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!Aula 5 Ciclo Orçamentário


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AULA 5 
CICLO ORÇAMENTÁRIO 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
 
Eu, Sérgio Mendes, estarei com você nas próximas três aulas estudando os tópicos 
relacionados à Administração Financeira e Orçamentária que complementam o item 
Finanças Públicas. 
 
Relembro que ao final de cada aula haverá uma lista das questões comentadas, caso 
o aluno opte por tentar resolvê-las antes de ler os comentários. Haverá ainda um 
resumo, o que eu chamarei de “Memento do Concurseiro”, um lembrete ao 
estudante dos principais pontos da aula. 
 
As aulas serão focadas exclusivamente no edital para a Receita Federal e tenho 
certeza que com esforço e dedicação alcançará seu objetivo. Mesmo assim, gostaria 
de dar uma recomendação: estude com afinco nossas aulas que os tópicos de AFO 
estão caindo de forma impressionante nos concursos. Não será uma matéria que 
você aproveitará só para a Receita, pois te habilitará para novos voos caso opte por 
outros horizontes que podem ser tão interessantes como a prestigiada carreira de 
Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil. 
 
Nesta aula trataremos do Ciclo Orçamentário, o qual corresponde ao período de 
tempo em que se processam as atividades típicas do orçamento público, desde sua 
concepção até a apreciação final. 
É um processo contínuo, dinâmico e flexível, por meio do qual se elabora/planeja, 
aprova, executa, controla/avalia a programação de dispêndios do setor público nos 
aspectos físico e financeiro. 
No Brasil, o exercício financeiro coincide com o ano civil, ou seja, inicia-se em 01 
de janeiro e se encerra em 31 de dezembro de cada ano, conforme dispõe o art. 34 da 
Lei n° 4.320/64. 
 
Atenção: O ciclo orçamentário não se confunde com o exercício financeiro. O 
ciclo orçamentário envolve um período muito maior, iniciando com o processo de 
elaboração do orçamento, passando pela execução e encerramento com o controle. 
 
Elvira
Sublinhado
 
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No nosso país identificam-se, basicamente, quatro etapas no ciclo ou processo 
orçamentário: 
• Elaboração/Planejamento da proposta orçamentária; 
• Discussão/Estudo/Aprovação da Lei de Orçamento; 
• Execução Orçamentária e Financeira; e 
• Avaliação/Controle. 
 
Porém não dá para entender o ciclo orçamentário sem antes da compreensão dos 
instrumentos de planejamento previstos na Constituição Federal de 1988, os quais 
compõem o ciclo: Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e 
Lei Orçamentária Anual (LOA). 
 
Nos meus cursos dedico uma aula inteira aos instrumentos de planejamento, com 
aprofundamento nos detalhes sobre cada um, o que não me parece ser objetivo do 
edital quando traz o tema ciclo orçamentário. Por outro lado, como eles compõem o 
ciclo, não poderíamos contestar o edital caso isso ocorra. Assim, pela experiência 
em concursos, tratarei das principais características dos instrumentos de 
planejamento necessárias para prosseguirmos no estudo e que também podem ser 
cobradas na nossa prova. 
 
 
2. INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO 
 
2.1 Introdução 
 
O Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei 
Orçamentária Anual (LOA) são as leis que regulam o planejamento e o orçamento 
dos entes públicos federal, estaduais e municipais. Essas leis constituem etapas 
distintas, porém integradas, de forma que permitam um planejamento estrutural das 
ações governamentais. 
 
Na seção denominada “Dos Orçamentos” na Constituição Federal (CF/88) tem-se 
essa integração, por meio da definição dos instrumentos de planejamento PPA, LDO 
e LOA, os quais são de iniciativa do Poder Executivo. 
 
Segundo a Constituição Federal de 1988: 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais. 
 
Elvira
Sublinhado
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A Constituição Federal de 1998 recuperou a figura do planejamento na 
administração pública brasileira, mediante a integração entre plano e orçamento por 
meio da criação do Plano Plurianual (PPA) e da Lei de Diretrizes Orçamentárias 
(LDO). O PPA, assim como a LDO, é uma inovação da Constituição de 1988. Antes 
do PPA, existiam outros instrumentos de planejamento estratégico, como o 
Orçamento Plurianual de Investimentos (OPI), com 3 anos de duração, o qual não se 
confunde com o PPA, que possui 4 anos de duração. 
 
O PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo do Governo Federal que 
estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração 
Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as 
relativas aos programas de duração continuada. 
 
A LDO surgiu almejando ser o elo entre o planejamento estratégico (Plano 
Plurianual) e o planejamento operacional (Lei Orçamentária Anual). Sua relevância 
reside no fato de ter conseguido diminuir a distância entre o plano estratégico e as 
LOAs, as quais dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos 
estratégicos existentes antes da CF/88. 
 
A LOA é um instrumento que expressa a alocação de recursos públicos, sendo 
operacionalizado por meio de diversos programas. 
 
O PPA, assim como a LDO, é uma inovação da Constituição de 1988. Antes do 
PPA, existiam outros instrumentos de planejamento estratégico, como o Orçamento 
Plurianual de Investimentos (OPI), o qual não se confunde com o PPA. 
 
Atenção: as bancas ainda tentam confundir o candidato como se o PPA já existisse 
antes da CF/88, porém com outro nome. Existiam outros instrumentos de 
planejamento, mas eles não têm relação com o Plano Plurianual. O PPA é inovação 
da atual CF! O PPA substituiu os Orçamentos Plurianuais de Investimentos, 
estendendo-lhes a vigência em um exercício financeiro. 
 
 
2.2 Plano Plurianual 
 
O Plano Plurianual - PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo do 
Governo Federal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e 
metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas 
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
 
Repare que o PPA define dois tipos de despesas que devem obrigatoriamente estar 
em seu conteúdo: 
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Sublinhado
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A primeira se refere às despesas de capital, que são aquelas que contribuem, 
diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, como, por 
exemplo, a pavimentação de uma rodovia. O termo “e outras delas decorrentes” se 
relaciona às despesas correntes que esta mesma despesa de capital irá gerar após sua 
realização. Despesas correntes são as que não contribuem, diretamente, para a 
formação ou aquisição de um bem de capital, como as despesas com pessoal, 
encargos sociais, custeio, manutenção, etc. Neste mesmo exemplo, após a 
pavimentação da rodovia, ocorrerão diversos gastos com sua manutenção, ou seja, 
gastos decorrentes da despesa de capital pavimentação da rodovia. Assim, tanto a 
pavimentação da rodovia (despesade capital) quanto o custeio com sua manutenção 
(despesa corrente relacionada à de capital) deverão estar previstos no Plano 
Plurianual. 
 
A segunda despesa a ser considerada na elaboração do PPA é a dos programas de 
duração continuada, ou seja, todos aqueles que tiverem a sua duração prolongada 
por mais de um exercício financeiro. Se o programa é de duração continuada, deve 
constar do PPA. 
 
Logo, as ações orçamentárias cuja execução esteja restrita a um único exercício 
financeiro estão dispensadas de serem discriminadas no PPA do governo federal, 
porque não se caracterizam como de duração continuada. A exceção ocorre com as 
despesas de capital e outras delas decorrentes, porque devem estar no PPA, não 
importando sua duração. 
 
Segundo o art. 165 da CF: 
§ 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as 
diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de 
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração 
continuada. 
 
Relembro que, em nosso país, o exercício financeiro coincide com o ano civil, 
segundo o art. 34 da Lei 4320/64. Falaremos bastante da Lei 4320/64 ao longo do 
nosso curso, pois em virtude da ausência da Lei Complementar prevista na CF/88 e 
até hoje não editada, ainda é ela que estatui Normas Gerais de Direito Financeiro 
para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos 
Municípios e do Distrito Federal. 
 
Quanto aos investimentos, determina o art. 167 da CF: 
§ 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro 
poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que 
autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 
Elvira
Sublinhado
 
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Esse artigo deve ser assim interpretado: 
• Se a execução do investimento não ultrapassar um exercício financeiro, ele 
não necessita estar no PPA, apenas na Lei Orçamentária Anual (LOA). 
• Se a execução do investimento ultrapassar um exercício financeiro, ele deve 
estar inicialmente previsto no PPA ou, se não estiver, deve estar previsto em 
outra lei que altere o PPA, autorizando a inclusão deste investimento. 
 
Atenção: Investimento na linguagem do dia-a-dia se refere normalmente a uma 
aplicação ou aquisição que proporciona algum retorno financeiro. Exemplo: ações 
na bolsa de valores. Na linguagem orçamentária, portanto em todo nosso curso, 
é diferente: investimentos são despesas com o planejamento e a execução de obras, 
inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas 
últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente. 
Exemplo: Construção de um prédio público. 
 
Caiu na prova: 
(ESAF – APO/SP - 2009) Segundo disposição da Constituição Federal de 1988, as 
diretrizes e metas da administração pública, para as despesas de capital, são 
definidas no seguinte instrumento: 
a) em lei ordinária de ordenamento da administração pública. 
b) na lei que institui o plano plurianual. 
c) na lei orçamentária anual. 
d) na lei de diretrizes orçamentárias. 
e) no decreto de programação financeira do poder executivo. 
 
O examinador quer saber qual o instrumento que trata das diretrizes e metas para as 
despesas de capital. Já vimos que é a lei que instituir o Plano Plurianual. Não 
podemos esquecer que o PPA estabelecerá, de forma regionalizada, além das 
diretrizes e metas, os objetivos da administração pública federal para as despesas de 
capital e também de outras delas decorrentes e para as relativas aos programas 
de duração continuada. 
 
Olhando assim comentada, a questão parece fácil. No entanto, muita gente preparada 
marcou que se tratada da LDO e não do PPA. Veremos que na LDO constam as 
metas e prioridades e no PPA vimos que são as diretrizes, objetivos e metas. Existe 
um processo para decorar Diretrizes (D), Objetivos (O) e Metas(M) do PPA (DOM), 
mas deve-se ter atenção que numa questão essas palavras podem vir em ordem 
diferente ou com a omissão de uma delas, para tentar confundir com a LDO, como 
nesta questão que acabamos de estudar. 
Resposta: Letra B. 
 
Elvira
Sublinhado
Elvira
Realce
 
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A organização das ações do Governo está sob a forma de programas, o qual é o 
elemento central do PPA, integrando o Plano Plurianual aos orçamentos anuais, à 
execução e ao controle. O programa é o instrumento de organização da atuação 
governamental que articula um conjunto de ações orçamentárias ou não-
orçamentárias, que concorrem para a concretização de um objetivo comum 
preestabelecido, mensurado por indicadores, visando à solução de um problema ou o 
atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade. 
 
Esta organização das ações do Governo sob a forma de programas visa proporcionar 
maior racionalidade e eficiência na administração pública e ampliar a visibilidade 
dos resultados e benefícios gerados para a sociedade, bem como facilitar a 
mensuração total dos custos necessários ao alcance de um dado objetivo e elevar a 
transparência na aplicação dos recursos públicos. Assim, toda ação finalística do 
Governo Federal deverá ser estruturada em Programas orientados para a consecução 
dos objetivos estratégicos definidos para o período do PPA. 
 
Os Programas são classificados em dois tipos: 
 
• Programas Finalísticos: dos quais resultam bens ou serviços ofertados 
diretamente à sociedade, cujos resultados sejam passíveis de mensuração; 
• Programas de Apoio às Políticas Públicas e Áreas Especiais: são 
programas voltados aos serviços típicos de Estado, ao planejamento, à 
formulação de políticas setoriais, à coordenação, à avaliação ou ao controle 
dos programas finalísticos, resultando em bens ou serviços ofertados ao 
próprio Estado, podendo ser composto inclusive por despesas de natureza 
tipicamente administrativas. 
 
Cuidado: Essa é a classificação atual! Alguns livros ainda trazem a antiga 
classificação em 4 tipos que não existe mais! 
 
Caiu na prova: 
(ESAF – EPPGG/MPOG – 2009) Acerca dos mecanismos e procedimentos 
adotados pelo sistema de planejamento e orçamento do Governo Federal, é incorreto 
afirmar que: 
a) a Lei de Diretrizes Orçamentárias, a quem compete nortear o Plano Plurianual, 
tem por princípio promover a integração entre as ações de planejamento e 
orçamento. 
b) dotado de um evidente caráter coordenador das ações governamentais, o Plano 
Plurianual subordina todas as iniciativas orçamentárias aos seus propósitos. 
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Sublinhado
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Sublinhado
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c) uma estrutura orçamentária baseada em programas se caracteriza, entre outras, 
por facilitar a mensuração total dos custos necessários ao alcance de um dado 
objetivo. 
d) os programas podem ser classificados como finalísticos ou como de apoio às 
políticas públicas e áreas especiais. 
e) em matéria orçamentária, o programa é o elemento de integração entre o Plano 
Plurianual, os orçamentos anuais, a execução e o controle. 
 
Questão bem recente do concurso para EPPGG/2009. O examinador quer a 
alternativa incorreta: 
a) É a incorreta. A Lei de Diretrizes Orçamentárias tem por princípio promover a 
integração entre as ações de planejamentoe orçamento. A LDO é o elo entre PPA e 
LOA, logo ao Plano Plurianual compete nortear a LDO. Cuidado: é uma troca 
comum nas provas. 
b) Correta. A finalidade da Lei Orçamentária Anual é a concretização dos objetivos 
e metas estabelecidas no PPA, o qual subordina todas as iniciativas orçamentárias 
aos seus propósitos. 
c) Correta. A organização das ações do Governo sob a forma de programas visa 
proporcionar maior racionalidade e eficiência na administração pública e ampliar a 
visibilidade dos resultados e benefícios gerados para a sociedade, bem como facilitar 
a mensuração total dos custos necessários ao alcance de um dado objetivo e elevar a 
transparência na aplicação dos recursos públicos. 
d) Correta. Atualmente, os programas podem ser classificados como finalísticos ou 
como de apoio às políticas públicas e áreas especiais. Os Programas Finalísticos 
são os quais resultam bens ou serviços ofertados diretamente à sociedade, cujos 
resultados sejam passíveis de mensuração; já os Programas de Apoio às Políticas 
Públicas e Áreas Especiais são programas voltados aos serviços típicos de Estado, 
ao planejamento, à formulação de políticas setoriais, à coordenação, à avaliação ou 
ao controle dos programas finalísticos, resultando em bens ou serviços ofertados ao 
próprio Estado, podendo ser composto inclusive por despesas de natureza 
tipicamente administrativas. 
e) Correta. A organização das ações do Governo está sob a forma de programas, o 
qual é o elemento central do PPA, integrando o Plano Plurianual aos orçamentos 
anuais, à execução e ao controle. 
Resposta: Letra A 
 
 
A vigência do PPA é de quatro anos, iniciando-se no segundo exercício financeiro 
do mandato do chefe do executivo e terminando no primeiro exercício financeiro do 
mandato subsequente. Ele deve ser encaminhado do Executivo ao Legislativo até 
quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício, ou seja, até 31 de agosto. 
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A devolução ao Executivo deve ser feita até o encerramento do segundo período da 
sessão legislativa (22 de dezembro) do exercício em que foi encaminhado. 
 
Caiu na prova: 
(CESPE – Planejamento e Execução Orçamentária – Min. da Saúde – 2008) O plano 
plurianual é um instrumento de planejamento governamental de longo prazo, tendo 
vigência de quatro anos, de modo a coincidir com o mandato do chefe do Poder 
Executivo. 
 
Atenção: O PPA não se confunde com o mandato do chefe do Executivo. O PPA é 
elaborado no primeiro ano de governo e entrará em vigor no segundo ano. A partir 
daí, terá sua vigência até o final do primeiro ano do mandato seguinte. 
Cuidado: um chefe do executivo (presidente, por exemplo) pode governar durante 
todo o seu PPA? A resposta é sim, desde que o chefe do executivo seja reeleito, 
porém, como vimos, será o mesmo governante em mandatos diferentes. 
Resposta: Errada. 
 
QUADRO PPA 
Estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas 
(DOM) da administração pública federal para as despesas de capital e outras 
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro 
poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que 
autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 
Assim como a LDO, é inovação da CF/88. 
 
Aprofundaremos no estudo do PPA na aula 7, onde nosso edital prevê os temas 
relacionados à Elaboração, Gestão e Avaliação Anual do PPA e à legislação 
correlata. 
 
 
2.3 Lei de Diretrizes Orçamentárias 
 
A LDO também surgiu através da Constituição de 1988, almejando ser o elo entre o 
planejamento estratégico (Plano Plurianual) e o planejamento operacional (Lei 
Orçamentária Anual). Sua relevância reside no fato de ter conseguido diminuir a 
distância entre o plano estratégico e as LOAs, as quais dificilmente conseguiam 
incorporar as diretrizes dos planejamentos estratégicos existentes antes da CF/88. 
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Segundo o art. 165 da CF/88: 
2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da 
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício 
financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá 
sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação 
das agências financeiras oficiais de fomento. 
 
SEGUNDO A CF, A LDO: 
Compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal 
Incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente 
Orientará a elaboração da LOA 
Disporá sobre as alterações na legislação tributária 
Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficias de fomento 
 
Atenção: Os examinadores tentam confundir o termo “diretrizes, objetivos e metas” 
que se refere ao PPA com o termo “metas e prioridades” que se refere à LDO. 
 
 
 
 
A doutrina majoritária afirma que a vigência da LDO é de um ano. Todavia, a LDO 
extrapola o exercício financeiro, uma vez que ela estabelece regras orçamentárias a 
serem executadas ao longo do exercício financeiro subsequente. O prazo para 
encaminhamento da LDO ao Legislativo é de oito meses e meio antes do 
encerramento do exercício financeiro (15 de abril) e a devolução ao Executivo deve 
ser realizada até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa (17 de 
julho). 
 
Caiu na prova: 
(ESAF – APO/SP - 2009) Assinale a opção que apresenta uma das principais 
características da lei de diretrizes orçamentárias, segundo a Constituição Federal de 
1988. 
a) Especifica as alterações da legislação tributária e do PPA. 
b) Define a política de atuação dos bancos estatais federais. 
c) Define as metas e prioridades da administração pública federal. 
PPA Diretrizes, Objetivos e Metas (DOM)
LDO Metas e Prioridades 
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d) Determina os valores máximos a serem transferidos, voluntariamente, aos 
Estados, Distrito Federal e Municípios. 
e) Orienta a formulação das ações que integrarão o orçamento do exercício seguinte. 
 
Vimos que as diretrizes orçamentárias fixadas pela LDO têm diversos objetivos, 
entre eles, as metas e prioridades da administração pública. 
 
2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da 
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício 
financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá 
sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação 
das agências financeiras oficiais de fomento. 
 
Vamos agora destrinchar esse parágrafo: 
 
I) Definição das metas e prioridades da administração pública federal: as 
disposições que constarão do orçamento devem ser comparadas com as metas e 
prioridades da administração pública. Assim, pode-se verificar se as metas e 
prioridades podem ser concretizadas a partir da alocação de recursos na Lei 
Orçamentária. 
 
II) Orientação à elaboração da lei orçamentária anual: reforça a idéia que a 
LDO é um plano prévio à Lei Orçamentária, assim como o Plano Plurianual é um 
plano prévio à LDO. É o termo mais genérico, pois incluem tambémas metas e 
prioridades da administração pública, as alterações na legislação tributária e a 
política de aplicação das agências oficiais de fomento. 
 
III) Disposição sobre as alterações na legislação tributária: os tributos têm 
diversas funções. A mais conhecida é a função fiscal, aquela voltada para 
arrecadação. No entanto, uma outra importante função é a reguladora, onde o 
governo interfere diretamente na economia por meio dos tributos, incentivando ou 
desestimulando comportamentos para alcançar os objetivos do Estado. Assim, 
verifica-se a importância das alterações na legislação tributária e se justifica sua 
presença na LDO. 
 
IV) Estabelecimento da política de aplicação das agências financeiras oficiais de 
fomento: objetiva o controle dos gastos das agências que fomentam o 
desenvolvimento do país. Sua presença na LDO justifica-se pela repercussão 
econômica que ocasionam. 
 
Logo, uma das principais características da LDO, segundo a CF, é que ela define as 
metas e prioridades da administração pública federal. 
 
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Resposta: Letra C. 
 
 
2.4 Lei Orçamentária Anual 
 
A Lei Orçamentária Anual é o instrumento pelo qual o poder público prevê a 
arrecadação de receitas e fixa a realização de despesas para o período de um ano. A 
LOA é o orçamento por excelência ou o orçamento propriamente dito. A finalidade 
da LOA é a concretização dos objetivos e metas estabelecidas no PPA. É o 
cumprimento ano a ano das etapas do PPA, em consonância com o que foi 
estabelecido na LDO. Portanto, orientado pelas diretrizes, objetivos e metas do PPA, 
compreende as ações a serem executadas, seguindo as diretrizes estabelecidas na 
LDO. 
 
Segundo o art. 165 da CF/88: 
§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público; 
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a 
ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e 
fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
 
Cuidado: Pela CF/88, a LOA compreende o orçamento fiscal, da seguridade social e 
de investimentos das estatais. Não existe mais orçamento monetário, porém ele 
ainda cai em prova para confundir o candidato! Não existem mais orçamentos 
paralelos. Fique ligado! 
 
Segundo o § 7º do art. 165 da CF/88, os orçamentos fiscais e de investimentos das 
estatais, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de 
reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. 
Atenção: note que o Orçamento da Seguridade Social não tem a função de reduzir 
desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. 
 
Sobre a Seguridade Social, tem-se o art. 194 da CF/88, que dispõe que a seguridade 
social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes 
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à 
previdência e à assistência social. 
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e 
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso 
Elvira
Sublinhado
Elvira
Sublinhado
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universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e 
recuperação. Quanto à previdência social, fundada na idéia de solidariedade social, 
deve ser organizada sob a forma de um regime geral, sendo este de caráter 
contributivo e filiação obrigatória. Já a assistência social apresenta característica de 
universalidade, já que será prestada a quem dela necessitar, independentemente de 
contribuição à seguridade social. 
 
Atenção: O orçamento da seguridade social é aplicado a todos os órgãos que 
possuem receitas e despesas públicas relacionadas à seguridade social (previdência, 
assistência e saúde) e não apenas aqueles que prestam serviços de seguridade social. 
Por exemplo, o Ministério do Planejamento possui despesas de assistência médica 
relativa aos seus servidores e essa despesa faz parte do orçamento da seguridade 
social. 
 
Ainda, a CF veda a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos 
dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit 
de empresas, fundações e fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º (o 
qual define que a LOA compreenderá os orçamentos fiscal, de investimentos das 
estatais e da seguridade social). 
 
Caiu na prova: 
(ESAF – Técnico de Nível Superior/SPU – 2006) Nos termos da Constituição 
Federal, a lei orçamentária anual compreenderá: 
I. o orçamento fiscal. 
II. o orçamento de investimento das empresas estatais. 
III. o orçamento da seguridade social. 
Assinale a opção correta. 
a) Os itens I, II e III estão corretos. 
b) Apenas o item I está correto. 
c) Apenas os itens I e II estão corretos. 
d) Apenas os itens I e III estão corretos. 
e) Apenas os itens II e III estão corretos. 
 
Segundo o art. 165 da CF/88: 
§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público; 
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
Elvira
Sublinhado
Elvira
Sublinhado
Elvira
Realce
 
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III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a 
ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e 
fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
 
Logo, os itens I, II e III estão corretos. 
Resposta: Letra A 
 
 
3. ELABORAÇÃO/PLANEJAMENTO 
 
3.1 Atribuições 
 
Compreendidas as características principais dos instrumentos de planejamento, 
vamos começar a falar do primeiro ponto do ciclo orçamentário: a elaboração da 
proposta. O Manual Técnico de Orçamento - 2010 (MTO/2010) determina o papel 
dos agentes no processo de elaboração do Orçamento, individualizando as 
atribuições da Secretaria de Orçamento Federal (SOF), dos órgãos setoriais e das 
unidades orçamentárias. A SOF tem entre suas atribuições principais a coordenação, 
a consolidação e a elaboração da proposta orçamentária da União, compreendendo 
os orçamentos fiscal e da seguridade social. 
 
A classificação institucional, que veremos na próxima aula, reflete a estrutura 
organizacional e administrativa governamental e está estruturada em dois níveis 
hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária. As dotações 
orçamentárias, especificadas por categoria de programação em seu menor nível são 
consignadas às unidades orçamentárias, que são as estruturas administrativas 
responsáveis pelos recursos financeiros (dotações) e pela realização das ações. 
 
Secretaria de Orçamento Federal: o trabalho desenvolvido pela SOF, no 
cumprimento de sua missão institucional, como órgão específico e singular de 
orçamento do Órgão Central doSistema de Planejamento e de Orçamento Federal, o 
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, compreende: 
 
• Definição de diretrizes gerais para o processo orçamentário federal; 
• Coordenação do processo de elaboração dos Projetos de Lei de Diretrizes 
Orçamentárias Anuais – PLDO e do orçamento anual da União; 
• Análise e definição das ações orçamentárias que comporão a estrutura 
programática dos órgãos e Unidades orçamentárias no exercício; 
• Fixação de normas gerais de elaboração dos orçamentos federais; 
• Orientação, coordenação e supervisão técnica dos órgãos setoriais de 
orçamento; 
 
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• Fixação de parâmetros e referenciais monetários para a apresentação das 
propostas orçamentárias setoriais; 
• Análise e validação das propostas setoriais; 
• Consolidação e formalização da proposta orçamentária da União; e 
• Coordenação das atividades relacionadas à tecnologia de informações 
orçamentárias necessárias ao trabalho desenvolvido pelos agentes do 
sistema orçamentário federal. 
 
Órgão Setorial: o órgão setorial desempenha o papel de articulador no seu âmbito, 
atuando verticalmente no processo decisório e integrando os produtos gerados no 
nível subsetorial, coordenado pelas unidades orçamentárias. Sua atuação no 
processo de elaboração envolve: 
 
• Estabelecimento de diretrizes setoriais para elaboração da proposta 
orçamentária; 
• Avaliação da adequação da estrutura programática e mapeamento das 
alterações necessárias; 
• Formalização ao Ministério do Planejamento da proposta de alteração da 
estrutura programática; 
• Coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento da qualidade 
das informações constantes do cadastro de programas e ações; 
• Fixação, de acordo com as prioridades setoriais, dos referenciais 
monetários para apresentação das propostas orçamentárias das unidades 
orçamentárias; 
• Definição de instruções, normas e procedimentos a serem observados no 
âmbito do órgão durante o processo de elaboração da proposta 
orçamentária; 
• Coordenação do processo de elaboração da proposta orçamentária no 
âmbito do órgão setorial; 
• Análise e validação das propostas orçamentárias provenientes das 
unidades orçamentárias; e 
• Consolidação e formalização da proposta orçamentária do órgão. 
 
Unidade Orçamentária: a unidade orçamentária desempenha o papel de 
coordenadora do processo de elaboração da proposta orçamentária no seu âmbito de 
atuação, integrando e articulando o trabalho das unidades administrativas 
componentes. Trata-se de momento importante do qual dependerá a consistência da 
proposta do órgão, no que se refere a metas, valores e justificativas que 
fundamentam a programação. 
 
 
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As unidades orçamentárias são responsáveis pela apresentação da programação 
orçamentária detalhada da despesa por programa, ação orçamentária e subtítulo. Seu 
campo de atuação no processo de elaboração compreende: 
 
• Estabelecimento de diretrizes no âmbito da unidade orçamentária para 
elaboração da proposta orçamentária; 
• Estudos de adequação da estrutura programática do exercício; 
• Formalização ao órgão setorial da proposta de alteração da estrutura 
programática sob a responsabilidade de suas unidades administrativas; 
• Coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento das 
informações constantes do cadastro de ações orçamentárias; 
• Fixação, de acordo com as prioridades, dos referenciais monetários para 
apresentação das propostas orçamentárias das unidades administrativas; 
• Análise e validação das propostas orçamentárias das unidades 
administrativas; e 
• Consolidação e formalização da proposta orçamentária da unidade 
orçamentária. 
 
Caiu na prova: 
(ESAF – APO/MPOG – 2005) Identifique a opção correta com relação ao papel do 
Órgão Central como agente no processo de elaboração orçamentária do governo 
federal, segundo o Manual Técnico do Orçamento 2005. 
a) Formalizar a proposta de alterações na estrutura programática. 
b) Analisar e validar as propostas orçamentárias provenientes das unidades 
orçamentárias. 
c) Avaliar a adequação da estrutura programática e mapear as alterações necessárias. 
d) Definir diretrizes gerais para o sistema orçamentário federal. 
e) Consolidar e formalizar a proposta orçamentária do órgão. 
 
A questão é baseada no MTO-2005, porém vamos respondê-la pelo MTO-2010. 
a) b) c) e) Erradas. São todas atribuições do órgão setorial: formalização ao 
Ministério do Planejamento da proposta de alteração da estrutura programática; 
análise e validação das propostas orçamentárias provenientes das unidades 
orçamentárias; avaliação da adequação da estrutura programática e mapeamento das 
alterações necessárias; e consolidação e formalização da proposta orçamentária do 
órgão. 
d) Correta. A definição de diretrizes gerais para o processo orçamentário federal é 
atribuição da Secretaria de Orçamento Federal como órgão específico e singular de 
orçamento do Órgão Central do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal, o 
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. 
Resposta: Letra D 
 
Elvira
Realce
 
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3.2 Orçamento da Seguridade Social: 
 
Segundo o art. 165 da CF/88: 
§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público; 
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a 
ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e 
fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
 
Segundo o art. 195 da CF/88, a proposta de orçamento da seguridade social será 
elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência 
social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei 
de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos. 
No entanto, as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas 
à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o 
orçamento da União. 
 
3.3 Iniciativas e Prazos 
 
Segundo a Constituição Federal de 1988: 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais. 
 
De acordo com esse artigo, as leis do PPA, LDO e LOA são de iniciativa do Poder 
Executivo: Presidente, Governadores e Prefeitos. 
 
Na esfera federal, a Constituição Federal determina que a iniciativa das leis 
orçamentárias são de competência privativa do Presidente da República: 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de 
diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição. 
 
Importantes doutrinadores consideram tal competência exclusiva. Embora ela seja 
do titular do Executivo, seu chefe está obrigado a seguir o prazo determinado sob 
pena de crime de responsabilidade.No entanto a Constituição é clara que ela é 
privativa. A dica é considerar esta competência como privativa, seguindo a CF/88. 
 
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Só considere exclusiva se a questão trouxer expressamente algo como “segundo a 
doutrina” ou se você não encontrar a resposta nas outras alternativas. 
 
Segundo a LRF, o Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos demais 
Poderes e do Ministério Público, no mínimo trinta dias antes do prazo final para 
encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das 
receitas para o exercício subsequente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas 
memórias de cálculo. 
 
Na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no art. 35 da ADCT: 
§ 2º - Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I 
e II, serão obedecidas as seguintes normas: 
I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício 
financeiro do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro 
meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para 
sanção até o encerramento da sessão legislativa; 
II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e 
meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o 
encerramento do primeiro período da sessão legislativa; 
III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses 
antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o 
encerramento da sessão legislativa. 
 
Esses prazos estarão em vigor enquanto não for editada a Lei Complementar 
prevista na CF/88 para: 
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a 
organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei 
orçamentária anual; 
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta 
e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos. 
 
Repare que desde a Constituição de 1988 está prevista a edição de uma lei 
complementar sobre finanças públicas e até o presente momento ela não foi editada, 
logo não existe um modelo legalmente constituído para organização, metodologia e 
conteúdo dos PPAs, LDOs e LOAs. É por isso que invariavelmente nos valemos da 
Lei 4320/64 que foi recepcionada com status de lei complementar, porém ela não 
atende mais as nossas necessidades. Para isso, quem cumpre esse vácuo legislativo é 
a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que todo ano acaba tendo, entre suas 
diversas atribuições, que legislar como se fosse a lei complementar prevista na CF, o 
que a transforma num “calhamaço” de artigos. 
 
Elvira
Sublinhado
 
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Cuidado: A Lei Complementar 101, de 04 de maio de 2000, conhecida como Lei de 
Responsabilidade Fiscal (LRF), estabelece normas de finanças públicas voltadas 
para a responsabilidade na gestão fiscal, porém sua função não foi de preencher as 
lacunas da Lei 4320/64. Ela também não é a Lei prevista no § 9º do art. 165. Outra 
lei complementar deve ser editada. Atualmente, na ausência dessa Lei, naquilo que a 
Lei 4320/64 não dispõe, quem cumpre esse vácuo legislativo é a Lei de Diretrizes 
Orçamentárias (LDO). 
 
Importante: Diferença entre legislatura, sessão legislativa e período legislativo: 
A legislatura, segundo a CF, é o período de quatro anos. Cada legislatura possui 
quatro sessões legislativas, que ocorrem anualmente de 2 de fevereiro a 22 de 
dezembro. Por sua vez, cada sessão legislativa possui dois períodos legislativos, o 
primeiro de 2 de fevereiro a 17 de julho e o segundo de 1º de agosto a 22 de 
dezembro. Em suma: 
 
QUADRO LEGISLATURA 
Legislatura 4 anos. Divide-se em 4 sessões legislativas anuais. 
Sessão Legislativa Anual, de 02 Fev a 22 Dez. Divide-se em 2 períodos. 
Período Legislativo 
1º período: 02 Fev a 17 Jul 
2º período: 1º Ago a 22 Dez 
 
 
A Lei 4320/64 dispõe sobre o caso do Executivo não enviar no prazo a sua proposta 
para apreciação do Legislativo: 
Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições 
ou nas Leis Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo considerará como 
proposta a Lei de Orçamento vigente. 
 
Assim, caberá ao Poder Legislativo apreciar novamente a proposta do orçamento 
vigente como se fosse uma nova proposta! 
 
Atenção: tal previsão está na Lei 4320/64 e não na Constituição Federal. 
 
Vale ressaltar que o calendário das matérias orçamentárias e o não cumprimento de 
prazos nos trazem diversos problemas. 
Quanto ao calendário, temos problemas em virtude da não edição da Lei 
Complementar sobre o assunto. Temos que no 1° ano do mandato do Executivo é 
aprovada a LDO para o ano seguinte antes do envio do PPA! E mais, o PPA é 
enviado e aprovado nos mesmos prazos do Orçamento! Veja que incongruência, 
Elvira
Sublinhado
Elvira
Realce
 
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pois neste primeiro ano não há integração. A LDO deveria sempre seguir o 
planejamento do PPA. 
Quanto ao não cumprimento de prazos, com destaque para o nível federal, já houve 
ano que a LOA foi aprovada pelo congresso em outubro do ano subsequente, ou 
seja, no final do ano em que deveria estar em vigor! Para a LOA - 2009 isso não 
ocorreu e o Congresso aprovou o orçamento antes do fim do ano, em 30 de 
dezembro de 2008. A falta de rigor nos prazos também compromete a integração 
entre PPA e LOA. 
 
 
3.4 Limitações da LRF para conservação do patrimônio público: 
 
Segundo a LRF, um das condições limitantes é que a lei orçamentária e as de 
créditos adicionais só incluirão novos projetos após adequadamente atendidos os 
em andamento e contempladas as despesas de conservação do patrimônio 
público, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias. 
Outra limitação é que a LOA não consignará dotação para investimento com 
duração superior a um exercício financeiro que não esteja previsto no plano 
plurianual ou em lei que autorize a sua inclusão 
Ainda, ressalta que é vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação 
de bens e direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de 
despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência social, geral 
e próprio dos servidores públicos. 
 
Consoante o art. 16 da LRF, a criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação 
governamental que acarrete aumento da despesa será acompanhado de: 
• Estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva 
entrar em vigor e nos dois subsequentes; 
• Declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação 
orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade 
com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias. 
 
 
4. DISCUSSÃO/ESTUDO/APROVAÇÃO 
 
Essa fase é o debate entre os parlamentares sobre a proposta, constituída por: 
proposição de emendas, voto do relator, redação final e proposição em plenário. 
 
Segundo a CF/88, os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes 
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas 
duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. 
 
 
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Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes 
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados 
pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. 
 
A mensagem presidencial é o instrumento de comunicação oficial entre o Presidente 
da República e o Congresso Nacional, com a finalidade de encaminhar o Projeto de 
Lei Orçamentária Anual. A elaboração da mensagem presidencial é realizada sob a 
coordenação da SOF e envolve a participação da Casa Civil da Presidência da 
República, da Assessoria Econômica - ASSEC/MP, do Departamento das Empresas 
Estatais – DEST/MP, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA/MP, da 
Secretaria de Gestão – SEGES/MP, da Secretaria de Política Econômica – SPE/MF, 
da Secretaria do Tesouro Nacional – STN/MF, da Secretaria da Receita Federal – 
SRF/MF, do Banco Central do Brasil e dos Órgãos Setoriais. 
 
Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados: 
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos relativos ao PPA, LDO, LOA, 
créditos adicionais e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da 
República; 
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e 
setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização 
orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional 
e de suas Casas criadas de acordo com a CF. 
 
Quanto às emendas, serão apresentadas também na Comissão Mista que emitirá seu 
parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas casas do 
Congresso Nacional. 
 
Importante: Diferença entre sessão conjunta e sessão unicameral: quando ocorrem as 
sessões conjuntas do Congresso Nacional, havendo a fase de votação, a maioria deve 
ser alcançada tanto no âmbito dos Senadores quanto no âmbito dos Deputados 
Federais. A discussão é conjunta, mas, na hora da votação, procede-se como se 
houvesse votação simultânea na Câmara e no Senado. Na verdade a sessão é 
conjunta, porém é bicameral. 
Ao contrário, na sessão unicameral, considera-se o todo, independentemente do 
parlamentar ser Senador ou Deputado. Cada parlamentar tem direito a um voto e a 
apuração é feita considerando que há uma única votação. A votação unicameral 
aconteceu na revisão constitucional. 
 
As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser 
aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual. 
As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o 
modifiquem somente podem ser aprovadas caso: 
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21 
 
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; 
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação 
de despesa, excluídas as que incidam sobre: 
a) dotações para pessoal e seus encargos; 
b) serviço da dívida; 
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito 
Federal; ou 
III - sejam relacionadas: 
a) com a correção de erros ou omissões; ou 
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. 
 
O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para 
propor modificação nos projetos referidos enquanto não iniciada a votação, na 
Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. 
 
Cuidado: O Presidente da República envia mensagem (e não emenda) ao Congresso 
nacional propondo as modificações nas leis orçamentárias. Por sua vez, as alterações 
propostas pelos parlamentares ocorrem por meio de emendas. 
 
Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei 
orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados, 
conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e 
específica autorização legislativa. 
 
A Lei 4320/64 também dispõe sobre emendas: 
Art. 33. Não se admitirão emendas ao projeto de Lei de Orçamento que visem a: 
 a) alterar a dotação solicitada para despesa de custeio, salvo quando provada, 
nesse ponto a inexatidão da proposta; 
 b) conceder dotação para o início de obra cujo projeto não esteja aprovado 
pelos órgãos competentes; 
 c) conceder dotação para instalação ou funcionamento de serviço que não 
esteja anteriormente criado; 
 d) conceder dotação superior aos quantitativos previamente fixados em 
resolução do Poder Legislativo para concessão de auxílios e subvenções. 
 
No afã de conseguir mais recursos para emendas, o Poder Legislativo poderia tentar, 
sem embasamento técnico, reestimar os valores de receitas apresentados pelo Poder 
Executivo. Para prevenir isso, o art.12 da LRF determina: 
§ 1o Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se 
comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal 
 
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Sublinhado
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Sublinhado
 
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Repare que a LRF é restritiva, porém admite reestimativa da receita pelo Poder 
Legislativo se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal. 
 
Caiu na prova: 
(FCC – ACE - TCE/AM – 2008) Emendas legislativas ao orçamento podem 
financiar-se mediante anulação de dotações vinculadas a: 
(A) serviços de terceiros. 
(B) repasses ao INSS, FGTS e regime próprio de previdência. 
(C) juros, encargos e principal da dívida. 
(D) despesas de pessoal. 
(E) transferências tributárias constitucionais. 
 
Vamos elaborar um quadro sobre emendas: 
 
QUADRO EMENDAS 
Serão apresentadas também na Comissão Mista que emitirá seu parecer, e apreciadas, na forma 
regimental, pelo Plenário das duas casas do Congresso Nacional. 
As emendas ao projeto da LDO não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o PPA. 
As emendas ao projeto da LOA ou aos projetos que a modifiquem somente podem ser 
aprovadas caso: 
I - sejam compatíveis com o PPA e a LDO; 
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de 
despesa, excluídas as que incidam sobre: 
a) dotações para pessoal e seus encargos; 
b) serviço da dívida; 
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e DF; ou 
III - sejam relacionadas: 
a) com a correção de erros ou omissões; ou 
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. 
Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de LOA, ficarem sem 
despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais 
ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa. 
 
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Sublinhado
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Vamos fixar o conteúdo porque nem sempre a questão apresentará literalmente as 
despesas que não são passíveis de anulações. Voltando ao nosso Quadro, as emendas 
apresentadas somente podem ser aprovadas caso indiquem os recursos necessários, 
admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que 
incidam sobre: 
 
• Dotações para pessoal e seus encargos; 
• Serviço da dívida; 
• Transferências tributárias constitucionais paraEstados, Municípios e DF. 
 
a) Correta. Se não está entre as exclusões, é porque se admite a anulação da despesa 
decorrente de recursos vinculados a serviço de terceiros para a apresentação de 
emendas. 
b) Errada. Repasses ao INSS, FGTS e regime próprio de previdência são encargos 
de pessoal, logo não é admitida anulação de despesa que incida sobre esses itens 
para a apresentação de emendas. 
c) Errada. Juros, encargos e principal da dívida são serviços da dívida, assim 
também não é admitida anulação de despesa que incida sobre esses itens para a 
apresentação de emendas. 
d) e) Erradas. Recursos vinculados às despesas de pessoal e transferências tributárias 
constitucionais estão literais na proibição de anulação para a apresentação de 
emendas. 
Resposta: Letra A 
 
 
Especificidades sobre Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria 
Pública: 
 
Todos os poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário e ainda, o Ministério Público e 
a Defensoria Pública), elaboram suas propostas orçamentárias e encaminham para o 
Poder Executivo (para o Ministério do Planejamento, no caso da União; e para as 
Secretarias de Planejamento, nos outros entes), o qual consubstancia todas as 
propostas e encaminha um projeto de lei de orçamento ao Legislativo. No entanto, a 
CF/88 traz algumas especificidades: 
 
Ministério Público: a CF/88 confere ao Ministério Público autonomia funcional e 
administrativa (CF, art. 127, § 2º) e estabelece que ''o Ministério Público elaborará 
sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias''. Isto quer dizer que ao Poder Executivo não é facultado, de forma 
unilateral, fazer cortes na proposta orçamentária do Ministério Público, desde que 
esta haja sido elaborada, tal como ocorre com os Tribunais, ''dentro dos limites 
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Sublinhado
 
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estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes 
orçamentárias'' (CF, art. 99, § 1º; art. 127, § 3º). 
 
Poder Judiciário: assim, segundo o art. 99 da CF/88, também ao Poder Judiciário é 
assegurada autonomia administrativa e financeira. No entanto, ressalta que os 
tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites 
estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes 
orçamentárias. Atenção: desta forma, incluem-se também os Tribunais Superiores, 
como o Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça (STJ). 
 
Defensoria Pública: Ainda, a nossa Constituição confere também à Defensoria 
Pública autonomia funcional e administrativa (CF, art. 134, § 2º) e estabelece que 
“às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e 
administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites 
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias”. Tal como ocorre com os 
Tribunais e com o Ministério Público, deverá ocorrer ''dentro dos limites estipulados 
conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias'' (CF, art. 
99, § 1º). 
 
 
5. EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA 
 
A fase de execução orçamentária e financeira consiste na arrecadação das receitas e 
realização das despesas. É a transformação em realidade do planejamento elaborado 
pelos chefes do Executivo e aprovado pelo Legislativo. 
 
A LRF trata do assunto execução orçamentária e cumprimento das metas nos seus 
artigos 8º e 9º. Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que 
dispuser a LDO, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o 
cronograma de execução mensal de desembolso. 
 
Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados 
exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício 
diverso daquele em que ocorrer o ingresso. 
 
Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não 
comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas 
no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato 
próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de 
empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de 
diretrizes orçamentárias. Logo, além do Poder Executivo, há a extensão da limitação 
de empenho aos Poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público. 
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Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais 
e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, 
e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias. 
No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição 
das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às 
reduções efetivadas. 
 
Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo demonstrará 
e avaliará o cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre, em audiência 
pública na comissão mista referida na Constituição ou equivalente nas Casas 
Legislativas estaduais e municipais. 
 
A LRF trata de previsão e arrecadação de receitas nos artigos 11 a 13. Constituem 
requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e 
efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da 
Federação. 
Atenção: é vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não 
institui, prevê e efetivamente arrecadada todos os impostos. 
 
Durante a execução orçamentária, poderá haver frustração da arrecadação, tornando-
se necessário limitar as despesas para adequá-las aos recursos arrecadados. A 
previsão da receita orçamentária ocorre no ano anterior à execução do Orçamento, 
durante o processo de elaboração. É função dos APOs pertencentes à atual 
Coordenação-Geral de Avaliação da Receita Pública da SOF e também de Auditores 
de um núcleo da Receita Federal do Brasil, monitorar, durante a execução, se essa 
arrecadação é maior que a previsão (excesso) ou menor (frustração). Caso ocorra 
frustração, ocorre o contingenciamento do orçamento, que é a limitação das 
despesas para adequá-las à receita arrecada. 
 
As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os 
efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento 
econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de 
demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois 
seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas 
utilizadas. 
O Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos demais Poderes e do 
Ministério Público, no mínimo trinta dias antes do prazo final para 
encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das 
receitas para o exercício subsequente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas 
memórias de cálculo. 
Em até trinta dias após a publicação dos orçamentos, as receitas previstas serão 
desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de arrecadação, com a 
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especificação, em separado, quando cabível, das medidas de combate à evasão e à 
sonegação, da quantidade e valores de ações ajuizadas paracobrança da dívida ativa, 
bem como da evolução do montante dos créditos tributários passíveis de cobrança 
administrativa. 
 
Caiu na prova: 
(ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Com base na Lei de 
Responsabilidade Fiscal, não é lícito afirmar acerca da previsão e arrecadação da 
receita pública: 
a) a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos são requisitos 
essenciais da responsabilidade na gestão fiscal. 
b) as previsões de receita devem considerar, entre outros fatores relevantes, os 
efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços e do 
crescimento econômico. 
c) é vedada a realização de transferências voluntárias ao ente da federação que não 
institui, prevê e arrecada todos os tributos. 
d) a reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só poderá ser feita em 
caso de erro ou omissão de ordem técnica ou legal. 
e) em até trinta dias após a publicação dos orçamentos, o Poder Executivo deve 
desdobrar as receitas previstas em metas bimestrais de arrecadação. 
 
Nossa questão trata de previsão e arrecadação de receitas, com base nos artigos 11 a 
13 da LRF: 
 
a) Correta. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a 
instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência 
constitucional do ente da Federação. 
b) Correta. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, 
considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, 
do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão 
acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção 
para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e 
premissas utilizadas. 
c) É a incorreta. Atenção: é vedada a realização de transferências voluntárias para o 
ente que não institui, prevê e efetivamente arrecadada todos os impostos. 
 
d) Correta. No intuito de conseguir mais recursos para emendas, o Poder Legislativo 
poderia tentar, sem embasamento técnico, reestimar os valores de receitas 
apresentados pelo Poder Executivo. Para prevenir isso, o art.12 da LRF determina: 
§ 1o Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se 
comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal 
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Sublinhado
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A LRF é restritiva, porém admite reestimativa da receita pelo Poder Legislativo se 
comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal. 
 
e) Correta. O Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos demais 
Poderes e do Ministério Público, no mínimo trinta dias antes do prazo final para 
encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das 
receitas para o exercício subsequente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas 
memórias de cálculo. 
Em até trinta dias após a publicação dos orçamentos, as receitas previstas serão 
desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de arrecadação, com a 
especificação, em separado, quando cabível, das medidas de combate à evasão e à 
sonegação, da quantidade e valores de ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, 
bem como da evolução do montante dos créditos tributários passíveis de cobrança 
administrativa. 
Resposta: Letra C 
 
 
6. AVALIAÇÃO E CONTROLE 
 
6.1 Avaliação 
 
A avaliação orçamentária é a parte do controle orçamentário que analisa a eficácia 
e eficiência dos cursos de ação cumpridos, e proporciona elementos de juízo aos 
responsáveis da gestão administrativa para adotar as medidas tendentes à 
consecução de seus objetivos e à otimização do uso dos recursos colocados à sua 
disposição, o que contribui para realimentar o processo de administração 
orçamentária. O propósito da avaliação é de contribuir para a qualidade da 
elaboração de uma nova proposta orçamentária, reiniciando um novo ciclo 
orçamentário. Esta definição traz dois critérios de análise, o de eficiência e o de 
eficácia. 
Iremos citar a opinião de autores que discorrem sobre o assunto, porque as questões 
tratam literalmente da opinião deles. 
 
• ANÁLISE DA EFICIÊNCIA: Segundo Naimar M. Ramos, o teste da 
eficiência na avaliação das ações governamentais busca considerar os 
resultados em face dos recursos disponíveis. Busca-se representar as 
realizações em índices e indicadores, para possibilitar a comparação com 
parâmetros técnicos de desempenho e com padrões já alcançados 
anteriormente. Tais medidas demonstram a maior ou menor capacidade de 
consumir recursos escassos, disponíveis para a realização de uma tarefa 
determinada. Ou, em outras palavras, indicam a justeza e propriedade com 
 
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que a forma de elaboração de determinado produto final foi selecionada, de 
modo a que se minimize o seu custo respectivo. 
 
• ANÁLISE DA EFICÁCIA: A avaliação da eficácia procura considerar o 
grau em que os objetivos e as finalidades do progresso foram alcançados 
dentro da programação de realizações governamentais. Segundo Naimar M. 
Ramos, tal tipo de mensuração teria um real aproveitamento no 
acompanhamento e avaliação de propostas orçamentárias formuladas e na 
alocação de recursos humanos, materiais e monetários, aos diversos 
programas e atividades em andamento, visando, especificamente, à 
consecução dos objetivos colocados pelo governo em cada programa ou 
atividade. 
 
Segundo Giacomoni, tanto a análise da eficácia como da eficiência são 
possibilitadas pelas formas modernas de estruturação dos orçamentos. A 
classificação por programas, projetos e atividades e a explicitação das metas físicas 
orçamentárias viabilizam os testes de eficácia, enquanto a incorporação de custos 
estimativos (no orçamento) e efetivos (na execução) auxilia as avaliações da 
eficiência. 
 
A efetividade é a dimensão do desempenho que representa a relação entre os 
resultados alcançados (impactos observados) e os objetivos (impactos esperados) 
que motivaram a atuação institucional. É a medida do grau de atingimento dos 
objetivos que orientaram a constituição de um determinado programa, expressa pela 
sua contribuição à variação alcançada dos indicadores estabelecidos pelo Plano. 
Assim, se define como a capacidade de se transformar uma realidade a partir do 
objetivo estabelecido e sua continuidade ao longo do tempo. 
 
Caiu na prova: 
(ESAF – APO/SP - 2009) A realidade que surge da atuação do Estado moderno 
exige a adoção de novos enfoques de avaliação orçamentária do setor público. A 
avaliação também é instrumento de promoção do aperfeiçoamento dos processos 
relacionados à gestão de recursos humanos, financeiros e materiais utilizados na 
execução dos programas. Uma das opções abaixo é incorreta. Identifique-a. 
a) O teste da eficiência, na avaliação das ações governamentais, busca considerar os 
resultados obtidos em face dos recursos disponíveis. 
b) Efetividade é a medida do grau de atingimento dos objetivos que orientaram a 
constituição de um determinado programa, expressa pela sua contribuição à variação 
alcançada dos indicadores estabelecidos pelo Plano. 
c) Eficácia é a medida do grau de atingimento das metas fixadas para um 
determinado projeto, atividade ou programa em relação ao previsto. 
 
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d) A incorporação de custos, estimativos (no orçamento) e efetivos (na execução), 
auxilia as avaliações da eficácia. 
e) Eficiência é a medida da relação entre os recursos efetivamente utilizados para a 
realização de uma meta para um projeto, atividade ou programa, frente a padrões 
estabelecidos. 
 
Respondendo por meio dos autores citados: 
a) Correta. O teste da eficiência na avaliação das ações governamentais busca 
considerar os resultados em face dos recursos disponíveis. 
b) Correta. A efetividade mede o grau de atingimento dos objetivos relacionado à 
variação alcançada dos indicadores, visualizando se o programa foi capaz ou não de 
transformar uma realidade. 
c) Correta. A avaliação da eficácia procura considerar o grau em que os objetivos e 
as finalidades do progresso foram alcançados dentro da programação de realizações 
governamentais. Visa, especificamente, à consecução dos objetivos colocados pelo 
governo em cada programa ou atividade. 
d) É a incorreta. A classificação por programas, projetos e atividades e a 
explicitação das metas físicas orçamentárias viabilizam os testes de eficácia, 
enquanto a incorporação de custos, estimativos (no orçamento) e efetivos (na 
execução), auxilia as avaliações da eficiência. 
e) Correta. Na análise da eficiência busca-se representar as realizações em índices e 
indicadores, para possibilitar comparação com parâmetros técnicos de desempenho e 
com padrões já alcançados anteriormente. 
Resposta: Letra D 
 
6.2 Controle 
 
O Orçamento surge como um instrumento de controle. Tradicionalmente, é uma 
forma de assegurar ao Executivo (controle interno) e ao Legislativo (controle 
externo) que os recursos serão aplicados conforme previstos e segundo as leis. 
Atualmente, além deste controle legal, busca-se o controle de resultados, em uma 
visão mais completa da efetividade das ações governamentais. 
 
Segundo a Lei 4320/64: 
Art. 75. O controle da execução orçamentária compreenderá: 
 I - a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a 
realização da despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações; 
 II - a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens 
e valores públicos; 
 III - o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e 
em termos de realização de obras e prestação de serviços. 
 
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A Lei 4320/64 determina a coexistência de dois sistemas de controle da execução 
orçamentária: interno e externo. 
Segundo a CF/88, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma 
integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: 
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos 
programas de governo e dos orçamentos da União; 
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da 
gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da 
administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de 
direito privado; 
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos 
direitos e haveres da União; 
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. 
 
Segundo o art. 71 da CF, o controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será 
exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: 
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante 
parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu 
recebimento; 
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e 
valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e 
sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles 
que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao 
erário público; 
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a 
qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas 
e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento 
em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, 
ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato 
concessório; 
IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, 
de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, 
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas 
dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no 
inciso II; 
V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social 
a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; 
VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante 
convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito 
Federal ou a Município; 
VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de 
suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização 
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contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de 
auditorias e inspeções realizadas; 
VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade 
de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, 
multa proporcional ao dano causado ao erário; 
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao 
exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; 
X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à 
Câmara dos Deputados e ao Senado Federal; 
XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados. 
 
A LRF trata da fiscalização da gestão fiscal no art. 59. O Poder Legislativo, 
diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle 
interno de cada Poder e do Ministério Público, fiscalizarão o cumprimento das 
normas da LRF, com ênfase no que se refere a: 
• Atingimento das metas estabelecidas na LDO; 
• Limites e condições para realização de operações de crédito e inscrição em 
Restos a Pagar; 
• Medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal; 
• Providências tomadas para recondução dos montantes das dívidas 
consolidada e mobiliária aos respectivos limites; 
• Destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos; 
• Cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos municipais, quando 
houver. 
 
Assim, a fiscalização da gestão fiscal pode ser exercida diretamente pelo Poder 
Legislativo ou com o auxílio dos Tribunais de Contas. 
 
Caiu na prova: 
(FCC – Procurador - Recife – 2008) De acordo com a Constituição Federal, a 
fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e 
das entidades da administração direta e indireta será exercida: 
(A) pelo Senado Federal, com o auxílio do Supremo Tribunal Federal. 
(B) pela Câmara dos Deputados, com o auxílio do Superior Tribunal de Justiça. 
(C) pelo Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União. 
(D) pelo Supremo Tribunal Federal, com o auxílio do Superior Tribunal de Justiça. 
(E) pelo Tribunal de Contas da União, com o auxílio do Senado Federal. 
 
Segundo a CF, a fiscalização contábil, financeira,