Buscar

APS - Direito Tributário


Prévia do material em texto

Maria Vitória Pereira Esteves 
RA: 2499630 
 
FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS 
Curso de Direito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA - APS 
 
 
 
Maria Vitória Pereira Esteves – RA: 2499630 
Turma: 003208A01 
 
 
 
 
São Paulo/SP 
2022 
Maria Vitória Pereira Esteves 
RA: 2499630 
 
Trata-se de Avaliação Prática Supervisionada (APS), apresentada ao Curso de Graduação 
de Direito. A proposta é dominar o sistema de distribuição de competências tributárias; 
Compreender a razão de ser de cada uma das imunidades previstas no art. 150, VI da CF; 
relacionar as imunidades tributárias com o desdobramento histórico do Estado 
(sobretudo Estado liberal e Estado social); Visualizar a aplicação das imunidades 
tributárias na prática e seus efeitos; Entender a diferença entre imunidades e princípios 
tributários; Compreender porque as imunidades necessitam, necessariamente, de previsão 
constitucional. 
 
 
 
 
 
 
Professor (a): Eduardo Salgueiro Coelho 
Aluno (a): Maria Vitória Pereira Esteves 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo/SP 
2022 
Maria Vitória Pereira Esteves 
RA: 2499630 
 
 
IMUNIDADES PREVISTAS NO ARTIGO 150 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMUNIDADE 
Recíproca Templos Partidos e 
entidades 
sindicais 
 
Livros, 
jornais e 
periódicos 
 
Fonogramas e 
Videofonogramas 
 
PREVISÃO LEGAL art.150, VI, 
“a” da CF 
 
art.150, 
VI, “b” 
da CF 
 
art.150, VI, “c” 
da CF 
 
art.150, VI, “d” 
da CF 
 
art.150, VI, “e”da 
CF 
 
FINALIDADE É a 
limitação 
do poder de 
tributar que 
impede que 
a União, os 
Estados, o 
Distrito 
Federal e os 
Municípios 
tributem 
uns aos 
outros. 
 
O art. 5, VI 
da 
CF 
protege o 
direito à 
liberdade 
religiosa, 
e em 
tese os 
templos 
não 
possuem 
lucros e 
vivem 
de 
doações, 
sendo 
assim o 
uso do 
dinheiro 
para 
projetos 
sociais, 
obras e 
etc. 
 
Por serem 
considerados 
como pessoas 
jurídicas de 
direito público, 
entidades com 
personalidade 
pública de 
acordo com o 
art. 134 da Lei 
1164/50, seus 
bens e serviços 
são imunes. 
 
Uma maneira 
de incentivar 
a 
disseminação 
do 
conhecimento 
e informação. 
 
Uma forma de 
proteger os 
produtos culturais 
nacionais, 
combatendo a 
pirataria e 
incentivando os 
artistas e 
produtores. 
 
Maria Vitória Pereira Esteves 
RA: 2499630 
 
Podemos notar que as pessoas políticas não possuem a 
possibilidade de se tributarem reciprocamente por meio dos impostos para proteger o 
direito à liberdade religiosa, conforme o que demonstra em seus direitos fundamentais. 
Diante disso, foi estabelecida uma norma imunizante de impostos não viáveis somente aos 
templos em sua acepção espacial, mas também no que se refere às atividades inerentes às 
suas finalidades impedindo a incidência das sanções políticas em vias tributárias sendo que 
a imunidade tributária sindical se promove como um “sinal verde” aos trabalhadores para 
que se organizem na luta por melhores condições de trabalho. O principal fundamento da 
imunidade das instituições de educação e de assistência social seria a proteção de sua 
liberdade para estimular assim os agentes econômicos na difusão de informação e 
conhecimento, na sua finalidade de poder disseminar e proteger a cultura nacional. 
 
No que se refere a imunidade recíproca, disposta no art.150, 
VI, “a” , da Constituição Federal, acaba definindo que os entes públicos não podem cobrar os 
impostos sobre o patrimônio, serviço ou renda uns dos outros , sendo esta imunidade 
caracterizada como extensiva as autarquias e as fundações públicas, mas não é permitido as 
empresas de economia mista nem às empresas públicas, pois ambas acabam se submetendo 
ao regime de direito privado as atividades estranhas que são exercidas pelo templo, desde 
que se prove/demonstre que sua renda seja única e exclusivamente revertida ao próprio 
templo e aplicada na difusão da religião. Consequentemente , isto contribuiu para o 
constituinte acabar legislando sobre este tema, o fato de o Brasil não ter religião, de tal 
forma que a lei supracitada acaba englobando todas as religiões o seu entendimento do STF 
(Supremo Tribunal Federal), no qual o mesmo esclarece que a imunidade aos templos 
religiosos, carecera de um serviço essencial a sociedade, não podendo que o Estado intervira 
na liberdade de crenças, não podendo instigar o procedimento de uma determinação 
religião em virtude da laicidade do Estado. 
 
Podemos averiguar que a imunidade dos partidos políticos, 
sindicatos, instituições de educação e entidades de assistência social que não possuem fins 
lucrativos, acabam proibindo os entes tributantes de cobrarem impostos sobre o 
patrimônio, renda ou serviços, apenas, das referidas instituições, fazendo com que as 
entidades devam demonstrar o preenchimento dos requisitos previstos em lei (arts.9 e 14 
CTN). 
Maria Vitória Pereira Esteves 
RA: 2499630 
 
Tais regras tributárias servem para controlar este poder de 
tributação do Estado, tendo como objetivo regrar a invasão ao patrimônio do contribuinte, 
essas são regras para proteção de segurança jurídica e do patrimônio dos contribuintes bem 
como tais ferramentas são os princípios constitucionais tributários e suas imunidades 
tributárias. As imunidades, dispostas no art. 150, VI, CF, seria uma exclusão imposta pela CF 
ao poder de tributar. 
 
Acerca do livro “limitações ao poder de tributar”, de Aliomar 
Baleeiro, é interessante notar como o autor veio a demonstrar com total clareza de fato 
quais foram as intenções descritas na Constituição Federal ao trazer tais imunidades ao 
sistema tributário, além de demonstrar que de fato é preciso ter tal limitação para que 
ocorresse um controle sobre tal poder, além de especificar melhor qual seria a função de 
tais limitações. Porém, tal livro abrange também acerca da questão sobre os princípios que 
norteiam o Direito Tributário, trazendo o destaque sobre a forma da qual tais princípios são 
verificados de maneira prática, ainda mais levando em consideração qual seria a função 
primordial de tal princípio, que tem a premissa também de limitar o poder de tributar, uma 
vez que alguns conseguem impedir que o contribuinte seja pego de surpresa ao se deparar 
com um novo imposto do qual ele não conhecia. Tal poder também é utilizado diretamente 
na União, Estados e Municípios, vide a forma da qual o referido artigo 150 da Constituição 
Federal consegue trazer os impeditivos para que nenhum Poder Público venha a utilizar de 
tal poder para se beneficiar em detrimento do contribuinte ou mesmo como uma forma de 
penalização ao mesmo. 
 
 Assim verificado, o referido livro consegue 
demonstrar de forma prática e de fácil compreensão quais são os limitadores deste poder 
de tributar, que trazem maior segurança jurídica ao contribuinte, preservando então a 
possibilidade de ele efetuar o pagamento de determinados impostos da maneira correta, 
sem necessariamente ser uma punição ou trazendo malefícios a situação econômica dele, 
gerando assim uma segurança do ordenamento jurídico quando se tratar de casos acerca de 
tributação. 
 
 
 
Maria Vitória Pereira Esteves 
RA: 2499630 
 
JURISPRUDÊNCIAS ACERCA DO TEMA 
 
Súmula Vinculante 52 acabou sendo resultado da conversão da Súmula 724: Trata-se do que 
relatamos na análise do quadro quando ainda que alugado a terceiros, permanece imune ao 
IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, "c", da CF 
desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades 
foram constituídas. 
 
Para o imóvel destinado à residência de ministro religioso: [ARE 895.972 AgR, rel. min. 
Roberto Barroso, 1ª T, j. 2-2-2016, DJE 34 de 24-2-2016] e [ARE 694.453 AgR, rel. min. 
Ricardo Lewandowski, 2ª T, j. 25-6-2013, DJE 156 de 12-8-2013]. 
 
Para recursos relativos aos aluguéis do imóvel destinados à manutenção do objetivo social 
da fundação eimunidade de IPTU: [ARE 1.129.395, rel. min. Alexandre de Moraes, dec. 
monocrática, j. 7-5-2018, DJE 92 de 14-5-2018.] , [ARE 987.801, rel. min. Dias Toffoli, dec. 
monocrática, j. 25-8-2016, DJE 194 de 12-9-2016.] , [ARE 933.174 AgR, rel. min. Edson 
Fachin, 1ª T, j. 31-5-2016, DJE 122 de 14-6-2016.] , [ARE 875.619, rel. min. Dias Toffoli, dec. 
monocrática, j. 2-12-2015, DJE 10 de 1º-2-2016.] , [ARE 917.485, rel. min. Gilmar Mendes, 
dec. monocrática, j. 16-10-2015, DJE 213 de 26-10-2015.] E [ARE 891.596, rel. min. Teori 
Zavascki, dec. monocrática, j. 16-9-2015, DJE 188 de 22-9-2015]. 
 
Para o art. 150, VI, "b" e "c" da CF: (ARE-AgR 658.080, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, 
DJe 15.2.2012). 
 
Para o art. 150, VI, "d" da CF: RE 330817 / RJ - RIO DE JANEIRO, PSV 132 / DF - DISTRITO 
FEDERAL. 
 
Para o art. 150, VI, "e" da CF: AR 2879 / RS - RIO GRANDE DO SUL.