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CADEIA DE SUPRIMENTOS AULA 1 Prof. Sérgio Luiz Pirani 2 CONVERSA INICIAL Esta etapa tem como objetivo demonstrar a evolução histórica da Logística e da Gestão da Cadeia de Suprimentos ao longo do tempo, assim como a evolução e a mudança dos conceitos inerentes à Logística e Cadeia de Suprimentos. Aqui é importante frisar que Logística e Cadeia de Suprimentos, embora tenham tarefas dentro do mesmo âmbito, e ambas as tarefas permeiam uma a outra, estas são distintas, o que é uma das evoluções que ocorreram nos últimos anos. Abordaremos, também, ao longo deste estudo, o que é e os objetivos da Gestão da Cadeia de Suprimentos, estoques, compras, vendas, marketing, tecnologia da informação, recursos humanos, rede de distribuição na cadeia, classificação de fornecedores, negociação, estratégias e inovações, parcerias com fornecedores, a importância da Tecnologia da Informação, e as principais tendências, deixando distintas as tarefas exercidas nela e as tarefas da Logística. Com a evolução para gerir as empresas, a Gestão da Cadeia de Suprimentos, no que se refere à Logística das organizações, tornou-se fator estratégico para a competitividade das empresas, pois estas não haviam mais como enxugar os custos de produção e viram nesse serviço a solução para maiores ganhos e ter sua imagem bem vista em relação aos clientes, pois a entrega responsiva, tanto na manufatura como para o consumidor, tornou-se um diferencial, pois a empresa manufatureira garante a produção sem atrasos e o consumidor final fica satisfeito com as entregas rápidas e exatas daquilo que foi solicitado. Mas que para isso aconteça, entra a gestão da cadeia e como ela é feita por elos, sendo estes as empresas que fazem parte da cadeia, como um fornecedor, um distribuidor, atacadista, varejista ou uma indústria, e a gestão deve agir em cada elo para que consiga obter o menor custo operacional possível sem afetar a qualidade do serviço prestado. Percebe-se, aqui, a complexidade de gerir uma cadeia de suprimentos, assim como fica evidente a sua importância para as empresas, uma vez que é estratégica para determinar o sucesso das operações das organizações, seja de uma empresa manufatureira ou de prestação de serviços. Então, vamos ver 3 como essa poderosa ferramenta evoluiu ao longo do tempo, tornando-se fator chave para o sucesso de uma organização. TEMA 1 – CADEIA DE SUPRIMENTOS – O QUE É ESSA FERRAMENTA? Para compreendermos melhor a evolução histórica dessa ferramenta, primeiro, devemos entender o conceito de Logística e de Cadeia de Suprimentos, pois, assim, você perceberá a diferença entre as duas. Observe o Quadro 1, que apresenta alguns conceitos de autores renomados na área. Quadro 1 – Conceitos de Cadeia de Suprimentos CONCEITOS DE CADEIA DE SUPRIMENTOS Chopra e Meindl (2001, p. 3) Afirmam que uma cadeia de suprimento engloba todos os estágios envolvidos, direta ou indiretamente, no atendimento de um pedido de um cliente. A cadeia de suprimentos não inclui apenas fabricantes e fornecedores, mas também transportadoras, depósitos, varejistas e os próprios clientes. Szabo (2015, p. 15) Descreve que a cadeia de suprimentos abrange todas as movimentações de materiais, desde o recebimento da matéria-prima vinda de seus fornecedores, passando pela manufatura do produto, seus distribuidores até a entrega ao consumidor final. Stevenson (1999, p. 530) Corrobora que uma cadeia de suprimentos é uma sequência de fornecedores, depósitos, operações e estabelecimentos varejistas. As empresas podem ter cadeias de suprimentos distintas devido à natureza de suas operações, e devido ao setor de atividades em que atuam. Council Of Supply Chain Management Professionals – CSCMP (2022) O gerenciamento da cadeia de suprimentos abrange o planejamento e o gerenciamento de todas as atividades envolvidas no fornecimento e aquisição, conversão e todas as atividades de gerenciamento de logística. É importante ressaltar que também inclui coordenação e colaboração com parceiros de canal, que podem ser fornecedores, intermediários, provedores de serviços terceirizados e clientes. Em essência, o gerenciamento da cadeia de suprimentos integra o gerenciamento da oferta e da demanda dentro e entre as empresas. Fonte: Pirani, 2022. No Quadro 2, a seguir, veremos alguns conceitos de logística. Por meio deles, veremos e frisaremos as diferenças entre essas duas importantes ferramentas dentro de uma organização. 4 Observe que há um propósito dos conceitos em relação às datas, por exemplo, nos conceitos de Cadeia de Suprimentos há um horizonte de tempo de 1999 a 2022, e referente à logística de 2014 a 2022; com isso, poderemos observar se houve mudança em relação aos conceitos ao longo desse período. Quadro 1 – Conceitos de Logística CONCEITOS DE LOGÍSTICA Bowersox; Closs; Cooper; Bowersox (2014, p. 4) Dentro da gestão da cadeia de suprimentos de uma empresa, logística é a função necessária para transportar e posicionar geograficamente o estoque. Dessa forma, a logística é um subconjunto de atividades e ocorre dentro do quadro mais abrangente da cadeia. Ela é o processo que cria valor pela gestão e pelo posicionamento do estoque e combina o gerenciamento de pedidos, do estoque, do transporte, do depósito, do manuseio de materiais e da embalagem, integrados por meio de uma rede de instalações. Caxito (2019, p. 2) A logística representa o elo entre todas as expectativas geradas pelos demais departamentos, seja vendas, marketing, finanças, custos, pesquisa e desenvolvimento e produção, seja por todos os setores que, somados, visam a um mesmo objetivo: o sucesso de suas metas. Szabo (2015, p. 15) Logística é o processo de planejar, executar e controlar o fluxo e a armazenagem de produtos, com o objetivo de atender aos requisitos do consumidor. Ela visa ao aproveitamento eficaz e eficiente do tempo e da qualidade, além dos bons custos da matéria-prima. Council Of Supply Chain Management Professionals – Cscmp (2022) Definição de Gestão Logística do CSCMP A gestão da logística é a parte da gestão da cadeia de suprimentos que planeja, implementa e controla o fluxo e o armazenamento de mercadorias, serviços e informações relacionadas de forma eficiente e eficaz entre o ponto de origem e o de consumo, a fim de atender aos requisitos dos clientes. Fonte: Pirani, 2022. Em relação aos conceitos de Cadeia de Suprimentos, no Quadro 1, percebemos que há uma ênfase em que ela engloba todos os estágios envolvidos, direta ou indiretamente, no atendimento de um pedido de um cliente (Chopra; Meindl, 2003), assim como os outros dois autores Szabo (2015) e Stevenson (1999), usam outras palavras, mas corroboram a amplitude das ações dela em um todo em relação aos processos organizacionais. Nesses conceitos, observa-se que as ações da cadeia de suprimentos vão além da logística. 5 Mas fica evidente as diferenças quando observamos os conceitos de CSCMP (2022) e Bowersox, Closs, Cooper, Bowersox (2014), o primeiro afirma que a logística é uma parte da cadeia de suprimentos com tarefas distintas dentro do planejamento da cadeia e que é também afirmado pelo segundo grupo de autores que deixam claro que a logística “Dentro da gestão da cadeia de suprimentos de uma empresa, logística é a função necessária para transportar e posicionar geograficamente o estoque”, ou seja, a logística cuida das movimentações e algumas tarefas de planejamento dentro da cadeia de suprimentos. 1.1 Funções de uma cadeia de suprimentos Um dos principais objetivos da gestão da cadeia de suprimentos é a integração entre os participantes dela, e essa integração fica mais estreita quando se realiza o seu mapeamento, o qual iremos abordar mais adiante de forma detalhada,pois, somente assim acontecerá um gerenciamento otimizado em que todos os participantes da cadeia agirão de forma colaborativa. Em relação aos fornecedores, o relacionamento deixa de ser somente focado no preço, mas volta-se para um relacionamento de parceria a longo prazo; a confiança nas relações é a base do compromisso das partes envolvidas. A transparência nas relações é fator-chave para a troca de tecnologias e conhecimento na cadeia, pois é nesse âmbito que há o desenvolvimento de novos processos e produtos, em que os pares agem de forma participativa direta com sinergia positiva entre as partes. 6 No que tange aos consumidores, a gestão de relacionamento com os clientes (CRM – Customer Relationship Management) é realizada na venda e no pós-venda, tanto para prospectar dados do cliente, como para atender suas necessidades, daí a prospecção de informações do cliente ser primordial. Hoje, os prestadores de serviços são classificados como parceiros, pois o sucesso da gestão da cadeia está atrelado ao bom e confiável relacionamento com eles, por isso a importância de ter critérios rígidos de seleção para que o relacionamento entre as partes seja duradouro. Agora, vamos ver algumas funções da logística dentro da cadeia de suprimento. 1.2 Funções da logística dentro da cadeia de suprimentos Dentro da gestão da cadeia de suprimentos de uma empresa, a logística é a função necessária para transportar e posicionar geograficamente o estoque. Dessa forma, a logística é um subconjunto de atividades e ocorre dentro do quadro mais abrangente da cadeia. Ela é o processo que cria valor pela gestão e pelo posicionamento do estoque e combina o gerenciamento de pedidos, do estoque, do transporte, do depósito, do manuseio de materiais e da embalagem, integrados por meio de uma rede de instalações. Já a logística integrada serve para vincular e sincronizar a cadeia de suprimentos como um processo contínuo e é essencial para a conectividade efetiva da cadeia. Embora o objetivo do trabalho logístico tenha permanecido essencialmente o mesmo ao longo de décadas, o modo como o trabalho é realizado continua a mudar radicalmente (Bowersox; Closs; Cooper; Bowersox (2014, p. 4). No quadro 3 podemos ver algumas das atividades que são realizadas no cotidiano logístico, ou seja, aqui fica claro os subconjuntos das atividades exercidas pela logística dentro da cadeia de suprimentos, mas essas são só algumas das atividades exercidas pela logística, existem muito mais e que serão abordadas ao longo deste estudo. 7 Quadro 2 – Algumas das atividades da logística Crédito: Artiom Photo/Shutterstock. 1. Transportes (marítimo, hidroviário, dutoviário, aéreo, rodoviário), roteirização das entregas, custeio do transporte rodoviário de cargas, decisão sobre os melhores meio de transporte etc. Crédito: Abscent Vector/Shutterstock. 2. Gestão de estoques, endereçamento e movimentação e manuseio de materiais, custos de armazenagem, controle de entrada e saída de materiais etc. Crédito: Vectorbum/Shutterstock. 3. Desenvolvimento e projetos de embalagens – paletes, contêineres – isso é realizado em relação à legislação e padronização mundial de embalagens, uma vez que as vendas e recebimentos são globais - padronização ISO. Crédito: O n E studio/Shutterstock. 4. Gestão de armazéns que engloba recebimentos e conferência de materiais, responsável pelo controle de qualidade dos produtos no instante em se recebe e se faz a conferência, controle do registro e endereçamento dos materiais, preparação, conferência e expedição de pedidos. Crédito: Ground Picture/Shutterstock. 5. Gestão de pedidos – recebimento e conferência do que foi pedido pelo cliente, no relacionamento com este tirar dúvidas e informar o acompanhamento do que foi solicitado, controlar disponibilidade de inventário etc. Agora, acredito eu, que tenha ficado claro as diferenças entre a Logística e a Cadeia de Suprimentos, e que tenha percebido que as tarefas de ambas, https://www.shutterstock.com/g/Artiom+Storojenco https://www.shutterstock.com/g/Abscent https://www.shutterstock.com/g/Vectorbum https://www.shutterstock.com/g/jongjet https://www.shutterstock.com/g/Ground+Picture 8 como afirmado anteriormente, permeiam entre uma e outra, daí serem conjuntas nas relações, pois uma depende da outra diretamente. Assim, podemos ver como houve a evolução dessas duas importantes tarefas ao longo do tempo para se tornar fator-chave para o sucesso de uma organização na atualidade. TEMA 2 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA LOGÍSTICA E CADEIA DE SUPRIMENTOS – REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Não podemos ir direto ao ponto da evolução da gestão da cadeia de suprimentos, pois esta é oriunda da evolução da logística e que, historicamente, falando em termos organizacionais, é bastante recente. Veremos, a seguir, como isso ocorreu ao longo do tempo. 2.1 A Revolução Industrial A Primeira Revolução Industrial ocorreu entre 1780 e 1840, na Inglaterra, que, segundo Ferreira, Reis e Pereira (2006), foi o primeiro impacto que promoveu uma profunda transformação econômica e social. O homem do campo e o antigo artesão, destituídos de qualquer coisa além de sua força de trabalho, passaram a vendê-la ao novo capitalismo industrial. Na Segunda Revolução Industrial, ocorrida entre 1840 e 1895, o processo de industrialização se alastrou da Grã-Bretanha para vários países, promovida por aprimoramento dos meios de transporte e pelo abundante capital acumulado na Inglaterra. Até então as produções eram locais para consumo local ou na região, e não mais que isso. Porém, com a evolução dos meios de transportes, que na época foi o transporte ferroviário e o naval, a produção passa a ser realizada para o consumo de um país; posteriormente, abrange países de outros continentes. Nessa época, embora com toda a revolução, as tecnologias e os métodos de trabalhos eram rudimentares, mas à medida que as ferrovias foram sendo implementadas barateando os custos dos transportes, novas necessidades surgiram, como equipamentos para a movimentação dos materiais, equipamentos para carregar e descarregar navios, o que, para a época, eram tecnologias fantásticas e que otimizavam em muito as tarefas do dia a dia, pois o comércio marítimo internacional não previa embalagens e as mercadorias eram soltas nos cascos dos navios, dificultando muito a carga e descarga das mercadorias, como se pode observar na Figura 1. 9 Figura 1 – Antigo navio cargueiro sendo carregado manualmente Crédito: AY Amazefoto/Shutterstock. 2.2 Enfoque nas melhorias dos transportes rodoviários e armazéns no início do século XX No início do século XX, o combustível, como a gasolina, era um item muito barato. Assim, os primeiros caminhões que surgiram foram projetados para utilizar esse tipo de combustível. Os motores a diesel, segundo a Blumeglobal (2022), foram introduzidos em meados da década de 1920, nessa época, já existiam conceitos para as empilhadeiras, tamanho foi o avanço das tecnologias e novas necessidades. Observe na Figura 2 que os caminhões eram pequenos em vista do que estamos acostumados a ver na atualidade, mas nesse tempo foi um grande avanço, pois facilitava muito a transferência de produtos de um lugar para o outro de forma rápida. https://www.shutterstock.com/g/Ayrat+Yusupov 10 Figura 2 – Caminhão de carga antigo Crédito: Arcansel/Shutterstock. Com a evolução dos transportes e sua grande rapidez em transportar as mercadorias, as necessidades deixaram de ser locais e estavam longe dos locais onde eram produzidas; assim, nasce a necessidade da construção de armazéns para suprir as demandas longe do local de produção e necessidades regionais. O período desse desenvolvimento foi em 1925, quando os paletes tiveram seus primeiros usos, permitindoque as mercadorias fossem consolidadas, trazendo maior segurança na manipulação, garantindo a qualidade do produto e otimizando a quantidade de se transportar mais produtos de uma única vez, tendo melhor aproveitamento dos armazéns de forma vertical. TEMA 3 – O INÍCIO DA MECANIZAÇÃO NA CADEIA LOGÍSTICA Se buscarmos a evolução nas organizações na literatura, perceberemos que 1930 e 1950 foi uma fase muito profícua para invenções de modo geral. Forte mudança no modo gerir as empresas e a padronização dos processos é um dos indicadores desse avanço, pois muitos estudiosos, engenheiros, administradores e aplicadores de ideias viram que a padronização facilitaria muito os processos de serviços e de produção nas organizações. https://www.shutterstock.com/g/Stub 11 Logicamente, essa evolução atingiu fortemente a cadeia logística em todas as suas esferas, como a gestão de armazéns e estoques, sistemas de produção (movimentação de materiais para a produção), linha de produção, transporte interno e externo à organização etc., mas não com a visão acurada da logística como vemos hoje, pois antes não haviam aplicado o conceito de logística nas organizações, mas iniciavam os estudos para tal aplicação. Com a Segunda Guerra Mundial (1939 e 1945), muitos estudiosos, como Eli Whitney, Frederick W. Taylor, Henry Ford e observadores viram que a logística, embora não com o conceito atual, era um fator crucial para o sucesso das tropas na linha de frente, pois entregavam os suprimentos, com as maiores adversidades possíveis, em tempo certo e com as quantidades necessárias para o provimento das tropas, e essa leitura foi feita por especialistas da área que trouxeram o conceito da logística de guerra para dentro das organizações. A mecanização era só uma questão de tempo, pois as necessidades já existiam, e antes desse período, o engenheiro Eugene Bradley Clark cria a empilhadeira para facilitar a movimentação de materiais, veja a história, da própria Clark fabricante de empilhadeira até hoje: Clark: Fabricante de empilhadeira desde 1917 Você já se perguntou quem foi o inventor da empilhadeira, item essencial em quase toda operação logística? Algumas invenções que melhoram nosso dia são mundialmente conhecidas, bem como seus idealizadores. A lâmpada elétrica, o automóvel, o telefone […] Mas pouco falamos sobre a criação da empilhadeira. Tudo começou em 1917 em uma fábrica de brocas da indústria ferroviária, no estado de Michigan, no norte dos Estados Unidos. O engenheiro Eugene Bradley Clark buscava uma maneira eficaz e barata de transportar cargas de um ponto a outro e que não necessitasse da força humana. Na época, a empilhadeira ainda não existia. A matéria-prima em questão era pesada, como areia e material de fundições de tornos das instalações da fábrica. Portanto, encontrar uma alternativa à força humana também agilizaria o processo. Tructractor – o primeiro produto de transporte da CLARK Foi assim que um grupo de funcionários da CLARK, com ajuda de Eugene Clark, deram vida ao primeiro protótipo de empilhadeira. Uma espécie de caminhão com plataforma de três rodas e uma caixa com capacidade de transportar até duas toneladas. Foi batizado de Tructractor. Alguns anos mais tarde, a CLARK lançaria também a primeira empilhadeira com um elevador hidráulico – o Tructier. (Clark Empilhaeiras, 2022). Saiba mais Para conhecer mais cada tipo de empilhadeiras, acesse o link disponível em: <https://clarkempilhadeiras.com.br/>. Acesso em: 15 set. 2022. https://clarkempilhadeiras.com.br/ 12 Podemos perceber com essas criações da Clark Empilhadeiras que, à época, foi revolucionário para a movimentação de materiais e era um caminho sem volta, devido à agilidade, à capacidade de carga e à segurança nas operações proporcionadas por esses veículos, e o ganho de produtividade por funcionário nunca tinha alcançado um patamar tão elevado. TEMA 4 – A PADRONIZAÇÃO E A CONTEINERIZAÇÃO NA CADEIA LOGÍSTICA – 1950 Na atualidade, é bastante comum vermos contêineres sendo transportados com mercadorias por caminhões por toda parte em nosso país. Essa embalagem, vamos dizer assim, foi revolucionária para o meio de transporte de mercadorias em todo o mundo, pois proporciona versatilidade, proteção, agilidade na carga e descarga, só para citar algumas vantagens. O contêiner foi considerado a maior revolução nas redes logísticas em todo o globo. Mas como os contêineres chegaram nesse patamar na atualidade? 4.1 Conteinerização A PSL Services Logistics (2022) afirma que o primeiro contêiner de transporte padrão foi inventado e patenteado por Malcolm McLean (EUA, 1956). Embora ele não fosse um transportador marítimo, era dono da maior empresa de caminhões do país. Gradualmente, ele teve a ideia de como tornar o transporte intermodal perfeito e eficiente. Durante anos, quando Malcolm começou sua empresa de transporte rodoviário, a carga era carregada e descarregada em caixas de madeira de tamanhos ímpares, ele observou carregadores de docas descarregando cargas de caminhões e transferindo-as para navios, e ficou surpreso com a inadequação desse método. Malcolm sabia que tanto as transportadoras quanto as companhias de navegação ganhariam com um processo padronizado de transferência de carga. Então, ele decidiu fazer uma mudança – comprou a Pan Atlantic Tanker Company com todos os seus ativos de transporte. Com isso, começou a experimentar melhores formas de carregar e descarregar caminhões. Finalmente, surgiu o que hoje é chamado de contêiner de transporte. É forte, resistente a roubo, confiável e fácil de transferir. Em abril de 1956, o primeiro contêiner foi embarcado, o Ideal X. Ele partiu de Port Newark e fez sua rota com sucesso para Houston. 13 Já na estreia de lançamento, esse meio de transportar mercadorias com agilidade e segurança foi um sucesso, e pelas suas enormes vantagens, permanece até a atualidade e com poucas alterações, mas todas elas padronizadas obedecendo as necessidades internacionais, uma vez que é utilizado no mundo inteiro. Podemos, com isso, afirmar que é indiscutível que essa invenção foi a maior revolução nos últimos tempos em relação aos meios de transportes de mercadorias. Isso se deve às características inerentes aos contêineres e uma das principais é sua intermodalidade, ou seja, pode ser transportado por vários modais, pois tamanha é a sua importância em que as indústrias navais, de trens, caminhões e aeronáuticas moldaram seus padrões de construções para que seus produtos destinados aos transportes fossem adaptados diretamente na indústria, ou fossem adaptados de forma razoavelmente simples para atender esse nicho de mercado de transporte. Na verdade, tornou-se uma obrigatoriedade, pois o mundo cedeu as suas versatilidades, em que a padronização proporcionou que tanto um caminhão, um trem ou navio possam dar continuidade ao mesmo transporte em qualquer parte do mundo, ou seja, uma mercadoria que sai da Índia, por exemplo, que tem seu trajeto iniciado por um caminhão, pode desembarcar em um navio até chegar ao Brasil, que poderá ser transportado por trem, caminhão, barcaça (em água doce nas hidrovias) ou ainda navios, sem ser necessário fazer nenhum tipo de adaptação, pois todos os modais já estão projetados para receber os contêineres, daí a importância da padronização. Já imaginou como seria uma carga transportada sem essa padronização dos contêineres? Mas ela só ocorreu a partir da década de 1960, 10 anos após a sua invenção e essa padronização foi denominada de “conteinerização”, o que foi um marco para impulsionar o comércio global trazendo grande agilidade e economia aos meios de transportes favorecendo o consumidor final. Na Figura 3 podemos perceber como os contêineres podem ser transportados por trens que aproveitam bem a sua capacidade de carga por meio do “double stack”– pilha dupla de contêineres. 14 Figura 3 – Double stack – carga dupla de contêineres (sobrepostos) Crédito: AJ Packer/Shutterstock. 4.2 Tecnologia da informação na cadeia logística entre as décadas de 1960 a 1980 O governo de Washington Luís (1926-1930), o qual ficou conhecido por afirmar que “governar é abrir estradas” foi impulsionado pelas indústrias automotivas que estavam se instalando no Brasil, o que já não tinha uma tradição de usar o transporte ferroviário, o qual ficou em segundo plano até a atualidade, tanto que o transporte rodoviário de cargas é o principal até a atualidade, ou seja, é o que mais movimenta carga em nosso país. Havia uma tendência mundial a partir da década de 1960 para migrar o transporte ferroviário para o rodoviário para curtas distâncias. Nessa esteira veio a evolução dos paletes, atendendo a padronizações, uma grande evolução tecnológica nos equipamentos de movimentação de materiais, aliado à conteinerização das cargas que, além de agilizar os transportes, cargas e descargas, trouxe muita economia nos meios de transportes, além da versatilidade que permite o transporte de cargas variadas, como congeladas, produtos perigosos, cargas secas, combustíveis etc. https://www.shutterstock.com/g/AJ+Packer+19 15 Nessa onda de agilidade nos transportes, a tecnologia da informação veio para somar e agilizar e trazer ainda mais confiabilidade a todos os processos logísticos de cadeia de suprimentos em meados da década de 1960, quando a IBM (International Business Machine Corporation) desenvolveu o primeiro sistema computadorizado de gerenciamento de estoques pelo engenheiro dessa empresa, Joseph Orlicky, que desenvolveu o Material Requirement Planning – MRP (Planejamento das necessidades de materiais) em 1964, utilizado até a atualidade de forma muito sofisticada. O MRP foi um marco na agilização dos processos logísticos, pois permitia fazer previsões de demanda mais precisas, diminuindo consideravelmente a margem de erro das necessidades de materiais para uma empresa, além de gerenciar de forma otimizada o armazenamento de materiais (endereçamento e retirada de matéria mais precisa), roteamento de caminhões e um gerenciamento de estoques muito mais confiável. O primeiro sistema de gerenciamento de armazéns em tempo real foi instalado em 1975, facilitando o rastreamento de pedidos, estoque e distribuição, levando a uma maior eficiência. Na mesma época, os códigos de barras tornaram muito mais fácil digitalizar produtos, iniciando o afastamento da entrada manual de SKUs (stock keeping unit – unidade de manutenção de estoque) e códigos de produto (Blumemglobal, 2022). TEMA 5 – CADEIA DE SUPRIMENTO VOLTADA PARA O MUNDO – 1980 ATÉ A ATUALIDADE Uma das características marcante da Cadeia de Suprimentos é a sua capacidade de adaptação para as necessidades ao longo do tempo, seja de um consumidor, seja das empresas, essa sempre muda e de modo muito rápido para suprir as demandas de ambos os lados, cliente e produtor. No que se refere às empresas, essa traz com a gestão a tecnologia da informação que proporciona agilidade nunca vista antes em todos os processos da cadeia de suprimentos, como a integração de toda a cadeia, fornecedores, indústria, clientes em tempo real. O termo Gestão da Cadeia de Suprimentos nasce na década de 1980, com a integração dos processos logísticos, pois era um interesse das partes participantes da cadeia como os fabricantes, transportadores, fornecedores etc. 16 Surgiram nessa esteira da evolução da informatização o computador pessoal, a internet, softwares voltados para infinitas necessidades, seja pessoal ou organizacional em uma velocidade impressionante. Os softwares desenvolvidos para a gestão da cadeia de suprimentos trouxeram planilhas flexíveis (moldáveis às necessidades particulares das organizações), mapeamento de processos, de rotas de transportes de mercadorias e softwares para gerenciamento de pátio, redes de distribuição e a introdução do Planejamento dos Recursos Empresariais, o Enterprise Resource Planning – ERP. As etiquetas RFID (Radio Frequency Identification), Figura 4, foram idealizadas para facilitar e aprimorar o rastreamento e a identificação eletrônica de itens em estoques (armazéns e mercados, por exemplo) e auxiliam também o controle e o rastreamento de remessas de mercadorias. Figura 4 – Esquema de funcionamento básico de uma etiqueta RFID Crédito: Trueffelpix/Shutterstock. A etiqueta RFID, conforme demonstrada no esquema da figura anterior, é sensível à frequência de ondas de rádio emitida por uma torre ou uma pequena antena interna ao armazém, por exemplo. Na etiqueta estão registradas todas as informações necessárias da mercadoria (track) (quem fabricou, data de fabricação, lote, validade, tipo de mercadoria etc.), essas informações são lidas pelos decodificadores vinculados a um computador que possui o software programado para identificar os códigos e traduzir as informações contidas na etiqueta. Outra tecnologia largamente utilizada para ajudar na gestão da cadeia de suprimentos é o Quick Response Code - QR Code, ou código de resposta rápida. Segundo a Qr Code Generator, Em 1994, DENSO WAVE, uma subsidiária da Toyota, precisava de uma tecnologia mais rápida e robusta que o código de barras. O https://www.shutterstock.com/g/Trueffelpix https://www.denso-wave.com/en/technology/vol1.html/ 17 propósito era processar maiores quantidades de caracteres e rastrear veículos e peças com facilidade. Masahiro Hara com a sua equipe de duas pessoas desenvolveu o que chamamos agora de QR Code. O QR Code, por meio de sua facilidade de geração, capacidade de concentrar uma grande quantidade de informações e ser acessado por celulares, não precisando de um leitor especial, scanner, por exemplo, mas somente de um software que permite a leitura em computadores e celulares – Figura 5, além de qualquer pessoa conseguir gerar o código, fez com esse meio de comunicação se tornasse um sucesso no auxílio da gestão da cadeia de suprimentos. Figura 5 – Leitor de QR Code instalado em um celular Crédito: buffaloboy/Shutterstock. Esses itens de tecnologias mencionados brevemente aqui e por fazer parte do dia a dia de uma cadeia de suprimentos, serão abordados de forma mais detalhada em suas aplicações nesse material no momento oportuno. 5.1 A cadeia de suprimentos e a globalização Vimos as tecnologias que contribuem para que a cadeia de suprimentos possa ser gerida de forma mais eficiente, como os Qr Code, RFID, código de barras, ERP etc. É importante salientar aqui que, na atualidade, fazer a gestão https://www.shutterstock.com/pt/g/buffaloboy 18 de uma cadeia de suprimentos de classe mundial com a eficiência da qual se tem hoje, seria praticamente impossível, pois o tempo demandado para fazer muitas das operações seriam muito longos. Além disso, os custos ficariam altíssimos, podemos ver uma pequena parcela dessa complexidade na Figura 6, na qual visualizaremos a movimentação em determinado porto. Essa crescente história da evolução da cadeia de suprimentos nos remete a constantes transformações que ocorreram ao longo dos últimos anos de forma acelerada com a internacionalização da economia e trazendo grande complexidade para a gestão da cadeia de suprimentos, uma vez que as negociações de produtos acabados, matérias-primas, commodities, produção em parceria entre empresas que estão alocadas em vários países fizeram que a essa cadeia se tornasse estratégica para o sucesso das operações e competitividade das empresas. Nessa formação da história da globalização da economia e das relações entre países, temos alguns protagonistas que ficaram conhecidos como os “Tigres Asiáticos”, pois foram os maiores influenciadores para a crescente explosão da manufatura na Ásia, tendoa China como a estrela deles, seguida pela alta tecnologia e de produtos de alta qualidade do Japão e Coreia do Sul que ganharam o mundo exportando seus produtos a preços competitivos e com qualidade. Nessa esteira vieram as tecnologias de ponta incorporada em produtos, as tecnologias embarcadas, a Inteligência Artificial (IA) e as máquinas que aprendem, as quais contribuíram de forma rápida e direta na cadeia de suprimentos, uma vez, que com o uso delas, foi permitido que as absorções de dados dos clientes e consumidores em todo o mundo tornassem as previsões e análises preditivas (futuras) mais próximo da realidade, proporcionando que o gerenciamento de pedidos na cadeia se tornasse mais preciso. Essa evolução não para por aí, pois já estão configurando cadeias de suprimentos como um ecossistema mais colaborativo que será totalmente orientado por redes de participantes que, em conjunto, trabalham para a geração de valor na rede entregando um produto com um preço mais acessível ao cliente final; como consequência, o ganho também será em rede, pois todos ganharão ao final. 19 Figura 6 – Recebimento e expedição de contêineres em porto Crédito: Delpixel/Shutterstock. A evolução da cadeia de suprimentos sai de uma linha de evolução de uma integração flexível que procura se adaptar ao mercado voltado para a gestão dos processos logístico e de produção na década de 1970 para uma integração estratégica entre os elos da cadeia (elos = participantes). O trabalho foi realizado para que houvesse a integração plena entre os elos, voltados para uma logística integrada que incorpora a logística reversa, que é uma grande preocupação humanitária e organizacional na atualidade para que se atinja a integração globalizada em toda a rede. Não afirmar que não existem desafios nesse cenário de constante evolução seria uma palavra regada à inocência, pois as mudanças são a base da evolução da cadeia de suprimentos. Os desafios não se sustentam tanto nos quesitos de produção e entregas dos produtos, mas sim na ética do que e como é produzido um determinado produto por uma empresa. Por exemplo, a mão de obra utilizada é infantil? A remuneração é condizente com o mercado ou beira a trabalho análogo a escravidão? Quais as origens das matérias-primas? Impactam fortemente o meio ambiente? Tudo isso pode impactar de forma imediata o consumo de um produto, daí a cadeia de suprimentos não terá remédio para isso. https://www.shutterstock.com/pt/g/Delpixel 20 Ainda há os desafios que deverão ser superados para fatores contingenciais, pois o gestor deverá estar preparado para tomar decisões rápidas para acontecimentos inesperados, seja no âmbito de problemas de alfândegas, aumentos de tarifas entre um e outro país, desastres naturais que possam comprometer datas já negociadas ou ainda problemas de transporte global, como o que ocorreu com o petróleo, em que boa parte da frota mundial estava carregada e não tinha onde descarregar. Além de todos esses desafios, pode-se perceber que está em pauta na agenda e aprendizagem dos gestores de cadeia de suprimentos e de fabricantes como trabalhar, produzir e contribuir para a sociedade junto aos conceitos dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), o que veremos a seguir para compreender melhor quais as ações da gestão da cadeia de suprimentos e esses objetivos, os ODS. 5.2 Os objetivos do desenvolvimento sustentável e a cadeia de suprimentos Como há forte preocupação mundial com os ODS, as empresas estão embarcando nesses objetivos, pois como já afirmado, a cobrança da ética e cuidados com o meio ambiente estão sendo cada vez mais cobrados dos consumidores. Mas como a cadeia de suprimentos poderá contribuir com os ODS? Quais seriam as funções da cadeia que poderiam ser atingidos pelos ODS? Em primeiro lugar, não podemos ver a cadeia de suprimentos como sendo algo independente de uma organização, logo, essa está dentro dos compromissos de uma organização em relação aos ODS. Se analisarmos cada um dos ODS, fica fácil de ver como a contribuição da gestão da cadeia de suprimentos poderá contribuir de forma direta com vários ODS, como o ODS 2, ora a função da cadeia está relacionada à produção em toda a sua esfera, e distribuir essa produção de forma eficiente e com preços mais acessíveis a todo consumidor; assim, um alimento pode chegar mais barato onde se precisa, melhorando a nutrição da população em geral, além de tomar todos os cuidados na cadeia produtiva em relação à preservação ambiental. 21 Agora eu deixo a seu critério analisar cada um dos ODS e ver como a gestão da cadeia de suprimentos poderá dar sua parcela de contribuição de forma direta ou indireta para cada um deles. Figura 7 – 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) Fonte: ONU. • Objetivo 1. Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares; • Objetivo 2. Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável; • Objetivo 3. Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades; • Objetivo 4. Assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos; • Objetivo 5. Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas; • Objetivo 6. Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e o saneamento para todos; • Objetivo 7. Assegurar a todos o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia; • Objetivo 8. Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos; • Objetivo 9. Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação; • Objetivo 10. Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles; 22 • Objetivo 11. Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis; • Objetivo 12. Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis; • Objetivo 13. Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e os seus impactos (*); • Objetivo 14. Conservar e usar sustentavelmente os oceanos, os mares e os recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável; • Objetivo 15. Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade; • Objetivo 16. Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis; • Objetivo 17. Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável. Saiba mais Sobre a Agenda dos ODS, leia o conteúdo disponível em: <https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/Brasil_Amigo_Pesso_Idosa/A genda2030.pdf>. Acesso em: 15 set. 2022. FINALIZANDO No tópico 1, vimos sobre o que é a cadeia de suprimentos, suas funções e as funções da logística dentro da cadeia de suprimentos na intenção de deixar claro a diferença entre essas duas ferramentas. No tópico 2, comentamos sobre a evolução histórica da logística e da cadeia de suprimentos oriunda da Revolução Industrial. Abordamos, ainda, sobre o enfoque nas melhorias dos transportes e armazéns no início do século XXI, como fator importante para a otimização dos processos logísticos e de toda a cadeia. No tópico 3, exploramos o início da mecanização na cadeia logística, sendo um grande marco na evolução dos processos, em que a máquina começou a substituir a força humana. 23 No tópico 4, estudamos a padronização e a conteinerizaçãona cadeia logística na década de 1950, o que foi a pauta do assunto com inovações como a conteinerização que revolucionou os meios de transportes de mercadorias em todo o mundo. Vimos, também, como a tecnologia da informação entrou na cadeia logística entre as décadas de 1950 a 1980 e sua grande evolução nesse hiato de tempo. Findamos com o tópico 5, descrevendo a cadeia de suprimentos voltada para o mundo a partir da década de 1980 até a atualidade, em que trabalhamos sobre os efeitos da globalização na gestão da cadeia de suprimentos. Foram evidenciados os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e como a gestão da cadeia de suprimentos foi impactada e como essa poderá contribuir de forma direta ou indireta com cada um dos objetivos propostos nos ODS. 24 REFERÊNCIAS BLUMEMGLOBAL. The History and Evolution of the Global Supply Chain. Disponível em: <https://www.blumeglobal.com/learning/history-of-supply- chain/>. Acesso em: 16 set. 2022. BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J.; COOPER, M. B.; BOWERSOX, J. C. Gestão logística da cadeia de suprimentos. 4. ed. Porto Alegre: Bookman/AMGH, 2014. CAXITO, F. (Coord.). Logística: um enfoque prático. 3. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2019. p. 2. CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gerenciamento da cadeia de suprimentos – estratégia, planejamento e operação. São Paulo: Prentice Hall, 2003. p. 3. CLARK EMPILHADEIRAS. Site. Disponível em: <https://clarkempilhadeiras.com.br/empilhadeira-o-que-voce-precisa- saber/#Clark_Fabricante_de_empilhadeira_desde_1917>. Acesso em: 16 set. 2022. 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