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ANÁLISE AMBIENTAL E GESTÃO DE RESÍDUOS AULA 1 Profª Adriana Helfenberger Coleto Assis 2 CONVERSA INICIAL Introdução à gestão de resíduos A agressão ambiental está descontrolada e os danos por ela gerados já são irreversíveis. É necessário seguir procedimentos que protejam o meio ambiente e promovam a sua sustentabilidade, para frear os impactos desses ataques e reduzir o desequilíbrio ambiental. É preciso ainda que haja uma interação harmônica entre o meio físico, o biológico e o socioeconômico, que precisam estar alinhados para garantia da prosperidade de uma nação, preservando o meio ambiente. Para isso, é importante saber escolher a matéria- prima adequada, conseguir substituir materiais ambientalmente prejudiciais, minimizar erros e reprocessos, bem como diminuir o consumo de insumos e combustíveis, a fim de possibilitar uma produção sustentável. TEMA 1 – ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS O meio ambiente configura uma interação entre o meio físico (ar, água e solo), o meio biológico (fauna e flora) e o meio socioeconômico (atividades antrópicas), conforme a Figura 1 a seguir. Figura 1 – Interações no meio ambiente Fonte: Coleto, 2021. Meio ambiente Meio biológico Meio socioeconômicoMeio físico 3 A harmonia entre esses meios garante a qualidade da integração e da interação do conjunto que forma o meio ambiente. Toda vez que reciclamos resíduos sólidos, tratamos os efluentes, resguardamos o patrimônio histórico e arqueológico, defendemos os animais e as florestas estamos agindo para que o equilíbrio ambiental seja atingido. Toda organização apresenta aspectos produtivos que podem causar modificações no meio ambiente, em função do que consome, gera ou emite no desenvolver de suas atividades. Por isso, saber como administrar os insumos, as matérias-primas, os combustíveis, os resíduos gerados e os produtos fabricados são uma forma ambientalmente correta de uma organização produzir. Na Figura 2, é possível verificar as atividades existentes em uma organização e perceber que cada uma é responsável por diferentes impactos ambientais quantitativos e/ou qualitativos de emissões atmosféricas, de geração de resíduos sólidos, de despejo de efluentes líquidos, do uso de energia, de matérias-primas e de insumos. Figura 2 – Os setores de uma organização Fonte: Coleto, 2021. O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), por meio da Resolução n. 1/1986, conceitua impacto ambiental como sendo qualquer alteração das propriedades químicas, físicas e biológicas do meio ambiente (Brasil, 1986). Esse impacto pode ser causado por qualquer forma de energia ou matéria resultante de atividade humana que gere comprometimento direto ou Organização Refeitório Processo produtivo Logística ManutençãoAdministrativo Almoxarifado Inspeção http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.html 4 indireto: da saúde, da segurança e do bem-estar da população; das atividades sociais e econômicas; das condições estéticas e sanitárias; da biota e da qualidade dos recursos ambientais. Podemos afirmar que aspecto ambiental é a causa e impacto ambiental é o efeito causado. Vejamos exemplos relacionados ao aspecto ambiental e ao impacto gerado, no Quadro 1. Quadro 1 – Relações entre aspecto ambiental e impacto causado Aspecto ambiental Impacto ambiental Captação de água em ribeirão próximo à organização Esgotamento de recursos hídricos Despejo de efluente líquido Alteração da qualidade do corpo receptor Uso de carvão como combustível Alteração da qualidade do ar Corte da mata ciliar Assoreamento e extinção de rios Lixões Contaminação do solo por chorume Desmatamento Ameaça à biodiversidade animal e vegetal Queima de entulho a céu aberto Alteração da qualidade do ar Fonte: Coleto, 2021. A defesa do meio ambiente representa parte essencial do conceito de desenvolvimento. Por isso, é necessário que as organizações desenvolvam processos, estratégias e atitudes ambientalmente corretas, economicamente viáveis, socialmente justas e culturalmente diversificadas para garantirem a sobrevivência dos recursos naturais, ao mesmo tempo que possibilitem aos seres humanos e à sociedade elaborarem soluções sustentáveis de desenvolvimento. O monitoramento dos aspectos ambientais de cada atividade de uma organização é essencial para o controle dos impactos ambientais proporcionados por ela e para o desenvolvimento de estratégias de melhoria contínua. TEMA 2 – ORIGEM DOS RESÍDUOS Os conceitos atribuídos ao lixo e aos resíduos apresentam-se bastante específicos. O primeiro representa tudo o que não pode ser reaproveitado ou reciclado, enquanto o segundo se relaciona às substâncias provenientes da 5 atividade humana que podem provocar efeitos consideráveis ao homem e ao meio ambiente, mas que, se reutilizadas, parcial ou totalmente, geram economia dos recursos naturais e novas possibilidades econômicas. Na norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT NBR 10004:2004, há uma classificação geral dos resíduos. Eles são conceituados como “[...] materiais no estado sólido ou semissólido que resultam de atividades de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e varrições” (ABNT, 2004a). A classificação dos resíduos facilita o seu gerenciamento estratégico, sendo realizada com base nas suas características e propriedades identificáveis, basicamente de acordo com suas origens e graus de periculosidade. A origem do resíduo é um fator importante nessa caracterização uma vez que possibilita a identificação do responsável direto pelo seu gerenciamento e direciona quais parâmetros normativos devem ser seguidos quando do acondicionamento e correto destino de um resíduo. A Lei n. 12.305/2010 estabelece que os resíduos sejam classificados, quanto à origem, em domiciliares, comerciais, públicos, industriais, de serviços hospitalares e de saúde, de serviços de transportes, agrossilvopastoris, da construção civil e de mineração (Brasil, 2010). A logística permite que se tenha um sistema de responsabilidade compartilhada para o correto destino de resíduos sólidos, pela qual governos, empresas e consumidores passam a ser responsáveis pela segregação, descarte e destino adequado dos resíduos. A ideia é prover um sistema sustentável com base em economia nos processos produtivos das empresas, uma vez que esses resíduos voltam para cadeia produtiva, diminuindo o consumo de matérias-primas e insumos. Provenientes das atividades diárias em residências, os resíduos de origem domiciliar são constituídos por restos de alimentos (também conhecidos por lixo orgânico), jornais e revistas, embalagens poliméricas, papel higiênico, fraldas descartáveis, pilhas, solventes, baterias e diversos outros itens. Esses materiais devem seguir as políticas públicas de coleta e segregação de resíduos e, por fim, serem destinados a aterros sanitários devidamente controlados. Vale ressaltar a necessidade do estímulo à logística reversa, não apenas pelo seu potencial associado à reciclagem, mas também em virtude do consumo e geração considerável de resíduos perigosos, como pilhas, baterias, lâmpadas e materiais contaminados que, se não separados adequadamente, são 6 destinados como resíduos domiciliares e comprometem o tempo de vida útil dos aterros sanitários, assim como proporcionam contaminação do líquido (chorume) ali gerado. Conforme a Lei n. 12.305/2010, os resíduos de origem comercial e de prestadores de serviço são compostos por papel, papelões, polímeros, madeira, metais e materiais provenientes das atividades de asseio dos funcionários (Brasil, 2010). Eles podem conter produtos perigosos ao meio ambiente e nocivos à saúde humana, equivalentes aos encontrados no lixo de origem doméstica. Também são representados por resíduosnão perigosos que, quando não reciclados, são destinados a aterros sanitários convencionais. Os resíduos originados nos serviços de limpeza urbana, varrição de ruas, galerias, praias, podas de árvores, limpezas de terrenos e córregos apresentam baixo potencial de poluição. Esses resíduos não apresentam problema quanto a sua composição, mas, na maioria dos casos, compreendem volumes elevados e também são destinados a usinas de compostagem ou aterros sanitários urbanos. Os resíduos de origem agrossilvopastoril são oriundos das atividades agrícola, pecuária e silvícola. Eles apresentam grande volume e características específicas vinculadas às embalagens poliméricas usadas no acondicionamento de sementes, adubos, agrotóxicos, produtos veterinários e fitossanitários, a medicamentos veterinários vencidos, óleos e lubrificantes de maquinários agrícolas, além de a materiais orgânicos originados nas sobras de biomassa das colheitas e das criações de animais em confinamento. A falta de conscientização com relação ao manuseio adequado desses materiais faz com que sejam misturados aos resíduos comuns dispostos nos vazadouros municipais. Em uma realidade piorada, muitas vezes são queimados nas próprias propriedades rurais, gerando gases tóxicos (dioxinas e furanos). Vale ressaltar que a Resolução do Conama n. 316/2002 estabelece regras para o sistema de tratamento térmico de resíduos, a fim de minimizar os impactos associados à geração de dioxinas e furanos (Brasil, 2002b). As embalagens de agrotóxico devem ser criteriosamente descontaminadas, longe dos aquíferos e incineradas ou depositadas em aterros industriais. O volume associado ao resíduo de origem agrossilvopastoril é bastante significativo: estamos falando de toneladas de resíduos produzidos diariamente, sendo, nesse caso, imprescindível o desenvolvimento de tecnologias limpas de conversão 7 desses resíduos. Um exemplo muito interessante está associado ao estrume gerado na criação de porcos em confinamento, o qual representa um considerável passivo ambiental, mas que, quando tratado adequadamente, pode gerar energia elétrica e biofertilizantes, que por sua vez podem ser reutilizados na própria propriedade rural que originou o estrume. Os serviços hospitalares e de saúde, por sua vez, podem conter resíduos de origem patogênica oriundos de hospitais, clínicas, farmácias, postos de saúde, consultórios médicos e dentários, compostos por seringas, agulhas, algodões, luvas, sangue coagulado, gazes, bandagens, meios de cultura, remédios com prazos de validade vencidos, restos orgânicos, radiografias, resinas e outros materiais potencialmente contaminantes, que não devem ser destinados a aterros sanitários. Alguns hospitais possuem câmara crematória; outros, fornos de micro-ondas e, em alguns municípios, são adotadas valas sépticas apropriadas para o descarte controlado desses resíduos, conforme normas técnicas e legislação vigentes – Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) n. 306/2004 e Resolução do Conama n. 358/2005 (Brasil, 2004, 2005). Os produtos assépticos gerados em serviços hospitalares e de saúde, como papéis, restos de alimentos, resíduos de limpeza e outros que não tenham contato direto com pacientes, são considerados como resíduos domiciliares. Além desses, os serviços de saúde podem gerar resíduos radioativos, que emitem radiações acima dos limites permitidos pelas normas ambientais. No Brasil, o manuseio, o acondicionamento e a disposição final do lixo radioativo ficam a cargo da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnem). Vale recordar o acidente ocorrido em Goiânia em setembro de 1987, quando o desmembramento, por catadores de papel, de uma cápsula de césio- 137 oriundo de um aparelho de radioterapia resultou no maior desastre radiológico do Brasil, com inúmeras mortes e dezenas de pessoas contaminadas por aquele elemento químico. O resíduo em questão possuía aproximadamente 3 cm de comprimento e 90 g de peso. Até então, os envolvidos desconheciam a sua periculosidade, e distribuíram partes e porções do pó azul brilhante aos conhecidos. Os resíduos gerados em portos, aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários podem conter elementos contaminantes manipulados pelos viajantes de outros países, regiões ou cidades. Constituídos principalmente por restos de 8 alimentos e embalagens, materiais de higiene e asseio pessoal, eles necessitam de gerenciamento semelhante aos resíduos dos serviços hospitalares e de saúde. Quando analisamos os processos industriais, é perceptível que eles geram uma quantidade considerável de contaminantes provenientes de diversas indústrias de transformação. Logo, as atividades industriais são as principais produtoras de resíduos perigosos, e sua gestão requer planejamento detalhado, investimento financeiro e técnico apropriado. Por se tratarem de resíduos com características específicas, devem ser segregados individualmente, conforme designação adotada pela ABNT NBR 10004:2004, que classifica os resíduos industriais em duas categorias: classe I (perigosos) e classe II (não perigosos) (ABNT, 2004a). A maioria das organizações desenvolve programas de gerenciamento de resíduos, trabalhando estrategicamente com as melhores opções de destino, que vão da reciclagem à recuperação energética. Os resíduos oriundos da construção civil, decorrentes de obras de expansão urbana de empresas públicas e privadas, são, em sua grande maioria, constituídos por materiais inertes e reaproveitáveis (areia, cal, cimento e argila), podendo apresentar elementos tóxicos como tintas e solventes; e com uma parte associada a resíduos recicláveis como polímeros diversos (tubos e conexões de redes hidráulicas e elétricas), papel, papelão e madeiras. Por determinação legal (Brasil, 2010), todos os resíduos oriundos da construção civil que não forem reciclados ou reutilizados devem ser depositados em aterros sanitários. Vale enfatizar que o volume desses resíduos também é significativo, o que compromete o tempo de vida útil dos aterros sanitários. Portanto, investir em tecnologias de reaproveitamento é muito importante. Os resíduos oriundos de demolição podem ser britados, classificados e utilizados como materiais de enchimento para aterramento, pavimentos rodoviários, produção de calçadas, entre outros empregos. O Brasil produz substâncias minerais não energéticas que apresentam características específicas que dependem do processo, do minério e da localização da jazida em relação à superfície. Grandes volumes e massas desses materiais são extraídos e movimentados, gerando basicamente dois tipos principais de resíduos sólidos: os estéreis e os rejeitos. Os estéreis estão associados aos materiais escavados, não apresentam valor econômico e ficam geralmente dispostos a céu aberto. Já os resíduos resultantes do processo de 9 beneficiamento são denominados rejeitos, devendo ser acondicionados e tratados em conformidade com as normas técnicas vigentes no país. É difícil mensurar o volume de resíduos sólidos originados nas atividades de mineração em função da complexidade e da diversidade das operações tecnológicas utilizadas. Essas variações estão associadas às características específicas dos minérios. O ferro, por exemplo, é um dos elementos mais abundantes na crosta terrestre, sempre encontrado na forma de minério, nunca isolado. Os seus principais representantes são: hematita (Fe2O3), magnetita (Fe3O4), siderita (FeCO3), limonita (Fe2O3.H2O) e pirita (FeS2), cada qual com uma porcentagem específica de ferro, que por isso deve ser transformado de forma distinta. TEMA 3 – COLETA SELETIVA O serviço de limpeza urbana foi oficialmente iniciado no Brasil em 25 de novembro de 1880, na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil. Nessa ocasião, em decorrênciado Decreto n. 3.024/1880, assinado pelo então imperador, foi aprovado o contrato de limpeza e irrigação da cidade (Brasil, 1880). Muito tempo se passou, até que, na Eco-92 (1992), foi estabelecido um compromisso cooperativo, entre os países para o estudo de soluções para os problemas socioambientais, o qual englobava a importância da coleta seletiva. Mas foi somente em 1997, com base na mesma Agenda 21, que a coleta seletiva foi efetivamente colocada em prática no país, com o propósito de firmar compromissos da sociedade brasileira com o desenvolvimento sustentável. O correto manejo ambiental dos resíduos gerados vai além do seu simples depósito ou reaproveitamento. Ele contempla mudanças no processo produtivo e no consumo, bem como a maximização da reciclagem e o reaproveitamento de materiais, fortalecendo e ampliando os sistemas nacionais de segregação dos resíduos. Maximizar o reaproveitamento e a reciclagem dos resíduos fortalece e amplia os sistemas nacionais de reutilização e reciclagem de resíduos. Difundir informações técnicas e instrumentos de política adequados, que estimulem a se operacionalizar os sistemas de reutilização e reciclagem, é o grande objetivo a ser alcançado. Dessa forma, a prática da coleta seletiva deve ser alicerçada na educação, uma vez que, com base nela, é possível construir valores sociais, 10 conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação ambiental. A responsabilidade de cada segmento da sociedade com relação à coleta seletiva está fundamentada na Lei n. 9.795/1999, a qual dispõe sobre a política ambiental e institui a política de educação ambiental (Brasil, 1999). Cada setor da sociedade precisa desenvolver suas obrigações de forma coerente, a fim de alcançar os objetivos estabelecidos pela lei, os quais estão dispostos no Quadro 2. Quadro 2 – Setores sociais e suas obrigações com relação à coleta seletiva Setor Obrigações Poder Público Estabelecer políticas públicas de acordo com a Constituição Federal (art. 205 e 225), que promovam a educação ambiental em todos os níveis de ensino e engajamento da sociedade na conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente (Brasil, 1988). Instituições de ensino Promover a educação ambiental de maneira integrada aos programas educacionais. Órgãos integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) Promover ações de educação ambiental integradas aos programas de conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente. Meios de comunicação de massa Colaborar ativa e permanentemente com a disseminação de informações e práticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensão ambiental em sua programação. Empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas Promover capacitação dos colaboradores, para melhoria e controle efetivo sobre o ambiente de trabalho e suas repercussões no meio. Sociedade Suportar a formação de valores, atitudes e habilidades que propiciem prevenção, identificação e solução de problemas ambientais. Fonte: Elaborado com base em Brasil, 1999. A participação do gerador do resíduo na coleta seletiva é essencial para o sucesso do gerenciamento de resíduos, pois possibilita o recolhimento dos materiais recicláveis diretamente da fonte, havendo apenas a necessidade de uma segregação prévia desses resíduos. Outro fator importante é a participação do serviço de limpeza pública do município, das indústrias fabricantes de embalagem e das indústrias recicladoras, que deverão estar integradas ao projeto. O programa de coleta seletiva deve ser parte de um sistema amplo de gestão de resíduos sólidos regular, com estabelecimento de uma triagem e um destino final sustentavelmente adequado aos resíduos. 11 A responsabilidade para com o meio ambiente deve estar clara para as organizações, pois são elas as fabricantes de volumes consideráveis de resíduos sólidos. Elas devem compreender a necessidade de se reduzir o crescente impacto ambiental associado à extração, geração, beneficiamento, transporte, tratamento e destinação final de matérias-primas, que ocasionam o aumento de lixões e aterros sanitários. A Resolução do Conama n. 275/2001 estabelece um código de cores para os diferentes tipos de resíduos e incentiva a reciclagem como ferramenta para alcançar a sustentabilidade e a redução do consumo de recursos naturais não renováveis, matérias-primas, energia e água (Brasil, 2001). Programas de coleta seletiva são mantidos por Administração Pública nos níveis federal, estadual e municipal, conforme as cores padronizadas pelo Conama e descritas no Quadro 3. Quadro 3 – Padrão de cores conforme o Conama Cor Resíduo Azul Papel/papelão Vermelho Plástico Verde Vidro Amarelo Metal Preto Madeira Laranja Resíduos perigosos Branco Resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde Roxo Resíduos radioativos Marrom Resíduos orgânicos Cinza Resíduos gerais não recicláveis, misturados ou contaminados, não passíveis de separação Fonte: Elaborado com base em Brasil, 2001. O objetivo do padrão de cores estabelecido pela Resolução do Conama n. 275/2001 (Brasil, 2001) é facilitar o depósito e tratamento dos resíduos gerados, com o objetivo de ampliar o alcance dos serviços que se ocupam dos resíduos e prover a toda a população serviços de coleta e depósito de resíduos ambientais seguros, que protejam a sua saúde. Assim sendo, os governos, 12 segundo sua capacidade e recursos disponíveis, devem, quando apropriado, propor serviços de recolhimento de resíduos à altura das necessidades, oferecer serviços adequados de tratamento de resíduos e saneamento ambiental para toda a população, inclusive a rural. A coleta seletiva de resíduos sólidos facilita o manejo, separação e comercialização do material pelas cooperativas de reciclagem. Esses materiais recicláveis compõem cerca de 40% dos resíduos sólidos doméstico e seu aproveitamento, além de poupar energia, contribui para a redução da quantidade e do volume de resíduos que são dispostos em aterros, ampliando a vida útil desses locais de destinação. Figura 3 – Segregação de resíduos por características: polímeros, papelão e madeira Fonte: Coleto, 2021. Nas Regiões Sul e Sudeste do Brasil, as políticas de segregação são mais fortemente observadas, onde, respectivamente, 46% e 32% dos municípios possuem programas de coleta seletiva. TEMA 4 – PLANO DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS O desenvolvimento social e econômico do homem influencia as características e o volume de resíduos gerados, mas, durante anos, não representou um problema ambiental, uma vez que esses resíduos eram naturalmente depurados. Com o advento da Revolução Industrial, o modo de produção agrícola e manual foi deixado de lado e a utilização de máquinas para auxílio das ações humanas ampliou a produção e os mercados. Essa fabricação de produtos em alta escala provocou grandes efeitos ambientais, provenientes 13 da extração de recursos naturais e da geração de rejeitos. Os resíduos sólidos são uma das mais representativas formas de poluição ambiental, isso decorrente de suas características de não degradabilidade. A preocupação geral com a preservação do meio ambiente em que habitamos é uma questão de sobrevivência, de garantia de sobrevida às gerações presentes e às futuras. Diante da complexidade associada à degradação, os desafios para a preservação ambiental são diversos e relacionam temas como excesso de poluição, desenvolvimento sustentável, resíduos sólidos, mudanças climáticas, contaminação da água e aquecimento global. É necessário gerenciar os resíduos, administrar a melhor disposição final desses, a fim de se minimizar os seus impactos, sendo possível adotar um conjunto de ações financeiras, normativas, operacionais e de planejamento para coletar, segregar, tratar e destinar resíduos da maneiramais sustentável possível. Uma opção plausível é que cada organização cuide melhor de seus resíduos, conforme gerenciamento estabelecido em um Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS). Ele é obrigatório para diversas empresas desde 1998, em virtude da publicação da Lei n. 9.605/1998. Contudo, sua formalização e principalmente sua posição de condicionante para o licenciamento ambiental foram ajustadas apenas pela Lei n. 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) (Brasil, 1998, 2010). Desde então, uma grande variedade de empresas passou a ser obrigada a elaborar o plano – antes, isso já acontecia em boa parte dos grandes geradores de resíduos do Brasil, uma vez que muitos deles já eram certificados, portanto já cumpriam a exigência de elaboração do plano de gerenciamento de resíduos. O gerenciamento de resíduos sólidos envolve diferentes órgãos da Administração Pública e da sociedade com o propósito de promover o asseio nos municípios, sempre com foco na preservação do meio ambiente e da qualidade de vida dos cidadãos. Para esse gerenciamento, características intrínsecas dos resíduos devem ser levadas em consideração para que lhes seja dado o tratamento correto ou o destino adequado, sempre se levando em conta a qualidade técnica do resíduo e a viabilidade econômica, além das peculiaridades climáticas, demográficas e urbanísticas de cada região. Para que essas condições sejam satisfeitas, as normas existentes devem ser seguidas e 14 as ações financeiras, operacionais e de planejamento devem ser estabelecidas de modo articulado e integrado. O gerenciamento deve relacionar ações de manejo de resíduos sólidos, contemplando os aspectos referentes à geração, à segregação, ao acondicionamento (Figura 4), ao transporte, ao tratamento e à disposição final, uma vez que são pré-requisitos para solicitação do processo de licenciamento. Figura 4 – Acondicionamento correto de resíduo industrial (A: polímeros; B: papel e papelão; C: lixo orgânico para compostagem; D: entulho de obras) Fonte: Coleto, 2021. O PGRS deverá representar o envolvimento dos responsáveis pela geração dos resíduos, com o intuito de proteger os colaboradores e a comunidade de riscos insalubres associados aos resíduos. Alternativas tecnológicas devem ser estimuladas para se reduzir os impactos ambientais decorrentes da geração e destinação de resíduos, sempre se buscando o atendimento das aspirações sociais e os aportes econômicos que possam sustentá-las. Parcerias, políticas e arranjos sistemáticos deverão ser articulados para tratar resíduos recicláveis de forma específica, enfatizando o potencial transformador de cada um desses processos. A B C D 15 TEMA 5 – NORMAS REGULAMENTADORAS DA GESTÃO DE RESÍDUOS O princípio ambiental prevencionista teve origem em nosso país já durante o período de colonização. As intituladas ordenações do reino, promulgadas durante a colonização portuguesa, continham regras de conduta que impediam práticas destinadas ao desperdício e à destruição dos recursos naturais – até algumas designações a respeito da proteção da fauna eram colocadas em prática. Outra preocupação ambiental foi relatada durante a colonização holandesa no Nordeste, por meio da proibição do lançamento do bagaço da cana-de-açúcar em águas superficiais, bem como com limitações referentes à proteção dos cajueiros, animais e pássaros. Com a transferência da corte lusitana para o Brasil, a preocupação ambiental se manteve. Um dos grandes feitos dessa época foi a criação, por D. João VI, do Real Jardim Botânico, destinado à adaptação e criação de espécies naturais. Após a Independência do Brasil, o Código Criminal de 1830 definiu condutas acerca do corte ilegal de matas; e, em 1850, a Lei de Terras doutrinou a respeito de derrubadas e queimadas florestais (Brasil, 1830, 1850). Mas é notório que, somente no final da década de 1970, por meio da Portaria n. 53/1979 do já extinto Ministério do Interior (Minter), passou a ocorrer um controle efetivo sobre a geração de resíduos sólidos no país (Brasil, 1979). O ponto de partida, o começo que no sentido jurídico significa o conjunto de regras e preceitos de base para todas as espécies de ações jurídicas, foi a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano (1972), realizada em Estocolmo, na Suécia, e cujas bases foram ampliadas na Eco-92 (1992), no Rio de Janeiro. Foram essas duas conferências que criaram princípios globais de proteção ao meio ambiente a serem seguidos, conquanto que adaptáveis às realidades culturais e sociais e à legislação de cada país. Antes, a Constituição Federal, em seu art. 225, já dispusera sobre a proteção ao meio ambiente; e a Lei n. 6.938/1981 instituíra a Política Nacional do Meio Ambiente e seus instrumentos e criara o Sisnama, dando um início mais efetivo à abordagem das questões ambientais no país (Brasil, 1981, 1988). A necessidade de estabelecer âmbitos de representação governamentais que assegurassem os mecanismos de implantação e consolidação da Política Nacional do Meio Ambiente, em todo o nível da Federação, foi suprida com a criação do Sisnama, constituído por órgãos e instituições ambientais associadas 16 ao Poder Executivo, ao Poder Legislativo, ao Poder Judiciário e ao Ministério Público. A estrutura do Sisnama segue seis níveis político-administrativos diferenciados, em que cada órgão desempenha uma função específica, fundamentada da seguinte maneira: 1. Conselho de Governo (órgão superior) – responsável por dar assessoria ao presidente da República para formulação da Política Nacional do Meio Ambiente e das diretrizes governamentais para o meio ambiente e o uso dos recursos ambientais. 2. Conama (órgão consultivo e deliberativo) – tem por objetivo assessorar o Conselho de Governo, estudando e lhe propondo diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e uso dos recursos naturais, além de deliberar, em suas competências, acerca das normas e padrões compatíveis com um meio ambiente ecologicamente equilibrado e uma sadia qualidade de vida da população. 3. Ministério do Meio Ambiente – MMA (órgão central) – sua função consiste em planejar, coordenar, supervisionar e controlar a Política Nacional do Meio Ambiente e as chamadas diretrizes governamentais para o meio ambiente. 4. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama (órgão setorial da Administração Pública Federal) – desenvolve atividades de preservação e conservação, controle e fiscalização do uso de recursos naturais (água, fauna, flora, solo e ar). 5. Órgãos estaduais (órgãos seccionais) – responsáveis pela execução de programas e projetos e pelo controle e fiscalização das atividades capazes de provocar degradação ambiental. 6. Órgãos locais – órgãos responsáveis pelo controle e fiscalização dessas atividades capazes de gerar degradação ambiental, no âmbito dos municípios. A hierarquia governamental associada ao Sisnama é bastante complexa e está representada na Figura 5. 17 Figura 5 – Estrutura do Sisnama Fonte: Elaborado com base em Brasil, 1981. A Lei n. 9.605/1998 determina que o Conama é o órgão competente para elaborar as diretrizes técnicas para implementação da Política Nacional do Meio Ambiente, cujas regras quem descumpri-las estará sujeito a punições, com penas que vão desde multas bastante altas até a reclusão e a detenção do agente infrator (Brasil, 1998). A fiscalização ambiental, por sua vez, fica a cargo do Ibama, das Secretarias Estaduais de Meio Ambiente e dos respectivos órgãos ambientais de controle ambiental. O Brasil apresenta uma legislação ambiental bastante representativa, sendo que a regulação do tratamento dos resíduos sólidos é exercida pela atuação, em âmbito nacional, do Conama, mediantedecretos e regulamentos desenvolvidos de maneira específica para atingir os objetivos específicos de proteção ao meio ambiente dos estados e municípios, sempre que necessário. Dentre as resoluções do Conama, destaca-se a Resolução n. 313/2002, que trata da implementação das diretrizes nacionais visando ao controle dos resíduos industriais e impõe a obrigatoriedade de realização de inventário dos resíduos industriais gerados e/ou existentes no país (Brasil, 2002a). A ABNT elabora procedimentos de padronização dessas diretrizes e de conformidade das ações de proteção ao meio ambiente com os requisitos Conselho de Governo MMA Ibama Órgãos seccionais dos estados Órgãos locais nos municípios Conama 18 estabelecidos pela legislação. As denominadas normas brasileiras regulamentam diretrizes, características e orientam sobre determinado assunto, material, produto, processo ou serviço ligados à preservação do meio ambiente. Essas normas não são obrigatórias, tendo em vista que não são criadas pelo Poder Público, mas sim por instituição privada. Contudo, são usadas para uniformizar as estruturas de trabalho na área. Vale ressaltar que, de acordo com a legislação brasileira, na falta de uma normalização técnica nacional sobre um determinado assunto, podem ser utilizadas normas técnicas emitidas por organismos internacionais (International Organization for Standardization – e ISO, International Electrotechnical Commission – IEC, British Standards Institution – BSI, National Fire Protection Association – NFPA, entre outros). Dentre as normas da ABNT que tratam sobre resíduos sólidos é possível relacionar a ABNT NBR 10004:2004, que classifica os resíduos sólidos; a ABNT NBR 10005:2004 e a ABNT NBR 10006:2004, que dispõem sobre os procedimentos para obtenção de extrato lixiviado e solubilizado de resíduos sólidos; a ABNT NBR 10007:2004, que define a amostragem de resíduos sólidos; e a ABNT NBR 13463:1995, sobre a coleta de resíduos sólidos. Com relação aos locais de disposição final de resíduos sólidos, a ABNT NBR 8419:1992 dispõe sobre aterros sanitários e controlados de resíduos sólidos urbanos, enquanto a ABNT NBR 13896:1997 define critérios para o projeto implantação e operação de aterros de resíduos não perigosos (ABNT, 1992, 1995, 1997, 2004a, 2004b, 2004c, 2004d). NA PRÁTICA Toda organização que não desenvolve uma gestão de resíduos apropriada coloca em risco a vida e a saúde de seus funcionários e da população. Como exemplo, podemos citar um caso ocorrido em uma empresa de tintas e solventes localizada em Jacarezinho, no Paraná, em que aproximadamente 20 mil tambores foram identificados carregados, repletos de produtos químicos altamente tóxicos, e estocados de forma incorreta a aproximadamente 500 metros do Centro daquele município. Além dos tambores, outros tipos de resíduos, como plástico e papelão, eram dispostos de maneira irregular na propriedade. O local era utilizado como depósito de lixo industrial e foi interditado pela Justiça no primeiro semestre de 2012, em função do passivo ambiental ali incorretamente acondicionado. O depósito foi lacrado, mas os 19 produtos que lá havia continuaram armazenados, sofrendo, com a ação do tempo, corrosão, que proporciona o vazamento e a possível contaminação do lençol freático. Figura 6 – Acondicionamento irregular de resíduos Créditos: Alona Siniehina/Shutterstock; Alex Visualnue/Shutterstock. Quais os impactos para o ambiente da existência desse lixo tóxico? De quem é a responsabilidade por ele? Trata-se de um passivo ambiental? Comente a respeito. FINALIZANDO É mundial a preocupação com o meio ambiente, e o ano de 2020 mostrou que é necessário salvaguardá-lo. Com base nisso, cada país define seu contexto constitucional e regulamenta, por meios legais, como protegê-lo, de forma mais geral ou mais específica. No Brasil, a estratégia de regulamentar a preservação do meio ambiente de modo amplo faz com que a legislação seja muito abrangente. As questões referentes à proteção ambiental exigem mecanismos eficazes de cooperação. Problemas ambientais como a diminuição da camada de ozônio, o efeito estufa e a chuva ácida estimularam o desenvolvimento de condições normativas referentes à defesa do meio ambiente, estabelecidas por meio de resoluções, decretos e leis cujo objetivo é facilitar o desenvolvimento sustentável. Além disso, é necessário compreender que o desenvolvimento sustentável pode gerar benefícios econômicos a toda a sociedade. 20 REFERÊNCIAS ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR 8419:1992: apresentação de projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos – procedimento. Rio de Janeiro, 1992. _____. ABNT NBR 10004:2004: resíduos sólidos – classificação. Rio de Janeiro, 2004a. _____. ABNT NBR 10005:2004: procedimento para obtenção de extrato lixiviado de resíduos sólidos. Rio de Janeiro, 2004b. _____. ABNT NBR 10006:2004: procedimento para obtenção de extrato solubilizado de resíduos sólidos. Rio de Janeiro, 2004c. _____. ABNT NBR 10007:2004: amostragem de resíduos sólidos. Rio de Janeiro, 2004d. _____. ABNT NBR 13463:1995: coleta de resíduos sólidos. Rio de Janeiro, 1995. _____. ABNT NBR 13896:1997: aterros de resíduos não perigosos – critérios para projeto, implantação e operação. Rio de Janeiro, 1997. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial da União, Brasília, 5 out. 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 12 abr. 2020. _____. Decreto n. 3.024, de 25 de novembro de 1880. Coleção de Leis do Império do Brasil, Rio de Janeiro, v. 1, p. 86, 1880. Disponível em: <https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-3024-25- novembro-1880-546760-norma-pl.html>. Acesso em: 12 abr. 2021. _____. Lei de 16 de dezembro de 1830. Coleção de Leis do Império do Brasil, Rio de Janeiro, v. 1, p. 142, 1830. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lim/lim-16-12-1830.htm>. Acesso em: 12 abr. 2021. _____. Lei n. 601, de 18 de setembro de 1850. Coleção de Leis do Império do Brasil, Rio de Janeiro, v. 1, p. 307. Disponível em: 21 <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l0601-1850.htm>. Acesso em: 12 abr. 2021. _____. Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981. Diário Oficial da União, Brasília, 2 set. 1981. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm>. Acesso em: 12 abr. 2021. _____. Lei n. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Diário Oficial da União, Brasília, 13 fev. 1998. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm>. Acesso em: 12 abr. 2021. _____. Lei n. 9.795, de 27 de abril de 1999. Diário Oficial da União, Brasília, 28 abr. 1999. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm>. Acesso em: 12 abr. 2021. _____. Lei n. 12.305, de 2 de agosto de 2010. Diário Oficial da União, Brasília, 3 ago. 2010. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007- 2010/2010/lei/l12305.htm>. Acesso em: 12 abr. 2021. BRASIL. Ministério do Interior. Portaria n. 53, de 1º de março de 1979. Diário Oficial da União, Brasília, 8 mar. 1979. Disponível em: <https://www.ima.al.gov.br/wp-content/uploads/2015/03/Portaria-nb0- 53.79.pdf.>. Acesso em: 12 abr. 2021. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução n. 306, de 7 de dezembro de 2004. Diário Oficial da União, Brasília, 10 dez. 2004. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2004/res0306_07_12_2004. html>. Acesso em: 12 abr. 2021. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente. 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Acesso em: 12 abr. 2021. CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O MEIO AMBIENTE HUMANO, 1972, Estocolmo. Declaração... Estocolmo: ONU, 1972. Disponível em: <http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/meio-ambiente/declaracao- de-estocolmo-sobre-o-ambiente-humano.html>. Acesso em: 12 abr. 2021. ECO-92 – Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, 1992, Rio de Janeiro. Agenda 21. Rio de Janeiro: ONU, 1992. CONVERSA INICIAL Introdução à gestão de resíduos