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Neuroanatomia da Audição e Equilíbrio

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AUDIÇÃO E EQUILÍBRIO 
 
 
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AUDIÇÃO E 
EQUILÍBRIO 
NEUROANATOMIA 
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AUDIÇÃO E EQUILÍBRIO 
 
 
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AUDIÇÃO E 
EQUILÍBRIO 
CONTEÚDO: JULIA CHEIK ANDRADE 
CURADORIA: MARCO PASSOS 
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SUMÁRIO 
AUDIÇÃO E EQUILÍBRIO ............................................................................... 4 
REVISÃO: PROCESSAMENTO DAS SENSIBILIDADES ........................... 4 
VIA AUDITIVA ................................................................................................. 5 
CORRELAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS ..................................................... 11 
EQUILÍBRIO ................................................................................................... 12 
VIA CONSCIENTE DO EQUILÍBRIO ........................................................... 13 
CORRELAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS ..................................................... 14 
REFERÊNCIAS ............................................................................................... 15 
 
 
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AUDIÇÃO E EQUILÍBRIO 
 
 
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AUDIÇÃO E EQUILÍBRIO 
A audição e o equilíbrio são sensibilidades 
associadas ao nervo vestibulococlear (NC 
VIII), que possui sua origem no sistema 
nervoso central, no ângulo pontocerebelar, 
na ponte. Enquanto a audição nos permite 
captar as ondas sonoras do ambiente, a 
fim de localizar e identificar os sons, a 
percepção da posição corporal promovida 
pela orelha interna é essencial para a 
manutenção do equilíbrio e da postura, 
além de coordenar alguns arcos reflexos. 
Vamos estudar, separadamente, essas 
duas vias sensitivas. 
 
Vista inferior e anterior do encéfalo 
 
Referência: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Brain_hu
man_normal_inferior_view_with_labels_pt.svg 
 
Observe o nervo vestibulococlear (VIII), no 
sulco bulbopontino, entre os nervos facial 
(VII) e glossofaríngeo (IX). Estes três nervos 
estão na região limítrofe entre a ponte e 
cerebelo, chamada de ângulo 
pontocerebelar. 
REVISÃO: PROCESSAMENTO 
DAS SENSIBILIDADES 
As sensibilidades corporais seguem um 
padrão de processamento: 
 
• Receptor: epitélio especializado ou 
neurônio especializado, 
responsável pela percepção do 
estímulo ambiental que promove a 
sensibilidade. 
• Trajeto periférico: realizado por 
neurônios sensitivos que 
transmitem a informação do 
receptor ao sistema nervoso central 
(SNC). Essas fibras aferentes 
alcançam o SNC pelos nervos 
cranianos ou espinais, mas seus 
corpos celulares ficam localizados 
nos gânglios sensitivos do sistema 
nervoso periférico. 
• Trajeto central: realizado por 
neurônios do sistema nervoso 
central, que recebem e transmitem 
a informação sensitiva ao córtex 
cerebral, onde essas informações, 
finalmente, tornam-se conscientes 
para o indivíduo. 
Com exceção da sensibilidade olfatória, 
todas as sensibilidades contam com um 
neurônio localizado no tálamo no trajeto 
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AUDIÇÃO E EQUILÍBRIO 
 
 
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central (relé talâmico). Por isso, o tálamo é 
considerado uma porta de entrada central 
no processamento das informações 
sensitivas. 
• Área de projeção cortical: pode 
estar localizada no córtex cerebral, 
que realiza o processamento 
consciente da sensibilidade, ou para 
o córtex cerebelar, onde ocorre 
processamento inconsciente 
dessas sensibilidades. Ainda que 
não possamos perceber o 
processamento cerebelar, ele é 
fundamental no nosso dia-a-dia. O 
equilíbrio e a propriocepção são as 
sensibilidades projetadas para o 
córtex cerebelar, essenciais para 
planejamento e correção do 
movimento, manutenção do 
equilíbrio e da postura, além de 
coordenar movimentos reflexos. 
O processamento cortical cerebral é 
realizado em níveis distintos: 
• Área primária: a primeira região do 
córtex que recebe a informação 
sensitiva. É a área de projeção da 
sensibilidade. 
• Área secundária: é um córtex de 
associação, que recebe a 
informação da área cortical 
primária, e processa 
complexamente aquela 
sensibilidade (ex. relacionar cheiros 
a memórias, por exemplo). É 
chamada de área de 
processamento unimodal. 
Área terciária: é o córtex de associação que 
processa mais de uma sensibilidade ao 
mesmo tempo (área de associação 
supramodal), garantindo percepção ampla 
do ambiente. O córtex terciário também é 
responsável pelo pensamento inteligente, 
que nos permite criar juízo de valor às 
situações, armazenar vivências por meio 
de memórias, dentre outros 
comportamentos complexos. A área 
terciária corresponde a área pré-frontal, 
área parietal posterior, córtex da ínsula, 
além das estruturas do sistema límbico. As 
áreas terciarias não serão estudadas neste 
resumo. 
VIA AUDITIVA 
Por meio da audição conseguimos localizar 
e discriminar sons que apresentem 
frequência de 20 Hz a 20000 Hz. É uma 
sensibilidade essencial para a resposta 
rápida e complexa do indivíduo aos 
estímulos do meio externo além de 
permitir uma das formas de comunicação 
que mais utilizamos. 
 
 
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AUDIÇÃO E EQUILÍBRIO 
 
 
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Anatomia da orelha 
1. Pavilhão auricular 
2. Meato acústico externo 
3. Membrana timpânica 
4. Cavidade timpânica 
5. Martelo 
6. Bigorna 
7. Estribo 
8. Canais semicirculares 
9. Gânglio espiral 
10. Parte coclear do nervo vestibulococlear 
11. Janela oval 
12. Cóclea 
13. Tuba auditiva 
14. Orelha externa 
15. Orelha média 
16. Orelha interna 
Imagem de OpenStax Anatomy and Physiology, 2016. Acesso 
via Wikimedia Commons. 
O som alcança a orelha externa, atravessa 
o meato acústico externo até a membrana 
timpânica. A partir de então, ocorre 
transmissão mecânica das ondas sonoras 
por meio da vibração dos ossículos da 
orelha média, amplificando as vibrações, 
até à membrana da janela oval que alcança 
a cóclea, estrutura em formato de caracol, 
na orelha interna, onde estão localizados 
os receptores da via auditiva. 
Receptor: cílios de células sensoriais do 
órgão de Corti, localizado na cóclea. A 
distância que a onda sonora percorre ao 
longo do interior do órgão de Corti é 
diferente, a depender da frequência de 
determinado som, sendo menor a distância 
percorrida por sons de alta frequência. 
Dessa forma, ondas sonoras são 
projetadas para regiões específicas da 
cóclea, criado um mapeamento local por 
tons: tonotopia. A relação tonotópica 
mantém-se ao longo de todos os 
neurônios da via, inclusive no córtex 
auditivo. 
Observação: A tuba auditiva (trompa de 
Eustáquio) comunica a orelha média às 
cavidades nasais. Em situações de mudança 
de pressão na orelha interna, por exemplo, 
quando há aumento de altitude em viagens 
aéreas, a abertura da tuba auditiva permite 
equalização entre as pressões da cavidade 
timpânica e do ambiente externo, o que traz 
alívio imediato ao passageiro. Essa abertura 
ocorre quando engolimos, mascamos chiclete 
ou bocejamos, por exemplo. 
 
 
 
 
 
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O som alcança a orelha externa, atravessa 
o meato acústico externo até a membrana 
timpânica. A partir de então, ocorre 
transmissão mecânica das ondas sonoras 
por meio da vibração dos ossículos da 
orelha média, amplificando as vibrações, 
até à membrana da janela oval que alcança 
a cóclea, estrutura em formato de caracol, 
na orelha interna, onde estão localizados 
os receptores da via auditiva. 
Receptor: cílios de células sensoriais do 
órgão de Corti, localizado na cóclea. A 
distância que a onda sonora percorre ao 
longo do interior do órgão de Corti é 
diferente, a depender da frequência de 
determinado som, sendo menor a distância 
percorrida por sons de alta frequência. 
Dessa forma, ondas sonoras são 
projetadas para regiões específicas da 
cóclea, criado um mapeamento local por 
tons: tonotopia. A relação tonotópica 
mantém-se ao longo de todos os 
neurônios da via, inclusive no córtex 
auditivo. 
Observação: A tuba auditiva (trompa de 
Eustáquio) comunica a orelha média às 
cavidades nasais. Em situações de mudança 
de pressão na orelha interna, por exemplo, 
quando há aumento de altitude em viagens 
aéreas, a abertura da tuba auditiva permite 
equalização entre as pressões da cavidade 
timpânica e do ambiente externo, o que traz 
alívio imediato ao passageiro. Essa abertura 
ocorre quando engolimos, mascamos chiclete 
ou bocejamos, por exemplo. 
Nervos cranianos e estruturas das orelhas 
média e interna 
 
1. Porção vestibular do nervo vestibulococlear 
2. Porção coclear do nervo vestibulococlear 
3. Nervos facial e intermédio 
4. Gânglio geniculado 
5. Nervo corda do tímpano 
6. Cóclea 
7. Canais semicirculares 
8. Ossículos da orelha interna 
9. Membrana timpânica 
10. Tuba auditiva 
Imagem de Patrick J. Lynch, 2011. Acesso via Wikimedia 
Commons. 
Trajeto periférico: 
Neurônio 1: neurônios bipolares do 
gânglio espiral, que recebem o estímulo 
auditivo proveniente da cóclea. Os 
prolongamentos centrais destes neurônios 
constituem a porção coclear do nervo 
vestibulococlear. Esse nervo alcança a 
fossa posterior pelo meato acústico 
interno, e entra no tronco encefálico pelo 
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ângulo pontocerebelar, localizado no sulco 
bulbopontino. 
Trajeto central: 
Neurônio 2: neurônios localizados nos 
núcleos cocleares posterior e anterior. No 
entanto, as sinapses também ocorrem em 
outros núcleos presentes na ponte. 
Como o segundo neurônio da via auditiva 
apresenta localizações distintas, existem 
diferentes vias no trajeto central da via 
auditiva e, consequentemente, as vias 
apresentam números distintos de 
neurônios que as compõem, até alcançar 
seu destino final no córtex auditivo. Além 
dos núcleos cocleares, outros exemplos de 
núcleos que recebem as fibras sensitivas 
do nervo vestibulococlear são os núcleos 
olivares superiores e os núcleos dos corpos 
trapezoides. Independentemente do nível 
da sinapse, as fibras centrais ascendem 
pelo lemnisco lateral em direção ao 
mesencéfalo. 
Em especial, destacam-se as fibras do 
nervo que cruzam a linha mediana da 
ponte, contornam o núcleo olivar superior, 
e, então, ascendem junto das demais fibras 
do lemnisco lateral em direção ao colículo 
inferior do mesencéfalo. Essas fibras em 
posição transversal criam uma formação à 
microscopia: o corpo trapezoide na ponte. 
Vista transversal da ponte 
 
1. Parte vestibular do nervo vestibulococlear 
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2. Parte coclear do nervo vestibulococlear 
3. Núcleo coclear anterior 
4. Núcleo coclear posterior 
5. Fibras eferentes do núcleo coclear anterior 
6. Fibras eferentes do núcleo coclear posterior 
7. Núcleo olivar superior 
8. Corpo trapezoide 
9. Núcleo do corpo trapezoide 
10. Lemnisco lateral 
11. Núcleos da rafe 
12. Trato corticospinal 
13. IV ventrículo 
14. Pedúnculo cerebelar inferior 
Para auxiliar na visualização das estruturas da 
imagem, observe a base da ponte, arredondada, na 
porção inferior da imagem, que corresponde à face 
ventral (anterior) da ponte. Na sua face dorsal 
(posterior) está o assoalho do IV ventrículo. Imagem 
de Henry Vandyke Carter , 1928. Acesso via Wikimedia 
Commons. 
O fato da via auditiva conter neurônios que 
cruzam para o lado oposto (heterolaterais) 
e neurônios homolaterais implica em 
projeção da informação auditiva de um 
ouvido para o córtex auditivo direito e 
para o esquerdo. Dessa forma, é 
impossível ocorrer perda da audição 
quando há lesão homolateral da via. 
Nesses casos, o que ocorre é uma 
diminuição da percepção auditiva. Já 
lesões bilaterais da via auditiva podem 
levar à surdez. 
3º neurônio: localizado no colículo inferior. 
4º neurônio: localizado no corpo 
geniculado medial, no tálamo. Recebe as 
fibras oriundas do colículo inferior pelo 
braço do colículo inferior. As fibras do 
corpo geniculado medial ascendem em 
direção ao córtex cerebral por um feixe, a 
radiação auditiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Algumas fibras do complexo olivar 
superior seguem caminho inverso, em 
direção à cóclea, onde realizam sinapse 
com os neurônios locais. Ainda não se sabe 
a função exata desta interação, mas pode 
estar relacionada à modulação da 
percepção da sensibilidade auditiva. 
Área de projeção cortical da audição 
Área auditiva primária: giro temporal 
transverso anterior, que recebe as fibras 
por meio da radiação auditiva. 
Área auditiva secundária: giro temporal 
superior. 
Face dorsolateral do cérebro, com dissecção do 
córtex cerebral acima do sulco lateral 
John A, Beal, PhD, 2005. Acesso via Wikimedia 
Commons. 
 
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11 
 
As marcações 1, 2 e 3 correspondem a 
giros do córtex da insula, lobo cerebral 
localizado no interior do sulco lateral. A 
marcação 4 é do giro temporal 
transverso anterior, área primária da 
audição, que fica escondida no interior do 
sulco lateral. Esse giro está imediatamente 
acima do giro temporal superior, área 
secundária da audiç ão. 
 
 
 
 
 
 
CORRELAÇÕES 
ANATOMOCLÍNICAS 
Com o avanço da idade, sobretudo em 
indivíduos constantemente submetidos a 
estímulos sonoros intensos (ex. trânsito, 
músicas em alto volume), ocorre lesão das 
células ciliares do órgão de Corti, com 
prejuízo à audição. Os sons de tonalidade 
aguda (ondas sonoras de alta frequência) 
são os primeiros a serem despercebidos, 
devido à lesão das células mais externas 
do órgão de Corti, primariamente 
acometidas nessas condições e 
responsável pela detecção dos sons de 
alta frequência. 
Neurinomas ou Schwannomas 
vestibulares são tumores benignos, 
causados por proliferação das células de 
Schwann, células da bainha de mielina do 
 
 
 
 
 
 
sistema nervoso periférico, que acometem 
o nervo vestibulococlear. Sua 
apresentação clinica varia de alterações 
auditivas e relatos de zumbidos, até 
alterações de equilíbrio. Devido à 
proximidade do nervo vestibulococlear aos 
demais nervos presentes no ângulo 
pontocerebelar (nervos facial, 
glossofaríngeo), pode haver 
sintomatologia variada. Com destaque 
para paralisia facial periférica, que ocorre 
quandohá acometimento do nervo facial. 
Células sensoriais 
(órgão de Corti) 
Gânglio espiral Núcleos cocleares Colículo inferior 
Corpo geniculado 
medial 
Giro temporal 
transverso anterior 
Diversidade de relés Projeção cortical bilateral 
Giro temporal 
superior 
Via auditiva 
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Representação de paralisia facial do lado direito do 
rosto. Imagem de Manning, Frederick A ,1982. Acesso 
via Wikimedia Commons. 
EQUILÍBRIO 
Para manutenção do equilíbrio, o sistema 
nervoso precisa receber, a todo instante, 
informações sobre a posição do corpo e da 
cabeça. Se você tem duvida sobre esse 
fato, basta fazer um movimento brusco 
com a cabeça enquanto anda que você 
notará uma oscilação instantânea do 
equilíbrio (apenas tome cuidado para não 
cair). 
A informação da posição espacial do corpo 
é detectada pelo sistema vestibular do 
orelha interna, sistema formado por três 
canais semicirculares que se comunicam 
com o vestíbulo. Em cada canal 
semicircular, há uma estrutura 
arredondada, a ampola, que contém: 
endolinfa, um líquido, e células sensoriais 
ciliares. Essas células são os receptores do 
equilíbrio, que o detectam por meio da 
movimentação da endolinfa, que ocorre 
com a movimentação da cabeça. 
E para quê três canais semicirculares? 
Simples! Cada um deles detecta com maior 
precisão a movimentação em um plano, o 
que garante uma representação em 3D 
dos movimentos da cabeça. 
O vestíbulo é composto pelo utrículo e pelo 
sáculo, ambos com receptores ciliares. O 
utrículo é importante para a percepção de 
gravidade, aceleração linear quando há 
extensão ou flexão da cabeça. Já as 
funções inerentes aos receptores do 
sáculo não são bem conhecidas. 
Receptor: células sensoriais ciliares do 
sistema vestibular 
1º neurônio: neurônios bipolares 
localizado no gânglio vestibular, 
formando, juntamente com as fibras 
provenientes do gânglio coclear, o nervo 
vestibulococlear. 
2º neurônio: localizados nos núcleos 
vestibulares, localizados na área 
vestibular, no assoalho do IV ventrículo: 
núcleo vestibulares medial, lateral, 
superior e inferior. Suas fibras alcançam o 
cerebelo, via pedúnculo cerebelar inferior, 
onde a informação será processada pela 
via inconsciente, nas estruturas do 
vestibulocerebelo. 
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13 
 
Fibras eferentes cerebelares transmitem a 
informação de equilíbrio processada aos 
núcleos vestibulares do tronco encefálico. 
A partir do núcleo vestibular lateral, há 
modulação dos tratos vestibulospinais 
lateral e medial, responsáveis pela 
manutenção do equilíbrio e postura 
corporal. As modulações no núcleo 
vestibulospinal medial controlam os 
movimentos oculares, coordenando, via 
fascículo longitudinal medial, o movimento 
dos olhos com o movimento da cabeça. 
Este controle reflexo do movimento dos 
olhos é essencial para a manutenção do 
foco visual nos objetos, quando há 
mudança da posição da cabeça. 
Para recordar, o fascículo longitudinal 
medial contém os neurônios de associação 
do tronco encefálico. Sua integridade é 
essencial para promoção da ativação 
reflexa e coordenada de núcleos motores 
do tronco encefálico. 
Fibras eferentes cerebelares de 
processamento vestibular garantem 
equilíbrio e postura, a partir da informação 
de equilíbrio proveniente da aferência 
vestibular. 
VIA CONSCIENTE DO EQUILÍBRIO 
A percepção do equilíbrio, juntamente com 
a percepção de posição e movimento 
muscular (propriocepção consciente), 
permite a consciência de posição corporal. 
Ainda não é completamente elucidado o 
trajeto central da via consciente de 
processamento da informação vestibular, 
mas acredita-se que exista um relé 
talâmico (neurônio talâmico), que recebe a 
informação dos núcleos vestibulares, e a 
projeta para o lobo parietal, próximo à 
área somestésica primária da face no giro 
pós-central, e para o lobo temporal, 
próximo ao córtex auditivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CORRELAÇÕES 
ANATOMOCLÍNICAS 
Síndrome vestibular é um conjunto de 
sintomas que surge a partir de disfunções 
da via vestibular. O principal sintoma que o 
paciente pode apresentar é vertigem, em 
que há uma sensação de deslocamento de 
objetos que causa a impressão dos objetos 
ou o próprio indivíduo estarem girando 
constantemente. Outros sintomas como 
perda de equilíbrio, nistagmo*, quedas, 
náuseas e vômitos podem estar presentes. 
*O movimento de nistagmo é um 
movimento anormal dos olhos, oscilatório, 
rítmico e repetitivo, que pode ser nos 
sentidos vertical ou horizontal, que decorre 
de disfunção dos reflexos visuomotores, 
 
 
 
 
 
 
 
 
constantemente regulados pela aferência 
vestibular. O reflexo dos olhos de boneca 
(ou reflexo óculo-cefálico) é testado 
frequentemente em pacientes 
inconscientes no ambiente da urgência e 
emergência hospitalar. Esse reflexo é 
testado movimentando a cabeça do 
paciente, mantendo suas pálpebras 
abertas, para observação do movimento 
ocular reflexo. Quando os olhos do 
paciente movimentam-se para o sentido 
oposto, durante os movimentos da 
manobra, há indícios de integridade do 
mesencéfalo e da ponte, pela manutenção 
do reflexo visuomotor. Um importante 
achado da semiologia neurológica. 
Obs. Pacientes que sofrem trauma cervical 
não devem ser submetidos a esse teste, 
pois a manobra pode causar lesão 
medular. 
Núcleos 
vestibulares 
Células sensoriais 
(parte vestibular do 
orelha interna) 
Gânglio vestibular 
Tálamo 
Porções dos lobos 
parietal e temporal 
Vestibulocerebelo 
Reflexos posturais 
Manutenção do equilíbrio 
Reflexos visuomotores 
 
Consciência corporal 
 
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REFERÊNCIAS 
MACHAD, A.B.M. Neutoanatomia Funcional. 3ed. São Paulo: Atheneu, 
2014. 
MENESES, Murilo S. Neuroanatomia aplicada. 3ed. Rio de Janeiro, 2016. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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