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CONSTRUINDO E ANALISANDO O SISTEMA 
RESPIRATÓRIO 
Pamela Ullio 
Resumo: 
Com a finalidade de desenvolver o aprendizado por 
meio do diálogo reflexivo, alunos do ensino 
fundamental foram mobilizados a construírem em 
grupo um modelo do sistema respiratório. A partir de 
uma atividade interativa organizada pela professora, 
os alunos se dividiram em seis grupos, na qual 
providenciaram materiais que auxiliaram na 
realização da tarefa como: quatro canudos, quatro 
bexigas, uma garrafa Pet de 500 ou 600 ml e fita 
durex. Em todo o processo, o diálogo esteve 
presente, principalmente na confecção da estrutura 
que permitiu que reconhecessem nela os órgãos que 
compõem o sistema em questão e percebessem a 
forma e textura do mesmo. Assim compreenderam 
que a respiração é um movimento muscular, 
principalmente do diafragma, e da caixa torácica que 
promovem uma diferença de pressão com o meio 
externo. Desta forma conclui-se que a confecção de 
modelos do corpo humano permite o diálogo e 
analogias que promovem uma aproximação ao 
conhecimento e à relação de semelhança entre o 
modelo e a estrutura real. 
Palavras-chave: ensino de ciências; aprendizado 
por experimentação; sistema respiratório. 
Introdução: 
O sistema respiratório é o conjunto de órgãos que 
trabalham em conjunto para garantir a troca gasosa ou 
hematose, isto é, a entrada de oxigênio no sangue e a saída de 
gás carbônico, a fim de manter as funções vitais. Para que isto 
ocorra, o ar percorre um caminho que se inicia nas narinas, na 
qual imediatamente é enviado para as cavidades nasais, dois 
canais ocos separados por uma estrutura cartilaginosa chamada 
septo nasal, onde é filtrado, umidificado e aquecido. Após passar 
por esta estrutura é encaminhado para a faringe, um canal que 
se comunica com o Sistema Digestório e que o conduz à laringe, 
um tubo muscular formado por cartilagens e que abriga as 
cordas vocais, músculo responsáveis por produzir o som da voz 
mediante sua vibração. Em seguida é levado para traqueia, outro 
tubo muscular formado por estruturas cartilaginosas que se 
bifurcam formando os brônquios. Chegando aos brônquios é 
conduzido por ramificações chamadas bronquíolos atingindo 
 
 
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pequenos sacos de espessura fina, chamadas de alvéolos, onde 
finalmente é absorvido. Algumas destas estruturas comentadas 
anteriormente como brônquios, bronquíolos e alvéolos são 
protegidas por sacos róseos e esponjosos chamado de pulmões 
(LAURENCE, 2009; SANTOS et al, 2010; DEMEC, 2012). 
Este processo ocorre por meio de um movimento de 
inspiração e expiração chamado respiração, na qual envolve a 
caixa torácica, os músculos intercostais e o diafragma que 
separa a estrutura respiratória da cavidade abdominal. Esta 
estrutura funciona da seguinte forma: quando o diafragma se 
contrai, ou seja, se abaixa, o volume da caixa torácica aumenta 
fazendo com que a pressão interna em relação à pressão 
atmosférica diminua, permitindo que o ar entre no corpo e 
chegue até os pulmões. Já quando o referido músculo relaxa, 
isto é, levanta, o volume da caixa torácica diminui e a pressão 
desta com relação à da atmosfera é maior, liberando o gás 
carbônico para fora (LINHARES; GEWANDSZNAJER, 2005; 
PORTAL DA FUNDAÇÃO BRADESCO, 2012). 
Ultimamente a construção de modelos que simulam a 
realidade tem sido estimulada no ambiente escolar para facilitar 
a compreensão de conceitos científicos, para promover uma 
participação mais ativa do aluno no aprendizado. Este tipo de 
abordagem é necessária, principalmente no Ensino 
Fundamental. Nesta faixa de aprendizado o objetivo principal do 
Ensino de Ciências é auxiliar o educando a compreender o 
mundo em que vive e as transformações que nele ocorrem por 
meio da interação com os conteúdos curriculares. Esta relação 
por sua vez pode ocorrer, por exemplo, por meio de questões 
elaboradas pelo professor. (ZOMPERO; LABURU, 2011b; SATO; 
JUNIOR, 2006). 
As atividades práticas proporcionam este exercício por 
permitir que o aluno, através da manipulação de materiais e 
ferramentas, entenda com maior facilidade os conteúdos 
abstratos podendo desenvolver habilidades cognitivas como a 
capacidade de interpretar, se comunicar, refletir e interagir 
socialmente. Isto ocorre, por que nesta ocasião, o educando é 
impulsionado a elaborar hipóteses, anotar dados, analisar e 
discutir resultados e, quando possível, elaborar conclusões 
(FABIÃO DUARTE, 2005; SOARES et al, 2008; FARIAS E 
BANDEIRAS, 2009; HOFFMAN; SCHEID, 2009; ZÔMPERO; 
LABURÚ, 2010, a; ZÔMPERO et al, 2012; WILSEK E TOSIN, 2012). 
Atividades práticas podem ser aplicadas durante a 
discussão de um determinado assunto quando é lançado por um 
dos participantes, seja professor ou aluno, um problema cuja 
resposta é desconhecida dos estudantes para que, então, 
apoiados nos conhecimentos prévios, encontre uma solução. 
Através desta ação é possível promover uma reflexão das ideias 
relacionadas ao tema em questão e a partir das hipóteses 
levantadas durante o processo que ocorre por meio da análise 
de dados obtidos da observação de exercícios práticos ou 
pesquisas bibliográficas que são registrados em tabelas e 
desenhos são capazes de elaborar suas conclusões. Para avaliar 
o nível de compreensão dos conhecimentos adquiridos durante 
a atividade e auxiliar no processo de compreensão é comum 
pedir a produção de um relatório ao final do trabalho. 
(ZOMPERO; LABURÚ, 2011, B). 
 
 
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Em alguns momentos, na tentativa de aproximar o 
conceito científico da realidade do aluno, é comum o uso de 
analogias que são relações de semelhança entre o conceito que 
o aluno conhece, chamado de análogo, e aquele que ele não 
conhece, chamado o alvo. Pode ser utilizado por professores, 
mas quando ocorre de ser empregada por alunos a aproximação 
se torna mais fácil, pois o conhecimento que, a princípio era 
desconhecido, torna-se familiar, consegue reconhecer 
particularidades do conhecimento prévio no problema, além de 
estimular o pensamento abstrato (FABIÃO DUARTE, 2005; 
SOARES et al, 2008; FARIAS E BANDEIRAS,2009; HOFFMAN; 
SCHEID, 2009; ZOMPERO et al, 2012, b; WILSEK E TOSIN, 
2012;). 
Objetivo: 
Trabalhar a estrutura anatômica e fisiológica do sistema 
respiratório de forma dialogada, tendo como instrumento de 
interação um modelo representativo do mesmo. 
Materiais e métodos: 
O estudo foi realizado em uma escola de ensino 
fundamental na cidade de Resende-RJ. Ao observar, através de 
estudos e da experiência no campo da docência, a necessidade 
do desenvolvimento de atividades que permitem o diálogo 
reflexivo, a professora propôs estimular esta prática em uma 
experiência que normalmente é realizada para facilitar a 
aprendizagem do sistema respiratório que é a construção de 
seu modelo representativo. Para isto, reuniu 30 alunos da 
turma de oitavo ano do Ensino Fundamental da escola em que 
lecionou ao longo do ano de 2012. O início da aula se deu por 
meio de uma breve explicação da professora sobre o tema em 
questão, seguida de várias perguntas sobre o processo e a 
importância da respiração. A turma se dividiu em seis grupos, 
na qual providenciaram materiais para confeccionarem uma 
réplica do Sistema Respiratório: um canudo, três bexigas, uma 
garrafa Pet de 500 ou 600 ml e fita durex. A estrutura foi feita 
inicialmente com um corte no fundo da garrafa. Com o auxílio 
de uma faca, a professora furou sua parte central e a 
reservou. Enquanto isto, um dos canudos guardados para a 
experiência foi cortado em dois pedaços de tamanhos 
diferentes. No pedaço maior foi feito um pequeno corte na 
lateralpara que o outro fosse introduzido neste orifício com o 
objetivo de formar uma forquilha. Nesta etapa houve a 
preocupação de que a passagem de ar dos canudos não fosse 
interrompida. Para que a armação não soltasse foi amarrada 
com durex. Utilizando também este mesmo material, foi fixada 
uma bexiga na ponta de cada canudo. Assim que ficou pronta 
a forquilha foi encaixada na parte de dentro da garrafa no furo 
feito anteriormente. Para finalizar o processo a ponta de uma 
bexiga foi cortada e esticaram para que a parte aberta da 
garrafa fosse coberta, tendo a beirada reforçada com durex 
para que não soltasse ao ser puxado. A estrutura pronta pode 
ser vista na figura 1: 
 
 
 
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Figura 1: imagem do modelo do sistema respiratório 
confeccionado pelos alunos. 
 
 
 Após esta tarefa os alunos foram estimulados a observar 
o modelo e manuseá-lo. Enquanto isso, conversaram entre si 
sobre o mecanismo de funcionamento da estrutura, o formato e 
a textura do material utilizado. Para estimular a relação 
analógica a fim de facilitar aquisição do aprendizado a 
professora esteve presente em todo processo, realizando 
perguntas que levassem perceber algumas características 
presentes na estrutura confeccionada por eles e o sistema em 
questão como textura e formato. A partir de uma visualização 
concreta do assunto tratado poderia chegar a uma conclusão 
mais exata do objetivo da aprendizagem, tornando-o efetivo. O 
processo de elaboração, as impressões e as conclusões às quais 
chegaram após a realização da atividade foram registradas em 
um relatório, cuja elaboração foi orientada pelas professoras de 
Ciências e de Português. Além de cumprir com o currículo 
mínimo da disciplina de Língua Portuguesa, esta atividade é um 
item recomendado na aprendizagem por experimento (SOARES 
et al, 2008), que foi incentivada pela professora de ciências, 
tornando a construção do conhecimento mais efetiva. Os tópicos 
geralmente encontrados em relatos acadêmicos são: objetivo, 
materiais e métodos, resultados e discussão, além de um 
espaço para conclusão. Para facilitar a aproximação com o 
público-alvo de alunos de Ensino Fundamental, a estrutura do 
relatório foi adaptada, passando a incluir: data de realização, 
atividade realizada, material utilizado, forma de realização, 
resultado obtido e conclusão. 
Resultados e discussão: 
Durante a atividade percebeu-se o estabelecimento de 
um diálogo entre os membros dos grupos, o que permitiu uma 
troca de impressões e percepções e consequentemente a 
construção do conhecimento. O problema em questão foi o 
funcionamento do sistema respiratório, cuja tentativa de 
solução sugerida pela professora foi a confecção de um modelo 
do sistema respiratório. Ao propor esta prática, foi estabelecida 
de forma inconsciente uma analogia entre o sistema 
 
 
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confeccionado pelos alunos e o que é encontrado no corpo 
humano e que é visto nas imagens contidas nos livros didáticos, 
relacionando estas representações e favorecendo o aprendizado. 
Mesmo não havendo levantamento de hipóteses, foi 
possível na fase de observação que os alunos utilizassem os 
conhecimentos prévios, sendo capazes de reconhecerem que a 
estrutura confeccionada corresponde à representação da parte 
inferior do sistema respiratório, na qual a garrafa simula a caixa 
torácica e a bexiga fixada na parte inferior da garrafa o 
diafragma. Já o canudo fixado no interior da garrafa por meio 
de um furo central representa a traquéia e a parte bifurcada os 
brônquios, enquanto as bexigas fixadas na parte inferior dos 
canudos mostram os pulmões. 
Esta análise ainda permitiu que os alunos construíssem 
sua própria analogia, uma semelhança na textura dos órgãos do 
sistema Respiratório que foi percebido pelas perguntas que os 
alunos fizeram entre eles e à professora que foram transcritas 
abaixo: 
 
“Será que a traqueia é tão flexível quanto o canudo?” 
(Questionamento do aluno A sobre a textura do Sistema Respiratório) 
 
“Será que o nosso sistema respiratório é assim?” 
(Questionamento do aluno A sobre a textura do Sistema Respiratório) 
 
Para auxiliar nesta investigação a professora pediu que 
os alunos tocassem o corpo na altura do sistema respiratório 
para que ao sentir, mesmo sob a pele, a textura dos órgãos que 
são palpáveis como a laringe, a traqueia e a caixa torácica e 
pesquisassem as descrições presentes no livro didático, 
descobrissem alguma relação com o material que utilizaram na 
prática. Desta forma, ao estabelecer um paralelo entre o real e 
o artificial, perceberam que apesar de serem constituídos por 
matérias de composições moleculares diferentes, havia uma 
relativa semelhança na textura tais como, a flexibilidade da 
traqueia, encontrada no canudo, a rigidez e maleabildade da 
caixa torácica percebida na garrafa, a elasticidade da bexiga no 
diafragma. 
Os alunos ficaram surpresos ao perceberem que, ao 
puxarem a bexiga que está presa na garrafa, as que estão 
fixadas nos canudos no interior da garrafa ficaram cheias de ar 
e que as mesmas se esvaziaram, quando a bexiga presa na 
garrafa foi solta. A princípio sentiram dificuldade para entender 
o porquê disto. Para resolver esta situação a professora utilizou 
a explicação oral e o manuseio do objeto confeccionado por eles 
para mostrar que quando a borracha que está do lado de fora é 
puxada, a garrafa tem seu volume diminuído, 
consequentemente a pressão interna também diminui, 
permitindo que o ar entre no recipiente e encha a bexiga que 
está no seu interior. Já quando a borracha é solta, o recipiente 
volta ao seu estado normal, a pressão aumenta e o ar sai. A 
partir disso, perceberam que o movimento da garrafa é 
semelhante ao que ocorre no corpo humano. Assim chegaram à 
conclusão que a respiração é um movimento de diferença de 
pressão que ocorre entre a caixa torácica e o meio externo, cujo 
principal responsável é o diafragma que “puxa” o ar para o 
 
 
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interior do organismo. O pulmão apenas recebe e envia o ar 
para o sangue pelos alvéolos. Segundo os próprios alunos, 
antes de participarem desta atividade pensavam que o 
responsável pela respiração fosse o pulmão, por ser o receptor 
do ar vindo do ambiente externo. De acordo com este relato, 
percebe-se que a atividade tornou possível o aprendizado ao 
aproximar o conhecimento do aluno através do diálogo e da 
relação de analogia estabelecida com a estrutura real, tornando 
um auxiliar no ensino do corpo humano. 
Outro desafio que enfrentaram foi no preenchimento do 
relatório. Com o auxilio das professoras envolvidas, os alunos 
conseguiram expressar por meio de palavras e desenhos do que 
compreenderam da atividade vivenciada, contribuindo para a 
efetivação do aprendizado. 
Apesar das dificuldades enfrentadas durante o processo, 
percebeu-se que os alunos obtiveram progresso em lidar com 
assunto em sala de aula, seja na forma de exercício, ou de 
discussões em torno do funcionamento do sistema respiratório. 
Os mesmos manifestaram satisfação com a forma em que o 
conteúdo foi apresentado, pois vivenciaram na prática, o que 
geralmente era visto na teoria. 
 
 
 
 
 
Conclusão: 
Analisando a potencialidade das atividades práticas e do 
ensino por analogia para a construção do conhecimento, 
conclui-se que a aplicação destas técnicas através da confecção 
de estruturas do corpo humano é valida por permitir que abra 
no cotidiano escolar um espaço para o diálogo. Isto ocorre 
porque ao realizar as atividades citadas com os alunos, há uma 
aproximação deles com o conhecimento e o estabelecimento de 
uma relaçãode semelhança entre o modelo e a estrutura real. 
Ao longo deste processo o diálogo se viabiliza, porque durante a 
elaboração e manuseio da estrutura há um processo de reflexão 
em que as impressões são compartilhadas entre os educandos e 
o educador, tornando o aprendizado efetivo. Para isto é 
indispensável a postura mediadora do professor. 
Referências: 
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http://www.demec.ufmg.br/disciplinas/ema890/aula11.pdf 
Acessado em 10 de julho de 2012. 
PORTAL DA FUNDAÇÃO BRADESCO, Sistema Respiratório 
disponível em: 
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de julho de 2012. 
 
 
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Niterói, v.2 n.3 p 60 - 71 dezembro 2009. 
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http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1686-
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Sobre a Autora 
Pamela Ullio 
Bióloga, Professora da Rede Estadual de Educação do Rio de 
Janeiro, especialista em educação ambiental pelo SENAC, 
Mestre em ciências pelo Centro Universitário de Volta Redonda , 
interessada pela área de ensino de ciências Educação 
Ambiental. 
E-mail: bethpam@hotmail.com 
 
 
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Building and analyzing the respiratory system 
Abstract 
 
In order to promote learning through reflexive dialogue, a 
group of 8th grade Brazilian students in Brazil built a 
model of the pulmonary system using four straws, four 
balloons, one PET bottle of 500 or 600 mL and adhesive 
tape. Through an interactive exercise organized by the 
teacher, the students were divided in six groups in order 
to build and discuss a model that permitted them to 
recognize the organs that compose this system as well as 
their form and texture. Students understood that 
respiration is a movement of muscles, specifically the 
diaphragm and the thoracic cavity, that involves differences 
of pressure. Our conclusion is that the confection of 
models of the human body allows dialogue and use of 
analogies that makes knowledge more familiar and 
establishes relationships between models and real 
structures. 
 
Key words: science learning; experimental learning; 
respiratory system.

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