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freud sociologia da religião resumo

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ 
CAMPUS LONDRINA 
Aluno: Aurélio Soares Rodrigues 
Disciplina: Sociologia da religião 
Data: 02/04/2022 
Teses p. 121- 141 
Para Freud, a religião esta estreitamente ligada ao complexo de Édipo, ou 
seja, ao odio e respeito pela figura do mesmo sexo e atração pela figura do sexo 
oposto, no que diz respeito aos seus genitores. A religião, portanto, em seu 
princípio nasce do medo e da necessidade de ordem e de repressão de certos 
impulsos e em seguida se associa então ao Édipo, onde Deus é simbolicamente 
o pai, que causa medo, premia ou pune. Em Totem e Tabu, Freud se dedica a 
expor como as práticas religiosas de tribos primitivas estão imersas nessa 
dinâmica, a fim de expor como o complexo de Édipo precede o próprio totem, ou 
seja, o simbolismo daquilo que é sagrado ou do que é tabu, ou proibido. Ele 
demonstra como o totem, é nada mais que a figura do pai, o qual não se pode 
matar e também se relacionar sexualmente com aquela mulher que o pertence, 
justificando assim as leis de não matar e não se relacionar com aqueles do 
mesmo totem que o seu, ou seja, da mesma família. Portanto, a religião serve 
como uma força que suprime o imenso medo que o ser humano tem da natureza, 
da morte, do mal e também como uma forma de reprimir pulsões de morte, na 
tensão entre eros e thanatos, instinto de vida e instinto de morte. A religião 
defende a vida por meio seu sistema moral, que reprime os desejos e estabelece 
um parâmetro daquilo que é aceitável e do que é reprovável, mesmo que os 
religiosos sejam aqueles que também descumprem essas normas. 
 
 
A partir da perspetiva freudiana, qual valor moral tem as boas ações 
propostas pelo sistema religoso se no fundo tudo está determinado pelo 
medo e pela tensão entre os instintos de vida e morte?