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POLITICAS DE SAUDE (RESUMO P2) - NUTRIÇÃO UNIP 2024

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POLÍTICAS DE SAÚDE (P2) 
Aula 8 - Modelos de Sistemas de Saúde
Todo sistema de saúde pode ser pensado como a articulação de três componentes que geram as 
diferentes classificações
• Político modelo de gestão
• Econômico modelo de financiamento
• Médico modelo assistencial
Existem múltiplos critérios para classificar os sistemas de saúde.
Com relação ao componente político e os modelos de gestão nenhum país tem um modelo puro, 
único, porém, em alguns existe uma prevalência de determinada forma de organização e 
financiamento de saúde que caracteriza o modelo.
Modelos de saúde, segundo a forma de gestão:
• Modelo universalista
• Modelo do seguro social
• Modelo de seguros privados
• Modelo assistencialista
Modelo universalista: 
- Caracterizado por financiamento público com recursos dos impostos e acesso universal aos 
serviços que são prestados por fornecedores públicos. 
- A maior parte do financiamento e da gestão é por conta do Estado.
- Os trabalhadores profissionais e não profissionais dependem do Estado. 
- Mas podem existir outras fontes de financiamento além dos impostos, tais como pagamentos 
diretos de usuários e outros insumos.
Modelo do seguro social: 
- O conceito de seguro social implica o seguro no qual a participação é obrigatória. 
- O financiamento é por aporte e contribuições dos empresários e trabalhadores. 
- Só oferecem cobertura aos contribuintes e seu grupo familiar.
Modelo de seguros privados:
- Tem uma organização fragmentada, descentralizada e com escassa regulação pública
- Limita a ação do Estado.
- Os seguros de saúde são vendidos com diferentes ofertas de cobertura.
Modelo assistencialista:
- A saúde não é um direito do povo, mas sim uma obrigação dos cidadãos.
- O Estado só oferece assistência às pessoas incapazes de assumir a responsabilidade 
individual de cuidar da saúde.
- As ações são direcionadas às pessoas mais vulneráveis e carentes e, de maneira limitada, pois 
do contrário poderia contribuir para incentivar as pessoas a não se responsabilizarem pela 
própria saúde.
Aula 9 - O Sistema de Saúde Suplementar no Brasil
Serviços de Proteção ao Consumidor
Ainda na década de 1990 observa se a entrada em vigor do Código de Defesa do Consumidor, 
pela criação e consolidação dos Serviços de Proteção ao Consumidor e pela atuação do 
Ministério Público na área da defesa das relações de consumo.
Com isso o setor de assistência suplementar à saúde passou a figurar como um dos principais 
alvos de reclamações por parte dos consumidores, avolumando se a quantidade de ações contra 
as empresas do setor e crescendo a demanda social da regulamentação.
Lei 9.656 de 03/06/1998
Até 1998 os contratos que regiam a relação entre as empresas de saúde suplementar e usuários 
vigorava sem padronização e os abusos multiplicavam-se. Inexistiam critérios para exclusão de 
procedimentos estabelecimento de carências fixação de reajustes das mensalidades definição 
das doenças preexistentes fiscalização e garantias de atendimento das necessidades dos 
usuários.
A entrada em vigor da Lei 9 656 de 03 06 1998 que dispõe sobre os planos privados de 
assistência à saúde, e medidas provisórias foram sucessivamente alterando o modo de atuar das 
operadoras de planos de saúde atuavam em meio a um vazio legal.
A falta de uma regulamentação de controle e avaliação das empresas do setor suplementar de 
assistência à saúde, levou o Poder Legislativo a aprovar a Lei 9 961 em 28/01/2000 que criou a 
Agência Nacional de Saúde Suplementar ANS.
A Agência tem por finalidades institucionais
• Promover a defesa e o interesse público na assistência suplementar à saúde.
• Regular as operadoras setoriais, inclusive quanto às suas relações com prestadores e 
consumidores e contribuir para o desenvolvimento das ações de saúde no País.
Objetos de normas pela ANS:
• Coberturas assistenciais e condições de acesso (plano de referência).
• Rol de procedimentos médicos, odontológicos e de alta complexidade.
• Ingresso, operação e saída de operadoras.
• A regulamentação determinou que os planos devem oferecer o serviço por pacotes, por 
exemplo ambulatoriais, hospitalares sem obstetrícia, hospitalares com obstetrícia e ou 
odontológicos.
Planos e seguros de saúde
Com a regulação da ANS são estabelecidos os seguintes tipo de planos e seguros de saúde nas 
modalidades de intermediação da assistência médico hospitalar:
• Medicinas de grupo
• Autogestão
• Seguradoras
• Cooperativas médicas
• Filantropia
• Disciplina
Medicinas de grupo
São empresas privadas lucrativas que administram planos de saúde para indivíduos, empresas 
empregadoras. 
O contratante paga antecipadamente ou a posteriore pelos serviços de assistência médica e tem 
direito à cobertura dos eventos previstos no contrato.
Seguradoras
O seguro de saúde é uma operação financeira em que o segurado paga pelo premio estabelecido 
pela seguradora no caso da ocorrência de um problema de saúde.
O seguro funciona mediante o reembolso das despesas médico-hospitalares.
Cooperativas médicas
São empresas sem fins lucrativos
São organizadas segundo as leis do cooperativismo os médicos (e outros profissionais da área 
da saúde) cooperados são, simultaneamente, sócios da cooperativa e prestadores de serviço.
Recebem pagamento proporcional ao tipo e ao volume do atendimento, acrescido de um valor 
que procede do rateio do lucro final das unidades de um dado município.
A vinculação dos usuários se faz mediante pré pagamento a planos individuais, familiares e 
empresariais.
Teoricamente as cooperativas adotam princípios diferentes da Medicina de Grupo e das 
Seguradoras, na pratica adotam a mesmo formato de convênio.
Aula 10 - Organizações sociais no Brasil Plano Diretor, Programa de Publicização, o 
Terceiro Setor
De acordo com o Plano, a implementação de organizações sociais implicaria duas ações:
a) publicização de determinadas atividades executadas por entidades estatais, que
seriam extintas
b) a absorção dessas atividades por entidades privadas qualificadas como OS, mediante 
celebração de contrato de gestão
PUBLICIZAÇÃO DE ATIVIDADES
A publicização de atividades é uma forma de descentralização por meio da qual atividades 
executivas desenvolvidas pela administração direta ou por autarquias tem sua execução 
repassada para entidades privadas sem fins lucrativos conhecidas como organizações sociais.
A publicização de atividade demanda estudos que comprovem a vantajosidade, em sentido 
amplo, da transferência da execução da atividade por organização social.
Terceiro Setor como um setor constituído por:
“associações civis sem fins lucrativos que não são de propriedade de nenhum indivíduo ou grupo 
e que estão orientadas diretamente para o atendimento do interesse público"
Organização social - OS
OS é um título concedido pelo Poder Público a uma associação ou fundação privada regida 
exclusivamente pelo Código Civil e instituída por particulares, para o estabelecimento de uma 
relação de parceria e fomento público na realização de atividade ou serviço de interesse público, 
de natureza continuada, por meio da celebração de um contrato de gestão.
A OS não é, portanto, um modelo de cooperação de longo prazo entre o Poder Público e a 
sociedade civil organizada.
Aula 11 - Política Nacional de Humanização PNH (Humaniza SUS, Humanização dos 
Serviços de Saúde, Acolhimento)
Política Nacional de Humanização do SUS
Tem como objetivo utilizar os princípios do SUS nas práticas de atenção e de gestão, 
estimulando a construção de processos coletivos para enfrentamento de relações de poder e de 
práticas desumanizadoras que inibem a autonomia e a corresponsabilidade dos profissionais de 
saúde em seu trabalho e dos usuários no cuidado de si.
Promover a comunicação entre gestores, trabalhadores e usuários
Promover a comunicação entre estes três grupos pode provocar uma série de debates em 
direção a mudanças que proporcionem melhor forma de cuidar e novas formas de organizar otrabalho.
A humanização é a valorização dos usuários, trabalhadores e gestores no processo de produção 
de saúde.
Valorizar os sujeitos é oportunizar uma maior autonomia, a ampliação da sua capacidade de 
transformar a realidade em que vivem, através da responsabilidade compartilhada, da criação de 
vínculos solidários, da participação coletiva nos processos de gestão e de produção de saúde.
Princípios
1 - Transversalidade: a Política Nacional de Humanização deve se fazer presente e estar inserida 
em todas as políticas e programas do SUS.
Transversalizar é reconhecer que as diferentes especialidades e práticas de saúde podem 
conversar com a experiência daquele que é assistido. Juntos, esses saberes podem produzir 
saúde de forma mais corresponsável.
A PNH transformar as relações de trabalho a partir da ampliação do grau de contato e da 
comunicação entre as pessoas e grupos tirando os do isolamento e das relações de poder 
hierarquizadas.
2 - Indissociabilidade: refere se a não separação entre a atenção e a gestão dos processos de 
produção de saúde.
As decisões da gestão interferem diretamente na atenção à saúde. Por isso, trabalhadores e 
usuários devem buscar conhecer como funciona a gestão dos serviços e da rede de saúde, 
assim como participar ativamente do processo de tomada de decisão nas organizações de saúde 
e nas ações de saúde coletiva.
Ao mesmo tempo, o cuidado e a assistência em saúde não se restringem às responsabilidades 
da equipe de saúde.
O usuário e sua rede sociofamiliar devem também se corresponsabilizar pelo cuidado de si nos 
tratamentos, assumindo posição protagonista com relação a sua saúde e a daqueles que lhes 
são caros.
3 - Protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e coletivos: Um SUS humanizado 
reconhece cada pessoa como legítima cidadã de direitos e valoriza e incentiva sua atuação na 
produção de saúde. Qualquer mudança na gestão e atenção é mais concreta se construída com 
a ampliação da autonomia e vontade das pessoas envolvidas, que compartilham 
responsabilidades.
Diretrizes
• Acolhimento
• Gestão Participativa e cogestão
• Ambiência
• Clínica ampliada e compartilhada
• Valorização do Trabalhador
• Defesa dos Direitos dos Usuários
Acolhimento
Acolher é reconhecer o que o outro traz como legítima e singular necessidade de saúde. Como 
valor das práticas de saúde, o acolhimento é construído de forma coletiva, a partir da análise dos 
processos de trabalho e tem como objetivo a construção de relações de confiança, compromisso 
e vínculo entre as equipes/serviços, trabalhador/equipes e usuário com sua rede sócio afetiva.
Como fazer?
Com uma escuta qualificada oferecida pelos trabalhadores às necessidades do usuário, é 
possível garantir o acesso oportuno desses usuários a tecnologias adequadas às suas 
necessidades, ampliando a efetividade das práticas de saúde. Isso assegura, por exemplo, que 
todos sejam atendidos com prioridades a partir da avaliação de vulnerabilidade, gravidade e 
risco.
Gestão Participativa e cogestão
Cogestão expressa tanto a inclusão de novos sujeitos nos processos de análise e decisão quanto 
a ampliação das tarefas da gestão que se transforma também em espaço de realização de 
análise dos contextos, da política em geral e da saúde em particular, em lugar de formulação e de 
pactuação de tarefas e de aprendizado coletivo.
Como fazer?
Exemplo: Rodas para colocar as diferenças em contato de modo a
produzir movimentos de desestabilização que favoreçam mudanças
nas práticas de gestão e de atenção.
Ambiência
Criar espaços saudáveis, acolhedores e confortáveis, que respeitem a privacidade, propiciem 
mudanças no processo de trabalho e sejam lugares de encontro entre as pessoas.
Como fazer?
A discussão compartilhada do projeto arquitetônico, das reformas e do uso dos espaços de 
acordo com as necessidades de usuários e trabalhadores de cada serviço é uma orientação que 
pode melhorar o trabalho em saúde.
Clínica ampliada e compartilhada
A clínica ampliada é uma ferramenta teórica e prática cuja finalidade é contribuir para uma 
abordagem clínica do adoecimento e do sofrimento, que considere a singularidade do sujeito e a 
complexidade do processo saúde/doença. Permite o enfrentamento da fragmentação do 
conhecimento e das ações de saúde e seus respectivos danos e ineficácia.
Como fazer?
Utilizando recursos que permitam enriquecimento dos diagnósticos (outras variáveis além do 
enfoque orgânico, inclusive a percepção dos afetos produzidos nas relações clínicas) e a 
qualificação do diálogo (tanto entre os profissionais de saúde envolvidos no tratamento quanto 
destes com o usuário), de modo a possibilitar decisões compartilhadas e compromissadas com a 
autonomia e a saúde dos usuários do SUS.
Valorização do Trabalhador
É importante dar visibilidade à experiência dos trabalhadores e incluí-los na tomada de decisão, 
apostando na sua capacidade de analisar, definir e qualificar os processos de trabalho.
Como fazer?
O Programa de Formação em Saúde e Trabalho e a Comunidade Ampliada de Pesquisa são 
possibilidades que tornam possível o diálogo, intervenção e análise do que gera sofrimento e 
adoecimento, do que fortalece o grupo de trabalhadores e do que propicia os acordos de como 
agir no serviço de saúde.
É importante também assegurar a participação dos trabalhadores nos espaços
coletivos de gestão.
Defesa dos Direitos dos Usuários
Os usuários de saúde possuem direitos garantidos por lei e os serviços de saúde devem 
incentivar o conhecimento desses direitos e assegurar que eles sejam cumpridos em todas as 
fases do cuidado, desde a recepção até a alta.
Como fazer?
Todo cidadão tem direito a uma equipe que cuide dele, de ser informado sobre sua saúde e 
também de decidir sobre compartilhar ou não sua dor e alegria com sua rede social.

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