
Letra a.
Querido(a), a teoria do espaço vital dizia que o povo alemão era superior, mas impedido de 
atingir toda a sua potencialidade porque seu território estava restrito. Assim, era preciso ex-
pandir as fronteiras da Alemanha. Nesse sentido, a única alternativa que permite a expansão 
do território original da Alemanha é a letra a.
1.2. a segunda guerra MundIaL; a desCoLonIzação afro-asIátICa; a 
guerra frIa; a estrutura de espoLIação da aMérICa LatIna
A Segunda Guerra Mundial
Caro(a) aluno(a), como vimos, foram as disputas imperialistas que provocaram a Primeira 
Guerra Mundial. Como as questões imperialistas não foram solucionadas, os eventos que se 
seguiram nas décadas de 1920 e 1930 levaram à eclosão da Segunda Guerra Mundial. Sobre 
isso, a frase pronunciada à época por Winston Churchill, Primeiro-Ministro britânico, é emble-
mática: “A Segunda Guerra é uma continuação da Primeira”.
Junte-se a isso, a Política de Apaziguamento adotada pelas nações ocidentais da Liga 
das Nações, permitiu o expansionismo nazista com a anexação da Áustria e a invasão da 
Tchecoslováquia.
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O maior conflito armado da humanidade envolveu 72 nações, deixando um rastro de 45 
milhões de mortes, 35 milhões de feridos e 3 milhões de desaparecidos.
As principais potências envolvidas na Segunda Guerra se dividiram em dois blocos:
• Países do Eixo Roma-Tóquio-Berlim: Itália, Japão e Alemanha.
• Países Aliados: França, Inglaterra, Estados Unidos e URSS.
Aqui devemos fazer uma pequena observação: lembre-se de que a URSS não só permitiu 
que Hitler invadisse a Polônia, como também participou da operação invadindo o território 
polonês em 17 de setembro de 1939. Também é bom destacar que, além da entrada de varia-
dos outros países, Estados Unidos, Japão e URSS não participaram do conflito desde o seu 
início, embarcando na empreitada da Guerra no transcorrer dos anos.
Quanto à duração da Guerra, podemos dividir a Segunda Guerra Mundial em três fases:
•	 As vitórias do Eixo (1939-1941);
•	 O equilíbrio das forças (1941-1943);
•	 A vitória dos Aliados (1943-1945).
As Vitórias do Eixo (1939-1941)
Hitler se aproveitou do acordo de não agressão celebrado com Stálin (URSS) para invadir 
a Polônia em 1º de setembro de 1939 e, em 2 de setembro anexou a Danzig, importante cidade 
portuária que havia sido tomada pelo Tratado de Versalhes.
Apesar de França e Inglaterra declararem guerra à Alemanha, em 3 de setembro de 1939, 
suas estratégias se limitaram a imposição de bloqueios comerciais aos nazistas. Essa conve-
niência facilitou o trabalho dos alemães e, em 1940, a Alemanha invadiu Noruega, Dinamarca, 
Bélgica, Holanda, Luxemburgo e o norte da França.
Com a invasão alemã, a França ficou dividida em duas áreas, a parte ocupada pela Alema-
nha e o governo Vichy, que colaborava com os alemães, ao sul.
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Questão 5 (FGV/2015) A respeito da situação da França, durante a Segunda Guerra Mun-
dial, é correto afirmar:
a) A chamada República de Vichy englobava a parte da França cujo governo resistiu aos inte-
resses alemães até o final da guerra.
b) Na República de Vichy, o marechal Phillippe Petáin liderou a resistência contra as forças 
militares nazistas.
c) Vichy tornou-se a capital de toda a França governada por um colegiado formado por ale-
mães e franceses.
d) Na República de Vichy, o slogan Liberdade, Igualdade e Fraternidade foi substituído por 
Trabalho, Família e Pátria.
e) A esquerda francesa colaborou com o governo de Phillippe Petáin, adotando a tática da 
frente ampla contra o nazismo.
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Letra d.
Lembre-se de que a República Vichy colaborava com os invasores alemães. Nesse sentido, 
dentro da temática nazista, substituir o lema da Revolução Francesa por um lema identificado 
com a ideologia nazista (Trabalho, Família e Pátria) faz todo o sentido.
Hitler também realizou bombardeios no sul da Inglaterra com sua força aérea, a Luftwaffe. 
As forças alemãs, extremamente organizadas e potentes, realizaram ataques rápidos e efi-
cientes, objetivos. Esta estratégia ficou conhecida como Blitzkrieg, guerra relâmpago.
Do lado italiano, Mussolini apoiou a Alemanha com importante atuação no sul da Europa 
e no norte da África, onde haviam colônias francesas.
Já no Pacífico, a expansão imperialista japonesa avançou sobre a Indochina Francesa e 
entrava em choque com as pretensões norte-americanas. Convergindo interesses, o Japão 
aliou-se à Itália e Alemanha em 1941, ano em que realizou o ataque à base naval norte-ame-
ricana de Pearl Harbor, no Havaí.
Acontece que os Estados Unidos impuseram sanções comerciais aos japoneses por 
terem invadido a China e a Indochina. Em meio a negociações diplomáticas, os norte-ame-
ricanos foram atacados de surpresa. Citado em várias questões de concurso e vestibula-
res, os pilotos japoneses, os Kamikazes, ficaram conhecidos por sacrificarem suas vidas 
pilotando aviões que eram usados como arma quando acabavam suas munições ou seu 
combustível.
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Domínio imperialista japonês em 1941
Até janeiro de 1942, a ofensiva japonesa resultou na conquista de 4 milhões de quilôme-
tros quadrados e o comando de uma população de 125 milhões de habitantes.
A neutralidade já não era mais uma opção para os Estados Unidos e, sua entrada no con-
flito, mudou os rumos da Guerra. O poderio militar dos americanos foi utilizado no Pacífico e 
no Atlântico, fornecendo apoio à resistência de países ocupados pelas forças do Eixo. Além 
disso, países que não se posicionavam contra o Eixo, como o Brasil, se viram obrigados a fa-
zê-lo para manter antigas relações com os Estados Unidos.
O Equilíbrio das Forças (1941-1943)
Apesar de ter ficado conhecido como grande estrategista militar, Hitler cometeu o mesmo 
erro de Napoleão Bonaparte: invadir a Rússia durante o rigoroso inverno. A invasão alemã à 
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União Soviética recebeu o nome de “Operação Barbosa” e partiu da Ucrânia objetivando con-
quistar Leningrado (São Petersburgo), Moscou e o Cáucaso.
Em dezembro de 1941, as forças nazistas, debilitadas pelo “general inverno” foram conti-
das pelo Exército Vermelho. Em 1942, na Batalha de Stalingrado, os alemães são derrotados. 
Acontece que os russos recuavam, iludindo os alemães, ao mesmo tempo em que destruíam 
as estruturas das cidades e seus mantimentos.
Enquanto isso, no Pacífico, os japoneses invadiram a Malásia Britânica, o porto de Cinga-
pura, o porto de Hong Kong, a Birmânia, a Indonésia e as Filipinas. Então, Alemanha e Itália, 
cumprindo sua parte na aliança militar do Eixo Roma-Berlim-Tóquio, também declaram guer-
ra aos Estados Unidos.
A Vitória dos Aliados (1943-1945)
O início da derrocada do Eixo aconteceu quando, em 1943, a Itália foi invadida por foças 
americanas, britânicas. É nesse episódio que, como vimos, Mussolini foi preso. O fato enfra-
queceu a Alemanha, que precisou lutar sozinha na Europa contra Ingleses, na frente ocidental, 
e soviéticos, no fronte oriental.
Também em 1943, forças britânicas conseguiram importantes vitórias na Líbia e Tunísia. 
Utilizando os portos desses países, forças aliadas partiram do norte da África para a Sicília. 
De lá, os Aliados invadirama Itália.
À essa altura, Hitler recuava no lado oriental, tentando manter sua posição na Polônia. 
Sabia que mais adiante viria uma investida soviética. Mesmo acuada, a Alemanha mantinha 
um poderio bélico de respeito.
No Pacífico, o Japão sofre derrotas significativas na tentativa de conquistar a Austrália e o 
Havaí. A virada americana no conflito iniciou-se após a Batalha de Midway, na qual a Marinha 
Imperial Japonesa foi danificada de maneira irreversível. Além disso, os Estados Unidos pro-
jetaram a vitória definitiva sobre Japão, organizando reuniões secretas de colaboração entre 
as potências aliadas.
Assim, em 28 de novembro de 1943, foi realizada a Conferência de Teerã, onde se encon-
tram Churchill, Primeiro-Ministro Britânico, Roosevelt, presidente dos EUA, e Stálin, líder da 
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URSS. Lá, planejaram suas estratégias e os planos para o futuro pós-guerra. Mais adiante, 
voltaremos a tratar dessa temática.
Em 17 de janeiro de 1944, tem início a Batalha de Monte Cassino, na Itália, com partici-
pação da Força Expedicionária Brasileira. Mas foi em 6 de junho de 1944, no Dia D, que os 
Aliados realizaram sua mais importante ofensiva contra a Alemanha, a Operação Overlord, 
desembarcando na Normandia. A operação foi planejada meses antes, e usou de um engodo, 
de uma mensagem falsa de criptografia simples para ser propositalmente interceptada pelos 
alemães, dando a entender que a invasão se daria pelo sul da França.
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Em 17 de janeiro de 1945, a União Soviética ocupa Varsóvia, na Polônia. A Alemanha ficou 
acuada, atacada por três frentes. Observe:
Ante a possibilidade de derrota, Hitler ordenou a Solução Final, promovendo o extermínio 
de judeus nas câmaras de gás dos campos de concentração nazistas. O mais conhecido e 
citado em concursos e vestibulares é o Campo de Auschwitz, tomado de assalto pelo exército 
vermelho em 27 de janeiro de 1945.
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Libertação de prisioneiros do campo de concentração de Auschwitz por militares soviéticos.
A corrida agora era para saber quem primeiro chegaria a Berlim para impor a derrota à 
Alemanha, URSS socialista ou os Aliados capitalistas? Tanto que, na Conferência de Yalta, em 
4 de fevereiro de 1945, os futuros vencedores definiram a divisão dos espólios territoriais da 
guerra. Mas isso veremos mais adiante.
Finalmente, em 30 de abril, Hitler se suicida. Estava encerrada a Guerra na Europa. Entre-
tanto, no Pacífico, a guerra ainda se estendeu até o dia 2 de setembro, quando o Japão assi-
nou sua rendição.
Importantíssimo ressaltar que o Japão somente se rendeu depois de experienciar o pode-
rio bélico norte-americano, em duas das maiores tragédias já vivenciadas pela humanidade. 
No dia 6 de agosto de 1945, os Estados Unidos lançaram uma bomba atômica na cidade de 
Hiroshima, fazendo 80 mil vítimas. No dia 9, foi a vez da cidade de Nagasaki. Com uma potên-
cia 50 vezes maior que a de Hiroshima, fez 40 mil mortos imediatamente, fora os contamina-
dos pela radiação.
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Questão 6 (FGV/VESTIBULAR/2014) Observe os dois cartuns.
Sobre as imagens, é correto afirmar que
a) a assinatura do acordo de não agressão entre Hitler e Stalin, em 1939, é o último movimen-
to alemão para trazer a União Soviética para o seu lado, uma vez que os planos anteriores fo-
ram neutralizados pelo imenso poderio militar dos Aliados, temerosos do avanço germânico 
que, em 1941, invade a União Soviética e a Inglaterra.
b) a aproximação entre Berlim e Moscou, em 1939, não resultou em um acordo de proteção às 
intenções expansionistas de ambos os lados, pois continuaram em lados opostos, monito-
rando-se reciprocamente até que, em 1941, com as vitórias sucessivas dos Aliados, o Tercei-
ro Reich, de forma apressada, garante o precioso apoio da União Soviética.
c) o Terceiro Reich alemão faz dois movimentos no sentido de conseguir o apoio soviético: 
inicialmente, um acordo de não agressão com Stalin em 1939, para evitar a sua aproximação 
com os Aliados e, em 1941, outro que consegue sua integração ao Eixo, antecipando-se a 
diplomacia britânica que, imobilizada, não esboça resistência.
d) após a ocupação da Renânia, da anexação da Áustria, da Tchecoslováquia, a Alemanha 
assina um acordo de não agressão mútua com a União Soviética para neutralizá-la, uma vez 
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que conta com o imobilismo da Inglaterra em relação ao seu expansionismo, que culmina, em 
1941, na invasão da União Soviética.
e) em 1939, depois de invadir a Polônia, Hitler se aproxima da União Soviética de forma cui-
dadosa, pois teme os planos expansionistas de Stalin, até então apoiados pelos Aliados que, 
a partir de 1941, com as sucessivas vitórias, retiram essa ajuda, obrigando o Estado Soviético 
a aceitar a parceria com o Terceiro Reich.
Letra d.
Lembre-se do Pacto de não agressão germano-soviético ou Pacto Ribbentrop-Molotov. Sem 
o qual, Hitler não iniciaria a Guerra por receio de ter que abrir duas frentes de batalha (leste e 
oeste). Para ganhar tempo, assinou o acordo, sabendo que num futuro próximo iriam acabar 
se enfrentando.
A Descolonização Afro-Asiática
O fim da Segunda Guerra trouxe o declínio dos impérios coloniais europeus e o início da 
descolonização da África e da Ásia. Para ampliar suas áreas de influência, os EUA e a URSS 
apoiaram os movimentos de independência.
Entre 1945 e 1970 os territórios africanos e asiáticos que constituíam parte dos impérios 
europeus passaram por um processo de descolonização (independência política).
A Segunda Guerra Mundial significou o fim da hegemonia econômica e militar europeia no 
mundo, pois, completamente destroçados, os países europeus já não podiam manter impé-
rios coloniais.
Os movimentos nacionalistas emergentes das colônias foram reforçados pela Carta das 
Nações Unidas, que considerava a autodeterminação dos povos um direito básico.O início da Guerra Fria também foi outra grande influência: os Estados Unidos e a União 
Soviética apoiaram os movimentos de independência para influenciar os novos governos e a 
população, atraindo-os para seus respectivos blocos.
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A Descolonização da África
Assim como a América do Sul e Central e Ásia, a  África também foi colonizada pelos 
europeus, e  todas essas regiões foram colônias de exploração. Como vimos, a  divisão do 
continente para exploração ocorreu na Conferência de Berlim, na Alemanha em 1885, nessa 
fizeram parte Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha, Itália, Portugal e Espanha.
A partir dessa conferência ficou definida a divisão geográfica dos respectivos territórios 
a serem explorados. O processo de exploração das colônias africanas durou muito tempo e 
as consequências atuais são derivadas de vários fatos históricos, sobretudo, da exploração.
No início do século XX, somente a Libéria havia alcançado a independência política em 
todo continente, isso prova o grau de dependência em relação às metrópoles e também o 
nível de atraso em desenvolvimento tecnológico, industrial e econômico em comparação aos 
outros continentes. O processo de independência das colônias em relação às metrópoles eu-
ropeias é denominado historicamente como descolonização.
Nesse período, teve início uma modesta iniciativa de instaurar a independência e autono-
mia política das colônias. Os primeiros a contemplar tal feito foram o Egito nos anos 20, além 
da África do Sul e Etiópia, ambos nos anos 40.
Deve-se entender que o sentimento nacionalista também foi fundamental para as preten-
sões emancipacionistas africanas. Assim, convencionou-se chamar de pan-africanismo esse 
sentimento de união e pertencimento, típico do nacionalismo, entre os povos africanos.
Mas o fato que mais favoreceu o processo de descolonização da África foi sem dúvida a 
Segunda Guerra Mundial. Como esse conflito armado a Europa sofreu com a destruição e o 
declínio econômico. O enfraquecimento econômico e político de grande parte dos países eu-
ropeus, especialmente aqueles que detinham colônias na África, levou as potências coloniais 
a perderem o controle sobre os territórios de sua administração.
Esse fato deixa explícito que a perda de territórios se desenvolveu somente pelo motivo 
de reconstrução que muitos países necessitavam executar, não podendo designar forças e 
recursos para o controle das colônias.
Aliado à questão da guerra, surgiram grupos e movimentos nacionalistas que lutavam em 
busca da independência política. Essa onde libertaria se dispersou por todo o continente e 
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perdurou por vários anos. Posteriormente, o resultado foi a restituição dos territórios e surgi-
mento de pelo menos 49 novas nações africanas.
Porém, a luta pela independência se intensificou na década de 60, sempre marcada pelo 
derramamento de sangue, uma vez que nunca havia atos pacíficos.
Mesmo com todas as adversidades, os países foram alcançando sua independência po-
lítica. No entanto, a divisão dos territórios na Conferência de Berlim (1885) ficou definida a 
partir da concepção europeia que não levou em consideração as questões de ordem étnicas 
e culturais. Essa desatenção desencadeou uma série de conflitos em distintos lugares da 
África, isso por que, antes dos europeus, as tribos tinham suas próprias fronteiras e as res-
peitavam. Com a instauração das novas fronteiras algumas tribos foram separadas, grupos 
rivais agrupados, entre outros fatos que colocaram em risco a estabilidade política na região.
Depois de longas décadas de lutas para alcançar a autonomia política e econômica, hoje 
a África conta com 53 territórios independentes, salvo o Saara Ocidental, que é um território 
de domínio do Marrocos.
Questão 7 (FGV-RJ) Leia o trecho da canção abaixo para responder à questão:
Até que a filosofia que sustenta uma raça
Superior e outra inferior
Seja finalmente e permanentemente desacreditada e abandonada,
Haverá guerra, eu digo, guerra.
(...)
Até que os regimes ignóbeis e infelizes,
Que aprisionam nossos irmãos em Angola, em Moçambique,
África do Sul, em condições subumanas,
Sejam derrubados e inteiramente destruídos, haverá
Guerra, eu disse, guerra.
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(...)
Até esse dia, o continente africano
Não conhecerá a paz, nós, africanos, lutaremos,
Se necessário, e sabemos que vamos vencer,
Porque estamos confiantes na vitória
Do bem sobre o mal,
Do bem sobre o mal...
War. Bob Marley, 1976.
A canção War foi composta por Bob Marley a partir do discurso pronunciado pelo imperador 
da Etiópia, Hailé Selassié (1892-1975), em 1936, na Liga das Nações. As ideias do discurso, 
presentes na letra da canção acima, estão associadas:
a) Ao darwinismo social, que propunha a superioridade africana sobre as demais raças 
humanas.
b) Ao futurismo, que consagrava a ideia da guerra como a higiene e renovação do mundo.
c) Ao pan-africanismo, que defendia a existência de uma identidade comum aos negros afri-
canos e a seus descendentes.
d) Ao sionismo, que defendia que o imperador Selassié era descendente do rei Salomão e da 
rainha de Sabá e deveria assumir o governo de Israel.
e) Ao apartheid, que defendia a superioridade branca e a política de segregação racial na Áfri-
ca do Sul.
Letra c.
O Pan-Africanismo foi uma ideologia surgida em alguns setores de sociedades de vários paí-
ses africanos que expressava uma tentativa de unificar as populações do continente em torno 
de uma identidade comum.
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A Descolonização da Ásia
Ainda antes da Segunda Guerra Mundial, ex-colônias britânicas, como Egito e Iraque, con-
quistaram suas independências, em 1922 e 1932, respectivamente.
Na década de 1940, outros territórios como a Transjordânia, Palestina e Líbano também 
se libertaram da dominação colonial. Com isso, percebemos que a luta pela independência do 
domínio colonial esteve presente na disputa política em diferentes momentos do século XX.
Contudo, mesmo após a Segunda Guerra, o grande território colonial inglês, a Índia, per-
manecia sob condição de dominação. Nesse país, os movimentos contra a colonização já 
atuavam desde o século XIX, mas ainda sem obter sucesso.
Índia x Paquistão
A partir da década de 1940, os líderes hindus Mahatma Gandhi e JawaharialNehru intensi-
ficaram os protestos pela independência indiana. A marca de suas ações era a desobediência 
civil: ao contrário de outros movimentos de libertação nacional, Gandhi pregava a resistência 
através do não pagamento de impostos e do boicote aos produtos ingleses, por exemplo.
Em resposta a ação desses grupos, para manter seu o domínio na Índia, a Inglaterra fez 
uso de expedientes como a exploração dos conflitos entre os hindus e os muçulmanos, que 
também viviam no país e eram liderados por Muhammad Ali Jinnah.
Apesar dos esforços ingleses em prosseguir com a dominação colonial, a Índia conquis-
tou sua independência em 1947, mas sem a criação de um único Estado. Além da República 
da Índia, majoritariamente hindu, foi criada a República Muçulmana do Paquistão, país de 
maioria muçulmana.
Mesmo com a conquista de seus estados nacionais, o conflito entre hindus e muçulma-
nos persistiu, o que culminou com o assassinato de Gandhi em 1948 por um militante de um 
grupo hindu radical, que discordava da política pacifista do líder indiano.
As desavenças entre Índia e Paquistão persistiram, após a morte de Gandhi, e  resulta-
ram em uma guerra em 1965. As constantes ameaças entre os dois países fizeram com que 
ambos passassem a investir no desenvolvimento de armas nucleares, criando um cenário de 
tensão permanente na região até hoje.
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Muitas colônias se tornaram independentes entre 1945 e 1950, das quais podemos citar: 
Sri Lanka, Filipinas, Indonésia, Vietnã, Laos. A China promoveu a revolução socialista, em con-
sequência disso pôs fim a dominação inglesa, alemã e japonesa em seu território.
Oriente Médio: O Líbano e a Síria, domínios franceses desde o final da I Guerra Mundial, 
obtiveram a independência respectivamente em 1941 e 1946. A partir do final da II Guerra 
Mundial, os países de dominação britânica no Oriente Médio também conquistam sua inde-
pendência: Jordânia (1946), Omã (1951), Kuwait (1961), Iêmen do Sul (1967), Barein, Catar e 
Emirados Árabes Unidos (1971).
Sul da Ásia: Bangladesh, incorporado ao Paquistão, torna-se independente em 1971. 
Os  países sob controle britânico do sul da Ásia também conseguem a independência: Sri 
Lanka (1948), Butão (1949) e Maldivas (1965).
Sudeste Asiático: A Indochina, península do Sudeste Asiático colonizada pela França, 
era formada por Anã, Cochinchina e Tonkin (que juntos deram origem ao atual Vietnã), Laos, 
Camboja e pelo território chinês de Kuang-tcheou-wan. Durante a II Guerra Mundial é ocupa-
da pelo Japão, o que estimula os movimentos de libertação nacional dos vários países. No 
Vietnã, a guerra de libertação é dirigida pelo Vietminh, liga revolucionária fundada em 1941. 
Também há guerra no Laos e no Camboja, que conquistam a independência em 1953.
A Conferência de Paz de Genebra, realizada em 1954, dividiu a Indochina em três Esta-
dos independentes: Laos, Camboja e Vietnã. O Vietnã permanece dividido em duas zonas até 
1976, quando é reunificado.
Invadidas pelo Japão durante a II Guerra Mundial, a Indonésia (antiga colônia holandesa) 
alcança sua independência em 1945 e as Filipinas (ex-colônia norte-americana), um ano de-
pois. Posteriormente, os países do Sudeste Asiático sob domínio inglês tornam-se indepen-
dentes: Mianmar (1948), Malásia (1957), Cingapura (1965) e Brunei (1984).
A Guerra Fria
Caro(a) aluno(a), a Guerra Fria (1945-1989) foi um período da história da humanidade em 
que Estados Unidos e União Soviética polarizaram o poder e a disputa por áreas de influên-
cia do planeta. Antes mesmo de terminar a Segunda Guerra Mundial, as principais potências 
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Aliadas já realizavam “Conferências de Paz” para definir o futuro do pós-guerra. É importante 
falarmos sobre elas pois terão influência significativa na ordem mundial pós-guerra. Vamos 
a elas:
Conferência de Teerã (novembro de 1945): Os aliados definiram os planos para derrotar a 
Alemanha e organizaram as primeiras divisões territoriais para cada país.
Conferência de Yalta (fevereiro de 1945): Realizada quando as forças do eixo já estavam 
praticamente abatidas, confirmou as zonas de influência acertadas na conferência de Teerã. 
Também foi nesta conferência que surgiram as primeiras negociações pela criação da Orga-
nização das Nações Unidas (ONU), fato consolidado em junho de 1945 com a assinatura da 
Carta das Nações Unidas por mais de 51 países na cidade de São Francisco, Estados Unidos. 
De início, a ONU possuía seis órgãos por sua base: Assembleia Geral, Conselho de Segurança, 
Conselho Econômico e Social, Conselho de Tutela, Corte Internacional de Justiça (Tribunal de 
Haia) e o Secretariado.
Conferência de Potsdam (julho e agosto de 1945): A Alemanha teve seu território dividido 
em quatro zonas que seriam administradas por franceses, norte-americanos, britânicos e 
soviéticos. Do mesmo modo, a capital, Berlim, foi dividida. Também definiu uma pesada inde-
nização de 20 bilhões de dólares ao governo alemão.
Outro fato significativo desta conferência foi a criação do Tribunal de Nuremberg que, 
utilizando o conceito jurídico de “crimes de guerra”, condenou onze líderes nazistas à morte. 
Ainda assim, muitos nazistas fugiram para países sul-americanos e viveram secretamente, 
sendo perseguidos pelo serviço de Inteligência de Tel Aviv, Israel.
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A Reconstrução da Europa
O Plano Marshall, ou Plano de Recuperação Europeia, foi um programa de ajuda econô-
mica dos EUA aos países da Europa Ocidental após a II Guerra Mundial. O objetivo do plano 
era reconstruir economicamente os países europeus ocidentais que foram destruídos ou que 
sofreram perdas com a ocorrência da guerra.
O Plano Marshall recebeu esse nome em homenagem a seu idealizador George Catlett 
Marshall, um general do exército estadunidense, e totalizou um aporte de 18 bilhões de dóla-
res aos europeus, utilizados para a reconstrução de edificações e indústrias, importação de 
alimentos e mercadorias industrializadas, bem como no financiamento da agricultura.
Alguns órgãos foram criados para administrar os recursos financeiros, como a Adminis-
tração de Cooperação Econômica, pelos EUA, e a Organização Europeia de Cooperação Eco-
nômica (OECD).
O Plano Marshall vigorou entre 1947 e 1951, sendo o principal motivo para o rápido arran-
que econômico dos países europeus. Os principais beneficiados foram a Inglaterra, a França 
e a Itália, entre os europeus, e os EUA, que conseguiram criar as instituições de fortalecimento 
da internacionalização dos capitais na segunda metade do século XX.
Outro objetivo do Plano Marshall era realizar uma propaganda maciça contra a URSS, 
estabilizar a situação política e social na Alemanha e contero avanço do poder de partidos 
comunistas na França e na Itália. Com a vitória soviética na II Guerra Mundial, o prestígio da 
URSS estava em alta, além das tropas do Exército Vermelho estarem estacionadas em países 
da Europa centro-oriental.
Os capitalistas dos EUA e da Europa Ocidental apostavam na recuperação econômica e 
na melhoria dos níveis de consumo material da população, além da criação de uma forte es-
trutura estatal de oferecimento de serviços sociais, nas áreas de saúde, educação e emprego, 
por exemplo. Dessa forma, eles pretendiam mostrar que o modelo de capitalismo ocidental 
era melhor que o capitalismo soviético (erroneamente chamado de comunismo).
O Plano Marshall mostrou-se eficiente e garantiu altas taxas de crescimento econômico 
aos países da Europa Ocidental nas décadas posteriores ao fim da II Guerra Mundial. O plano 
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serviu, ainda, para criar as bases do chamado Estado de Bem-Estar Social, que seria atacado 
a partir da década de 1970. Além disso, o Plano Marshall possibilitou a transnacionalização 
do capitalismo ocidental, sendo um dos motivos para a vitória da esfera de influência dos EUA 
na Guerra Fria.
Questão 8 (FGV) Em junho de 1947, o governo dos EUA passou a implementar um projeto 
de reconstrução da Europa denominado Plano Marshall. Qual dos tópicos a seguir NÃO é uma 
causa desse plano:
a) o temor trazido pela criação do Mercado Comum Europeu (MCE);
b) o deslocamento do controle do capitalismo da Europa para os EUA e sua crescente influên-
cia sobre os países europeus;
c) a necessidade que a Europa tinha de reunir recursos para pagar o seu principal credor, 
os EUA, que lhe forneceram desde alimentos até materiais bélicos durante a II Guerra Mundial;
d) a necessidade de se reconstruírem as cidades e de recuperarem a indústria e a agropecu-
ária europeia, devastadas durante a II Grande Guerra;
e) o interesse que os Estados Unidos tinham em fortalecer a ordem capitalista na Europa Oci-
dental e, assim, impedir a expansão do socialismo no continente.
Letra a.
Ora, a criação do Mercado Comum Europeu é causa do Plano Marshall e não consequência 
deste. Todas as outras alternativas apresentam causas verdadeiras da criação do Plano Mar-
shall pelos Estados Unidos.
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A Reconstrução do Japão
Após as bombas atômicas lançadas em Hiroshima e Nagasaki, os Estados Unidos conse-
guiram forçar o império japonês a se render e aceitar os termos da Declaração de Potsdam, 
proposta pelos Aliados. A oficialização da rendição aconteceu no dia 2 de setembro de 1945, 
no encouraçado americano USS Missouri.
Com a rendição, o Japão concordou com a ocupação americana, que foi liderada pelo 
general Douglas MacArthur. A ocupação americana tinha como objetivo realizar essa transi-
ção do Japão para um país pacífico e aliado aos interesses americanos na Ásia. Além disso, 
a presença americana garantiria o afastamento da influência soviética.
A grande tarefa do Japão era reconstruir a infraestrutura e economia do país. Esse pro-
cesso de reconstrução econômica do país foi realizado, em parte, com ajuda financeira ame-
ricana. Assim, o Plano Colombo ficou conhecido como o equivalente ao Plano Marshall, no 
continente asiático. Assim, por meio do Plano Colombo os países fecharam acordos de coo-
peração e os países asiáticos membros receberam apoio estadunidense para estimular sua 
economia.
O pontapé inicial para organização do Plano Colombo se deu um ano antes, em 1950, em 
uma conferência ocorrida na capital do Sri Lanka, Colombo. Certamente a quantidade de ca-
pital investido na Europa Ocidental com o Plano Marshall foi bastante superior ao destinado 
às nações asiáticas. Essa ajuda era uma maneira de aliar os países em reconstrução com a 
política americana e, assim, impedir a proliferação do comunismo soviético.
A ocupação americana no Japão foi encerrada em 1952 e, apesar disso, os Estados Unidos 
mantiveram suas bases militares na ilha de Okinawa. O Japão foi autorizado pelos Estados 
Unidos a manter uma força de defesa interna composta por, no máximo, 350 mil soldados.
O Surgimento do Mundo Bipolar
A expressão “Guerra Fria” é uma referência ao fato de as duas potências não terem se 
confrontado diretamente, sob o risco de exterminar a vida no planeta por possuírem armas 
nucleares com grande poder de destruição.
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Assim, a ameaça constante de um conflito nuclear fez com que EUA (capitalismo) e URSS 
(socialismo) travassem uma batalha no campo ideológico, ou terceirizassem esse conflito. 
Houve uma corrida armamentista e espacial, desenvolvendo novas tecnologias que foram 
“transferidas”, terceirizadas, para várias regiões do globo. Ocorre que, para justificar os cons-
tantes gastos militares, era necessário se “desfazer” do arsenal não utilizado ou obsoleto. Daí 
podermos dizer que a Guerra Fria foi um negócio lucrativo para as duas potências.
O conflito entre capitalismo e socialismo acabou fazendo com que as duas potências 
buscassem a maior quantidade de aliados possíveis. Para tanto, criaram mecanismos como 
a OTAN, o Pacto de Varsóvia, o Plano Marshall, o COMECON, o Plano Colombo e o Kominform. 
Vejamos um breve resumo sobre eles:
OTAN: Organização do Tratado do Atlântico Norte. Acordo de colaboração militar criado 
pelos Estados Unidos em 4 de abril de 1949. Faziam parte Estados Unidos, Alemanha Ociden-
tal, Canadá, Portugal, Itália, Dinamarca, Noruega, Luxemburgo, Islândia, Bélgica, França, Reino 
Unido e Países Baixos.
Pacto de Varsóvia: Os países alinhados à URSS fizeram sua versão de um acordo de coo-
peração militar. Fizeram parte do acordo: URSS, Alemanha Oriental, Bulgária, Hungria, Polônia, 
Tchecoslováquia e Romênia.
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Plano Marshall: Plano de ajuda econômica elaborado pelos estados Unidos para os paí-
ses da Europa Ocidental. O objetivo era reconstruir os países devastados pela guerra e pro-
mover um desenvolvimento suficiente para afastar a ameaça do socialismo que vinha da 
parte oriental da Europa.
COMECON: Conselho para Assistência Econômica Mútua. Fundada em 1949, é a versão 
soviética do Plano Marshall para promover a integração econômica das nações do Leste 
Europeu.
Macarthismo: Movimento político norte-americano de combate ao comunismo no país 
nos anos

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