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ATENDIMENTO BANCÁRIO 1 NOÇÕES DE ESTRATÉGIA EMPRESARIAL: ANÁLISE DE MERCADO, FORÇAS COMPETITIVAS, IMAGEM INSTITUCIONAL, IDENTIDADE E POSICIONAMENTO. - ESTRATÉGIA EMPRESARIAL Estratégia é uma palavra com origem no termo grego strategia, que significa plano, método, manobras ou estratagemas usados para alcançar um objetivo ou resultado específico. Porter (1980) definiu estratégia como “a combinação dos objetivos que a empresa persegue e os meios pelos quais busca atingi-los”. Também é atribuída a Porter (1996) a ideia de que a essência da estratégia está em escolher como realizar atividades de forma diferente da dos rivais. Já a estratégia empresarial pode sentida como sendo a definição de que ações devem ser tomadas hoje (curto prazo) para acionar planos de ação (médio prazo) – com base no estudo do passado, da situação presente e de perspectivas do que está por vir – para que se alcançar os resultados desejados no futuro (longo prazo). - ANÁLISE DE MERCADO Refere-se ao entendimento do mercado da empresa, abrangendo seus clientes, concorrentes e quanto a empresa conhece, em dados e informações, o mercado onde atua. A análise do mercado permite ainda à organização conhecer com mais profundidade o ambiente onde o produto/serviço se encontra. O mercado está composto pelo ambiente onde a empresa e produto se localizam, pela concorrência e pelo perfil do consumidor. Nesse sentido, uma técnica muito utilizada é a Matriz de Ansoff. Ela diz respeito aos riscos potenciais para a elaboração de um plano mais adequado para o desenvolvimento de um produto (ou serviço) e a abertura de novos mercados ou aproveitamento dos atuais. Essa ferramenta divide as estratégias de inovação de produtos e mercados e 4 possibilidades: 1. Penetração de Mercado: Expansão de vendas segura de um produto conhecido em um mercado já ocupado pela empresa. 2. Desenvolvimento de Produtos: Introduzir um novo produto em um mercado onde a empresa já opera. 3. Desenvolvimento de Mercado: Colocar um produto existente em um mercado novo para a empresa. 4. Diversificação: Inserir um produto novo e em um mercado inexplorado e desconhecido. A Figura seguinte ilustra uma Matriz de Ansoff. - FORÇAS COMPETITIVAS O modelo das Cinco Forças de Porter (1986) pode ser compreendido como uma ferramenta que auxilia a definição de estratégia da empresa e leva em consideração tanto o ambiente externo como o interno. As Cinco Forças de Porter (1986) causam impacto sobre a lucratividade em um dado setor, diagramadas na Figura 1. Cada uma delas deve ser analisada em um nível de detalhamento considerável, pois para uma empresa desenvolver uma estratégia competitiva precisa estar em consonância com tal estrutura. Tais influências externas são: • as ameaças de novos entrantes; • o poder de negociação dos fornecedores; • o poder de negociação dos compradores; • as ameaças de serviços substitutos; e 1 • a rivalidade entre as empresas existentes. ● Ameaça de Novos Entrantes Esta força refere-se ao grau de competitividade do mercado ou até que ponto as empresas são capazes de entrar no mesmo e concorrer por clientes. Para Porter, os novos entrantes em um setor trazem novas capacidades, o desejo de ganhar participações no mercado e, em geral, recursos substanciais. Por outro lado, existem duas expectativas dos entrantes em relação às barreiras: a existência já consolidada de barreiras de entrada e a ameaça de reação dos competidores já estabelecidos (PORTER, 1986). ● Ameaça de Serviços Substitutos Porter (1999) afirma que por imporem um teto aos preços, os serviços substitutos limitam o potencial de um setor, a menos que este consiga melhorar a qualidade do produto ou, de alguma forma (através de marketing) estabelecer uma diferenciação – assim sofrerá as consequências nos lucros e, possivelmente, no crescimento. Ameaças de serviços substitutos são a principal variável que define preço no mercado e ativa a concorrência. No entanto, a qualidade dos produtos ou serviços será a estratégia que determinará a opção final do consumidor. ● Poder de Negociação dos Fornecedores O poder de negociação dos fornecedores é capaz de exercer ameaça ao desempenho das empresas de uma indústria através da elevação dos preços ou da redução da qualidade dos bens e serviços. Assim, os fornecedores poderosos dispõem de condições para espremer a rentabilidade de um setor que não consiga compensar os aumentos de custos nos próprios preços. Segundo Porter (1999), um grupo de fornecedores é poderoso se: - o mercado for dominado por poucas empresas e se for mais concentrado do que o setor comprador; - o seu produto for diferenciado ou se ele desenvolveu custo de mudança (custos fixos enfrentados pelo comprador ao trocar de fornecedor -PORTER, 1999); - Esses produtos não serão obrigados a competir com outros produtos nas vendas ao setor de varejo; - Esses fatores representam uma ameaça concreta de integração para frente. ● Poder de Negociação dos Consumidores Da mesma forma que os fornecedores possuem poder de negociação, os clientes também são capazes de forçar a baixa dos preços, de exigir melhor qualidade ou de cobrar mais prestação de serviços, jogando os concorrentes (fornecedores) uns contra os outros – em detrimento dos lucros do setor. Segundo Porter (1999) um grupo de comprador é poderoso se: - os compradores forem mais concentrados ou comprarem em grandes volumes; - os produtos adquiridos no setor forem padronizados ou não diferenciados; - a certeza de que sempre disporão de fornecedores alternativos, os compradores jogam um fornecedor contra o outro; - os produtos adquiridos no setor forem componentes dos produtos dos compradores e representarem parcelas significativas de seus custos; - seus lucros forem baixos, criando um forte incentivo para a redução dos custos de suas compras; - os produtos do setor não forem importantes para a qualidade dos produtos ou serviços dos compradores; - o produto do setor não economiza o dinheiro do comprador; e, - os compradores representarem uma ameaça concreta de integração para trás, incorporando o produto do setor. ● Rivalidade entre as Empresas Existentes Os movimentos competitivos de uma empresa dentro de seu setor têm efeitos significativos em seus concorrentes, que podem, portanto, desencadear esforços para conter esses movimentos ou ações de retaliação. Quando o setor é concentrado, dominado por um reduzido número de empresas, estas podem impor a sua disciplina ou desempenhar um papel coordenador no setor. Quanto maior for a rivalidade maior será a possibilidade de ocorrência de guerras de preços, disputas publicitárias, investimentos em qualidade etc. Ela tende a ser maior quando o mercado está em recessão ou crescendo lentamente, ou ainda quando existem altos custos fixos. Uma alta rivalidade interna tem consequências negativas na atratividade da indústria. E ela pode ser reflexo de um baixo grau de diferenciação dos produtos, fortes barreiras à saída ou ainda da necessidade de grandes investimentos para expansão da atividade. Iremos mencionar agora as Estratégias Genéricas de Porter. - Liderança de custo; - Diferenciação; - Enfoque. ● Estratégia de Liderança no Custo Total A estratégia de liderança de custo é implementada por firmas que procuram uma maior participação no mercado reduzindo seus custos em relação aos dos concorrentes. Geralmente, as empresas de grande porte que se beneficiam de economias de escala e maior acesso a recursos têm mais facilidade de se posicionar com liderança de custo. Quando 2 implementada corretamente, essa estratégia traz retornos para a organização acima da média de seu setor. Os custos mais baixos geram uma melhor posição para competir e permitem que se tenha um bom desempenho, fazendo com que os concorrentes gastem seus lucros na competição. Essa estratégia tem também um impacto positivocom relação ao poder de negociação com os fornecedores, proporcionando maior flexibilidade diante da ocorrência de aumentos de insumos. A manutenção de custos baixos traz flexibilidade também na gestão de preços, gerando oportunidades de melhoria do “trade-off” (mercados “estrangulados”) preço/desempenho e, com isso, neutralizando ameaças relacionadas a produtos ou serviços substitutos. Um posicionamento de liderança em custos pode ainda proteger a firma da ameaça de novos concorrentes, pois uma política de custos e preços baixos suportados por economias de escala eleva as barreiras de entrada. Na visão de Porter (1980) uma indústria comportaria apenas um líder em custo. O autor argumenta que diversas firmas buscando liderança em custo disputariam por maiores parcelas de mercado, o que provavelmente levaria a uma guerra de preços com consequências negativas para a estrutura da indústria. (CARNEIRO et al., 1997). ● Estratégia de Diferenciação Adotando estratégias de diferenciação, as firmas alcançam vantagem competitiva mediante a oferta de produtos ou serviços que contenham as qualidades desejadas pelos consumidores e que, ao mesmo tempo, sejam diferentes dos produtos ou serviços oferecidos pelos concorrentes. Uma estratégia de diferenciação bem- sucedida requer investimento extra para suportar atividades de alto custo como pesquisas, desenvolvimento e marketing. Uma empresa que pode obter e sustentar uma diferenciação conseguirá rentabilidade acima da média em sua indústria, na medida em que seu preço-prêmio for superior aos custos extras a que ela fica sujeita por ser única. Firmas que adotam estratégias de diferenciação costumam focar nos consumidores menos sensíveis a preço e, devido a isso, costumam atingir uma pequena parcela do mercado. Ao optar por essa estratégia genérica, a empresa procura focalizar seus esforços sobre um determinado grupo, segmento ou mercado geográfico, atendendo-os com mais qualidade. O foco em consumidores com menos sensibilidade a preços viabiliza melhores margens, e com isso a empresa consegue maior poder de barganha com os fornecedores. Oferecendo produtos e serviços diferenciados, ela reduz as alternativas dos consumidores, aumentando seu poder de negociação com os mesmos. A diferenciação estimula a lealdade dos consumidores em relação à marca, neutralizando a rivalidade dos demais competidores e fortalecendo a barreira à entrada de novos concorrentes. Diferentemente da estratégia de liderança em custo, Porter (1980) acredita na possibilidade da coexistência de firmas perseguindo e obtendo sucesso com uma estratégia de diferenciação. Entretanto o autor considera que esta situação somente se sustenta se cada empresa buscar uma especialidade diferente das demais e se existirem consumidores que percebam valor em cada uma dessas especialidades (CARNEIRO et al., 1997). ● Estratégia de Enfoque A firma que desenvolve uma estratégia de enfoque visa um nicho de mercado, direcionando seus esforços para as necessidades de um tipo específico de consumidor ou de um mercado geográfico restrito. Essa estratégia consiste na aplicação de uma abordagem de liderança de custo ou de diferenciação em um ambiente competitivo estreito dentro de um dado setor. Com o enfoque na diferenciação, a empresa procura se distinguir em seu segmento alvo, explorando as necessidades especiais dos consumidores. Com o enfoque no custo, busca explorar as diferenças no comportamento dos custos em alguns segmentos. A estratégia de enfoque pode não atingir baixo custo ou diferenciação relativamente ao setor, mas para ser bem ser bem- sucedida, deve atingir uma dessas posições dentro do nicho definido como alvo estratégico. A coexistência de diversas estratégias de enfoque em uma indústria é possível desde que as firmas escolham nichos de atuação distintos. Adotando uma estratégia de enfoque, as empresas podem obter vantagem competitiva a partir da adaptação e otimização de estratégias para atender o segmento escolhido no setor. Quando empregada corretamente, essa estratégia ameniza as cinco forças competitivas, proporcionando retornos acima da média da indústria. Quadro: Estratégias de Porter e implicações para a força de vendas. Estratégias de Porter Objetivos da estratégia Implicação em força de vendas Custo • ganhos de escala; • redução de custos; • controle de overhead; • participação de mercado • geralmente alta. • atender a grandes clientes que querem custo baixo; • minimização das despesas de vendas; • venda com base em preço oferecido e disputas intensas com outros fornecedores. Diferenciaçã o • criação de algo percebido como único; • fidelidade à marca; • menor sensibilidade a preço. • venda de benefícios aos clientes; • gerar pedidos; • serviços e resposta eficientes; • prospecção é significativa; • pessoal de vendas de alta • qualidade técnica e mercadológica. Nicho • serviços a um mercado-alvo; • selecionado; • políticas são desenvolvidas para o nicho em mente; • participação pode ser baixa, • expert nas operações e oportunidades associadas com um mercado-alvo; • alocação de tempo considerável para o mercado-alvo. 3 mas dominante no segmento. Fonte: Adaptado de Churchill et alo (2000). Tendo em vista o objetivo estratégico bem definido, quais são as opções de ataque? Podemos distinguir cinco estratégias de ataque: Ataque frontal: o atacante se iguala a seu oponente no que se refere a produto, propaganda, preço e distribuição. Ataque pelo flanco: pode ser conduzido junto a duas dimensões estratégicas – geográfica e por segmento. Em um ataque geográfico, o desafiante localiza áreas em que o desempenho do oponente é insatisfatório. A outra estratégia de flanco é atender às necessidades não atendidas pelo mercado, como fizeram os fabricantes de automóveis ao desenvolverem carros mais econômicos. Ataques de flanco são bastante razoáveis e particularmente atraentes para um desafiante com menos recursos do que seu oponente. Os ataques pelo flanco são bem mais propensos ao sucesso do que os ataques frontais. Ataque de cerco: é um esforço para lançar mão sobre uma porção generosa do território inimigo por meio de uma blitz. Ela implica o lançamento de uma grande ofensiva em diversas frentes. O cerco faz sentido quando a desafiante controla recursos superiores e acredita que um cerco imediato enfraquecerá a vontade do oponente Ataque Bypass: você desvia do inimigo e ataca mercados mais fáceis, para ampliar sua base de recursos. Essa estratégia oferece três linhas de abordagem: diversificar a linha de produto não relacionados entre si, diversificar em direção a novos mercados em outras regiões e atacar novas tecnologias para suplantar os produtos existentes. Ataque de guerrilha: consiste em travar ataques pequenos e intermitentes para constranger e desmobilizar o oponente para então assegurar pontos de apoios permanentes. A guerrilheira desafiante usa tanto os meios de ataque convencionais quanto os não convencionais, entre eles cortes de preços seletivos, intensas promoções relâmpagos e ações judiciais ocasionais. - IMAGEM INSTITUCIONAL, IDENTIDADE E POSICIONAMENTO. Para a maioria dos autores, a imagem é o grande patrimônio da empresa, possuindo um valor superior até mesmo aos produtos ou serviços que ela oferece no mercado. A imagem institucional ganhou muita relevância nos últimos tempos, pois ela exala seus valores, seus princípios e sua filosofia, fatores que geram comprometimento dos colaboradores e respeito dos clientes. A partir da década de 1970, com o crescimento das empresas de serviços, torna-se fundamental trabalhar a imagem: aliando-a à credibilidade, responsabilidade e confiança que não são coisas nem produtos, mas valores. A partir dos anos 1990, a gestão de imagem passou a se tornar um dos fatores determinantes do risco do negócio. Some-se a este crescimento a importânciaque a opinião pública passou a dar à transparência; responsabilidade social e comportamento ético das instituições. Em relação à identidade organizacional, Kunsch afirma que “é interessante ressaltar que identidade é um termo utilizado na área de administração com um sentido muito semelhante à imagem, porém o reconhecimento da identidade empresarial implica relações, conflitos e negociação que se estabelecem entre a estrutura produtiva, os recursos humanos de uma organização e o cenário que os envolve”. Para Kunsch, “a identidade corporativa se origina de três níveis de comunicação: o que a organização diz, o que ela realmente faz e o que dizem e acham dela seus públicos” Assim, os elementos definidores da identidade passam pelo comportamento efetivo da empresa no ambiente de negócios, além das ações adotadas pela mesma em diversos setores – como o de responsabilidades social e ambiental, e, naturalmente, pela forma que ocorre a divulgação de todo esse conjunto de fatores junto aos mais diversos públicos. Segundo Kotler, posicionamento designa “a forma como o produto é definido pelos consumidores quanto aos seus atributos mais importantes”, acrescentando que se trata, ainda, “do lugar que ele [produto ou serviço] ocupa na cabeça dos consumidores com relação aos produtos concorrentes” (2003:174). Al Ries e Jack Trout afirmam que uma empresa precisa estabelecer uma posição na mente do cliente potencial para ter sucesso em nossa sociedade com excesso de comunicação. Uma posição que leve em consideração não somente os próprios pontos fortes e fracos de uma companhia, mas também da concorrência (2002: 26). 2 SEGMENTAÇÃO DE MERCADO. Um segmento de mercado é um conjunto de clientes que tem necessidades e desejos em comum. Ao agrupar clientes semelhantes, é possível satisfazer suas necessidades específicas de forma mais eficaz. Quanto mais recursos e opções esses clientes demandam, mais razões se tem para dividi-los em grupos. A ideia da segmentação é separar os mercados com características semelhantes, ou seja, separar um grupo homogêneo de um mercado formado por grupos heterogêneos. Com isto, é possível compreender mais os desejos e as necessidades dos consumidores e a partir daí, oferecer produtos e serviços mais adequados. Existem várias formas de segmentação de mercado, as principais são: geográfica, demográfica e psicográfica. - Segmentação Geográfica: O mercado é dividido por regiões, como norte, sul, estados, municípios, bairros etc. - Segmentação Demográfica: Os mercados são divididos levando-se em conta sexo, idade, estado civil, profissão etc. - Segmentação Psicográfica: O mercado é dividido segundo características de personalidade, estilos de vida, atitudes, entre outros. A segmentação de mercado possui diversas vantagens, como por exemplo: 4 - Maior conhecimento sobre o cliente Com a segmentação, a empresa se especializa no assunto, e com isso, consegue ouvir, entender e responder melhor seus clientes. - Possiblidade de se tornar referência Ao conhecer cada vez mais seus clientes, a organização conseguirá atendê-los cada vez melhor, já que estará lidando com um grupo com necessidades e desejos semelhantes. Dessa forma, as ações são mais assertivas, fazendo com que a empresa tenha grandes chances de se tornar referência no segmento de atuação. - Identificação de necessidades Ao segmentar o mercado, ocorre a observação de nichos até então não visíveis. Isso acontece porque a empresa passa a conhecer melhor a demanda do seu público e pode perceber novas necessidades e desejos, muitas vezes pequenos e específicos, mas altamente rentáveis. - Redução de gastos Ao atuar em um mercado específico, a organização consegue traçar estratégias e planejar o marketing empresarial de forma mais assertiva. É possível economizar custos na otimização de impressão de folhetos, tempo, pessoas e assim por diante. - Maior assertividade no marketing Através de eliminação do perfil de consumidores que não deve comprar, e se concentrando nos clientes que realmente estão interessados, os resultados dos esforços de marketing provavelmente serão maiores e mais lucrativos. Além disso, a oportunidade para criar relacionamentos contínuos também é possível em um ritmo mais acelerado. 3 - AÇÕES PARA AUMENTAR O VALOR PERCEBIDO PELO CLIENTE. Os Clientes buscam melhores produtos e serviços. As Empresas têm de facilitar as escolhas dos clientes agregando valor a seus produtos e serviços. Valor para o Cliente = Percepção de Benefícios – Custo Total Valor, para o cliente, consiste em uma soma de benefícios que ele pode receber do produto ou do serviço. Os benefícios que o cliente espera do produto podem ter valor econômico, funcional e psicológico. Os clientes definem valor de quatro maneiras diferentes: a) Valor é preço baixo: Alguns consumidores igualam valor a preço baixo (foco no preço). b) Valor é tudo o que eu quero: Alguns consumidores destacam os benefícios obtidos (foco na qualidade). c) Valor é a qualidade que obtenho pelo preço que pago. Outros consumidores percebem o valor como uma troca entre o dinheiro que entregam e a qualidade que recebem. d) Valor é o que eu recebo pelo que eu dou: finalmente, alguns consumidores consideram todos os benefícios que recebem assim como todos os componentes de sacrifício (dinheiro, tempo, esforço)." Fonte: "Marketing de Serviços - a Empresa com Foco no Cliente", de Valarie Zeithaml e Mary Jo Bitner, Bookman, 2º edição, 2003. OBS.: Brand Equity é o valor adicional que se atribui a algum produto ou serviço. Esse valor influencia na forma como o consumidor pensa, sente e age em relação à marca, assim como nos preços, na parcela de mercado e na lucratividade proporcionada pela marca à empresa. Qualquer produto comercializado tem dois valores: aquele estipulado pela empresa e o valor percebido pelo cliente. Ambos influenciam, e muito, na decisão de compra. O que fazer para aumentar o valor percebido pelo cliente? Ricardo Rossetto Rodrigues sugere: 1. Promover uma experiência inigualável A trajetória de compra do cliente é muito mais ampla do que apenas entrar na empresa, escolher a mercadoria e efetivar o pagamento. O atendimento fornecido, a embalagem dos itens, as sensações sentidas são apenas alguns dos fatores que interferem no processo de negociação. Em outras palavras, o consumidor precisa de uma experiência inigualável, que o faça se sentir único — inclusive, essa estratégia contribui com o valor agregado dos produtos. Nesse cenário, vale a pena apostar em experiências multisensoriais, ou seja, trabalhe os diversos sentidos do cliente. Lembre-se de que ao promover uma experiência positiva é bem provável que ele divulgue a empresa para amigos e assim ajude a alavancar os resultados, uma vez que o marketing boca a boca é um dos recursos mais efetivos para aumentar o alcance do estabelecimento. 2. Construir uma identidade própria e marcante Quando se fala em produtos modernos e que são objetos de desejo mundial, a Apple é um dos primeiros nomes que vem à mente, certo? Isso não acontece por acaso. O seu fundador, Steve Jobs, criou um império focado na venda não só de eletrônicos, mas de um estilo de vida exclusivo, que simboliza status e inovação. Perceba, nesse contexto, a importância de construir uma identidade para a marca. Ela tem que gerar paixão e ser admirada. A partir daí, o cliente não pensará duas vezes para pagar o que for preciso para adquirir um item que leve o nome e símbolo daquela empresa. 3. Falar a “língua” do público O seu público-alvo da empresa é mais sofisticado ou formal? Quais são as principais aspirações e anseios dele? O que busca de diferencial em uma marca? Essas são questões que devem ser analisadas para compreender o perfil ideal do cliente, identificar o comportamento dele e adotar uma comunicação que seja compatível. 4. Caprichar no ponto de vendaA primeira impressão é a que fica, diz um adágio popular. Por isso, é importante caprichar no ponto de venda, começando pela própria fachada. Ao ver um exterior chamativo e bem montado, é bem mais fácil atrair 5 https://www.workingbetter.com.br/author/ricardo/ https://www.workingbetter.com.br/como-o-atendimento-ao-cliente-te-ajuda-a-vender-mais/ https://www.workingbetter.com.br/erros-em-marketing/ https://www.workingbetter.com.br/fatores-que-influenciam-o-comportamento-do-consumidor/ https://www.workingbetter.com.br/fatores-que-influenciam-o-comportamento-do-consumidor/ a atenção do cliente, que vai quase que involuntariamente associar a marca com algo positivo e de bom gosto. É importante também ter atenção à organização interna. É um erro deixar os produtos tumultuados ou empilhados. O ideal é separá-los por categoria. A iluminação e as cores utilizadas também merecem atenção especial. 5. Cumprir as promessas É fundamental honrar o que foi combinado. Estamos nos referindo a prazo de entrega, preço e condições do produto ou serviço. 6. Ser melhor que a concorrência É muito importante apostar em estratégias que diferenciam a empresa das demais. Para isso, é essencial fazer uma pesquisa de mercado e entender as particularidades dos concorrentes. Devemos ainda encontrar os pontos fortes e fracos da organização. A partir de então, será possível adotar estratégias que destacam a marca perante as outras. Adotar ações personalizadas para os clientes pode ser o diferencial competitivo de uma marca. 7. Vender soluções Atualmente, não se comercializa apenas um produto, mas a solução que ele representa para um problema do cliente. Nesse contexto, é importante que a empresa trabalhe bem o marketing e apresente muito mais do que apenas uma mercadoria. 4 - GESTÃO DA EXPERIÊNCIA DO CLIENTE. Gestão da experiência do cliente é a prática de projetar e reagir às interações do cliente para atender ou superar suas expectativas, levando a uma maior satisfação, lealdade e defesa do consumidor. Para Gartner, gestão da experiência do cliente é "a prática de projetar e reagir às interações do cliente para atender ou exceder suas expectativas, levando a uma maior satisfação, lealdade e defesa do consumidor". A experiência do cliente é a soma de todas as experiências que um cliente tem com uma empresa durante todo o relacionamento da sua vida, incorporando não apenas os principais pontos de contato, mas também o quão pessoal e memorável suas experiências são. Portanto, no mundo digital de hoje, onde os consumidores têm uma variedade ainda maior de canais e pontos de contato, é ainda mais crucial realizar a gestão da experiência do cliente. Isso porque, uma experiência ruim pode determinar o fracasso de um negócio. Pesquisas revelam que clientes que recebem uma experiência positiva gastam 140% mais do que clientes que relataram experiências negativas. Além disso, segundo pesquisas, 96% dos clientes afirmam que o atendimento ao cliente é importante para se tornar leal a uma marca. É por isso que a gestão da experiência do cliente é um tema tão importante para as empresas. Portanto, adotar estratégias de gestão da experiência do cliente é hoje um fator determinante para o sucesso de uma organização. Seguem alguns benefícios obtidos com essa metodologia: - Redução de custos; - Diminuição da Churn Rate (Taxa de Rotatividade); - Crescimento do Lifetime Value (Valor Vitalício); - Maior satisfação dos clientes; - Aumento de promotores; - E muitos outros. Seguem passos para a aplicação da gestão da experiência do cliente. 1. Definir os Touchpoints (pontos de toque) dos clientes: É fundamental definir todos os pontos de contato da jornada do cliente. Mídias sociais, lojas físicas, site, call centers, independente se for físico ou digital todo ponto de contato deve ser definido e mapeado. Isso é importante para que as empresas consigam simular a experiência que seus clientes recebem. E dessa forma, criar mecanismos para garantir uma jornada mais prazerosa. 2. Monitorar seus canais de comunicação: Deve-se monitorar e analisar todas as interações dos clientes dentro dos seus canais de relacionamento porque isso é importante para identificar possíveis gargalos nas jornadas de compra. 3. Fazer uso de pesquisas de satisfação: Para criar um ciclo de constantes melhorias na experiência dos clientes é importante que as empresas estejam abertas a ouvi-los. É possível medir o Net Promoter Score (NPS) em cada um dos seus pontos de contato, por exemplo, e dessa forma avaliar se existe alguma falha que possa ser resolvida. 4 Entregar experiências integradas: Para aplicar a gestão da experiência do cliente é imprescindível que as empresas possuam recursos para conseguir oferecer um atendimento omnichannel. 5 Adotar o Customer Success: Acompanhar o sucesso do cliente é um importante passo para conseguir realizar a gestão da experiência do cliente. Isso porque, essa estratégia além de contribuir com a satisfação do consumidor, pode ser uma excelente fonte para gerar insights de como os produtos serviços podem ser melhorados para atender as expectativas do cliente. 6 Continuar inovando sempre: A gestão da experiência do cliente precisa ser feita constantemente. O que significa que sempre existirão atualizações e inovações no posicionamento da marca, à medida que o público alvo vai se renovando. 5 - APRENDIZAGEM E SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL. - APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL. A aprendizagem organizacional promove, quando bem estruturada, a transformação estratégica na empresa e está baseada em um processo de mudança interna que visa readequar a organização ao ambiente externo. O processo de aprendizagem, a geração, a aplicação e transmissão do conhecimento, são hoje os 6 https://www.workingbetter.com.br/aprenda-como-identificar-seus-concorrentes-diretos-e-indiretos/ https://www2.deloitte.com/content/dam/Deloitte/us/Documents/process-and-operations/us-cons-the-true-value-of-customer-experiences.pdf https://info.microsoft.com/rs/157-GQE-382/images/EN-CNTNT-Report-DynService-2017-global-state-customer-service-en-au.pdf https://www.lumis.com.br/blog/cxm-saiba-o-que-e-gestao-da-experiencia-do-cliente-e-porque-ela-e-importante-para-seu-negocio.htm?link_interno=post-29-04-20&ancora=cxm https://www.lumis.com.br/blog/cxm-saiba-o-que-e-gestao-da-experiencia-do-cliente-e-porque-ela-e-importante-para-seu-negocio.htm?link_interno=post-29-04-20&ancora=cxm https://www.lumis.com.br/blog/churn-rate-saiba-o-que-e-e-como-diminuir-essa-taxa.htm?link_interno=post-29-04-20&ancora=churn-rate https://www.lumis.com.br/blog/ltv-e-cac-entenda-a-importancia-dessas-metricas-para-seu-negocio.htm?link_interno=post-29-04-20&ancora=ltv https://www.lumis.com.br/blog/jornada-do-cliente-por-que-ela-e-importante-para-seu-negocio.htm?link_interno=post-29-04-20&ancora=jornada-cliente https://take.net/blog/chatbots/exemplos-chatbot https://www.lumis.com.br/blog/o-que-e-nps-e-por-que-ele-e-importante-para-seu-negocio.htm?link_interno=post-29-04-20&ancora=nps https://www.lumis.com.br/blog/o-que-e-nps-e-por-que-ele-e-importante-para-seu-negocio.htm?link_interno=post-29-04-20&ancora=nps https://www.lumis.com.br/blog/o-que-e-omnichannel-e-como-ela-pode-melhorar-a-experiencia-dos-seus-clientes.htm?link_interno=post-29-04-20&ancora=omnichannel https://www.lumis.com.br/blog/customer-success-entenda-porque-ele-e-importante-para-seu-negocio.htm?link_interno=post-29-04-20&ancora=customer-success motores de geração de vantagens competitivas em relação aos concorrentes e a formação de riquezas para as organizações. A aprendizagem organizacional está associada às expressões como sociedade do conhecimento; economia baseada em conhecimentos; redes de conhecimento; capitais do conhecimento etc. Já os esforços empresariais estão relacionados aos investimentos e aos retornos auferidos, que refletem a importância da gestão empresarial apoiada no conhecimento.Não há dúvidas que o conhecimento constitui a base de sustentação de sociedades, regiões e organizações. O conhecimento não deve ser visto como um fim último para as empresas, mas como uma ferramenta que se adquire em um novo processo de aprendizagem organizacional. A aprendizagem organizacional, a gestão do conhecimento e a Universidade Corporativa podem ser instrumentos de um mesmo construto? A aprendizagem organizacional baseada na gestão do conhecimento é capaz de mudar o sentido da administração empresarial tradicional? O objetivo do trabalho é mostrar a relação entre a aprendizagem empresarial, a gestão do conhecimento e o papel da Universidade Corporativa como instrumento de um mesmo construto, capaz de capacitar às pessoas na empresa para lidarem com as exigências impostas pelo novo contexto competitivo. O plano de aprendizagem organizacional permite estabelecer e fortalecer nos líderes e liderados certas competências como a iniciativa, a criatividade, a habilidade de relacionamento interpessoal, agregadas ao conhecimento e a prudência, essenciais à elaboração da estratégia e à tomada de decisão. O plano de aprendizagem organizacional requer, além da iniciativa de caráter estrutural, uma nova orientação pedagógica empresarial. Esse novo rumo deve orientar a estratégia sim, mas motivada pela formação e pelo desenvolvimento do capital intelectual na empresa. A aprendizagem organizacional tem como finalidade desenvolver competências e habilidades, de maneira a favorecer o desempenho empresarial e profissional dos indivíduos que nela trabalham. O aprendizado ocorre a todos os instantes na empresa, partindo do individual para o coletivo. Não há aprendizado coletivo sem que ocorra o aprendizado interior de seus integrantes. Senge estabelece uma diferença entre o aprendizado e o treinamento, sendo que aprendizado é resultado da predisposição em aprender a todo momento ao passo que o treinamento é um trabalho executado fora do contexto, e episódico. O conceito de aprendizagem organizacional pode ser entendido como um processo de apropriação de novos conhecimentos nos níveis individual, grupal e organizacional, envolvendo todas as formas de aprendizagem – formais e informais – no contexto organizacional, alicerçado em uma dinâmica de reflexão e ação sobre as situações-problema e voltado para o desenvolvimento de competências gerenciais. A aprendizagem organizacional é um fenômeno sistêmico nas empresas que permanece independente das pessoas. Sim, as organizações podem não ter cérebro, mas são dotadas de sistemas cognitivos que elas mesmas desenvolvem e vão sendo impregnados na sua cultura por meio, principalmente, de rotinas ou procedimentos. Peter Senge, em seu livro “A quinta Disciplina”, já dizia em 1990 que as organizações e seus gerentes deveriam adaptar-se constantemente a novas situações para que pudessem sobreviver e prosperar. Pregava que as organizações que aprendem são aquelas que desenvolvem uma capacidade continua de se adaptar e mudar. Para isso, as pessoas deveriam praticar as cinco disciplinas: 1. Modelos mentais: descartar velhos modos de pensar e adotar novas maneiras de pesquisar, testar e melhorar. 2. Domínio Pessoal: expandir de maneira constante e continuada sua capacidade de criar e inovar. Comunicar-se de maneira transparente sem temer as críticas. 3. Pensamento Sistêmico: pensar de modo sistêmico, buscando relações processuais entre organização e ambiente. 4. Visão Compartilhada: visão comum daquilo que pretendem criar. 5. Aprendizagem em Grupo: trabalhar em equipe de modo a partilhar experiências e conhecimentos tornando as ações mais coordenadas e inovadoras. A aprendizagem passou a ser fundamental para a sobrevivência das organizações, já que ela aumenta o conhecimento das pessoas, desenvolve habilidades, melhora o desempenho, possibilita assumir novas responsabilidades e proporciona satisfação pessoal. Senge (1990) declara que o processo de aprendizagem na organização se dá oferecendo condições concretas para que as pessoas aprendam a criar sua própria realidade, auxiliando-as a compreender o contexto em que vivem e com ele interagir por elas próprias. Drucker (1997, p. 64) aponta que “o grande aprendizado será a integração dos profissionais em várias equipes simultaneamente e só o domínio do conhecimento permite esta mobilidade”. A aprendizagem acontece na medida em que as pessoas são estimuladas e respeitadas como seres humanos e atuantes em um processo de crescimento e desenvolvimento em que aprendem e ensinam muitos conceitos que trazem de sua experiência. As pessoas necessitam desenvolver-se por si mesmas para atender o que a organização ou ambiente profissional lhe demandam. Veremos agora o conceito de Learning Organization: é uma organização aprendiz, com capacidade de inovar e se renovar continuamente. Na Organização que Aprende existe uma visão inspiradora de futuro que é compartilhada por todos os colaboradores. Nessa organização cada um se esforça ao máximo para entender e respeitar os valores, princípios, tabus, e esquemas com que os outros usam seus modelos mentais para enfrentar os desafios do dia-a-dia. Há indícios de que a visão comum e o respeito aos valores alheios elevam a autoestima e estimula o desenvolvimento da performance individual, levando cada colaborador a tentar adquirir um elevado nível de maestria pessoal. Nessa organização, indivíduos resilientes agem com a proatividade, objetividade, flexibilidade e senso de prioridade típica dos grandes mestres. 7 Com esta maestria e respeito mútuo para compartilhar uma visão inspiradora, existe muito mais chance de se formarem equipes sinérgicas que aprendam a realizar em conjunto muito mais do que a soma dos resultados em separado. - SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL. A sustentabilidade organizacional está relacionada ao crescimento da empresa a longo prazo, levando em conta a preservação do meio ambiente e da sociedade em que ela está inserida e o bem-estar das pessoas que fazem parte dela. Para que uma empresa seja considerada sustentável ambiental e socialmente, ela deve adotar atitudes éticas, práticas que visem seu crescimento econômico (sem isso ela não sobrevive), mas sem agredir o meio ambiente e também colaborar para o desenvolvimento da sociedade. A sustentabilidade organizacional se encontra alicerçada em um tripé, assim formado: Dimensão ambiental: para que uma organização seja sustentável ela precisa pensar no futuro do planeta, ou seja, deve ser ambientalmente responsável. São ações nesse sentido: cumprimento de normas externas (legislação ambiental); estabelecimento de práticas internas (exemplo: programa de economia de energia); cuidados com a água e o descarte de produtos. Dimensão social: para que uma organização seja sustentável, ela precisa pensar nas pessoas, ou seja, deve ser socialmente justa. São ações nesse sentido: projetos que incentivem o respeito à diversidade religiosa, racial, social, educacional e cultural; cumprimento das normas trabalhistas; políticas de bom atendimento. Dimensão econômica: para que um negócio seja sustentável, ele precisa pensar no lucro, ou seja, deve ser financeiramente viável. São ações nesse sentido: busca pelo crescimento e lucratividade; ser consistente e dar retorno a todos os parceiros, acionistas e/ou proprietários; ações que visam controlar e gerenciar riscos. 6 CARACTERÍSTICAS DOS SERVIÇOS: INTANGIBILIDADE, INSEPARABILIDADE, VARIABILIDADE E PERECIBILIDADE. Serviço é toda atividade ou benefício, essencialmente intangível, que uma parte pode oferecer a outra e que não resulte na posse de algum bem". (Kotler, 1995, p. 455). Fundamentalmente, podemos definir Serviços em Marketing como o conjunto de esforços e ações que otimizam uma venda com o objetivo de encantar o cliente, diferenciando a empresa da concorrência. São características dos Serviços:- Intangibilidade: não podem ser percebidos nem avaliados pelos sentidos. - Perecibilidade e Inestocabilidade: não sendo usado, estará perdido; além disso, se na da “sobra” da produção de um serviço, então nada há para se estocar. - Variabilidade: varia de cliente para cliente; além disso, um prestador de serviço nunca pode garantir que diferentes prestações apresentem sempre o mesmo resultado. - Inseparabilidade: os serviços são produzidos e consumidos simultaneamente. Um creme dental produzido hoje poderá ser consumido semanas depois, o que não ocorre com o serviço. - Participação do Cliente: o serviço deve atender à expectativa do cliente; assim é fundamental a interação entre ele e o prestador do serviço. Quanto ao nível de contato cliente-serviço, temos: - Serviços de Alto Contato: clientes visitam as instalações do serviço e permanecem lá durante a entrega do serviço; há um contato ativo entre os clientes e o pessoal do serviço. - Serviços de Baixo Contato: em geral, contato à distância por meio de canal de distribuição eletrônico ou físico; pouco ou nenhum contato com o pessoal do serviço. Essas características nos ajudam a entender melhor as diferenças entre produto e serviço. Produto, segundo prevê o Código de Defesa do Consumidor, é qualquer bem, seja ele móvel ou imóvel material ou imaterial. Serviço, por sua vez, é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração. Segundo Lovelock e Wright (2001:16), as diferenças entre Bens e Serviços não se limitam somente nos conceitos já citados. Para um melhor entendimento da distinção entre Bens e Serviços, os autores sugerem nove diferenças básicas: a) Os clientes não obtêm propriedade sobre os Serviços: segundo os autores, o fato dos clientes normalmente extraírem valor dos Serviços sem obter propriedade permanente de qualquer elemento tangível, faz com que esta característica seja, talvez, a distinção fundamental entre Bens e Serviços. Em muitos casos, os profissionais de Marketing de Serviços oferecem aos clientes a oportunidade de alugar o uso de um objeto físico, como um automóvel ou quarto de hotel. Como consumidor de Serviços, sabe-se que, embora o interesse principal esteja no produto final, o modo como o cliente é tratado durante a entrega do Serviço também pode ter um peso importante na sua satisfação; b) Os produtos dos Serviços como realizações intangíveis: Embora os Serviços muitas vezes incluam elementos tangíveis, por exemplo, ao comer uma refeição em um restaurante, a realização do Serviço é basicamente intangível. Os benefícios de se possuir e utilizar um Bem decorrem de suas características físicas, embora a imagem de marca também possa transmitir benefícios. Em Serviços, os benefícios advêm da natureza da realização. c) Há maior envolvimento dos clientes no processo de produção: A realização de um Serviço envolve a montagem e a entrega do produto de um composto de instalações físicas e trabalho físico ou mental. Frequentemente, os clientes são ativamente envolvidos no processo de produção do Serviço, seja pelo autoatendimento como sacar dinheiro em um 8 Banco 24 horas, ou pela cooperação com o pessoal de Serviços em contextos como barbearias, faculdades, hotéis ou hospitais. A tentativa de educar os clientes para torná-los mais competentes traz bons resultados para as empresas de Serviços, onde a alteração do processo de produção geralmente afeta o papel desempenhado pelos clientes. d) Outras pessoas podem fazer parte do produto: Em Serviços de alto contato, os clientes não só entram em contato com o pessoal de Serviços, mas também trombam literalmente com outros clientes, como tomar um ônibus ou metrô na hora do rush, por exemplo. Por isso, em muitos Serviços, as pessoas se tornam parte do produto. Administrar o encontro da empresa de Serviços com os clientes e tornar este momento satisfatório, é uma tarefa desafiadora. e) Há maior variabilidade nos insumos e produtos operacionais: A presença de pessoal e outros clientes no sistema operacional torna difícil unificar e controlar a variabilidade tanto nos insumos como nos produtos do Serviço. Bens manufaturados podem ser produzidos sob condições controladas, projetadas para otimizar tanto a produtividade como a qualidade, e depois analisados e conferidos com padrões de qualidade bem antes de chegarem até o cliente. Porém, quando os Serviços são consumidos à medida que são produzidos, a sua elaboração final deve acontecer sob condições de tempo real que podem variar de cliente para cliente e mesmo de uma hora para outra do dia. Desta forma, erros e falhas são mais frequentes e mais difíceis de ocultar. f) Muitos Serviços são de difícil avaliação pelos clientes: A maioria dos Bens físicos tende a ter atributos de procura elevados, como cor, estilo, forma, preço, adequação, impressão, resistência e cheiro. Outros Bens e alguns Serviços, em compensação, podem enfatizar atributos de experiência, que só podem ser percebidos após a compra ou durante o consumo, como gosto, portabilidade, facilidade de controle, tranquilidade e tratamento pessoal. Isto é, há atributos de confiança que os clientes têm dificuldade de avaliar mesmo após o consumo, como em cirurgias e reparos técnicos que não são prontamente visíveis. g) Normalmente há uma ausência de estoques: O fato de o Serviço ser uma ação ou realização, e não um artigo tangível que o cliente guarda, faz com que ele seja considerado perecível não podendo ser estocado. As necessárias instalações, equipamentos e mão-de-obra podem ser mantidas de prontidão para realizar o Serviço, porém estes elementos representam a capacidade produtiva e não o próprio Serviço. h) O fator tempo relativamente é mais importante: Muitos Serviços são entregues em tempo real. Os clientes precisam estar fisicamente presentes para receberem Serviços de organizações como companhias aéreas, hospitais, cabeleireiros e restaurantes. Existem limites para o tempo em que os clientes estarão dispostos a ficar esperando. i) Os sistemas de entrega podem envolver canais eletrônicos e físicos: Ao contrário dos fabricantes, que necessitam de canais de distribuição física para mover os produtos da fábrica até os clientes, muitas empresas de Serviço podem utilizar canais eletrônicos, como a transferência de fundos por meio eletrônico, ou combinar produção do Serviço, loja de varejo e ponto de consumo em um único local. 7 GESTÃO DA QUALIDADE EM SERVIÇOS. O conceito de qualidade se resume, segundo Garvin, em cinco pressupostos básicos: Qualidade é definida do ponto de vista do cliente; Qualidade é relacionada com custos; Qualidade é visualizada como uma arma competitiva; Qualidade é constituída desde o processo de planejamento estratégico; Qualidade requer um compromisso que abranja todos os membros da organização. Um dos modos mais importantes de uma empresa se diferenciar das outras é executando consistentemente um serviço de qualidade superior à do que seus concorrentes oferecem. (KOTLER 2006). Segundo Kotler, qualidade é a totalidade de atributos e características de um produto ou serviço que afetam a sua capacidade de satisfazer necessidades declaradas ou implícitas. Lovelock e Wirtz (2006, p.27) dizem que qualidade no serviço “é o resultado da avaliação dos clientes a partir de um julgamento baseado em algum padrão que existia antes da experiência de serviço.” As expectativas do cliente estariam baseadas, portanto nesse padrão interno para julgar a qualidade do serviço. Por isso em geral os clientes possuem uma referência do serviço esperado que desejam. Segundo Las Casas “é importante observar que os serviços possuem dois componentes de qualidades que devem ser considerados: o serviço propriamente dito e a forma como é percebido pelo cliente”. (LAS CASAS, 2000, p.23) Qualidade em serviços é a capacidade que uma experiência ou qualquer outro fator tenha para satisfazer uma necessidade, resolver um problema ou fornecerbenefícios a alguém (GRÖNROOS 2003). Em outras palavras, serviço com qualidade é aquele que tem a capacidade de proporcionar satisfação. Grönroos (2003, p.90) defende a ideia de que “a qualidade em serviços deve ser acima de tudo aquilo que os clientes percebem”. A qualidade percebida é determinada pela diferença (gaps) entre a qualidade esperada e a qualidade experimentada”. - GESTÃO DA QUALIDADE Qualidade Total é o conjunto de todas as ações ou atividades desenvolvidas numa organização para que ela atenda ou supere as expectativas do cliente. Assim, quando falamos de marketing voltado para a Gestão da Qualidade, estamos dizendo que todo o trabalho de marketing estará cooperando para um objetivo principal: a satisfação total do cliente. A partir disso, o Marketing tem 6 responsabilidades principais: 9 Identificação correta e clara das necessidades e exigências dos clientes; Comunicar essas expectativas a quem for importante saber (desenvolvedores de novos produtos, departamento de relacionamento com cliente, vendas, etc.); Assegurar que as necessidades dos clientes são atendidas, ou seja, respostas a contatos, pós venda, indicadores gerados através das pesquisas de satisfação, entre outros; Verificar se os clientes recebem instruções adequadas para utilização dos produtos entregues; Manter contato com o cliente afim de manter um relacionamento que resulte em fidelização; Buscar feedbacks de clientes que gerem melhoria contínua na organização. Dentro da Gestão da Qualidade, o Marketing trabalha diretamente para a entrega de valor e satisfação do cliente. A equipe de marketing deve ficar transtornada e reclamar da mesma maneira que o cliente reclama quando o produto ou serviço é insuficiente ou inconforme. O marketing deve ser a voz do cliente dentro da organização e deve constantemente defender a ideia de dar ao cliente a solução mais adequada atendendo, ou melhor, superando suas expectativas. Segundo Kotler, uma empresa de serviços pode tomar três providências em relação ao controle da qualidade: a primeira é investir em seleção e treinamento de pessoal; a segunda é providência é padronizar o processo de prestação de serviço por toda a organização; e a terceira é monitorar a satisfação do consumidor. - DIMENSÕES DA QUALIDADE Qualidade Técnica: que está relacionada com o resultado do processo que produz um determinado serviço. Essa dimensão se refere ao “o que” o cliente recebe e ao “o que fica” com o cliente quando o processo de produção termina; Qualidade Funcional: que está relacionada ao “como” o cliente recebe e vivencia o serviço. Os demais itens, a imagem dos prestadores de serviço consistindo em valores a ele conectados pelo cliente. - Determinantes da qualidade percebida de serviços 1.Confiabilidade/Credibilidade envolve consistência de desempenho e confiança: a empresa desempenha o serviço corretamente da primeira vez exatidão no faturamento manter registros corretamente executar o serviço no prazo estipulado 2. Capacidade de resposta/ prontidão refere-se à disposição ou presteza dos funcionários para prestar o serviço: serviço executado na hora certa envio imediato de boletos de transação retornar rapidamente telefonemas do cliente executar o serviço com presteza 3. Competência significa possuir a capacidade e os conhecimentos requeridos: conhecimento e capacidade dos empregados de contato conhecimento e capacidade de pessoal de suporte operacional capacidade de pesquisa da organização 4. Acesso envolve facilidade de acesso e facilidade de contato: o serviço é facilmente acessível por telefone o tempo de espera pela prestação do serviço não é grande horários de trabalho convenientes localização convenientes das instalações da empresa de serviços 5. Cortesia envolve polidez, respeito consideração e atitude amigável do pessoal de contato: consideração pela propriedade do consumidor aparência limpa e cuidada do pessoal de contato 6. Comunicação significa manter clientes informados em linguagens que possam entender e ouvi- los: explicar o serviço em si explicar quanto custará o serviço explicar as vantagens entre serviços e custo garantir aos consumidores que o problema será tratado 7. Credibilidade envolve confiança, confiabilidade, honestidade e realmente cuidar dos interesses do cliente: nome da empresa reputação da empresa características pessoais do pessoal de contato graus de esforço de venda envolvido nas interações 8. Segurança é estar livre de perigo, risco ou dúvida: segurança física segurança financeira confidencialidade 9. Compreender/ conhecer o cliente envolve esforçar-se para entender as necessidades do cliente: conhecer os requisitos específicos do cliente dar atenção individualizada reconhecer clientes assíduos 10. Tangíveis/visíveis inclui evidencia física do serviço: instalações físicas aparência do pessoal ferramentas ou equipamentos utilizados para prestar o serviço 10 representações físicas do serviço (cartões de visita etc.) outros clientes nas instalações de serviço Fonte: GRÖNROOS (2003. p.100) - OS 5 GAPS DA QUALIDADE Para que um serviço apresente todos os elementos da qualidade e seja sentido como excepcional pelo cliente é preciso que os 5 gaps sejam eliminados. Os gaps significam as divergências que ocorrem dentro de uma empresa e entre a empresa e o cliente, o que resulta em má qualidade na prestação do serviço. Os cinco gaps são: Gap 1: divergência entre a expectativa do cliente e o que a empresa ou o prestador do serviço entendeu como sendo a expectativa do cliente. Gap 2: divergência entre o entendimento da empresa e as especificações que elabora para atender o cliente. Gap 3: divergência entre as especificações elaboradas e o serviço gerado. Gap 4: divergência entre o serviço gerado e a comunicação externa ao cliente. Gap 5: divergência entre o serviço esperado e o serviço fornecido. Para a solução de problema da qualidade nos serviços existe um processo de três fases: Primeira fase: análise dos gaps. Segunda fase: planejamento da ação necessária para diminuir ou eliminar os gaps. Terceira fase: desdobramento das estratégias, dos processos de comunicação e direcionamento de toda a empresa, através do compromisso dos colaboradores e da liderança. - MENSURAÇÃO DA QUALIDADE EM SERVIÇOS: MODELO SERVQUAL. O SERVQUAL mede a qualidade do serviço baseando-se nas expectativas do cliente em contraponto com a percepção que esse mesmo cliente tem em relação ao serviço que recebeu. A metodologia busca saber quais fatores o cliente considera mais importantes na prestação de um serviço. Dividido em duas etapas, o método consiste em 2 entrevistas que devem ser realizadas com vários clientes, focando em 22 perguntas preestabelecidas em cada uma. Em ambas as entrevistas, o cliente deve atribuir uma pontuação relativa a qualidade dos serviços nas organizações. A pontuação pode ser estabelecida por você, mas geralmente são utilizadas notas entre 0 e 6 pontos. A primeira entrevista questiona o cliente em relação ao que ele acha ideal ou mais importante para que uma empresa realize o serviço avaliado. Já a segunda visa entender o que o cliente acha de uma empresa específica. Feitas as entrevistas, basta pegar a nota que o cliente deu a sua empresa (2ª entrevista) e subtrair a nota que ele atribuiu ao que considerava ideal (1ª entrevista), assim: AV – EX = QUAL Onde: AV: Avaliação do cliente em relação à empresa EX: Expectativa do cliente QUAL: Qualidade de serviço O resultado será o nível de qualidade do seu serviço na visão dos seus clientes. Resultados positivos significam que a qualidade está acima do esperado pelo cliente, resultados negativos significam que sua empresa está deixando a desejar naquele requisito. O método avalia o que considera serem as 5 dimensõesmais relevantes na prestação de serviços de qualidade: Confiabilidade (Reliability); Garantia (Assurance); Tangíveis (Tangibles); Empatia (Empathy); Capacidade de resposta (Responsiveness). Devido as iniciais em inglês de cada dimensão (entre parênteses), o método também ficou conhecido como RATER, que significa avaliador em inglês. Confiabilidade: avalia a capacidade da sua empresa de realizar o serviço de maneira confiável, precisa e de acordo com o que foi prometido para o cliente. Em outras palavras, significa fazer o que você prometeu quando prometeu fazer. Garantia: é a competência da sua organização em transmitir confiança e segurança para os clientes. Se seus colaboradores são altamente especializados e seu cliente não sabe disso, você está perdendo pontos nesse critério. Tangíveis: mede a qualidade dos recursos físicos necessários para a prestação do serviço, desde a infraestrutura, passando pelos equipamentos usados e a aparência dos colaboradores. Uma empresa que loca carros para noivas chegarem ao altar, por exemplo, deve ter atenção redobrada quanto aos trajes que o motorista usa e ao estado de conservação dos veículos, ou seja, seus aspectos tangíveis. Empatia: mede o quanto o atendimento ao cliente pode ser personalizado e individualizado de acordo com suas necessidades. Além disso, sua equipe deve estar sensível a entender qual a melhor maneira de tratar seu cliente, pois isso irá impactar a percepção dele em relação ao serviço prestado. Capacidade de resposta: avalia o quão rápido a sua empresa consegue prestar seu serviço e qual a sua disposição em solucionar as dúvidas do cliente. Quanto tempo você demora para responder a um cliente? Isso é um indicador para avaliar sua Capacidade de resposta. Analisar essas dimensões possibilita compreender os níveis de satisfação do cliente e os Gaps da Qualidade. 8 TÉCNICAS DE VENDAS: DA PRÉ- ABORDAGEM AO PÓS-VENDAS. A realização das vendas é a tarefa conclusiva de toda a atividade de marketing. Consiste na transferência do produto (serviço) ao consumidor (cliente). Pode ser classificada como pessoal ou impessoal. No primeiro caso 11 a venda é realizada através de um contato direto do vendedor com os possíveis compradores, seja no estabelecimento comercial ou através de visitas a domicílios. A venda chamada impessoal ocorre sem intervenção direta de vendedores. Podemos citar como exemplos o caso das máquinas de vendas de café, cigarros, refrigerantes, pela simples inserção de fichas ou dinheiro. Outro exemplo de venda impessoal são os supermercados, que adotam o sistema de auto serviço onde o próprio consumidor se serve das mercadorias que deseja adquirir ou o auto atendimento bancário. Dispomos ainda do processo de venda eletrônico utilizando o computador como recepção e canal de venda (internet). O consumidor interage diretamente no processo, desde a escolha até o meio de como pagar. E tem uma vantagem muito grande: ele pode conectar-se com qualquer fornecedor ou cliente, em qualquer parte do mundo. É sempre importante lembrar: Venda ruim, empresa péssima. Em função de vários aspectos, como a elevada concorrência, por exemplo, vender não é tarefa fácil. Assim, existe todo um esforço até que a venda se concretize. Investimento em propaganda, treinamento dos vendedores (negociadores) e administração dos produtos ou serviços oferecidos. - ETAPAS DA VENDA Kotler define a abordagem de venda orientada para o cliente como aquela em que o vendedor tem como principal objetivo solucionar problemas do cliente. O profissional de vendas aprende a levantar e interpretar as necessidades do cliente e sugerir soluções seguras de produto. Mas o autor alerta que não existe abordagem que é a melhor em todas as circunstâncias. Em cada situação de venda uma abordagem genérica deverá ser ajustada ao contexto. Mencionamos abaixo as principais etapas da abordagem de venda eficaz proposta por Kotler: Prospecção e qualificação. A primeira etapa consiste em identificar e qualificar os clientes potenciais. As empresas podem gerar indicações examinando fontes de dados (jornais, sites Web, etc.); colocando estandes em feiras setoriais; pedindo referências a clientes, fornecedores, distribuidores e banqueiros; entrando em contato com associações comerciais; engajando-se em atividades que chamem a atenção; utilizando o telefone, o e-mail e a Internet para encontrar contatos e fazendo visitas sem avisar. Em seguida, elas qualificam as indicações contatando-as por correio ou telefone para avaliar seu nível de interesse e sua capacidade financeira. Os bons clientes potenciais são direcionados à equipe de vendas de campo, ao passo que os medianos são direcionados à unidade de telemarketing para acompanhamento. Pré-abordagem. O profissional de vendas precisa obter o máximo de informações possíveis sobre a empresa para a qual está tentando vender (do que ela necessita, quem são os envolvidos na decisão de compra) e seus compradores (suas características pessoais e seu estilo de compra) consultando fontes comerciais e bancos de dados. Ele deve estabelecer os objetivos da visita: qualificar o cliente potencial, obter informações ou fazer uma venda imediata. Outra tarefa do profissional de vendas consiste em decidir o que é melhor: uma visita pessoal, um telefonema ou uma carta. Também deve ser levado em conta o melhor momento, uma vez que muitos clientes potenciais estão ocupados em determinadas horas. Para completar, o vendedor deve planejar uma estratégia geral de vendas para a conta. Abordagem. O vendedor deve decidir como se portar para manter um bom relacionamento desde o início. Ele deve considerar o uso de roupas parecidas com as que os compradores normalmente vestem, ser cortês e atencioso com o comprador e evitar maneirismos desagradáveis. Por fim, deve iniciar a reunião com uma frase positiva e, então, concentrar-se para entender as necessidades do comprador por meio de perguntas-chave e bastante atenção. Apresentação e demonstração. Em seguida, o vendedor conta a ‘história’ do produto utilizando uma abordagem de aspectos, vantagens, benefícios e valor. As empresas desenvolveram três estilos diferentes de apresentação de vendas. O mais antigo é a abordagem enlatada, uma conversa de vendas memorizada que cobre os principais pontos. Essa abordagem pressupõe que o comprador é passivo e pode ser levado à compra pelo uso de palavras, imagens e ações de estímulo corretas. A abordagem estruturada primeiramente identifica as necessidades do comprador e seu estilo de compra e, em seguida, usa uma abordagem estruturada para esse tipo de comprador. A abordagem de satisfação da necessidade começa com uma busca das reais necessidades do cliente. Conhecendo-as, o vendedor assume o papel de consultor de negócios experiente para ajudar o cliente a economizar ou ganhar mais dinheiro. Superação de objeções. Os clientes normalmente fazem objeções durante a apresentação ou quando se fala sobre o fechamento do pedido. Para lidar com essas objeções, o vendedor mantém uma abordagem positiva, pede que o comprador esclareça a objeção, questiona-o de modo que ele mesmo tenha de respondê-la, nega a validade da objeção ou transforma-a em uma razão para a compra. Lidar com as objeções e vencê-las é parte de uma ampla gama de habilidades de negociação. Fechamento. Nessa etapa, o vendedor tenta fechar a venda utilizando uma das diversas técnicas existentes. Ele pode solicitar o pedido, recapitular os pontos de concordância, oferecer ajuda para preencher o pedido, perguntar se o comprador prefere A ou B, deixar que ele faça escolhas menores, como optar pela cor ou tamanho, ou indicar o que o comprador perderá se o pedido não for efetuado naquele momento. O vendedor pode oferecer ao comprador incentivos para o fechamento da compra, como preço especial, quantidade extra ou brindes. Acompanhamento e manutenção.O acompanhamento e a manutenção são necessários para assegurar a satisfação do cliente e a continuidade dos negócios. Imediatamente após o fechamento do pedido, o vendedor deve tratar dos detalhes relacionados a data de entrega, condições de compra e outras questões importantes para o cliente. Ele deve programar uma visita de acompanhamento quando o pedido inicial for entregue ou o projeto for iniciado, para verificar se itens como o treinamento e a instalação estão adequados. O propósito dessa visita é detectar quaisquer problemas, mostrar ao comprador o interesse do vendedor e reduzir qualquer dissonância cognitiva que possa ter surgido. O vendedor deve também elaborar um plano de manutenção e crescimento para a conta. Não é mais possível imaginar alcançar os objetivos do fechamento de negócio, deixando para o momento da venda tudo o que for necessário para a sua concretização. As etapas devem ser executadas com a profundidade e a abrangência necessárias. O êxito desse processo dependerá do sucesso de cada parte. 12 Os vendedores visam alcançar seus objetivos de venda quando procuram e avaliam os clientes. Algumas empresas visam clientes com alto poder aquisitivo, capacidade de compra enquanto outras têm como prioridade reconhecimento social ou status. O Sucesso da venda começa na chegada, abordar o cliente é um passo importantíssimo, pois é o momento que você tem para conquistar ou perder a atenção do cliente. Uma abordagem bem feita é parte de uma venda fechada. A aparência é muito importante, ela poderá ser determinante para contatos seguintes, mas além disso, outros requisitos são necessários. A apresentação de vendas deve ser adequada conforme o tipo do produto. Há várias formas de apresentação que são do tipo: memorizada, fórmula de vendas e satisfação de necessidades. A apresentação segue certas orientações: a demonstração deve ser simples e de fácil entendimento, evitar aspectos que possam distrair a atenção dos clientes, o vendedor deve obter deste um compromisso através de respostas positivas. Durante a apresentação ocorrem várias objeções; é quase impossível de elas não ocorrerem. A não ser em casos de extrema necessidade reconhecida pelo consumidor, o vendedor encontra de uma forma ou de outra, objeções no início da entrevista, na metade da apresentação ou mesmo na ocasião do “fechamento” de uma venda. O cliente apresenta objeções por uma série de razões. O cliente pode não estar muito disposto a atender alguém naquele dia, ou pode simplesmente estar tentando livrar-se do vendedor, ele também pode não perceber a necessidade do serviço ou produto a ser apresentado, não ter dinheiro para compra ou até mesmo negar pelo simples hábito de dizer não. É recomendável que as respostas para as possíveis objeções sejam preparadas com antecedência, através de experiências passadas. Pois assim é possível preparar-se antecipadamente diminuindo o número de respostas inadequadas a muitas delas. Mas se o vendedor não for um “fechador” competente, ele não será um bom vendedor, mesmo que tenha sido bom em todas as outras etapas anteriores. Por isso o vendedor deve ser treinado em técnicas específicas de “fechamento”. É interessante ao tentar o “fechamento”, antes de fazer a solicitação, sejam resumidos os principais pontos da apresentação, para que assim sejam esclarecidas duvidas que possam ter deixado o cliente um pouco confuso a respeito das vantagens e benefícios do produto. Os métodos mais utilizados para o “fechamento” são: ▪ Direto: a forma mais direta de “fechar” uma venda é fazer a solicitação diretamente ao cliente, sem rodeios; ▪ Formação de barreiras: ao formular várias perguntas induzindo o cliente a responder “sim” a todas elas, o vendedor cria certas barreiras psicológicas, não existindo aparente motivo para recusar a oferta, no momento do “fechamento”; ▪ Ofertas especiais: ofertas que motivam a compra de imediato incluem colocações do tipo “compre hoje e faça o melhor negócio, não deixe para amanhã”. Finalizando, temos o Pós venda que é um conjunto de atividades de marketing realizadas após a venda do produto ou a prestação do serviço e que abrangem pesquisas de satisfação, serviços de manutenção, promoções especiais e outras formas de atendimento, tendo por objetivo a fidelização do cliente. 9 NOÇÕES DE MARKETING DIGITAL: GERAÇÃO DE LEADS; TÉCNICA DE COPYWRITING; GATILHOS MENTAIS; INBOUND MARKETING. - MARKETING DIGITAL Como o próprio nome já sugere, Marketing Digital é o marketing realizado em ambiente digital. Ele usa ferramentas como redes sociais, e-mail marketing e sites. O ambiente web permite que as empresas se aproximem mais de seus públicos, mas elas precisam saber se comunicar da forma correta. O marketing digital proporciona à organização: entender melhor seu público; conquistar mais clientes; receber feedbacks; melhorar o relacionamento com os clientes; fidelizar os consumidores; educar o mercado; aumentar o conhecimento de marca da empresa; gerar leads; gerar oportunidades de venda; reforçar os diferenciais competitivos; aumentar a rentabilidade da empresa. - GERAÇÃO DE LEADS Lead significa potencial cliente. É uma das aplicações como maior potencial de crescimento, inclusive no Brasil. Consiste numa série de ações que buscam gerar nomes qualificados para revendedores e força de vendas. "Nome qualificado" significa que o prospect (potencial comprador) respondeu a comunicação e que está interessado no produto ou na informação que foi disponibilizada na campanha. O fator chave de sucesso é a estratégia de comunicação, que irá veicular a mensagem certa, pela mídia mais pertinente, disponibilizando o meio de resposta mais adequado para atingir o target(alvo) objetivado, e assim obter a maior taxa de resposta possível. O fator decisivo é a capacidade do banco de dados, de primeiramente segmentar com precisão o mercado, e depois mensurar os resultados, proporcionando uma forma de comparar e acompanhar o custo por nome gerado, a taxa de conversão, e o custo total por unidade vendida, bem como o número gerado de nomes por mídia, por tipo de oferta, por tipo de mensagem publicitária etc. - TÉCNICA DE COPYWRITING Copywriting é uma estratégia de produção de conteúdo focada em convencer o leitor a realizar uma ação específica. O copywriter deve escrever o “copy” (texto) pensando em seu caráter persuasivo, utilizando gatilhos para despertar interesse no leitor, com objetivo de gerar conversões e vendas. 13 https://www.organicadigital.com/blog/o-que-uma-consultoria-de-marketing-digital-pode-fazer-pela-sua-empresa/ https://www.organicadigital.com/blog/o-que-uma-consultoria-de-marketing-digital-pode-fazer-pela-sua-empresa/ https://www.voitto.com.br/blog/artigo/performance-de-email-marketing?utm_source=parceria&utm_medium=Blog&utm_campaign=linkbuilding&utm_content=organica%20digital https://www.ideianoar.com.br/como-planejar-a-rentabilidade-de-um-marketplace-de-nicho/ São exemplos de copywriting usados em campanhas: O uso de frases curtas e concisas com um impacto poderoso para promover a legibilidade. A adição de detalhes técnicos essenciais para aumentar a credibilidade Contar uma história fascinante e convincente que impulsione o envolvimento do cliente. - GATILHOS MENTAIS São estímulos psicológicos utilizados pelo marketing para acender a necessidade de ação em quem recebe a mensagem. É, como o nome indica, algo que impacta a mente do receptor de tal forma que desperta a sua reação. Assim, os gatilhos mentais facilitam a tomada de decisões mais importantes de forma automática. No Marketing Digital, esses gatilhos são usados nas técnicas de persuasão. Como eles estão diretamente relacionados às emoções dos consumidores, fica mais fácil conquistar as pessoas São exemplos de gatilhos mentais: 1. Gatilho da reciprocidade Aquela frase que diz “gentileza gera gentileza”é a base do Inbound Marketing. Isso acontece graças à nossa tendência natural de querer recompensar uma pessoa que nos gera valor de forma espontânea. No marketing, é preciso adotar a máxima “é dando que se recebe” e, primeiro, oferecer algo para, só depois, esperar ter algum lucro, não o contrário. Ex.: oferecer um brinde ao cliente quando ele fizer sua primeira compra. 2. Gatilho da autoridade É preciso se posicionar como autoridade no nicho de mercado em que a empresa atua para conquistar a confiança do público alvo. Isso significa colocar a credibilidade “em jogo”. Ex.: Vamos supor que uma empresa venda aparelhos auditivos. Ter um fonoaudiólogo renomado na campanha, comprovando a qualidade do produto é um gatilho de autoridade. 3. Gatilho da prova social Uma grande estratégia para conseguir vender mais é mostrar ao público-alvo outras pessoas utilizando o seu produto ou serviço. Um exemplo é disponibilizar depoimentos no site da empresa para mostrar que ela é de confiança e que muitas pessoas estão utilizando seus produtos e serviços. 4. Gatilho da novidade Para manter o interesse do público, é necessário que a empresa anuncie novidades de tempos em tempos. No marketing de conteúdo, por exemplo, deve-se lançar sempre posts falando sobre novidades e curiosidades e além disso, produzir materiais que ajudem o público a se manter atualizado. 5. Gatilho da escassez e da urgência através desse gatilho, podemos ativar um sentimento de risco no público, como se ele estivesse prestes a perder uma grande oportunidade e ninguém quer que isso aconteça. Assim, o cliente não vai querer adiar a compra. Ex.: Sempre deixe claro, nas promoções, que os preços e condições de pagamento só estarão disponíveis durante um curto período ou até enquanto durar o estoque. 6. Gatilho da segurança Quando você compra um produto, um dos fatores que lhe influenciam a optar por uma marca é a segurança que, tanto o vendedor quanto o produto transmitem. Ex.: usar frases do tipo: X pessoas usaram e aprovaram o produto. 7. Gatilho da razão Ao oferecer um produto ou serviço, o potencial cliente é mais facilmente convencido quando você lhe apresenta os motivos pelos quais ele deve realizar a compra. Caso ele tenha objeções, é necessário que elas sejam rebatidas. Ex.: No marketing de conteúdo, usar um tom de notícia, expressões taxativas e palavras que passem uma ideia de credibilidade: “Especialistas descobriram que (…)” 8. Gatilho da afinidade É fato que gostamos de comprar produtos de empresas com as quais nos identificamos. É por essa razão que você deve conhecer bem o seu público-alvo e definir uma buyer persona (pessoa compradora). O storytelling (narrativa) é a estratégia utilizada pelo marketing para contar histórias interessantes com o intuito de envolver o consumidor. Ex.: “Assim como você, eu já sofri com esse problema.” 9. Gatilho da curiosidade O gatilho da ansiedade é facilmente disparado quando damos uma informação incompleta e que precisa de mais elementos para ser compreendida. Ex.: Usar uma frase suscitando o que vai ocorrer. - INBOUND MARKETING Ele funciona como um conjunto de estratégias de Marketing, de modo que o potencial cliente (lead) encontre a empresa através dos mecanismos de pesquisa, ao invés da empresa ir de encontro ao seu público. Seu objetivo é atrair o potencial cliente através de um site ou blog com conteúdo relevante, e convertê- lo devido ao relacionamento criado e pelo grau de autoridade de conhecimento sobre determinado assunto. O Inbound Marketing, de maneira mais aplicada, pode auxiliar a empresa a aumentar o alcance do seu negócio, atrair público sem limitação geográfica, estabelecer um relacionamento com o cliente, otimizar processos de vendas e diminuir o custo de aquisição dos seus clientes. São etapas do Inbound Marketing Atrair Sem a produção de conteúdo relevante, não será possível atrair leads de maneira assertiva. Ou seja, é através do conteúdo de qualidade que você poderá transmitir autoridade sobre o assunto e convencer que a sua empresa pode solucionar o problema do seu potencial cliente. Além disso, é preciso que o seu blog possua uma boa otimização de SEO. Dessa forma, sua audiência te encontra facilmente na primeira página de busca orgânica do Google. 14 https://blog.ingagedigital.com.br/diferenca-entre-inbound-e-outbound-marketing/ https://blog.ingagedigital.com.br/entenda-a-importancia-do-marketing-pessoal-para-a-carreira/ https://blog.ingagedigital.com.br/como-ser-um-bom-vendedor/ Outro modo de atrair leads, é através de anúncios pagos como por exemplo, na compra de palavras-chaves do Google AdWords. Ademais, as redes sociais também são canais de atração eficientes, pois é possível identificar o perfil e interesse dos usuários para traçar estratégias. Converter Na etapa de conversão, o visitante torna-se um lead. Para que isso aconteça, ocorre uma troca de recompensas, de modo que ao oferecer um conteúdo rico para o usuário, ele forneça informações. Sendo assim, pode-se utilizar as Landing Pages, ou seja, páginas de conversão que possuem um formulário para retirar algumas informações relevantes para traçar a abordagem de vendas futuramente. De outro modo, também é possível converter os visitantes em leads através dos call-to-actions (CTAs) que são botões que identificam conversões, como por exemplo, se o usuário baixou algum material. Relacionar A base de leads nem sempre estará no momento ideal para a compra devido a inúmeros fatores. Apenas 3% dos visitantes estão buscando por uma solução através da compra do que está sendo ofertado. Diante disso, é essencial criar um relacionamento com o lead para que a empresa não caia no esquecimento. Uma das estratégias bastante utilizadas são as campanhas de Email Marketing. Assim, com e- mails promocionais e newsletter para que o seu lead continue ativo recebendo ofertas e conteúdos relevantes. Vender As etapas anteriores servem como base para gerar oportunidades de negócio e nutrir o lead de maneira que ele esteja no momento ideal da compra. Para identificar essas oportunidades, é possível utilizar o Lead Scoring. Logo, essa ferramenta, atribui uma pontuação para todos os leads usando critérios que os qualificam de acordo com o seu perfil e interesse. Analisar A última etapa do Inbound Marketing trata-se de analisar todas as taxas de conversão do funil de vendas para monitorar todas as ações. Com isso, é possível promover otimizações ou mudança de estratégia. Logo, ao controlar esses indicadores, será possível medir a efetividade do Inbound Marketing. 10 ÉTICA E CONDUTA PROFISSIONAL EM VENDAS No passado, dizia-se que um bom vendedor conseguiria até mesmo vender pente a uma pessoa careca. O tempo passou e esse conceito mudou. Atualmente, a conduta profissional em vendas baseada em um comportamento ético não contempla a máxima de que vale tudo para vender. E, mais do que falar a verdade, é preciso reconhecer que há uma linha tênue entre persuasão e manipulação. Um cliente até aceita ser persuadido a comprar, mas não aceitará ter sido manipulado. Vender é muito mais do que conseguir um “sim” do cliente. Uma venda bem feita é aquela capaz de convencer o cliente de que ele realmente está tomando a decisão certa. De que seu produto ou serviço fazem de fato sentido para a necessidade dele. E que ninguém está ali simplesmente para tomar o dinheiro dele. Vivemos a Era do Cliente e isso obrigou o vendedor a atuar muito mais como um consultor do que qualquer outra coisa, sempre sendo didático e satisfazendo as necessidades do cliente em potencial. A ética é princípio e permanente, atemporal. Algo diferente da moral, que são aspectos de condutas específicas e, de certo modo, temporal. Assim, atuar com ética é perseguir a todo momento o objetivo de superar as necessidades e expectativas do cliente. É entender que mais importante do que vender