Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

2
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
AMANDA TEIXEIRA DOS SANTOS
A HISTÓRIA DA MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA COMO CONTRIBUIÇÕES À FORMAÇÃO DOCENTE E O ENSINO APRENDIZAGEM
CONFRESA / MT
2024
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
AMANDA TEIXEIRA DOS SANTOS¹
A HISTÓRIA DA MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA COMO CONTRIBUIÇÕES À FORMAÇÃO DOCENTE E O ENSINO APRENDIZAGEM
 Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título de formação na área de Matemática. 
CONFRESA / MT
2024
A HISTÓRIA DA MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA COMO CONTRIBUIÇÕES À FORMAÇÃO DOCENTE E O ENSINO APRENDIZAGEM
AMANDA TEIXEIRA DOS SANTOS¹
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). 
SUMÁRIO
Este trabalho intitulado como a História da Matemática na Educação básica como contribuições à formação docente e o ensino aprendizagem. Objetiva analisar a percepção de estudantes da Educação Básica acerca das contribuições desse recurso para a aprendizagem de Matemática. A Matemática é uma área do conhecimento que está presente no cotidiano das pessoas, sendo, possível de ser compreendida por qualquer pessoa. A pesquisa foi baseada em uma revisão bibliográfica através de autores renomados no assunto como Santos (et al,2015); Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997); Lemes et al (2006); Sousa, (2009); Nóvoa (2017), entre outros citados nesse trabalho. O estudo permite entender que a história da matemática pode ter uma grande contribuição pedagógica, desde que o professor entenda não só seu conteúdo, mas também a forma de repassa para o aluno. É de fundamental importância que a História da Matemática faça parte da formação do professor de Matemática, permitindo sua utilização em sala de aula de maneira não ilustrativa, mas beneficiando o ensino aprendizagem. É possível observar que há falhas na formação dos professores em relação à História da Matemática, que surge de forma secundária na prática pedagógica e muitas vezes nos livros didáticos. Atualmente a Matemática é vista como uma disciplina difícil, de um lado, a falta de motivação e interesse por parte dos alunos e, por parte do professor que não consegue obter sucesso na prática pedagógica. Portanto, orientar o ensino da Matemática de forma mais adequada para o sucesso do ensino aprendizagem para as ações transformadoras da sociedade.
PALAVRAS-CHAVE: Matemática. Formação. Professor. Aluno. Aprendizagem.
ABSTRACT
This work entitled the History of Mathematics in Basic Education as contributions to teacher training and teaching learning. It aims to analyze the perception of Basic Education students about the contributions of this resource to Mathematics learning. Mathematics is an area of ​​knowledge that is present in people's daily lives, and can be understood by anyone. The research was based on a bibliographical review by renowned authors on the subject such as Santos (et al, 2015); National Curricular Parameters (BRASIL, 1997); Lemes et al (2006); Sousa, (2009); Nóvoa (2017), among others cited in this work. The study allows us to understand that the history of mathematics can have a great pedagogical contribution, as long as the teacher understands not only its content, but also the way it is passed on to the student. It is of fundamental importance that the History of Mathematics is part of the Mathematics teacher's training, allowing its use in the classroom in a non-illustrative way, but benefiting teaching and learning. It is possible to observe that there are flaws in teacher training in relation to the History of Mathematics, which appears secondary in pedagogical practice and often in textbooks. Currently, Mathematics is seen as a difficult subject, on the one hand, the lack of motivation and interest on the part of the students and, on the part of the teacher, who is unable to achieve success in pedagogical practice. Therefore, guide the teaching of Mathematics in a more appropriate way for the success of teaching and learning for transformative actions in society.
KEYWORDS: Mathematics. Training. Teacher. Student. Learning.
_________________________
email:
INTRODUÇÃO 
 A Matemática enquanto disciplina é muitas vezes vista pelos alunos e por alguns professores como uma disciplina difícil de compreensão, sendo rotulada como difícil de aprender. A dificuldade com o ensino e aprendizagem dos conteúdos de Matemática é observada em todas as etapas escolares. O ensino da Matemática não é uma tarefa fácil, sobretudo quando se busca não somente transmitir o conhecimento pronto e acabado, mas possibilitar aos alunos uma aprendizagem significativa. Ultrapassando os preconceitos em relação à disciplina e contribuindo para motivação para a aprendizagem.
 Nas últimas décadas tem-se observado uma grande preocupação em relação entre história, epistemologia e ensino-aprendizagem de matemática, confirmada pelas várias propostas que buscam articular História e Educação Matemática apresentadas por vários pesquisadores no Brasil, e também no exterior. Os estudiosos da ciência e da matemática tem tido um cuidado não apenas para o desempenho da história na formação do matemático, mas, sim, para o professor de matemática.
 Faz-se necessário desmistificar a ideia de que a Matemática é uma área de conhecimento voltada aos cientistas ou a indivíduos com inteligência acima da média. A Matemática é uma área de conhecimento presente no dia a dia das pessoas e, sendo, possível de ser aprendida por qualquer pessoa. Entretanto, para que o professor consiga usar-se da História da matemática enquanto estratégia de ensino, é essencial que tenha a capacidade de envolver os alunos no processo de ensino-aprendizagem, por meio de uma metodologia pedagógica que mostre a construção do conhecimento matemático e não a seja apenas a disseminação de fórmulas e definições que nem sempre são compreendidas pelos educandos. 
 É importante a elaboração e realização das atividades de Matemática, que as mesmas sejam voltadas à construção das noções básicas de conceitos matemáticos, fazendo com que os estudantes compreendam o caráter investigativo presente na construção do conhecimento, aguçando a curiosidade e proporcionando uma melhor compreensão do seu cotidiano e da sociedade.
 Tais preocupações levam à reflexão sobre a necessidade de que a História da Matemática esteja presente na formação dos professores que atuam nesta disciplina na educação básica, dando origem às seguintes perguntas: De que forma a História da Matemática pode contribuir na prática pedagógica dos professores de Matemática do Ensino Fundamental? Nesta perspectiva, o objetivo geral desta pesquisa é analisar o uso da História da Matemática como recurso didático para a formação dos professores e o ensino aprendizagem do aluno. Quanto aos objetivos específicos, espera-se: Analisar a História da Matemática para um ensino aprendizagem de qualidade e equidade para os alunos da educação básica, principalmente no Ensino Fundamental
 A escolha pelo tema em estudo justifica-se pela necessidade de que o professor tenha, em sua formação, o entendimento da história da matemática como forma de fundamentar a construção do conhecimento matemático bem comoas estratégias de ensino que se amparem na história da matemática para beneficiar a aprendizagem dos conceitos matemáticos. 
 A metodologia é de cunho bibliográfica através de estudos e leituras dos autores que são renomados no assunto como Santos (et al,2015); Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997); Lemes et al (2006); Sousa, (2009); Nóvoa (2017), entre outros citados nesse trabalho. É necessário justificar a criação e utilização da História da Matemática para que possa sanar as dificuldades dos alunos em entender a Matemática como construção humana. Os subtítulos são a importância da História da Matemática no processo de ensino e aprendizagem; O ensino de Matemática e a formação do professor; O Ensino Fundamental como base do processo de escolarização da Matemática. Em seguida o breve estudo vem acompanhado da conclusão e das referências.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 História da Matemática no processo de ensino e aprendizagem
 Alguns autores enfatizam que a aprendizagem abrange não só a inteligência, mas a identidade pessoal, socialização, diferentes situações e objetos de aprendizagem, entre outros. Dessa forma, as teorias da aprendizagem ajudam na sistematização do trabalho pedagógico ao apontar dinâmicas dos atos de aprender e ensinar de acordo com a evolução cognitiva do sujeito. Santos et al (2015) destacam primeiramente as seguintes teorias de aprendizagem: Behaviorismo e Abordagem cognitivista.
 buscam reconhecer a dinâmica envolvida nos atos de ensinar e aprender, partindo do reconhecimento da evolução cognitiva do homem, e tentam explicar a relação entre o conhecimento pré-existente e o novo conhecimento a ser elaborado, do meio culturalmente em que a criança está inserida. (SANTOS et al,2015, p. 180).
 Portanto entender como ocorre a aprendizagem é importante para a ação pedagógica de qualquer professor. O modo como este idealiza o processo de ensino e aprendizagem influenciará sobremaneira em sua atuação em sala de aula, desde o planejamento à escolha metodológica a ser utilizada. 
 a aprendizagem pode se dar a partir de situações totalmente informais, ou pode ser o resultado de uma ação planejada e intencional”. Deste modo, é importante valorizar os conhecimentos prévios dos alunos e a aprendizagem que ocorre fora da escola para, a partir daí, ampliar o conhecimento nas situações formais de ensino. LA ROSA (2003, P. 15)
 É fundamental compreender o nível de desenvolvimento em que os educandos se encontram ao elaborar os planejamentos pedagógicos, isto porque, quando se enfatiza somente o aspecto analítico e funcional das definições que prioriza- se o conceito de forma simbólica, o qual concebe o último estágio de rigor e de abstração do pensamento elaborado pelo sujeito. Assim, a criança pode não ter recursos psicológicos satisfatórios para compreender o que está sendo ensinado pelo professor.
 Para Lemes et al (2006) enfatizam que no momento em que o aluno consegue pensar e criar relações de forma abstrata o mesmo consegue associar o conteúdo matemático de forma mais eficaz para a resolução de problemas, sendo que na maioria das vezes ao começar os anos finais do Ensino Fundamental, os adolescentes passam por um salto notável em seu desenvolvimento, passando a pensar de forma abstrata. Portanto cabe ao professor, o cuidado durante o planejamento e a prática pedagógica no sentido de identificar de forma clara o nível de aprendizagem em que o aluno se encontra, as bases que são necessárias para a construção de determinado conhecimento, atuando assim como mediador da aprendizagem.
 A construção do conhecimento matemático, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997). É fundamental constituir, portanto, um processo onde o aluno atue de forma ativa na construção de seu conhecimento e não somente fique submisso à aplicação de regras e fórmulas que sequer compreende. É nesta perspectiva que se que envolva os alunos na procura de soluções para os problemas matemáticos, até mesmo a partir de conhecimentos acerca da história da matemática.
se aquele que ensina os conceitos matemáticos, entende que estes foram construídos historicamente e que nunca estarão prontos e acabados, procurará considerar, em suas aulas, o aspecto lógico histórico destes conceitos em atividades de ensino (SOUSA, 2009, p. 84).
 Nesta perspectiva a história passa a ter um olhar não apenas como componente ilustrativo, mas como ferramenta que permite entender a estruturação lógica do conhecimento matemático, as bases necessárias para a compreensão de cada definição, a origem de cada conhecimento mediante sua aplicação prática na solução de problemas, tornando-o assim mais significativo.
1.2 O ensino de Matemática e a formação do professor
 O ensino de Matemática nas escolas brasileiras, nem sempre foi possível identificar a maneira pela qual os conteúdos matemáticos se desenvolveram historicamente. Assim, os estudantes desconhecem as motivações, os questionamentos, as dificuldades, os obstáculos e desafios com os problemas enfrentados para a construção de conteúdos matemáticos, que são colocados em contato com fórmulas prontas que nem sempre parecem fazer sentido para o educando. 
 Nos últimos anos tem-se observado o surgimento de estudos relacionados à História das Ciências e, em particular, a História da Matemática, consideradas de grande importância para a melhoria do processo de ensino e de aprendizagem da Matemática, nas mais diferentes áreas e nos diversos níveis. Isto porque possibilita compreender as origens das ideias que deram forma à nossa cultura, observando os diversos aspectos de seu desenvolvimento e que as teorias que hoje nos parecem acabadas resultaram de desafios enfrentados com grandes esforços e, em grande parte, numa ordem bem diferente daquela apresentada após todo o processo já formalizado. 
 A História da Matemática quando contextualizada, aproximando a mesma do mundo do educando e da realidade que o mesmo está cercado, torna a aprendizagem significativa e prazerosa. O ensino da Matemática como uma simples técnica de fazer cálculos dificulta sua compreensão, pois não faz sentido para o estudante que passa apenas a aplicar fórmulas sem significados sem compreender o conteúdo ensinado.
 Segundo Santos (2007), a história permite: introduzir, motivar um conteúdo matemático, compreender as dificuldades de alguns conceitos; entender que a Matemática, uma vez elaborada pelo homem, está sujeita às situações socioculturais de produção, sujeita a críticas; aos questionamentos a preeminência das pesquisas da história da matemática sob um olhar das culturas dominantes, como a cultura europeia.
 A história da matemática possibilita ainda relacionar a disciplina com outras ciências, ou seja, unificar os ramos da matemática; ressaltando a importância da notação simbólica (linguagem) na constituição das maneiras e estruturas matemáticas, no processo histórico de construção dos objetos matemáticos por diferentes culturas; situar a matemática cronologia na em relação aos produtores e à sua própria constituição. A História, quando utilizada com a finalidade pedagógica claros e bem definidos pelo professor, pode e deve desempenhar um papel fundamental no processo de ensino de matemática.
 Apesar da importância da história da matemática na construção do conhecimento matemático, não se pode negar alguns desafios à sua abordagem em sala de aula. A pouca motivação entre alunos e professores é um destes obstáculos, sendo muito comum ouvi-los mencionar que a História da Matemática tem pouca contribuição para a compreensão da própria Matemática.
 Ensinar matemática não é fácil, especialmente por se tratar de uma disciplina em relação a qual o aluno muitas vezes já demonstra certa resistência por acreditar que trata deuma disciplina de difícil aprendizagem. D’Ambrósio (2010) ressalva um dos motivos para tanto a falta de ligação entre a matemática da sala de aula com a matemática do cotidiano, o que causa desmotivação de aprendizagem entre os alunos.
 De acordo com Nóvoa (2017), ao especificar suas posições acerca da formação profissional dos professores, enfatiza que a base desta formação deve ser sempre o conhecimento científico e cultural, sem o qual o ensino se torna difícil. O autor embora destacando a importância de uma formação ética, a preparação para agir num ambiente de incertezas, o valor da vivência do cotidiano escolar e da interação com outros professores, beneficiando ao futuro professor, durante a licenciatura, a aprender a sentir e agir como professor. 
 Após a formação inicial, são imprescindíveis também os programas de formação continuada que se destinam a suprir deficiências da formação inicial ou a promover especializações ou pós-graduações nas mais variadas áreas, bem como aquela desenvolvida no fazer docente a partir de uma reflexão partilhada entre os educadores, com o objetivo de compreender e melhorar o trabalho docente.
 Não podemos nega a importância da licenciatura na formação do professor, sendo inclusive uma exigência legal, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/1196), onde se destaca:
 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura plena, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nos cinco primeiros anos do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade normal.
 A formação de um professor não se encerra na formação inicial, sendo esta, no entanto, um nível fundamental porque perspectiva e orienta muito do o caminho posterior, o que só será possível se a formação inicial do professor for feita por uma sólida formação ética, cultural, pessoal e social.
É durante a Licenciatura que se concentra a parte mais significativa da formação dos futuros professores de Matemática. Nessa fase de formação, os futuros professores devem ter a oportunidade [...] de trabalhar segundo metodologias de ensino e de aprendizagem diversificadas, de modo a desenvolver uma variedade de conhecimentos, de capacidades, de atitudes e de valores. Esta exposição a diferentes métodos também funciona como um mecanismo de aprendizagem (PONTE, 2000, p. 15).
 É importante que os professores tenham acesso, durante a licenciatura, dos conhecimentos sobre a História da Matemática e de como estes conhecimentos podem ser usados de forma pedagógica no intuito de facilitar a compreensão dos conceitos matemáticos bem como o entendimento de como estas definições foram construídas e aprimoradas ao longo do tempo. Atualmente tem se fortalecido a compreensão da necessidade da formação do professor numa perspectiva reflexiva para o ensino de Matemática. 
 O conceito de professor reflexivo surgiu originariamente nos Estados Unidos como reação à concepção tecnicista de professor, a qual reduzia este a um mero aplicador de técnicas e cujo processo formativo se restringia a um treinamento de competências técnicas que poderiam instrumentalmente ser aplicadas na sua prática profissional docente. [...]Fica explícito a noção de compreender o professor como um profissional que, ao lidar com situações de incerteza e imprevisibilidade, é capaz de ser flexível e inteligente para resolver as situações problemáticas que enfrenta no cotidiano de sua prática docente. Trata-se de um profissional cuja atuação, ao mesmo tempo que mistura ciência, técnica e arte, possui uma profunda sensibilidade artística para compreender as zonas indeterminadas das práticas marcadas pela incerteza, pela singularidade e pelos conflitos de valores (FÁVERO et al,2013, p. 283-284)
 Portanto a história da matemática deve fazer parte da formação inicial de professores de Matemática de forma a orientar as decisões curriculares, sobretudo na escolha de ideias matemáticas a serem trabalhadas. Faz-se necessário, no limitado espaço de tempo em que se dá a formação, que se permite ao professor entender os embasamentos para a compreensão da matemática a ser trabalhada na sua atividade profissional, e de como determinadas ideias matemáticas podem ser abordadas na matemática escolar, e de que maneira a história da matemática possa fomentar as atitudes do professor.
 É importante que a formação docente possibilite ao professor a compreensão do reconhecimento da História da Matemática. Para que esta seja usada de forma eficaz pelos professores, é necessário que seja relevante para eles próprios. Entre os benefícios da história da matemática nos cursos de formação de professores pode-se destacar: levar os professores a conhecer a matemática do passado; melhorar a compreensão da Matemática que eles irão ensinar; fornece métodos e técnicas para incorporar materiais históricos em sua prática; aumentando o entendimento do desenvolvimento do currículo e de sua profissão.
2.3 Para que aprender Matemática?
 A Matemática tem passado por vários períodos no ensino-aprendizagem por se tratar de uma área complexa dos números.  Os reflexos históricos de um ensino contido da Matemática, que reflete no até o aluno, e isto tem comprometido a aprendizagem nesta área de conhecimento. A Matemática é uma disciplina que contribui significativamente para a formação do sujeito. Mesmo sendo uma disciplina obrigatória, os desafios entre a relação professor-aluno e aulas de Matemática são grandes. Muitos fatos são ocasionados pela história da Matemática que sempre foi vista como uma das mais difíceis disciplinas.
É preciso que o aluno perceba a Matemática como um sistema de códigos e regras que tornam a linguagem de comunicação e ideias e permite modelar a realidade e interpretá-la. Assim, os números e a álgebra como sistema de códigos, a geometria na leitura e interpretação do espaço, a estatística e a probabilidade na compreensão de fenômenos em universos finitos ligados às aplicações. (BRASIL, 1999, p. 251).
 
A falta de uma proposta pedagógica tem feito com que os problemas de aprendizagem na área da matemática sejam vistos como dificuldades de aprendizagem. Portanto, as manifestações desses problemas de aprendizagem continuam existindo como uma relação de dependência, mas todos são capazes de aprendê-la. Diversas são as suas formas de utilização, como qualquer outra ciência, a Matemática está à disposição de todos, e se adequar as nossas necessidades. 
 O aluno deve ser respeitado como sujeito ativo de sua própria aprendizagem, possibilitando que o aluno seja efetivamente envolvido na construção do conhecimento matemático e que a prática pedagógica não se limite simplesmente a transmissão de informações muitas vezes desconexas ou descontextualizadas pelo professor. Portanto o educando deve ser envolvido nos projetos, pesquisas, trabalhos em grupo, onde a história da matemática possa contribuir para a compreensão de determinadas definições, na aplicação do conhecimento matemático em situações práticas.
 Nesse contexto a comunicação é fundamental, as reflexões, as estratégias precisam ser valorizadas. Aprender a Matemática pode nos ajudar a entender coisas muito abstratas como o sistema solar, os fenômenos naturais. É preciso ensinar o aluno a expor suas ideias. Dessa forma o conhecimento matemático em sala de aula será motivador e significativo. Portanto as escolas precisam repensar o ensino da Matemática. 
 Os professores devem estar atentos para o ensino e a aprendizagem da Matemática, para que o aluno aprenda de forma significativa sempre partindo do concreto para o abstrato. A compreensão de que o ensino da Matemática precisa de contribuições vindas das outras áreas do conhecimento e de que a educação é um processo multifacetado, portanto, pouco difundido. Mesmoassim, precisa ser feitas reflexões sobre as novas propostas curriculares de modo que considere os múltiplos e variados elementos presentes na ação pedagógica do professor.
 É importante enfatizar que nem todas as aplicações da Matemática são fáceis de serem entendidas e tão pouco aplicadas. São muitas as reclamações acerca do modelo atual do ensino da matemática e mostra-se a questão de que a matemática da escola é descontextualizada da vida prática, essa realidade do ensino da matemática, torna as aulas cansativas e o aluno não sente vontade de aprender a matéria, que para ele é desvinculada da sua vida.
 Com o estudo dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) para a área de Matemática no ensino fundamental, percebemos a preocupação e consequentemente a relação em trabalhar a matemática e aplicá-la ao cotidiano, de forma que o sujeito possa fazer uso do conhecimento matemático em inúmeras atividades e fazer uso deste para a construção da cidadania (RODRIGUES, 2005).
 Para que o processo de ensino e aprendizagem aconteça existe a necessidade da participação intrínseca, ao invés da motivação extrínseca, ou seja, para que tenha uma aprendizagem significativa o aluno precisa, de maneira espontânea demonstrar motivação a aprender, sobretudo, a Matemática.
CONCLUSÃO
 Diante do exposto constatou-se que a História da matemática é descontextualizada da realidade do aluno, comprometendo assim, a efetivação de um processo de ensino e aprendizagem com qualidade. Primeiramente, é necessário destacar a importância da história da matemática, para a aprendizagem dos educandos, tendo um olhar especial que contribui para a compreensão de que o conhecimento matemático surge de uma construção histórica e, portanto, não constituem regras permanentes. 
 Compreender como os conceitos foram construídos ao longo do tempo, o contexto em que é repassado o ensino da matemática, pode colaborar para uma aprendizagem significativa. Desta forma, para que o professor consiga trabalhar a construção para uma aprendizagem significativa da matemática.
 Embora a importância da história da matemática na construção do conhecimento matemático, não se pode negar os desafios sobre à sua abordagem em sala de aula. A pouca motivação entre alunos e professores é um destes obstáculos, sendo muito comum ouvi-los mencionar que a História da Matemática tem pouca contribuição para a compreensão da própria Matemática.
 A história da matemática possibilita relacionar a disciplina com outras ciências, ou seja, junta os ramos da matemática; mostrando a importância da notação simbólica na constituição das formas e estruturas matemáticas, no processo histórico de construção dos objetos matemáticos por diferentes culturas; situar a matemática cronologia na em relação aos produtores e à sua própria constituição. A História, quando utilizada com a finalidade pedagógica bem definida pelo professor, desempenhando um papel fundamental no processo de ensino de matemática.
 O aluno deve ser respeitado como sujeito ativo de sua própria aprendizagem, permitindo que o aluno seja efetivamente envolvido na construção do conhecimento matemático e que a prática pedagógica não se limite apenas a transmissão de informações que muitas vezes são desconexas ou descontextualizadas pelo professor. Portanto o educando deve ser envolvido nos projetos, pesquisas, trabalhos em grupo, onde a história da matemática possa contribuir para a compreensão de determinadas definições na aplicação do conhecimento matemático das situações práticas.
 Os professores devem estar atentos para o ensino e a aprendizagem da Matemática, para que o aluno aprenda de forma significativa sempre partindo do concreto para o abstrato. A compreensão de que o ensino da Matemática precisa de contribuições vindas das outras áreas do conhecimento e de que a educação é um processo multifacetado, portanto, pouco difundido. Mesmo assim, precisa ser feitas reflexões sobre as novas propostas curriculares de modo que considere os múltiplos e variados elementos presentes na ação pedagógica do professor.
 A formação do professor é fundamental neste processo, desde a formação inicial durante a licenciatura, quanto a formação continuada, o professor deve se preocupar ao longo de toda sua atuação profissional. Isto porque, sabendo-se que a matemática não é permanente e muito menos a forma de ensiná-la, que os professores se capacitem continuamente para atender às necessidades de seus alunos, considerando o contexto em que estão inseridos, marcados por um desenvolvimento tecnológico que muitas vezes traz a equivocada compreensão de que determinados conhecimentos são desnecessários.
REFERÊNCIAS 
ABRANTES, P., PONTE, J. P. da, FONSECA, H. et al. Investigações matemáticas na aula e no currículo. [Lisboa]: Associação de professores de matemática, 1999.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CES 1302/2001. Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Matemática, Bacharelado e Licenciatura. Brasília: CNE, 2001. BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: matemática. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. Brasília/D.F, 1998b.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. Brasília/D.F, 2001. 
D´AMBROSIO, Ubiratan. História da Matemática e Educação. In: FERREIRA, Eduardo Sebastiani (Org.) Cadernos CEDES 40. Campinas: Papirus, 1996.
FÁVERO, Altair Alberto; TONIETO, Carina; ROMAN, Marisa Fátima. A formação de professores reflexivos: a docência como objeto de investigação. Educação, Santa Maria/RS, v. 38, n. 2, p. 277-288, mar/abr. 2024.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
LEMES, Priscila Freitas; DAMASCENO, Ivan Oliveira; SIMONI, Paulo Celso do Val. A construção do conhecimento lógico – matemático nas séries finais do ensino fundamental. Revista UNIVAP, São José dos Campos/SP, v. 13, n. 24, out. 2006.
NÓVOA, Antonio. Firmar a posição como professor, afirmar a profissão docente. Cadernos de Pesquisa v.47 n.166 p.1106-1133 out./dez. 2017.
PONTE, João Pedro da; JANUÁRIO, Carlos; FERREIRA, Isabel Calado; CRUZ, Isabel. Por uma formação inicial de professores de qualidade. Documento de trabalho da Comissão ad hoc do CRUP para a formação de professores. Portugal, 2000. In: www.educ.fc.ul.pt/docentes/jponte.
SANTOS, J. A.; FRANÇA, K. V,; BRUM dos SANTOS, L. S. Dificuldades na Aprendizagem de Matemática. 2007. 41 f. Trabalho de Conclusão de Curso. – Graduação em Licenciatura em Matemática do Centro Universitário Adventista de São Paulo, São Paulo, 2007.
SARAMAGO. G. Crenças de Professores dos Primeiros anos do Ensino Fundamental sobre a Prática Pedagógica em Matemática. Dissertação de Doutorado da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Uberlândia. 2009. Disponível:http://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/917/1/CrencasProfessoresPrimeiros.pdf Acesso em 22/03/2024.
image1.png

Mais conteúdos dessa disciplina