Prévia do material em texto
SISTEMA DE ENSINO URGÊNCIA E EMERGÊNCIA OVACE e PCR Livro Eletrônico 2 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza Sumário OVACE e PCR ..................................................................................................................................... 3 1. Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho (OVACE) ..................................................... 3 1.1. Conceito ...................................................................................................................................... 3 1.2. Causas de Obstrução das Vias Aéreas ................................................................................. 4 1.3. Sinais e Sintomas da OVACE .................................................................................................. 4 1.4. Condutas no Atendimento à Vítima de OVACE ................................................................... 6 1.5. Obstrução das Vias Aéreas em Crianças e Lactentes .................................................... 10 1.7. Atendimento de OVACE no Bebê < 1 Ano .............................................................................12 1.8. Atendimento da OVACE no Ambiente Hospitalar ............................................................ 18 2. Parada Cardiorrespiratória ......................................................................................................19 2.1. Cadeia de Sobrevivência ........................................................................................................19 2.2. Time de Resposta Rápida .....................................................................................................21 2.3. Conceitos e Causas de Parada Cardíaca e Parada Respiratória .................................. 22 2.4. Ritmos Cardíacos de PCR ..................................................................................................... 25 2.5. Diagnóstico de PCR ............................................................................................................... 29 2.6. Atendimento em PCR – Atualizado em Outubro de 2020/American Heart Association ..................................................................................................................................... 30 2.6. Desfibrilador Externo Automático (DEA) .........................................................................44 2.7. Passo a Passo do Atendimento à Vítima de PCR (Manual Samu 2016) ......................46 2.8. Quando Interromper as Manobras de Ressuscitação? .................................................49 2.9. Atendimento de PCR em Crianças ......................................................................................49 2.10. Quadro Resumo – Atendimento à Vítima de PC ..............................................................51 Resumo ............................................................................................................................................ 70 Questões Comentadas em Aula ................................................................................................. 77 Gabarito ........................................................................................................................................... 92 Referências ..................................................................................................................................... 93 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 3 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza OVACE E PCR Olá, amigo(a) concurseiro(a), chegamos no ponto mais importante do bloco de urgência e emergência. Nessa aula, garanto pelo menos uma questão na sua prova. Além disso, há gran- de chance desse tema ser cobrado no estudo de caso. Portanto, peço muita concentração e que anote os detalhes no seu caderno, principalmente com relação aos aspectos que envol- vem os números no atendimento da Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP), pois como sempre falo: onde tem número tem questão! Seguiremos utilizando como referência o Manual do Samu de Suporte Avançado de Vida 2016 e utilizaremos ainda as modificações do atendimento da RCP pelo Guideline da American Heart Association (AHA) de 2020 e alguns detalhes do Guideline de 2015. Siga firme escutando as pessoas que te impulsionam para a vitória. Vamos entender melhor essa temática? E o mais importante, como que ela está sen- do cobrada. 1. ObstruçãO de Vias aéreas pOr COrpO estranhO (OVaCe) Dentro dessa temática, o mais importante é identificar os sinais e sintomas da obstrução total e da parcial, além de identificar o paciente consciente e inconsciente para diferenciar o tipo de conduta no atendimento. Outro detalhe importante é o nome da manobra de desobstru- ção das vias aéreas – Manobra de Heimlich e sua aplicação. 1.1. COnCeitO A Aspiração de Corpo Estranho (ACE) também chamada de Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho (OVACE) é um acidente grave e pode ser fatal. Essa obstrução pode ocorrer em qualquer fase da vida, mas ocorre com mais frequência em crianças. O diagnóstico precoce da ACE é fundamental, pois o retardo no seu reconhecimento e tratamento pode incorrer em sequela definitiva ou dano fatal. Lembre-se! Obs.: � OVACE é mais comum em crianças. Para que ocorra a hematose (troca gasosa) nos alvéolos é necessário o funcionamento adequado do sistema de ventilação e também a passagem de sangue pelos capilares em volta dos alvéolos. Observe que quando há obstrução de vias aéreas há impedimento da ventilação, que pode ser total ou parcial. A OVACE pode ser total ou parcial. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 4 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza 1.2. Causas de ObstruçãO das Vias aéreas As causas da OVACE podem ser: • INTRÍNSECAS (dentro do nosso corpo como o relaxamento da língua); ou • EXTRÍNSECAS (engasgos com alimentos). Causas de OVACE 1.3. sinais e sintOmas da OVaCe Para reconhecer uma OVACE é necessário diferenciar os sinais e os sintomas em adultos e crianças. Em adultos (e crianças>1ano): início súbito de dificuldade respiratória, tosse, náuseas, ru- ídos respiratórios incomuns, palidez, cianose labial, dificuldade ou até incapacidade de falar, aumento da dificuldade para respirar e sinal universal do engasgo (levar as mãos ao pescoço). Observe na imagem abaixo o sinal universal do engasgo: Fonte: http://www.dinizk9.com.br/2010/08/o-que-fazer-quando-alguem-engasgar.html O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br http://www.dinizk9.com.br/2010/08/o-que-fazer-quando-alguem-engasgar.html 5 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza Em bebês os sinais serão: • ≤ 1 ano consciente com obstrução parcial será observado choro fraco ou não chora; • cianose de extremidades; • dificuldade de expandir o tórax; • ansiedade/agitação. 001. (IBFC/EBSERH/2013) A asfixia consiste na obstrução mecânica das vias aéreas. São sinais e sintomas da asfixia: a) Pele fria, calor intenso, falta de sangue arterial. b) Sangramento interno, pressão alta,febre intensa. c) Incapacidade de falar, Respiração difícil e barulhenta. Gestos de sufocação. d) Suor frio, perda de sangue, queimadura superficial. Não são sinais de OVACE: pele fria, calor intenso, falta de sangue arterial, sangramento, pres- são alta, febre, suor frio, perda de sangue, queimadura. Letra c. 002. (CONSULPLAN/TRF-2/2017) “Criança chega ao serviço de saúde com estridor laríngeo. A mãe relata que a criança estava brincando antes de apresentar dispneia e ficar chorosa.” Trata-se de qual acidente? a) Maus-tratos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 6 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza b) Trauma doméstico. c) Obstrução de vias áreas. d) Processo alérgico grave. Observe que há sinais de alteração respiratória com a manifestação do estridor laríngeo e a dispneia manifestando o diagnóstico de OVACE. Letra c. 1.4. COndutas nO atendimentO à Vítima de OVaCe Para detalhar o nosso atendimento à vítima de OVACE, vamos utilizar o manual de protoco- los de Suporte Avançado de Vida do Samu – Ministério da Saúde, revisado em 2016. Acompanhe comigo! Esse material afirma que devemos suspeitar de OVACE quando percebido a tosse, sinais de sufocação ou presenciarmos o engasgo. Com relação à conduta inicial, será necessário avaliar a gravidade do contexto podendo a obstrução ser leve ou grave e essa definição é importante para definirmos as próximas condutas. Obs.: � Reconhecer a situação: tosse, sinal universal do engasgo ou presenciar o engasgo. 1. Avaliar a Severidade • obstrução leve: paciente capaz de responder se está engasgado. Consegue tossir, falar e respirar; e • obstrução grave: paciente consciente de que não consegue falar. Pode não respirar ou apresentar respiração ruidosa, tosse silenciosa e/ou inconsciência. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 7 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza Após a análise inicial separaremos as condutas diante da situação que encontramos: A depender do que foi encontrado iniciaremos as condutas específicas, tudo bem? 2. Considerar Abordagem Específica a) Obstrução leve em paciente responsivo: • não realizar manobras de desobstrução; • acalmar o paciente; • incentivar tosse vigorosa; • monitorar e suporte de O2, se necessário; • observar atenta e constantemente. Se o paciente não melhorar e/ou evoluir para obstrução grave, você deve mudar a conduta e executar a manobra de Heimlich. b) Obstrução grave em paciente responsivo: executar a manobra de Heimlich, conforme a análise da imagem abaixo e descrição da técnica a seguir. Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia Essa parte é a mais importante dentro da temática de OVACE. Vamos descrever o procedimento da manobra de Heimlich: • posicionar-se por trás do paciente, com seus braços à altura da crista ilíaca; • posicionar uma das mãos fechadas, com a face do polegar encostada na parede abdo- minal, entre apêndice xifoide e a cicatriz umbilical; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 8 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza • com a outra mão espalmada sobre a primeira, comprimir o abdome em movimentos rápidos, direcionados para dentro e para cima (em J); e • repetir a manobra até a desobstrução ou o paciente tornar-se não responsivo. Obs.: � Importante! � Manobra de desobstrução de vias aéreas em obesos e gestantes � Em caso de pacientes obesas e gestantes no último trimestre, realize as compressões sobre o esterno (linha intermamilar) e não sobre o abdome. � Comprima até que o objeto seja expelido das vias aéreas ou o paciente fique incons- ciente. Nesse caso, apoie o paciente prevenindo queda e inicie RCP. Obs.: � Fonte: http://pergunteparaaenfermeira.blogspot.com.br/2007/01/manobra-de-heimlich.html c) Obstrução grave em paciente irresponsivo: • posicionar o paciente em decúbito dorsal em uma superfície rígida; • diante de irresponsividade e ausência de respiração com pulso, executar compressões torácicas com objetivo de remoção do corpo estranho; • abrir vias aéreas, visualizar a cavidade oral e remover o corpo estranho, se visível e al- cançável (com dedos ou pinça); • se nada encontrado, realizar 1 insuflação e se o ar não passar ou o tórax não expandir, reposicionar a cabeça e insuflar novamente; e • considerar o transporte imediato mantendo as manobras básicas de desobstrução. Estar atento à ocorrência de PR (Parada Respiratória) ou PCR (Parada Cardiorrespiratória). Obs.: � Abertura da boca varredura digital � A varredura digital às cegas pode provocar lesões na boca e na garganta do paciente ou no dedo do socorrista, sem evidências de eficácia. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br http://pergunteparaaenfermeira.blogspot.com.br/2007/01/manobra-de-heimlich.html 9 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza Vamos resumir? Vamos relembrar as técnicas de abertura das vias aéreas verificadas na aula de avalia- ção primária? a) Manobra de inclinação da cabeça com elevação do queixo: b) Manobra de tração da mandíbula: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 10 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza 1.5. ObstruçãO das Vias aéreas em Crianças e LaCtentes A desobstrução de vias aéreas em crianças é diferente do adulto e também aparece nas provas. Dessa forma, vamos entender alguns aspectos importantes do atendimento à vítima pediátrica com OVACE. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), qualquer material pode se tornar um CE no sistema respiratório, e a maior suspeita de que o acidente ocorreu é a situação de engasgo. Isto ocorre quando a criança está comendo, ou quando está com um objeto na boca, habitual- mente peças pequenas de brinquedos. Ainda segundo a mesma fonte citada, no Brasil, o material mais relacionado a óbito ime- diato por asfixia é o sintético, como balões de borracha, estruturas esféricas, sólidas ou não, como bola de vidro e brinquedos. 1.6. Atendimento de OVACE na Criança > 1 ano Vamos dividir o atendimento da criança e do lactente seguindo o protocolo do Samu 2016. 1. Avaliar a Gravidade • obstrução leve: paciente capaz de responder se está engasgado. Consegue tossir, emitir alguns sons e respirar; • obstrução grave: paciente apresenta início súbito de grave dificuldade respiratória; não consegue tossir ou emitir qualquer som (tosse silenciosa); pode apresentar o sinal de angústia (sinal universal de asfixia). Obs.: � Esse sinal já foi abordado no inícioda nossa aula que é colocar a mão na garganta. 2. Considerar Abordagem Específica a) Obstrução leve em criança responsiva: não realizar manobras de desobstrução; acalmar o paciente; incentivar tosse vigorosa; observar atenta e constantemente; se evoluir para obstrução grave Executar a manobra de Heimlich. b) Obstrução grave em criança responsiva: • Executar a manobra de Heimlich, conforme descrito a seguir: − abaixar-se, posicionando-se atrás do paciente com os braços à altura da crista ilíaca; Obs.: � É importante está na altura da criança e controlar a força a ser aplicada que será menor que no atendimento ao adulto. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 11 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza − fechar uma das mãos em punho e posicioná-la no abdome do paciente, na linha mé- dia, acima do umbigo, com o polegar voltado para o abdome; − com a outra mão espalmada sobre a primeira, comprimir o abdome em movimentos rápidos, direcionados para dentro e para cima (em J); − repetir a manobra até a desobstrução ou o paciente tornar-se irresponsivo. − após a expulsão do corpo estranho, realizar a avaliação primária e oferecer oxigênio por máscara, se necessário. c) Obstrução grave em criança irresponsiva: • se a criança se tornar irresponsiva, o profissional deve interromper a manobra de Heimli- ch e iniciar manobras de ressuscitação cardiopulmonar; • posicionar o paciente em decúbito dorsal em uma superfície rígida; • iniciar manobras aplicando inicialmente 30 compressões torácicas com o objetivo de expelir o corpo estranho; • abrir vias aéreas e, antes de ventilar, inspecionar a cavidade oral e remover o corpo es- tranho, se visível e facilmente alcançável (com os dedos ou pinça); • caso nada seja encontrado, realizar uma insuflação com dispositivo bolsa-valva-más- cara; se o ar não passar ou o tórax não expandir, reposicionar a cabeça e insuflar nova- mente; • se ainda assim o ar não passar ou o tórax não expandir, realizar 30 compressões torá- cicas (um profissional) ou 15 compressões (dois profissionais) e inspecionar cavidade oral; • caso não haja sucesso, pode-se tentar a visualização direta por laringoscopia e a remo- ção do objeto com a utilização da pinça de Magill, se disponível; • na ausência de sucesso, repetir ciclos de compressões e ventilações; • se necessário, realizar cricotireoidostomia por punção e ventilação transtraqueal; • considerar o transporte imediato, mantendo as manobras básicas de reanimação; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 12 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza • se o objeto for expelido e ocorrer a passagem do ar (tórax expandir), realizar a avaliação primária e oferecer oxigênio; • na ausência de responsividade e de movimentos respiratórios, palpar pulso. 3. Atentar para Ocorrência de Parada Cardiorrespiratória Obs.: � Observações importantes! � Obs. 1: Não realizar a varredura digital às cegas para a localização e retirada de corpo estranho. � Obs. 2: não se deve realizar cricotireoidostomia cirúrgica em bebês e crianças. � Na criança <10 anos a cartilagem cricoidea é um dos poucos suportes anatômicos da porção alta da traqueia e há risco de lesão das cordas vocais. Dessa forma, a cricoti- reoidostomia nas crianças só poderá ser feita pela técnica de punção. 1.7. atendimentO de OVaCe nO bebê < 1 anO A grande diferença consiste no atendimento do lactente (<1ano) e veremos essa con- duta agora. Os sinais descritos abaixo indicam uma obstrução das vias aéreas em lactentes: Nossa conduta depende inicialmente de classificar a situação em leve ou grave. Vamos se- guir o passo a passo do manual de suporte avançado do Samu conforme detalhamento abaixo: 1. Avaliar a Gravidade • obstrução leve: paciente consegue tossir, emitir alguns sons e respirar; • obstrução grave: paciente apresenta início súbito de grave dificuldade respiratória; não consegue tossir ou emitir qualquer som (choro ou tosse silenciosos). 2. Considerar abordagem específica a) Obstrução leve em bebê responsivo: • não realizar manobras de desobstrução; • acalmar o paciente; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 13 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza • permitir tosse vigorosa; • observar atenta e constantemente; • se evoluir para obstrução grave: manobras de desobstrução. b) Obstrução grave em bebê responsivo: • Executar as manobras de desobstrução, conforme descrito a seguir: − o profissional deve sentar-se para realizar a manobra; − posicionar o bebê em decúbito ventral sobre o antebraço do profissional, que deve apoiar a região mentoniana do bebê com os dedos em fúrcula; − apoiar o antebraço que suporta o bebê sobre sua coxa, mantendo a cabeça em nível discretamente inferior ao tórax; Aplicar ciclos repetidos de cinco golpes no dorso (entre as escápulas e com o calcanhar da mão), seguidos de cinco compressões torácicas logo abaixo da linha intermamilar, até que o objeto seja eliminado. Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria. Disponível em: http://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/aspira- cao-de-corpo-estranho/ Obs.: � Decore isso: 5 golpes no dorso e 5 compressões torácicas! � Lembre-se, onde tem número tem questão😊 � O socorrista repetirá essa sequência, até que o objeto seja expulso ou a vítima fique inconsciente. c) Obstrução grave em bebê irresponsivo: • se o bebê se tornar irresponsivo, o profissional deve parar de aplicar golpes no dorso e, imediatamente, iniciar manobras de ressuscitação cardiopulmonar; • posicionar o paciente em decúbito dorsal em uma superfície rígida; • iniciar as manobras aplicando inicialmente 30 compressões torácicas sobre o esterno, logo abaixo da linha intermamilar, com o objetivo de expelir o corpo estranho; • abrir vias aéreas e, antes de ventilar, inspecionar a cavidade oral e remover o corpo es- tranho, se visível e facilmente alcançável (com os dedos ou pinça); O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br http://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/aspiracao-de-corpo-estranho/ http://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/aspiracao-de-corpo-estranho/ 14 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza Lembrar sempre de inspecionar a cavidade oral antes de cada ventilação, durante as ma- nobras básicas. • não realizar a varredura digital às cegas para a localização e retirada de corpo estranho. • caso nada seja encontrado, realizar uma insuflação com dispositivo bomba-válvula- -máscara; se o ar não passar ou o tórax não expandir, reposicionar a cabeça e insuflar novamente; • se ainda assim o ar não passar ou o tórax não expandir, realizar 30 compressões torá- cicas (um profissional) ou 15 compressões (dois profissionais) e inspecionar cavidade oral; • caso não haja sucesso, pode-setentar a visualização direta por laringoscopia e a remo- ção do objeto com a utilização da pinça de Magill, se disponível; • na ausência de sucesso, repetir ciclos de compressões e ventilações; • se necessário, realizar cricotireoidostomia por punção e ventilação transtraqueal; • considerar o transporte imediato, mantendo as manobras básicas de reanimação; • se o objeto for expelido e ocorrer a passagem do ar (tórax expandir), realizar a avaliação primária e oferecer oxigênio; • na ausência de responsividade e de movimentos respiratórios, palpar pulso. 3. Atentar para Ocorrência de Parada Cardiorrespiratória Vamos esquematizar? O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 15 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza Resumo Desobstrução das Vias Aéreas no Lactente Primeiramente deve-se inspecionar a cavidade oral, se visível e alcançável, retirar o objeto com movimento de pinça; caso contrário, realizar 5 golpes (tapas) no dorso (entre as escápu- las) tapas moderados, e cinco compressões torácicas, 1 cm abaixo da linha intermamilar, con- tinuar o procedimento até a saída do objeto ou até a inconsciência. Não procurar o objeto às cegas a fim de evitar lesão no paciente e agravamento do quadro. 003. (CESPE/TRT-8ª REGIÃO/2013) A obstrução das vias aéreas ocorre em situações em que há um bloqueio total ou parcial na passagem do fluxo de ar até os alvéolos pulmonares. Com relação a esse tema, assinale a opção correta a) Para desobstrução de via aérea obstruída por corpo estranho em lactentes irresponsivos, devem-se realizar dez compressões torácicas, seguidas de dez golpes nas costas. b) Se um indivíduo adulto ficar inconsciente, em decorrência de obstrução das vias aéreas por corpo estranho, o profissional da saúde deve checar seus pulsos e iniciar, imediatamente, a ressuscitação cardiopulmonar. c) Estando a vítima com obstrução grave das vias aéreas por corpo estranho consciente, po- de-se utilizar a manobra de Heimlich, com o objetivo de criar uma tosse artificial e provocar a expulsão do corpo estranho. d) A obstrução das vias aéreas pode decorrer de causas intrínsecas como aspiração de ali- mentos, conhecida como broncoaspiração. e) Os sinais clássicos de obstruções de vias aéreas leves incluem tosse silenciosa, cianose e incapacidade de falar. a) Errada. O procedimento deve ser: aplicar 5 golpes dorsais, mão espalmada entre as escápu- las do lactente e depois as compressões torácicas. b) Errada. A alternativa informa que foi verificado o pulso, porém não informa que ele está ausente para que sejam iniciadas as manobras de PCR. Além disso, é necessário abrir as vias aéreas e se visível remover o corpo estranho. c) Certa. Em pacientes conscientes e com OVACE deve-se utilizar a manobra de Heimlich obje- tivando criar uma tosse artificial e provocar a expulsão do corpo estranho. d) Errada. Quando a causa da obstrução é alimento será extrínseco, será considerado intrínse- co quando a causa for queda da língua e edema de vias aéreas. e) Errada. Esses sinais da letra E não são de obstrução leve, e sim obstrução grave. Letra c. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 16 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza 004. (FCC/DPE-RS/2013) Ocorreu um caso de obstrução total de vias aéreas por alimento em indivíduo adulto consciente. Nessa situação, a manobra indicada para desobstrução das vias aéreas é denominada a) Heimlich. b) Vagal. c) Ortolani. d) Giordano. e) Valsalva A Manobra de Heimlich é o melhor método pré-hospitalar de desobstrução das vias aéreas su- periores por corpo estranho. Essa manobra induz uma tosse artificial, que deve expelir o objeto da traqueia da vítima. Letra a. 005. (CESPE/MPU/2013) Julgue o item seguinte, referente ao atendimento em situações de urgência e emergência. Uma das grandes causas de dispneia, sobretudo em crianças, é a obstrução por corpo estra- nho. Nessa situação, a manobra de Heimlich pode ser aplicada para desobstruir a via aérea do paciente. A questão está correta, pois crianças maiores de 1 ano podem ser submetidas a manobra de Heimlich para desobstrução das vias aéreas. Deve-se lembrar que esta manobra é contraindi- cada para lactentes (menores<1 ano). Certo. 006. (CONTEMAX/COREN-PB/2014) Um lactente hospitalizado, com idade de sete meses de vida, após ser alimentado, foi colocado no berço pela sua genitora, passado alguns minutos, ela começa a gritar solicitando ajuda. Ao observar o desespero da genitora a enfermeira de plantão corre para socorrer e observa restos alimentares e desconforto respiratório associado à cianose. A conduta da enfermeira foi: a) Realizar a manobra de Heimlich que consiste em compressões abdominais diafragmáticas. b) Colocar o lactente em posição lateral de segurança. c) Colocar a cânula orofaríngea para evitar mais obstrução de vias aéreas e solicitar o parecer do otorrinolaringologista para uma broncoscopia. d) Dar golpes no dorso e fazer compressões torácicas. e) Realizar varredura da orofaríngea às cegas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 17 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza a) Errada. Em lactentes é contraindicado fazer a manobra de Heimlich. Neste caso deve-se aplicar 5 golpes no dorso, seguido de 5 compressões torácicas até a expulsão do objeto. b) Errada. Para descrever a posição de socorro para o lactente utilizaremos o detalhamento do Manual de Primeiros Socorros do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF), con- fira comigo: • 1. O socorrista deverá apoiar o lactente em seu antebraço com o rosto voltado para bai- xo, e sustentar a cabeça ligeiramente mais baixa que o tórax, com cuidado para evitar a compressão de partes moles da garganta do lactente. O socorrista deverá apoiar o seu braço sobre sua coxa, garantindo uma maior estabilidade para o lactente. • 2. Com a mão espalmada, aplicará 5 golpes dorsais, entre as escápulas do lactente. Fonte: CBMDF c) Errada. Deve-se iniciar os cuidados emergenciais de desobstrução de vias aéreas e não aguardar avaliação do otorrinolaringologista. e) Errada. A varredura às cegas é contraindicada a fim de evitar lesões no paciente e agrava- mento da situação. Letra d. 007. (VUNESP/TJ-SP/2015) Confirmada obstrução das vias aéreas por corpo estranho (OVA- CE), o procedimento para desobstrução em um adulto consciente é: a) bater duas ou mais vezes nas costas até a desobstrução total. b) deitar a vítima e iniciar as manobras de compressão abdominal. c) posicionar-se por detrás da vítima e iniciar as manobras de compressão abdominal. d) posicionar-se na parte anterior e bater nas costas até a desobstrução. e) realizar manobras de compressão nas costas com a vítima deitada. a) Errada. O procedimento em adultos quando há OVACE deve-se iniciar com a manobra de Heimlich. O golpe das costas deve ser aplicado em lactentes e em número de 5. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilizaçãocivil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 18 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza b) Errada. Como o paciente está consciente o correto é fazer o procedimento da manobra de Heimlich com o paciente em pé, conforme verifica-se na letra C e na imagem abaixo: d) Errada. O posicionamento do socorrista deve ser atrás do paciente e não na frente como afirma a questão. e) Errada. As compressões são abdominais e com o paciente de pé, pois está consciente. Letra c. 008. (FCC/TRT-20ª REGIÃO/2016) O enfermeiro está no refeitório do hospital e repentinamen- te verifica um homem com quadro clínico compatível com obstrução de vias aéreas por corpo estranho em vítima consciente. Um procedimento indicado a ser realizado pelo enfermeiro é a) deitar a vítima e aplicar duas compressões torácicas, abrir a via aérea e realizar a tração da língua com varredura digital. b) posicionar a vítima em decúbito ventral apoiada em sua coxa com a cabeça em nível inferior ao tórax e desferir três compressões na região dorsal da vítima. c) colocar o seu punho fechado abaixo do apêndice xifoide da vítima e aplicar compressões abdominais rápidas, com movimentos ascendentes até que objeto seja expelido. d) manter a vítima em decúbito dorsal em superfície rígida, abrir a via aérea e aplicar duas ven- tilações para melhorar a oxigenação. e) com a vítima em pé, fazer a varredura digital na cavidade oral e se não conseguir retirar, des- ferir três compressões na região precordial. A alternativa C descreve a técnica da manobra de Heimlich, que é a indicada para paciente consciente. Letra c. 1.8. atendimentO da OVaCe nO ambiente hOspitaLar No ambiente hospitalar o diagnóstico de OVACE é estabelecido com radiografias sim- ples quando o objeto é radiopaco, mas a maioria dos corpos estranhos aspirados não são radiopacos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 19 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza No ambiente hospitalar a broncoscopia é utilizada para fazer o diagnóstico preciso e resol- ver o problema por meio da remoção desse coro estranho. Obs.: � A broncoscopia é considerada o procedimento padrão ouro no diagnóstico e tratamen- to da OVACE. Para evitar a OVACE a prevenção deve ser o foco e nesse quesito inclui a orientação aos pais sobre o fornecimento de alimentos de tamanho e textura apropriados, com base na ca- pacidade do paciente de mastigar e engolir, assim como não oferecer brinquedos pequenos e que soltem peças. Vejamos mais algumas questões sobre esse assunto: 009. (FGV/TJ-SC/2018) Diante de uma situação em que uma criança (responsiva) apresenta início súbito de grave dificuldade respiratória, sinal de angústia e não consegue tossir ou emitir qualquer som (tosse silenciosa), o profissional de saúde deve: a) estimular a tosse vigorosa; b) realizar ventilação mecânica; c) orientar manobra de Valsalva; d) manter a criança em observação; e) executar a manobra de Heimlich. As palavras chaves para indicar a manobra de Heimlich são: consciente e grave. Letra e. Enfim, terminamos o atendimento das vítimas com OVACE, seguiremos para o próximo tema: o atendimento à vítima com Parada Cardiorrespiratória, o assunto queridinho. 2. parada CardiOrrespiratória Ao analisarmos este tema, utilizaremos as últimas atualizações de outubro 2020 da Ame- rican Heart Association (AHA) para Ressuscitação cardiopulmonar (RCP) e Atendimento Car- diovascular de Emergência (ACE). Além disso, utilizaremos o protocolo do Samu 2016. As bancas de concursos gostam muito de atualizações, então fique ligado nessas mudan- ças, porque estão em todas as provas. 2.1. Cadeia de sObreViVênCia Em 2015 houve a divisão da cadeia de sobrevivência para o ambiente intra e extra-hospita- lar. Em 2020, a cadeia de sobrevivência ganhou mais 1 elo (recuperação). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 20 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza A separação das cadeias de sobrevivência do ambiente hospitalar (PCRIH) e nas PCR ex- tra-hospitalar (PCRPH) deve-se às diferenças da estrutura e dos processos dos atendimentos em PCR nesses ambientes (hospitalar e extra-hospitalar). Vamos analisar a imagem da separação dessas cadeias? Fonte: American Heart Association, 2020 Veja como caiu na prova! 010. (FEPESE/2020/PREF. DE CORONEL FREITAS-SC/ADAPTADA) A Cadeia de Sobrevivên- cia é composta por elos, de igual importância, que traduzem o conjunto de procedimentos vitais para recuperar uma vítima de parada cardiorrespiratória (PCR) no ambiente extra-hospitalar. Assinale a alternativa que indica a sequência correta, em ordem cronológica, dessa cadeia. a) Reconhecimento e acionamento do serviço médico de emergência, RCP imediata de alta qualidade, rápida desfibrilação, suporte avançado de vida, cuidados pós-PCR e recuperação. b) Identificação da PCR e pedir ajuda, ventilações de alta eficiência até a chegada do desfibrila- dor automático, realizar desfibrilação se indicada, atuação do serviço de atendimento médico. c) RCP imediata de alta qualidade, rápida desfibrilação e acionamento do serviço médico de emergência. d) Ventilações de alta eficiência até a chegada do desfibrilador automático, acionamento do serviço médico de emergência, RCP imediata de alta qualidade, rápida desfibrilação, suporte avançado de vida e cuidados pós-PCR. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 21 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza e) Reconhecimento PCR, RCP imediata de alta qualidade, ventilações de alta eficiência, rápida desfibrilação, acionamento do serviço médico de emergência, suporte avançado de vida. Observe que a cadeia de sobrevivência leva em consideração a necessidade de vigiar o pacien- te que tem risco de evoluir com PCR. As alternativas A e C já iniciaram de forma errada sem incluir a vigilância. Pela atualização de 2020 foi necessário adaptar a questão para incluir o 6º ELO. Letra a. 2.2. time de respOsta rápida Para os pacientes adultos o time de resposta rápida (TRR) ou times de emergência médica (TEM) podem ser eficazes na redução de incidência de PCR, principalmente nos setores de cui- dados gerais. Nos setores que atendam crianças graves também é necessário instituir esses grupos. É recomendável o uso de sistemas de sinais de alertas iniciais nos setores de adultos e crianças. Essa equipe pode ser composta por diversos profissionais como médicos, enfermeiros e fisioterapeutas, que são treinados para atuar numa RCP e que devem ser acionados quando ocorre uma PCR no ambiente hospitalar. Esse time traz medicamentos e equipamentos de emergência. A uma nítida vantagem em ter equipes treinadas na complexa coreografia da ressuscitação. No hospital Sarah onde trabalhei por 8 anos já existe esse tipo de equipe, é chamada de equipe ELO, quando ocorre uma PCR em uma unidade de internação a equipe do setor liga para a equipe ELO e inicia as condutas de suporte básico. Ao chegar essa equipe assume o atendi- mento com mais propriedade e com os equipamentospara o suporte avançado. Vamos praticar! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 22 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza 011. (IBFC/SES-PR/2016) De acordo com as Diretrizes da American Heart Association, é correto afirmar que a cadeia de sobrevivência de Parada Cardiorrespiratória Extra Hospitalar (PCREH) para socorristas leigos deve ser iniciada a sequência por: a) Desfibrilação imediata. b) Vigilância e prevenção. c) Reanimação Cardiopulmonar imediata de qualidade. d) Reconhecimento e acionamento do serviço médico de emergência. Observe que no atendimento extra-hospitalar é necessário reconhecer a PCR e na sequência instituir as compressões, porém caso haja um DEA o socorrista pode utilizá-lo assim que esti- ver disponível. Letra d. 2.3. COnCeitOs e Causas de parada CardíaCa e parada respiratória Antes de continuar falando das alterações das diretrizes de 2020, vamos entender a Para- da Cardiorrespiratória (PCR) e a sequência do atendimento a um paciente com PCR? O paciente em PCR apresenta-se irresponsivo ao estímulo, com respiração agônica ou au- sente, sem pulso central palpável. Sinais de PCR A PCR é a situação de maior gravidade e que deve ter atendimento imediato. O nosso cor- po precisa de oxigênio para funcionar e se não for reestabelecido a circulação o paciente irá a óbito em minutos. Portanto a oxigenação tecidual deve ser prontamente estabelecida. O maior objetivo do nosso atendimento é evitar a hipóxia (redução da oxigenação do sangue e tecidos) e anóxia cerebral (ausência de O2 no cérebro), isso porque o cérebro não suporta mais de três minutos sem oxigênio, dando início a isquemia e danos imprevisíveis o que, teoricamente, após dez minutos ou menos podem surgir os sinais de morte encefálica. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 23 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza A medida imediata é iniciar as Manobras de Reanimação Cardiopulmonar, restabelecendo à circulação e oxigenação. É importante diferenciar a parada cardíaca da respiratória, mesmo sabendo que pelo elo de ligação entre o sistema cardíaco e respiratório fará com que uma situação pode leva o apareci- mento da outra, por exemplo um indivíduo em parada respiratória se não revertida a ventilação logo terá uma parada cardíaca associada. Diferenciando os Conceitos de Parada Respiratória e Cardíaca A grande diferença está na presença do pulso central na parada respiratória. Enquanto na parada cardíaca esse está ausente. As paradas respiratórias podem acontecer quando há alterações em qualquer dos siste- mas necessários para manter a ventilação, vamos lembrar deles: 1. o sistema nervoso envia o estímulo respiratório – um trauma craniano ou tumor cerebral podem ser responsáveis por parada respiratória; 2. o sistema muscular participa ativamente da respiração por meio do músculo diafrag- ma e intercostais, caso haja ausência de contração dessa musculatura como na síndrome Guillain–Barré (SGB) ocorrerá a parada respiratória; 3. o pulmão precisa estar integro para que ocorra a ventilação, se houver lesão pulmonar poderá evoluir para a PR; 4. as vias aéreas precisam estar livres para a passagem do ar, caso haja obstrução de vias aéreas, o paciente evolui com PR; 5. dentre outras causas conforme alterações dos elos do sistema respiratório, conforme imagem abaixo: Fonte: https://xlung.net/manual-de-vm/insuficiencia-respiratoria-aguda O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br https://xlung.net/manual-de-vm/insuficiencia-respiratoria-aguda 24 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza Na prática clínica, costumamos ter algumas causas de PCR por meio de um mnemônico 5Hs e 5Ts. Possíveis causas em todas as modalidades de PCR (AHA 2020): 5H • Hipóxia; • Hipovolemia; • hidrogênio (acidose); • hiper/hipocalemia; • hipotermia. 5T • tensão no tórax (pneumotórax hipertensivo); • tamponamento cardíaco; • tóxicos; • trombose coronária (infarto agudo do miocárdio); • tromboembolismo pulmonar. Mediante todas essas causas detectadas nas tabelas acima o resultado será as alterações elétricas do ritmo de condução no coração, denominada de arritmias. O nosso coração possui a capacidade de autoexcitabilidade (iniciar atividade elétrica) diferente de todas as outras cé- lulas do nosso corpo. Por meio do nó sinusal (localizado no átrio direito) o estímulo elétrico é enviado para o ventrículo percorrendo um caminho de excitação (nó sinusal, nó atrioventricular, feixe de His e fibras de Purkinje) e na sequência da ativação ELÉTRICA, ocorre a atividade MECÂNICA que é a contração cardíaca o que faz o coração bombear sangue para o corpo. Quando essa atividade elétrica não está compassada com a atividade mecânica, ou quan- do ele não funciona ocorre a parada cardíaca e o coração não consegue efetuar sua função de bombear sangue para o corpo. Esse descompasso elétrico ou mesmo ausência de atividade elétrica são denominados de arritmias, que são causas de PCR. Existem 4 ritmos de parada cardíaca identificáveis por meio da monitorização cardíaca. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 25 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza 2.4. ritmOs CardíaCOs de pCr As arritmias ventriculares Fibrilação Ventricular (FV) e Taquicardia Ventricular são classi- ficadas como graves e podem ser revertidas com a desfibrilação. Por outro lado, a Assistolia (ausência de atividade elétrica) refere-se a parada da contração miocárdica e, sem dúvida, é a mais grave forma de atendimento não melhorando com a desfibrilação. Vamos detalhar esses ritmos de parada? 1. Fibrilação ventricular: é uma desorganização entre a atividade elétrica e a atividade me- cânica, resulta em atividade ineficiente do coração que não consegue manter um rendimento de volume sanguíneo adequado. O tratamento nesse tipo de arritmia é a desfibrilação e medi- das de suporte avançado de vida Observe a imagem abaixo: Fonte: http://medanalisys.blogspot.com.br/2015/03/fibrilacao-e-plausibilidade-extrema.html Nas questões de prova sobre esse ritmo, as palavras chaves incluem: • Ondas bizarras, caóticas, de amplitude e frequência variáveis. 2. Taquicardia ventricular: A taquicardia ventricular é a sucessão rápida de batimentos ectópicos (estímulos fora do nó sinusal) ventriculares que podem levar à acentuada deterio- ração hemodinâmica, levando à ausência de pulso arterial palpável, sendo um dos tipos de parada cardíaca. A Taquicardia Ventricular Polimórfica (TVP) pode ser classificada em sustentada ou não sustentada, de acordo com a duração (maior ou menor que 30 segundos, respectivamente) ou pela presença de sintomas. Fonte: https://www.mindomo.com/pt/mindmap/ekg-cardio-6cac72e128d844658911211af26531b5 O conteúdo deste livro eletrônicoé licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br http://medanalisys.blogspot.com.br/2015/03/fibrilacao-e-plausibilidade-extrema.html https://www.mindomo.com/pt/mindmap/ekg-cardio-6cac72e128d844658911211af26531b5 26 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza 3. Assistolia é definida pela cessação de todas as atividades elétricas ou mecânicas dos ventrículos. Caracteriza-se, no eletrocardiograma, por um traçado isoelétrico em, pelo menos, duas derivações. No atendimento das vítimas com assistolias a desfibrilação não funcio- na. Nesse caso, será necessário manter as compressões cardíacas e medicações como a epinefrina. Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/1868829/ Para confirmar se o paciente está com assistolia ou uma fibrilação ventricular fina é ne- cessário instituir o protocolo de linha reta. Esse protocolo inclui a confirmação de 3 aspectos: 1. Conexão dos cabos; 2. Aumentar o ganho do aparelho (tornar o traçado maior); 3. Mudar a derivação. O menemônico para lembrar desse protocolo de linha reta é CAGADA. CA - Cabo GA - Ganho DA - Derivação Vamos resolver as questões abaixo: 012. (CESPE/DEPEN/2015) A respeito dos procedimentos nas manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) em pacientes adultos com parada cardiorrespiratória (PCR), julgue o próximo item. Em paciente com perda de consciência, no qual se constata ausência de pulso arterial palpável, a não identificação de atividade elétrica discernível no monitor eletrocardiográfico (linha reta) exige que o profissional realize o chamado protocolo da linha reta. Esse protocolo consiste em checar a conexão dos eletrodos no paciente, aumentar o ganho do sinal eletrocardiográfico no monitor cardíaco e checar o ritmo eletrocardiográfico em duas derivações, antes de definir que há ritmo de assistolia cardíaca. Observe que é importante lembrar-se do CAGADA para responder essa questão. Certo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br http://slideplayer.com.br/slide/1868829/ 27 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza 013. (IBGP/CISSUL-MG/2017) Uma equipe de suporte avançado de vida atendeu uma vítima de parada cardiorrespiratória com o ritmo assistolia realizando as seguintes ações não lista- das em ordem cronológica de realização. São ações que devem ser executadas, EXCETO: a) Desfibrilação. b) Administração de adrenalina. c) Compressões torácicas externas. d) Intubação orotraqueal. O tipo de ritmo de assistolia não indica o choque, apenas compressões e medicações. Letra a. 4. A atividade elétrica sem pulso é caracterizada pela ausência de pulso detectável na pre- sença de algum tipo de atividade elétrica, com exclusão da taquicardia ventricular ou fibrilação ventricular. A atividade elétrica sem pulso incorpora a dissociação eletromecânica (não interação da atividade elétrica e a ativação mecânica). A dissociação eletromecânica é a modalidade de parada cardíaca de pior prognóstico. Fre- quentemente está associada ao choque cardiogênico, por falência de bomba ou por rotura do miocárdio com tamponamento cardíaco. Os ritmos que melhoram com o uso de desfibrilador são a FV e TV. Os ritmos de Assistolia e atividade elétrica sem pulso não melhoram com o uso do desfibrilador. 014. (CETRO/CHS/2014) Analise a imagem abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta o tipo de PCR a que se refere. a) Fibrilação Ventricular. b) Taquicardia Ventricular sem Pulso. c) Atividade Elétrica sem Pulso. d) Assistolia. e) Taquicardia. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 28 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza A monitorização cardíaca é muito importante para o diagnóstico de parada cardíaca. A fibrila- ção ventricular é uma arritmia cardíaca grave em que não existe sincronização de contração entre as fibras musculares cardíacas, o traçado é todo desorganizado e irregular. A taquicardia ventricular sem pulso é a sucessão rápida de batimentos ectópicos ventriculares que pode levar à acentuada deterioração hemodinâmica, chegando mesmo à ausência de pul- so arterial palpável, quando então é considerada uma modalidade de parada cardíaca. A atividade elétrica sem pulso é caracterizada pela ausência de pulso detectável na presença de algum tipo de atividade elétrica. Ao monitor aparecem evidências de atividade elétrica or- ganizada, porém o músculo cardíaco está muito fraco ou muito mal perfundido para responder ao estímulo elétrico. Assistolia significa a total ausência de atividade ventricular contrátil associada à inatividade elétrica cardíaca. Letra b. Observe essa questão sendo novamente cobrada em 2016! 015. (IBFC/EBSERH/2016) Foi realizado um exame de eletrocardiograma do paciente YHG, 66 anos, internado na Unidade de Terapia Intensiva Adulta. A figura abaixo representa o ritmo cardíaco deste paciente, é correto afirmar que trata de: a) Assistolia b) Taquicardia Ventricular c) Fibrilação Ventricular d) Extrassístole Ventricular e) Fibrilação Atrial Trata-se de um ECG com ritmo de parada cardíaca do tipo de taquicardia ventricular, em que é possível reverter com a desfibrilação precoce. Letra b. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 29 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza 2.5. diagnóstiCO de pCr Fazemos o diagnóstico de PCR num paciente com quadro comatoso, ou seja, com perda da consciência. Portanto, na inconsciência a checagem de pulso central é obrigatória onde na ausência de pulso carotídeo no adulto e braquial na criança configura-se o diagnóstico de PCR. Pulso carotídeo em adultos e pulso braquial em crianças até 1 ano. 016. (CESGRANRIO/UNIRIO/2016) A Parada Cardíaca é a interrupção abrupta das funções do coração. São sinais relativos ao quadro clínico da parada cardíaca: a) midríase bilateral, taquicardia e aumento rápido da pressão arterial b) taquicardia, midríase bilateral e queda da pressão arterial c) ausência de pulso, queda rápida da pressão arterial e apneia d) taquipneia, hipertensão e palidez da face e) bradicardia, hipotensão e formigamento das mãos A parada cardíaca apresenta-se com ausência de pulso, queda da pressão arterial e quando evolui para parada respiratória também apresenta apneia. É importante destacar que a midríase (dilatação da pupila) é um sinal tardio da PCR. Portanto, independente do ritmo cardíaco, a manobra de reanimação cardiopulmonar deve ser iniciada priorizando-se o restabelecimento da circulação sanguínea. Para verificar o pulso é necessário de 5 a 10 seg. AHA 2020 recomenda que leigos iniciem pela RCP, pois Novas evidências mostram que o risco de danos à vítima que recebe as compressões torácicas quando não está em PCR é baixo. Os socorristas leigos não conseguem determinar com precisão se uma vítima tem um pulso e o risco de esperar para realizar a RCP em uma vítima sem pulsoé maior que o dano por compres- sões torácicas desnecessárias. Socorristas treinados devem avaliar o pulso e a respiração simultaneamente. Letra c. Lembre-se! Obs.: � Socorristas treinados devem avaliar o pulso e a respiração simultaneamente. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 30 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza 017. (IBGP/CISSUL-MG/2017) Em um atendimento por profissionais de saúde a situação de parada cardiorrespiratória em criança, o pulso MAIS indicado para ser verificado é o: a) Poplíteo. b) Braquial. c) Radial. d) Cefálico. Relembre: O pulso a ser verificado no adulto é o carotídeo e na criança - o braquial. Letra b. 2.6. atendimentO em pCr – atuaLizadO em OutubrO de 2020/ AmericAn HeArt AssociAtion Inicialmente faremos algumas considerações da AHA e na sequência abordaremos o aten- dimento passo a passo pelo manual do Samu 2016 à vítima de PCR. 1. Início precoce de RCP por socorristas leigos: Recomendamos que leigos iniciem a RCP para uma suposta PCR, pois o risco de dano ao paciente é baixo se o paciente não estiver em PCR. Novas evidências mostram que os riscos de danos à vítima que recebe as compressões torácicas quando não está em PCR é baixo. Os socorristas leigos não conseguem determinar com precisão se a vítima tem um pulso e o risco de esperar para realizar a RCP em uma vítima sem pulso é maior que o dano por compressões desnecessárias. 2. Administração precoce de epinefrina Com relação à marcação do tempo, para PCR com um ritmo não chocável, é aceitável ad- ministrar a epinefrina ASSIM QUE POSSÍVEL. Se o ritmo for chocável, pode ser aconselhável administrar epinefrina depois que as tenta- tivas de desfibrilação inicial tiverem falhado. 3. Uso do dispositivo de feedback é recomendado para otimizar a RCP. O aparelho entre as pás na imagem abaixo serve como indicativo se a força e a frequência das compressões estão adequadas. O aparelho faz a leitura e informa ao socorrista se ele pre- cisa melhorar a frequência ou a profundidade. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 31 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza 4. Monitoramento fisiológico da qualidade da RCP: pode ser aconselhável usar parâme- tros fisiológicos, como pressão arterial ou ETCO2, quando viável para monitorar e otimizar a qualidade da RCP. Esse monitoramento depende da presença de um tubo endotraqueal (TET) ou de acesso arterial, respectivamente. A medida da ETCO2 (medida da concentração de CO2 ao final da expiração) é usada para avaliar a qualidade da RCP. Se tiver sendo feita de forma correta, haverá a troca de gazes e o CO2 estará sendo exalado pelo paciente. A medida da ETCO2 é feita após a instituição da via aérea avançada com o dispositivo chamado de capnógrafo. ETCO2 mínima > 10 mmHg ETCO 2 ideal > 20 mmHg 5. A desfibrilação dupla sequencial não é recomendada para ritmo chocável refratário não foi estabelecida. 6. O acesso endovenoso é preferível em relação ao acesso IO. É recomendado tentar o acesso intraósseo, após tentativa de acesso endovenoso para administrar medicação na PCR. 7. Cuidados pós-PCR e neuroprognóstico – estão incluídos no cuidado pós-PCR: tratamen- to de hipotensão, titulação de oxigêncio para evitar a hipóxia e hiperóxia, detecção e tratamen- to de convulsão e controle direcionado de temperatura. O neuroprognóstico deve ser feito 72 horas depois do retorno da monotermia. A AHA reco- menda a abordagem multimodal no neuroprognóstico. Na abordagem recomendada para neuroprognóstico multimodal em adultos após PCR inclui: 1. Manejo clínico com controle direcionado de temperatura por 24 horas. Reaquecimento de 24 a 72 horas. Depois desse período manter a normotermia controlada. Limitar analgesia e sedação, se possível. 2. Quanto aos exames de imagem, é indicado uma tomografia nas primeiras 24 horas e depois ressonância dentro das primeiras 72h. 3. O exame clínico inclui: após as 24h de RCE deve ser feito um EEG (avaliação do estado mioclônico). Depois de 72 horas fazer o exame de reflexo pupilar a luz, pupilometria e o reflexo da córnea. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 32 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza 8. Atendimento e suporte durante a recuperação. É recomendado que os sobreviventes de PCR tenham avaliação de reabilitação multimodal e tratamento para os prejuízos fisiológicos, neurológicos e cognitivos antes da alta. Os sobreviventes de PCR e seus cuidadores devem receber planejamento de alta abrangen- te e multidisciplinar para incluir recomendações de tratamento médico médico e de reabilita- ção e retornar as expectativas de atividades/trabalho. Recomenda-se a avaliação estruturada para ansiedade, depressão, estresse pós-traumáti- co e fadiga para os sobreviventes de PCR e seus cuidadores. 9. Debriefings para socorristas. Debriefings e encaminhamento para suporte emocional de socorristas leigos, profissionais de SME e trabalhadores da saúde do hospital depois de um evento de PCR pode ser benéfico. Isso permite uma análise de desempenho da equipe, melhora a educação e qualidade, além de reconhecimento dos fatores naturais de estresse associados a um atendimento à beira da morte. Vamos listar as características de uma RCP de qualidade? Profundidade Pelo menos 5 cm Em 2015 – deixou claro o máximo de 6cm Frequência 100 a 120/min Minimizar a interrupções No máximo 10 segundos (2015) Evite ventilação excessiva Sem via aérea avançada: Adulto 30 compressões: 2 ventilações Com via aérea avançada 1 ventilação a cada 6 segundos de forma assíncrona com a compressão. Alternar o socorrista da compressão A cada 2 minutos Capnografia quantitativa em forma de onda Se PETCO2 estiver baixo ou caindo avalie a qualidade da RCP. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 33 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza Com relação a carga do choque memorize: Aparelhos bifásicos 200J Aparelhos monofásicos 360J Tratamento Medicamentoso Indicação Medicação Dose e intervalo Todos os ritmos Epinefrina IV/IO 1 mg a cada 3 a 5minutos FV/TV Amiodorona Primeira dose 300 mg Segunda dose: 150 mg FV/TV Lidocaína Primeira dose 1 a 1,5 mg/ Kg Segunda dose 0,5 a 0,75 mg/Kg Recomendações quanto a Via Aérea Avançada Pode ser utilizado intubação endotraqueal ou via aérea extraglótica avançada (como por exemplo, a máscara laríngea). A capnografia com forma de onda ou capnometria deve ser usada para confirmar o posi- cionamento do tubo ET. Na presença de via aérea avançada a ventilação do adulto deve ocorrer a cada 6 segundos (1 ventilação/6 seg) no total de 10 ventilações por minuto com as compressões torácicas contínuas. Retorno da Circulação Espontânea No retorno na circulação espontânea ocorrerá a presençade pulso e de pressão arterial e um aumento da PETCO2 (tipicamente maior ou igual a 40 mmHg). Deve ser utilizado a pressão arterial invasiva para monitorar o paciente no RCE. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 34 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza Fluxograma para Reanimação do Adulto O uso do opioide foi bastante abordado no protocolo de 2020 e tem um algoritmo de emer- gência para socorristas leigos e outro para os profissionais de saúde. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 35 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza Observe: Fonte: AHA, 2020. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 36 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza 10. PCR durante a gravidez. Pacientes grávidas são mais propensas a hipóxia, dessa for- ma deve-se priorizar o manejo das vias aéreas durante a RCP em gestantes. Na gravidez a via aérea, ventilação e oxigenação é prioridade, pois há aumento do metabo- lismo materno, redução na capacidade de reserva funcional devido ao útero grávido e ao risco de lesão no cérebro do feto devido a hipoxemia. Devido a interferência na RCP materna o monitoramento do feto deve ser ignorado durante a PCR na gravidez. A avaliação do coração do feto não é útil durante a PCR materna e pode ser um fator de distração dos elementos de ressuscitação necessários. Recomenda-se o controle direcionado de temperatura para mulheres grávidas que perma- neçam em coma. Durante o CDT o feto deve ser monitorado em relação a bradicardia (como complicação possível). Na PCR em gestantes, o planejamento da equipe deve ser feito em colaboração com os ser- viços de obstetrícia, de neonatologia, de emergência, anestesiologia, terapia intensiva e PCR. As prioridades para mulheres grávidas em PCR devem incluir a administração de RCP de alta qualidade e de alívio da compressão aortocaval com deslocamento uterino lateral. O objetivo da cesárea de emergência é melhorar os resultados para a mãe e para o feto. Idealmente realize a cesariana de emergência em 5 minutos, dependendo dos recursos e dos conjuntos de habilidades do profissional. A via aérea avançada na gestante normalmente é difícil, escolha o profissional mais expe- riente. Deve ser realizado a intubação ou a via aérea extraglótica avançada. A monitorização com capnografia é recomendada para confirmar o posicionamento do tubo. Deve ser admi- nistrado 1 ventilação a cada 6 segundos (total de 10 em 1 minuto) e compressões torácicas contínuas. Acredito muito que possa ser cobrado as possíveis causas de PCR em gestantes, então memorize com URGÊNCIA o esquema abaixo: A, B, C, D, E, F, G, H. Possível etiologia de PCR materna A Anestesia (complicações anestésicas) B Hemorragia (Bleendig) C Cardiovascular D Medicamentos (Drugs) E Embolia F Febre G Causas gerais não obstetrícas de PCR (Hs e Ts) H Hipertensão O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 37 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza Segue o algoritmo de RCP na gravidez: Fonte: AHA, 2020. 11. Suporte básico de vida pediátrico. Atenção para essa mudança, pois tem número tem questão. A taxa de ventilação assistida recomendada tem sido aumentada para uma ventilação a cada 2 a 3 segundos (20-30 ventilações por minuto) para todos os casos de ressuscitação pediátrica. É indicado tubo de intubação taqueal (TET) com cuffs para redução de vazamento de ar e a necessidade de trocas de tubos. Não é recomendado a pressão cricoide durante a intubação. A epinefrina deve ser administrada o quanto antes, sendo o ideal 5 minutos depois do início da PCR de um ritmo não chocável (assistolia e atividade elétrica sem pulso). Para os pacientes com PAI, usar a monitorização da pressão arterial invasiva para monito- rar a qualidade da RCP. Depois do retorno da circulação espontânea (RCE) o paciente deve ser avaliado quanto à crise convulsiva e estado epiléptico. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 38 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza Para tratar o choque hemorrágico é indicado a transfusão de sangue. O tratamento de overdose de opioide inclui a RCP e a naloxona por socorristas leigos ou treinados. Foi criado uma nova cadeia de sobrevivência para crianças e adolescentes. Conforme ima- gem abaixo: Houve a separação da cadeia pediátrica do ambiente intra e extra hospitalar. A sequência do atendimento intra-hospitalar inclui: 1. Reconhecimento e prevenção precoce; 2. Acionamento do SME; 3. RCP de alta qualidade; 4. Ressuscitação avançada; 5. Cuidados pós-PCR; e 6. Recuperação. No ambiente extra hospitalar, temo a seguinte sequência: 1. Prevenção; 2. Acionamento do SME; 3. RCP de alta qualidade; 4. Ressuscitação avançada; 5. Cuidados pós-PCR; e 6. Recuperação. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 39 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza Vamos organizar a qualidade da RCP na criança: Profundidade Maior ou igual a 1/3 do diâmetro torácico anteroposterior e rapidez (de 100 a 120/min). Frequência 100 a 120/min Retorno do tórax Total Alterne os responsáveis pela compressão A cada 2 minutos Relação compressão / ventilação Sem via aérea avançada – 1 socorrista – 30:2 2 socorrista – 15:2 Via aérea avançada Compressões contínuas e ventilação a cada 2 a 3 segundos. Carga do Choque da Desfibrilação Primeiro choque 2 J/Kg Segundo choque 4 J/Kg Choques posteriores Maior ou igual 4 J/Kg, máximo de 10 J/Kg ou dose de adulto Tratamento Medicamentoso Epinefrina IV/IO (todos os ritmos de PCR) 0,01 mg/Kg (0,1 ml/Kg da concentração de 0,1 mg/mL) Repetir a cada 3 a 5 minutos. Via endotraqueal – 0,1 mg/Kg da concentração de 1mg/ml Amiodarona IV/IO (FV/TV) Bolus de 5mg/Kg Pode ser repetida no total de 3 doses para FV/TV refratária Lidocaína IV/IO (FV/TV) Inicial dose de ataque de 1mg/Kg Fonte: AHA, 2020. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.brhttps://www.grancursosonline.com.br 40 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza Na criança uma das causas de PCR reversível inclui a hipoglicemia. Então, são: Relembre comigo 5H e 5T: 6H • hipóxia; • hipovolemia; • hidrogênio (acidose); • hiper/hipocalemia; • hipotermia; e • Hipoglicemia 5T • tensão no tórax (pneumotórax hipertensivo); • tamponamento cardíaco; • tóxicos; • trombose coronária (infarto agudo do miocárdio); • tromboembolismo pulmonar. Retorno da circulação espontânea (RCE) Temos nos momentos no RCE: fase de estabilização inicial e manejo contínuo e atividades urgentes adicionais. A fase de estabilização inicial inclui: Manejo de via aérea Capnografia com forma de onda ou capnometria para confirmar o posicioanamento do tubo. Controle dos parâmetros respiratórios Sat O2 – 92 – 98% FR – 10 ventilações / min PaCo2 – 35-45 mmHg Controle dos parâmetros hemodinâmicos Administre cristalóide e/ou vasopressores e inotrópicos visando uma PAS > 90 mmHg e PAM > 65 mmHg. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 41 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza Na segunda fase do RCE: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 42 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza Manejo Contínuo e Atividades de Urgências Adicionais Intervenção cardíaca de urgência ECG de 12 derivações Controle direcionado de temperatura (CDT) Se o paciente não estiver respondendo a comandos, inicie o CDT entre: 32 e 36ºC durante 24h. Deve-se usar dispositivo de resfriamento com loop de feedback Outros manejos Monitoramento contínuo da temperatura central (esofágica, retal e bexiga) Manter a normoxia, normocapnia e euglicemia. Monitoramento contínuo de EEG Ventilação mecânica protetora dos pulmões Veremos os aspectos do protocolo de 2015 que ainda estão valendo para as nossas provas. 1. Verificar a segurança do local antes de abordar a vítima: antes de começar o atendi- mento ao paciente, devemos lembrar-nos de observar a segurança do local, para que não haja outras vítimas e o socorrista corra perigo. 2. Checar a responsividade e na sequência pulso e respiração simultânea: ao chegar ao lado do paciente, deve ser verificado a responsividade para iniciar o atendimento. O socorrista treinado pode verificar o pulso e a respiração simultaneamente. O socorrista deve pedir ajuda (chamar o serviço médico de emergência e solicitar o desfibrilador o mais precoce possível). 3. Chamar por ajuda (acionamento do serviço médico de emergência): a nova diretriz re- comenda a composição de times de resposta rápida para fornecer intervenção inicial em pa- cientes com deterioração clínica, para prevenir a PCRIH, essa equipe é convocada próximo ao leito do paciente e leva equipamento e medicamento adequado ao atendimento da PCR. É importante manter equipes treinadas nesse complexo cenário de ressuscitação. Obs.: � No ambiente pré-hospitalar, a nova diretriz deu ênfase à rápida identificação de possí- vel PCR por parte dos atendentes, com instrução imediata por celular. 4. Sequência do atendimento à vítima de PCR (CAB): a sequência do atendimento ao pa- ciente a diretriz de 2020 manteve-se inalterada em relação ao Guidelines de 2015. Porém, o socorrista deverá acionar o serviço médico de emergência por meio de celular, sem se afastar da vítima. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 43 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza Quando a sequência para um socorrista foi confirmada: o único socorrista deve iniciar as compressões torácicas antes de aplicar as ventilações de resgate (C-A-B), para reduzir o tem- po até a primeira compressão. 5. Profundidade das compressões A profundidade deve ser de 2 a 2,4 polegadas (5 a 6 cm), permitindo o retorno do tórax para favorecer o enchimento cardíaco (retorno venoso). Outra recomendação na qualidade do atendimento é evitar interrupções, sendo essas limitadas a 10 segundos. Esses aspectos são muito abordados nas provas! Aguardar o retorno do tórax para a nova compressão é fundamental para o enchimento do co- ração com o retorno venoso. O socorrista não pode apoiar-se sobre o tronco do paciente entre as compressões. 6. Atendimento dinâmico e não sequencial: a equipe que presta atendimento deve ser inte- grada e realizar atividades simultâneas e não sequencial, ou seja, enquanto um aciona o time de ressuscitação rápida o outro começa as compressões, o outro busca o sistema de ventila- ção bolsa-válvula-máscara enquanto outro pega o desfibrilador. 7. Uso do desfibrilador x compressão: o uso do desfibrilador deve ser priorizado em rela- ção às manobras de RCP, pois 80 a 90% dos casos de PCR são indicados o uso do choque. Ou seja, se o desfibrilador estiver pronto para uso deve ser utilizado antes das massagens, porém, enquanto organiza o DEA para uso, aplica o gel e deve realizar a massagem. Caso o DEA não esteja presente deve ser iniciado a compressão até a chegada do DEA. 8. Uso da naloxona para pacientes com PCR por uso de opioides: os casos de parada car- díaca com causa o uso de opioides é indicado o uso de naloxona. O que são os opioides? São medicações analgésicas potentes que deprimem o sistema respiratório, como exemplo temos O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 44 de 94www.grancursosonline.com.br OVACE e PCR URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Fernanda Barboza o fentanil, morfina e o tramadol. A Naloxona é uma droga antagonista de opioides, que é mais comumente administrada por injeção intravenosa para ação mais rápida, o que geralmente faz com que a droga tenha ação dentro de um minuto e duração de até 45 minutos. Por conseguin- te, pode ser administrada através de injeção intramuscular ou injeção subcutânea. 2.6. desfibriLadOr externO autOmátiCO (dea) Fonte: http://www.equimed-sp.com.br/produto/desfibrilador-externo-automatico-dea-plus Aluno(a), o desfibrilador externo automático é muito utilizado na prática dos atendimentos da PCR e também é muito cobrado nas provas. Vamos detalhar a análise desse dispositivo e indicação de uso. Como já vimos acima, a parada cardíaca pode ser causada por quatro ritmos: Fibrilação Ventricular (FV), Taquicardia Ventricular Sem Pulso (TVSP), Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP) e assistolia. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a sobrevida dos pacientes depende da inte- gração do Suporte Básico de Vida (SBV), do Suporte Avançado de Vida em Cardiologia (SAVC) e dos cuidados pós-ressuscitação. Para vítimas de FV/TVSP, a realização de RCP e desfibrila- ção precoce têm demonstrado aumento significativo da sobrevida A maioria das PCR ocorre por TV ou FV e em geral a TV precede a FV. Portanto, a hipótese da desfibrilação precoce é recomendação fundamental. Para utilização do DEA