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Aula 7 Planejamento Governamental


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PROFESSORES: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES 
 
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AULA 7 
PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL 
 
 
 
1. Introdução 
 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
 
A Constituição Federal de 1998 (CF/88) recuperou a figura do planejamento na 
administração pública brasileira, mediante a integração entre plano e orçamento 
por meio da criação do Plano Plurianual (PPA) e da Lei de Diretrizes 
Orçamentárias (LDO). O PPA, assim como a LDO, é uma inovação da 
Constituição de 1988. Antes do PPA, existiam outros instrumentos de 
planejamento estratégico, como o Orçamento Plurianual de Investimentos (OPI), 
o qual não se confunde com o PPA. 
 
A LDO surgiu almejando ser o elo entre o planejamento estratégico (Plano 
Plurianual) e o planejamento operacional (Lei Orçamentária Anual). Sua 
relevância reside no fato de ter conseguido diminuir a distância entre o plano 
estratégico e as LOAs, as quais dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes 
dos planejamentos estratégicos existente antes da CF/88. 
 
O orçamento é um instrumento que expressa a alocação de recursos públicos, 
sendo operacionalizado por meio de diversos programas. 
 
O conhecimento da estrutura e organização do orçamento é fundamental para sua 
compreensão. O orçamento é implementado por meio de um sistema de 
classificação estruturado, com o propósito de atender às exigências de 
informação demandadas por todos os interessados nas questões de finanças 
públicas, como os poderes públicos, as organizações públicas e privadas e os 
cidadãos em geral. 
 
A Lei 11.653, de 7 de abril de 2008, institui e dispõe sobre o Plano Plurianual 
para o quadriênio 2008-2011. Estudaremos exatamente os pontos da Lei exigidos 
no edital: Elaboração, Gestão e Avaliação Anual do PPA. 
 
O estudo da referida Lei também é importante para a compreensão do tópico 
seguinte: Decreto n° 6.601, de 10 de outubro de 2008, o qual dispõe sobre a 
Gestão do Plano Plurianual 2008-2011 e de seus programas. O Decreto 6601/08 
justamente regulamenta a Lei 11.653/08. Como havia dito desde a programação 
do nosso curso, o Decreto 6.601/08 revogou o Decreto 5.233/04, previsto no 
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primeiro edital, que estabeleceu normas para a gestão do Plano Plurianual 
2004-2007 e de seus programas, motivo pelo qual a ESAF retificou o edital. 
 
Estudaremos o Decreto 6.601/08 e os tópicos relacionados à avaliação de 
Políticas Públicas e Programas Governamentais. Vamos terminar o estudo do 
Decreto ao mesmo tempo em que começaremos o estudo dos Projetos de Grande 
Vulto, cuja parte inicial do conteúdo compõe também a referida legislação. 
 
Você verá que aqui muitas vezes se cobra a letra da lei. Assim, não explicarei tão 
detalhadamente os termos utilizados, o que tornaria a aula mais extensa ainda e 
sairíamos do foco do que as provas realmente cobram. Só aprofundarei em 
conceitos doutrinários, como todos aqueles relacionados no nosso edital à 
avaliação de Políticas Públicas e Programas Governamentais. 
 
Minha missão será a de um facilitador da aprendizagem, mais ainda do que nas 
outras aulas. Minha metodologia será organizar os dispositivos das leis que 
realmente as bancas cobram nas provas e tornar a leitura bem mais agradável do 
que a leitura da letra fria da lei. Verá, nos exercícios, que alguns pontos se 
repetem nas questões e é isso que quero mostrar ao estudante, para que ele estude 
o que realmente é cobrado nas provas. 
 
 
2. Lei 11.653/08: PPA 2008-2011 
 
2.1 Elaboração e Organização do PPA 
 
Cabe ao Plano Plurianual estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes, 
objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e 
outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada, 
conforme disposto no art. 165 da Constituição de 1988, o que confere ao PPA 
papel central no processo de planejamento do Governo Federal. Esse papel é 
reforçado, ainda, pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que dá destaque à ação 
planejada de governo e à compatibilização dos orçamentos com a Lei de 
Diretrizes Orçamentárias e o Plano Plurianual. 
 
Além de estabelecer os objetivos e metas para um período de quatro anos, o 
PPA 2008-2011 é também instrumento de organização da ação governamental 
visando melhorar o desempenho gerencial da Administração Pública e contribuir 
para a consecução das prioridades de governo. 
Para tanto, o modelo de elaboração e gestão do Plano Plurianual deverá se 
orientar pelos seguintes princípios: 
• A convergência territorial como método de orientação da alocação dos 
investimentos com vistas a uma organização do território mais equilibrada; 
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• A integração de políticas e programas, visando otimizar os resultados da 
aplicação dos recursos públicos, por meio da convergência territorial e da 
focalização em torno de público-alvo delimitado; 
• O monitoramento e a avaliação dos projetos e programas de Governo, criando 
condições para a melhoria contínua e mensurável da qualidade e produtividade 
dos bens e serviços públicos; 
• O estabelecimento de parcerias com os Estados e com a iniciativa privada, 
visando à ampliação dos recursos para financiamento das ações de governo; 
• A gestão estratégica dos projetos e programas considerados indutores do 
desenvolvimento para assegurar o alcance dos resultados pretendidos; 
• A transparência na aplicação dos recursos públicos, mediante ampla 
divulgação dos gastos e dos resultados obtidos; 
• A participação social na elaboração e gestão do Plano Plurianual como 
importante instrumento de interação entre o Estado e o cidadão para 
aperfeiçoamento das políticas públicas. 
 
A Lei 11.653, de 7 de abril de 2008, institui e dispõe sobre o Plano Plurianual 
para o quadriênio 2008-2011. O PPA organiza a atuação governamental em 
Programas orientados para o alcance dos objetivos estratégicos definidos para o 
período do Plano. 
 
O programa é o instrumento de organização da atuação governamental que 
articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um 
objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores instituídos no 
plano, visando à solução de um problema ou o atendimento de determinada 
necessidade ou demanda da sociedade. Os programas e ações do PPA serão 
observados nas leis de diretrizes orçamentárias, nas leis orçamentárias anuais e 
nas leis que os modifiquem. 
 
Três anexos integram o Plano Plurianual: 
 
• Anexo de Programas Finalísticos: são os programas que resultam bens 
ou serviços ofertados diretamente à sociedade, cujos resultados sejam 
passíveis de mensuração; 
• Anexo de Programas de Apoio às Políticas Públicas e Áreas Especiais: 
são programas voltados aos serviços típicos de Estado, ao planejamento, à 
formulação de políticas setoriais, à coordenação, à avaliação ou ao 
controle dos programas finalísticos, resultando em bens ou serviços 
ofertados ao próprio Estado, podendo ser composto inclusive por despesas 
de natureza tipicamente administrativas; 
• Anexo dos Órgãos Responsáveis por Programas de Governo: esses 
órgãos e entidades constam também dos orçamentos da União e são 
identificados na classificação institucional, que relaciona os órgãos 
orçamentários e suas respectivas unidades orçamentárias. 
 
 
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Não integram o PPA os programas destinados exclusivamente a operações 
especiais, que são aqueles compostos por despesas que não contribuem para a 
manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não 
resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de bens ou 
serviços. 
 
A Lei 11.653/08 determina que a gestão fiscal e orçamentária e a legislação 
correlata deverão levar em conta as seguintes diretrizes da política fiscal: 
 
• Elevação dos investimentos públicos aliada à contenção do crescimento 
das despesas correntes primárias até o final do período do Plano; 
• Redução gradual da carga tributária federal aliada ao ganho de eficiência e 
combate à evasão na arrecadação; 
• Preservação de resultados fiscais de forma a reduzir os encargos da dívida 
pública. 
 
Prevê, ainda, que serão considerados prioritários, na execução das ações 
constantes do Plano, os projetos: 
• Associados ao Projeto-Piloto de Investimentos Públicos - PPI e ao 
Programa de Aceleração do Crescimento - PAC; e 
• Com maior índice de execução ou que possam ser concluídos no período 
plurianual. 
 
Caiu na prova: 
(CESPE – Analista Administrativo - ANATEL – 2009) Nos termos do plano 
plurianual vigente, serão considerados prioritários os projetos que requererem o 
menor índice de desembolso previsto até o final do presente período plurianual. 
 
Serão considerados prioritários, na execução das ações constantes do Plano, os 
projetos com maior índice de execução ou que possam ser concluídos no 
período plurianual. 
Resposta: Errada. 
 
 
2.2 Gestão do PPA 
 
2.2.1 Aspectos Gerais 
 
A gestão do Plano Plurianual observará os princípios de eficiência, eficácia e 
efetividade, compreendendo ainda a implementação, monitoramento, 
avaliação e revisão de programas. 
 
No que se refere à gestão do PPA (artigos 8º e 9º), são competências do Poder 
Executivo: 
 
 
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• Estabelecer normas complementares para a gestão do PPA 2008-2011; 
• Manter sistema de informações gerenciais e de planejamento para apoio à 
gestão do Plano, com característica de sistema estruturador de governo; 
• Manter atualizado, na Internet, o conjunto de informações necessárias ao 
acompanhamento da gestão do Plano. 
 
2.2.2 Revisões e alterações 
 
Quanto às revisões e alterações do PPA, o art. 15 da Lei 11653/08 determina 
que a exclusão ou a alteração de programas constantes desta Lei ou a inclusão de 
novo programa serão propostas pelo Poder Executivo por meio de projeto de lei 
de revisão anual ou específico de alteração da Lei do Plano Plurianual. 
 
Os projetos de lei de revisão anual, quando necessários, serão encaminhados ao 
Congresso Nacional até 31 de agosto, e conterão, no mínimo: 
 
• Para inclusão de programa: diagnóstico sobre a atual situação do 
problema que se deseja enfrentar ou sobre a demanda da sociedade que se 
queira atender com o programa proposto, bem como a indicação dos 
recursos que o financiarão. 
 
• Para alteração ou exclusão de programa: exposição das razões que 
motivam a proposta. Considera-se alteração de programa: 
- A modificação da denominação, do objetivo ou do público-alvo do programa; 
- A inclusão ou exclusão de ações orçamentárias; 
- Ou a alteração do título, do produto e da unidade de medida das ações 
orçamentárias. Neste caso, as alterações previstas poderão ocorrer por 
intermédio da lei orçamentária ou de seus créditos adicionais, desde que 
mantenham a mesma codificação e não modifiquem a finalidade da ação ou a 
sua abrangência geográfica. 
 
A inclusão de ações orçamentárias de caráter plurianual poderá ocorrer por 
intermédio de lei de créditos especiais desde que apresente, em anexo específico, 
as informações referentes às projeções plurianuais e aos atributos constantes do 
Plano. 
 
2.2.3 Monitoramento e Avaliação 
 
O Poder Executivo é o responsável por instituir o Sistema de Monitoramento e 
Avaliação do Plano Plurianual 2008-2011, sob a coordenação do Órgão Central 
do Sistema de Planejamento e Orçamento Federal, competindo-lhe definir 
diretrizes e orientações técnicas para seu funcionamento. Os Órgãos do Poder 
Executivo responsáveis por programas deverão manter atualizadas, durante cada 
exercício financeiro, na forma estabelecida pelo Órgão Central do Sistema de 
Planejamento e Orçamento Federal, as informações referentes à execução física 
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das ações orçamentárias e à execução física e financeira das ações 
não-orçamentárias constantes dos programas sob sua responsabilidade. 
 
Segundo o art. 19 da Lei 11.653/08, o Poder Executivo enviará ao Congresso 
Nacional, até o dia 15 de setembro de cada exercício, relatório de avaliação 
do Plano, que conterá: 
 
I. Avaliação do comportamento das variáveis macroeconômicas que 
embasaram a elaboração do Plano, explicitando, se for o caso, as razões 
das discrepâncias verificadas entre os valores previstos e os realizados; 
II. Demonstrativo contendo para cada programa a execução física e 
orçamentária das ações orçamentárias nos exercícios de vigência deste 
Plano; 
III. Demonstrativo, por programa e por indicador, dos índices alcançados ao 
término do exercício anterior e dos índices finais previstos; 
IV. Avaliação, por programa, da possibilidade de alcance do índice final 
previsto para cada indicador e de cumprimento das metas, indicando, se 
for o caso, as medidas corretivas necessárias; 
V. As estimativas das metas físicas e dos valores financeiros, para os três 
exercícios subsequentes ao da proposta orçamentária enviada em 31 de 
agosto, das ações orçamentárias constantes desta Lei e suas alterações, 
das novas ações orçamentárias previstas e das ações não-orçamentárias 
(PPA deslizante). 
 
A avaliação anual do PPA tem como objetivo a análise da adequação da 
concepção, da implementação e dos objetivos do ano anterior. As informações da 
avaliação subsidiarão a revisão qualitativa da programação para o ano 
subsequente e para os três seguintes. Fica assim estabelecido o PPA deslizante ou 
rolante (Rolling Plan), que deverá sempre projetar indicadores e ações para os 
exercícios subsequentes ao PPA 2008-2011 e atualizar o cenário 
macroeconômico. Sem a programação deslizante, a abrangência do PPA iria 
diminuindo e o planejamento de médio prazo se perdendo, chegando ao cúmulo 
de no último no ano do PPA vigente, sem nenhuma orientação para o ano 
seguinte e sem integração entre os quadriênios, iniciar-se a elaboração de um 
novo PPA. 
 
Caiu na prova: 
(CESPE - Analista Judiciário – STJ - 2008) O ciclo orçamentário corresponde a 
um período de quatro anos, que tem início com a elaboração do PPA e se encerra 
com o julgamento da última prestação de contas do Poder Executivo pelo Poder 
Legislativo. Trata-se, portanto, de um processo dinâmico e contínuo, com várias 
etapas articuladas entre si, por meio das quais sucessivos orçamentos são 
discutidos, elaborados, aprovados, executados, avaliados e julgados. 
Tendo o texto acima como referência inicial, julgue o item que se segue. 
 
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Na esfera federal, o Poder Executivo é obrigado, anualmente, a enviar ao Poder 
Legislativo um conjunto de informações que permitam o acompanhamento e a 
avaliação do cumprimento das metas estabelecidas para as programações 
definidas no PPA, contemplando: a execução física e orçamentária das ações 
para os exercícios já encerrados; demonstrativo, por programa e por indicador, 
dos índices alcançados ao término do exercício anterior e dos índices finais 
previstos; avaliação, por programa, da possibilidade de alcance do índice final 
previsto para cada indicador e de cumprimento de metas, com indicação das 
medidas corretivas necessárias; e as estimativas das metas físicas e valores 
financeiros não só para o exercício a que se refere a proposta orçamentária, mas 
também para os três exercícios subsequentes. 
 
Nossa questão descreve o que deverá estar contido no relatório de avaliação do 
plano que o Poder Executivo deve enviar ao Congresso Nacional, até o dia 15 de 
setembro de cada exercício, exatamente como os itens I a V do art. 19 da Lei 
11.653/08. 
Resposta: Certa. 
 
 
3. Decreto 6.601/08 e a Gestão do PPA 2008-2011 e de seus programas 
 
3.1 Organização e Objetivos 
 
O Decreto 6.601, de 10 de outubro de 2008, dispõe sobre a gestão do Plano 
Plurianual 2008-2011 e de seus programas, revogando o Decreto 5.233 de 
outubro de 2004, presente nos editais dos concursos até o ano passado. 
 
O Plano Plurianual, de acordo com o modelo de Gestão do PPA 2008-2011, tem 
como função organizar a atuação governamental em programas, contribuindo 
para orientar uma administração pública por resultados, ou seja, focada nas 
melhorias efetivamente proporcionadas ao público-alvo beneficiado pela 
intervenção do programa. 
 
A gestão por programas objetiva o alcance de resultados mediante a utilização de 
processos estruturados e instrumentos adequados à integração das ações em torno 
de programas, motivando a tomada de decisão e a correção de rumos a partir de 
sua orientação estratégica. Essa gestão pressupõe a utilização sistemática dos 
mecanismos de elaboração, monitoramento, avaliação e revisão do Plano durante 
sua execução. Nesse contexto, a Avaliação Anual do PPA constitui–se em 
importante instrumento gerencial, na medida em que contribui para o 
aperfeiçoamento contínuo da formulação e da gestão dos programas que 
integram o Plano e os orçamentos anuais. Assim, estudaremos agora o 
Decreto 6.601/2008 - Gestão do Plano Plurianual 2008-2011 e de seus programas 
e os tópicos relacionados à avaliação de Políticas Públicas e Programas 
Governamentais. 
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O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) tem a 
responsabilidade de coordenar os processos de monitoramento, de avaliação e de 
revisão do PPA, bem como disponibilizar metodologia, orientação e apoio 
técnico para a sua gestão. Deverá também manter atualizadas, na Internet, as 
informações necessárias ao acompanhamento da gestão do PPA. Ainda, 
coordenará a Gestão do PPA, em articulação com os demais órgãos do Poder 
Executivo. 
 
Cabe também ao MPOG editar portaria para definir diretrizes e orientações 
técnicas para o funcionamento do Sistema de Monitoramento e Avaliação do 
PPA 2008-2011 e estabelecer as atribuições dos Gerentes de Programas e 
Coordenadores de Ações. Os resultados apurados no monitoramento e avaliação 
deverão subsidiar a revisão do PPA. 
 
Consoante o art. 2º do Decreto 6.601/08, a gestão do PPA, para o quadriênio 
2008-2011, orientada para resultados, segundo os princípios de eficiência, 
eficácia e efetividade, compõe-se dos níveis estratégico e tático-operacional, 
compreendendo: 
 
• No Nível Estratégico - objetivos de governo e os objetivos setoriais: 
 
a) Comitê de Gestão do PPA, integrado por representantes do MPOG, da Casa 
Civil da Presidência da República, do Ministério da Fazenda e da Secretaria de 
Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Serão designados pelo 
Ministro de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão, mediante indicação 
dos titulares dos órgãos mencionados. 
 
b) Secretaria-Executiva, ou seu equivalente nos demais órgãos. 
 
c) Comissão de Monitoramento e Avaliação do Plano Plurianual - CMA, a ser 
instituída no âmbito do MPOG, integrada por representantes de órgãos do Poder 
Executivo. Contará com a Câmara Técnica de Monitoramento e Avaliação -
 CTMA e com a Câmara Técnica de Projetos de Grande Vulto - CTPGV para o 
desempenho de suas atribuições. 
 
d) Unidades de Monitoramento e Avaliação - UMA, em cada órgão responsável 
por programa. Serão instituídas no âmbito de cada órgão responsável por 
programa e deverão estar subordinadas às respectivas Secretarias-Executivas ou 
unidades administrativas equivalentes. 
 
• No Nível Tático-operacional - programas e ações: 
 
a) Gerentes de Programa: é o titular da unidade administrativa à qual o programa 
está vinculado. É o responsável pela gestão de programa do PPA em conjunto 
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com o Gerente-Executivo. Os programas pertencentes ao órgão responsável 
92000 (Atividades Padronizadas) estão dispensados da necessidade de 
vinculação a eles de Gerente e Gerente-Executivo, porém devem contar com 
Coordenadores de Ação. 
 
b) Gerentes-Executivos de Programa; 
 
c) Coordenadores de Ação: é o titular da unidade administrativa à qual se vincula 
a ação. É o responsável pela gestão da ação, com apoio do Coordenador-
Executivo de Ação. 
 
d) Coordenadores Executivos de Ação. 
 
Caiu na prova: 
(ESAF – APO/SP - 2009) No âmbito federal, a coordenação do PPA, no nível 
operacional, é realizada pelos seguintes responsáveis: 
a) gerentes de programas, coordenadores-executivos de programas e ordenadores 
de despesas. 
b) comissão de gestão do PPA, gerentes de programas e coordenadores-
executivos de programas. 
c) gerentes de programas, gerentes-executivos de programas, coordenadores de 
ação e coordenadores-executivos de ação. 
d) gerentes de programas, secretários-executivos, ordenadores de despesa e 
gerentes de ações. 
e) coordenadores de programas, ordenadores de despesas e supervisores de ação. 
 
A nossa questão pede os responsáveis pela gestão do PPA no nível operacional. 
Vimos que são os gerentes de programas, os gerentes-executivos de programas, 
os coordenadores de ação e os coordenadores-executivos de ação. 
Resposta: Letra C. 
 
3.2 Comitê de Gestão do PPA 
 
O Comitê de Gestão do PPA está compreendido no nível estratégico da Gestão 
do PPA. É integrado por representantes do MPOG, da Casa Civil da Presidência 
da República, do Ministério da Fazenda e da Secretaria de Assuntos Estratégicos 
da Presidência da República. Serão designados pelo Ministro de Estado de 
Planejamento, Orçamento e Gestão, mediante indicação dos titulares dos órgãos 
mencionados. 
 
O Comitê de Gestão do PPA será assessorado pela CMA e contará com o apoio 
técnico e administrativo da Secretaria de Planejamento e Investimentos 
Estratégicos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (SPI), que 
desempenhará a função de Secretaria-Executiva. Segundo o art. 4º, compete ao 
Comitê de Gestão do PPA: 
 
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• Adotar medidas que fortaleçam a gestão para resultados, observando os 
princípios da eficiência, da eficácia e da efetividadeda ação 
governamental, com base nos indicadores e metas do PPA; 
• Realizar o monitoramento estratégico do PPA com base na evolução dos 
indicadores dos objetivos de governo, dos programas prioritários e das 
respectivas metas de ações; e 
• Deliberar sobre alterações do PPA no nível estratégico. 
 
A Secretaria-Executiva, ou seu equivalente nos demais órgãos, também está 
compreendida no nível estratégico da Gestão do PPA. 
O Secretário-Executivo será assessorado pela UMA, que contará com apoio 
técnico da SPI. Segundo o art. 5º, compete ao Secretário-Executivo ou seu 
equivalente, diretamente ou por delegação: 
 
• Acompanhar a execução dos programas do PPA e adotar medidas 
que promovam a eficiência, a eficácia e a efetividade da ação 
governamental; 
• Definir prioridades de execução em consonância com o estabelecido 
no PPA e nas leis de diretrizes orçamentárias; 
• Monitorar, em conjunto com o Gerente de Programa, a evolução dos 
indicadores dos objetivos setoriais, dos programas e das metas das 
ações do PPA sob sua responsabilidade; 
• Articular junto às unidades administrativas responsáveis por 
programas e ações, quando necessário, para a melhoria de resultados 
apurados periodicamente pelo Sistema de Monitoramento e 
Avaliação do PPA; 
• Coordenar a alocação de recursos nos programas sob a 
responsabilidade do órgão, inclusive daqueles de natureza 
multissetorial; 
• Apoiar os Gerentes de Programa com medidas mitigadoras dos 
riscos identificados na execução dos programas; e 
• Elaborar o Relatório Anual de Avaliação dos Objetivos Setoriais e 
supervisionar a elaboração do Relatório Anual de Avaliação dos 
Programas sob a responsabilidade do órgão, bem como os demais 
requisitos de informação disponibilizados pelo Órgão Central no 
Sistema de Planejamento e Orçamento Federal. 
 
 
3.3 Monitoramento e Avaliação 
 
A Avaliação gera subsídios para a tomada de decisões acerca das políticas, 
programas e nos diferentes níveis da Administração Pública Federal. A avaliação 
do PPA é realizada em cada exercício financeiro que o compõe e compreende as 
atividades de aferição e análise dos resultados alcançados por meio da aplicação 
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de recursos públicos, além da identificação de recomendações para a correção de 
eventuais falhas na programação. 
 
Segundo definição do MPOG, “A Avaliação do Plano Plurianual é um processo 
contínuo e participativo de aperfeiçoamento da administração pública federal, 
sob a perspectiva dos resultados para o cidadão. É uma etapa do ciclo de gestão 
governamental e visa melhorar o desempenho dos programas, promover o 
aprendizado das equipes gerenciais, além de prestar contas ao Congresso 
Nacional e à sociedade”. 
 
A realização de avaliação de um programa governamental tem como objetivos: 
a) Aferir, de forma sistemática, os seus resultados e compará-los com resultados 
pré-estabelecidos; 
b) Identificar e analisar as causas dos possíveis desvios observados na operação 
e/ou nos resultados obtidos; e 
c) Propor recomendações para subsidiar a tomada de decisão acerca das medidas 
corretivas a serem adotadas, a fim de garantir a obtenção dos resultados 
esperados pela sociedade. 
 
A importância da Avaliação Anual do PPA 2008-2011 pode ser traduzida em 
quatro objetivos específicos 
• Proporcionar maior transparência às ações de governo: a avaliação 
fornece informações sobre o desempenho de programas, servindo como 
meio de prestação de contas ao Congresso Nacional e à Sociedade; 
• Auxiliar a tomada de decisão: a avaliação proporciona informações úteis 
à tomada de decisões relativas à ação governamental; 
• Promover a aprendizagem e a disseminação do conhecimento nas 
organizações: o processo de avaliação amplia o conhecimento dos 
gerentes e de suas equipes sobre o programa. Para ser efetiva, deve ser 
compreendida como oportunidade de reflexão entre todos aqueles 
envolvidos na implementação dos programas para a construção coletiva de 
soluções; 
• Aperfeiçoar a concepção e a gestão do plano e dos programas: a 
avaliação é um instrumento de gestão que tem a finalidade de assegurar o 
aperfeiçoamento contínuo dos programas e do Plano, visando à melhoria 
dos resultados e otimizando o uso dos recursos públicos. 
 
A avaliação anual do PPA é realizada em três etapas, de acordo com as instâncias 
de implementação do Plano, e respectivas responsabilidades no desenvolvimento 
das ações governamentais nos níveis estratégico e tático-operacional, 
considerando a participação dos principais agentes conforme as competências 
estabelecidas no Decreto 6.601/08. 
 
As instâncias da avaliação anual do PPA correspondem aos níveis da gestão do 
PPA para o quadriênio 2008-2011. A avaliação compreenderá a estratégia de 
 
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desenvolvimento e a análise do alcance das metas governamentais prioritárias 
constantes do plano, a avaliação dos objetivos setoriais e o nível tático-
operacional, o qual compreende os programas e ações. 
As etapas da avaliação anual do PPA estão associadas às atribuições dos agentes 
que integram os níveis da gestão do PPA: 
• Gerente de Programa: é o titular da unidade administrativa à qual o 
programa está vinculado, sendo responsável pela gestão de programa do 
PPA; 
• Secretário-Executivo ou seu equivalente: diretamente ou por delegação é 
responsável pela elaboração do Relatório Anual de Avaliação dos 
Objetivos Setoriais e supervisão da elaboração do Relatório Anual de 
Avaliação dos Programas sob a responsabilidade do órgão; e 
• Órgão Central de Planejamento e Orçamento Federal (MPOG): por 
intermédio da Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos 
(SPI), é responsável por elaborar o relatório de avaliação do Plano em 
conformidade com o já citado art. 19 da Lei nº 11.653/2008. 
 
Desse modo, a partir de informações captadas, tem-se o desenvolvimento das 
etapas que compõe o processo de avaliação anual do PPA 2008-2011, 
contemplando a análise dos resultados nos níveis tático-operacional e estratégico. 
 
Segundo o Manual de avaliação do PPA, há um grande número de modelos e 
técnicas que podem ser utilizados pelos avaliadores, que variam em função das 
características do programa, dos propósitos da avaliação, das expectativas dos 
interessados, do nível de suporte institucional e da disponibilidade de recursos 
para a sua realização. A avaliação pode ser tipificada em razão do seu propósito, 
o qual pode abranger os aspectos da formulação, do desenho, da coleta de 
informação, da interpretação de dados, da comunicação e da utilização. Optou-se, 
dessa forma, pela classificação em função das características da avaliação: 
 
Quanto ao objeto, a avaliação pode ser caracterizada como: 
• De processo: relativa a identificação dos aspectos da implementação 
(insumos, processos e produtos) que podem gerar ganhos ou perdas no 
atendimento às metas das ações do programa junto ao seu público-alvo; 
• De resultados: relativa ao nível de transformação da situação a qual o 
programa se propõe a modificar. Expressa o grau em que os objetivos do 
programa foram alcançados; e 
• De impacto: que busca conhecer os efeitos produzidos pelo programa em 
algum(uns) aspecto(s) da realidade afetada pela sua existência, geralmente 
relacionando-se a resultados de médio e longo prazo e visa à identificação, 
compreensão e explicação das mudanças nas variáveis e nos fatores 
relacionados à efetividade do programa. 
 
Quanto à execução, a avaliação pode ser caracterizada como:D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1
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• Interna: realizada dentro da organização onde se localiza o programa, 
conduzida por unidade administrativa diferente da executora, sendo que 
para o PPA, onde se aplica uma auto-avaliação, os trabalhos são realizados 
pela própria equipe responsável pela gestão do programa; 
• Externa: realizada por instituições externas, o que tende a apresentar 
maior credibilidade junto ao público usuário da informação por utilizar 
padrões mais rígidos e neutros de análise. 
 
O próximo tipo de avaliação que considera a temporalidade é o mais cobrado em 
prova. Assim, vamos além do que prevê o Manual de Avaliação do PPA. Quanto 
à temporalidade, a avaliação pode ser caracterizada como: 
• Ex-ante: realizada antes do início de implementação de um programa, 
onde é necessário projetar o que aconteceria com algumas características 
da população beneficiária caso o programa fosse executado, comparando 
os custos e benefícios da iniciativa com as alternativas disponíveis à sua 
implantação. Procura medir a viabilidade do programa a ser 
implementado, no que diz respeito a sua relação custo-benefício. 
• Ex-post ou somativa: realizada após consolidação ou na fase final de um 
programa. Normalmente mede resultados e impactos, exigindo 
levantamento de dados primários sobre o público-alvo, caso o programa 
não disponha de um sistema de monitoramento desenvolvido. O objetivo 
principal é o de analisar a efetividade de um programa, compreendendo 
em que medida o mesmo atingiu os resultados esperados. É focada nos 
resultados. 
• Formativa ou de processo: preocupa-se em diagnosticar as possíveis 
falhas de um programa, no que diz respeito aos instrumentos, 
procedimentos, conteúdos e métodos, e adequação ao público-alvo, 
visando o seu aperfeiçoamento através da interferência direcionada para 
seus aspectos intrínsecos, ou seja, de dentro do programa. Estima o grau 
de eficácia das estratégias adotadas na implementação e orienta decisões 
sobre sua continuidade. Procura observar em que medida está sendo 
implementado como planejado, pois focaliza os aspectos que têm relação 
direta com a formação do programa, enquanto está em funcionamento. 
Informa sobre as necessidades de ampliação da cobertura de um programa 
ou da viabilidade de sua replicação. Assim, é utilizado na fase de 
implementação, pois se centraliza nos processos e não nos resultados. É 
focada na gestão e no funcionamento do programa. 
 
Caiu na prova: 
(ESAF – APO/MPOG – 2008 - Adaptada) O Modelo de Gestão do Plano 
Plurianual (PPA) foi orientado segundo os critérios de eficiência, eficácia e 
efetividade, conforme o estabelecido no Decreto 6.601, de 10 de outubro de 
2008. A avaliação é parte fundamental do modelo de gestão para geração de 
informações qualificadas para tomada de decisão nos diferentes níveis de 
administração. Com relação à avaliação, identifique a única opção incorreta. 
 
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a) O Sistema de Monitoramento e Avaliação do Plano Plurianual 2008-2011 está 
sob a coordenação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. 
b) Caberá ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão estabelecer as 
atribuições dos Gerentes de Programas e Coordenadores de Ações. 
c) O Sistema de Monitoramento e Avaliação é integrado pelos órgãos Comitê de 
Gestão do PPA, Secretaria-Executiva, CMA, UMA e pelos Gerentes de 
Programas e Coordenadores de Ação. 
d) No nível tático, caberá a cada Gerente de Programa editar portaria para definir 
diretrizes e orientações técnicas para o funcionamento do Sistema de 
Monitoramento e Avaliação do PPA 2008-2011. 
e) Os resultados apurados no monitoramento e avaliação deverão subsidiar a 
revisão do PPA. 
 
A questão foi toda adaptada em virtude do novo Decreto. Entretanto, mantém-se 
a mesma idéia, que é a solicitação da questão da opção incorreta em relação ao 
monitoramento e avaliação. 
 
Segundo o art. 6º, o Sistema de Monitoramento e Avaliação do Plano 
Plurianual 2008-2011 está sob a coordenação do MPOG. Possui como 
integrantes os órgãos Comitê de Gestão do PPA, Secretaria-Executiva, CMA, 
UMA e também os Gerentes de Programas e os Coordenadores de Ação. 
Cabe também ao MPOG editar portaria para definir diretrizes e orientações 
técnicas para o funcionamento do Sistema de Monitoramento e Avaliação do 
PPA 2008-2011 e estabelecer as atribuições dos Gerentes de Programas e 
Coordenadores de Ações. Os resultados apurados no monitoramento e avaliação 
deverão subsidiar a revisão do PPA. 
 
Vamos à questão, que pede a opção incorreta em relação ao monitoramento e à 
avaliação: 
a) Correta. O MPOG é o coordenador do Sistema de Monitoramento e Avaliação 
do Plano Plurianual 2008-2011. 
b) Correta. Também é atribuição do MPOG estabelecer as atribuições dos 
Gerentes de Programas e Coordenadores de Ações. 
c) Correta. Integram o Sistema de Monitoramento e Avaliação: Comitê de Gestão 
do PPA, Secretaria-Executiva, CMA, UMA, Gerentes de Programas e 
Coordenadores de Ação. 
d) É a incorreta. Cabe ao MPOG editar portaria para definir diretrizes e 
orientações técnicas para o funcionamento do Sistema de Monitoramento e 
Avaliação do PPA 2008-2011. 
e) Correta. A revisão do PPA tem como subsídio os resultados apurados no 
monitoramento e avaliação. 
Resposta: Letra D 
 
 
3.4 Revisão do Plano Plurianual 
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No caso de revisão do PPA, deverá ser observado o disposto na Lei n° 11.653/08 
e ao seguinte: 
 
A inclusão ou alteração de ações orçamentárias do tipo projeto no PPA deverá 
observar: 
• A alocação de, no mínimo, 60% do valor estimado do projeto, no período 
de quatro anos contados a partir do ano de seu início; e 
• A não-superposição de finalidade com outros projetos já integrantes do 
PPA. 
 
Serão precedidas de análise do MPOG as alterações definidas na Lei 11.653/08, 
e as seguintes, as quais serão autorizadas pelo Ministro de Estado do 
Planejamento, Orçamento e Gestão, podendo ser objeto de delegação: 
 
I - alteração do órgão responsável por programas e ações; 
II - alteração dos indicadores dos programas e seus respectivos índices; 
III - inclusão, exclusão ou alteração de ações e respectivas metas, no caso de 
ações não-orçamentárias; e 
IV - adequação da meta física de ação orçamentária, para fins de 
compatibilização com alterações no seu valor, produto, ou unidade de medida, 
realizadas pelas leis orçamentárias anuais e seus créditos adicionais ou por leis 
que alterem o PPA. 
 
 
4. Projetos de Grande Vulto 
 
4.1. Os Projetos de Grande Vulto no Decreto 6.601/08 
 
Vamos terminar o estudo do Decreto 6.601/08 ao mesmo tempo em que 
começaremos o estudo dos Projetos de Grande Vulto. 
A fim de integrar o planejamento, o orçamento e a gestão, as ações do setor 
público federal são estruturadas em programas. Um programa resulta do 
reconhecimento de carências, demandas sociais e econômicas e de oportunidades 
inscritas nas prioridades e diretrizes políticas expressas nas orientações 
estratégicas do governo. Assim, o programa é o instrumento de organização da 
ação governamental com vistas ao enfrentamento de um problema e à 
concretização dos objetivos pretendidos. 
O programa articula um conjunto coerente de ações (orçamentárias e não-
orçamentárias) necessárias e suficientes paraenfrentar o problema, de modo a 
superar ou evitar as causas identificadas, como também aproveitar as 
oportunidades existentes. 
Por ação entende-se a operação da qual resulta um produto (bem ou serviço) 
ofertado à sociedade e que contribui para atender aos objetivos de um programa. 
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As ações orçamentárias podem ser classificadas em projetos, atividades e 
operações especiais. Projeto é uma ação que envolve um conjunto de operações, 
limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão 
ou aperfeiçoamento da ação do governo. 
 
Segundo o art. 10 da Lei 11.653/08, consideram-se, para efeito do PPA, como 
Projetos de Grande Vulto (PGV), ações orçamentárias do tipo projeto: 
I - financiadas com recursos do orçamento de investimento das estatais, de 
responsabilidade de empresas de capital aberto ou de suas subsidiárias, cujo valor 
total estimado seja igual ou superior a cem milhões de reais; 
II - financiadas com recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social, ou 
com recursos do orçamento das empresas estatais que não se enquadrem no 
disposto no inciso anterior, cujo valor total estimado seja igual ou superior a 
vinte milhões de reais. 
 
A avaliação de projetos de grande vulto se insere no ciclo de gestão do Plano 
Plurianual com o objetivo de aperfeiçoar o processo decisório, evitando a 
dispersão e o desperdício dos recursos públicos, incrementando a eficiência do 
investimento e aprimorando a ação de governo. A finalidade é proporcionar ao 
cidadão, ao contribuinte, mais valor por seu dinheiro; é maximizar os benefícios 
oriundos dos bens e serviços oferecidos pelo Estado, em prol da sociedade. 
 
O projeto de grande vulto deverá constituir ação orçamentária específica a nível 
de título, com objeto determinado, vedada sua execução à conta de outras 
programações. Para que um projeto de grande vulto possa ser incluído no 
Projeto de Lei Orçamentária Anual - PLOA, o referente estudo de viabilidade 
deve ser encaminhado à Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos 
- SPI/MP, Secretaria-Executiva da CMA, até o dia 31 de março do exercício 
anterior ao de previsão de início. Projetos cujos estudos forem recebidos após 
essa data poderão ser incorporados à LOA do ano seguinte mediante crédito 
especial, à medida que os estudos forem apreciados. 
 
Ressalta-se que serão adotados critérios e requisitos adicionais para a execução, 
acompanhamento e controle, interno e externo, incluindo a avaliação prévia da 
viabilidade técnica e socioeconômica, sempre que o custo total estimado do 
projeto de grande vulto for igual ou superior a: 
I - cem milhões de reais, quando financiado com recursos do orçamento de 
investimento das estatais, de responsabilidade de empresas de capital aberto ou 
de suas subsidiárias; ou 
II - cinquenta milhões de reais, quando financiado com recursos dos orçamentos 
fiscal e da seguridade social ou com recursos do orçamento das empresas estatais 
que não se enquadrem no disposto no item anterior. 
 
Consoante o art. 11 do Decreto 6601/08, compete à Câmara Técnica de Projetos 
de Grande Vulto – CTPGV manifestar-se sobre a viabilidade técnica e 
 
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socioeconômica de projetos de grande vulto. Para isso, os órgãos setoriais 
deverão encaminhar à CTPGV o estudo de viabilidade técnica e socioeconômica 
do projeto de grande vulto, inclusive em meio eletrônico, em formato definido 
pela referida Câmara Técnica. 
 
Agora vamos às exceções ao disposto acima. São tantas que fica difícil saber o 
que sobra na regra. Excetua-se de tal exigência o projeto de grande vulto que: 
I - tenha sido objeto de manifestação favorável ou de dispensa de apresentação de 
estudo de viabilidade técnica e socioeconômica no âmbito do PPA anterior; 
II - se enquadra nas seguintes situações: 
a) aquisição ou construção de edificações para funcionamento de unidades 
administrativas ou instalações militares; 
b) manutenção, reforma ou modernização de edificações ou de instalações 
existentes, desde que não incluam ampliação imediata de capacidade; 
c) ampliação de rede de distribuição de energia elétrica; 
d) aquisição de bens comuns, 
e) aquisição de equipamentos, programas ou serviços de informática; 
f) investimentos no exterior; 
g) produção habitacional; 
h) urbanização de assentamentos precários; 
i) saneamento básico, exclusive os classificáveis na subfunção recursos hídricos 
(544), definido em portaria do MPOG; 
j) aquisição ou construção de unidades destinadas à ampliação da capacidade de 
atendimento da rede pública de ensino federal; 
l) elaboração de estudos ou levantamentos estatísticos; 
m) integrante do Programa de Aceleração do Crescimento - PAC; e 
n) excepcionado mediante consulta prévia à CTPGV. 
 
4.2 O processo de avaliação dos projetos de grande vulto 
 
O processo de avaliação dos projetos de grande vulto é dividido em três etapas: 
 
• Apresentação: Após elaborar o estudo de pré-viabilidade do projeto, o 
órgão setorial deverá apresentá-lo à Secretaria de Planejamento e 
Investimentos Estratégicos (SPI) do Ministério do Planejamento, 
Orçamento e Gestão. A SPI tem a função de Secretaria-Executiva da 
CMA. 
• Apreciação: A Secretaria-Executiva da CMA elaborará parecer acerca do 
projeto cujo estudo estiver em tela. Tal parecer será encaminhado ao 
Plenário da Comissão. 
• Decisão: O Plenário da Comissão examinará a viabilidade técnica e 
socioeconômica do projeto. As decisões possíveis são: aprovação sem 
ressalva; aprovação com ressalva; e rejeição. 
 
 
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Qualquer dessas decisões será emitida em deliberação da CMA. Os projetos 
aprovados serão incluídos no Cadastro de Programas e Ações do Plano 
Plurianual e dos Orçamentos da União. 
 
Assim, os projetos de grande vulto só serão incorporados ao Plano Plurianual se 
forem aprovados pela Comissão. Da mesma forma, se já constarem do PPA mas 
tiverem início a partir de 1° de janeiro de 2006, somente farão parte do projeto de 
Lei Orçamentária Anual em caso de aprovação da CMA. Tanto no PPA quanto 
nos orçamentos, os projetos de grande vulto aprovados deverão ter dotação 
específica e ser detalhados por título. 
 
4.3 Estudos de Pré-viabilidade de Projetos de Grande Vulto 
 
As dotações para elaboração dos estudos de pré-viabilidade dos projetos de 
grande vulto devem integrar títulos distintos daqueles dos projetos a que se 
referem. Assim, independe de manifestação da CMA a incorporação de dotações 
para a elaboração de estudos dos PGV no PPA e na LOA. 
 
Relembro: para que um projeto de grande vulto seja incorporado à lei 
orçamentária relativa ao ano seguinte, seu estudo de pré-viabilidade deverá ser 
encaminhado à CMA até 31 de março de cada exercício. Projetos cujos estudos 
forem remetidos após essa data só poderão tomar parte na LOA mediante crédito 
especial, à medida que os estudos forem apreciados. 
 
Segundo o manual de apresentação de estudos de pré-viabilidade de projetos de 
grande vulto, o roteiro de apresentação dos estudos de pré-viabilidade dos PGV 
tem sete seções: dados cadastrais, análise fundamental, aspectos técnicos, 
análises financeira, ambiental, socioeconômica e gerencial. 
 
O roteiro é um modelo básico para os estudos de pré-viabilidade.Aos órgãos 
setoriais é facultado acrescentar itens específicos que julgarem relevantes para 
seus projetos de grande vulto. 
 
As três primeiras seções são: 
 
• Dados cadastrais: funcionam como uma introdução ao projeto, 
fornecendo as informações básicas sobre ele. Essas informações servirão 
para incluir o projeto no Cadastro de Programas e Ações, se o projeto for 
aprovado. Caso o projeto já conste do Plano Plurianual, as informações 
desta seção devem ser simplesmente importadas do Cadastro de 
Programas e Ações. 
• Análise fundamental: consta a forma como se chegou até o projeto. 
• Aspectos técnicos: descrevem os detalhes físicos do projeto. Expõe as 
características técnicas do projeto, compreendendo: alternativas técnicas 
avaliadas para a implantação do projeto (inclusive a fim de reduzir custos 
 
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e minimizar os impactos ambientais); descrição técnica do projeto; e vida 
útil estimada para o empreendimento. 
 
A próxima seção do roteiro é a Análise financeira, a qual trata das despesas do 
projeto e de suas eventuais receitas. É composta por: 
 
• Gastos com implantação: Informa os gastos anuais do projeto, a preços 
de mercado constantes. A referência é o Valor total estimado da seção 
Dados cadastrais. Neste item, os gastos devem estar discriminados em 
categorias e por etapa do projeto. Devem-se mencionar também os 
parâmetros referenciais de eficiência considerados. Por exemplo, para um 
projeto de restauração rodoviária, pode-se indicar o gasto incorrido numa 
restauração semelhante em outra localidade. 
• Financiamento externo: Discrimina, se houver, a parcela das despesas de 
implantação que será financiada com recursos externos. 
• Gastos com operação: Informa os gastos operacionais anuais do 
empreendimento, a preços de mercado constantes. Os gastos devem estar 
discriminados em categorias. Da mesma forma que em relação aos Gastos 
com implantação, devem-se mencionar os parâmetros referenciais de 
eficiência considerados. Por exemplo, para um projeto de implantação de 
laboratório de nanotecnologia, pode-se indicar, na operação, o gasto com 
energia elétrica em uma instalação similar. 
• Receita: Indica, se houver, a receita anual que se espera obter com o 
fornecimento do bem ou serviço, a preços de mercado constantes. Os 
dados devem ser produzidos a partir da demanda futura, informada na 
seção Análise fundamental. Devem constar os critérios de determinação 
do preço do produto, bem como a base legal para isso. 
• Os próximos cinco itens desta seção – Fluxo de caixa financeiro, Valor 
presente líquido financeiro, Relação benefício/custo financeira, Taxa 
interna de retorno financeiro e Tempo de recuperação dos custos 
financeiros – são necessários apenas para projetos e empreendimentos 
geradores de receita. Destaco a relação benefício/custo socioeconômico 
do projeto, que corresponde à razão entre o valor presente dos benefícios 
socioeconômicos e o valor presente dos custos socioeconômicos. 
 
Na Análise ambiental calculam-se os possíveis danos ecológicos derivados do 
projeto, descontadas as devidas mitigações: 
 
• Danos ambientais: Descreve os malefícios ambientais causados pela 
implantação do projeto e pela operação do empreendimento, inclusive nas 
áreas de amortecimento. 
• Mitigações ambientais: Descreve as iniciativas que serão tomadas a fim 
de mitigar os danos ambientais, mencionados no item anterior. Dentre 
essas iniciativas, encontram-se: reflorestamento com plantas nativas da 
região; restauração da disponibilidade hídrica da bacia, considerada a 
 
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vazão, os usos múltiplos atuais e a demanda reprimida; recuperação e 
manejo sustentável de microbacias na área de influência do projeto; 
saneamento ambiental adequado, com acondicionamento, tratamento e 
destinação de esgoto e resíduos sólidos produzidos pela operação do 
investimento. 
• Passivo ambiental líquido: Calcula o passivo ambiental resultante da 
implantação e da operação do projeto, descontadas as mitigações 
ambientais. Aqui, os impactos ambientais decorrentes da implantação e da 
operação do projeto devem ser apresentados em valores monetários 
anuais. Os melhoramentos decorrentes das iniciativas mitigadoras dos 
danos ambientais causados também devem ser valorados e deduzidos do 
passivo ambiental, desde que devidamente comprovados. 
 
A Análise socioeconômica é elaborada a partir das análises financeira e 
ambiental. 
 
A última seção do roteiro é a Análise gerencial, a qual trata da conjuntura em 
que serão administrados o projeto e o empreendimento dele derivado. É 
composta por: 
 
• Sensibilidade do projeto: apresenta o valor presente líquido 
socioeconômico, a relação benefício/custo socioeconômica e a taxa interna 
de retorno socioeconômico que seriam obtidos em caso de aumento dos 
custos socioeconômicos e/ou em caso de redução dos benefícios 
socioeconômicos. 
• Riscos do projeto: Discorre sobre os possíveis pontos críticos do projeto, 
tais como a necessidade de criação de novos diplomas legais, ou a 
presença de elementos que estejam além da governabilidade dos 
executores do projeto (por exemplo, variação cambial, para os projetos 
que possuem financiamento externo ou que exigem grandes importações 
de máquinas, equipamentos e insumos). 
• Monitoramento e avaliação: Descreve os instrumentos previstos para o 
monitoramento e a avaliação da implantação do projeto e da operação do 
empreendimento. Dentre tais instrumentos, incluem-se os mecanismos de 
participação da sociedade civil na tomada de decisões referentes ao 
projeto, no acompanhamento da execução e na verificação dos resultados. 
Preferencialmente, devem ser também apontados indicadores dos 
benefícios esperados. 
 
Caiu na prova: 
(CESPE – Analista de Infraestrutura – MPOG – 2008) O Ministério do 
Planejamento, Orçamento e Gestão elaborou o manual de apresentação de 
estudos de pré-viabilidade de projetos de grande vulto, que visa orientar os 
órgãos setoriais na apresentação de projetos à Comissão de Monitoramento e 
Avaliação do Plano Plurianual. 
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A partir do texto e com relação à realização de um projeto de grande vulto, 
julgue o item seguinte: As alternativas técnicas avaliadas para a implantação do 
projeto — inclusive aquelas destinadas a reduzir custos e a minimizar impactos 
ambientais —, a definição da vida útil estimada para o empreendimento e a 
descrição técnica do mesmo constituem os aspectos técnicos do projeto. 
 
As três primeiras seções são: 
• Dados cadastrais: funcionam como uma introdução ao projeto, 
fornecendo as informações básicas sobre ele. Essas informações servirão 
para incluir o projeto no Cadastro de Programas e Ações, se o projeto for 
aprovado. Caso o projeto já conste do Plano Plurianual, as informações 
desta seção devem ser simplesmente importadas do Cadastro de 
Programas e Ações. 
• Análise fundamental: consta a forma como se chegou até o projeto. 
• Aspectos técnicos: descrevem os detalhes físicos do projeto. Expõe as 
características técnicas do projeto, compreendendo: alternativas técnicas 
avaliadas para a implantação do projeto (inclusive a fim de reduzir custos 
e minimizar os impactos ambientais); descrição técnica do projeto; e vidaútil estimada para o empreendimento. 
 
Logo, as alternativas técnicas avaliadas para a implantação do projeto, inclusive 
aquelas destinadas a reduzir custos e a minimizar impactos ambientais, a 
definição da vida útil estimada para o empreendimento e a descrição técnica do 
mesmo constituem os aspectos técnicos do projeto. 
Resposta: Certa. 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1) (FCC – Assessor - MPE/RS – 2008) Assinale a alternativa que define 
corretamente uma das mudanças introduzidas no processo orçamentário pela 
Constituição Federal de 1988. 
(A) Recuperou a figura do planejamento na administração pública brasileira, 
mediante a integração entre plano e orçamento por meio da criação do Plano 
Plurianual (PPA) e da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). 
(B) Concluiu o processo de modernização orçamentária, criando, além do 
Orçamento Monetário, o Orçamento Fiscal e o Orçamento da Seguridade Social. 
(C) Restaurou a prerrogativa do Congresso Nacional de iniciativa de proposição 
de lei em matéria orçamentária ao longo de todo o ciclo orçamentário. 
(D) Unificou o processo orçamentário, desde a definição de diretrizes para o 
exercício financeiro subsequente no PPA, até a aprovação da Lei Orçamentária 
Anual (LOA). 
(E) Eliminou a multiplicidade de peças orçamentárias, unificando-as no 
Orçamento Fiscal. 
 
 
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a) Correta. O PPA e a LDO são inovações da CF/88. A LDO surgiu através da 
Constituição de 1988, almejando ser o elo entre o planejamento estratégico 
(Plano Plurianual) e o planejamento operacional (Lei Orçamentária Anual). Sua 
relevância reside no fato de ter conseguido diminuir a distância entre o plano 
estratégico e as LOAs, as quais dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes 
dos planejamentos estratégicos existentes antes de CF. 
b) Errada. Pela CF/88, a LOA compreende o orçamento fiscal, da seguridade 
social e de investimentos das estatais. Não existe mais orçamento monetário. 
c) Errada. A iniciativa de projeto de lei em matéria orçamentária é privativa do 
Executivo para a CF e exclusiva por parte da Doutrina. De forma alguma a 
iniciativa é prerrogativa do Congresso Nacional. 
d) Errada. A definição de diretrizes para o exercício financeiro subsequente 
compete à LDO. 
e) Errada. O modelo constitucional foi construído para possibilitar a coexistência 
de múltiplos orçamentos que, entretanto, devem sofrer consolidação. Porém essa 
consolidação ocorre na LOA. 
Resposta: Letra A 
 
2) (ESAF – APO/MPOG – 2008 - Adaptada) Aponte a única opção falsa com 
relação à avaliação anual do Plano Plurianual – PPA. 
A) O Órgão Central de Planejamento e Orçamento Federal é responsável por 
elaborar o relatório de avaliação do PPA. 
b) As etapas da avaliação anual do PPA estão associadas às atribuições dos 
agentes que integram os níveis da gestão do PPA: Gerente de Programa, 
Secretário-Executivo ou seu equivalente e Órgão Central de Planejamento e 
Orçamento Federal. 
c) O Secretário-Executivo é o titular da unidade administrativa à qual o programa 
está vinculado, sendo responsável pela gestão de programa do PPA. 
d) A avaliação compreenderá a estratégia de desenvolvimento e a análise do 
alcance das metas governamentais prioritárias constantes do plano, a avaliação 
dos objetivos setoriais e o nível tático-operacional, o qual compreende os 
programas e ações. 
e) A avaliação anual do PPA é realizada em três etapas, de acordo com as 
instâncias de implementação do Plano e respectivas responsabilidades no 
desenvolvimento das ações governamentais nos níveis estratégico e tático-
operacional. 
 
A avaliação anual do PPA é realizada em três etapas, de acordo com as instâncias 
de implementação do Plano e respectivas responsabilidades no desenvolvimento 
das ações governamentais nos níveis estratégico e tático-operacional, 
considerando a participação dos principais agentes conforme as competências 
estabelecidas no Decreto 6.601/08. 
As instâncias da avaliação anual do PPA correspondem aos níveis da gestão do 
Plano para o quadriênio 2008-2011. A avaliação compreenderá a estratégia de 
desenvolvimento e a análise do alcance das metas governamentais prioritárias 
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constantes do plano, a avaliação dos objetivos setoriais e o nível tático-
operacional, o qual compreende os programas e ações. 
As etapas da avaliação anual do PPA estão associadas às atribuições dos agentes 
que integram os níveis da gestão do PPA: 
• Gerente de Programa: é o titular da unidade administrativa à qual o 
programa está vinculado, sendo responsável pela gestão de programa 
do PPA; 
• Secretário-Executivo ou seu equivalente: diretamente ou por delegação 
é responsável pela elaboração do Relatório Anual de Avaliação dos 
Objetivos Setoriais e supervisão da elaboração do Relatório Anual de 
Avaliação dos Programas sob a responsabilidade do órgão; e 
• Órgão Central de Planejamento e Orçamento Federal (MPOG): por 
intermédio da Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos 
(SPI), é responsável por elaborar o relatório de avaliação do Plano em 
conformidade com o já citado art. 19 da Lei nº 11.653/2008. 
 
Desse modo, a partir de informações captadas, tem-se o desenvolvimento das 
etapas que compõe o processo de avaliação anual do PPA 2008-2011, 
contemplando a análise dos resultados nos níveis tático-operacional e estratégico. 
 
Logo, o Gerente de Programa é o titular da unidade administrativa à qual o 
programa está vinculado, sendo responsável pela gestão de programa do PPA. 
Resposta: Letra C 
 
3) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Na estrutura de 
planejamento da União, a unidade de planejamento de uma universidade federal 
se caracteriza como um órgão setorial. 
 
Os órgãos setoriais são as unidades de planejamento e orçamento dos 
Ministérios, da Advocacia-Geral da União, da Vice-Presidência e da Casa Civil 
da Presidência da República. O órgão setorial desempenha o papel de articulador 
no seu âmbito, atuando verticalmente no processo decisório e integrando os 
produtos gerados no nível subsetorial, coordenado pelas unidades. Ficam sujeitos 
à orientação normativa e à supervisão técnica do órgão central do Sistema, sem 
prejuízo da subordinação ao órgão em cuja estrutura administrativa estiver 
integrado. Os órgãos integrantes da Presidência da República, ressalvados outros 
determinados em legislação específica, estão na área de atuação do órgão setorial 
da Casa Civil. 
 
O órgão setorial das universidades federais é a unidade de planejamento e 
orçamento do Ministério da Educação. A unidade de planejamento de uma 
universidade federal se caracteriza como uma unidade orçamentária. 
Resposta: Errada. 
 
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4) (ESAF – APO/MPOG – 2005 - Adaptada) O Decreto nº 6.601, de 10 de 
outubro de 2008, estabelece normas para a gestão do Plano Plurianual – PPA 
2008- 2011. Segundo o referido Decreto não é correto afirmar que 
a) A gestão do PPA, para o quadriênio 2008-2011, orientada para resultados, 
segundo os princípios de eficiência, eficácia e efetividade, compõe-se dos níveis 
estratégico e tático-operacional. 
b) a gestão tático-operacional é de responsabilidade apenas do Ministério do 
Planejamento, Orçamento e Gestão. 
c) O nível tático-operacional do PPA compreendeos programas e ações. 
d) O nível estratégico do PPA compreende os objetivos de governo e os objetivos 
setoriais. 
e) Caberá ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão coordenar os 
processos de monitoramento, de avaliação e de revisão do PPA, bem como 
disponibilizar metodologia, orientação e apoio técnico para a sua gestão. 
 
a) Correta. Consoante o art. 2º do Decreto 6.601/08, a gestão do PPA, para o 
quadriênio 2008-2011, orientada para resultados, segundo os princípios de 
eficiência, eficácia e efetividade, compõe-se dos níveis estratégico e tático-
operacional. 
b) É a incorreta. O MPOG tem amplas responsabilidades sobre a gestão do PPA, 
porém têm-se ainda outros responsáveis por áreas específicas. Os responsáveis 
pela gestão do PPA no nível operacional são os gerentes de programas, os 
gerentes-executivos de programas, os coordenadores de ação e os coordenadores-
executivos de ação. 
c) Correta. Os programas e ações estão compreendidos no nível tático-
operacional do PPA. 
d) Correta. Os objetivos de governo e os objetivos setoriais estão compreendidos 
no nível estratégico do PPA. 
e) Correta. O MPOG tem a responsabilidade de coordenar os processos de 
monitoramento, de avaliação e de revisão do PPA, bem como disponibilizar 
metodologia, orientação e apoio técnico para a sua gestão. Deverá também 
manter atualizadas, na Internet, as informações necessárias ao acompanhamento 
da gestão do PPA. Ainda, coordenará a Gestão do PPA, em articulação com os 
demais órgãos do Poder Executivo. 
Resposta: Letra B 
 
5) (ESAF – AFC/CGU – 2008) Apesar das muitas controvérsias entre os 
teóricos, na área de avaliação existem alguns conceitos e distinções 
razoavelmente consensuados, como os que se referem à avaliação somativa e à 
avaliação formativa. Sobre os objetivos da avaliação formativa, examine os 
enunciados abaixo e depois marque a resposta certa. 
1. Proporcionar feedback imediato para alimentar revisões de programas e 
projetos em fase de teste-piloto. 
2. Estimar o grau de eficácia das estratégias adotadas na implementação de um 
programa e orientar decisões sobre sua continuidade. 
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3. Identificar aspectos ambientais favoráveis e desfavoráveis ao êxito de um 
projeto ou programa em fase inicial de implementação, a fim de definir 
estratégias para melhorar o seu desempenho. 
4. Informar sobre as necessidades de ampliação da cobertura de um programa ou 
da viabilidade de sua replicação. 
a) Todos os enunciados acima são objetivos da avaliação formativa. 
b) Nenhum dos enunciados acima é objetivo da avaliação formativa. 
c) Somente o enunciado 2 é objetivo da avaliação formativa. 
d) Somente os enunciados 1 e 3 são objetivos da avaliação formativa. 
e) Somente os enunciados 2 e 4 são objetivos da avaliação formativa. 
 
A avaliação formativa ou de processo se preocupa em diagnosticar as possíveis 
falhas de um programa, no que diz respeito aos instrumentos, procedimentos, 
conteúdos e métodos, e adequação ao público-alvo, visando o seu 
aperfeiçoamento através da interferência direcionada para seus aspectos 
intrínsecos, ou seja, de dentro do programa. Estima o grau de eficácia das 
estratégias adotadas na implementação e orienta decisões sobre sua 
continuidade. Procura observar em que medida está sendo implementado como 
planejado, pois focaliza os aspectos que têm relação direta com a formação do 
programa, enquanto está em funcionamento. Informa sobre as necessidades de 
ampliação da cobertura de um programa ou da viabilidade de sua 
replicação. Assim, é utilizado na fase de implementação, pois se centraliza nos 
processos e não nos resultados. É focada na gestão e no funcionamento do 
programa. 
 
A avaliação ex-ante é realizada antes do início de implementação de um 
programa, onde é necessário projetar o que aconteceria com algumas 
características da população beneficiária caso o programa fosse executado, 
comparando os custos e benefícios da iniciativa com as alternativas disponíveis à 
sua implantação. Os outros itens da questão tratam de programas e projetos em 
fase de teste-piloto e de aspectos ambientais que devem anteceder a 
implementação, logo se referem à avaliação ex-ante. 
 
Assim, somente os enunciados 2 e 4 são objetivos da avaliação formativa. 
Resposta: Letra E 
 
6) (CESPE – Analista - ANTAQ – 2009) No plano plurianual 2008-2011 está 
organizada a atuação governamental em programas orientados para o alcance dos 
objetivos estratégicos definidos para o período do plano, mas nele não constam 
os programas destinados exclusivamente a operações especiais. 
 
O programa é o instrumento de organização da atuação governamental que 
articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um 
objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores instituídos no 
plano, visando à solução de um problema ou o atendimento de determinada 
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necessidade ou demanda da sociedade. Os programas e ações do PPA serão 
observados nas leis de diretrizes orçamentárias, nas leis orçamentárias anuais e 
nas leis que os modifiquem. 
 
Três anexos integram o Plano Plurianual: 
 
• Anexo de Programas Finalísticos: são os programas que resultam bens 
ou serviços ofertados diretamente à sociedade, cujos resultados sejam 
passíveis de mensuração; 
• Anexo de Programas de Apoio às Políticas Públicas e Áreas Especiais: 
são programas voltados aos serviços típicos de Estado, ao planejamento, à 
formulação de políticas setoriais, à coordenação, à avaliação ou ao 
controle dos programas finalísticos, resultando em bens ou serviços 
ofertados ao próprio Estado, podendo ser composto inclusive por despesas 
de natureza tipicamente administrativas; 
• Anexo dos Órgãos Responsáveis por Programas de Governo: esses 
órgãos e entidades constam também dos orçamentos da União e são 
identificados na classificação institucional, que relaciona os órgãos 
orçamentários e suas respectivas unidades orçamentárias. 
 
Não integram o PPA os programas destinados exclusivamente a operações 
especiais, que são aqueles compostos por despesas que não contribuem para a 
manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não 
resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de bens ou 
serviços. 
 
Logo, o PPA organiza a atuação governamental em Programas orientados para o 
alcance dos objetivos estratégicos definidos para o período do Plano. No entanto, 
não integram o PPA os programas destinados exclusivamente a operações 
especiais. 
Resposta: Certa. 
 
7) (ESAF – APO/MPOG – 2008 - Adaptada) Segundo o Decreto n. 6.601, de 10 
de outubro de 2008, que estabeleceu normas para a gestão do Plano Plurianual 
2008-2011, não se relaciona ao gerente de programa: 
a) O gerente de programa é o titular da unidade administrativa à qual o programa 
está vinculado. 
b) O gerente de programa é o responsável pela gestão de programa do PPA. 
c) Os programas pertencentes ao órgão responsável 92000 (Atividades 
Padronizadas) estão dispensados da necessidade de vinculação a eles de Gerente 
e Gerente-Executivo. 
d) O gerente de programa está compreendido no nível tático-operacional da 
gestão do PPA. 
e) Ao Gerente de Programa cabe estimar e avaliar o custo da ação e os benefícios 
esperados. 
 
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A questão foi toda adaptada em virtude do novo Decreto. Entretanto, mantém-se 
a mesma idéia, que é a solicitação da questão do que não se relaciona ao gerente 
de programa. 
 
Vimos que o Gerente de Programa compõe o nível tático-operacional e é o titular 
da unidade administrativa à qual o programa está vinculado. É também o 
responsável pela gestão de programa do PPA em conjunto com o Gerente-
Executivo. Ainda, os programas pertencentes ao órgão responsável 
92000 (Atividades Padronizadas) estão dispensados da necessidade de 
vinculação a eles de Gerente e Gerente-Executivo. 
 
Não cabe ao Gerente de Programa estimar e avaliar o custo da ação e os 
benefícios esperados. Repare que os Gerentes estão sempre vinculados a 
programas. Os Coordenadores estão vinculados sempre a ações. 
Resposta: Letra E 
 
No que concerne aos instrumentos de planejamento, julgue o item que se segue. 
8) (CESPE – Planejamento e Execução Orçamentária – Min. da Saúde – 2008) 
Entre os critérios adotados no PPA de 2008/2011 para caracterizar os projetos 
como prioritários destacam-se os que apresentam maiores atrasos em sua 
execução e aqueles que não precisem ser concluídos no período plurianual. 
 
Consoante o § 2º do art. 3º da Lei 11.653/08, serão considerados prioritários, na 
execução das ações constantes do Plano, os projetos com maior índice de 
execução (sem atrasos ou com atrasos menores) e que possam ser concluídos no 
período plurianual. 
Resposta: Errada. 
 
9) (ESAF – APO/MPOG – 2005) Diz o Manual de Avaliação Anual do Plano 
Plurianual- PPA 2004-2007 que a importância da Avaliação pode ser traduzida 
em quatro objetivos específicos. Identifique a opção falsa. 
a) Proporcionar maior transparência às ações do governo. 
b) Aperfeiçoar a concepção e a execução do plano e dos programas. 
c) Promover a aprendizagem nas organizações. 
d) Auxiliar a tomada de decisão. 
e) Promover a disseminação do conhecimento nas organizações. 
 
A questão trata do PPA anterior, mas vamos respondê-la pelo atual PPA 2008-
2011. 
 
A Avaliação gera subsídios para a tomada de decisões acerca das políticas, 
programas e nos diferentes níveis da Administração Pública Federal. A avaliação 
do PPA é realizada em cada exercício financeiro que compõe o PPA e 
compreende as atividades de aferição e análise dos resultados alcançados por 
 
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meio da aplicação de recursos públicos, além da identificação de recomendações 
para a correção de eventuais falhas na programação. 
 
A importância da Avaliação do PPA 2008-2011 pode ser traduzida em quatro 
objetivos específicos: 
• Proporcionar maior transparência às ações de governo: a avaliação 
fornece informações sobre o desempenho de programas, servindo como 
meio de prestação de contas ao Congresso Nacional e à Sociedade; 
• Auxiliar a tomada de decisão: a avaliação proporciona informações úteis 
à tomada de decisões relativas à ação governamental; 
• Promover a aprendizagem e a disseminação do conhecimento nas 
organizações: o processo de avaliação amplia o conhecimento dos 
gerentes e de suas equipes sobre o programa. Para ser efetiva, deve ser 
compreendida como oportunidade de reflexão entre todos aqueles 
envolvidos na implementação dos programas para a construção coletiva de 
soluções. 
• Aperfeiçoar a concepção e a gestão do plano e dos programas: a 
avaliação é um instrumento de gestão que tem a finalidade de assegurar o 
aperfeiçoamento contínuo dos programas e do Plano, visando à melhoria 
dos resultados e otimizando o uso dos recursos públicos. 
 
Logo, a importância da Avaliação pode ser traduzida em quatro objetivos 
específicos: proporcionar maior transparência às ações de governo, auxiliar a 
tomada de decisão, promover a aprendizagem e a disseminação do conhecimento 
nas organizações e aperfeiçoar a concepção e a gestão do plano e dos programas. 
Aperfeiçoar a concepção e a execução do plano e dos programas não é um dos 
objetivos específicos da avaliação. 
Resposta: Letra B 
 
10) (CESPE – Procurador – PGE/AL – 2008) Assinale a opção correta acerca do 
tema orçamento. 
A) O PPA estabelecerá as diretrizes, os objetivos e as metas da administração 
pública para as despesas de custeio e programas de pouca duração. 
B) O orçamento anual compreende o orçamento fiscal, incluindo o das fundações 
instituídas e mantidas pelo poder público. 
C) O PPA será acompanhado de demonstrativo do efeito, sobre as receitas e 
despesas, decorrente de isenções. 
D) A LDO compreende as metas e prioridades da administração pública, 
excluindo as despesas de capital. 
E) Os planos e programas nacionais e regionais previstos na CF serão elaborados 
de acordo com a LDO. 
 
a) Errada. O PPA estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e 
metas (DOM) da administração pública federal para as despesas de capital e 
 
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outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração 
continuada. 
b) Correta. O orçamento anual compreende o orçamento fiscal referente aos 
Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e 
indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. 
Compreende também o orçamento de investimentos das estatais e o orçamento da 
seguridade social. 
c) Errada. O projeto da LOA será acompanhado de demonstrativo regionalizado 
do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, 
remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. 
d) Errada. A LDO compreende as metas e prioridades da administração pública 
federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro 
subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as 
alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das 
agências financeiras oficiais de fomento. 
e) Errada. Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos na 
Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e 
apreciados pelo Congresso Nacional. 
Resposta: Letra B 
 
E assim terminamos nossa última aula. E você que chegou aqui, já é um 
vitorioso, pela persistência e força de vontade. 
 
Segui estritamente o edital nessas três últimas aulas, aprofundando nos temas de 
acordo com o que vem sendo cobrado nas provas. Apesar de ser a primeira vez 
de AFO no concurso para Auditor, ainda que dentro de Finanças Públicas, a 
ESAF e outras bancas vêm exigindo mais que um conhecimento superficial, 
como pode ter constatado nas questões apresentadas, nos diversos concursos. 
 
Agradeço sinceramente os elogios, as críticas e as sugestões. É dessa forma que o 
professor aprimora seu trabalho, enfatizando o que está dando certo e 
melhorando o que não está bom. 
 
Desejo a você uma excelente prova! Lembro que estarei com você até o fim de 
semana da prova no fórum e sempre que necessitar no e-mail 
sergiomendes@pontodosconcursos.com.br. 
 
Forte abraço! 
 
Sérgio Mendes 
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MEMENTO AULA 7 
LEI 11.653/08: PPA 2008-2011 
PPA organiza a atuação governamental em Programas orientados para o alcance dos objetivos estratégicos 
definidos para o período do Plano. 
O modelo de elaboração e gestão do PPA deverá