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Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 69 UNIDADE 3 – ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS 3.1 INTRODUÇÃO - Planejamento, organização, comando, coordenação e controle do material necessário às etapas de produção da UAN. - Etapas: projeto das instalações → aquisição de matéria-prima → distribuição do produto final. - Administração de materiais compreende a parte da administração responsável por todas as atividades de planejamento, compra, recebimento, conferência, estocagem e distribuição de material utilizado na preparação e distribuição das refeições. - Relaciona-se com: controle de qualidade e controle financeiro. Avaliação do funcionamento da UAN com base na opinião da clientela ▪ Fatores a considerar na administração de recursos materiais: - Planejar e solicitar a indicação correta do material; QUALIDADE TOTAL = ASPECTOS TANGÍVEIS + ASPECTOS INTANGÍVEIS ↓ ↓ cardápio expectativas apresentação percepções aspectos físicos ambiente Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 70 - Ao solicitar o equipamento, detalhá-lo ao máximo com a finalidade de fornecer todas as informações técnicas precisas; - Evitar a duplicidade desnecessária de equipamentos dispendiosos na área; - O material perecível deve ser bem calculado; - Registro do material permanente em ficha especial com descrição minuciosa. ▪ Missão do gestor - nutricionista: - Assegurar um satisfatório padrão de qualidade no atendimento das necessidades de seus clientes; - Assegurar e elevar a produtividade da empresa, administrando os materiais, recursos e as informações relacionadas. 3.2 RECURSOS MATERIAIS USUALMENTE NECESSÁRIOS AO FUNCIONAMENTO DE UMA UAN 1) Condições estruturais: edifícios e instalações: o Planejamento → deve ser realizado por uma equipe multiprofissional, sendo imprescindível a presença do nutricionista. Essa etapa deve ser detalhada desde a sua instalação, aquisição de equipamentos e organização até a implantação do serviço. Para o cálculo da área, são vários os itens considerados: o número de refeições a serem servidas, o sistema de distribuição empregado, a diversificação do serviço, a quantidade do pessoal operacional, o tipo e a quantidade de equipamentos, entre outros aspectos; Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 71 o Áreas Externas → os arredores devem ser pavimentados, adequados ao trânsito sobre rodas, com escoamento apropriado, além de não oferecer risco às condições gerais de higiene e sanidade, ou seja, área livre de focos de insalubridade, de objetos em desuso ou estranhos ao ambiente, de insetos, roedores e outros animais, de poeira, de acúmulo de lixo nas imediações, de água estagnada, dentre outros. Além disso, o acesso deve ser direto e independente, não comum a outros usos (habitações); o Localização → deve, sempre que possível, localizar-se em pavimento térreo, de forma a proporcionar fácil acesso externo para abastecimento, iluminação natural e ótimas condições de ventilação. Na impossibilidade da localização no andar térreo, sugere-se a instalação de elevadores e/ou monta cargas específicos. Seu projeto, suas instalações e suas áreas circundantes devem facilitar as operações de manutenção e limpeza, evitar as contaminações ambientais e impedir a entrada e/ou proliferação de animais, pássaros, insetos, roedores e demais pragas; o Configuração Geométrica → a forma mais indicada é a retangular, desde que o comprimento não exceda mais de 1,5 a 2 vezes a largura e os cantos entre os pisos e paredes sejam arredondados. Esta forma, além de propiciar melhor disposição dos equipamentos, minimiza caminhadas supérfluas e conflito de circulação, reduz as fases operacionais, facilita a higienização e a supervisão dos trabalhos. A configuração das áreas de preparação dos alimentos deve propiciar um fluxo linear, sem cruzamento de atividades entre os vários gêneros de alimentos. Se não houver áreas separadas para os vários gêneros, deve existir no mínimo um local para pré- preparo (produtos crus), um local para preparo final (produção quente e Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 72 produção fria), além das áreas de retorno de bandejas sujas e área de lavagem de utensílios, evitando a contaminação cruzada; o Iluminação → deve ser distribuída uniformemente pelo ambiente para garantir boa visibilidade, livre de ofuscamento, sombras, cantos escuros, reflexos fortes e contrastes excessivos; de forma que as atividades sejam realizadas sem comprometer a higiene e as características sensoriais dos alimentos. A iluminação mais recomendada é a natural. A iluminação artificial, quando necessária, deve possuir sistema de segurança contra explosão e quedas acidentais. Não é recomendável que sejam instaladas sobre linha de produção ou transporte de insumos e produtos. As instalações elétricas devem estar embutidas ou protegidas em tubulações externas e íntegras de tal forma a permitir a higienização dos ambientes. Todo o sistema elétrico deve apresentar-se em bom estado de conservação; o Ventilação, Temperatura e Umidade → a ventilação deve ser adequada para proporcionar a renovação do ar, remover o ar viciado, garantir o conforto térmico e manter o ambiente livre de fungos, gases, fumaça, gordura econdensação de vapores. O conforto térmico pode ser garantido por janelas que permitam a circulação natural do ar ou através de sistemas de insuflação de ar, controlados por filtros, ou sistema de exaustão, não sendo permitido o uso de ventiladores e/ou aparelhos de ar condicionado. O fluxo de ar deve ser direcionado da área limpa para a área suja e não deve incidir diretamente sobre os alimentos. Os equipamentos e os filtros para climatização devem estar conservados. A limpeza dos componentes do sistema de climatização, a troca de filtros e a manutenção programada e periódica destes equipamentos devem ser registradas e realizadas conforme legislação específica. Para operações em UAN, Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 73 considera-se compatível uma temperatura de 22⁰C a 26⁰C com umidade relativa de 50 a 60%; o Cor → para as instalações da UAN deve-se utilizar cores claras, como branco, creme, areia, e outras; o Piso → deve ser de cor clara e mantido em bom estado de conservação, ou seja, livre de defeitos, rachaduras, trincas e/ou buracos. Deve ser constituído de material liso, antiderrapante, impermeável, lavável, resistente ao tráfego e ao ataque de substâncias corrosivas, e ainda ser de fácil higienização (lavagem e desinfecção), não permitindo o acúmulo de alimentos ou sujidades. O piso deve ter inclinação suficiente para o escoamento de água em direção aos ralos, não permitindo que a mesma fique estagnada. Em áreas que permitam sua existência, os ralos devem ser sifonados, para impedir a entrada de pragas e vetores, e devem possuir grelhas com proteção telada ou outro dispositivo adequado que permita seu fechamento; o Paredes e Divisórias → devem ter acabamento liso, em cores claras, com características duráveis, impermeáveis, resistentes a limpezas frequentes e isentas de fungos e bolores. Devem ter ângulos arredondados no contato com o piso e teto, de preferência com raio mínimo de 5cm, para facilitar a limpeza. Quando azulejadas devem ser revestidas até a altura mínima de 2 metros, em bom estado de conservação, devendo estar livres de falhas, rachaduras, umidade, bolor e descascamentos. Indica-se a aplicação de cantoneiras e barras nos locais de movimentação dos carros para aumentar a resistência do material de revestimento; o Portas e Janelas → devem ser de cores claras, superfícies lisas, não absorventes, laváveis e de fácil limpeza. Devem ainda, ser bem ajustadas Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 74 aos batentes. As portas da área de preparação e armazenamento de alimentos devem ser dotadas de fechamento automático. As portas devem possuir proteção nos rodapés. As entradas principais e acessos às câmaras frigoríficas devem ter mecanismos de proteção contra insetos e roedores, podendo-se utilizar cortinas de ar para estes fins. As janelas devem ter telas milimétricas; devem ser mantidas em bom estado de conservação, serem facilmente removíveis para limpeza e possuírem abertura menor ou igual a 2mm. Devem ser utilizadas preferivelmente para iluminação. As janelas devem estar protegidas de maneira que não permitam a penetração direta do sol sobre os alimentos, superfície de trabalho ou equipamentos mais sensíveis ao calor; o Forros e Tetos → o acabamento deve ser liso, impermeável, lavável, em cor clara e em bom estado de conservação. Deve ser isento de vazamentos, goteiras, trincas, rachaduras, umidade, bolor e descascamentos. Deve-se evitar a utilização de telhas que permita a ocorrência de respingos. Deve estar em perfeitas condições de higiene e não deve possuir aberturas que não estejam protegidas com tela milimétrica ou material similar, removível para limpeza. Entre as paredes e o teto não devem existir aberturas e/ou bordas que propiciem a entrada de pragas e formação de ninhos. O pé direito no mínimo de 3m no térreo e 2,7m nos andares superiores; o Instalações Hidráulicas, Caixa d’água e Abastecimento de Água → o abastecimento de água potável deve estar ligado à rede pública, ou outra fonte com potabilidade atestada. Em ambos os casos, a potabilidade deve ser atestada através de laudo de análise periódica, válido por 6 meses. O reservatório de água deve estar isento de rachaduras, livre de infiltrações e Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 75 deve ser mantido sempre tampado. Além disso, deve ser limpo e desinfetado quando for instalado, a cada 6 meses e na ocorrência de acidentes que possam contaminar a água (animais, sujeira, enchentes). A utilização de sistema alternativo de abastecimento de água deve ser comunicado à Autoridade Sanitária. As águas de poços, minas e outras fontes alternativa, para serem usadas, devem estar livres de risco de contaminação (fossa, lixo, pocilga) e devem ser submetidas a tratamento de desinfecção, de acordo com orientação da Vigilância Sanitária local. Independente do tipo de fonte de abastecimento, após a desinfecção da água e/ou do reservatório (conforme o caso), deve-se realizar a análise bacteriológica da água, em laboratório próprio ou terceirizado; o Outras condições estruturais → suprimento adequado de eletricidade monofásica e trifásica; gás; água tratada (fria e quente) e esgoto. Os dejetos devem ter ligação direta com a rede de esgoto, ou, quando necessário, devem ser tratados adequadamente para serem eliminados através de rios ou lagos. As caixas de gordura e de esgoto devem possuir dimensão compatível ao volume de resíduos, devendo estar localizadas fora da área de preparação e armazenamento de alimentos e apresentar adequado estado de conservação e funcionamento. 2) Equipamentos, utensílios e mobiliários: ✓ O dimensionamento dos equipamentos e utensílios tem relação direta com o número de refeições, padrão de cardápio e sistema de distribuição; ✓ É importante verificar os materiais empregados na fabricação dos equipamentos e utensílios, os quais devem ser dotados de superfícies lisas, resistentes, não absorventes, de fácil limpeza e desinfecção e de cor clara; Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentaçãoe nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 76 livres de bordas, rebarbas e reentrâncias que dificultem a limpeza; sem gotejamento de gordura; livres de porcas, parafusos ou partes móveis que possam cair acidentalmente no alimento; isento de acúmulo de gelo e com manutenção constante. Devem ser constituídos de material atóxico, com superfícies que não sejam atacadas pelo produto. Quando pintados, a tinta deve ser de boa aderência e não entrar em contato direto com o alimento. ✓ Os equipamentos para conservação dos alimentos devem possuir capacidade adequada (cadeia quente - balcão térmico para distribuição, estufa, pass-through, lavadora de louça - e cadeia fria - câmara frigorífica, refrigerador, freezer, balcão frio para distribuição), termômetros visíveis bem regulados, manutenção constante e cores claras. ✓ Mesas, bancadas, prateleiras e estrados devem ser dimensionados em números suficiente à natureza dos serviços prestados. Estes móveis devem ser de material liso, resistente, lavável e impermeável. ✓ As prateleiras da cozinha, do estoque e das câmaras devem ser, de preferência, de aço inox ou alumínio polido ou ainda de plástico (cloreto de polivinila sem cádmio, sintético e superfície lisa) específico para este fim. 3) Matéria-prima: o Gêneros estocáveis (cereais, leguminosas, enlatados, farináceos, óleos e gorduras, temperos, ervas, especiarias, bebidas engarrafadas, etc); o Carnes e derivados; o Leite e derivados; o Pães e similares; o Hortifrutigranjeiros. Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 77 4) Material descartável; 5) Material de expediente; 6) Material de limpeza. ❖ Tipos de materiais 3.3 CLASSIFICAÇÃO DOS ALIMENTOS ▪ Quanto à origem: - Animal → carnes, leite, pescados; Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 78 - Vegetal → cereais, hortaliças, frutas; - Mineral → água mineral, sal (sal-gema, sal marinho). ▪ Quanto à comercialização: - Alimentos in natura: todo alimento de origem vegetal ou animal, para cujo consumo imediato se exija apenas, a remoção da parte não comestível e os tratamentos indicados para a sua perfeita higienização e conservação. Ex: carnes, verduras, legumes e frutas. - Alimentos minimamente processados: quando submetidos a processos que não envolvam agregação de substâncias ao alimento original, como limpeza, moagem e pasteurização. Ex: arroz, feijão, lentilhas, cogumelos, frutas secas e sucos de frutas sem adição de açúcar ou outras substâncias; castanhas e nozes sem sal ou açúcar; farinhas de mandioca, de milho de tapioca ou de trigo e massas frescas. - Alimentos processados: são fabricados pela indústria com a adição de sal ou açúcar a alimentos para torná-los duráveis e mais palatáveis e atraentes. Ex: conservas em salmoura (cenoura, pepino, ervilhas, palmito); compotas de frutas; carnes salgadas e defumadas; sardinha e atum de latinha, queijos e pães. - Alimentos ultraprocessados: são formulações industriais, em geral, com pouco ou nenhum alimento inteiro. Contém aditivos. Ex: salsichas, biscoitos, geleias, sorvetes, chocolates, molhos, misturas para bolo, “barras energéticas”, sopas, macarrão e temperos “instantâneos”, “chips”, refrigerantes, produtos congelados e prontos para aquecimento como massas, pizzas, hambúrgueres e nuggets. Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 79 ▪ Quanto à durabilidade: - Perecíveis → são aqueles que devem ser mantidos em condições especiais de temperatura para a sua conservação, pois pode ocorrer o desenvolvimento de microrganismos se não forem guardados na temperatura recomendada pelo fabricante. Essa característica praticamente impossibilita períodos de estocagem prolongados → processo de entrega diária ou, quando muito, em dias alternados → estocagem mais prolongada altera as características organolépticas dos alimentos e sua concentração de nutrientes, além de elevar o fator de correção dos gêneros → o somatório desses fatores ↑ os custos do serviço e ↓ o padrão de qualidade da UAN. - Semiperecíveis → são gêneros intermediários, em termos de estocagem, entre os perecíveis e os não perecíveis. São representados por uma minoria de gêneros: batata, cebola, alho, etc. - Não Perecíveis → são aqueles que possuem tempo de durabilidade longo e não precisam ser mantidos sob refrigeração, congelamento ou aquecimento. Podem ser armazenados à temperatura ambiente. São representados pelas sacarias e enlatados (arroz, feijão, ervilha, óleo, massa de tomate, etc). ▪ Quanto ao estado sanitário: - Legalmente apto para o consumo - Impróprio para o consumo → aqueles cujos prazos de validade estejam vencidos, aqueles deteriorados, alterados, adulterados, avariados, falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em desacordo com as normas regulamentares de Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 80 fabricação, distribuição ou apresentação e os produtos que por qualquer motivo, se revelem inadequados ao fim a que se destinam. 3.4 PLANEJAMENTO DE CARDÁPIOS - Cardápio: conjunto de alimentos e preparações destinadas ao consumo humano, planejadosem conformidade com as necessidades nutricionais e fisiológicas do indivíduo ou coletividade. - O cardápio é uma ferramenta que inicia o processo produtivo e serve como instrumento gerencial para administração do restaurante. - Estimativa das necessidades energéticas e nutricionais da clientela → OMS; - Distribuição do VET: o Carboidratos→ 55% a 65%; o Proteínas → 10% a 15%; o Lipídios → 20% a 30%. - Distribuição do VET em locais onde se oferece mais de um tipo de refeição: o Desjejum → 15%; o Almoço → 45%; o Jantar → 40%; o Lanche → quando se oferece lanche → 5% a 10% retirados da refeição almoço ou jantar. - Locais que oferecem apenas 1 refeição: o 60% das calorias totais → grupos de baixo poder aquisitivo. Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 81 - No planejamento de cardápio, deverão ser observados os cuidados para uma produção que conserve fontes naturais, minimize a quantidade de resíduos e seja compatível com a sustentabilidade do sistema alimentar incluindo todo o processo de recebimento dos insumos, elaboração, transformação, distribuição, acesso e consumo. 3.4.1 Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT): - O Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT foi instituído pela Lei nº 6.321, de 14 de abril de 1976 e regulamentado pelo Decreto nº 5, de 14 de janeiro de 1991, que priorizam o atendimento aos trabalhadores de baixa renda, isto é, aqueles que ganham até cinco salários mínimos mensais. - Este Programa é estruturado na parceria entre Governo, empresa e trabalhador. É um programa governamental de adesão voluntária, que busca estimular o empregador a fornecer alimentação nutricionalmente adequada aos trabalhadores, por meio da concessão de incentivos fiscais, tendo como prioridade o atendimento aos trabalhadores de baixa renda. - O PAT tem por objetivo melhorar as condições nutricionais dos trabalhadores, com repercussões positivas para a qualidade de vida, a redução de acidentes de trabalho e o aumento da produtividade. - Participação do trabalhador no custo → de acordo com o Decreto nº 349, de 21 de novembro de 1991, art. 2°, a empresa beneficiária pode cobrar do trabalhador até 20% do custo direto da refeição. - Não há um número mínimo de trabalhadores a serem atendidos para que o empregador possa aderir ao PAT. O empregador pode aderir ao Programa para atender a apenas um trabalhador. Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 82 ➢ Benefícios para o trabalhador: ✓ Melhoria de suas condições nutricionais e de qualidade de vida; ✓ Aumento de sua capacidade física; ✓ Aumento de resistência à fadiga; ✓ Aumento de resistência a doenças; ✓ Redução de riscos de acidentes de trabalho. ➢ Benefícios para a empresa: ✓ Aumento de produtividade; ✓ Maior integração entre trabalhador e empresa; ✓ Redução do absenteísmo (atrasos e faltas); ✓ Redução da rotatividade; ✓ Isenção de encargos sociais (contribuição para o Fundo de Garantia sobre o Tempo de Serviço – FGTS – e contribuição previdenciária) sobre o valor da alimentação fornecida; ✓ Incentivo fiscal (o empregador optante pela tributação com base no lucro real pode deduzir parte das despesas com o PAT do imposto sobre a renda). ➢ Benefícios para o Governo: ✓ Redução de despesas e investimentos na área da saúde; ✓ Crescimento da atividade econômica; ✓ Bem-estar social. Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 83 Segundo a Portaria Interministerial nº 66, de 25 de agosto de 2006 e a Portaria nº 193, de 05 de dezembro de 2006, os parâmetros nutricionais para a alimentação do trabalhador deverão ser calculados com base nos seguintes valores diários de referência para macro e micronutrientes: - Valor Energético Total → 2000 calorias; - Carboidrato → 55-75%; - Proteína → 10-15%; - Gordura Total → 15-30%; - Gordura Saturada → <10%; - Fibra → > 25g; - Sódio → ≤ 2400mg. . ❖ Principais refeições (almoço, jantar e ceia) → deverão conter de 600 a 800 calorias e corresponder à faixa de 30% a 40% do VET diário, admitindo- se um acréscimo de 20% (400 calorias) em relação VET – VET de 2000 calorias por dia. ❖ Pequenas refeições (desjejum e lanche) → deverão conter de 300 a 400 calorias e corresponder à faixa de 15% a 20% do VET diário, admitindo- se um acréscimo de 20% (400 calorias) em relação VET – VET de 2000 calorias por dia. ❖ NDpcal → 6% a 10%. Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 84 NdPCal é a relação entre calorias e proteína líquida, e procura garantir que o cardápio seja elaborado com proteínas de adequado valor biológico. Para o seu cálculo utiliza-se a seguinte fórmula: Para o cálculo da proteína líquida, multiplica-se as gramas de proteínas de acordo com a origem da proteína pelos fatores abaixo relacionados: Proteína Fator Proteína de origem animal 0,7 Proteína de leguminosas 0,6 Proteína de cereais 0,5 ❖ Os cardápios deverão oferecer, pelo menos, uma porção de frutas e uma porção de legumes ou verduras, nas refeições principais (almoço, jantar e ceia) e pelo menos uma porção de frutas nas refeições menores (desjejum e lanche). Perguntas frequentes → Secretaria Especial de Previdência e Trabalho → Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) → Acesso em: https://www.gov.br/trabalho/pt-br/acesso-a-informacao/copy_of_perguntas- frequentes NdPCal = [(Proteína líquida x 4/VET) x 100] Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer.5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 85 1) Quando a sobremesa do dia for fruta, necessariamente teremos que servir outra fruta, ou somente quando a sobremesa for doce deveremos servir também uma fruta? A portaria é clara quanto à determinação de pelo menos uma porção de fruta nas refeições principais, bem como nas refeições menores, assim quando a empresa beneficiária serve uma porção de fruta na sobremesa, tal determinação da portaria já está sendo contemplada. Em contrapartida, quando a sobremesa é doce, em conformidade com que está previsto na portaria, deverá também ser oferecida fruta. 2) Doces de frutas embalados (goiabinha, marmelada ou outros tipos) podem ser considerados como "fruta" nas refeições pequenas? Não. A inserção da fruta tanto nas refeições principais, quanto nas refeições menores se dá não para complementar o valor energético total da refeição, mas sim para inserir fontes de vitaminas e minerais, além das fibras nas refeições. 3) É possível fazer substituição, nas refeições menores como desjejum e lanche, da porção de fruta exigida na Portaria por suco? Não, o suco faz parte do cardápio e a nova exigência é para porção de frutas, que contém alto teor de fibras, vitaminas e minerais. A troca possibilitaria servir polpa de fruta, um suco de menor valor nutritivo que a fruta devido ao tempo de armazenagem e ao processo de industrialização. O que se pretende com a alimentação do trabalhador é também propiciar uma alimentação saudável, através da reeducação alimentar e nutricional. Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 86 4) Nas refeições maiores nossos clientes optam por alternar as sobremesas entre as frutas, doces elaborados ou doces industrializados. Como empresa fornecedora qual a nossa posição: disciplinar o cliente ou manter duas opções: sendo uma fruta e outra doce? Cabe destacar que os doces de frutas industrializados não substituem a porção de frutas naturais, de tal forma que a empresa fornecedora terá que cumprir a exigência da portaria em servir fruta diariamente. Ainda, fica a critério da mesma em servir as duas opções desde que obedeça aos limites calóricos impostos. No entanto, cabe destacar o papel educativo importante em que a empresa assume como promotora de hábitos alimentares mais saudáveis. 5) Suco de frutas concentrado pode ser considerado como fruta nas refeições grandes? No caso positivo, qual a concentração de suco natural por litro é indicado? Não, a Portaria Interministerial é clara, não traz normatização de suco e sim da exigência de porção de fruta. O suco é uma preparação que faz parte da refeição a utilização deste em substituição da porção de fruta pode ser considerada uma forma de burlar a norma estabelecida. Pois jamais conseguiríamos aferir "in loco" o teor de frutas de um suco. 6) Sob a nova legislação onde deve contar uma porção de fruta nas pequenas refeições como o café da manhã, essa porção pode ser de suco de fruta natural ou apenas ser servida fruta também? Sob o aspecto nutricional remeto à resposta anterior para elucidar seu questionamento. Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 87 7) Solicito, esclarecimento sobre a expressão pelo menos que nos causou dúvidas quanto a sua aplicação: por exemplo, para empresas que fornecem café da manhã e almoço, a fruta pelo menos deve ser servida em uma das duas refeições: café da manhã sem fruta e almoço com fruta? Não. A expressão "pelo menos" significa servir no "mínimo" uma porção de fruta tanto nas refeições principais, quanto nas refeições menores. 8) Independente do valor calórico total das refeições menores deve ser servida uma porção de fruta? Ou caso o valor calórico esteja adequado não precisamos servir a fruta? A porção da fruta deve estar obrigatoriamente inserida tanto nas refeições maiores quanto nas refeições menores, de forma a ser considerada no valor energético total estabelecido. Ressalte-se que essa presença é importante devido ao especial valor em vitaminas, minerais e fibras presentes nas frutas, que não é contemplado pelos outros alimentos. 9) No caso do lanche de hora extra. Ele é considerado como refeição menor? Deverá ser servida fruta também? Independente do horário consideram-se refeições menores os lanches e os desjejuns, dessa forma há a obrigatoriedade de contemplar uma porção de fruta em tal refeição. 10) Nos casos em que os nossos cardápios das refeições principais ultrapassem os valores calóricos indicados pela portaria. Qual o procedimento que devemos adotar? Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 88 A orientação é de readequar os cardápios em valor calórico, de modo a obedecer aos limites calóricos estabelecidos pela portaria, adequando-os à clientela atendida, conforme o § 7º, do art. 5º, da Portaria Int. nº. 66/2006. 11) Podemos utilizar tal portaria para trabalhadores adolescentes, os quais podem ter necessidades nutricionais diárias acima da recomendação estabelecida pela mesma, mesmo admitindo acréscimos? Não. A portaria foi construída de forma a atender às necessidades nutricionais, bem como energéticas, dos trabalhadores adultos, as quais divergem das recomendações para adolescentes. 12) O que podemos usar como referência de orientação quanto aos parâmetros nutricionais e valor energético das refeições oferecidas para adolescentes trabalhadores? Cabe ressaltar que de acordo com o Art. 7º da Constituição: "São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos”; (Redação dada pela EmendaConstitucional nº 20, de 1998). Considerando o exposto, quando se tratar de alimentação para trabalhador adolescente, os parâmetros nutricionais e valores energéticos utilizados deverão estar em conformidade com as referências das Dietary Reference Intakes (DRI’s) para a faixa etária em questão. 13) Se a empresa conceder aos funcionários desjejum e almoço e a porção de fruta for oferecida pelo menos no almoço, está correto? Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 89 De acordo com a portaria em questão, artigo IV, parágrafo 10, quando a empresa fornecer refeições principais e refeições menores, a mesma terá que cumprir a determinação de oferecer uma porção de fruta para cada refeição. Ou seja, a fruta deverá ser oferecida obrigatoriamente nas refeições principais e nas menores. 14) Considerando que o funcionário que faz o desjejum tem direito ao almoço na empresa, se o nosso cardápio atender os valores diários de referência para macro e micro nutrientes (VET, carboidrato, proteína, gordura total, gordura saturada, fibra e sódio) citados na portaria, mesmo assim temos que servir fruta no desjejum? A portaria é clara quanto à exigência de se oferecer, no mínimo, uma porção de fruta e uma porção de legumes ou verduras, nas refeições principais e no mínimo uma porção de fruta nas refeições menores, independente de já haver atingido os valores estabelecidos para macro e micronutrientes. 15) A portaria é uma recomendação ou uma determinação (exigência)? É uma determinação, por isso a existência de tal portaria com tais exigências. Ainda, o empregado poderá inclusive pleitear o seu atendimento e no caso de não prestação, poderá recorrer inclusive à tutela jurisdicional. Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 90 3.4.2 Padrão do Cardápio - Tipo de serviço (popular, médio ou luxo): o Cardápio popular ou operacional ou simples → são cardápios de composição mais simples e custo mais baixo, mas que atendam às necessidades nutricionais e calóricas dos comensais. Mantêm combinações e harmonia nas operações culinárias. Pouca variedade de saladas. Normalmente não há opção de prato principal, quando tem a opção é sempre um tipo mais barato. Geralmente servidos pratos base, um prato proteico, guarnição, salada, sobremesa e bebida. Muito comum nas UAN industriais, cadastradas no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), em restaurantes populares e hospitais públicos. o Cardápio médio ou administrativo ou diferenciado → apresenta maior número de preparações com maior complexidade, diversificação e custo; o Cardápio luxo ou diretoria ou executivo ou liberal → apresenta preparações sofisticadas e/ou mais elaboradas, com utilização de cortes de carne mais caros e maior número de opções de pratos proteicos, saladas e sobremesas. - Estimativa de custo para cardápios padrões → disponibilidade financeira; - Hábitos alimentares da clientela → condições socioeconômicas da clientela; - Adequação ao clima; - Digestibilidade; Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 91 - Consistência das preparações; - Equilíbrio de cores; - Repetição de alimentos em preparações diferentes; - Disponibilidade do gênero no mercado → facilita o abastecimento, garante qualidade, possibilita minimização do custo; - Recursos humanos → pessoal disponível, habilitação e tempo hábil para a execução → caso não tenha = exaustão no trabalho, comprometimento no padrão da refeição e atraso na distribuição = insatisfação dos comensais; - Disponibilidade da área e equipamento; - Definição de “per capita”; - Estimativa do número de refeições → rigidez no cumprimento de normas em relação à oferta de refeições (estimativa diária do número de refeições) e plano de expansão ou retração da empresa (não pode deixar de ser observado ao se elaborar o orçamento); - Política de abastecimento da UAN. 3.4.3 Estimativa de custo para cardápios-padrões ▪ Custo: Correspondem à parcela dos gastos consumida no ambiente de produção para a elaboração do produto, pela aquisição de matéria-prima e para a realização de serviços. Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 92 ▪ Conceito: - Custo da refeição → é o resultado da relação entre o total de custos obtidos e o número de unidades produzidas. ▪ Classificação dos custos – aspecto econômico: - Fixos → são os que permanecem constantes dentro de determinada capacidade instaladas, ou seja, são aqueles que não variam em função da produção do bem ou do serviço (a empresa pode estar produzindo ou não, produzindo maior ou menor quantidade). Exemplo: aluguel, seguros, impostos, salários da mão de obra mínima para o funcionamento do serviço, etc. - Variáveis → são os que mantêm relação direta com o volume de produção ou serviço, ou seja, alteram-se dependendo da quantidade de produtos ou serviços produzidos pela empresa. Exemplo: matéria-prima, combustível, água, etc. ▪ Fatores intervenientes – o custo da refeição pode ser alterado por vários fatores: - Política de compras → licitação = ↑ dos preços das mercadorias ofertadas no contrato – face à política inflacionária vigente no país, considerando a demora na liberação das verbas para o pagamento; quantidade a ser comprada; sistema de pagamento (à vista ou a prazo). - Método de recepção e armazenamento de mercadorias → controle da quantidade e qualidade na recepção dos gêneros; gêneros mal estocados Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação enutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 93 elevam as despesas, alterando as previsões e requerendo compras emergências, quase sempre por preços mais elevados. - Controle das operações durante a preparação → controle das perdas decorrentes da inabilidade dos operadores (no manuseio dos alimentos e equipamentos); temperatura; tempo de cocção. - Mão de obra → a diversificação dos cardápios, a escolha do sistema de atendimento e o tipo de serviço a ser prestado à clientela vão influir diretamente no dimensionamento do pessoal e nas despesas com mão de obra. A falta de treinamento do pessoal, bem como a inadequação dos equipamentos e da planta física refletirão também nestas despesas. ▪ Componentes do custo da refeição: - Matéria-prima → representada pelo valor gasto com gêneros e ingredientes, é estimada através dos “per capita” brutos, relacionados com o preço unitário de cada produto; - Mão de obra → além do salário e dos benefícios, tem que considerar os encargos sociais (que compreendem 36,3% sobre o valor do salário do funcionário) e as provisões (que compreendem 26,5% sobre o valor do salário do funcionário): o Encargos sociais → INSS, FGTS, Sesc, Senac, Sebrae, Incra e outros. o Provisões → Férias, 13⁰ salário e encargos decorrentes. Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 94 - Energia elétrica → são estimadas correlacionando-se o consumo médio total diário de energia e número de refeições oferecidas; - Gás → são estimadas correlacionando-se o consumo médio total diário de gás e número de refeições oferecidas; - Água → são estimadas através de uma quantidade padrão de água gasta por refeição. - Material de limpeza, de expediente e descartáveis → uma vez estipulada a quantidade média padrão destes materiais utilizados por dia, pode-se estimar o preço e relacionar com o número de refeições planejadas, a fim de estabelecer a parcela do custo por refeição. - Depreciação dos equipamentos → é uma despesa que não é desembolsada, apenas contabilizada. Representa a perda de valor de um ativo pelo desgaste. Uma vez calculados todos os componentes do custo, tem-se o custo médio da refeição. 3.4.4 Bases para cálculos e aquisições de gêneros 1) Per capita: quantidade de alimento destinado ao comensal. ▪ Definição de per capita: - Hábitos alimentares; Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 95 - Necessidades calóricas. ▪ Objetivos da definição de per capita: - Garantir equilíbrio do cardápio; - Orientar a previsão de compras e requisições; - Avaliar a cobertura da alimentação oferecida (kcal). ▪ Operacionalização desta medida: - Ter per capita fixo → fixar o per capita dos alimentos que diariamente são incluídos nos cardápios, como, por exemplo: nos casos de almoço – arroz, feijão, carne, farinha e/ou pão, óleo, açúcar – e analisar seu teor calórico, em proteínas, lipídios e carboidratos; - Analisar as preparações variáveis dos cardápios → como entrada, acompanhamento do prato principal, sobremesa → elaboração de fichas individuais de preparações; - Estabelecer diferenças entre calorias → estimadas para a clientela e o total de calorias dos alimentos diariamente utilizados naquela refeição; - Completar o equivalente à diferença de calorias → escolher entrada, acompanhamento do prato principal e sobremesa que perfaçam o total calórico necessário, dentre as fichas de preparação já analisadas. 1.1) Receituário Padrão ou Ficha Técnica de Preparação: - São fórmulas escritas para produzir um item alimentar em quantidade e qualidade especificadas para uso em determinado estabelecimento. - Esse item deve apresentar as quantidades e qualidades exatas dos ingredientes juntamente com a sequência exata de preparações e serviços. Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 96 ▪ Objetivos das fichas técnicas: ✓ Determinar a quantidade e qualidade dos ingredientes que devem ser usados → confirmando as especificações de compra; ✓ Especificar o modo de preparo → tempo de cocção; ✓ Rendimento de cada preparação; ✓ Custo por porção dos alimentos; ✓ Valor nutritivo de determinado prato padrão → controle das calorias oferecidas. ▪ As fichas técnicas permitem: ✓ Incorporação de novas receitas à unidade sem esquecimento das demais; ✓ Permite que um prato que tenha sido retirado temporariamente do cardápio, ou que seja sazonal, retorne com as mesmas características; ✓ Que o preparo seja sempre o mesmo, independente do colaborador; ✓ Que a receita vá sendo alterada de modo a atender ao gosto e às quantidades escolhidas pelo cliente do restaurante; ✓ Que as quantidades e a qualidade dos ingredientes estejam estabelecidas, proporcionando maior exatidão nos pedidos de compra; ✓ Menor capital empatado no estoque; ✓ Otimização do espaço de armazenagem; Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 97 ✓ Conhecer o rendimento da preparação e o seu porcionamento, evitando sobras; ✓ Controle dos custos; ✓ Que o valor nutricional da preparação já esteja calculado; ✓ Obtenção de dados sobre o tempo de preparo, temperaturas adequadas, equipamentos e utensílios necessários; ✓ Conferir um cunho científico às atividades do nutricionista.Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 98 2) Porções: quantidade de alimento preparada destinado ao comensal. 3) Indicador de Parte Comestível (IPC) ou Fator de Correção (FC): a obtenção desse indicador permite o cálculo do valor das perdas por retirada de cascas, aparas, sementes, talos e sujidades → a perda em relação ao peso inicial, representada pela remoção das partes não comestíveis do alimento. Foi estabelecido para se poder determinar as quantidades certas para comprar e avaliar o preço total da compra de alimentos, principalmente daqueles que apresentam perdas inevitáveis (casca, aparas, entre outras). IPC = PB/PL 4) Indicador de Conversão (IC) ou Fator de Rendimento (FR) ou Fator de Cocção: é a ferramenta utilizada para se conhecer o rendimento de um alimento após ser submetido ao processo de cocção. IC = Pcozido/Pcru 5) Cálculo de % de desperdício: % desperdício = [(PB – PL) / PB] x 100 % sobras = [(total produzido – total distribuído) / total produzido] x 100 Índice de Resto (IR) = (peso da refeição rejeitada / peso da refeição distribuída) x 100 Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 99 ▪ % desperdício - É a perda em relação ao peso inicial, representada pela remoção de partes não comestíveis do alimento. - Servirá para medir a qualidade dos gêneros adquiridos, a eficiência e o treinamento da mão de obra, a qualidade dos utensílios e equipamentos utilizados. - Procurar comparar os resultados encontrados na UAN com os dados da literatura ou dados anteriores da própria UAN, para saber se está de acordo ou se há desperdício além do previsto → tomar as providências cabíveis → alertar o fornecedor para a qualidade dos produtos, treinar a mão de obra ou adequar os equipamentos e utensílios. ▪ % sobras (ou excedentes de alimentos) - Alimentos produzidos e não distribuídos. - Mede a eficiência do planejamento → uma maior quantidade de sobras poderá indicar falhas na determinação do número de refeições a serem servidas, superdimensionamento de per capita, falhas do treinamento em relação ao porcionamento, utensílios de servir inadequados, preparações incompatíveis com o padrão do cliente ou com seus hábitos alimentares. - Mede a eficiência da produção de alimentos → má aparência ou apresentação dos alimentos. - Segundo Vaz (2006), admitem-se como aceitáveis percentuais de até 3% ou de 7 a 25g por pessoa. - A UAN deverá medir as sobras ao longo do tempo e estabelecer um parâmetro próprio da unidade. Para tal deverá considerar: o a margem de segurança estabelecida x número de clientes atendidos no dia → por exemplo, uma mesma porcentagem de sobra terá diferentes Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 100 significados caso a UAN tenha naquele dia operado com o pico máximo ou mínimo de clientes. Assim, caso a margem de segurança tenha sido estabelecida em 10% e o número de clientes esteve no pico mínimo, uma sobra de 10% é aceitável; por outro lado, se esteve no pico máximo, essa sobra indica necessidade de avaliação da origem do problema. o não somente a sobra total, como também a individualizada por alimento, pois permite observar possíveis alterações a serem feitas no cardápio ou no per capita. ➢ Margem de segurança → deve ser estabelecida no planejamento quando a Unidade apresentar variações diárias do número de clientes que fazem as refeições. Será estimada levando-se em consideração a diferença entre o pico máximo e o número médio de clientes. ▪ Índice de Resto (IR) - Restos → alimentos distribuídos e não consumidos. - Deve ser avaliado não somente do ponto de vista econômico, como também da falta de integração com o cliente. - Em restaurantes self-service com refeições pagas pelo peso → deve-se partir do princípio de que se os alimentos estiverem bem preparados, o resto deverá ser algo muito próximo ao zero, já que nestes restaurantes, geralmente, não há restos, indicando que o cliente sabe a quantidade que consegue comer. - Em restaurantes self-service com refeições que não são pagas pelo peso → se houver uma quantidade significativa de restos, será necessário um trabalho junto ao cliente e posterior avaliação dessas quantidades. Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 101 - Essa avaliação só faz sentido se houver disposição de encontrar os pontos problemáticos a serem corrigidos e não para comparar com percentuais estipulados teoricamente. - A redução deve ser sempre comparativa dentro da própria Unidade. - Observar que o tamanho do prato pode induzir os clientes a se servirem de uma quantidade maior que a possibilidade de consumo e, consequentemente, gerar restos. - Talheres e pegadores podem interferir na quantidade de que a pessoa se serve, dependendo do tamanho e da maior ou menor funcionalidade. - São aceitáveis como % de resto-ingestão, em coletividades sadias, taxas inferiores a 10%, contudo cada UAN pode estabelecer o seu %. - Segundo Mezomo (2002), quando o % de resto-ingestão, em coletividades sadias, apresentar taxa superior a 10% pressupõe-se que os cardápios estão inadequados por serem mal planejados e/ou mal executados. - Segundo Vaz (2006), são aceitáveis como percentual de resto-ingestão, taxas entre 2 e 5% da quantidade servida ou de 15 a 45g por cliente. - Pesquisadores têm apontado que, quando os valores de resto-ingestão estão acima de 20% em coletividades enfermas, pressupõe-se inadequação no planejamento e na execução dos cardápios. 3.5 COMPRAS - Aquisição de materiais pelos melhores preços e de mais alta qualidade que permitem o perfeito funcionamentoda UAN; - Lista de compras (através de cardápios, receituários, per capita, FC, FR); Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 102 - Cotação de preços; - Política de compras → estoque e situação financeira da empresa; - Compras → Just in Time; - Padronização de produtos e embalagens; - Qualidade do comprador: não deve ser apenas um “passador” de produtos – deve pesquisar sobre a empresa, marcas, produtos → saber realmente como é o produto → custo/benefício. ▪ Objetivo: Garantir a existência contínua de um estoque organizado, de modo a nunca faltar nenhum dos itens que o compõe, sem excessos. ▪ Finalidade: Suprimento de materiais na quantidade necessária, qualidade requerida, tempo oportuno e menor custo. ▪ Processo de compra: - Solicitação de compra (documentada); - Contato com os fornecedores; - Cotação de preços → solicitação de proposta e análise de preço; - Liberação da compra; - Emissão do pedido de compra. Abrange desde o recebimento da solicitação de compra (requisição) de material e/ou serviço, até o momento da efetiva entrega ou execução dos mesmos. Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 103 Modelo de ficha de cotação de preços. ▪ Fatores essenciais ao processo de compra: - Preço → 3 fornecedores → pesquisa de mercado para melhor $; - Qualidade: características sensoriais (aparência, cor, odor, sabor, consistência e textura) e microbiológicas; - Quantidade: controle para não comprar muito e ter sobras ou comprar pouco e ter faltas → dificulta a elaboração do cardápio; - Safra: melhor qualidade e melhor preço; - Condições e prazos de entrega → frequência de entrega e cumprimento de horários estipulados para entrega; - Proximidade de zonas de abastecimento e facilidade de transporte; - Disponibilidade financeira; - Inspeção: recepção dos gêneros. ▪ A previsão de compras está correlacionada com: - Tipo e imagem do estabelecimento; - Estilo da operação e sistema de serviço; - Ocasião para qual o item é necessário; - Disponibilidade financeira e política de suprimentos da empresa; - Disponibilidade, oportunidade, tendência do preço e do suprimento; - Cardápios planejados; - Per capita bruto dos alimentos; Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 104 - Número estimado de refeições que serão oferecidas; - Frequência de utilização dos gêneros no período da previsão; - Espaço de armazenamento disponível; - Quantidade existente no estoque; - Características da matéria-prima; - Sazonalidade. ▪ Previsão inadequada → falta de materiais → custos adicionais: - Comunicações urgentes; - Transporte especial; Compras de gêneros estocáveis → se não é feito o planejamento rígido de cardápios, deve-se pelo menos definir as preparações que serão usadas e a frequência de utilização para o período de previsão. Planejamento racional da UAN possibilita a diversificação das preparações que compõem o cardápio e evita compras emergenciais que oneram o $ da refeição. Previsão de compras = [(per capita líquido x fator de correção x número de refeições x frequência de utilização) – quantidade eventual de estoque] + estoque mínimo Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 105 - Compras em quantidades reduzidas, a preços mais elevados e em condições desvantajosas; - Paralisação ou atraso de determinados serviços e envolvimento da administração para contornar situações criadas. ▪ Preço x Custo - Preço → é um valor monetário estabelecido para que se possa vender determinado bem ou serviço. - Custo → corresponde à parcela dos gastos consumida no ambiente de produção para a elaboração do produto, pela aquisição de matéria-prima e para a realização de serviços. ❖ Custo de reposição → é o custo correspondente ao processo da reposição de materiais que a organização enfrenta a fim de manter devidamente os níveis de estoques, ou seja, trata-se do custo do conjunto de atividades envolvidas em cada compra efetuada pela organização, desde a emissão do pedido até a entrega do material à despensa. 3.5.1 Especificações das embalagens e rótulos ▪ Embalagem – deverá obedecer aos seguintes requisitos: Custo = Preço – descontos, bonificações e prazos de pagamento + fretes, seguros de transporte Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 106 - Proteger as características organolépticas (cor, odor, textura e sabor) e de qualidade do produto; - Proteger o produto contra qualquer tipo de contaminação; - Impedir perda de água, desidratação e qualquer vazamento; - Impedir que se transmita ao produto qualquer cheiro, cor, sabor ou qualquer outra característica indesejável. ▪ Rotulagem – devem ser observados: - Nome e/ou a marca do alimento; - Número de registro do alimento no órgão competente do Ministério da Saúde; - Número de identificação da partida, lote e data de fabricação, quando se tratar de alimento perecível; - Data de validade; - O peso ou o volume líquido;- Instruções para conservação (temperatura recomendada pelo fabricante e condições de armazenamento); - Instruções para preparo do alimento. ▪ Relação peso x embalagens - A quantidade que vem em cada embalagem é padronizada por cada empresa → ocorrem variações. Exemplo: extrato de tomate 190g, 340g, 520g, 1kg. Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 107 3.5.2 Modalidade de Compras ▪ Centralizada x Descentralizada - Centralizada: o setor de compras da empresa que faz → deve respeitar as especificações do nutricionista → vantagens: o Permite maior negociação em função do volume de compras; o Possibilidade de maior especialização por parte do pessoal de compras; o Adoção de procedimentos uniformes, possibilitando melhores controles. - Descentralizada: a UAN tem autonomia para comprar → vantagens: o Maior agilidade na obtenção dos materiais; o Proximidade com o centro de decisão local; o Maior divisão de responsabilidade. ▪ Condição de pagamento: - Contra entrega ou à vista; - Faturamento ou a prazo. ▪ Fornecedor - atentar sobre: - Condições do seu estabelecimento → nutricionista deve efetuar visita técnica; - Idoneidade; - Capacidade real de fornecimento; - Localização em relação à UAN; Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 108 - Prazos e pontualidade de entrega; - Quantidade de seus produtos; - Qualidade dos produtos; - Preço; - Condições de pagamento; - Veículo utilizado na entrega; - Acondicionamento das mercadorias; - Ficha cadastral com endereço, telefone, pessoa de contato, número de cotações de que participou. ▪ Comercialização - Direta: é a transação que se faz diretamente com o fornecedor de um determinado produto → representante comercial → é baseada no contato pessoal, entre vendedores e compradores, fora de um estabelecimento comercial fixo → para o comprador representa um atendimento personalizado; - Indireta: é o tipo de comercialização de produtos que se utiliza de algum meio para viabilizar o processo de venda e de compra → distância física entre vendedores e compradores → exemplos: telemarketing, venda por correspondência (o comprador recebe um catálogo pelo correio e faz seu pedido), venda pela internet; - Licitação: é o procedimento administrativo formal, previsto na Constituição, por meio do qual o comprador seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de interesse e, ao mesmo tempo, por meio da isonomia (princípio geral do direito que garante que todos são iguais perante a lei; não deve ser feita nenhuma distinção entre pessoas que se encontram Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 109 na mesma situação), possibilita aos fornecedores interessados à competição justa pelo contrato de venda ou locação de um serviço, de um bem ou produto. Uma desvantagem apresentada pelas licitações reside no fato de que o único critério considerado para a conclusão do processo e a seleção de um fornecedor é o preço; dessa forma, não são considerados a qualidade do produto e seu rendimento, o que possibilita a aquisição de matéria-prima de baixa qualidade. As modalidades de licitação utilizadas para a aquisição de produtos e serviços em UAN são: o Concorrência Pública: • É a mais formal; • Modalidade para compras e serviços; • Oferece oportunidades a todos → é uma modalidade de licitação que se realiza, com ampla publicidade, para assegurar a participação de quaisquer interessados que preencham os requisitos previstos no edital convocatório; • Edital no Diário Oficial da União (DOU) → Não é exigido registro prévio ou cadastro dos interessados, mas que satisfaçam as condições prescritas; • Antecedência mínima de 30 dias → o edital deve ser publicado com, no mínimo, 30 dias antes da data de recebimento das propostas. o Tomada de preços: • Menos formal; • Cadastro prévio dos interessados → este cadastramento se refere à análise prévia da situação da empresa, por meio da verificação de sua habilitação jurídica, de sua regularidade fiscal, de sua qualificação econômico-financeira, de sua qualificação técnica; Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Metha, 2013. PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2015. 343 p. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2007. 219 p. 110 • Antecedência mínima de 3 dias → o cadastro pode ser executado em até 3 dias antes da data de recebimento das propostas. o Convite: • Mais simples; • Várias empresas registradas ou não para as quais envia-se o convite para participar da licitação. Se a empresa aceitar, ela envia os valores dos produtos para a empresa que lhe enviou o convite; • Não exige publicidade em diários oficiais e/ou jornais de grande circulação, sendo possível tal publicidade ser realizada somente pela sua afixação em local visível na própria Administração, como em um quadro de avisos, por exemplo → essa afixação deverá ocorrer por, no mínimo, 5 dias úteis antes de sua abertura, e o não cumprimento dessa exigência poderá gerar a nulidade do procedimento; • Uma outra função primordial dessa afixação é informar sobre a existência da licitação a eventuais interessados que não tenham sido convidados, mas que queiram participar do certame. Para isso, esses interessados deverão estar devidamente cadastrados no órgão promotor da licitação, dentro do ramo de atividade pertinente com o objeto licitado, e demonstrarem seu interesse em participar do certame em até 24 horas antes da data/horário marcado para a apresentação das propostas. • Mínimo de 3 empresas. Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: