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Restauração Ecológica de Florestas

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INVENTARIAMENTO DE FLORA 
AULA 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Dayane May 
 
 
 
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CONVERSA INICIAL 
Um profissional capacitado para a realização de estudos ambientais 
relacionados à flora deve compreender a ecologia das plantas e suas relações 
com o meio ambiente. Pode atuar em diversas áreas, como pesquisa, 
conservação, educação, consultoria, gestão e planejamento ambiental. 
A visão macro da gestão ambiental inclui os conhecimentos sobre a 
diversidade, a ecologia, a fisiologia, a anatomia, a genética e a evolução das 
plantas, bem como sobre as leis e normas que regulam o uso e a proteção dos 
recursos vegetais. 
O profissional ainda deve ter habilidades para coletar, identificar, 
classificar, catalogar e analisar amostras de plantas e dados ambientais, 
utilizando técnicas e equipamentos adequados. Além disso, deve ter capacidade 
para elaborar relatórios, laudos, pareceres e projetos que contribuam para o 
desenvolvimento sustentável e a conservação da biodiversidade vegetal. 
Objetivos: 
• definir conceitos básicos de ecologia da restauração no contexto de 
florestas inseridas em paisagens antrópicas; 
• aprofundar o conhecimento sobre os instrumentos de planejamento das 
ações de recomposição/recuperação de uma área degradada, bem como 
seu enriquecimento florístico (PRAD e PTRF); 
• conhecer os parâmetros definidos em lei para cobertura vegetal em Áreas 
de Preservação Permanente (APP) e de Reserva Legal (RL); 
• conhecer os seguintes instrumentos da legislação referentes à flora: 
Cadastro Ambiental Rural (CAR), Avaliação Ecológica Rápida (AER), 
Avaliação Ambiental Estratégica (AAE), Avaliação Ambiental Integrada 
(AAI), Estudo de Análise de Risco (EAR), Estudo de Impacto Ambiental e 
respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA); 
• compreender a dinâmica de estoque de carbono nas florestas naturais ao 
longo dos processos de sucessão, visando o manejo e a conservação 
desses remanescentes florestais nativos. 
 
 
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TEMA 1 – RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA 
A restauração de ecossistemas degradados é definida como “processo de 
alterar intencionalmente um local para reestabelecer um ecossistema que 
ocupava aquele local originalmente”, ou seja, o processo de auxílio ao 
reestabelecimento de um ecossistema que foi degradado, danificado ou 
destruído, podendo ser parcial ou completo. Outros conceitos no ramo da 
ecologia e biologia da conservação também são adotados: recuperação e 
reabilitação. A recuperação é o processo pelo qual o ecossistema reestabelece 
sua composição, estrutura e funcionalidade em relação ao ecossistema de 
referência. Na reabilitação, há ações diretas ou indiretas para a renovação e a 
continuidade do fornecimento de serviços ecossistêmicos, sem necessariamente 
restaurar o ecossistema, mas deixando-o funcional (Rodrigues, 2013). 
Em paisagens antrópicas, comumente áreas fragmentadas e degradadas, 
apenas a proteção dos poucos fragmentos florestais pode não ser suficiente para 
a conservação da biodiversidade em médio e longo prazo. Nessas condições 
críticas, a restauração ecológica deverá reestabelecer os processos ecológicos 
e as espécies que auxiliam no estabelecimento da biodiversidade, de modo a 
tornar a floresta viável e sustentável, mesmo em paisagens antrópicas (Peres et 
al., 2013). 
A maioria dos projetos de restauração ecológica de florestas tropicais 
biodiversas foca o reestabelecimento de comunidades vegetais ricas em 
espécies nativas como forma de estimular dinâmica florestal e os processos 
ecológicos que permitem a sustentabilidade da área restaurada. Dessa forma, a 
formação de florestas é favorecida pela riqueza de espécies vegetais condizente 
com o ecossistema de referência (Rodrigues, 2013). 
O planejamento da restauração ecológica deve ser feito de acordo com 
os objetivos propostos para basear e conduzir as atividades subsequentes. As 
características da área e o grau de degradação também interferem no 
planejamento de ações. Em paisagens pouco fragmentadas e de elevada 
resiliência, por exemplo, apenas seu isolamento em relação aos fatores de 
degradação pode fornecer o reestabelecimento da biodiversidade. Mas, em 
locais de paisagens muito fragmentadas, solo degradado, fauna escassa, o 
número de espécies que permanece em área restaurada é mais restrito em 
função das limitações atribuídas pela degradação (Peres et al., 2013). 
 
 
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Os projetos de restauração ecológica atendem a legislação vigente no que 
se refere ao número de espécies consideradas ao solicitar o mínimo de riqueza. 
Por exemplo, a Resolução SMA n. 008/2007 (São Paulo, 2007) estabeleceu que 
os projetos com escopo em florestas naturais com fitofisionomia de Cerradão, 
Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila Densa devem 
compreender riqueza de pelo menos oitenta espécies de ocorrência regional, o 
que é correspondente à metade do naturalmente encontrado nessas formações 
florestais conservadas. No passado, eram consideradas em média trinta 
espécies arbóreas, entre regionais e não regionais (Peres et al., 2013). 
A restauração florestal pode ser alcançada de diferentes formas, como a 
restauração ecológica com árvores nativas, puramente para fins de 
conservação, ou por outros modelos, como florestas produtivas, para 
proporcionar benefícios comercializáveis. Para tanto, devem ser considerados 
todos os custos e benefícios, incluindo os aspectos sociais e ecológicos, uma 
vez que a implementação de uma nova floresta é uma tarefa de longo prazo 
(Resende et al., 2023). 
Para caracterizar os ambientes e as comunidades a serem restauradas, 
primeiramente identifica-se a unidade fitogeográfica original que ocorria antes do 
processo de degradação. Também deve ser feita uma descrição da flora por 
meio de levantamentos florísticos nos fragmentos naturais remanescentes da 
paisagem regional (Piratelli; Francisco, 2013). Para atender os objetivos do 
levantamento florístico em projetos de restauração ecológica, podem ser 
consideradas as atividades: 
• avaliação dos fragmentos florestais da área do projeto para determinar o 
estado de conservação, bem como sua importância para a conectividade 
da paisagem e biodiversidade; 
• inventários florestais em remanescentes da região para listagem das 
espécies da flora regional que poderão ser utilizadas em ações de 
restauração ecológica, como plantio em áreas degradadas, adensamento 
e enriquecimento; 
• marcação de matrizes de espécies arbóreas e arbustivas para coleta de 
sementes e perpetuação da diversidade florística e genética de espécies 
empregadas em ações de restauração; 
 
 
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• implantação de trilhas ecológicas como ferramenta de valorização e 
conservação da biodiversidade por meio de atividades de sensibilização 
e educação ambiental. 
O conhecimento e a valorização dos fragmentos florestais remanescentes 
são fundamentais para as ações de restauração e conservação. A proposição 
de ações de manejo pode abranger indução e condução de regenerantes 
naturais, controle de superpopulações de lianas em desequilíbrio, 
enriquecimento florístico e genético e implantação de corredores ecológicos e 
faixas de tampão para amenizar os efeitos danosos de paisagens antropizadas 
do entorno dos fragmentos (Primack; Rodrigues, 2001). Dessa forma, restaurar 
ecossistemas florestais e conservar eficazmente os remanescentes é vital para 
enfrentar o surto global de desmatamento, destruição florestal, degradação, 
alterações climáticas, injustiça social e crise da biodiversidade (Resende et al., 
2023). 
TEMA 2 – INSTRUMENTOS DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS E 
ENRIQUECIMENTO DA FLORA 
Estudos técnicos são instrumentos que avaliam os aspectos ambientais 
relacionados a uma atividade ou empreendimento, apresentando subsídios para 
a análise da licença requerida pelo órgão ambiental competente. Os principais 
instrumentos que visam a recuperação de áreas que sofreramalgum tipo de 
degradação ambiental, por ação humana ou natural, são o PRAD (Plano de 
Recuperação de Áreas Degradadas) e o PTRF (Projeto Técnico de 
Reconstituição da Flora). A principal diferença entre eles é que o PRAD 
considera tanto o sistema vegetal quanto o solo, enquanto o PTRF concentra-se 
apenas na flora. Além disso, o PRAD é mencionado na legislação federal e 
aplicado em diversos estados, enquanto o PTRF é mais específico para algumas 
regiões. 
2.1 Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) 
O Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) é um estudo que 
visa restaurar ou recuperar o equilíbrio ambiental de áreas que sofreram 
alterações por ação humana ou natural. Deve conter informações, diagnósticos, 
levantamentos e estudos que permitam avaliar a degradação ocorrida e definir 
 
 
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as medidas adequadas para a recuperação da área. Esse estudo é solicitado 
pelos órgãos ambientais como parte do processo de licenciamento ambiental ou 
como forma de reparação de danos ambientais, de modo a assegurar condições 
adequadas de uso do solo e a conservação dos recursos naturais. 
A legislação sobre o PRAD varia de acordo com o âmbito – federal, 
estadual ou municipal –, mas em geral segue as diretrizes do Conselho Nacional 
do Meio Ambiente (Conama) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos 
Recursos Naturais Renováveis (Ibama). No âmbito federal, a Instrução 
Normativa Ibama n. 4, de 13 de abril de 2011, estabelece procedimentos para 
elaboração, análise, aprovação e acompanhamento da execução de Projetos de 
Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD ou Áreas Alteradas, para fins de 
cumprimento da legislação ambiental. No âmbito estadual, cada estado pode ter 
sua própria legislação sobre PRAD, complementando ou adaptando as normas 
federais. No âmbito municipal, cada município pode ter sua própria legislação 
sobre PRAD, respeitando as normas federais e estaduais. 
A elaboração e o acompanhamento devem ser feitos por um profissional 
habilitado e de acordo com as diretrizes e orientações técnicas colocadas pela 
legislação ambiental. As etapas de elaboração de um PRAD são as seguintes: 
• caracterização da área degradada, seu entorno e agente causador da 
degradação; 
• proposta de recuperação para a área degradada, considerando os 
objetivos, as metas e os indicadores de recuperação; 
• definição dos parâmetros a serem recuperados com base numa área de 
controle com características semelhantes; 
• proposição de um modelo de recuperação, seja natural, seja assistido ou 
conduzido; 
• ações para a recuperação, como preparo do solo, controle de erosão, 
plantio de espécies nativas, manejo da vegetação, controle de pragas e 
doenças, entre outras; 
• proposta de monitoramento e avaliação da efetividade da recuperação; 
• levantamento dos custos, insumos e responsáveis pela execução e 
manutenção das atividades de recuperação; 
• elaboração de cronograma físico e financeiro referente às ações de 
recuperação da área. 
 
 
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As principais técnicas de recuperação utilizadas em um PRAD dependem 
do tipo e do grau de degradação da área, bem como das condições de 
regeneração do ecossistema afetado. No entanto, algumas técnicas comuns 
são: recomposição topográfica para estabilização de solos e taludes e controle 
da erosão; sistema de drenagem com escoamento superficial e subterrâneo da 
água; manejo do solo com melhorias das propriedades físicas, químicas e 
biológicas do solo; e manejo da vegetação com base na inserção ou no estímulo 
de espécies vegetais nativas ou exóticas que contribuam para a recuperação da 
área. Nesse caso, pode envolver plantio direto ou indireto, semeadura manual 
ou mecanizada, transplante de mudas ou propágulos, condução da regeneração 
natural, poda, desbaste ou enriquecimento. 
2.2 Projeto Técnico de Reconstituição da Flora (PTRF) 
O Projeto Técnico de Reconstituição da Flora (PTRF) é um estudo que 
apresenta o processo de revegetação proposto por empreendimentos que 
causaram ou causarão algum tipo de impacto ambiental em áreas com 
vegetação nativa, especialmente em Áreas de Preservação Permanente (APP) 
e Reserva Legal (RL). O objetivo do PTRF é recuperar as características 
ecológicas e paisagísticas da área afetada, utilizando espécies nativas e 
regionais adequadas à região. O PTRF deve ser elaborado por um profissional 
habilitado e aprovado pelo órgão ambiental competente. 
O PTRF pode ser solicitado tanto nos casos em que se deseja obter a 
licença ambiental, sendo parte integrante dos estudos ambientais para 
licenciamento, quanto para um pedido de autorização para intervenção 
ambiental. As intervenções em APP podem ser com ou sem supressão da 
vegetação nativa e em RL trata-se da regularização da Reserva Legal 
(demarcação e averbação ou registro, relocação, recomposição, compensação 
e desoneração). O PTRF deverá indicar qual tipo de intervenção ambiental está 
sendo solicitada e qual será a utilização pretendida para a área: agricultura, 
pecuária, mineração, silvicultura, entre outras. 
O PTRF deve conter, no mínimo, os seguintes itens: diagnóstico da área, 
justificativa da intervenção, objetivos e metas, metodologia, cronograma, 
orçamento e monitoramento. O conteúdo deve abordar a caracterização edáfica, 
hídrica e climática, o inventário qualitativo de fauna e qualiquantitativo da flora. 
No que se refere à reconstituição da flora, deve-se indicar a área abrangida 
 
 
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georreferenciada e as formas de reconstituição: regeneração natural ou 
reflorestamento. 
O projeto deve mencionar as espécies indicadas classificadas como 
pioneiras, secundárias, clímax, frutíferas e exóticas. Deve ainda informar como 
será feito o plantio, as ações para a execução e a metodologia para avaliação e 
monitoramento dos resultados. 
TEMA 3 – COBERTURA VEGETAL EM ÁREAS PROTEGIDAS 
O Código Florestal Brasileiro – Lei n. 12.651/2012 (Brasil, 2012) – 
estabelece normas gerais sobre a proteção da vegetação nativa no Brasil, 
incluindo as Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal (RL) e 
as áreas de uso restrito. Neste tópico, serão abordados esses dois conceitos 
importantes na legislação ambiental brasileira, que visam proteger a vegetação 
nativa e os recursos hídricos do país. 
3.1 Área de Preservação Permanente (APP) 
Área de Preservação Permanente (APP) é uma área protegida, coberta 
ou não por vegetação nativa, preestabelecida por lei, independentemente do uso 
e da ocupação do espaço. Tem a função ambiental de preservar os recursos 
hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico 
de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações 
humanas (Snif, 2023). 
As APPs são áreas naturais sensíveis às ações antrópicas e, portanto, 
com rígidos limites de exploração, sendo consideradas intocáveis, ou seja, não 
podem ser desmatadas ou exploradas economicamente, exceto em casos 
excepcionais previstos na lei. Somente órgãos ambientais podem autorizar o uso 
ou o desmatamento de uma APP, mediante comprovação de utilidade pública, 
interesse social ou baixo impacto ambiental (Snif, 2023). Devem ser preservadas 
de qualquer intervenção humana, pois desempenham funções ecológicas 
essenciais, como proteção do solo contra erosão e deslizamentos, dos rios, das 
nascentes, da biodiversidade e do clima (IBF, 2023). A Figura 1 mostra placas 
de identificação de APP que sinalizam essas áreas protegidas por lei em 
propriedades ou posses rurais. 
 
 
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Figura 1 – Sinalização de APPs por meio de placas de identificação dispostas 
em locais visíveis 
 
Crédito: rafapress/Shutterstock. Crédito: Dayane May. 
A APP pode estar localizada em áreas rurais ou urbanas e abrange locais 
frágeis como nascentes, margens dos cursos d’água e mata ciliar, banhados, 
encostas íngremes, restingas e dunas, manguezais, veredas, topos de morro e 
outras situações definidasna lei (Brasil, 2012), conforme mostra a Figura 2. 
Figura 2 – Exemplos de APPs 
 
Crédito: Elias Dahlke. 
A vegetação nativa de um lugar desempenha uma importante função 
ecológica e social. As APPs, como áreas protegidas, destinam-se a resguardar 
solos e, principalmente, as matas ciliares. Esse tipo de vegetação cumpre a 
função de proteger os rios e reservatórios de assoreamentos, evitar 
transformações negativas nos leitos, garantir o abastecimento dos lençóis 
freáticos e a preservação da vida aquática (IBF, 2023). 
As APPs podem estar inseridas nas RLs, nas Unidades de Conservação 
(UCs) e até mesmo em áreas urbanas. Devem ser cadastradas no Cadastro 
 
 
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Ambiental Rural (CAR), um registro público eletrônico nacional, obrigatório para 
todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as informações ambientais 
das propriedades e posses rurais (Brasil, 2012). 
3.2 Reserva Legal (RL) 
Reserva Legal (RL) é uma área localizada no interior de uma propriedade 
ou posse rural, que deve ser mantida com cobertura vegetal nativa, podendo ser 
explorada de forma sustentável, desde que não comprometa a função ecológica 
da área (Snif, 2023). Assim como a APP, a RL tem como objetivo conservar a 
biodiversidade, os recursos hídricos e o solo, além de facilitar o fluxo gênico da 
fauna e da flora. No entanto, a RL é tocável, ou seja, pode ser manejada ou 
utilizada para atividades econômicas compatíveis com a conservação da 
vegetação nativa. 
As RLs podem ser exploradas economicamente de forma sustentável, 
mediante autorização dos órgãos ambientais competentes, respeitando-se os 
critérios e as normas estabelecidos pela lei. Algumas das atividades permitidas 
nas RLs são: coleta de produtos florestais não madeireiros, manejo florestal 
eventual sem finalidade comercial, exploração agroflorestal, silvicultural ou 
agrossilvipastoril, ecoturismo e turismo rural (Embrapa, 2023). 
A extensão da RL é determinada pelo Código Florestal Brasileiro (Brasil, 
2012) e varia de acordo com o bioma e a região em que se encontra a 
propriedade ou posse rural. Essa lei estabelece os percentuais mínimos de RL 
que devem ser mantidos em cada propriedade ou posse rural: na Amazônia 
Legal, deve ser de 80% em áreas de floresta, 35% em áreas de cerrado e 20% 
em áreas de campos gerais; nas demais regiões do país, a RL deve ser de 20%. 
De acordo com o Código Florestal Brasileiro (Brasil, 2012), é permitida a 
soma das áreas de APPs no cálculo do percentual da RL do imóvel, desde que: 
o benefício previsto não implique a conversão de novas áreas para o uso 
alternativo do solo; a área a ser computada esteja conservada ou em processo 
de recuperação; e o imóvel esteja inscrito no Cadastro Ambiental Rural (CAR) 
(Embrapa, 2023). 
Assim, o proprietário rural deve delimitar uma área específica para lavrar 
a RL, que deve estar coberta por vegetação natural ou regenerada, abrigando 
uma parcela representativa do ambiente natural da região onde está inserida e 
 
 
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que, por isso, torna necessária a manutenção da biodiversidade local (Snif, 
2023). 
Para a regularização da RL, é possível recompor por meio do plantio de 
mudas, semeadura, regeneração natural ou compensação. A recomposição 
poderá ser realizada mediante o plantio intercalado de espécies nativas com 
espécies exóticas ou frutíferas, em sistema agroflorestal. O plantio de espécies 
exóticas deverá ser combinado com o de espécies nativas de ocorrência 
regional. Além disso, a área recomposta com exóticas não poderá exceder a 
50% da área total a ser recuperada (Brasil, 2012). 
A compensação consiste em destinar uma área fora da propriedade rural 
para a conservação. Deve ser equivalente em extensão e padrões ecológicos à 
área a ser compensada, estar localizada no mesmo bioma e em área prioritária 
para conservação (Embrapa, 2023). 
As RLs, assim como as APPs, devem estar cadastradas no CAR, 
instrumento para a regularização ambiental obrigatório para todos os imóveis 
rurais com a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades 
e posses rurais (IBF, 2023). 
TEMA 4 – INSTRUMENTOS AMBIENTAIS RELACIONADOS À FLORA 
Estudos ambientais são instrumentos da legislação que avaliam os 
aspectos ambientais relacionados à localização, instalação, operação e 
ampliação de uma atividade ou empreendimento, apresentando subsídios para 
a análise da licença requerida pelo órgão ambiental competente. Existem 
diversos tipos de estudos ambientais, dependendo do porte, da localização e do 
impacto da atividade ou empreendimento. Alguns instrumentos relacionados à 
flora são: Cadastro Ambiental Rural (CAR), Avaliação Ecológica Rápida (AER), 
Avaliação Ambiental Estratégica (AAE), Avaliação Ambiental Integrada (AAI), 
Estudo de Análise de Risco (EAR), Estudo de Impacto Ambiental e respectivo 
Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA). 
4.1 Cadastro Ambiental Rural (CAR) 
Cadastro Ambiental Rural (CAR) é um registro público eletrônico nacional, 
obrigatório para todos os imóveis rurais, cuja finalidade é integrar as informações 
ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para 
 
 
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controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao 
desmatamento (CAR, 2023). 
Criado pela Lei n. 12.651/2012 (Brasil, 2012), que também instituiu o 
Código Florestal Brasileiro, o CAR é um instrumento para a regularização 
ambiental dos imóveis rurais que permite identificar as Áreas de Preservação 
Permanente (APP), de uso restrito, de Reserva Legal (RL), de remanescentes 
de vegetação nativa e de áreas consolidadas. O CAR também é uma condição 
para a adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), que oferece 
benefícios e incentivos aos proprietários e possuidores rurais que promoverem 
a recuperação das áreas degradadas ou alteradas. Desse modo, o CAR contribui 
para a conservação da biodiversidade, dos recursos hídricos e do solo no país. 
O CAR é gerenciado pelo Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural 
(Sicar), uma plataforma on-line que permite acesso, cadastro, análise, validação 
e monitoramento das informações ambientais dos imóveis rurais. O Sicar é 
integrado pelos órgãos ambientais federais, estaduais e municipais, que são 
responsáveis pela gestão do CAR em suas respectivas competências (IBF, 
2023). 
4.2 Avaliação Ecológica Rápida (AER) 
Avaliação Ecológica Rápida (AER) é um método de diagnóstico para gerar 
informações sobre o estado de conservação de ecossistemas naturais terrestres. 
É uma metodologia ágil de levantamento de espécies vegetais e fauna de 
uma área e considerada uma ferramenta, estratégia, programa ou avaliação de 
conservação. É realizada por uma equipe multidisciplinar de especialistas, que 
utilizam técnicas simples e rápidas para obter uma visão geral da área de estudo. 
O objetivo da Avaliação Ecológica Rápida é fornecer informações científicas 
confiáveis e relevantes para o planejamento e a gestão ambiental, bem como 
para a sensibilização e a educação da sociedade (WWF, 2023). 
A AER utiliza indicadores biológicos e/ou biofísicos, elementos ou 
processos que refletem as condições ambientais de uma área, por exemplo, a 
presença ou ausência de determinadas espécies, a diversidade e a abundância 
de grupos taxonômicos, a estrutura e a composição da vegetação, a qualidade 
e a quantidade da água, entre outras (PNLA, 2023). 
A AER é escolhida para áreas muito grandes, que exigem muitos recursos 
financeiros e humanos para a execução, ou locais de difícil acesso. Alguns 
 
 
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instrumentos utilizados na AER incluem sensoriamento remoto, sobrevoos de 
reconhecimento e coleta de dados em campo. Pode ser aplicada para identificar 
áreas prioritárias para a conservação, avaliar o impacto de atividades humanas, 
monitorar mudanças ambientais, entre outras finalidades (WWF, 2023). 
4.3 Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) 
Avaliação Ambiental Estratégica(AAE) é um instrumento de planejamento 
que visa integrar a dimensão ambiental nas políticas, planos e programas (PPPs) 
de diferentes setores e níveis de governo. A AAE busca identificar, avaliar e 
mitigar os impactos ambientais potenciais e cumulativos de um conjunto de 
ações propostas em uma determinada área ou tema, considerando as 
alternativas estratégicas e os cenários futuros possíveis. A AAE também envolve 
a participação dos atores sociais relevantes e a comunicação dos resultados 
para apoiar a tomada de decisão (PNLA, 2023). 
4.4 Avaliação Ambiental Integrada (AAI) 
Avaliação Ambiental Integrada (AAI) é um instrumento de planejamento e 
gestão ambiental que visa avaliar os impactos cumulativos e sinérgicos de um 
conjunto de empreendimentos ou atividades em uma determinada região. 
Permite identificar as potencialidades e fragilidades ambientais da região, bem 
como as medidas de prevenção, mitigação e compensação dos impactos. É 
muito usado para avaliar a situação ambiental de uma bacia hidrográfica com 
empreendimentos hidrelétricos implantados e potenciais barragens. A AAI é um 
instrumento obrigatório para o licenciamento ambiental de empreendimentos 
hidrelétricos em algumas regiões do Brasil (PNLA, 2023). 
4.5 Estudo de Análise de Risco (EAR) 
Estudo de Análise de Risco (EAR) é um documento técnico que avalia os 
possíveis impactos de uma atividade ou empreendimento sobre a vegetação 
nativa e as espécies vegetais ameaçadas de extinção. O objetivo do EAR é 
identificar, quantificar e qualificar os riscos ambientais associados à implantação, 
operação e desativação de um projeto, bem como propor medidas de prevenção, 
mitigação e compensação desses riscos. O EAR deve seguir as normas e 
diretrizes do órgão ambiental competente e ser elaborado por equipe 
 
 
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multidisciplinar qualificada. O EAR deve conter, no mínimo, os seguintes itens: 
caracterização da área de influência do projeto, diagnóstico da flora existente, 
análise dos cenários de risco, avaliação dos efeitos potenciais sobre a flora, 
definição das medidas de gestão de risco e monitoramento ambiental (PNLA, 
2023). 
4.6 Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto 
Ambiental (EIA/RIMA) 
Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o respectivo Relatório de Impacto 
Ambiental (RIMA) são ferramentas utilizadas para identificar, prever, analisar, 
mitigar e compensar os impactos ambientais decorrentes de um 
empreendimento ou atividade, bem como propor medidas para seu 
licenciamento ambiental. O EIA consiste em um estudo técnico-científico que 
identifica, descreve e analisa os impactos ambientais e propõe medidas 
mitigadoras, compensatórias e monitoramento. O RIMA é um documento que 
apresenta as informações do EIA de forma acessível ao público geral. Deve ser 
elaborado por uma equipe multidisciplinar, composta por profissionais 
habilitados nas áreas de biologia, engenharia florestal, ecologia, geografia, entre 
outras (PNLA, 2023). 
TEMA 5 – MONITORAMENTO E QUANTIFICAÇÃO DA BIOMASSA E DOS 
ESTOQUES DE CARBONO EM FORMAÇÕES VEGETAIS 
O estoque de carbono é a quantidade de carbono armazenada em um 
reservatório, como uma floresta, um solo ou uma atmosfera. O estoque de 
carbono pode variar ao longo do tempo, dependendo dos fluxos de entrada e 
saída de carbono entre os reservatórios (Embrapa, 2023). Um dos principais 
desafios da ecologia é entender como as florestas naturais sequestram e 
armazenam carbono ao longo do tempo, em resposta a diferentes fatores 
ambientais e distúrbios. Essa compreensão é fundamental para o planejamento 
e a implementação de estratégias de manejo e conservação desses 
ecossistemas, que desempenham um papel crucial na mitigação das mudanças 
climáticas (Torres et al., 2013). 
A dinâmica de estoque de carbono em florestas naturais considera os 
efeitos da diversidade de espécies, da estrutura da vegetação, do clima e do 
 
 
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solo. O estoque de carbono aumenta com o avanço da sucessão, mas varia de 
acordo com as condições locais e regionais. Além disso, a diversidade de 
espécies influencia positivamente o estoque de carbono, especialmente nas 
fases iniciais da sucessão. Esses achados fornecem subsídios para o 
desenvolvimento de políticas públicas e práticas de manejo sustentável das 
florestas naturais, visando a conservação da biodiversidade e dos serviços 
ecossistêmicos (Portela et al., 2020). 
O estoque de carbono é medido em unidades de massa, como toneladas 
ou gigatoneladas, e pode ser estimado por meio de métodos diretos ou indiretos. 
Os métodos diretos envolvem a coleta e a análise de amostras físicas, enquanto 
os métodos indiretos usam modelos matemáticos ou sensoriamento remoto. A 
seguir, os diferentes métodos para estimar a biomassa e o carbono das plantas. 
• Método destrutivo: consiste na seleção e derrubada de árvores-amostra, 
que são pesadas e analisadas para determinar a quantidade de biomassa 
e carbono em cada componente da planta (tronco, galhos, folhas e 
raízes). Este método é mais preciso, mas também mais trabalhoso, 
custoso e invasivo, pois requer o sacrifício de árvores e a coleta de 
amostras do solo. 
• Método indireto: utiliza equações matemáticas que relacionam a 
biomassa e o carbono com variáveis facilmente mensuráveis das árvores, 
como o diâmetro, a altura e a densidade da madeira. Os dados coletados 
são usados em equações alométricas para estimar a biomassa da 
vegetação e esses valores são convertidos em estoques de carbono. 
Essas equações podem ser gerais, aplicáveis a diferentes espécies e 
regiões, ou específicas, desenvolvidas para determinada formação 
vegetal. Este método é mais prático, econômico e menos impactante, mas 
também menos acurado, pois depende da qualidade e da adequação das 
equações utilizadas. 
o Sensoriamento remoto: ferramenta fundamental nos estudos de 
quantificação de biomassa vegetal e estoques de carbono. Modelos 
de previsão são calculados por análise de regressão linear múltipla. 
o Modelagem da biomassa florestal: métodos avançados para 
modelagem da biomassa florestal, mapeamento e estimativa que 
unem as práticas de campo e o sensoriamento remoto. 
 
 
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Cada método tem suas próprias vantagens e desvantagens e a escolha 
do método depende das necessidades específicas do estudo. Uma das etapas 
importantes na pesquisa sobre a biomassa florestal é a seleção de árvores-
amostra que representem adequadamente a população de interesse. Essas 
árvores devem ser medidas e pesadas para se obterem dados sobre o volume, 
a densidade e o teor de carbono da madeira. A seleção de árvores-amostra deve 
levar em conta fatores como a idade, o diâmetro, a altura, a forma e a distribuição 
espacial das árvores na área de estudo. O objetivo é obter uma amostra que seja 
suficiente em número e variabilidade para estimar com precisão a biomassa 
florestal (Snif, 2023). 
NA PRÁTICA 
Atividade: restauração de um ecossistema degradado. 
Objetivo: demonstrar o processo de restauração ecológica e os fatores 
que influenciam a recuperação de um ecossistema degradado. 
Materiais: sementes de plantas nativas, ferramentas de jardinagem, solo, 
água, fertilizante orgânico. 
Procedimento: escolha uma área degradada para restaurar. Pode ser 
uma área desmatada, uma área com solo contaminado ou uma área com 
espécies invasoras. 
• Remova as espécies invasoras e limpe a área. 
• Prepare o solo adicionando fertilizante orgânico e água. 
• Plante sementes de plantas nativas na área. 
• Regue as plantas regularmente e monitore seu crescimento. 
Discussão: 
1. Quais foram os principais desafios encontrados durante o processo de 
restauração? 
2. Quais foram as estratégias utilizadas para superar esses desafios? 
3. Como a restauração afetou a biodiversidade da área? 
4. Como a restauração afetou a qualidade do solo? 
5. Quais são as implicações da restauração ecológica para a comunidade 
local?17 
FINALIZANDO 
• Restauração é o processo de auxílio ao reestabelecimento de um 
ecossistema que foi degradado, danificado ou destruído; a recuperação é 
o processo pelo qual um ecossistema reestabelece sua composição, 
estrutura e funcionalidade; reabilitação é quando ações diretas ou 
indiretas têm o objetivo de reestabelecer certo nível de funcionalidade 
ecossistêmica sem buscar a restauração ecológica, mas a renovação e 
continuidade da provisão de serviços ecossistêmicos. 
• Estudos técnicos são instrumentos que avaliam os aspectos ambientais 
relacionados a uma atividade ou empreendimento, apresentando 
subsídios para a análise da licença requerida pelo órgão ambiental 
competente. Os principais instrumentos que visam a recuperação de 
áreas são o PRAD e o PTRF. 
• Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reservas Legais (RL) são 
áreas protegidas por lei, mas com características e finalidades distintas. 
A APP é intocável e abrange qualquer área natural que tenha relevância 
ambiental. A RL é tocável e restringe-se às áreas rurais que devem 
reservar uma parte da vegetação nativa. Ambas as áreas devem ser 
cadastradas no Cadastro Ambiental Rural (CAR), que é um instrumento 
para o controle e monitoramento das áreas protegidas no país. 
• Existem diversos tipos de estudos ambientais, dependendo do porte, da 
localização e do impacto da atividade ou empreendimento. Alguns 
instrumentos relacionados à flora são: Cadastro Ambiental Rural (CAR), 
Avaliação Ecológica Rápida (AER), Avaliação Ambiental Estratégica 
(AAE), Avaliação Ambiental Integrada (AAI), Estudo de Análise de Risco 
(EAR), Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto 
Ambiental (EIA/RIMA). 
• O estoque de carbono é a quantidade de carbono armazenada em um 
reservatório, como uma floresta, um solo ou uma atmosfera. É medido em 
unidades de massa e pode ser estimado por meio de métodos diretos ou 
indiretos. 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
BRASIL. Lei n. 12.651, de 25 de maio de 2012. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 28 maio 2012. 
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Ambiental Rural (CAR). 21 jul. 2023. Disponível em: <https://www.gov.br/pt-
br/servicos/inscrever-imovel-rural-no-cadastro-ambiental-rural-car>. Acesso em: 
18 dez. 2023. 
EMBRAPA. Código Florestal. Disponível em: <https://www.embrapa.br/codigo-
florestal/area-de-reserva-legal-arl>. Acesso em: 18 dez. 2023. 
IBF – INSTITUTO BRASILEIRO DE FLORESTAS. Novo Código Florestal: 
entenda o que mudou na legislação! Disponível em: 
<https://www.ibflorestas.org.br/conteudo/novo-codigo-florestal>. Acesso em: 18 
dez. 2023. 
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antropizadas do Brasil. Curitiba: Ed. da UFPR, 2013. 
PIRATELLI, A. J.; FRANCISCO, M. R. (Org.). Conservação da biodiversidade: 
dos conceitos às ações. Rio de Janeiro: Technical Books, 2013. 
PNLA – Portal Nacional de Licenciamento Ambiental. Estudos ambientais. 
Disponível em: <https://pnla.mma.gov.br/estudos-ambientais>. Acesso em: 18 
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PORTELA, M. G. T. et al. Vegetation biomass and carbon stocks in the Parnaíba 
River Delta, NE Brazil. Wetlands Ecol Manage, v. 28, p. 607-622, 2020. 
PRIMACK, R. B.; RODRIGUES, E. Biologia da conservação. Londrina: Vida, 
2001. 
RESENDE, A. F. de et al. Forest Restoration. Encyclopedia of biodiversity. 
Amsterdam: Elsevier, 2023. 
RODRIGUES, E. Ecologia da restauração. São Paulo: Planta, 2013. 
SÃO PAULO. Resolução SMA n. 008, de 7 de março de 2007. Diário Oficial do 
Estado de São Paulo, Poder Executivo, 8 mar. 2007. 
SNIF – SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES FLORESTAIS. Disponível 
em: <http://snif.florestal.gov.br>. Acesso em: 18 dez. 2023. 
 
 
19 
TORRES, C. M. M. E. et al. Quantificação de biomassa e estocagem de carbono 
em uma floresta estacional semidecidual, no Parque Tecnológico de Viçosa, MG. 
Revista Árvore, v. 37, n. 4, p. 647-655, 2013. 
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dez. 2010. Disponível em: <https://www.wwf.org.br/?27225/A-metodologia-
utilizada-Avaliacao-Ecologica-Rapida>. Acesso em: 18 dez. 2023.

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