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Caderno das aulas PV_Prof_1 ano_3bim

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CADERNO DO PROFESSOR - AULAS DE PROJETO DE VIDA
1º ANO DO ENSINO MÉDIO - 3º BIMESTRE
1
CADERNO DO PROFESSOR - AULAS DE PROJETO DE VIDA
1º ANO DO ENSINO MÉDIO 3º bimestre
Governador do Estado de Minas Gerais
Romeu Zema Neto
Vice-governador do Estado de Minas Gerais
Mateus Simões de Almeida
Secretário de Estado de Educação
Igor de Alvarenga Oliveira Icassatti Rojas
Secretária Adjunta
Geniana Guimarães Faria
Subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica
Izabella Cavalcante Martins
Superintendência de Políticas Pedagógicas
Graziela Santos Trindade
Diretoria de Ensino Médio
Rosely Lúcia de Lima
Coordenação de Ações de Aprendizagem
Vanessa Nicoletti Gomes de Oliveira
Construção
Eloisa Márcia da Silva Tampieri
(Consultora MEC)
Material adaptado do Caderno Aulas Estruturadas de Projeto de Vida, produzido pelo ICE - Instituto de
Corresponsabilidade pela Educação e adotado no Ensino Médio em Tempo Integral - EMTI/SEE-MG,
desde 2019.
2
CADERNO DO PROFESSOR - AULAS DE PROJETO DE VIDA
1º ANO DO ENSINO MÉDIO 3º bimestre
Caro professor e professora,
No Caderno Projeto de Vida - 1° bimestre foi publicado o plano de curso do componente curricular
com o plano de aula bimestral contendo 8 aulas (Aula 1 a Aula 8), refletindo sobre o núcleo
formativo “Quem é você”. Já no 2º bimestre foram publicados os planos de mais 8 aulas (Aula 9 a
Aula 16), pertencendo ao núcleo formativo “De onde você vem e quem escolhe para estar
perto?“. Agora, neste caderno do 3º Bimestre, o núcleo formativo que será estudado é o
“Cuidando dos pensamentos”, compreendendo mais 8 aulas (Aula 17 a 24).
Orientamos a combinar com os/as estudantes o cuidado no arquivamento do material produzido
em cada bimestre e a guarda em local de fácil acesso para a utilização nas aulas, já que as
produções serão consultadas a cada Bimestre. É importante promover a compreensão inter e
transdisciplinar das atividades realizadas, não só entre bimestres como também entre os anos (1º;
2º e 3º), pois o princípio da formação integral é desenvolvido ao longo dos três anos e é contínuo,
não se encerrando no Ensino Médio, de forma que poderão utilizar a vida inteira, caso assim
escolham.
Ressaltamos que os planos de curso e os planos de aulas publicados bimestralmente serão
incorporados no Caderno de Projeto de Vida até o final do ano.
Destacamos, ainda, que o Programa Nacional do Livro Didático - PNLD, no Objeto 1, contempla o
livro Projeto de Vida, que amplia o repertório sociocultural e trabalha com novas linguagens;
traz atividades práticas que valorizam a experiência e autonomia do jovem; discute
conceitos teóricos trabalhados a partir de vivências, bem como disponibiliza propostas
adaptáveis a diferentes realidades, com linguagem clara e objetiva, favorecendo o
planejamento do(a) professor(a) em seu contexto de sala de aula.
Reafirmamos que promover o diálogo franco, respeitoso e reflexivo sobre os sonhos e o
planejamento de vida na sala de aula nos ajuda a projetar uma visão afirmativa do futuro e nos
estimula a trilhar os caminhos que devemos percorrer para alcançar tal fim, com a consciência de
que é o trajeto a parte mais significativa dessa jornada.
Seguimos juntos.
Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais.
3
CADERNO DO PROFESSOR - AULAS DE PROJETO DE VIDA
1º ANO DO ENSINO MÉDIO 3º bimestre
Sumário
PROJETO DE VIDA E UM ENCONTRO CONSIGO MESMO - 1º ANO - 3º Bimestre 5
ORGANIZAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DAS AULAS DE PROJETO DE VIDA - 1 º ANO
DO ENSINO MÉDIO 7
Aula 17: Conflito de gerações 13
Aula 18: Meu pensamento: minha saúde mental 23
Aula 19: Emoção, Sentimentos e conflitos?! Eu é que estou no controle 39
Aula 20: Controlando o que é meu, liberando o que é do outro 46
Aula 21: Ser livre ou ter razão: Habilidades Socioemocionais, uma reflexão 53
Aula 22: Minha vida socioemocional 63
Aula 23: Projeto de Vida e Componentes Curriculares: uma percepção socioemocional 71
Aula 24: Por outra perspectiva 80
4
CADERNO DO PROFESSOR - AULAS DE PROJETO DE VIDA
1º ANO DO ENSINO MÉDIO 3º bimestre
PROJETO DE VIDA E UM ENCONTRO CONSIGO MESMO - 1º ANO - 3º
Bimestre
Neste universo riquíssimo de reflexões em que estamos inseridos no Projeto de Vida (PV) é
relevante verificar que a trajetória pessoal está intimamente ligada ao aprendizado escolar, o que
nos faz refletir sobre "o que estou fazendo, o que farei da minha vida?”. Onde buscar informações,
“alimentos" para esta caminhada?
Muito do que precisamos encontramos na família, no convívio social na comunidade a que se
pertence. Por isso, explorar e observar principalmente o que vai em nosso íntimo, nossos
pensamentos, sentimentos, crenças, expectativas, e a Escola é um lugar impulsionador e propício
para essas reflexões e que de certa forma está em nosso subconsciente. Por isso, abrir esta "caixa
de pandora” é fundamental.
Complexo? Na realidade não! É uma tarefa de especular com simplicidade desde que estejamos
dispostas(os) a nos olhar de verdade, com real sinceridade. É preciso ser fiel a si mesmo, a seus
valores, com curiosidade e determinação.
Você, professor(a), é sem dúvida uma personagem relevante nesta jornada da(o) estudante. A sua
mediação pode inspirá-la(o) a ir cada vez mais adiante. E, como ninguém é uma ilha, você,
professor(a), não está sozinho(a) neste momento de inspiração, construção. Lembre-se que a
aprendizagem é vista como um processo socialmente construído por meio da participação ativa,
do diálogo, da troca de experiências e significados e da colaboração entre as pessoas, portanto,
busque trabalhar alinhado(a) com a coordenação na gestão de situações, aquelas em que perceba
a necessidade de um melhor acompanhamento, com o suporte de outros profissionais, através de
um processo de problematização e reflexão. Esta é uma forma de garantir um maior
autoconhecimento para a continuidade do processo de desenvolvimento pessoal das(os)
estudantes e do desenvolvimento dos seus projetos de vida.
No PV é almejado que as(os) estudantes consigam relacionar seu conhecimentos, suas
experiências prévias, situando-os nas diferentes dimensões de sua vida, agregando novas
perspectivas e informações. Sendo assim, entende-se que neste terceiro bimestre a temática
muito se associa com reflexões que se conectam com a saúde mental já que se relacionada à
forma como pensamos, sentimos e reagimos às exigências da vida e ao modo como
harmonizamos desejos, capacidades, ambições, ideias e emoções. Olhar para nosso intrapessoal e
as relações interpessoais é um exercício que deve ser contínuo principalmente na vida do jovem,
pois a troca de experiências e convívios, ajuda a desenvolver sentimentos como a alegria, a
decepção, as expectativas, entre outros.
A adolescência pode ser a chance de uma guinada de transformação, momento em que a(o)
jovem consegue se distanciar do seu contexto e enxergar outras possibilidades de solução para
situações desafiadoras a serem enfrentadas. Segundo algumas crenças dela(e) ou não, e começar
a trilhar o próprio caminho. Deve estar atenta(o) a sua postura ética e educação emocional para
5
CADERNO DO PROFESSOR - AULAS DE PROJETO DE VIDA
1º ANO DO ENSINO MÉDIO 3º bimestre
que seja capaz de levar inteligência às suas emoções, civilidade às ruas e envolvimento à sua vida
comunitária. Afinal de contas, o principal propósito do ser humano é evoluir, dirigindo o script da
sua história, editando seu presente com base no seu passado, o que inclui a história de outras
gerações que o antecedem.
Neste caderno, serão contemplados conceitos tais como empatia; a atenção e a escuta ao colega;
o respeito às diferenças; exercícios dialógicos; roda de soluções; autoavaliação de emoções,
sentimentos, pensamentos; jogos colaborativos; a identificação das habilidades socioemocionais;
a identificação de seus interesses e necessidades, entre outros. Enfim, proporcionar a
possibilidade de autoconhecimento, auxiliando sobremaneira a forma de ser e estar no mundo.
Estes conceitosvão sendo percebidos, apreendidos e naturalmente praticados de forma que,
pouco a pouco, vamos nos preparando para transitar no complexo mundo das relações sociais,
confiando mais em si e nas próprias reações, diante de inevitáveis problemas da vida em
sociedade.
Reforçamos que as atividades propostas poderão ser desenvolvidas em sua integralidade como
também devidamente adaptadas, como também inspirar novas produções. Ao longo de toda a
formação do(a) estudante poderão estimulá-los(as) a buscarem entender as circunstâncias que
motivam seu comportamento, sentimentos e necessidades como uma constituição social e
individual.
“Ninguém pode ser original em determinado campo se não possuir a
estabilidade emocional e social que advém de atitudes regulares em todas
as outras áreas que não aquela em que está sendo original.” Edwin Land,
fundador da Polaroid.
Apresentaremos a seguir o plano de curso e os planos de aula propostos para o 3° bimestre do 1°
ano do ensino médio, abordando o núcleo formativo “Cuidando do Pensamento”, dando
continuidade ao Projeto de Vida e o Encontro consigo mesmo, com as 8 aulas (Aula 17 até a Aula
24).
6
CADERNO DO PROFESSOR - AULAS DE PROJETO DE VIDA
1º ANO DO ENSINO MÉDIO 3º bimestre
3º Bimestre Letivo
ORGANIZAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DAS AULAS DE PROJETO DE VIDA - 1 º ANO DO ENSINOMÉDIO
Núcleo
Formativo
Dimensão Competência Geral BNCC
Habilidades Cognitivas
Objetivo Cognitivo
Habilidades
Socioemocionais
Ética/Moral/Valores Objetivos Específicos Aula
Cuidando do
Pensamento
Dimensão
Pessoal.
Dimensão
Cidadã.
Dimensão
Profissional.
1 - Conhecimento.
3 - Repertório Cultural.
4 - Comunicação.
6 - Trabalho e Projeto de
Vida.
7 - Argumentação.
8 - Autoconhecimento e
Autocuidado.
9 - Empatia e Cooperação.
10 - Responsabilidade e
Cidadania.
(EMIFCG10)
Reconhecer e utilizar qualidades e
fragilidades pessoais com confiança
para superar desafios e alcançar
objetivos pessoais e profissionais,
agindo de forma proativa e
empreendedora e perseverando
em situações de estresse,
frustração, fracasso e adversidade.
(EMIFCG12)
Refletir continuamente sobre seu
próprio desenvolvimento e sobre
seus objetivos presentes e futuros,
identificando aspirações e
oportunidades, inclusive
relacionadas ao mundo do
trabalho, que orientem escolhas,
esforços e ações em relação à sua
vida pessoal, profissional e cidadã.
Curiosidade para aprender
Respeito
Responsabilidade
Interesse artístico
Iniciativa social
Empatia
Determinação
Organização
Foco
Persistência
Assertividade
Autoconfiança
Tolerância à frustração
Tolerância ao Estresse
Confiança
Entusiasmo
Criatividade
Curiosidade
Mente aberta
Generosidade
Amor
Inteligência Emocional
Trabalho em Equipe
Perdão Humildade
Autocontrole
Perseverança
Humor
Nomear
características,
valores,
pensamentos das
gerações;
Relacionar sua
visão de mundo
com a de outras
gerações;
Colocar-se no
lugar do outro
para observar o
mundo dessa
perspectiva;
Resumir o que se
escolheu para a vida
tendo como pano
de fundo as
contribuições
provenientes da
troca de
experiências com
outras gerações.
Aula 17 - Conflito de
Gerações
Dimensão
Pessoal.
1 - Conhecimento.
4 - Comunicação.
6 - Trabalho e Projeto de
Vida.
7 - Argumentação.
8 - Autoconhecimento e
autocuidado.
(EMIFCG12)
Refletir continuamente sobre seu
próprio desenvolvimento e sobre
seus objetivos presentes e futuros,
identificando aspirações e
oportunidades, inclusive
relacionadas ao mundo do
Curiosidade para aprender
Respeito
Responsabilidade
Iniciativa Social
Empatia
Determinação
Organização
Criatividade
Curiosidade
Amor ao aprendizado
Mente aberta
Perspectiva
Inteligência Emocional
Trabalho em Equipe
Reconhecer
pensamentos,
emoções e
sentimentos como
parte estruturante do
ser;
Aula 18 - Meu
pensamento: minha
saúde mental.
7
CADERNO DO PROFESSOR - AULAS DE PROJETO DE VIDA
1º ANO DO ENSINO MÉDIO 3º bimestre
9 - Empatia e Cooperação.
10 - Responsabilidade e
Cidadania.
trabalho, que orientem escolhas,
esforços e ações em relação à sua
vida pessoal, profissional e cidadã.
Foco
Persistência
Responsabilidade
Assertividade
Autoconfiança
Tolerância à frustração
Tolerância ao Estresse
Confiança
Entusiasmo
Perdão
Humildade
Autocontrole
Perseverança
Vitalidade
Gratidão
Esperança
Humor
Descrever
pensamentos,
emoções e
sentimentos
pessoais;
Identificar a relação
entre pensamento,
emoções,
sentimentos e os
próprios
comportamentos;
Praticar o
autogerenciamento
do pensamento,
emoções,
sentimentos, para
manter a saúde
mental equilibrada.
Dimensão
Pessoal.
1 - Conhecimento.
3 - Repertório Cultural.
4 - Comunicação.
6 - Trabalho e Projeto de
Vida.
7 - Argumentação.
8 - Autoconhecimento e
Autocuidado.
9 - Empatia e Cooperação.
10 - Responsabilidade e
Cidadania.
(EMIFCG10)
Reconhecer e utilizar qualidades e
fragilidades pessoais com confiança
para superar desafios e alcançar
objetivos pessoais e profissionais,
agindo de forma proativa e
empreendedora e perseverando
em situações de estresse,
frustração, fracasso e adversidade.
(EMIFCG12)
Refletir continuamente sobre seu
próprio desenvolvimento e sobre
seus objetivos presentes e futuros,
identificando aspirações e
oportunidades, inclusive
relacionadas ao mundo do
trabalho, que orientem escolhas,
esforços e ações em relação à sua
vida pessoal, profissional e cidadã.
Curiosidade para aprender
Respeito
Responsabilidade
Interesse artístico
Iniciativa social
Empatia
Determinação
Organização
Foco
Persistência
Assertividade
Autoconfiança
Tolerância à frustração
Tolerância ao Estresse
Confiança
Entusiasmo
Criatividade
Curiosidade
Mente aberta
Generosidade
Amor
Inteligência Emocional
Perdão
Humildade
Trabalho em Equipe
Autocontrole
Perseverança
Gratidão
Esperança
Humor
Declarar as diferentes
experiências que
pensam e sentem;
Redefinir
ações/estratégias
pessoal para a própria
regulação;
Escolher soluções para
se autorregular
construindo relações
saudáveis com as
outras pessoas;
Empregar os
conhecimentos em
diferentes situações
realizando a gestão de
conflitos;
Aula 19 - Emoção,
Sentimentos e
Conflitos?! Eu é que
estou no controle.
8
CADERNO DO PROFESSOR - AULAS DE PROJETO DE VIDA
1º ANO DO ENSINO MÉDIO 3º bimestre
Conceber essa
autogestão como um
cuidado pessoal para
com a própria saúde
mental.
Dimensão
Pessoal.
Dimensão
Cidadã.
1 - Conhecimento.
4 - Comunicação.
6 - Trabalho e Projeto de
Vida.
7 - Argumentação.
8 - Autoconhecimento e
Autocuidado.
9 - Empatia e Cooperação.
10 - Responsabilidade e
Cidadania.
(EMIFCG10)
Reconhecer e utilizar qualidades e
fragilidades pessoais com confiança
para superar desafios e alcançar
objetivos pessoais e profissionais,
agindo de forma proativa e
empreendedora e perseverando
em situações de estresse,
frustração, fracasso e adversidade.
(EMIFCG12)
Refletir continuamente sobre seu
próprio desenvolvimento e sobre
seus objetivos presentes e futuros,
identificando aspirações e
oportunidades, inclusive
relacionadas ao mundo do
trabalho, que orientem escolhas,
esforços e ações em relação à sua
vida pessoal, profissional e cidadã.
Curiosidade para aprender
Respeito
Responsabilidade
Iniciativa Social
Empatia
Determinação
Organização
Foco
Persistência
Responsabilidade
Assertividade
Autoconfiança
Tolerância à frustração
Tolerância ao Estresse
Confiança
Entusiasmo
Criatividade
Curiosidade
Amor ao aprendizado
Mente aberta
Perspectiva
Inteligência Emocional
Trabalho em Equipe
Perdão
Humildade
Autocontrole
Perseverança
Vitalidade
Gratidão
Esperança
Humor
Reconhecer os
posicionamentos das
pessoas envolvidas em
situações de /diálogo
conflito a partir da
vivência de um jogo
reflexivo;
Analisar sobre o que
está sob meu controle
e o que é tarefa do
outro;
Inferir as habilidades
necessárias para
realizar um diálogo
mediador;
Explicar possibilidades
de aplicação da
aprendizagem na vida
pessoal bem como no
Projeto de Vida.
Aula 20 -
Controlando o que é
meu, liberando o
que é do outro.
Dimensão
Pessoal.
Dimensão
Cidadã.
1 - Conhecimento.
4 - Comunicação.
6- Trabalho e Projeto de
Vida.
7 - Argumentação.
8 - Autoconhecimento e
Autocuidado.
9 - Empatia e Cooperação.
(EMIFCG12)
Refletir continuamente sobre seu
próprio desenvolvimento e sobre
seus objetivos presentes e futuros,
identificando aspirações e
oportunidades, inclusive
relacionadas ao mundo do
trabalho, que orientem escolhas,
esforços e ações em relação à sua
vida pessoal, profissional e cidadã.
Curiosidade para aprender
Respeito
Responsabilidade
Iniciativa Social
Empatia
Determinação
Organização
Foco
Persistência
Assertividade
Criatividade
Curiosidade
Amor ao aprendizado
Mente aberta
Generosidade
Inteligência Emocional
Humildade
Prudência
Autocontrole
Perseverança
Identificar as
habilidades
socioemocionais
através da ludicidade;
Relatar habilidades
socioemocionais
utilizadas em uma
atividade em sala de
aula;
Aula 21 - Ser livre ou
ter razão:
Habilidades
Socioemocionais
uma reflexão.
9
CADERNO DO PROFESSOR - AULAS DE PROJETO DE VIDA
1º ANO DO ENSINO MÉDIO 3º bimestre
Autoconfiança
Tolerância à frustração
Tolerância ao estresse
Confiança
Entusiasmo
Humor
Aplicar através de
exercício prático as
habilidades
socioemocionais;
Relacionar as
habilidades
socioemocionais com
os relacionamentos
inter e intrapessoal;
Avaliar as habilidades
socioemocionais como
possibilidade de
promover relações
mais saudáveis e
manutenção da própria
saúde mental.
Dimensão
Pessoal.
1 - Conhecimento.
4 - Comunicação.
6 - Trabalho e Projeto de
Vida.
7 - Argumentação.
8 - Autoconhecimento e
Autocuidado.
9 - Empatia e Cooperação.
(EMIFCG10)
Reconhecer e utilizar qualidades e
fragilidades pessoais com confiança
para superar desafios e alcançar
objetivos pessoais e
profissionais, agindo de forma
proativa e empreendedora e
perseverando em situações de
estresse, frustração, fracasso e
adversidade.
(EMIFCG11)
Utilizar estratégias de
planejamento, organização e
empreendedorismo para
estabelecer e adaptar metas,
identificar caminhos, mobilizar
apoios e recursos, para realizar
projetos pessoais e produtivos com
foco, persistência e efetividade.
Curiosidade para aprender
Respeito
Responsabilidade
Iniciativa Social
Empatia
Determinação
Organização
Foco
Persistência
Assertividade
Autoconfiança
Tolerância à frustração
Tolerância ao estresse
Confiança
Entusiasmo
Curiosidade
Amor ao aprendizado
Mente aberta
Perspectiva
Inteligência Emocional
Trabalho em Equipe
Autocontrole
Perseverança
Relembrar o que já se
sabe sobre
habilidades
socioemocionais;
Definir cada uma das
habilidades
socioemocionais, sua
organização e
significados;
Aplicar o
conhecimento em
atividade prática de
autoconhecimento;
Apontar as relações
existentes do
conhecimento das
habilidades
Aula 22 - Minha Vida
Socioemocional.
10
CADERNO DO PROFESSOR - AULAS DE PROJETO DE VIDA
1º ANO DO ENSINO MÉDIO 3º bimestre
socioemocionais com
aulas anteriores;
Examinar as
habilidades
socioemocionais nos
componentes
curriculares e Projeto
de Vida.
Dimensão
Pessoal.
1 - Conhecimento.
4 - Comunicação.
6 - Trabalho e Projeto de
Vida.
7 - Argumentação.
8 - Autoconhecimento e
Autocuidado.
9 - Empatia e Cooperação.
(EMIFCG10)
Reconhecer e utilizar qualidades e
fragilidades pessoais com confiança
para superar desafios e alcançar
objetivos pessoais e profissionais,
agindo de forma proativa e
empreendedora e perseverando
em situações de estresse,
frustração, fracasso e adversidade.
(EMIFCG11)
Utilizar estratégias de
planejamento, organização e
empreendedorismo para
estabelecer e adaptar metas,
identificar caminhos, mobilizar
apoios e recursos, para realizar
projetos pessoais e produtivos com
foco, persistência e efetividade.
Curiosidade para aprender
Respeito
Responsabilidade
Iniciativa Social
Empatia
Determinação
Organização
Foco
Persistência
Assertividade
Autoconfiança
Tolerância à frustração
Tolerância ao estresse
Confiança
Entusiasmo
Curiosidade
Amor ao aprendizado
Mente aberta
Perspectiva
Inteligência Emocional
Humildade
Prudência
Autocontrole
Perseverança
Vitalidade
Esperança
Humor
Analisar o Projeto de
Vida e metas pessoais
com foco nas
habilidades
socioemocionais;
Reorganizar
pensamentos,
comportamentos e
emoções utilizando
habilidades
socioemocionais e
componentes
curriculares;
Interpretar-se dentro
do projeto de vida e
sua responsabilidade
para com o próprio
desenvolvimento;
Relatar a experiência
de ser o protagonista
de sua formação
pessoal e de seu
Projeto de Vida.
Aula 23 - Projeto de
Vida e Componentes
curriculares: uma
percepção
socioemocional.
Dimensão
Pessoal.
1. Conhecimento.
4. Comunicação.
6. Trabalho e Projeto de
Vida.
(EMIFCG10)
Reconhecer e utilizar qualidades e
fragilidades pessoais com confiança
para superar desafios e alcançar
Curiosidade de aprender
Respeito
Responsabilidade
Iniciativa Social
Criatividade
Curiosidade
Amor ao aprendizado
Mente aberta
Relacionar o
autoconhecimento
realizado até aqui em
Aula 24 - Por outra
perspectiva.
11
CADERNO DO PROFESSOR - AULAS DE PROJETO DE VIDA
1º ANO DO ENSINO MÉDIO 3º bimestre
8. Autoconhecimento e
Autocuidado.
objetivos pessoais e profissionais,
agindo de forma proativa e
empreendedora e perseverando
em situações de estresse,
frustração, fracasso e adversidade.
(EMIFCG11)
Utilizar estratégias de
planejamento, organização e
empreendedorismo para
estabelecer e adaptar metas,
identificar caminhos, mobilizar
apoios e recursos, para realizar
projetos pessoais e produtivos com
foco, persistência e efetividade.
(EMIFCG12)
Refletir continuamente sobre seu
próprio desenvolvimento e sobre
seus objetivos presentes e futuros,
identificando aspirações e
oportunidades, inclusive
relacionadas ao mundo do
trabalho, que orientem escolhas,
esforços e ações em relação à sua
vida pessoal, profissional e cidadã.
Empatia
Determinação
Organização
Foco
Persistência
Assertividade
Tolerância à frustração
Tolerância ao estresse
Autoconfiança
Perspectiva
Inteligência Emocional
Perdão
Humildade
Prudência
Autocontrole
Bravura
Perseverança
Vitalidade
Gratidão
Esperança
Humor
um gráfico para
visualização do
momento em que se
encontra;
Separar informações
pessoais que entram
ou não no gráfico;
Questionar-se sobre o
quanto se percebe
desenvolvido em cada
área atribuindo uma
nota;
Explicar-se
interpretando as
informações utilizando
as habilidades
socioemocionais para
melhorias pessoais;
Detectar pensamentos
desafiadores;
Criar mural de
pensamentos com
habilidades
socioemocionais.
Professor, Professora,
Por fim, realize reflexões pessoais, tanto individual quanto coletiva, reflexão quanto à própria prática pedagógica realizada e sua efetividade. Amplie
seu acervo pessoal de referências tanto teóricas quanto práticas, ouse incorporá-las no processo formativo da turma. E assim, desejamos que as aulas que
seguem possam contribuir com a sua jornada junto à sua turma de Projeto de Vida. Desejamos uma excelente jornada!
Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais
12
CADERNO DO PROFESSOR - AULAS DE PROJETO DE VIDA
1º ANO DO ENSINO MÉDIO 3º bimestre
Cuidando do Pensamento
Aula 17: Conflito de gerações
Aula de 50 minutos
Núcleo Formativo: Cuidando do Pensamento
Dimensão Dimensão Pessoal. Dimensão Cidadã. Dimensão Profissional.
Competências da BNCC 1 - Conhecimento. 3 - Repertório Cultural. 4 - Comunicação. 6 -
Trabalho e Projeto de Vida. 7 - Argumentação. 8 -
Autoconhecimento e Autocuidado. 9 - Empatia e Cooperação. 10 -
Responsabilidade e Cidadania.
Habilidade
(Objetivo Cognitivo)
(EMIFCG10)
Reconhecer e utilizar qualidades e fragilidades pessoais com
confiança para superar desafios e alcançar objetivos pessoais e
profissionais, agindo de forma proativa e empreendedora e
perseverando em situações de estresse, frustração, fracasso e
adversidade.
(EMIFCG12)
Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre
seus objetivos presentes e futuros, identificando aspirações e
oportunidades, inclusive relacionadas ao mundo do trabalho, que
orientem escolhas, esforços e ações em relação à sua vida pessoal,
profissional e cidadã.
HabilidadesSocioemocionais Ética/Valores/Moral Objetivos Específicos
Curiosidade para aprender
Respeito
Responsabilidade
Interesse artístico
Iniciativa social
Empatia
Determinação
Organização
Foco
Persistência
Assertividade
Autoconfiança
Criatividade
Curiosidade
Mente aberta
Generosidade
Amor
Inteligência Emocional
Trabalho em Equipe
Perdão Humildade
Autocontrole
Perseverança
Humor
● Nomear características,
valores, pensamentos das
gerações;
● Relacionar sua visão de
mundo com a de outras
gerações;
● Colocar-se no lugar do outro
para observar o mundo dessa
perspectiva;
● Resumir o que se escolheu
para a vida tendo como
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CADERNO DO PROFESSOR - AULAS DE PROJETO DE VIDA
1º ANO DO ENSINO MÉDIO 3º bimestre
Tolerância à frustração
Tolerância ao Estresse
Confiança
Entusiasmo
pano de fundo as
contribuições provenientes
da troca de experiências
com outras gerações.
Do que vou precisar?
Ao longo da história observamos inúmeras mudanças culturais, políticas e sociais que
impactam diretamente a vida e a visão de mundo das pessoas que viveram esses acontecimentos.
Assim, podemos dizer que cada geração possui características específicas que se refletem no seu
comportamento, costumes e valores.
Para compreendermos melhor as diferenças geracionais é importante conhecer as suas
individualidades e manter uma postura respeitosa sempre, aberta ao diálogo e à troca de
experiências. O autoconhecimento também contribui significativamente para que as convivências
intergeracionais sejam cada vez mais harmônicas, conscientes e empáticas.
É fundamental entendermos que conflitos são naturais no convívio humano, tanto nos
ambientes escolares, quanto nos ambientes pessoais, em especial, agora que as novas configurações
familiares, muitas vezes, ampliam o número de pessoas com as quais convivemos. Fato é que não
existe fórmula para evitar que discussões ou divergências aconteçam, mas podemos aprimorar nosso
desenvolvimento pessoal, quando conseguimos, a partir disso, trocar experiências, aprendizados e
valores. Gerenciar conflitos é uma habilidade muito relevante para os tempos atuais e bastante
valorizada nos ambientes profissionais, escolares e, naturalmente, no seu convívio familiar.
Professor(a), peça à turma que faça um semicírculo. Inicie a aula perguntando se já ouviram
falar sobre: Gerações, Perfil de Gerações, Diferenças geracionais. Colete as falas compartilhadas e
anote no quadro os insights para cada uma das palavras. Em seguida distribua à turma o Anexo 17.1 -
Pontos de Vistas - Conciliando vivências, experiências.
A atividade consiste em levar o estudante a pensar e discutir as mudanças de costumes e
comportamentos ocorridas ao longo do tempo entre as gerações. Eles responderão à pesquisa
individualmente (Anexo 17.1), marcando como percebem o tópico proposto, se houve mudanças
significativas e se elas foram para melhor ou não. Talvez seja necessário exemplificar o
preenchimento de uma das questões para que entendam o que deve ser feito.
Após o preenchimento, oriente que os/as estudantes formem duplas e comparem e discutam
alguns tópicos da atividade. Eles devem comparar sua realidade com a das gerações mais antigas,
dando exemplos de como os costumes mudaram. Poderão discutir se essas mudanças foram positivas
ou negativas citando exemplos, como este: "Acho que as meninas têm se vestido com mais liberdade.
Minha mãe tinha de vestir uniforme na escola que era uma saia abaixo do joelho. Hoje podemos ir à
escola de jeans e até shorts." Algumas duplas podem ser ouvidas.
Em seguida, se possível aproveitando as trocas, enfatize que o objetivo da atividade é fazê-los
entender que, mesmo sendo de outra geração, podemos tanto nos identificar com valores que
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CADERNO DO PROFESSOR - AULAS DE PROJETO DE VIDA
1º ANO DO ENSINO MÉDIO 3º bimestre
nossos pais e avós têm, como sermos totalmente diferentes e abertos às mudanças. O mais
importante é que eles estejam cientes de que a concepção de um Projeto de Vida envolve a
participação de outras gerações e que essas influências podem ser positivas.
Observação: Ao realizar a atividade estabeleça a conexão com as habilidades socioemocionais e a
condução dos diálogos em sala com os valores presentes no quadro resumo inicial da aula de
Ética/Moral/Valores. É importante ir construindo a percepção dos(as) estudantes para esse
desenvolvimento que é integrado. Pode-se transcrever os valores para o quadro/lousa.
Professor(a), leia o Anexo 17.2 - Conflitos entre gerações para subsidiar seu conhecimento e
proporcionar as reflexões necessárias em sala de aula, bem como os materiais disponibilizados em
"Para contribuir com suas reflexões".
Dialogue com a turma sobre modelo mental, explique que é um mecanismo do pensamento
que representa a realidade externa, sendo uma das formas mais utilizadas pelas pessoas para
representar o mundo e ver/ interpretar os acontecimentos em volta. Explique que os modelos
mentais de cada um definem como o indivíduo percebe seu entorno e como ele irá se sentir, pensar e
agir a partir de cada evento. Cada pessoa tem seu modelo mental, que é resultado de todas as suas
referências culturais, experiências e história de vida.
E, como a maioria das pessoas tem dificuldade para abrir mão de seus modelos mentais,
acreditando que a sua maneira particular de ver as coisas é melhor do que a do outro, muitos
conflitos podem surgir por conta disso. Assim, é preciso ficar atento/atenta para não acabar
preso/presa a um único modelo de pensamento, achando sempre que o seu faz mais sentido do que
os das pessoas ao redor.
Agora vocês irão juntos realizar um exercício de empatia com objetivo de minimizar conflitos
e criar experiências. Para a atividade você, professor(a), irá precisar que a turma aponte conflitos que
elas identificam entre as gerações. Você pode distribuir algumas cópias do Anexo 17.2 para que a
turma tenha em mãos as informações dos perfis.
Vocês poderão utilizar os conflitos anotados na própria folha da atividade inicial e refletirem
utilizando o Anexo 17.3 - Mapa de Empatia. Você poderá projetar no quadro e irem fazendo a
construção, reflexões, trocas para que a Empatia seja praticada de forma a compreender o conflito e
realizar a sua mediação. Durante a atividade busque realizar perguntas inspiradoras para as trocas, de
modo que a turma possa ir construindo caminhos de resolução do conflito.
Sugestão: Professor(a), você pode utilizar imagens de pessoas famosas para representar as gerações.
Ou até mesmo sugerir que a turma crie um/uma representante, uma persona, para cada perfil de
geração. A turma pode ser separada em cinco grupos e cada uma recebe um perfil para criarem uma
pessoa com idade e perfil adequado ao contexto lido. Após, irão realizar o exercício prático de
reflexão. Essa atividade pode melhorar a apropriação por parte da turma acerca dos diferentes
contextos e de possíveis formas para mediar as situações vividas em casa, ou, ainda, ajudando a
resolver um conflito do colega, já que o lúdico é um potencial articulador para resolução de situações
desafiadoras.
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CADERNO DO PROFESSOR - AULAS DE PROJETO DE VIDA
1º ANO DO ENSINO MÉDIO 3º bimestre
Para finalizar, peça que a turma faça um resumo do que dialogaram na aula. Tente perceber
se os/as estudantes compreendem a ideia de que viver entre gerações não é necessariamente viver
em conflito. Isto é, observe se eles/elas entenderam a importância de colocar-se no lugar do outro
para compreendê-lo, e se perceberam que a diferença e a troca de informações provenientes dessa
relação “conflituosa” serão ferramentas que vão proporcionar subsídios para tomada de decisão na
construção e realização do seu Projeto de Vida.
Caso não tenham percebido, faça as provocações para que construam as reflexões
necessárias. Aproveite e reveja com a turma os objetivos da aula e peça que avaliem se consideram
que foram alcançados.
ARTIGOS:
ROSA, Célio Paulo; OLIVEIRA, Denise; SCHARF, Edson Roberto. Os hábitos de consumo das gerações Y
e Z: a dimensão ambiental nos contextos familiare escolar. Contextus– Revista Contemporânea de
Economia e Gestão, v. 10, n. 1, p. 48-60, 2012. Disponível em
https://www.redalyc.org/pdf/5707/570765367005.pdf. Acesso em 30 mai. 2023.
CAMPEIZ, Ana Flávia et al. A escola na perspectiva de adolescentes da Geração Z. Revista eletrônica
de enfermagem, v. 19, 2017. Disponível em:
https://pdfs.semanticscholar.org/0d80/0e9fc9cec992353548b45d8f6976b1bb71f0.pdf. Acesso em 30
mai. 2023.
VASCONCELLOS, Nathália Vaz. Um estudo sobre conflito de gerações em uma escola de ensino
municipal, no interior do estado do Rio de Janeiro. 2014. Disponível em
https://app.uff.br/riuff/handle/1/6776. Acesso em 30 mai. 2023.
SCHILLING, Flávia; ANGELUCCI, Carla Biancha. Conflitos, violências, injustiças na escola? Caminhos
possíveis para uma escola justa. Cadernos de Pesquisa, v. 46, p. 694-715, 2016. Disponível em
https://www.scielo.br/j/cp/a/bxGqGm6PVSQWxzNKY94WFDn/abstract/?lang=pt. Acesso em 30 mai.
2023.
MATTOS, Amana Rocha. Conflitos geracionais na escola: a produção das diferenças etárias em
contextos hierarquizados. Revista Psicologia Política, v. 17, n. 40, p. 542-551, 2017. Disponível em:
https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=7436953. Acesso em 30 mai. 2023.
VÍDEOS:
A importância do estudo das gerações. Eduardo Estellita. Casa do Saber. Disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=slsXKseXASg. Acesso em 30 mai.2023.
Mudança das gerações. Eduardo Estellita. Casa do Saber. Disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=pD_LlR4iW8U. Acesso em 30 mai. 2023.
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https://www.redalyc.org/pdf/5707/570765367005.pdf
https://pdfs.semanticscholar.org/0d80/0e9fc9cec992353548b45d8f6976b1bb71f0.pdf
https://app.uff.br/riuff/handle/1/6776
https://www.scielo.br/j/cp/a/bxGqGm6PVSQWxzNKY94WFDn/abstract/?lang=pt
https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=7436953
https://www.youtube.com/watch?v=slsXKseXASg
https://www.youtube.com/watch?v=pD_LlR4iW8U
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1º ANO DO ENSINO MÉDIO 3º bimestre
Millennials: o que define uma geração?. Eduardo Estellita. Casa do Saber.Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=bwpgAq36mqo. Acesso em 30 mai. 2023.
Convívio: Como viver juntos em sociedades plurais. Eduardo Wolf. Café Filosófico CPFL. Disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=7KfzkRyNpSw. Acesso em 30 mai. 2023.
Abraçando conflitos. Tomas Drunkenmolle. TEDxFranca. Disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=BtahWGGipqg. Acesso em 30 mai. 2023.
Quais são os tipos de pensamentos formados na mente humana?. Momentos Cury. Disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=0FWetPEVGUo. Acesso em 30 mai. 2023.
As conversas estão difíceis? Transforme conflitos em oportunidades. Antonieta Porto. TEDxLavras.
Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=hhkSV13VP6k. Acesso em 30 mai. 2023.
FILMES:
Up altas aventuras. Direção: Pete Docter. Estados Unidos. 2009.
Um senhor estagiário. Direção: Nancy Meyers. Estados Unidos. 2015.
Sociedade dos poetas mortos. Direção: Peter Weir. Estados Unidos. 1989.
Pequena Miss Sunshine. Direção: Jonathan Dayton. Valerie Faris. Estados Unidos. 2006.
O Curioso caso de Benjamin Button. Direção: David Fincher. Estados Unidos. 2008.
A Familia Michell e a Revolução das Máquinas. Direção: Jeff Rowe. Michael Rianda. Estados Unidos.
2021.
LIVROS:
AUTORES, Diversos. Educação 4.0 - o Mundo, a Escola e o Aluno na Década 2020-2030. Unitá
Editora. 2022.
TORREMORELL, Maria Carme Boqué. Mediação de conflitos na escola: Modelos, estratégias e
práticas. Summus Editorial. 2021.
DWECK, Carol. S. Mindset: A nova psicologia do sucesso. Editora Objetiva. 2017.
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https://www.youtube.com/watch?v=bwpgAq36mqo
https://www.youtube.com/watch?v=7KfzkRyNpSw
https://www.youtube.com/watch?v=BtahWGGipqg
https://www.youtube.com/watch?v=0FWetPEVGUo
https://www.youtube.com/watch?v=hhkSV13VP6k
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ANEXO 17.1 - Pontos de Vistas - Conciliando vivências, experiências
Faça uma retrospectiva da sua família, pense em mãe, pai, avós, avôs, tios, outros e nas mudanças
que ocorreram na vivência de cada um deles, na própria cultura desde o tempo em que tinham a sua
idade até os dias de hoje. Agora complete as informações abaixo.
Minha Cultura Mudou pouco Mudou muito Para melhor?
Sim ou Não
1. Gosto musical
2. Modos à mesa
3. Forma de vestir
4. Namoro
5. Pontualidade
6. Forma de tratamento
7. Mulheres e homens no mercado de
trabalho
8. Papel Homens/Mulheres no lar
9. Outros:
Total de Sim:
Agora compare as respostas que você e um colega realizaram. Dialoguem sobre algumas das
respostas e cite três exemplos de mudanças que vocês julgam serem as mais marcantes. Quais foram
positivas e quais foram negativas? Circule o sinal de mais para as mudanças positivas e o de menos
para as negativas e expliquem suas razões.
Mudança 1 + -
Mudança 2 + -
Mudança 3 + -
Pergunte a seu/sua colega onde ele pensa que você está na comparação entre as gerações: você seria
mais conservador, moderno ou um pouco de ambos? Faça o mesmo com ele e apresente justificativa
com evidências. Você ficou surpreso com o resultado? Concorda com ele? Justifique.
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CADERNO DO PROFESSOR - AULAS DE PROJETO DE VIDA
1º ANO DO ENSINO MÉDIO 3º bimestre
ANEXO 17.2 - Conflito entre gerações
Existem muitos fatores que influenciam a forma como compreendemos o mundo e agimos
nele. Os ambientes que frequentamos é composto por pessoas com visões, valores e idades bem
distintas e isso pode gerar conflitos. Não é simples identificar e agir de forma assertiva nos conflitos
entre gerações! O conflito de gerações, geralmente, ocorre a partir de um desentendimento
motivado pelas diferenças geracionais, principalmente, quando convivem no mesmo ambiente
formas antigas e novas de pensar.
Esses conflitos afetam não apenas o clima, mas também impactam negativamente a
produtividade, o que evidencia a importância de se entender a particularidade de cada geração, a fim
de resolver, da melhor maneira possível, os conflitos. É fundamental saber que o termo 'geração' diz
respeito a um grupo de pessoas que nasceram em uma mesma época. São indivíduos que sofreram
influências do contexto histórico em que nasceram, o que provoca impactos dentro de uma casa, em
um emprego e até mesmo na sociedade como um todo. Cada geração possui características próprias,
com relação à cultura, comportamentos, costumes e valores.
E, para entender cada uma delas, é essencial pensar em suas individualidades. Assim foram
criadas algumas denominações que servem para classificar, organizar perfis comportamentais que se
assemelham e que também pertencem a contextos sociais idênticos, não sendo uma regra e sim uma
organização para fins de reflexão e discussão.
Perfil de cada geração
1. Baby Boomers
Após a Segunda Guerra Mundial, houve um crescimento populacional muito grande. Foi nesse
período que os Baby Boomers nasceram. Eles ganharam esse nome devido ao aumento demográfico
registrado na época. As pessoas dessa geração nasceram entre 1945 e 1960. Elas apreciam a
estabilidade e passam muitos anos nas empresas. Geralmente, ficam anos no mesmo cargo e podem
ou não terem crescido dentro da empresa.
Características:
 Procuram estabilidade econômica e melhores oportunidades;
 Preferência por qualidade a quantidade;
 Essa característica faz com que eles tenham mais facilidade para consumir;
 Foco no casamento, aquisição de um carro, casa e tempo de lazer;
 Não é influenciado por terceiros.
 
Para essa geração, o emprego é para a vida toda; eles valorizam muito o tradicional e a segurança.
Por isso, ainda hoje, encontramos realidades de pessoas que estão em suas mesmas decisões,
exemplo, mesmo emprego, mesma cidade, viajam pouco, ousam pouco, porque a segurança e a
estabilidade é mais significativa.
2. Geração X
As pessoas da Geração X nasceram entre 1961 e 1980, período marcado por mudanças sociais e
políticas intensas, que geraram mudança de pensamento. Para a Geração X, a estabilidade é
importante, assim como o reconhecimentoprofissional. Essa geração é ativa, dinâmica, tem visão
empreendedora e não vê a necessidade de se estar em um escritório. Profissionais desse grupo
testemunharam a tecnologia avançar e sentem dificuldade para acompanhar algumas dessas
mudanças.
Características:
 Está continuamente em busca do conhecimento;
 Tem no aprendizado a partir dos erros como a melhor forma de se chegar ao sucesso;
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CADERNO DO PROFESSOR - AULAS DE PROJETO DE VIDA
1º ANO DO ENSINO MÉDIO 3º bimestre
 Dispõe de espírito empreendedor e autoconfiança;
 Busca a individualidade sem perder a convivência em grupo;
 Ruptura com as gerações anteriores e seus paradigmas.
Essa geração lidou com pais workaholics (viciados em trabalho) e sempre ausentes, principalmente
devido a inserção da mulher no mercado de trabalho. Hoje, eles fazem questão de criar os próprios
filhos de forma diferente e têm como visão buscar o equilíbrio entre a vida profissional e a vida
familiar.
3. Geração Y ou Millennials
Quem nasceu entre 1981 e 2000 é da Geração Y e foi impactado pela evolução crescente da
tecnologia. Essa geração não gosta de formalidades e a hierarquia não é tão importante. Os
colaboradores desse grupo são desafiadores e querem trabalhar com aquilo que gostam.
Características:
 Estão continuamente conectados, compartilhando seus hábitos, experiências e
momentos;
 Buscam reiteradamente novas tecnologias;
 Consomem um grande fluxo de informações diariamente;
 São hábeis em realizar múltiplas tarefas simultaneamente;
 Jamais se conformam; perseguem o sucesso e o conhecimento.
4. Geração Z
Aqueles que nasceram entre 2001 e 2009 têm uma facilidade incrível para se envolver com os
aparelhos tecnológicos e o universo virtual. Celulares e computadores são usados por eles como item
indispensável à rotina. A Geração Z está começando a entrar no mercado de trabalho. Colaboradores
deste grupo tendem a manter relações superficiais, o que pode ser um problema no ambiente
corporativo.
Características:
 Estes jovens são realistas ao extremo, práticos e se empenham em satisfazer a sua
necessidade financeira e atingir o enriquecimento pessoal;
 Não gostam de se definir, quebram e contestam vigorosamente todos os estereótipos
e não ligam para definições de gênero, idade ou classe;
 Um traço surpreendente é que eles constroem e não rompem: dialogam, entendem e
agregam;
 São avessos à polarização e aceitam as diferenças.
Essa geração tem uma facilidade incrível para se envolver com os aparelhos tecnológicos e com o
mundo virtual. Celulares e computadores são usados por elas como um item indispensável na rotina.
5. Geração Alpha
A geração Alpha não está no mercado de trabalho, pois as pessoas desse grupo nasceram a partir de
2010. Em pouco tempo, elas já terão idade suficiente para começar a investir em seus futuros. Quem
faz parte dessa geração tende a ser muito independente e curioso. Isso se deve ao fato do acesso à
abundância de tecnologia. A tendência desse perfil é agilidade e empatia. No entanto, é provável que
tenham algum desafio com concentração devido à quantidade de informações recebidas
diariamente.
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CADERNO DO PROFESSOR - AULAS DE PROJETO DE VIDA
1º ANO DO ENSINO MÉDIO 3º bimestre
Como lidar com os conflitos
Com o perfil traçado de cada geração e ciente de seus desejos e preocupações, torna-se mais
fácil compreender perspectivas e resolver conflitos. Para tanto é importante investir em uma
comunicação clara e assertiva, dar e ter abertura para o diálogo na busca de que as partes envolvidas
estejam confortáveis e seguras para dialogar e trocar ideias, com o objetivo de se chegar a um
consenso. Assim como conhecer os pontos fortes e fracos de cada geração, aproveitar o máximo do
potencial disponível em cada uma delas é uma excelente opção. Além disso, os pontos abaixo
também podem contribuir:
Entenda e supere as diferenças:
Uma dica é a superação dos estereótipos de cada geração, procurando entender cada ponto
de vista o mais a fundo possível.
Estar aberto para a troca de conhecimentos:
Os conhecimentos que cada geração possui podem agregar umas às outras. Permitir-se a
troca de informação contribui para que melhores decisões e ações sejam realizadas, além de
um ambiente mais interessante e produtivo.
Escolher a convivência:
momentos de trocas são oportunidades ótimas para integrar mais, até mesmo o conflito;
além de estimular a convivência, o mais importante é que cada um entenda e respeite as
diferenças, cuidando e escolhendo a convivência.
Pense no lado positivo dos conflitos:
As divergências também são positivas, porque indicam algo que precisa ser aprimorado. Não
se trata de vencer uma discussão e sim de compreender e respeitar pontos de vista.
Texto adaptado de Conflito de gerações, entenda o comportamento de cada uma delas. Disponível em
https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/especial-publicitario/acic/noticia/2022/09/30/conflito-de-geracoes-e
ntenda-o-comportamento-de-cada-uma-delas.ghtml. Acesso em 17 mai. 2023.
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https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/especial-publicitario/acic/noticia/2022/09/30/conflito-de-geracoes-entenda-o-comportamento-de-cada-uma-delas.ghtml
https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/especial-publicitario/acic/noticia/2022/09/30/conflito-de-geracoes-entenda-o-comportamento-de-cada-uma-delas.ghtml
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ANEXO 17.3 - Mapa de Empatia
OBS.: Para te auxiliar na compreensão de como preencher o mapa, assista o vídeo disponível em https://www.youtube.com/watch?v=Ua6vy70IjMs.
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https://www.youtube.com/watch?v=Ua6vy70IjMs
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Aula 18: Meu pensamento: minha saúde mental
Aula de 50 minutos
Núcleo Formativo: Cuidando do Pensamento
Dimensão Dimensão Pessoal.
Competências da BNCC 1 - Conhecimento. 4 - Comunicação. 6 - Trabalho e Projeto
de Vida. 7 - Argumentação. 8 - Autoconhecimento e
autocuidado. 9 - Empatia e Cooperação. 10 -
Responsabilidade e Cidadania.
Habilidade
(Objetivo Cognitivo)
(EMIFCG12)
Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e
sobre seus objetivos presentes e futuros, identificando
aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao
mundo do trabalho, que orientem escolhas, esforços e ações
em relação à sua vida pessoal, profissional e cidadã.
Habilidades Socioemocionais Ética/Valores/Moral Objetivos Específicos
Curiosidade para aprender
Respeito
Responsabilidade
Iniciativa Social
Empatia
Determinação
Organização
Foco
Persistência
Responsabilidade
Assertividade
Autoconfiança
Tolerância à frustração
Tolerância ao Estresse
Confiança
Entusiasmo
Criatividade
Curiosidade
Amor ao aprendizado
Mente aberta
Perspectiva
Inteligência Emocional
Trabalho em Equipe
Perdão
Humildade
Autocontrole
Perseverança
Vitalidade
Gratidão
Esperança
Humor
● Reconhecer pensamentos,
emoções e sentimentos
como parte estruturante
do ser;
● Descrever pensamentos,
emoções e sentimentos
pessoais;
● Identificar a relação entre
pensamento, emoções,
sentimentos e os próprios
comportamentos;
● Praticar o
autogerenciamento do
pensamento, emoções,
sentimentos, para manter
a saúde mental
equilibrada.
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CADERNO DO PROFESSOR - AULAS DE PROJETO DE VIDA
1º ANO DO ENSINO MÉDIO 3º bimestre
Do que vou precisar?
Professor(a), inicie a aula passando o vídeo abaixo em sua turma.
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL: O que é, Benefícios e Como Desenvolver | Daniel Goleman
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=mgGpIMaPAKQ&t=4s
Abra espaço para que a turma coloque o que compreendeu do vídeo, quais foram os
pontos que mais trouxeram reflexões pessoais, e se já tinham ouvido falar sobre a inteligência
emocional.
Peça que deem uma nota para si, de 0 a 10 sobre como estão frente às emoções,
sendo de 0 a 5 inseguros, de 6 a 7 sentem que sabem compreender suas emoções precisando
ser mais constantes no dia a dia, 8 a 10 se consideram bem com essa aprendizagem
diariamente. Realize as suas anotações pessoais.
Professor(a), façaa impressão dos textos do Anexo 18.1 - Textos para a aula. Organize
a turma em grupos e distribua um texto para cada grupo, no mínimo três grupos. Lembrando
que essa é uma sugestão, pois a organização da sala deve ser condizente com sua realidade.
Dê um tempo para a leitura e,após, cada grupo deve apresentar os principais pontos
das matérias lidas. Em seguida vá conduzindo as trocas e aprofundando; abaixo seguem
algumas sugestões de perguntas:
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https://www.youtube.com/watch?v=mgGpIMaPAKQ&t=4s
CADERNO DO PROFESSOR - AULAS DE PROJETO DE VIDA
1º ANO DO ENSINO MÉDIO 3º bimestre
● Vocês acreditam que pensamentos, emoções e saúde mental caminham
juntos?
● Vocês consideram que os pensamentos positivos são responsáveis pela saúde
e os negativos responsáveis pelo sofrimento mental?
● Pensamentos modificam nosso estado afetivo?
● Estados afetivos modificam nossos pensamentos?
● O ambiente pode impactar em nossos pensamentos? E em nossos
comportamentos?
● Vocês consideram importante cuidar da qualidade de nossos pensamentos?
Professor(a), é muito importante que a turma consiga perceber a conexão das
emoções/sentimentos com os pensamentos. E, principalmente, que é uma decisão pessoal
cuidar deles e fazer o autogerenciamento para perceber se esses pensamentos estão
influenciando de forma positiva ou negativa em suas vidas.
Entregue para cada estudante (ou projete) uma cópia do Anexo 18.2 - Flor das
Emoções, para consulta à roda das emoções. No quadro faça a organização da seguinte
estrutura, e oriente que anotem no caderno:
Situação Pensamento Emoção/
Sentimento*
Reação* Consequências
Meu irmão
me dá
ordens.
Que ódio que
tenho quando
ele faz isso!
Parece que sou
sua empregada/
seu empregado!
Raiva
Humilhação
Desrespeitado
(De acordo com a
Roda das Emoções)
Triste
Magoado
Constrangido
(De acordo com a
Roda das Emoções)
Gritar, xingá-lo.
Ficar calado(a),
chorar,
emburrar.
Nossa mãe nos
repreende e nos
coloca de
castigo.
Nosso pai me diz
para reagir e fica
nervoso.
Dei bom dia
para o
porteiro da
escola da
minha irmã
Porque será que
ele não me
respondeu? Mal
educado.
Ele é tão gentil,
hoje foi a
primeira vez que
consegui falar
com ele.
Raiva
Desapontado
Ressentido
Feliz
Satisfação
Liberdade/Felicidade
Fiquei com
expressão
fechada e mal
humorado.
Fiquei bem, me
senti em paz e
fiquei até mais
sorridente.
Agora não olho
mais para ele
nem respondo
quando ele fala
comigo.
Todos os dias nos
cumprimentamo
s e sinto que isso
é o certo a fazer,
ser gentil.
*As respostas acima são duas possibilidades de diversas que podem surgir. Cada estudante terá um tipo
de emoção/ sentimento/ reação, não sendo obrigatoriamente sempre relacionados à Raiva.
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1º ANO DO ENSINO MÉDIO 3º bimestre
Professor(a), você pode montar as cinco colunas e pedir que dêem sugestões de
situações para preenchimento, até mesmo, escrever uma situação que tenha acontecido na
escola, ou na sala.
O desafio maior é lembrar o pensamento (porque acontece de forma automática/
imediata), e aplicar a emoção/ sentimento (porque a proposta é ampliar as possibilidades de
nomeação). Para preencher essa coluna peça que se orientem pela Roda das Emoções. Faça de
três a quatro exemplos. Uma sugestão é que você sinta a turma para fazer as proposições a
serem exploradas na atividade, a fim de estabelecer melhor interação e conexão com o tema.
No Anexo 18.3 - Informações adicionais, segue texto para subsidiar seu preparo, como
também sugerimos que faça uso do material indicado na seção "Para contribuir com suas
reflexões". O exemplo de preenchimento foi apenas para orientar como deve ser feito,
podendo ser alterado/adaptado conforme sua realidade.
ATENÇÃO!
A proposta dessa aula é proporcionar uma experiência de autogestão (Trabalho e
Projeto de Vida) que, além de ser uma habilidade socioemocional, é um pilar da inteligência
emocional para que cada estudante possa construir estratégias pessoais e melhorar a relação
consigo e com o próximo, ganhando assim em saúde mental.
Para finalizar a aula, relacione pontos do vídeo assistido, o material lido em sala e
então proponha à turma que durante a semana eles/elas anotem os próprios pensamentos,
seguindo a estrutura proposta no quadro, que receberá o título de:
Aprendendo a gerenciar meus pensamentos
A depender da realidade da sua turma/escola pode-se combinar que os estudantes criem um
grupo de WhatsApp com esse título, onde ele/ela seja o único membro para facilitar o registro.
As colunas/ comandos do quadro acima podem ser inseridos como uma primeira mensagem
ou mesmo na descrição do grupo.
Professor(a), dialogue com a turma compartilhando que essa prática de anotar
situações positivas e também desafiadoras é muito importante, porque pensamentos
acontecem o tempo todo, independente de sua qualidade.
Esclareça que deverão fazer esse exercício durante toda a semana, utilizando o quadro/
grupo feito em sala para que possam trazer na próxima aula e continuar o autoconhecimento e
as reflexões.
Pergunte qual nota dão para essa aula de 0 a 10, e faça o registro da avaliação da
turma como um todo. Caso você queira, pode utilizar algum recurso como o Meintmeter para
que a turma escreva palavras sobre as próprias emoções/ sentimentos ao participar desta aula,
o que auxiliará muito na sua (re)elaboração para o próximo encontro. Como também, pedir
que escrevam no quadro, criando uma nuvem de palavras para que possa bater uma foto e
compor seus registros.
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1º ANO DO ENSINO MÉDIO 3º bimestre
ARTIGOS:
DANZA, Hanna Cebel. Projetos de vida e educação moral: Um estudo na perspectiva da teoria
dos modelos organizadores do pensamento. 2014. Tese de Doutorado. Universidade de São
Paulo. Disponível em .
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-14102014-112835/en.php. Acesso
em 30 mai. 2023.
BARBIERI, Márcia Regina Forti. Articulação entre Pensamento , emoção e ação na constituição
da humanidade de ser. Disponível em
https://iepapp.unimep.br/biblioteca_digital/pdfs/2006/XDCGSGDYOXDI.pdf. Acesso em 30
mai. 2023.
BASTOS, Ícaro Franca. O papel das inteligências Social e Emocional e dos pensamentos crítico
no desenvolvimento de um indivíduo autônomo. Disponível em
https://mestrados.unit.br/pped/wp-content/uploads/sites/2/2021/10/Disserta%C3%A7%C3%A
3o_%C3%8Dcaro-Franca-Bastos.pdf. Acesso em 30 mai. 2023.
FONSECA, Vitor da. Importância das emoções na aprendizagem: uma abordagem
neuropsicopedagógica. Revista Psicopedagogia, v. 33, n. 102, p. 365-384, 2016. Disponível em
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862016000300014 .
Acesso em 30 mai. 2023.
ARANTES, Valéria Amorim. Afetividade e Cognição: Rompendo a Dicotomia na educação.
Videtur, n. 23, 2002.
VÍDEOS:
Qual a Relação Entre Emoções e Pensamentos?. Momentos Cury. Augusto Cury. Disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=Z98Oi4mCcwE. Acesso em 30 mai. 2023.
SER RACIONAL OU SER EMOCIONAL? O QUE É MELHOR? Guilherme Brockington. Casa do
Saber. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=sW62H2fmoyE. Acesso em 30 mai.
2023.
A EDUCAÇÃO EMOCIONAL. Adriana Foz. Casa do Saber. Disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=D6CREkNHARA. Acesso em 30 mai. 2023.
Você sabe dar nome às suas emoções? Café Filosófico. Disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=jwA4Ubd0Wk0. Access oem 30 mai. 2023.
Alegrias ativas e alegrias passivas: vivemos e pensamos pelos afetos. André Martins. Café
Filosófico CPFL. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=_eR4gTXeyRU. Acesso em
30 mai. 2023.
FILMES
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https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-14102014-112835/en.php
https://iepapp.unimep.br/biblioteca_digital/pdfs/2006/XDCGSGDYOXDI.pdf
https://mestrados.unit.br/pped/wp-content/uploads/sites/2/2021/10/Disserta%C3%A7%C3%A3o_%C3%8Dcaro-Franca-Bastos.pdf
https://mestrados.unit.br/pped/wp-content/uploads/sites/2/2021/10/Disserta%C3%A7%C3%A3o_%C3%8Dcaro-Franca-Bastos.pdf
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862016000300014https://www.youtube.com/watch?v=Z98Oi4mCcwE
https://www.youtube.com/watch?v=sW62H2fmoyE
https://www.youtube.com/watch?v=D6CREkNHARA
https://www.youtube.com/watch?v=jwA4Ubd0Wk0
https://www.youtube.com/watch?v=_eR4gTXeyRU
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1º ANO DO ENSINO MÉDIO 3º bimestre
Série Explicando a Mente. Estados Unidos. 2019.
Divertidamente. Direção: Peter Docter. Estados Unidos. 2015.
Documentário Happy. Direção: Roko Belic. 2011.
A revolução do Altruísmo. Direção: Sylvie Gilman Thierry De Lestrade. França. 2015.
Free the mind. Direção: Phie Ambo. Austrália e outros. 2012.
LIVROS:
FREEMAN, Arthur. DEWOLF, Rose. As 10 bobagens mais comuns que as pessoas inteligentes
cometem e técnicas eficazes para evitá-las. Editora Guarda-Chuva. 2006.
GREENBERGER, Dennis. PADESKY, Christiane A. A mente vencendo o humor. Artmed. 2017.
PINKER, Steven. Do que é feito o Pensamento. Editora Companhia das Letras. 2008.
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1º ANO DO ENSINO MÉDIO 3º bimestre
ANEXO 18.1 - Textos para a aula
TEXTO 1: Pensamento e Saúde mental: existe mesmo essa relação?
A importância dos pensamentos para a “razão” é bem conhecida desde estudos
filosóficos antigos. O filósofo René Descartes decretou a máxima: “penso, logo existo”,
demonstrando a importância que os pensamentos têm para os comportamentos ditos
racionais. A saúde mental, por sua vez, foi por muito tempo associada tanto à racionalidade
quanto à normalidade. Nessas concepções, uma gama de aspectos subjetivos e afetivos
fundamentais ao ser humano foram desconsiderados.
Os estudos sobre os pensamentos, emoções e saúde mental evoluíram. Hoje sabe-se
que estes três elementos caminham de mãos dadas. Então como ocorre essa relação? Seriam
os pensamentos positivos responsáveis pela saúde e os negativos responsáveis pelo sofrimento
mental?
Bem, a relação não é tão simples. Embora muito divulgados pelas mídias populares, os
pensamentos positivos não são tão poderosos assim, a menos que eles sejam baseados em
fatos reais. É fato que pensamentos modificam nosso estado afetivo, assim como estados
afetivos modificam nossos pensamentos. A relação é bidirecional e complexa, pois também
envolve nossa interação com o ambiente – situações que vivenciamos e a forma como as
compreendemos. Além disso, nossa fisiologia também entra em curso, pois um estado de
alteração orgânica – hormonal, por exemplo – pode modificar tanto nossos pensamentos,
quanto nossas emoções e comportamentos.
A saúde mental consiste em um estado de equilíbrio entre todos estes elementos:
pensamentos, emoções, fisiologia, comportamentos e interação ambiental. Você pode estar
pensando: “puxa, que complexo isso”. Sim, de fato é complexo, mas ao longo de nossa vida
desenvolvemos um padrão particular de funcionamento e, então, nosso organismo alia todos
estes elementos automaticamente para conduzir-nos a um estado de equilíbrio.
Porém, muitas vezes saímos deste equilíbrio e então pode ocorrer o sofrimento
psíquico na forma de ansiedade, depressão, dentre outras. Nessas situações vale a pena
examinarmos nossos pensamentos e a forma como estamos percebendo a nós mesmos, aos
outros e às situações em geral, pois percepções distorcidas podem conduzir a emoções
negativas, o que, por sua vez, prejudica nossa interação com o ambiente, podendo dar início a
um processo de sofrimento psíquico.
Uma tarefa útil é você analisar o que está dizendo a si mesmo em situações de estresse
e procurar entender as situações da forma mais realista possível, fugindo de armadilhas de
pensamento, tais como: Acreditar que as situações são piores ou mais difíceis do que de fato
são; Acreditar que algo de ruim aconteceu só porque você estava envolvido na situação ou só
porque pensou sobre coisas ruins; Acreditar que se algo não aconteceu da melhor forma
possível, então não tem valor; etc.
Enfim, com muita frequência essas armadilhas de pensamento ocorrem, tornando
distorcida nossa forma de perceber o ambiente e isto pode ser o desencadeador de um
processo de sofrimento. Por isso, é muito importante cuidarmos da qualidade de nossos
pensamentos se quisermos cuidar de nossa saúde mental.
Fonte: Pensamento e Saúde mental: existe mesmo essa relação? Disponível em
https://encenasaudemental.com/comportamento/insight/pensamentos-e-saude-mental-existe-mesmo-
essa-relacao/ . Acesso em 17 mai. 2023.
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TEXTO 2: Qual a relação entre saúde mental e alimentação?
Você já parou para pensar de que forma a alimentação impacta a saúde mental,
ou se existe alguma relação entre esses fatores? O ditado popular “você é o que você
come” guarda um pouco de verdade! O que nós comemos no dia a dia influencia as
nossas emoções, humor, disposição, qualidade do sono e outras funções do organismo.
Conforme psicólogos, a prática do autocuidado não está limitada às sessões de
terapia, ao controle da ansiedade, à redução do estresse e outras práticas ligadas ao
bem-estar emocional e psicológico. Outros hábitos são necessários para cuidar da saúde
mental, os quais têm relação com múltiplas áreas das nossas vidas. Por isso, a
alimentação não é uma exceção.
Fatores que influenciam a saúde mental
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define saúde mental como um estado de
bem-estar em que o indivíduo tem capacidade de usar as suas competências, se
recuperar do estresse do dia a dia e, ainda, ser produtivo. Então, esse estado de
bem-estar é alcançado através de diversos fatores: prática de exercícios físicos,
relacionamentos saudáveis, sucesso acadêmico, condição financeira favorável, vida
profissional satisfatória, autoestima e boa alimentação.
Quando uma ou mais áreas entram em declínio, as pessoas começam a sentir a
influência do estresse, ansiedade, preocupação e medo nas suas vidas diárias. Por isso, o
estado de bem-estar é abalado e fica vulnerável às condições de saúde mental. Cuidar da
saúde mental é um trabalho contínuo. É preciso prestar atenção às suas emoções e
pensamentos durante todas as fases da sua vida, pois situações diferentes causam
reações únicas.
Por exemplo, você pode subitamente se deparar com um problema profissional
que suga toda a sua energia e alegria. Ou, de uma hora para a outra, a tranquilidade
habitual do seu cotidiano é ameaçada por um desafio jamais enfrentado e combater
emoções e pensamentos negativos que contribuem para o estresse e o desânimo é
essencial para preservar a saúde mental.
Você provavelmente já está cansado de ouvir recomendações para praticar
exercícios físicos e manter uma dieta balanceada. Elas são tão frequentes que as pessoas
às vezes não as levam a sério, nutrindo hábitos nocivos à saúde, mas que proporcionam
satisfação imediata, como beber e fumar. Todavia, essas recomendações são feitas
constantemente por uma razão: proporcionam uma vida saudável, agradável e longa. E,
pode não parecer, mas a qualidade da nossa alimentação influencia muito a nossa saúde
mental.
Qual a relação entre a saúde mental e alimentação?
Diversos estudos identificaram que dietas ocidentais, as quais normalmente são
compostas por altas quantidades de carboidratos, alimentos processados e fast-food
ocasionais, estão associadas a riscos maiores de desenvolver depressão. Em
contrapartida, uma pesquisa publicada na National Library of Medicine revelou que uma
dieta composta por frutas, vegetais, grãos, peixes, azeite de oliva e alimentos
antioxidantes reduz significativamente o risco de depressão.
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CADERNO DO PROFESSOR - AULAS DE PROJETO DE VIDA
1º ANO DO ENSINO MÉDIO 3º bimestre
Possíveis explicações para isso é a produção de serotonina. Os alimentos que
você consome afetam a produção desse neurotransmissor, o qual é responsável por
regular o humor, sono, ritmo cardíaco e apetite. Popularmente, a serotonina é conhecida
como o hormônio da felicidade. O trato gastrointestinal também é capaz de produzir esse
neurotransmissor. De fato, 90% da serotonina presente no organismo é produzidano
intestino.
O cérebro e o intestino estão interligados e as nossas emoções costumam afetar o
funcionamento de ambos. O frio na barriga causado por uma situação inesperada e a
náusea desencadeada pelo estresse são exemplos disso. Quando não nos alimentamos
bem, o intestino não tem capacidade de produzir a quantidade adequada de serotonina.
A falta de serotonina no organismo causa irritabilidade, tristeza, desânimo e
ansiedade, além de insônia e sensibilidade às dores musculares. Um estado emocional
demasiadamente negativo e prolongado é suscetível para o aparecimento de patologias.
Muitos pesquisadores continuam a estudar a relação entre a saúde mental e a
alimentação, mas o que já podemos aproveitar das descobertas existentes é que: a
qualidade da nossa alimentação afeta a nossa saúde mental, embora não seja o único
fator com essa capacidade. Da mesma forma, a deterioração do bem-estar emocional
costuma modificar hábitos alimentares.
A falta de apetite ou a incapacidade de se saciar são sintomas de várias condições
de saúde mental, como ansiedade, pânico, síndrome de burnout, transtorno
obsessivo-compulsivo (TOC), entre outros.
Fonte: Qual a relação entre saúde mental e alimentação? Disponível em
https://www.psicologo.com.br/blog/relacao-entre-saude-mental-e-alimentacao/. Acesso em
17 mai. 2023.
TEXTO 3: Inteligência Emocional: quando os pensamentos nos adoecem
“Como podemos levar inteligência às nossas emoções, civilidade às nossas ruas e envolvimento
à nossa vida comunitária?”. A resposta envolve pensamentos e emoções.
Neste momento de pandemia em que vivemos, as dores físicas e emocionais da humanidade
parecem estar exacerbadas. A pandemia apenas colocou a nu, dirão muitos. No entanto, de
qualquer forma, parece que nunca foi tão importante ter consciência social e saber gerenciar
relacionamentos, como nos dias atuais. Vivemos numa situação de mal-estar civilizatório
(Sigmund Freud, o pai da psicanálise, tem inclusive um texto com esse tema), o aumento
crescente dos índices de violência, de criminalidade, de suicídios e abuso de drogas apontam
como um termômetro de uma vida que parece carecer de sentido.
A correlação entre as questões econômicas, sociais e emocionais parecem aos poucos
se aproximarem. “Nos países desenvolvidos, a tendência é para um individualismo exacerbado,
o que acarreta, consequentemente, uma competitividade cada vez maior – isso pode ser
constatado nos postos de trabalho e no meio universitário. Essa visão de mundo traz consigo o
isolamento e a deterioração das relações sociais. A lenta desintegração da vida em comunidade
e a necessidade de autoafirmação estão acontecendo, paradoxalmente, num momento em que
as pressões econômico-sociais estão a exigir maior cooperação e envolvimento entre os
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https://www.psicologo.com.br/blog/relacao-entre-saude-mental-e-alimentacao/
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indivíduos”, nos lembra Goleman, autor do livro, “Inteligência Emocional – A teoria
revolucionária que redefine o que é ser inteligente”. Título que há cerca de 20 anos é
considerado livro de cabeceira, quando o assunto é o cuidado com as emoções, e que teve
atualizações e reedição recentes.
A importância das aptidões emocionais na nossa vida
Até pouco tempo, a própria psicologia, segundo Goleman, não conhecia muito sobre as
emoções. Foi aos poucos que aptidões chamadas de inteligência emocional, como
autocontrole, zelo, persistência e capacidade de automotivação foram ganhando contornos e
sendo realçada a importância que têm em nossas vidas. Conforme avançam as descobertas de
disciplinas como a psicologia e a neurociência, o homem vai descobrindo coisas como o fato de
que, muito provavelmente (os indícios são muitos fortes), posturas éticas fundamentais na
vida, por exemplo, vêm de aptidões emocionais subjacentes. O que contribui para sermos
pessoas melhores e vivermos melhor.
As pesquisas apontam também que a forma como pensamos (positiva ou
negativamente) ajudam a forjar nossos sentimentos e emoções que por sua vez reforçam nossa
maneira de pensar e agir, criando e/ou reforçando mecanismos em nossos cérebros que
podem nos ajudar ou nos atrapalhar a viver de forma mais saudável ou não em vários aspectos
da vida, principalmente, na forma como nos relacionamos com a gente mesmo, com as
pessoas, com o mundo. Elas forjam nossa visão de mundo e, consequentemente, a forma com
que vivemos, nos ajudando a ser mais ou menos felizes, mais ou menos bem relacionados,
mais ou menos realizados e assim por diante.
Como levar, então, inteligência às emoções e pensamentos?
“Como podemos levar inteligência às nossas emoções, civilidade às nossas ruas e
envolvimento à nossa vida comunitária?”, nos chama a atenção Goleman. Entre outras coisas,
começando por entender que “nossos mais profundos sentimentos, as nossas paixões e
anseios são diretrizes essenciais e que nossa espécie deve grande parte de sua existência à
força que eles emprestam nas questões humanas”. Isso não significa, porém, que não podemos
moldá-los. Pelo contrário, embora a infância e a adolescência sejam a época em que os hábitos
emocionais que irão governar as nossas vidas são modelados, temperamento não é destino.
“Nossa herança genética nos dota de uma série de referenciais que determinam nosso
comportamento, mas os circuitos cerebrais envolvidos são extraordinariamente maleáveis”,
destaca o autor.
Isso significa que podemos educar nossas emoções, nossos pensamentos e a forma
como reagimos à nossa volta, com todas as suas implicações, de maneira que possamos trazer
ganho à nossa vida. O livro vai pontuando como emoções nocivas são danosas para nossa
saúde física, da mesma maneira que fumar é. “Todas as emoções são, em essência, impulsos,
legados pela evolução, para uma ação imediata, para planejamentos instantâneos que visam
lidar com a vida. As pessoas que estão à mercê dos impulsos, aquelas que não têm
autocontrole, acabam por sofrer de deficiência moral”. Isso pode ser contornado quando
compreendemos e educamos nossas emoções.
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Consciência sobre emoções e sentimentos atuam na compreensão da vida
O fato de nos conscientizarmos que os sentimentos são geralmente indispensáveis nas
decisões racionais (que achamos que tomamos), torna mais fácil compreendermos
determinadas situações que vivenciamos e agir de forma mais assertiva. O exemplo claro é o
fato de que “enquanto o mundo muitas vezes nos põe diante de uma gama difícil de opções
(onde aplicar o dinheiro? Com quem casar?), o aprendizado emocional que a vida nos deu
(como a lembrança de um desastroso investimento ou uma separação dolorosa), nos envia
sinais que facilitam a decisão, eliminando, de pronto, algumas opções e privilegiando outras”,
complementa Goleman.
Se o antigo paradigma defendia “um ideal de razão livre do peso da emoção. O novo
paradigma nos exorta a harmonizar cabeça e coração”, afirma Goleman. Todas essas
descobertas nos levam a reforçar o quanto a educação emocional na infância (e também na
fase adulta, seja por terapias ou outros procedimentos paralelos) é fundamental para sermos
funcionais e felizes em nossa vida cotidiana, seja com nossos familiares e amigos, seja no nosso
trabalho.
O principal recado do livro é: as emoções experienciadas nos moldam muito mais do
que julgamos. Elas dão contornos aos nossos pensamentos que dirigem nossas ações que
geram consequências que vão reforçar ou negar aspectos novamente das nossas emoções que
por sua vez vão retroalimentar nossos pensamentos, num círculo infinito se assim o deixarmos.
Fonte: Inteligência Emocional – A teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente,
Daniel Goleman.
Disponível em
https://revistaampla.com.br/inteligencia-emocional-quando-os-pensamentos-nos-adoecem/.
Acesso em 17 mai. 2023.
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https://revistaampla.com.br/inteligencia-emocional-quando-os-pensamentos-nos-adoecem/
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ANEXO 18.2 - A Flor das Emoções
Flor das emoções de
Robert Plutchik
Variação da Flor das emoções
de
Robert Plutchik
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ANEXO 18.3 - Informações Adicionais
Inteligência Emocional
De acordo com a psicologia, inteligência emocional é a capacidade de identificar e lidar
com as emoções e sentimentos pessoais e de outros indivíduos. A primeira referência à
inteligência emocional de que se tem notícia é do século XIX, de autoria do naturalista Charles
Darwin. Tinha muito mais a ver com o instinto de sobrevivência e com a teoria evolucionista de
adaptabilidade do que com o sentido que conhecemos hoje.
Depois, já no século XX, vieram outras ideias como as de inteligência social, que tratava
sobre a capacidade humana de compreender e motivar uns aos outros, e a de inteligências
múltiplas, que abordava os aspectos intra e interpessoais.
Daniel Goleman foi o responsável por popularizar o tema, levando o assunto a diversas
camadas da sociedade, para além da academia. Ao contrário de seus colegas e antecessores, a
linguagem usada por ele é muito mais acessível ao público em geral, facilitando a
compreensão. Segundo Goleman, a capacidade de uma pessoa em lidar com suas emoções é
muito mais importante que a sua competência de processar informações.
O sucesso de uma pessoa, de acordo com o pesquisador, tem 80% a ver com o seu QE,
enquanto o QI é responsável pelos outros 20%.
Dominar sua inteligência emocional significa ser capaz de perceber suas emoções,
saber nomeá-las, entendendo seus gatilhos, para, então, desenvolver formas de lidar com
elas.
O grande desafio é que temos gerações de pessoas que cresceram sendo ensinadas a
nomear tudo como tristeza, alegria, medo e raiva. Assim, se a angústia decorrente de uma
situação de conflito e contradição for taxada como tristeza, será difícil de dominar, pois o
sentimento por trás é mais complexo. Pode até envolver a tristeza, mas não se limita a ela.
Ter consciência das emoções existentes que se pode experimentar permite que você
entenda também quais são os gatilhos de cada uma.
A inteligência emocional possui competências, que estão organizadas em quatro
dimensões conforme a imagem abaixo:
1 Autoconhecimento
2 Gestão da Emoções
3 Adaptabilidade
4 Orientação para a realização, crescimento
5 Otimismo
6 Empatia
7 Consciência organizacional
8 Influência
9 Gestão de conflitos
10 Trabalho em Equipe
11 Liderança Inspiracional
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Quadro de competências da Inteligência Emocional:
Fonte: Adaptado do Curso Inteligência Emocional da Escola Conquer.
Mas porque a Inteligência emocional (IE) é importante?
Quando você tem uma IE bem desenvolvida, a resolução de problemas fica mais
equilibrada. É possível conhecer seus próprios sentimentos e ter uma compreensão mais
acentuada sobre as pessoas ao seu redor. Logo, quando o conflito acontecer, ao ser mais
perceptivo, as emoções não vão influenciar em seu pensamento analítico.
Bons relacionamentos interpessoais, o clima de um lar, na escola, na empresa, nos
ambientes por onde passamos vão refletir como estão o contato entre todos, na forma de se
comunicar, no atendimento a pedidos e outros. As pessoas com IE sabem resolver seus
conflitos sem que a discórdia cause um desequilíbrio no grupo ou influencie nos resultados.
Quando compreendemos nossas emoções, sabemos o porquê delas aparecerem,
reconhecemos o que querem nos dizer e tendemos a não agir de forma impulsiva. Uma pessoa
que tem sua IE bem desenvolvida, em um momento de raiva irá se perguntar:
1. Por que estou com raiva?
2. Por que tal acontecimento despertou esse sentimento em mim?
3. O que posso fazer para controlar essa situação e ser compreensivo comigo e com meu
próximo?
Confira os principais benefícios:
● Aumento da autoestima e autoconfiança;
● Maior resiliência e redução de conflitos em relacionamentos interpessoais;
● Melhor entendimento e direcionamento das emoções;
● Maior senso de autorresponsabilidade;
● Maior compreensão de visão de mundo e empatia pelos sentimentos de outras
pessoas;
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● Maior equilíbrio emocional;
● Maior clareza nos objetivos e ações;
● Diminuição dos níveis de estresse;
● Aumento da qualidade de vida e bem
Como desenvolver?
Além de conhecer como você pensa, realizando um monitoramento você pode:
● Conhecer seus limites
● Expressar seus interesses, receios e necessidades
● Desenvolver a humildade e a empatia
● Praticar Yoga e meditação
● Realizar cursos de inteligência emocional
Fonte:
FIA. Disponível em https://fia.com.br/blog/inteligencia-emocional/. Acesso em 17 mai. 2023
Curso Inteligência Emocional Escola Conquer. Acesso em 17 mai. 2023.
PUC Carreiras. Disponível em
https://carreiras.pucminas.br/qual-a-importancia-da-inteligencia-emocional/. Acesso em 17
mai. 2023.
A Roda das Emoções
A roda de emoções de Plutchik, Psicólogo, é baseada em oito emoções básicas que, em
vários graus e combinações, descrevem todas as outras emoções que uma pessoa
experimenta. As oito emoções incluem raiva, antecipação, alegria, confiança, medo, surpresa,
tristeza e nojo, sendo todas essas emoções definidas por Plutchik como primárias.
Estas 8 emoções básicas possuem variações de estados emocionais (secundárias e
terciárias) de acordo com grau de intensidade e origem. A Roda da Emoção é uma boa
ferramenta para entender nossas emoções e ampliar nosso vocabulário emocional.
Como a roda pode nos ajudar?
● Classificar e identificar as emoções de forma mais clara
● Gerar empatia no entendimento das emoções
● Entender que um sentimento pode desencadear outros
● Identificar expressões emocionais
O modelo da Roda das Emoções, proposto por Dr. Plutchik, defende que as emoções
são ativadas por meio de estímulos específicos, que desencadeiam padrões comportamentais a
partir de novas sensações. Normalmente, são comportamentos de sobrevivência e proteção.
Quando observamos as emoções que estamos sentindo, em um momento específico, é
possível compreender cada uma delas a partir do surgimento de uma emoção inicial. Por
exemplo, a raiva pode surgir pela mágoa e angústia, desequilibrando o ser e despertando
emoções de desgosto e incapacidade.
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https://fia.com.br/blog/inteligencia-emocional/
https://carreiras.pucminas.br/qual-a-importancia-da-inteligencia-emocional/
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O fato é que todas as emoções são importantes para o amadurecimento e crescimento
pessoal. Todos os desafios que são enfrentados no decorrer da vida são válidos pelas
experiências proporcionadas.
Plutchik propôs que essas emoções “básicas” são biologicamente primitivas e têm
evoluído para aumentar a aptidão reprodutiva dos animais. Ele defende estas emoções
mostrando cada gatilho de comportamento com elevado valor de sobrevivência, tais como o
medo que inspira luta ou fuga. Para ele, o conceito de emoção é aplicável a todos os níveis
evolutivos e se aplica a animais, bem como para os seres humanos.
O que você está sentindo?
Essa pergunta, aparentemente simples, muitas vezes é difícil de ser respondida. Uma
reação inesperada de raiva, de choro, um grito, um momento de espanto, podem ser
surpreendentes até para quem experimenta essas sensações.
A roda das emoções pode ser lida da seguinte forma: A união de duas pontas imediatas
da estrela forma a chamada díade, uma dupla primária que resulta em um terceiro sentimento.
Por exemplo: a união da alegria com a confiança dá origem ao amor. Raiva e nojo podem levar
ao desprezo; êxtase e terror tendem à admiração, e por aí vai.
Já no caso em que os sentimentos então em duas pontas entremeadas por uma
terceira, estamos diante da denominada "díade” secundária. Tristeza e raiva resultariam em
inveja. Raiva e alegria juntas podem ser a presença certeira

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