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PSICOLOGIA-DO-DESENVOLVIMENTO-E-DA-APRENDIZAGEM-DE-0-A-10-ANOS-1

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- 
2 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 4 
2 APRENDIZAGEM .............................................................................................. 5 
2.1 Características do processo de aprendizagem ...................................... 7 
3 APRENDIZAGEM E MATURAÇÃO ................................................................... 9 
4 A APRENDIZAGEM É CONDICIONADA PELA MATURAÇÃO....................... 11 
5 APRENDIZAGEM E DESEMPENHO .............................................................. 13 
5.1 Modelo de aprendizagem motora ........................................................ 14 
6 APRENDIZAGEM E MOTIVAÇÃO .................................................................. 16 
6.1 Funções dos motivos ........................................................................... 17 
6.2 Teorias da Motivação .......................................................................... 17 
6.3 Teoria do condicionamento ................................................................. 18 
6.4 Teoria cognitiva ................................................................................... 18 
6.5 Teoria humanista ................................................................................. 18 
6.6 Teoria psicanalítica .............................................................................. 20 
7 TEORIAS DA APRENDIZAGEM ..................................................................... 21 
7.1 Psicologia da educação: principais pesquisadores ............................. 21 
7.2 Sigmund Freud (1856-1938) ............................................................... 21 
7.3 Jean Piaget (1896-1980) ..................................................................... 22 
7.4 Henri Wallon (1879-1962) ................................................................... 22 
7.5 Lev Vygotsky (1896-1934) ................................................................... 23 
3 
 
 
8 Teorias da aprendizagem: correntes teóricas ................................................. 24 
8.1 Processo de ensino e aprendizagem .................................................. 27 
8.2 Teoria do condicionamento clássico .................................................... 29 
8.3 Teoria do condicionamento operante .................................................. 30 
8.4 Teoria da aprendizagem por ensaio e erro .......................................... 31 
8.5 Teoria da aprendizagem cognitiva ....................................................... 31 
8.6 Teoria da aprendizagem fenomenológica ............................................ 32 
8.7 Teoria da aprendizagem da Gestalt ..................................................... 33 
9 TRANSFERÊNCIA DA APRENDIZAGEM ....................................................... 34 
9.1 Conceito e importância da transferência.............................................. 34 
9.2 Transferência positiva e negativa ........................................................ 35 
9.3 Teorias da transferência ...................................................................... 35 
9.4 Teoria dos elementos idênticos ........................................................... 36 
9.5 Teoria da generalização da experiência .............................................. 36 
9.6 Teoria dos ideais de proceder ............................................................. 37 
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS ................................................................... 38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao 
da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno 
se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, 
para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno 
faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço 
virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser 
direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe 
convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida 
e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
2 APRENDIZAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: direcionalescolas.com 
 
O estudo do desenvolvimento humano é uma área bastante ampla e complexa 
por envolver mudanças físicas, mentais, sociais e emocionais (BERK, 2010). Por parte 
da Psicologia, o estudo sobre o desenvolvimento humano se ocupa de alterações 
relacionadas à idade no comportamento que ocorre em seres humanos. Inclui todos 
os aspectos do crescimento humano, abrangendo o desenvolvimento emocional, 
intelectual, social, perceptivo e de personalidade. Assim, buscar estudar a Psicologia 
da Aprendizagem e suas teorias, torna-se fundamental para a compreensão de sua 
importância para o campo do ensino-aprendizagem e suas contribuições para a área 
da educação; e conforme ressalta Bock et al (2008, p. 132), “assim, a Psicologia 
transforma a aprendizagem em um processo a ser investigado” pela ciência. É 
importante ressaltar que a Psicologia surge como ciência de fato no século XX. 
A aprendizagem é uma das funções mentais mais importante e inseparável do 
processo de desenvolvimento humano; está vinculada à história do homem, à 
sua construção e evolução enquanto ser social com capacidade de adaptação a novas 
situações. É um processo de aquisição e assimilação de novas formas de perceber, ser, 
pensar e agir, onde suas habilidades,
6 
 
 
competências, conhecimentos, valores ou comportamentos são adquiridos ou 
modificados ao longo da vida; estando associado a fatores cognitivos, emocionais, 
orgânicos, psicossociais, culturais e resultante de constante estudo, experiência e 
observação. Há condições determinantes para que haja aprendizagem de acordo com 
as proposições das teorias gestaltistas: 
• Fatores Fisiológicos - maturação dos órgãos dos sentidos, do sistema 
nervoso central, dos músculos, glândulas etc.; 
• Fatores Psicológicos - motivação adequada, autoconceito positivo, 
confiança em sua capacidade de aprender, ausência de conflitos emocionais 
perturbadores etc.; 
• Experiências Anteriores - qualquer aprendizagem depende de informações, 
habilidades e conceitos aprendidos anteriormente. 
Afirma-se que o processo de aprendizagem pode ser diferente para cada 
indivíduo, dependendo dos seus conhecimentos, do ambiente e outros fatores 
queinfluenciam esse sistema. Aprender é o resultado da interação entre estruturas 
mentais e o meio ambiente para construir de modo progressivo e interminável suas 
representações do interno (o que pertence a ele) e do externo (o que está “fora” dele). 
Inúmeros são os autores que discutem as teorias da aprendizagem; dentre os 
principais destacam-se Wallon, Piaget, Vygotsky e Skinner; que deram relevantes 
contribuições para o campo de ensino-aprendizagem. Empenharam-se na elaboração 
de suas teorias para uma melhor compreensão do desenvolvimento humano. 
Para Piaget (1999), no Construtivismo a aprendizagem só ocorre mediante a 
consolidação das estruturas de pensamento, portanto a aprendizagem sempre se dá 
após a consolidação do esquema que a suporta, da mesma forma a passagem de um 
estágio para outro da criança estaria dependente da consolidação e superação do 
estágio anterior. Sendo assim, a aprendizagem em si nada mais é do que a 
substituição deuma resposta generalizada por outra mais complexa (NETTO et al, 
2017). 
Segundo Vygotsky (1998) apud Netto (2017), a aprendizagem sempre inclui 
relações entre pessoas. Ele defende a ideia de que não há um desenvolvimento pronto 
e previsto dentro de nós que vai se atualizando com passar do tempo. O 
desenvolvimento é pensado como um processo em que estão presentes a maturação 
7 
 
 
do organismo, o contato com a cultura produzida pela humanidade e as 
relações sociais que permitem a aprendizagem. 
Wallon, defende que a aprendizagem está relacionada com o desenvolvimento 
da individualidade como unidade afetiva e cognitiva dos sujeitos. O estudo do 
desenvolvimento humano deve ser feito na sucessão das etapas e dos conflitos no 
decorrer da vida, sendo a linguagem e a cultura que fornecem ao pensamento as 
ferramentas para a sua evolução; a sua interação com o mundo biológico não depende 
apenas do seu amadurecimento intelectual, mas de habilidades mais complexas para 
interagir com a cultura existente entre o sujeito e seu meio (NETTO et al, 2017). 
Para Skinner, apud Netto (2017), a aprendizagem concentra-se na aquisição 
de novos comportamentos. É decorrente da relação estímulo-resposta (S-R) e das 
ações praticadas pelas crianças, tendo como objetivo a aquisição de novos 
comportamentos ou a mudança dos já existentes; pois o ensino decorre da adaptação 
e planejamento de reforços através dos quais o aluno é levado a adquirir ou modificar 
uma conduta, de modo que se torna mecanizada, deve ser incentivada, pois esta leva 
à memorização. O ensino é obtido quando o que precisa ser ensinado pode ser 
colocado sob condições de controle e sob comportamentos observáveis. É 
considerado o criador da teoria Behaviorista. 
 
2.1 Características do processo de aprendizagem 
 
Aprendemos a todo momento, em um processo permanente de interação com 
o meio. Concebemos a aprendizagem como um processo de autoconhecimento 
contínuo que determina nossas relações sociais por toda a vida. Em nosso dia a dia, 
estamos expostos a situações que nos desafiam das mais variadas formas e que nos 
exigem uma resposta para cada acontecimento. Podem-se citar seis características 
básicas da aprendizagem, segundo Campos (1987) apud Netto et al ( 2017): 
 Processo dinâmico - A aprendizagem é um processo que depende da intensa 
atividade do indivíduo em seus aspectos físicos, emocionais, intelectuais e 
sociais. A aprendizagem ocorre apenas por meio da atividade, tanto externa 
quanto interna, do indivíduo, que inclui sua participação global.
8 
 
 
 
 Processo contínuo - Todas as ações do indivíduo fazem parte do processo de 
aprendizagem desde a primeira infância. A sucção no seio materno é a primeira 
tarefa de aprendizado: é preciso coordenar os movimentos de sucção, deglutição 
e respiração. Os diferentes aspectos do processo de socialização primária na 
família representam inúmeras e complexas adaptações às diferentes situações 
de aprendizagem da criança desde a mais tenra idade.A aprendizagem está 
sempre presente na idade escolar, na adolescência, na idade adulta e mesmo 
na velhice. 
 Processo global - Todo comportamento humano é global; sempre inclui 
aspectos motores, emocionais e mentais como produtos de aprendizagem. O 
envolvimento na mudança comportamental deve exigir o envolvimento global do 
indivíduo em uma busca constante de equilíbrio nas situações problemáticas que 
surgem. 
 Processo pessoal - A aprendizagem é um processo que acontece de maneira 
única e individual para que seja pessoal e não incrível, isto é, não pode acontecer 
de um indivíduo para outro, e ninguém não pode aprender que não é em si. 
 Processo gradativo - A aprendizagem passa sempre por situações cada vez 
mais complexas. Em cada nova situação, mais elementos estarão envolvidos. 
Cada novo aprendizado adiciona novos elementos à experiência anterior, sem ir 
e voltar, mas em uma série progressiva e ascendente. 
 Processo cumulativo A aprendizagem resulta sempre das experiências do 
indivíduo, que servem de limiar para novas aprendizagens a partir de 
experiências anteriores. Ninguém aprende, mas para si mesmo, eu, por auto-
instalação. Desta forma, a aprendizagem é um processo cumulativo, com 
experiências atuais construídas sobre experiências anteriores. 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
3 APRENDIZAGEM E MATURAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: psicoativo.com 
 
A aprendizagem é um processo que resulta em uma mudança de 
comportamento do indivíduo, ou seja, a aprendizagem ocorre através da prática e 
experiência. A maturação pode ser definida como o ato de amadurecimento. Esta não 
se refere apenas ao crescimento físico que um indivíduo se depara à medida que 
envelhece, mas também a capacidade de se comportar, agir e reagir de forma 
adequada. Neste sentido, o conceito de maturação ultrapassa o crescimento físico 
para abraçar outros aspectos como o crescimento emocional e mental. Os psicólogos 
acreditam que a maturidade vem com o crescimento e desenvolvimento individual. 
Este é um processo que ocorre ao longo da vida adulta, preparando o indivíduo para 
novas situações. 
Maturação e aprendizagem são conceitos inter-relacionados, porém não são a 
mesma coisa. Assim, toda aprendizagem depende da maturação (condições 
orgânicas e psicológicas) e das condições ambientais (cultura, classe social), etc. As 
características essenciais da maturação são: 
 Aparecimento súbito de novos padrões de crescimento ou comportamento; 
 Aparecimento de habilidades específicas sem o benefício de práticas 
anteriores; 
1
0 
 
 
 A consistência desses padrões em diferentes indivíduos da mesma espécie; 
 O curso gradual de crescimento físico e biológico em direção a ser 
completamente desenvolvido. 
Sobre a maturação, Piaget (1972, p.2) esclarece que: 
 
[...] certamente desempenha um papel indispensável e não pode ser ignorada. 
Toma parte certamente em cada transformação que ocorre durante o 
desenvolvimento da criança. Entretanto este primeiro fator por si só é 
insuficiente. [...] Acima de tudo a maturação não explica tudo, por que a idade 
média na qual este estádio aparece (idade cronológica média) varia 
grandemente de uma para outra sociedade. 
 
Ao contrário da aprendizagem que se baseia na experiência e prática para criar 
uma mudança no comportamento individual, a maturação não necessita de tais 
fatores. É adquirida através das mudanças que o indivíduo sofre, ou o crescimento 
individual. 
Para Wallon (1981, 2007), o ser humano é um ser geneticamente social. A 
aprendizagem no indivíduo estará dependente das condições biológicas da 
maturação, isto significa dizer que as estimulações só poderão resultar em resposta 
de aprendizagem quando a função do órgão chega à maturação. Para ele esta é uma 
lei geral onde a maturação funcional predomina. 
 
 
1
1 
 
 
4 A APRENDIZAGEM É CONDICIONADA PELA MATURAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: psicoativo.com 
 
Segundo Piaget, 2006 o curso do desenvolvimento precede sempre o da 
aprendizagem. A aprendizagem segue sempre o desenvolvimento. Ainda de acordo 
com o autor, o desenvolvimento deve atingir uma determinada etapa com a 
consequente maturação de determinadas funções antes mesmo de fazer o indivíduo 
adquirir determinados conhecimentos. Essa concepção torna-se uma grande 
contribuição, nos quais ‘o aprender’ favorece ativamente o desenvolvimento cognitivo 
e a maturação. 
As características específicas do ser humano: a fala, a noção de tempo, a 
cultura e a capacidade de abstração, confere uma qualidade única ao estudo do seu 
comportamento e desenvolvimento; sendo possível não só examinar o que o 
desenvolvimento já produziu, mas também o que produzirá no processo de 
maturação. A maturação é um processo de crescimento interno que opera como fator 
fundamental básico durante a aprendizagem. Afirma-se que o processo de 
aprendizagemsofre muitas interferências, intelectual, psicomotora, físico e social. 
Aprendizagem, desenvolvimento cognitivo e maturação, como processos 
interdependentes, Vygotsky (2006) em seus estudos, descreve três teorias 
relacionadas ao tema: 
 
a primeira teoria afirma que o curso de desenvolvimento precede o da 
aprendizagem, que a maturação precede a aprendizagem, que o processo 
1
2 
 
 
educativo pode apenas limitar-se a seguir a formação mental. A segunda teoria 
considera, em contrapartida, que existe um desenvolvimento paralelo dos dois 
processos (...); o desenvolvimento está para a aprendizagem como a sombra 
para o objeto que a projeta (...) e, portanto, (...), não os diferencia absolutamente 
(...). A terceira teoria tenta conciliar os extremos dos dois pontos de vista, 
fazendo com que coexistam, é uma teoria dualista do desenvolvimento (...). 
Estas observações sugerem que o processo de aprendizagem prepara e 
possibilita um determinado processo de aprendizagem, enquanto o processo de 
aprendizagem estimula, por assim dizer, o processo de maturação e fá-lo 
avançar até certo grau (VYGOTSKY, 2006, pp.105-106). 
 
Ao expor essas teorias, Vygotsky (2006), procura esclarecer a relação sobre 
aprendizagem, desenvolvimento cognitivo e maturação, em que “a aprendizagem é 
uma superestrutura do desenvolvimento”. 
1
3 
 
 
5 APRENDIZAGEM E DESEMPENHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: seduca.com 
 
A todo o instante deparamo-nos com situações novas ou, mesmo que 
conhecidas, que contêm elementos que não estavam presentes ou que se 
apresentam de forma diferente na nova situação. 
Aprender é tudo sobre dominar essas novas habilidades e desenvolver uma 
maior compreensão sobre coisas que não nos são conhecidas e também sobre ter um 
melhor senso de nossos arredores. Nós crescemos e desenvolvemos mentalmente 
com a ajuda desse processo de aprendizagem à medida que nossa mente ou cérebro 
se desenvolve a todo seu potencial, do qual o desempenho é um objetivo realizável 
desse processo de aprendizagem. 
 
Piaget (1959, p. 34) esclarece que “a aprendizagem não se confunde 
necessariamente com o desenvolvimento”. O desenvolvimento permite a 
formação de estruturas de pensamento no sujeito, as quais possibilitam a 
aprendizagem. Uma estrutura sempre nasce de outra, e elas são construídas e 
não ensinadas, ao passo que a aprendizagem é provocada por situações 
diariamente. 
 
Da nossa infância, somos levados a acreditar que o desempenho é um 
resultado da aprendizagem e que a aprendizagem afeta o desempenho de forma 
positiva, desde que exista desejo e motivação para aprender. Afirma-se que o 
aprendizado é um processo contínuo a todos os indivíduos e acontece em qualquer 
idade, principalmente quando somos submetidos a uma situação nova. Já o 
1
4 
 
 
desempenho pode ser produzido quando necessário, assim, compreende-se que a 
aprendizagem não pode produzir níveis de desempenho iguais em todos os 
indivíduos, pois, o desenvolvimento é um processo que ocorre depois da 
aprendizagem, mas requer prática constante e aperfeiçoamento, de modo a 
transformar as habilidades recém- adquiridas em comportamentos ou hábitos. 
Dessa forma, é fundamental para se concluir como está transcorrendo a 
aprendizagem a observação do comportamento do indivíduo, onde o 
desempenho/desenvolvimento pode ser considerado como o comportamento 
observável do indivíduo. Destarte, a aprendizagem não pode ser observada 
diretamente; só pode ser inferida do comportamento ou do desempenho de uma 
pessoa. 
Observe certas características que servirão como indicadores para aprender o 
desenvolvimento ou aquisição de habilidade. As principais características são quando a 
capacidade de capacidade melhorou durante um determinado período de tempo em que 
houve uma prática, o que torna possível desempenhar a capacidade disso antes. 
O aumento do desempenho deve ser caracterizado por certas características: 
 O rendimento deve ser permanente como resultado da prática habitual, ou seja, 
relativamente constante. Deve ser duradoura no tempo. 
 As flutuações de desempenho devem ser menos e menos pequenas, menos 
variabilidade que ocorre. 
A aprendizagem é uma modificação do estado individual do indivíduo, que é 
deduzido de uma melhoria relativamente permanente nos serviços por causa da prática. 
 
5.1 Modelo de aprendizagem motora 
 
Segundo Fitts & Posner (1967), durante a aprendizagem de uma habilidade um 
indivíduo passa por três estágios: cognitivo, associativo e autônomo. Entre as diferentes 
características de cada etapa, há uma grande evolução da trajetória assistencial 
vinculada à prática. 
 
1 - Estágio Cognitivo - Caracteriza-se por uma grande quantidade de atividade mental 
e intelectual.O iniciante geralmente responde a técnicas ou estratégias, apresentando 
um grande número de erros grosseiros na execução; 
1
5 
 
 
2 - Estágio Associativo - A atividade cognitiva envolve a geração de respostas 
diminuídas. A mecânica básica da habilidade foi aprendida até certo ponto. Os alunos 
se concentram em ajustar a habilidade. Detecte alguns de seus erros. A variação de 
desempenho começa a diminuir; 
3 - Estágio Autônomo - As habilidades são aprendidas a gerar as respostas quase 
automaticamente. Ele desenvolve sua capacidade de detectar erros e quais tipos de 
ajustes são necessários para corrigi-los. A diferença de desempenho de um dia para o 
outro é mínima. 
É importante entender esses estágios de aprendizagem para identificar 
estratégias instrucionais apropriadas para usar no ensino de habilidades motoras. 
O desempenho acadêmico inicial nem sempre prediz com precisão o 
desempenho acadêmico posterior. Desempenho adicional deve ser considerado a partir 
de: 
(a) determinar a capacidade relacionada à tarefa; 
(b) motivação para ter sucesso e continuar a capacidade de aprendizagem; 
(c) As instruções iniciais devem se concentrar nos princípios básicos 
importantes da capacidade de aprendizagem; 
(d) O número de práticas pessoais é muito importante para determinar o 
seguinte sucesso. 
Esses fatores, além de serem valiosos para prever o desempenho futuro, também 
são uma fonte de informação para determinar o que deve ser incluído no plano de ensino 
para ajudar os alunos a desenvolver seu potencial.
1
6 
 
 
6 APRENDIZAGEM E MOTIVAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: timedesaude.com 
 
Dentre todos os fatores que influenciam no processo de aprendizagem, o mais 
importante deles é, sem dúvida, a motivação. 
 
A motivação ganhou importância já na década de 1950, quando gestores 
perceberam que alguns fatores influenciavam na produtividade e nos resultados 
da empresa. Segundo o autor, a motivação humana no ambiente de trabalho é 
sensível a diversos fatores, entre os quais, as limitações culturais, os objetivos 
individuais, os métodos de diagnósticos e intervenção variáveis de análise. 
(SANTOS, 2014, p. 123). 
 
Para Chiavenato (2010), é difícil definir exatamente o conceito de motivação, 
uma vez que tem sido utilizado com diferentes sentidos. De modo geral, motivo é tudo 
aquilo que impulsiona a pessoa a agir de determinada forma ou, pelo menos, que dá 
origem a um comportamento específico. No contexto educacional, tem função 
ativadora e estimulante no comportamento já que mobiliza recursos internos, 
permitindo que o aluno se envolva de forma mais profunda e empenhada na 
aprendizagem. Assim, motivação é a energia para a aprendizagem, o convívio social, 
os fatos da superação, da participação, da conquista, da defesa, do desenvolvimento 
cognitivo entre outros. 
É um fator importante no processo de ensino e aprendizagem por movimentar 
indivíduos para a ação. É ela que impulsiona o indivíduo a agir, a buscar novos 
1
7 
 
 
conhecimentos, novas experiências. Sem motivação não há aprendizagem. Podem 
existir os mais diversos recursos para a aprendizagem, mas se não houver motivaçãoela não acontecerá. É necessário identificar os fatores motivacionais como também 
às estratégias de aprendizagem que despertem no aluno o desejo de aprender e seu 
comprometimento com o processo e, assim, realizar com eficiência sua 
aprendizagem. Para Piaget: “A criança, como o adulto, só executa alguma ação 
exterior ou mesmo inteiramente interior quando impulsionada por um motivo e este se 
traduz sob a forma de uma necessidade.” (1967, p.16). A motivação atua de forma 
construtiva na aceleração do raciocínio e necessidade do educando de expor seus 
conhecimentos e ideias. 
 
6.1 Funções dos motivos 
 
A motivação existe quando o indivíduo pretende exibir um comportamento 
desejável para um determinado momento. O indivíduo motivado é alguém disposto a 
iniciar ou continuar o processo de aprendizagem. 
São três as funções mais relevantes dos motivos: 
 
 As razões têm a função de manter o corpo ativo para que a necessidade gerada 
pelo desequilíbrio seja satisfeita;; 
 As razões orientam o comportamento para atingir as metas e definem quais são 
mais adequadas para orientar a ação; 
 Os motivos fazem a seleção de respostas que satisfaçam as necessidades para 
que possam ser reproduzidas posteriormente quando surgirem situações 
semelhantes. 
 
6.2 Teorias da Motivação 
 
 
 
 
 
 
1
8 
 
 
As teorias da motivação foram desenvolvidas na segunda metade do século XX 
e estão em constante estudo. Muitos estudiosos caracterizam essas teorias como 
estudos de satisfação porque visam medir o índice de motivação das pessoas com base 
em suas necessidades e aspirações. lidar com o tema da motivação em psicologia. 
 
6.3 Teoria do condicionamento 
De acordo com esta teoria, para que a pessoa esteja motivada para gastar um 
certo comportamento, esse comportamento deve então ser fortalecido.. A 
aprendizagem só acontece caso haja a associação de determinada resposta a um 
reforço, até que o indivíduo fique condicionado. 
Em outras palavras, uma necessidade (estímulo) leva a uma atividade 
(resposta) que corresponde e o que a necessidade cumpre ou diminui, serve como 
um reforço da resposta. Isto é, o indivíduo age para alcançar um reforço que vai 
satisfazer sua necessidade. 
De acordo com a teoria do condicionamento, a motivação para aprender em 
sala de aula só existe na medida em que as disciplinas oferecidas estão associadas 
a reforços que atendem às necessidades específicas dos alunos. 
 
6.4 Teoria cognitiva 
Ao contrário da teoria do condicionamento, que vê a aprendizagem como 
resultado de uma série de estímulos externos destinados a reforçar o comportamento, 
a teoria cognitiva dá maior importância aos aspectos internos e racionais, como os 
objetivos, intenções, expectativas e planos do indivíduo. 
A teoria cognitiva pressupõe que os seres humanos, como seres racionais, 
decidem conscientemente o que querem ou não fazer porque se sentem à vontade 
para estudar matemática. 
 
6.5 Teoria humanista 
 
Segundo Maslow, um dos principais formuladores dessa teoria, o comportamento 
humano pode ser motivado pela satisfação de necessidades biológicas, mas nem toda 
motivação humana pode ser explicada em termos de privação, necessidade e reforço. 
1
9 
 
 
Para Maslow existe uma hierarquia de necessidades que se manifestam quando 
as necessidades básicas são satisfeitas, que ele considera de ordem inferior, e que se 
desenvolvem em necessidades de ordem superior quando não há comida, o homem 
vive apenas para comida, mas o quê? Quando o homem consegue satisfazer sua 
necessidade de alimento, surgem imediatamente outras necessidades, cuja satisfação 
provoca o aparecimento de outras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: dicasdeescrita.com 
 
Ditaticamente, Maslow construiu uma pirâmide, que segundo ele, constitui 
hierarquia de sete conjuntos de motivos-necessidades: 
 Necessidades fisiológicas – Um indivíduo com as necessidades fisiológicas de 
oxigênio, líquidos, alimentos e tranquilidade, insatisfeitos, estão insatisfeitos 
para se comportar como um animal na luta pela sobrevivência; 
 Necessidade de segurança – É um comportamento aberto diante do perigo e 
de situações estranhas e desconhecidas. É essa necessidade que direciona o 
corpo a agir rapidamente em situações de emergência, como doença, desastre 
natural, incêndio, etc.. 
 Necessidade de amor e participação – expressa quando no desejo de que 
todas as pessoas se relacionem com os outros pertencem a um grupo. 
http://www.dicasdeescrita.com.br/
2
0 
 
 
 Necessidade de estima – nos leva a buscar a apreciação e aprovação dos 
outros quando essa necessidade é atendida, nos sentimos confiantes em 
nossas realizações, nos sentimos valiosos para os outros, sentimos que 
podemos participar da comunidade e ser úteis. 
 Necessidade de realização – Em nossa tendência de realmente converter o 
que podemos ser capazes de tornar nossos planos e sonhos, você pode 
alcançar nossos objetivos. 
 Necessidade de conhecimento e compreensão – é a curiosidade, a exploração 
e o desejo de aprender coisas novas, de adquirir mais conhecimento, essa 
necessidade é mais forte em uns do que em outros e sua satisfação se dá por 
meio de análise, sistematização de informações, pesquisas, etc. Necessidades 
específicas devem ser atendidas por meio da atividade escolar . 
 Necessidade estética – ela se manifesta na busca constante pela beleza, uma 
necessidade que Maslow diz que parece universal em crianças saudáveis e 
para a qual a escola pode contribuir muito para satisfazê-la. 
 
6.6 Teoria psicanalítica 
 
Para a teoria psicanalítica criada por Sigmund Freud, as primeiras experiências 
da infância são os principais fatores que determinam todo o desenvolvimento posterior 
do indivíduo, desejos que ele tenta satisfazer, porém muitos desses impulsos e desejos 
não podem ser satisfeitos devido às sanções sociais. Então eles são relegados ao 
inconsciente, onde se organizam para se manifestar de outras formas, de formas que 
não vão contra as normas sociais. 
Na prática clínica, Freud descobriu as causas e o funcionamento da neurose 
descobriram que a grande maioria dos pensamentos e desejos reprimidos eram 
sexualmente sexuais nos primeiros anos de vida individual. Na vida das crianças, as 
experiências traumáticas e oprimidas que vieram os atuais sintomas Essas ocorrências 
deixam marcas de profundidade na estrutura da personalidade. Freud, então, coloca a 
sexualidade no centro da vida psíquica e postula a existência da sexualidade infantil. 
 
 
2
1 
 
 
7 TEORIAS DA APRENDIZAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: unovacursos.com 
 
As teorias de aprendizagem abrangem uma ampla gama de abordagens e 
conceitos, desenvolvidos a partir da perspectiva de diferentes teóricos e influenciados 
pelo contexto social e histórico em que se inserem. uma variedade de maneiras, 
atravessando o tempo e as transformações sociais (LOPES, 2017). 
 
7.1 Psicologia da educação: principais pesquisadores 
 
Em meio à lógica racionalista do século XIX, a psicologia assumiu seus primeiros 
contornos de ciência, desenvolvendo primeiro seus estudos com base em observações 
sistemáticas e com a criação de métodos experimentais, ambos livres de hipóteses, por 
meio da supressão do conhecimento do senso comum. até o final do século XIX, a 
psicologia estava ligada à educação pela filosofia, e essa relação gerou conceitos 
psicológicos sobre o desenvolvimento de processos educacionais viáveis para formar a 
base da psicologia educacional para o desenvolvimento de intervenções psicológicas 
em um ambiente educacional, especialmente em uma escola com destaque Sigmund 
Freud, Jean Piage t, Henri Wallon e Levy Vygotsky, autores cujos estudos contribuíram 
diretamente para o campo da educação (LOPES, 2017). 
 
7.2 Sigmund Freud (1856-1938) 
 
2
2 
 
 
Ele foi reconhecido como pai de teoria psicanalítica, ele temo campo teórico da 
ciência psicológica seguindo o corpo biológico para funcionar o espírito. Ou seja, sua 
visão como fisiologista pesquisou Freud compostos entre pensamentos neurológicos e 
pensamentos filosóficos. Em sua pesquisa, Freud abordou o funcionamento da 
sexualidade humana, entendendo-a como um fator que afeta os processos mentais e, 
assim, criando teorias da psicologia (LOPES, 2017). 
 
As teorias psicossexuais de Freud foram pioneiras em atribuir o conceito de 
sexualidade aos estágios iniciais do desenvolvimento humano e deram grande 
contribuição à educação ao compreender o funcionamento psicológico em três 
áreas: o inconsciente ou id, ligado aos desejos, motivações e impulsos 
primitivos, inerentes em todos os seres e estruturação de outros setores; o pré-
consciente ou superego, que está relacionado à formação de valores morais e 
culturais e atua como censor; a consciência ou ego relacionado ao modo de 
interagir com a realidade do contexto, a busca pelo equilíbrio entre a realização 
dos desejos mais primitivos e sua expressão adequada ao ambiente (FREUD, 
1997 apud LOPES, 2017). 
 
 
7.3 Jean Piaget (1896-1980) 
 
Desenvolveu também sua visão de educação baseada em estágios de 
desenvolvimento, passando do que chamou de fase sensório-motora - entre o 
nascimento e os dois anos de idade - para a fase operatória abstrata - a partir dos doze 
anos - a escola, ambiente responsável por promover a ampliação dos processos de 
assimilação através da promoção de atividades que estimulem e desafiem, motivam a 
aprendizagem por meio de desequilíbrios e reequilíbrios contínuos (LOPES, 2017). 
Desta forma, Lopes (2017) o assunto na visão da Piaogget é um elemento ativo 
que entende o contexto em que é inserido, e construa um problema constante em seu 
conceito único do mundo e quem aceita, também sua influência sobre esse contexto. 
Desta forma, o assunto na visão da Piaget é um elemento ativo que entende o contexto 
em que é inserido, e construa um problema constante em seu conceito único do mundo 
e quem aceita, também sua influência sobre esse contexto. 
 
7.4 Henri Wallon (1879-1962) 
 
Essencialmente, coordenam um projeto, Langevin Wallon, que propuseram 
treinamento com lentes de risco e reconhecimento de afetividade no processo de 
2
3 
 
 
aprendizagem. 
Referindo-se ao copo orgânico, afetivo e social, com forte respeito à emoção na 
aprendizagem, Wallon estruturou suas teorias em quatro fundamentos: movimento, 
referindo-se à liberdade de expressão corporal como elo de assimilação do 
conhecimento; afetividade com seu conteúdo emocional através da percepção e 
processamento das emoções; a inteligência como processo a ser estimulado de acordo 
com seu modo de ser e estar no mundo; e a formação do eu como ser constituído e 
constituinte no contexto em que está inserido e no mundo. Na visão de Wallon, as 
emoções são elementos essenciais para o desenvolvimento do tema, pois são 
importantes para o desejo ser satisfeito e a disponibilidade da busca pela expansão do 
conhecimento sobre o mundo e por si mesmos para aprender o processo de 
aprendizagem Busca para não ser seguido na escola (LOPES, 2017). 
Na visão de Wallon apud Lopes (2017) as emoções são elementos essenciais 
para o desenvolvimento do tema, pois são importantes para o desejo ser satisfeito e a 
disponibilidade da busca pela expansão do conhecimento sobre o mundo e por si 
mesmos para aprender o processo de aprendizagem Busca para não ser seguido na 
escola. 
 
7.5 Lev Vygotsky (1896-1934) 
 
Embora não tivesse formação em psicologia, e apesar de sua curta vida, foi um 
dos maiores colaboradores da psicologia do século XX, inspirando os primeiros estudos 
em psicologia da história cultural. É autor de cerca de 200 obras, das quais mais se 
interessa pelo desenvolvimento psicológico da disciplina e, por isso, dedica especial 
atenção ao conteúdo da orientação pedagógica. Na teoria de Vygotsky, signos e 
linguagens simbólicas são as ferramentas mediadoras entre o universo e a realidade 
dentro do sujeito. Para Vygotsky, o aprendizado começa no nascimento, pois, em sua 
compreensão, os sujeitos despertam seu desenvolvimento apenas quando aprendem. 
Com base nessa teoria, o estilo de aprendizagem de cada sujeito também está 
relacionado à disponibilidade de suporte educacional. Assim, em sua obra, Vygotsky 
conecta conceitos e tarefas que as crianças podem compreender assimilação por si só 
como área de desenvolvimento real, e as coisas que a criança não realiza sozinha, mas 
faz quando orientada e ensinada, como área de desenvolvimento proximal, defendendo 
que os educadores da prática educativa devem atuar como mediadores e facilitadores 
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4 
 
 
da esses evolução (LOPES, 2017). 
 
8 TEORIAS DA APRENDIZAGEM: CORRENTES TEÓRICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: soescola.com 
 
Saiba como um movimento abrangente e incessante de desenvolvimento 
contínuo, inerentemente todos os seres para o logotipo de sua lifeline, em todo 
o mundo com uma ampla gama de influência individual ou coletiva. A 
aprendizagem é reflexo das relações criadas com o contexto, de acordo com 
seus aspectos afetivos e possibilidades de concepção com o social, desta forma 
cada sujeito possui um processo único para o desenvolvimento da 
aprendizagem (ALLPORT, 1973 apud LOPES, 2017). 
 
A aprendizagem evolui de acordo com a subjetividade da vida de cada tópico e 
se manifesta em um determinado momento de certas ocorrências de cada ocorrência 
existente. O conhecimento produzido pelo processo de aprendizagem, bem como os 
modos de assimilação e fixação desse conhecimento, e ainda assim, qual é a posição 
do sujeito antes desse processo, são algumas das questões que usaram alguns teóricos 
para desenvolver o aprendizado da teoria. 
A teoria da aprendizagem deriva de duas teorias básicas da ciência psicológica: 
o inatismo, que designa os objetos como fontes de conhecimento e estabelece uma 
hierarquia de ideias para a aquisição e compreensão da aprendizagem, todas 
características essenciais do desenvolvimento do conhecimento. Presença nos sujeitos 
antes mesmo do nascimento, por meio de transferência genética; o empirismo, que se 
baseia no aprendizado facilitado pela experiência ambiental, potencializa a forma como 
os sujeitos percebem esses estímulos ambientais, dos mais simples aos mais 
complexos. As teorias de aprendizagem são modelos de padrões organizacionais que 
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5 
 
 
explicam como os sujeitos aprendem, não necessariamente como o cérebro funciona, 
mas sim uma compreensão de seu desenvolvimento biopsicossocial. Entre os principais 
suportes teóricos para a teoria da aprendizagem, pode-se destacar que, dos 
fundamentos da ciência psicológica, racionalismo e ambientalismo (LOPES, 2017). 
O ambientalismo, também conhecido como empirismo ou associacionismo, foi 
sustentado na teoria de John Locke (1632-1704), filósofo inglês que é reconhecido como 
o criador do liberalismo. Constitui o conceito de "quadro branco", que afirma que todos 
os sujeitos nascem com a capacidade de sentir e perceber, e imprime a experiência 
sensório-motora a partir desse fundamento básico. Outro teórico que foi referência ao 
ambientalismo foi David Hume (1711-1776), que discutiu a construção do conhecimento 
por meio da interação do sujeito com o meio ambiente, percepção através dos cinco 
sentidos e, portanto, nenhum conhecimento pode ser estabelecido sem passar por 
sentidos. Esses conceitos originais de ambientalismo deram origem ao behaviorismo ou 
behaviorismo, o conceito de respostas a estímulos ambientais, desenvolvido pelo russo 
Ivan Pavlov (1848-1958) e pelo americano John Watson (1878-1958). 
O behaviorismo entrou no campo da educação por Burrhus Skinner (1904-1989), 
que propôs a partir de seus experimentos que a aprendizagem está relacionada a 
estímulos que produzem respostas, e que as respostas podem ser determinadas ou 
direcionadaspor reforço positivo ou negativo, facilitando assim o processo. , 
comportamento complexo e uma combinação de uma série de comportamentos simples. 
Por exemplo, ao caminhar, o bebê primeiro aprende a contrair o abdômen e as costas, 
depois aprende a sentar, depois engatinhar ou tentar se levantar e, finalmente, andar; 
ou seja, comportamentos simples condicionados à repetição e reforço ambiental 
positivo, como incentivo dos pais ou cuidadores, insistem em produzir comportamentos 
mais simples que levam ao caminhar, constituindo comportamentos complexos (LOPES, 
2017). 
Para o behaviorismo, o papel do educador é o de um estimulador, como um 
treinador, disponível para oferecer estímulos que gerem situações que estimulem a 
assimilação do aprendizado, ou seja, com uma resposta que não requer aprendizado ou 
uma resposta instintiva uma resposta condicionada , uma reação que ocorre após a 
percepção de estímulos que levam ao aprendizado. A avaliação para o behaviorismo é 
baseada na resposta correta condicionada ao estímulo adequado. Outro destaque para 
o behaviorismo diz respeito ao conceito de livre-arbítrio. Para o behaviorismo, o livre-
arbítrio é um mito, uma ilusão, não existe, pois todas as respostas são geradas por um 
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6 
 
 
estímulo do ambiente e também pelo modo de ser individual de cada pessoa; Portanto, 
os sujeitos são completamente moldados pelo ambiente externo. 
Assim, para o behaviorismo, à medida que o ambiente muda, as emoções, 
pensamentos e comportamentos mudam, então o ambiente determina a natureza 
humana, não é a natureza, mas o ambiente que afeta a maneira como as pessoas são. 
, Conceitos como bom e ruim, belo e factual são determinados pelo ambiente; Por 
exemplo, em uma região onde a pimenta é o principal condimento da comida, os 
indivíduos se acostumam a alimentos muito condimentados, mas em regiões não 
acostumadas a esse tempero, a pimenta pode ser insuportável no paladar. 
O racionalismo, enraizado nas ideias do inatismo e do teórico René Descartes 
(1596-1650), com seu discurso metodológico, não valorizava a importância dos sentidos 
para o desenvolvimento do conhecimento, o que é enfatizado apenas pela evidência. 
Portanto, as influências do ambiente pouco têm a ver com o modo de aprender.O 
racionalismo é uma corrente filosófica cujos primórdios foram marcados pela definição 
de pensar e aprender não apenas como uma operação sensorial, mas como uma 
operação mental, discursiva. e lógica, que usa uma ou mais proposições para fazer 
inferências, ou seja, fazer conjecturas sobre se uma ou outra proposição é verdadeira, 
falsa ou provável. Do racionalismo vem o nativismo ou exclusivismo, teoria que trata do 
conhecimento que é fruto da herança genética do sujeito. Desta teoria surge o 
interacionismo ou construtivismo, uma teoria do conhecimento que vislumbra sujeitos 
históricos e culturais em contínua interação (LOPES, 2017). 
O interacionismo, do ponto de vista da extensa pesquisa de Jean Piaget, tem sido 
reconhecido como interativismo cognitivo. O sociointeracionismo nasceu dos estudos de 
Vygotsky, cuja compreensão da subjetividade envolvia a busca de sentido e sentido no 
mundo. A dicotomia entre racionalismo e ambientalismo pode ser pensada quando se 
observa que as teorias racionais se desenvolvem com foco no pensamento e o 
ambientalismo com foco no sentimento. 
Mas também percebemos semelhanças: tanto para os ambientalistas quanto para 
os racionalistas, são as experiências com o meio que geram o ganho de conhecimento, 
ou seja, as condições do meio influenciam no desenvolvimento do retorno do sujeito ao 
meio ambiente, ou seja, o A figura a seguir mostra uma ilustração dessas teorias 
(LOPES, 2017). 
 
 
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Esquema ilustrado das teorias racionalismo e ambientalismo. 
 
 
Fonte: LOPES, 2017. 
 
8.1 Processo de ensino e aprendizagem 
 
A aprendizagem é entendida como um processo que tende a permitir o 
desenvolvimento intelectual e a expansão da consciência.. A aprendizagem, portanto, 
não está apenas ligada à condição física como idade cronológica, experiência ou 
propriedades intelectuais, mas também está diretamente relacionada à formulação de 
estratégias mentais que possibilitem estruturar e planejar a aquisição do conhecimento. 
Nessa perspectiva, as teorias de aprendizagem auxiliam os educadores a 
compreender como o processo de ensino se relaciona com a aprendizagem, ou seja, as 
teorias de aprendizagem sustentam o método de ensino utilizado e permitem que a 
aprendizagem seja visualizada por meio da aplicação de estratégias.. O processo de 
ensino é baseado em teorias de aprendizagem para entender como o sujeito aprende 
considerando sua singularidade temporal, formal e rítmica, além disso o processo de 
ensino tenta perceber aspectos emocionais como motivação e identificação com a 
aprendizagem (LOPES, 2017). 
Dentre os modelos teóricos sustentados por teorias de aprendizagem que fazem 
2
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mais sentido para o processo de ensino e aprendizagem, podemos destacar: o 
behaviorismo ou behaviorismo; construtivismo; e construção social. O behaviorismo ou 
behaviorismo é baseado no ambientalismo e criou seus estudos para a aprendizagem 
com base na pesquisa do psicólogo americano Skinner. 
Suas suposições são baseadas no condicionamento de comportamentos, com o 
objetivo de promover a modelagem nos assuntos. Dessa forma, o processo de ensino e 
aprendizagem dessa abordagem teórica é estruturado com a sugestão de estímulos e 
recompensas, que medeiam a resposta a esses estímulos, para alcançar um resultado 
desejado. O conceito âncora dessa abordagem teórica é o estímulo-resposta. Assim, o 
ensino se constitui em meio ao conteúdo veiculado e mediado pelo educador (LOPES, 
2017). 
Os educadores, assim como os conteúdos didáticos, têm um papel fundamental, 
pois são os detentores do conhecimento ministrado. Nesse sentido, para esta 
abordagem, o papel do aluno limita-se à aquisição do conhecimento, por meio 
da memorização por repetição. O construtivismo baseia-se nas ideias de Piaget, 
com suas teorias sobre estágios de desenvolvimento e aprendizado. Piaget não 
desenvolveu um método de aprendizagem em seus escritos, mas suas teorias 
criaram suporte para outras teóricas, entre elas Emília Ferreiro, com suas 
pesquisas sobre a habilidade de escrever e ler em crianças (ZOIA, 2009 apud 
LOPES, 2017). 
 
Essa concepção teórica entende que o sujeito aprende interagindo com o meio, 
e que esse aprendizado é mediado pela capacidade de absorver e processar as 
percepções geradas dentro de si. Ou seja, a instrução é comunicada entre o 
processamento sensorial e cognitivo, além da entrega de conteúdo, causando expansão 
de ideias ao mesmo tempo em que estimula a exploração do mundo em busca de 
respostas. Os educadores são observadores que procuram descobrir como o 
conhecimento é adquirido e, então, apresentar os fatores que estimulam os alunos. 
Assim, o aluno tem uma parte essencial em sua aprendizagem, pois, ativamente, 
constrói seu conhecimento; A aprendizagem desenvolve-se a partir da experiência e da 
experiência (LOPES, 2017). 
O construtivismo social é uma abordagem teórica desenvolvida a partir dos 
estudos de Vygotsky. Para esse modelo, a aprendizagem se dá em uma relação 
dialética entre o sujeito e o contexto social. Portanto, o ambiente modifica o 
sujeito tanto quanto é modificado por ele. Assim, todas as atividades de 
aprendizagem são mediadoras da interação entre o sujeito, o educador e o 
contexto social (VYGOTSKY, 2000 apud LOPES, 2017). 
 
O papel do educador é captar o desenvolvimento da estrutura mental e buscar 
promover a qualidade por meio da assimilação do aprendizado. O ensino deve preceder 
2
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aquelas disciplinas que não são capazes de autodesenvolvimento ou não entendem 
como fazê-lo. O foco dessa abordagem está na mediação, na interação, nos 
relacionamentos. O educador atua comoum facilitador entre o aluno, o conhecimento 
prévio do aluno e a aprendizagem que está sendo desenvolvida. Os alunos aprendem 
observando seu ambiente, assimilando seus conhecimentos e gerenciando o novo 
aprendizado em interação com os outros (LOPES, 2017). 
Na virada do nosso século, vários psicólogos estavam interessados em fornecer 
um fórum científico para a psicologia. Uma dessas tentativas foi feita por partidários das 
ideias de Wundt, o criador da psicofisiologia; Nos Estados Unidos, J. B. Watson enfatiza 
que o corpo está de volta ao centro dos estudos psicológicos e propõe que a psicologia 
mude seu foco da consciência para o comportamento. O objetivo de Watson é uma 
ciência psicológica preocupada com evidências publicamente verificáveis, ou seja, 
dados que estão abertos a outros para observar, estudados por muitos pesquisadores, 
capazes de tirar conclusões unificadas. 
Watson é o criador da escola comportamental. Ele considera a pesquisa com 
animais o único estudo real, por causa de sua capacidade de verificação experimental. 
Ele propôs abolir os métodos introspectivos, porque eles carecem de objetividade. Ele 
rejeitou o estudo da consciência e atacou com veemência a análise da motivação em 
termos de instinto. 
Em seu tempo, muitas vezes era admitido que muitos comportamentos são bens 
e instintos inatos. Watson sugeriu a tese de que só herdam a estrutura física e algumas 
reflexões. Três tipos de respostas emocionais são inatas: medo, raiva e amor; todas as 
outras respostas emocionais são aprendidas em conjunto com elas por meio do 
condicionamento. 
A influência de Watson foi tão grande que a maioria das seguintes teorias que 
eram comportamentos foram, e, portanto, se referiam a fatores puramente objetivos, um 
ponto de referência em pesquisa animal e a análise do tipo de estimulador. 
 
8.2 Teoria do condicionamento clássico 
 
A influência de Watson foi tão grande que a maioria das seguintes teorias que 
eram comportamentos foram, e, portanto, se referiam a fatores puramente objetivos, um 
ponto de referência em pesquisa animal e a análise do tipo de estimulador. Assim, 
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concluiu que o reflexo salivar, que normalmente é estimulado pela presença de 
alimentos na boca, também pode ser estimulado por outros estímulos relacionados à 
alimentação (LOPES, 2017). 
Ele começou a produzir alimentos para outro estímulo, originalmente neutro 
como a capacidade de causar salivação, como a luz de uma lâmpada ou som de um 
sino. Ele descobriu que, embora a comida muitas vezes preceda esses estímulos, o 
cão também começa a salivar em sua presença. Pavlov chama essa resposta de 
reflexo condicionado. 
Mais tarde, os psicólogos passaram a privilegiar o termo resposta condicionada, 
pois esse tipo de aprendizagem não se limita a meros comportamentos reflexivos. 
 
8.3 Teoria do condicionamento operante 
 
O psicólogo americano B. F. Skinner, nascido em 1904, distinguiu dois tipos de 
comportamento: respostas provocadas por estímulos específicos e respostas na 
ausência de um estímulo conhecido. O primeiro tipo de resposta que Skinner chamou 
de -respondente-; e o segundo - operante. Comportamentos de resposta são evocados 
automaticamente por estímulos específicos, como constrição da pupila sob luz forte. No 
entanto, o comportamento operante não é automático, inevitável ou determinado por 
estímulos específicos. Portanto, andar pela sala, abrir a porta e cantar são 
comportamentos operantes, pois é impossível determinar quais estímulos eliciou esses 
comportamentos. O condicionamento operante é caracterizado pelo fato de que o 
reforço não ocorre simultaneamente ou antes da resposta (como no condicionamento 
clássico), mas sim após a resposta (LOPES, 2017). 
O feedback deve ser dado para o reforço seguir, tornando o comportamento mais 
provável de se repetir. Como no condicionamento clássico, o aprendizado não é a 
substituição de estímulos, mas a regulação da frequência da resposta. 
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1 
 
 
8.4 Teoria da aprendizagem por ensaio e erro 
 
Este tipo de aprendizagem foi primeiramente estudado por Edward Lee Thorndike 
(1874-1949), um psicólogo americano. Seus experimentos foram feitos com animais, 
preferencialmente gatos. Um gato faminto é colocado em uma gaiola com comida do 
lado de fora. O gato, tentando sair da gaiola para comer, fez uma série de tentativas. 
Ocasionalmente, tocava no trinco que abria a gaiola e a comida era encontrada. O 
experimento foi repetido por vários dias, e o gato eliminou gradualmente as tentativas 
malsucedidas de sair da gaiola, o que fez em menos tempo, até que não houvesse mais 
insetos. E o gato sai da gaiola com um movimento preciso: destravar. Tentativa e erro é 
um tipo de aprendizado caracterizado pela eliminação gradual da tentativa ou erro que 
levou ao fracasso e pela manutenção de comportamentos que produziram o efeito 
desejado. Thorndike formou, a partir de seus estudos, as leis do aprendizado, das quais 
surgiram a lei da ação e a lei do movimento (LOPES, 2017). 
A lei da força estipula que um ato é alterado por suas consequências. Assim, se 
um comportamento tem um efeito favorável, ele é mantido; caso contrário, será deletado. 
A lei da prática propõe que a associação entre estímulos e respostas seja reforçada pela 
repetição. Em outras palavras, a prática ou exercício leva a mais sucesso e menos erros 
devido a qualquer comportamento. Pode-se perceber uma semelhança entre esse tipo 
de aprendizado e a condição de operação. No entanto, alguns autores fazem uma 
distinção dizendo que a tentativa e erro é mais complexa, pois diz respeito à intenção 
do indivíduo de alcançar um determinado efeito. 
 
8.5 Teoria da aprendizagem cognitiva 
 
Para John Dewey, a aprendizagem precisa estar ligada a problemas da vida real, 
o mais próximo possível do cotidiano dos alunos. As escolas devem preparar seus 
alunos para uma vida democrática, participando da sociedade, as escolas devem 
praticar a democracia ali priorizando o aprendizado pela descoberta. 
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2 
 
 
Para Dewey, seis são os passos que caracterizam o pensamento 
científico: 
 Tornar-se ciente do problema – O problema proposto deve ser significativo 
para o indivíduo. O problema deve ser transformado em uma necessidade 
individual de fornecer estímulo suficiente; 
 Esclarecimento do problema – Inclui coleta de dados e informações sobre o 
problema proposto. É aqui que será escolhida a melhor forma de abordar o 
problema, utilizando os recursos disponíveis.; 
 Aparecimento da hipótese – Estas são possibilidades auto-representativas 
para a possível solução do problema. Hipóteses geralmente surgem depois 
de muito tempo pensando sobre o problema e suas implicações, com base 
nos dados coletados na etapa anterior. 
 Seleção da hipótese mais provável – É o confronto da hipótese com o que 
sabemos sobre o problema. Passando de uma hipótese para outra, quando 
se mostraram ineficazes na resolução do problema, uma hipótese verifica a 
outra;; 
 Verificação de hipótese - De fato, a prova da hipótese realmente acontece, 
que será provada pela ação. 
 Generalização – Em situações semelhantes posteriores, foi encontrada uma 
solução que pode contribuir para a formação de uma hipótese mais realista. 
 A generalização inclui saber como mover soluções de uma situação para 
outra. 
 
8.6 Teoria da aprendizagem fenomenológica 
 
Os significados criados pelos indivíduos são, tanto para a teoria fenomenológica, 
quanto para a teoria cognitiva, descrita acima, e a teoria dos gestos, que veremos mais 
adiante, é de grande relevância para a compreensão do processo de aprendizagem. A 
criança é vista como um organismo que aprende naturalmente. A aprendizagem ocorre 
apenas a partir de material relevante para a experiência do indivíduo. Portanto, é 
necessário tomar certas medidas para criar condições para que os indivíduos aprendam 
e tirem suas próprias experiências(LOPES, 2017). 
 
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3 
 
 
 Proporcionar aos alunos oportunidades de reflexão independente, criar uma 
atmosfera de diálogo que os encoraje a expressar opiniões e participar de 
atividades em grupo; 
 Os alunos devem desenvolver suas atividades em seu próprio ritmo. O 
sucesso e a aprovação são considerados com base no mérito individual; 
 Proporcionar aos alunos a capacidade de utilizar um impulso comum a todos 
os seres humanos, no sentido de realizar o seu próprio potencial. Não os 
corte em um casaco reto, forçando-os a uma competição falsa e um sistema 
de classificação rígido. 
 
8.7 Teoria da aprendizagem da Gestalt 
 
Psicólogos que apoiam a teoria da Gestalt, como Köhler e Koffka, argumentam 
que experiência e percepção são mais importantes do que respostas específicas no 
processo de aprendizagem. Segundo eles, aprender por meio do insight, ou seja, 
compreensão repentina para resolver problemas. Mas para isso é preciso experiência 
prévia relevante para o assunto, e isso requer apenas uma organização permanente da 
experiência, possibilitando a conscientização global dos elementos críticos (LOPES, 
2017). 
3
4 
 
 
9 TRANSFERÊNCIA DA APRENDIZAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: profseducacao.com 
 
9.1 Conceito e importância da transferência 
 
A transferência da aprendizagem tem sido um dos fenómenos mais 
activamente estudados em Psicologia (Detterman, 1996). Foi considerado o tema 
mais importante na psicologia da aprendizagem e um dos problemas mais importantes 
da aprendizagem. 
A transferência de aprendizagem acontece quando o indivíduo é capaz de 
transmitir o material retido em uma primeira experiência para as próximas experiências. 
É a influência de um órgão ou capacidade, sobre outra capacidade ou órgão, ainda não 
exercitado. É considerada a arte de colocar habilidades em prática. Podemos assim, 
falar de transferência da aprendizagem, que pode ser entendida como a influência que 
a aprendizagem anterior exerce no desempenho de uma nova aprendizagem. A 
transferência da aprendizagem tem sido colocada em lugar de destaque em vários 
domínios, nomeadamente, ao nível da Psicologia e da Educação. Olhando para o século 
XXI, Schoenfeld (1999) diz-nos que na investigação em educação, a aprendizagem e a 
transferência são áreas onde é necessário fazer- se um progresso significativo ao nível 
do desenvolvimento teórico, com vista à prática. A experiência é aprendida como um 
3
5 
 
 
todo e é transferida quando está presente em uma nova situação, quando há 
homogeneidade estrutural ou funcional entre as situações. Trata-se de transmitir e 
aplicar conhecimentos, habilidades, ideais, valores, hábitos e atitudes, adquiridos em 
outras áreas ou situações da vida, em uma situação (LOPES, 2017). 
Essa questão afeta diretamente o conteúdo e o método de ensino. Porque se 
considerarmos a aprendizagem como uma função específica que se aplica apenas ao 
assunto ou habilidade diretamente relacionada, então a orientação de ensino será 
diferente da orientação em que acreditamos que a aprendizagem é um processo. 
atividade. Dessa forma, no que respeita à transferência, a questão essencial centra-se 
em compreender o modo como nós usamos o conhecimento em circunstâncias 
diferentes daquelas em que adquirimos esse conhecimento. A transferência é 
omnipresente, a cada momento, fazemos conexões, adaptamo-nos ao meio, 
transpomos aquilo que já aprendemos para situações novas, transferindo assim, pelo 
menos em algum grau, aquilo que antes foi aprendido. 
 
9.2 Transferência positiva e negativa 
 
Dizemos que há uma transferência positiva quando o aprendizado anterior 
promove um novo aprendizado. Dizemos que houve uma transferência negativa quando 
um aprendizado alterou o seguinte. “A transferência existe quando o aprendizado da 
tarefa A afeta o aprendizado da tarefa B. A transferência pode ser positiva ou negativa. 
Quando o aprendizado de A facilita o aprendizado de B, dizemos que houve uma 
transferência positiva; quando o aprendizado de A interfere no aprendizado de B, ocorre 
uma transferência negativa” (Sprinthall e Sprinthall, 2001, p. 2 9). A transferência da 
aprendizagem pode ocorrer na medida em que a realização da primeira tarefa pode 
ajudar ou facilitar, dificultar ou inibir (LOPES, 2017). 
 
9.3 Teorias da transferência 
 
Transferência de teorias de aprendizagem derivadas de críticas à teoria formal da 
disciplina. A teoria da disciplina formal considera que a mente é composta de 
componentes como memória, razão, vontade e atenção. Então é só que esses "poderes 
da mente" são devidamente treinados para que funcionem igualmente bem em todas as 
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situações, mesmo que o aprendizado ocorra em uma situação particular. Por exemplo, 
o ensino do latim estabeleceu a capacidade de raciocinar logicamente para qualquer 
tipo de situação (LOPES, 2017). 
Na teoria da disciplina formal, a ênfase não está especificamente relacionada ao 
assunto. A forma da atividade é mais importante para a educação do que o conteúdo. A 
educação consistiria então em grande parte no treinamento ou exercício da mente, de 
acordo com os rigorosos exercícios mentais dos autores clássicos, em lógica, 
matemática e assim por diante. 
No entanto, William James (1890), em um trabalho experimental, concluiu que a 
melhora da memória, não na melhora da capacidade de lembrar, mas na melhora do 
método de lembrar. Esse experimento foi o ponto de partida para outros experimentos, 
cujos resultados contradiziam a doutrina da disciplina formal. 
 
9.4 Teoria dos elementos idênticos 
 
Foi escrito por Thorndike. Ele estipula que há transferência de aprendizado 
quando a identidade do conteúdo é verificada (Por exemplo, a análise lógica em um 
idioma auxilia no aprendizado de outro.); da metodologia ou processo (Por exemplo, 
estudar uma lição, lendo-a toda e depois repetir trechos difíceis é um processo que 
permite estudar outra lição do mesmo tipo.); atitude (Por exemplo, o hábito de aprender 
teoremas após algum esforço leva o indivíduo a esperar dominar um novo teorema com 
esforço.); sobre o síntese dos fatos a serem compreendidos (por exemplo, regras, 
princípios, leis, etc., que são induzidos e aplicados em conjunto com vários casos 
concretos, permitindo que os indivíduos aprendam casos específicos). caso contrário, 
por inferência) (LOPES, 2017). 
De acordo com essa teoria, a transferência é a repetição, em uma nova situação, 
de uma resposta aprendida. 
 
9.5 Teoria da generalização da experiência 
 
Nessa teoria, tendo Judd como precursor, os fatores mais importantes são: o 
método de ensino ou aprendizagem e o grau de atividade individual despertado no 
aluno. O assunto ou conteúdo que está sendo aprendido é de pouca importância. 
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Essa teoria sustenta que a função da educação é treinar a inteligência, internalizar 
o método científico, ajudar os alunos a extrair o geral e o essencial dos aspectos 
concretos e incidentais de sua experiência. Essa teoria enfatiza a capacidade de aplicar 
princípios e generalizações a diversas e diversas situações. Uma repetição do 
experimento original de Judd por outros pesquisadores concluiu que as crianças 
familiarizadas com o princípio da refração da luz eram mais capazes de atingir um alvo 
submerso do que as crianças não familiarizadas com o princípio da refração da luz. 
 
9.6 Teoria dos ideais de proceder 
 
O autor dessa teoria, Bagley, acredita que a generalização não é tudo, mas deve 
estar associada a ideais e ter conteúdo emocional. Por exemplo, para Bagley, o 
aprendizado de rotinas de ordem não passa da aritmética para a ortografia, mas se o 
aprendizado de tais rotinas for considerado ideal e for dado pelo professor, será 
transferido para outras rotinas. referência a eles. 
Esta teoria destaca a transferência construindo uma atitudeideal e geral, 
formando outra versão da teoria da generalização de experimentalização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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