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Interdisciplinaridade e Metodologias Ativas


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Prática de Ensino em Filoso�a
Aula 10: Interdisciplinaridade e metodologias ativas
Apresentação
Chegamos à última aula de Prática em Filoso�a. Sem dúvida, foi uma grande oportunidade de projetar a docência
re�etindo questões essenciais ao processo de ensino-aprendizagem.
Ainda não acabou, pois, nesta aula, vamos re�etir sobre a importância da interdisciplinaridade, que é, na verdade, a
tentativa de superação da visão fragmentada, que tanto prejudica o todo da prática pedagógica.
A interdisciplinaridade é o elo que liga teoria e prática, ação docente e discente e proporciona signi�cância ao conteúdo da
disciplina. Para que a interdisciplinaridade se torne uma realidade, é essencial que o professor lance mão das
Metodologias Ativas. Elas são aliadas para que o aluno torne-se o sujeito ativo de sua aprendizagem, ou seja, o
protagonista.
As Metodologias Ativas proporcionam participação, autonomia e apreensão dos sentidos da aprendizagem.
Objetivos
Identi�car a importância da interdisciplinaridade como via de superação da visão fragmentada, que tanto prejudica o
todo da prática pedagógica;
Apreciar a interdisciplinaridade como elo que liga teoria e prática, ação docente e discente e proporciona a
signi�cância do conteúdo da disciplina;
Reconhecer as Metodologias Ativas como possibilidade pedagógica que proporciona participação, autonomia e
apreensão dos sentidos da aprendizagem, colocando o aluno como protagonista da construção do próprio
conhecimento.
 Interdisciplinaridade e Metodologias Ativas
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Quando temos uma visão fragmentada de qualquer
realidade ou situação, corremos o grande risco de fazer
análises prematuras, tomar decisões equivocadas, julgar
sem as devidas evidências e planejar sem fundamentos.
É como um galho que, ao ser retirado da árvore, morre por
falta da seiva. Ele era parte de um todo, a árvore, mas, ao
dela ser desligado, torna-se apenas um galho. Também é
necessário compreender que a árvore é feita de galhos, de
folhas, de tronco e de raízes, ou seja, as partes são
necessárias para formar o todo.
 (Fonte: tawin bunkoed / Shutterstock).
O que você entendeu desta analogia? Antes de responder, vamos à outra pergunta: o que é analogia? No dicionário da Língua
Portuguesa para �loso�a signi�ca:
"Na filosofia moderna, correlação probabilística entre um termo (ou fato) cujo conceito
denota um lado observável e verificável e outro (termo ou fato) que, embora não
observável e verificável, é inferível dentro de um sistema formal que ofereça regras para
essa operação."
- (MICHAELIS, 2020).
Voltando à pergunta: o que você entendeu da analogia da árvore e do galho? Foi uma forma de explicar o conceito de
interdisciplinaridade, um dos conteúdos dessa aula.
O professor de Filoso�a é parte de um todo. Na escola existem muitos outros professores, de outras disciplinas. Dessa forma,
o professor e a Filoso�a integram um todo. Eles são parte importante desse todo e devem �car em sintonia e agregados a ele.
Sozinhos, assim como o galho fora da árvore, ele e a Filoso�a não contribuirão para que o todo seja forte e pleno. Mais que
isso, �carão desfocados, sem sentido e não cumprirão seus objetivos.
Até foi possível lembrar de um sábio ditado popular: “Uma andorinha só não faz verão”. É com a superação da fragmentação
que será possível que alunos autônomos e participativos sejam, eles mesmos, os responsáveis por sua aprendizagem. Para
isso, o professor deverá interessar-se sobre as Metodologias Ativas da aprendizagem. Na segunda parte da aula iremos re�etir
sobre esse novo rumo da educação.
A interdisciplinaridade é apontada por muitas teorias educacionais como uma via necessária, indispensável e essencial para a
superação da fragmentação do processo de ensino-aprendizagem. É por esta via que serão feitas as conexões entre as áreas
do conhecimento e suas respectivas disciplinas. Fazenda (2011, p. 59) nos ajuda entender:
O que se pretende na interdisciplinaridade não é anular a contribuição
de cada ciência em particular, mas apenas uma atitude que venha a
impedir que se estabeleça a supremacia de determinada ciência em
detrimento de outros aportes igualmente importantes.
Lembre-se: a Filoso�a tem seu grande e indispensável papel e lugar na formação do sujeito, mas ela não é inferior ou superior a
nenhuma das outras ciências, assim como as demais ciências não são superiores ou inferiores a ela. Todas as ciências e seus
referidos professores, bem como todos os sujeitos que habitam o cotidiano escolar e o universo da educação, formam um
todo. Cada parte é essencial ao todo e só faz sentido existirem se estiverem ligadas a ele.
Para reforçar a re�exão e veri�car o seu entendimento sobre o conceito de interdisciplinaridade, analise por alguns segundos as
imagens abaixo:
Arquivo Temático da biblioteca da Università di graz (Fonte: Wikipedia)
Fotogra�a de um chão de concreto. (Fonte: Wikipedia).
Uma imagem representa a fragmentação e outra a interdisciplinaridade. O arquivo é uma das analogias utilizadas para
apresentar uma educação fragmentada, de gavetinhas, de ciências separadas, de professores que não se sintonizam, de
atividades que não se integram e de objetivos particularizados. As gavetas representam a visão micro, que, apesar de terem
sua importância — pois há, sim, diferenças e especi�cidades entre as ciências —, cada uma se isola em seu mundinho, se
engaveta e não consegue ter uma visão macro.
A outra imagem é a de um piso, que, apesar de ser todo construído por muitas partes, apresenta uma imagem única com
partes que se comunicam, que se encontram, se projetam para o objetivo maior, unidas pelo cimento, que forma uma base. O
piso representa a visão macro que devemos ter da educação. Ver e valorizar as especi�cidades é, sem dúvida importante, mas
o sentido dessa visão e valorização é para, igualmente, ver e valorizar a visão macro, que é o todo.
"A supremacia do conhecimento fragmentado de acordo com as disciplinas impede
frequentemente de operar o vínculo entre as partes e a totalidade, e deve ser substituída
por um modo de conhecimento capaz de apreender os objetos em seu contexto, sua
complexidade, seu conjunto."
- (MORIN, 2001, p.14).
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei nº 9.394/96, é a única lei de diretrizes da educação, que, ao longo da história,
apresentou claramente e detalhadamente o papel do professor como parte integrante do todo, ou seja, para além da sala de
aula:
Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:
I. Participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
II. elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
III. zelar pela aprendizagem dos alunos;
IV. estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento;
V. ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao
planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento pro�ssional;
VI. colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade.
Dessa forma, constata-se que o professor tem que ter consciência de seu papel com o todo da escola e da educação.
Nenhuma escola é uma ilha. Assim como o professor deve estar ligado ao todo da escola, esta também deve estar ligada ao
todo da educação. Portanto, as leis, as teorias, as metodologias, os problemas, desa�os e conquistas da educação são,
inquestionavelmente, de responsabilidade de todos.
Vale lembrar que a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) tem na interdisciplinaridade uma grande aliada para que se
estabeleça, no Brasil, uma equidade de conteúdos respeitando-se a diversidade locais. É a BNCC, que norteará, em todo o país,
o currículo da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, seja em instituições as públicas ou privadas.
Já na introdução podemos constatar o caráter interdisciplinar da BNCC:
[...] Além disso, BNCC e currículos têm papéiscomplementares para assegurar as aprendizagens essenciais de�nidas
para cada etapa da Educação Básica, uma vez que tais aprendizagens só se materializam mediante o conjunto de
decisões que caracterizam o currículo em ação. São essas decisões que vão adequar as proposições da BNCC à
realidade local, considerando a autonomia dos sistemas ou das redes de ensino e das instituições escolares, como
também o contexto e as características dos alunos. Essas decisões, que resultam de um processo de envolvimento e
participação das famílias e da comunidade, referem-se, entre outras ações, a:
contextualizar os conteúdos dos componentes curriculares, identi�cando estratégias para apresentá-los, representá-
los, exempli�cá-los, conectá-los e torná-los signi�cativos, com base na realidade do lugar e do tempo nos quais as
aprendizagens estão situadas;
decidir sobre formas de organização interdisciplinar dos componentes curriculares e fortalecer a competência
pedagógica das equipes escolares para adotar estratégias mais dinâmicas, interativas e colaborativas em relação à
gestão do ensino e da aprendizagem(...) (BNCC. Introdução)
 Fonte: AnnaStills | Shutterstock
Voltando ao cotidiano da escola, a interdisciplinaridade pode ser visualizada em algumas atividades. Ela deve fazer parte
constante, como um dínamo que impulsiona. Em algumas ocasiões, no entanto, ela pode ser materializada por meio de
reuniões pedagógicas, projetos diversos, feiras integradas, avaliação integral, planejamentos de área e em muitas outras
práticas pedagógicas.
"A visão fragmentada levou os professores e os alunos a processos que se restringem à
reprodução do conhecimento. As metodologias utilizadas pelos docentes têm estado
assentadas na reprodução, na cópia e na imitação. A ênfase do processo pedagógico
recai no produto, no resultado, na memorização do conteúdo, restringindo-se a cumprir
tarefas repetitivas que, muitas vezes, não apresentam sentido ou significado para quem
as realiza."
- (BEHRENS, 2000, p.24).
O professor, sem sombra de dúvida, precisa interrogar-se constantemente sobre a pro�ssão que escolheu, pois grande é a sua
responsabilidade na formação de pessoas. Por alguns instantes contemple a imagem desta coruja:
Ao longo do tempo a coruja tornou-se o símbolo da
educação, sendo também considerada símbolo da Filoso�a.
Quais habilidades tem a coruja, que possam ser
comparadas às qualidades que precisa ter o professor de
Filoso�a? Astúcia, sabedoria, ampla visão, enxergar na
escuridão, intuição e sabedoria são algumas das
habilidades da coruja, que também devem ser habilidades
do professor de Filoso�a.
 (Fonte: Menno Schaefer / Shutterstock).
Mais uma analogia, não é mesmo? Fica a dica de utilizar as analogias como uma das metodologias ativas para enriquecer e
tornar suas aulas signi�cativas.
Uma maneira de superar a visão fragmentada das disciplinas e trabalhar com a interdisciplinaridade nas salas de aula é o
conceito de Metodologias Ativas.
A�nal, o que signi�ca Metodologias Ativas? Vamos assistir ao vídeo a seguir, que pode nos dar uma ideia inicial do conceito de
Metodologias Ativas.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Video
Metodologias ativas - Turbinando a aprendizagem em aula.
O conceito de Metodologias Ativas não possui uma única de�nição. Para alguns, as metodologias ativas são entendidas como
o domínio de técnicas e abordagens para realizar um envolvimento maior com os alunos a partir de aulas invertidas.
O foco principal é a compreensão de que as Metodologias Ativas
superam a visão de que o aluno é um sujeito passivo, reconhecendo-o
e devolvendo-lhe o lugar que sempre foi dele como sujeito ativo do
processo de ensino-aprendizagem.
Outros entendem que de�nem estratégicas mais complexas, quando se tem participação maior dos alunos e integração maior
com outras áreas do saber e de professores — salas de aulas adaptadas e projetos integradores; por exemplo, o STEAM, que
articula as ciências.
Outras pessoas veem nas metodologias ativas um movimento para fazer uma grande transformação nas escolas e no sistema
de ensino, reestruturando todos os aspectos da concepção de escola: currículos, avaliações, espaços e participação maior da
comunidade.
O pressuposto das Metodologias Ativas é mudança cultural que a escola deve ter em relação a professores, alunos,
funcionários e família.
Não é simples mudar paradigmas mentais consolidados, sair da posição central de docentes para a de mediadores.
Exige um investimento maior em formação, experimentação, mais tempo de preparação das atividades, de planejamento
em conjunto com vários colegas, de participação maior dos alunos e ter um domínio mais amplo das tecnologias
digitais. Alguns avançam mais rapidamente, mas outros precisam de mais tempo, de ter mais exemplos exitosos
acontecendo e há um terceiro grupo que resiste ao máximo às mudanças. MORAN, Metodologias ativas: alguns
questionamentos. (ECA/USP, 2020).
Nas Metodologias Ativas o professor tem que preparar melhor suas aulas,
gastar tempo com o planejamento, acompanhar as atividades e a análise
das avaliações, além de manter salas bem preparadas.
Um dos principais riscos em que se pode cair com as Metodologias Ativas de aprendizagem é confundir ativismo x
metodologias ativas. Qual seria o motivo para tais riscos? Como a ênfase está na realização das atividades, é preciso ter
cuidado para que elas não sejam encaradas como uma onda de atividades sem os devidos sentidos e objetivos. Se assim
acontecer, será ativismo.
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Todos os aparatos tecnológicos, com seus inúmeros recursos, como já foi explanado na aula anterior, deve dar sentido,
signi�cado e signi�cância à aprendizagem, à busca e à construção do conhecimento. Atividade prática não elimina a re�exão
ou vice-versa, ambas se completam e não se excluem.
"A teoria sem a prática vira verbalismo, assim como a prática sem teoria, vira ativismo.
No entanto, quando se une a prática com a teoria tem-se a práxis, a ação criadora e
modificadora da realidade."
- (FREIRE, 1996, p. 25).
Os recursos tecnológicos não podem ser usados a toda hora, pois toda metodologia empregada continuamente transforma-se
em métodos. Cada recurso tem o seu momento e a sua importância. O que �ca bem claro com as Metodologias Ativas é a
mudança de postura do professor frente à aprendizagem — já que não será ele o centro do processo, o transmissor, mas a
interação entre os alunos — e o conteúdo por ele mediado.
Essa concepção não elimina as aulas tradicionais, que ainda têm a sua importância no contexto escolar. Como assim? O
professor não precisa renunciar à retórica, da exposição de temas, de assuntos. A aula expositiva também ganha uma nova
roupagem com as Metodologias Ativas, pois o professor deverá ter consciência de que ele pode e deve querer ensinar. Ao
exercer seu papel, no entanto, não pode negligenciar o fato de que é o aluno o responsável pelo seu aprender. Portanto, sua
aula expositiva também deve ter clara a ideia de que o protagonista é o aluno.
 Aula expositiva. (Fonte: Africa Studio | Shutterstock)
Você deve estar se perguntando se isso não é tirar a autoridade do professor, não é mesmo? Não, de jeito nenhum. O professor
não pode e não deve renunciar a seu lugar de educador. Como o próprio conceito do termo, ele professa, ou seja, acredita na
educação. Dessa forma, o que muda, não é sua condição de professor e junto com ela sua autoridade docente, mas a
metodologia.
Na verdade, as Metodologias Ativas ampliam a autoridade do professor, pois aquele que, de fato, compromete-se com a causa
de seu aluno, saberá o quanto terá que ser bem formado, instrumentalizado, interessado, habilidoso e competente para
desenvolver um processo pedagógico pelas vias das Metodologias Ativas.
Sendo grande a ênfase das Metodologias Ativas para o aluno, elas podem acontecer de três maneiras diferentes:
1
Individual
Cada aluno percorre e escolhe seu
caminho;
2
Grupal
Amplia a sua re�exão,levando-o a
interagir com outros grupos,
compartilhando seus conhecimentos;
3
Tutorial
Aprende com a orientação de pessoas
mais experientes e diferentes campos e
atividades.
Nesta concepção existem alguns modelos/métodos educacionais que auxiliam na execução. Você, como professor de
Filoso�a, poderá utilizar em sala de aula:
Clique nos botões para ver as informações.
PBL (Problem-based Learning): é baseado na aprendizagem por meio do estudo autônomo na solução de um problema
atual, relacionado a um conteúdo, disciplina, problemas sociais ou econômicos. O professor passa um problema para o
aluno e ele é responsável por solucioná-lo. É muito importante que o problema esteja ligado ao contexto do aluno e que
permita a interdisciplinaridade.
PBL (Problem-based Learning) 
Aulas invertidas: como o próprio nome diz, é a inversão da metodologia utilizada no modo tradicional. A ideia é que os
alunos já cheguem à aula após terem estudado a matéria que o professor indicou. Na sala de aula o professor vai motivar
a discussão, a troca de ideias, tirar as dúvidas e fazer exercícios.
Aulas invertidas 
Por exemplo, na sua aula de Filoso�a, quando você apresentar o Mito da Caverna de Platão, passe o texto antes da aula para
que seus alunos possam estudar. Quando eles chegarem à sala de aula, já terão uma ideia de qual será a re�exão e poderão
trazer interpretações ou dúvidas sobre o texto estudado.
Neste sentido é possível implementar um cotidiano escolar que exercite a “Sala de Aula invertida”, um dos conceitos centrais
das Metodologias Ativas de aprendizagem, pois abriga em si a ideia de que o aluno, por si mesmo, deve buscar o
conhecimento.
Atenção
Nesses dois métodos você pode perceber que o foco não está no professor, mas no aluno. Isso, no entanto, não quer dizer que
você, como professor de Filoso�a, não precisa estudar ou preparar-se para as aulas. É justamente o contrário, pois você, como
professor, vai acompanhar os alunos. Isso requer preparação e estudo muito maior. No modelo tradicional você conduziria a aula
e assim teria total domínio da situação. Com as novas metodologias você precisa estar bem preparado, pois são os alunos que
trazem conhecimento.
Diante dessa nova proposta a partir das Metodologias Ativas, o professor de Filoso�a tem um grande desa�o: como utilizar os
recursos tecnológicos em suas aulas? Na aula anterior re�etimos muito sobre a importância desses recursos.
As aulas de Filoso�a ministradas somente no modelo expositivo podem di�cultar o interesse dos alunos por Filoso�a. Os
recursos tecnológicos estão no cotidiano de todos nós e, especialmente nos de jovens e crianças, que já são nativos digitais.
Esse termo foi utilizado pela primeira vez pelos autores Palfrey e Gasser, no livro Nascidos na era digital, ou seja, refere-se à
geração que nasceu após a década de 1980 e já encontrou o “Admirável Mundo Novo”: internet, blogs, redes sociais e tanto
mais. Essa geração já chegou com esse mundo implantado e, portanto, já é acostumada, de forma natural, a lidar com essas
tecnologias.
"O cérebro dos “nativos” se desenvolveu de forma diferente em relação às gerações pré-
internet. Eles gostam de jogos, estão acostumados a absorver (e descartar) grande
quantidade de informações, a fazer atividades em paralelo, precisam de motivação e
recompensas frequentes, gostam de trabalhar em rede e de forma não linear."
- (TORI, 2010 p. 218).
 Fonte: Suriyachan | Shutterstock
Os nascidos antes da década de 1980 são conhecidos como os migrantes digitais, ou seja, tiveram que se adaptar à nova
realidade, ao novo mundo, à invasão das novas tecnologias.
Com a popularização de tablets, smartphones e com a força das redes sociais é inevitável a utilização desses meios nas aulas
de Filoso�a. A utilização de textos, fotos e vídeos postados em redes sociais podem ajudar na interação com os alunos. É claro
que o professor precisa estar antenado, caso esses vídeos tenham alguma ligação com o tema que está em estudo.
O YouTube é também um canal que oferece muitas possibilidades a serem utilizadas para planejar aulas de signi�cativas. Além
do imenso universo de vídeos produzidos por inúmeras pessoas, há aqueles de instituições e produtoras que podem ser
selecionados para as aulas. Há também a possibilidade dos alunos e professores construírem seus próprios vídeos. Fica aqui a
sugestão de um vídeo:
Video
Mito da caverna de Platão e as imagens.
Outra possibilidade é o uso de histórias em quadrinhos. Ao longo do tempo elas foram grandes aliadas da aprendizagem. Em
tempo de Metodologias Ativas podem e devem ser redimensionadas.
Video
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Mito da Caverna – versão - Platão por Mauricio de Souza.
Você, como professor de Filoso�a, tem que ter consciência de que os recursos tecnológicos não garantem o sucesso de uma
boa aula. Eles precisam estar acompanhados de uma boa re�exão, de modo que esse uso seja equilibrado, adequado,
planejado e objetivado.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
 Fonte: fizkes | Shutterstock
 Atividade
1. Qual dos conceitos a seguir é responsável por fazer com que o ensino de Filoso�a dialogue com outras matérias e supere a
visão fragmentada do ensino?
a) Interdisciplinaridade.
b) Avaliação.
c) Currículo.
d) Inclusão de alunos com deficiência.
e) Aula invertida.
2. Dentro da perspectiva de interdisciplinaridade a Filoso�a pode ser considerada como a ciência mais importante por ser
responsável por fazer com que o aluno tem um pensamento crítico?
a) Não. A filosofia não é considerada uma ciência superior às outras. Todas têm sua importância na formação do aluno.
b) Sim. A Filosofia é superior porque é responsável por criar uma perspectiva mais crítica por parte dos alunos.
c) Sim. A Filosofia é superior às outras ciências porque o filósofo é um amante da sabedoria.
d) Não. O estudo da Língua Portuguesa é mais importante porque é por meio dela que nós nos comunicamos.
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e) Não. A Matemática e o Português são as ciências mais importantes a serem ensinadas nas salas de aula.
3. As Metodologias Ativas são uma metodologia de ensino cada vez mais presentes nas discussões educacionais. Quais
dessas características pertencem às Metodologias Ativas?
a) PBL (Problem-based Learning) e aulas invertidas.
b) Aulas centradas no professor e aulas invertidas.
c) Ênfase na avaliação por meio de aulas tradicionais.
d) Aulas invertidas e ênfase em passar conteúdo.
4) As aulas invertidas e o PBL (resolução por problemas) são maneiras de entender as Metodologias Ativas. O que elas
possuem em comum?
a) A produção do conhecimento está focada no aluno e ele torna-se responsável por construir o conhecimento.
b) O foco desses dois métodos está na atuação do professor.
c) A ênfase desses métodos está em, exclusivamente, preparar o aluno para passar na prova.
d) As aulas invertidas pertencem ao modelo tradicional de o professor dar aulas.
e) O que elas possuem em comum é não utilizarem as novas tecnologias e manter as aulas expositivas como o principal método de
transmitir conhecimento.
5) Sobre o uso das novas tecnologias em sala de é CORRETO a�rmar que:
a) O uso por si só não é garantia de sucesso nas aulas e no aprendizado do aluno.
b) Por si só, o uso das novas tecnologias já garantem sucesso na aprendizagem.
c) O professor não precisar alinhar o discurso reflexivo às novas tecnologias.
d) O usa das novas tecnologias não traz nada de novo para o ambiente escolar.
e) O uso das novas tecnologias reforça a ideia de fortalecimento da aula tradicional.
Notas
Referências
BEHRENS, M. A. O paradigma emergente e a prática pedagógica. Curitiba: Champagnat, 2000.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: Ministério da Educação. Disponível em:
//basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 25 mar. 2020.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subche�a para Assuntos Jurídicos. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
Estabelece as diretrizes ebases da educação nacional. Brasília, DF: Presidência da República, 20 dez. 1996. Disponível em
//www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm; Acesso em: 30 mar. 2020.
FAZENDA, I. C. Integração e interdisciplinaridade no ensino brasileiro: efetividade ou ideologia. São Paulo: Loyola, 2011.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo. Paz e Terra, 1996.
MICHAELIS. Dicionário da Língua Portuguesa Online: Disponível em: //michaelis.uol.com.br/. Acesso em: 20 mar. 2020.
MORAN, J. Metodologias ativas: alguns questionamentos. ECA-USP. Disponível em: //www2.eca.usp.br/moran/wp-
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content/uploads/2013/12/metodologias.pdf. Acesso em: 30 mar. 2020.
MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez, 2001.
PALFREY, J.; GASSER, U. Nascidos na era digital: entendendo a primeira geração dos nativos digitais. Porto Alegre: Artmed,
2011.
TORI, R. Educação sem distância: as tecnologias interativas na redução de distância em ensino e aprendizagem. São Paulo:
Editora Senac São Paulo, 2010.
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Como as metodologias ativas favorecem o aprendizado;
Nativos digitais: quem são e por que são considerados um mito;
Base Nacional Comum Curricular;
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O que é PBL? Entenda o método de aprendizagem baseada em problemas.
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