Prévia do material em texto
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ CAMPUS LONDRINA Aluno: Aurélio Soares Rodrigues Disciplina: Sociologia da religião Data: 26/03/2022 Teses p. 91-121 Para Durkheim, religião e sociedade são indissociáveis. A religião é uma maneira substancialmente humana de interpretar o mundo em que está imerso e a sociedade a qual pertence e em contrapartida, a sociedade se acopla a religião para ambas darem conta de tudo aquilo que é mais essencial ao ser humano, seu “núcleo duro”, ou seja, fornecer respostas às suas inquietações, explicar a cosmologia, oferecer uma fonte de sabedoria. Por isso a moralidade religiosa e a sociedade têm um vínculo muito estreito, o maior exemplo disso é a família e as relações interfamiliares e intrafamiliares, que são fomentadas por certas religiões e só podem ocorrer dentro da sociedade. Durkheim tem, portanto, um trabalho que busca entender as origens dos sentimentos religiosos muito mais do que criticar as “irracionalidades” dos mitos e das religiões. Weber entende que a religião é uma fonte de maneiras de entender o mundo, no entanto, ela também regula o comportamento e a conduta no âmbito social. Para ele, a religião é um pilar fundamental para a construção do ocidente racionalista tal como ele o vê, ou seja, a religião está na vanguarda desse processo de racionalização que ocorre no ocidente. Nós podemos perceber claramente a correlação direta entre religião e sociedade e os perigos gerados quando o discurso religioso é tensionado por certas ideologias, por vezes até contrarias aos princípios morais da religião utilizada, no intuito de obter mais poder, cargos etc. Exemplo claro disso ocorreu no Brasil: “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos.”. Como podemos compreender esses fenômenos partindo das teorias de Durkheim e Weber?