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literatuia brasileira iii-18

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última parte do texto, quando finalmente o personagem se conforma com sua sorte. Leia o poema no livro 
acima.
Finalmente, trazemos aqui um dos mais originais poetas brasileiros de todos os tempos: Augusto dos 
Anjos. E trazemos também as palavras de José Aderaldo Castello sobre ele:
E Augusto dos Anjos? Nem parnasiano, nem simbolista, verdadeiramente herdeiro 
personalíssimo da poesia científico-filosófica que, com a "realista", precedeu o Parnasianismo. 
Sem dúvida, no "Monólogo de uma sombra" estaria a "profissão de fé" do poeta: a essência de 
seu pensar a condição humana em confronto com a natureza, onde existe a alegria possível. 
Mas, captada e expressa pelo homem através da arte, "consiste essencialmente" na "mais alta 
expressão da dor estética". (CASTELLO, José Aderaldo. A literatura brasileira. Origens e 
Unidade. V. II. São Paulo: Edusp, 21999, p. 20.)
MONÓLOGO DE UMA SOMBRA - AUGUSTO DOS ANJOS 
Descrição da imagem:
Fonte [10]
Sou uma Sombra! Venho de outras eras,
Do cosmopolitismo das moneras...
Pólipo de recônditas reentrâncias,
Larva de caos telúrico, procedo
Da escuridão do cósmico segredo,
Da substância de todas as substâncias!
A simbiose das coisas me equilibra.
Em minha ignota mônada, ampla, vibra
A alma dos movimentos rotatórios...
E é de mim que decorrem, simultâneas,
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