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Leitura, argumentação, resenha e resumo

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Português instrumental
8º Aula
Leitura, argumentação, 
resenha e resumo
Nesta última aula, vamos estudar a leitura, a 
argumentação a resenha e o resumo!
Caso tenha que estudar durante horas, sugerimos 
que planeje pausas regulares de descanso e distração. 
Em média, a cada 50 minutos de estudo, descanse 10 
minutos. Aproveite este momento para se levantar, 
relaxar um pouco o corpo e a mente, ou mesmo 
para se divertir com alguma atividade que lhe cause 
satisfação. Isso certamente contribuirá para o melhor 
funcionamento das suas operações de pensamento 
(memória, atenção, classificação etc.) e, portanto, 
para a sua aprendizagem. 
Boa aula!
objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, você será capaz de: 
• reconhecer como acontece a organização argumentativa de um texto;
• entender, reconhecer e aplicar os elementos que introduzem os argumentos em um texto de ordem crítica;
• compreender como se estruturam os gêneros resumo e resenha;
• organizar de forma clara, coerente e concisa um resumo e uma resenha;
• aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo da disciplina.
53
1 -Ler e argumentar criticamente.
2 - Estratégias discursivas e argumentação. 
3 - Resumo e Resenha
4 - Exemplos de documentos empresariais
Seções de estudo
1 - ler e argumentar Criticamente
Antes de iniciar nossos estudos, é importante saber que contextualizar 
um conteúdo significa situar uma ideia, um dado científico no tempo 
e no espaço, e mostrar a importância que isso ocupa na área do 
conhecimento e como pode ser aplicado no cotidiano da vida.
Além disso, é relacionar conhecimentos antigos com novos, a serem 
adquiridos, e transferir aprendizagem a novas situações. Portanto, 
não basta se informar; é preciso aprender efetivamente, justificando e 
contextualizando as ideias para que o conhecimento seja gerado.
Aproveite esta oportunidade final para alcançarmos os objetivos 
almejados nesta disciplina.
Bons estudos!
Por que é importante sermos capazes de ler criticamente? E como as 
mais diversas leituras realizadas podem nos auxiliar a desenvolver essa 
competência? 
Como fazemos, já pararam para pensar, para interpretar fatos, atos? 
Que elementos linguísticos nos permitem fazer isso? 
Inicialmente, é importante salientar o ato de ler e 
argumentar, que seriam ações de extrema relevância para 
pensarmos em criticidade para a compreensão de textos. Assim:
Argumentar é a arte de convencer e persuadir. 
Convencer é saber gerenciar informação, é falar 
à razão do outro, demonstrando, provando. 
Etimologicamente, significa vencer junto com 
o outro (com + vencer) e não contra o outro. 
Persuadir é saber gerenciar relação, é falar à 
emoção do outro. A origem dessa palavra está 
ligada à preposição per, ‘‘por meio de’’ e a 
Suada, deusa romana da persuasão. Significava 
”fazer algo por meio do auxílio divino”. Mas 
em que convencer se diferencia de persuadir? 
Convencer é construir algo no campo das 
ideias. Quando convencemos alguém, esse 
alguém passa a pensar como nós. Persuadir é 
construir no terreno das emoções, é sensibilizar 
o outro para agir. Quando persuadimos alguém, 
esse alguém realiza algo que desejamos que ele 
realize (ABREU, 2012, p.9).
O ato de argumentação, em conjunto com o convencer 
e persuadir, leva a uma organização textual, por meio de 
ideias bem elaboradas. Além de salientarmos que “somos nós 
que temos de nos adaptar às condições intelectuais e sociais 
daqueles que nos ouvem, e não o contrário” (ABREU, 2012, 
p.15); importante atentar-se a essa questão de linguagem e para 
quem vamos passar a mensagem.
Precisamos “ler” o mundo não é mesmo? Mas lê¬-lo com 
um olhar crítico! Charaudeau (2006), afirma que a leitura do 
mundo, com o foco voltado à criticidade, é uma tarefa árdua, 
na medida em que para ser crítico, o leitor, por meio de um 
olhar subjetivo de avaliação, legitima, ou não, o que leu/viu e 
ao mesmo tempo aprecia os efeitos que os fatos analisados 
exercem sobre a vida humana. 
Mas o que é esse olhar subjetivo, essa subjetividade? 
Subjetividade é entendida como o espaço íntimo do 
indivíduo (mundo interno) com o qual ele se relaciona com o 
mundo social (mundo externo), resultando tanto em marcas 
singulares na formação do indivíduo quanto na construção 
de crenças e valores compartilhados na dimensão cultural que 
vão constituir a experiência histórica e coletiva dos grupos e 
populações. A psicologia social utiliza frequentemente esse 
conceito de subjetividade e seus derivados como formação da 
subjetividade ou subjetivação. 
Atenção
A subjetividade é o mundo interno de todo e qualquer ser humano. 
Esse mundo interno é composto por emoções, sentimentos e 
pensamentos.
Através da nossa subjetividade, construímos um espaço 
relacional, ou seja, nos relacionamos com o “outro”. 
Numa pesquisa fenomenológica, a subjetividade é 
expressa ou se mostra através dos sentimentos, emoções 
e desejos do depoente para uma descrição ou o sujeito da 
narrativa. O que ocorre é que: quando fazemos análises 
críticas, usamos nossa subjetividade, damos nossa opinião, 
cada um de nós, a nossa maneira, expomos a apreciação de 
um fato ou um comportamento X. 
Dessa forma, a presença da interdiscursividade (vozes de 
outros que permeiam o texto, mas não de forma explícita) se 
instala, constitui as avaliações distintas feitas de um e outro 
leitor sobre determinado episódio. 
Como afirma Maingueneau (apud Koch, 2001), um discurso não nasce 
de maneira inocente, ele nasce a partir de algo “já-dito”, com propósitos 
já delimitados, logo, quando opinamos, analisamos criticamente 
determinada questão, queremos que nossa opinião tenha/surta 
efeito de verdade, esse efeito em determinado discurso se corporifica 
porque se une a outras opiniões, de outras pessoas.
O que temos então? 
Temos uma situação de comunicação X, em que o lugar 
de onde falamos, a autoridade que temos como “falantes” 
e as diferentes perspectivas dos nossos dizeres, produzem 
sentido(s), criam “ilusões de realidade” e para tanto a polifonia e 
a intertextualidade são extremamente importantes, como verão. 
1.1 Polifonia e Intertextualidade 
O termo polifonia indica as diversas vozes responsáveis 
pelas diferentes formas de pensar, pelos diferentes pontos de 
vista ou diferentes posições ideológicas que compõem algum 
enunciado, em determinado local/espaço enunciativo. 
Já a intertextualidade, em sentido limitado, pode ser 
vista como a relação que um texto mantém com outros, 
pré-existentes. Nesse caso, a fonte pode estar explicitamente 
posta no texto, com citação de fonte, inclusive, ou tratar-
se de textos anteriormente produzidos que devem ser 
percebidos e reconstruídos pela lembrança do interlocutor (o 
54Português Instrumental
Saber Mais
Para ampliar seus conhecimentos, sugerimos que acesse o site 
referenciado a seguir: GOOGLE. Produção e textos e operadores 
argumentativos. Disponível em: https://sites.google.com/site/
que “conversa” com outro) para que os sentidos possam se 
estabelecer. 
Para Refletir
Não há encaixamento/coincidência absoluta entre esses dois 
conceitos? O que temos é o conceito de polifonia sendo mais extenso 
que o de intertextualidade, ou seja, toda situação de intertextualidade 
é uma situação de polifonia, não sendo verdadeira a afirmativa 
contrária de que toda situação de polifonia seja uma situação de 
intertextualidade, pois há casos de polifonia que não podem ser vistos 
como manifestações de intertextualidade.
1.2 Pressuposição
Pressuposição é aquele conteúdo, por assim dizer, que 
fica à margem da discussão, é o conteúdo implícito (que fica 
escondido). O locutor/produtor compartilha o conteúdo 
pressuposto com seu interlocutor/leitor, com outros, e, às 
vezes com todos de uma comunicação X.
Por exemplo, podemos citar um fato e a partir desse fato, 
obtermos várias pressuposições acerca do assunto inicial, 
sendo implícita ou explícita. Vejamos: 
O estagiário entregou vários relatórios, sendo que, a maioria ocorreu 
no mês de junho. 
Contudo, a mensagempode vir oculta ou mesmo 
subentendida nas entrelinhas, para que o receptor possa tirar as 
suas próprias conclusões mediante ao texto apresentado. Não 
podemos simplesmente receber a mensagem e não refletirmos 
criticamente sobre ela, mas elencarmos e sinalizarmos de que 
maneira isso teria uma relevância e significado coerente. 
Observamos a tirinha abaixo: 
Fonte, disponível em: http://multieverso.blogspot.com.br/2012/04/verbos-e-
expressoes-que-acionam.html
1.3 argumentação por autoridade
Nesse caso, usamos a “voz” de outro (e outro que goze 
de prestígio) para referendar o que pensamos, ou seja, uma 
argumentação por autoridade tem base na opinião de quem 
entende do assunto, de uma autoridade. Nele, fazemos uso da 
“lição” de pessoa conhecida e reconhecida em determinada 
área ou determinado assunto para corroborar com a tese/
ideia que nos propusemos a defender. 
Vejamos o exemplo que Trouche (2006, p. 149) nos cede: 
A relação financeira entre o publicitário e o 
PT foi revelada pela revista Veja e confirmada 
ontem pelo presidente nacional do partido, 
José Genoino. A reportagem relata ter tido 
acesso a documentos bancários dos arquivos 
do Banco Central.Marcos Valério afirmava, 
até então, que sua ligação com o partido se 
resumia à amizade com o tesoureiro Delúbio 
Soares e à participação de duas agências de 
publicidade das quais é sócio em campanhas 
eleitorais do PT. JB, A4, 3/7/2005. 
No exemplo há uma “voz” que fala de um lugar de 
autoridade para “concordar”, “afirmar” sobre algo. 
Caros alunos, vimos até agora que analisar um texto de 
forma crítica, não alienada, exige um trabalho contínuo, ao 
longo de nossas vidas, pois ler é um ato de confronto, de 
enfrentamento em que nossos conhecimentos, todos eles, são 
postos em foco. 
Os textos que nos cercam têm função importante 
na construção de nossa criticidade, para tanto, temos, 
obrigatoriamente, que nos abrirmos a eles. 
Seguindo com nossa aula, abordaremos as estratégias discursivas de 
um texto, contempladas na seção 2!
2 - Estratégias Discursivas e 
argumentação
Conforme as palavras de Lúcia Santaella (1996, p. 35), 
“toda linguagem é ideológica porque, ao refletir a realidade, 
ela necessariamente a refrata”. Ou seja, atrás de todo ato 
comunicativo há persuasão.
Assim, retomando o conceito de texto já trabalhado nesta 
disciplina muitas vezes, temos que a unidade de comunicação 
não é o signo, a palavra ou o traço, mas a organização deles 
numa matéria significante, como o texto. O signo só é ele 
mesmo dentro de uma cadeia organizada em texto e é através 
da organização dessa cadeia de signos que a mensagem se 
realiza. 
Você Sabia?
O texto é, então, uma tessitura de signos para servir de mensagem, de 
unidade de comunicação.
Assim, o discurso é a categoria conceptual que usamos 
para afirmar que o texto é uma fala, uma narrativa, que tem 
uma dimensão intersubjetiva. É através do termo discurso que 
designamos a relação de interação entre EU-TU e, por ter estes 
sujeitos implicados em si, o discurso é um texto tecido de sentidos. 
Tudo bem até aqui. Imaginamos que sim, portanto continuemos: 
Para Koch (1992), as relações discursivas que se 
estabelecem entre enunciado (e discurso) e enunciação 
denominam-se ideológicas ou argumentativas. Assim, 
podemos dizer que as relações argumentativas implicam na 
apresentação de explicações, justificativas e razões relativas aos 
atos de enunciação anteriores. 
Nesse contexto de organização de um discurso ideológico 
argumentativo, Ducrot (1987) traz, em seu livro “O dizer e o 
dito”, as categorias da argumentação: 
a) Classe argumentativa: constituída de um conjunto 
de enunciados que podem igualmente servir de argumento 
para uma mesma conclusão. Todos os argumentos têm o 
mesmo peso para levar o alocutário a concluir. São argumentos 
causais das ações enunciadas. 
b) Escala argumentativa: categoria usada para 
classificar os enunciados de acordo com sua força no discurso. 
55
3 - Resumo e resenha
producaodetextoediscurso/operadores-argumentativos. Acesso em: 
agosto de 2016. Passemos, agora, ao estudo da Seção 3! 
Resumo é uma condensação fiel das ideias ou dos fatos 
contidos no texto. Resumir um texto significa reduzi-lo ao seu 
esqueleto essencial sem perder de vista três elementos:
a) cada uma das partes essenciais do texto;
b) a progressão em que elas se sucedem;
c) a correlação que o texto estabelece entre cada uma 
dessas partes.
O resumo, então, é uma redução do texto original, 
procurando captar suas ideias essenciais, na progressão e no 
encadeamento em que aparecem no texto.
Você Sabia?
O resumo deve exprimir, em estilo objetivo, os elementos essenciais do 
texto. Por isso não cabem, num resumo, comentários ou julgamentos 
ao que está sendo condensado.
Para elaborar um bom resumo, é necessário compreender 
antes o conteúdo global do texto. Não é possível ir resumindo 
à medida que se vai fazendo a primeira leitura. É evidente 
que o grau de dificuldade para resumir um texto depende 
basicamente de dois fatores: da complexidade do próprio texto 
e da competência do leitor. 
Platão e Fiorin (2002), aconselham que, para fazer um 
bom resumo, é necessário:
a) Ler uma vez o texto ininterruptamente, do começo ao fim. 
b) Realizar uma segunda leitura é sempre necessária. Mas 
esta, com interrupções, com o lápis na mão, para compreender 
melhor o significado das palavras difíceis.
c) tentar fazer uma segmentação do texto em blocos de 
ideias que tenham alguma unidade de significação.
d) Fazer a redação final com suas palavras (não copiar 
pedaços do texto), procurando não só condensar os segmentos, 
mas encadeá-los na progressão em que se sucedem no texto e 
estabelecer as relações entre eles.
Já vimos como fazer um resumo. Vamos, portanto, 
aprender a como fazer uma resenha.
3.1 Resenha 
Resenhar significa fazer uma relação das propriedades de 
um objeto, enumerar cuidadosamente seus aspectos relevantes 
e descrever as circunstâncias que o envolvem.
Curiosidade
O objeto resenhado pode ser um acontecimento qualquer da realidade 
(um jogo de futebol, uma comemoração solene, uma feira de livros) ou 
textos e obras culturais (um romance, uma peça de teatro, um filme, 
entre outros).
A resenha, como qualquer modalidade de discurso 
descritivo, nunca pode ser completa e exaustiva, já que são 
infinitas as propriedades e circunstâncias que envolvem o 
objeto descrito. 
Finalmente, ressalva-se que o resenhador deve proceder 
seletivamente, filtrando apenas os aspectos pertinentes do 
objeto, isto é, apenas aquilo que é funcional em vista de uma 
intenção previamente definida.
4 – Exemplos de documentos 
empresariais
4.1 Correspondências empresariais
As correspondências empresariais vêm sendo renovadas 
tanto no seu estilo como em sua linguagem, para que se 
adequem a realidade de cada tramitação de informações. 
Essa correspondência empresarial perpassa além da simples 
comunicação, a fim de ser um instrumento de marketing, 
mediante seu público alvo. Vejamos:
Informação Controle
Correspondência 
empresarial
Marketing
FOnTE: COrrESPOnDÊnCia EMPrESariaL (gOLD, 2010, P.162).
Dessa forma, as informações a serem apresentadas em 
seu contexto visam um estilo de linguagem, a disposição dos 
elementos e a importância da transmissão de sua mensagem/
informação.
 Gold (2010) afirma que a correspondência empresarial 
desde 1980 - 2010 vem sofrendo mudanças para a melhor 
recepção das informações. O estilo do vocabulário passa 
de sofisticado a ser mais objetivo e com clareza; e o meio 
de transmissão de carta, agora se viabiliza o trabalho via 
e-mail. Sendo esse último recurso o mais moderno e eficaz 
de transmitir com rapidez a informação almejada, mas é 
importante atentar-se que a linguagem para esse meio depende 
do destinatário e do assunto a ser discorrido no texto. 
O e-mail, por sua vez, pode ser mais formal ou informal 
dependendo de sua linguagem e quem vai ser o destinatário. 
Podemos observar alguns exemplos: 
Exemplo1:
Pessoal,
Estou confirmando nossa reunião de quinta-feira, às 14 horas. 
Não se atrasem, pois temos vários assuntos para analisar. Vocês estão 
sabendo que as conclusões deverão ser apresentadas à diretoria na próxima 
segunda-feira, portanto, tragam já os assuntos estudados.
Um abraço,
Teresa
Exemplo 2: 
Equipe,
Estou confirmando nossa reunião de quinta-feira, às 14 horas. 
Solicito que não se atrasem, pois temos vários assuntos para analisar. 
Como as conclusões serão apresentadas a diretoria na próxima segunda-
feira, tragam os assuntos já estudados.
Atenciosamente.
Teresa
Dessa maneira, podemos atentar que a linguagem e a 
preocupação com os recursos estudados, tanto de coerência, 
coesão e gramaticais, farão com que a mensagem chega com 
56Português Instrumental
Em sites de busca, você pode localizar mais informações sobre os temas 
estudados nesta aula. Desse modo, sugerimos que realize pesquisas e 
procure verificar a consistência dos sites pesquisados e das informações 
neles disponibilizadas, antes de considerá-las como verdadeiras. 
Lembre-se de que uma simples pesquisa realizada de forma crítica 
pode ser uma ótima ferramenta de aprendizagem e trabalho!
clareza, podendo ser formal e/ou informal.
Assim, no meio de comunicação, trabalhamos com 
vários meios de linguagem, e também levamos em conta 
se estamos em uma empresa, escritório, instituição, dentre 
outros órgãos, buscamos uma linguagem que seja coerente. 
No meio empresarial ainda temos exemplos de ofício, uma 
correspondência oficial, memorando oficial entre unidades 
administrativas.
Além de outros documentos administrativos que são 
necessários para o dia a dia profissional, como: acordo, ata, 
atestado, declaração, convocação, requerimento, etc. Nesses 
elementos devemos observar as suas formalidades para que 
seja direcionada corretamente em seu contexto. 
Para finalizar, um exemplo de requerimento:
retomando a aula
E então, entendeu direitinho o conteúdo? Ficou 
com alguma dúvida? Em caso afirmativo, acesse o 
ambiente virtual e utilize as ferramentas indicadas 
para interagir com seus colegas de curso e com seu 
professor. Participe! Afinal, você é o protagonista de 
sua aprendizagem!
1 - Ler e argumentar criticamente.
Na seção inicial vimos que precisamos “ler” o mundo! 
Mas lê-lo com um olhar crítico! Entendemos, ainda, seguindo 
as ideias de Charaudeau (2006) que a leitura do mundo, com 
o foco voltado à criticidade, é uma tarefa árdua, na medida em 
que para ser crítico, o leitor, por meio de um olhar subjetivo 
de avaliação, legitima, ou não, o que leu/viu e, ao mesmo 
tempo, aprecia os efeitos que os fatos analisados exercem 
sobre a vida humana. 
2 - Estratégias discursivas e argumentação. 
Na seção 2, aprendemos que, de acordo com as palavras 
de Lúcia Santaella (1996, p. 35), “toda linguagem é ideológica 
porque, ao refletir a realidade, ela necessariamente a refrata”. Ou 
seja, atrás de todo ato comunicativo há persuasão.
Assim, retomamos o conceito de texto já trabalhado nesta 
disciplina muitas vezes, temos que a unidade de comunicação 
não é o signo, a palavra ou o traço, mas a organização deles 
numa matéria significante, como o texto. O signo só é ele 
mesmo dentro de uma cadeia organizada em texto e é através da 
organização dessa cadeia de signos que a mensagem se realiza. 
3 – Resumo e Resenha.
Na terceira seção, entendemos que o resumo é uma 
redução do texto original, procurando captar suas ideias 
essenciais, na progressão e no encadeamento em que aparecem 
no texto. Também vimos, brevemente, que a resenha significa 
fazer uma relação das propriedades de um objeto, enumerar 
cuidadosamente seus aspectos relevantes e descrever as 
circunstâncias que o envolvem.
4 – Exemplos de documentos empresariais
Na quarta seção, percebemos vários exemplos de 
documentos e suas formas corretas e incorretas de trabalhar 
cada um deles. Também vimos como a forma de linguagem 
dos documentos se viabiliza conforme a quem será destinado 
o receptor de cada mensagem, e assim, as normas gramaticais 
são de grande relevância para que a informação chegue da 
melhor forma possível, independente se for a uma instituição, 
órgão público ou particular.
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Vale a pena
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Vale a pena acessar
57
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