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OEM Gunder frank revolução comercial_20230928_0001

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Cnl,Í r't)t.( ) ()
A Revolução Cornercial e o Processo de Acumulação
I. Expansáo, Direção e Composição do Comércio
Internacional
O comércio internacional expandiu-se de maneira rápitla c
significativa durante o século XVI[. Mais que isso, mudou rlo
direção, composição e estrutura. O tráfico de escravos c o c(F
mércio triangular entre Europa, África e Arnéricas assumiu prrr-
ticular importância, e o comércio do Oriente passou Dor ntutlarr-
ças qualitativas, duas vezes, ao longo do século.
Esse comércio internacional e os altos lucros dele clcrivarlos
deram contribuição importante ao processo de acumulaçiro rlt:
capital no Noroeste europeu, sobretudo na fnglaterra, e n,l N,,r-
deste americano; o rápido crescimento de exportaç(rcs rlc pro
dutos industriais facilitou em muito e implementou o dcscrrvr'rlvi
mento da indústria e da Revolução Industrial. Comórci. c l,,rr,.r,,,
relacionaram-se íntima e reciprocamente e) por c,rrst.rirrirrrr.
com o process0 de acumulação capitalista e clesrilrr,lvirrrr.rrÍr,
econômico em geral. Estes aspectos do comércio irrrL.r rrrrt i,rr,rl
no século XVIII devem ser examinados de pcrl,r
Na Inglaterra, os produtos de exportação :rli l,rt,rr, r,l,, ,,
mentaram cinco vezes durante o século, rr{rrrrp;rr,r,l,, ,, ,,, , r
mento, de três vezes, da renda nacional. A,r r.\l,,,ri ,,,,, ,l,,rrr,
ticas, como percentagem da rencla nrrciorr,rl. .rrl,r,,r,, ,1, . ir,,
cnr 1688, para 9-ll%q em 1700-1750. ,' .rl, rrr, ,r,r, it', t,, 1,,
firn do século (Deane & Cole, 2li:)r)) \, , ,1,,,,Í,,,, rri.t, ,rr
rl«rbraram entre 1720 e 1760, o lrrrri. urt.r \, ,ltr, l 'r,t L l l,t't
(lllrrlwcll, 36). Essa expansão tlr. , r1rrrrt,r,.,,, lrrrr, r,, i,rlt,rn,rir
 Rrivor.uçÃo Coulttc'rlr. ri () l)Hot,r,sso nr: Alrrrrtn,,t«,,Ão 239
o dopois mais rápida, rcfletiu-si: ainrlir rur rrrt.rli:r rlr.rrrovirrrcrrlir-
çho de trôs anos de exportnção (irpirlcrrlcntünl('irrt.lrrirrrlo rr:r:x..
portação) expressa em milhões clc libras, c()ln() :;(.rtu(.: l/0 1
6; aumento gradual até, 174l 
- 9; aumotll() irL:('lr'ur(lo :rtri l75l
- 13; 1777 - 16; l19l - 2l; e 1801 - 3(r (llru'lwr.lt. 116). Ao
mesrno tempo, as importações aumentaram tle 5 nrillrirr.s lxrrrr
29 milhões de libras. Ou seja: no século XVIII, a Inglirlcrr., nriur,
teve um excedente cle exnortação suase constanro (llirrtwr:ll,
86). As exportações e o comércio da França, a outr. sr.rrrrrlc
nação comercial, cresceram mais clepressa que os da Inglatcr.rir,
cerca de cinco vezes de lil5 a 1789 (as exportações dú Anti_
thas francesas aumentaram oito vezes entre 1716 e l7g7), tlc
forma oue, em 1789, eram quantitativamente bem maiores'quc
os da Inglaterra, embora permanecessem menores em relação a)
população francesa, muito mais numerosa (Hartwell, 36:
Vilar, 313).
o comércio externo britânico e o comércio internacionar
em geral experimentaram significativa e substancial reorientação
da Europa para o resto do mundo, ou seja, Ásia, África e ame_
ricas, particularmente estas últimas, duiante os primeiros sete
COMERCIO EXTERNO BRITÂNICO, 1770-1773
(Mudança de Direção e Composição)
Em Percentagens
1700 1773
Totai As.Af.Am. Total As.AL.Ârrr.
!
Exportações totais
Exportações domésticas
Produtos de 1ã
Outras manufaturas
Alimentos e Matérias-primas
Reexportações
Importações totais
Manufaturas
Matérias-primas
Alimentos
100
69
47
8
13
31
100
32
35
31
15
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(Fonte: R. Davis, em Minchinton, 109).
Notas: 1700 significa a média de 1ír() t/í)r | '
1772-4.
As diferenças entre o tot:tl (' \ rr \Ír'
representam o comércio com 1 lrrrr,,1,.r rrr, lrrr,,,l,
..r,, ,r, r, I \, \l;\rn )
l,l,rr,lr r lrrrrlrrr,r
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240 llrvor.u«,:Ão AnrrrrclNn l lllrvor.u«,'Ão IrnnNcls;,t
tlcccnios. .bssa reorientação esteve associil(lir ir rnrrtlirnça na com-
llosiçiro de mercadorias do comércio extcrior lrritilrrico: il cxpor-
taq:iio dc proilulos de 1ã sofreu a comp3tiçã.o rlc rurlr vrrrictltrrlc
cada vcz maís ampla cle outras manufaturas; c, L.ntrc rrs irrrpor'
taçõcs britânicas, as manufaturas caíram e os protlrrlos irlirrrtrr.
tício-q básicos ganharam, em troca, relativa importânciir. l,ls:;:r.
c outras mudanças estão Íesumidas no gráfico a seguir.
Na irrlorpretação desse gráfico, deve ser lembrado quc al-
grrns puíses cla lturopa, sobretuclo Espanha e Portugal, reexpor-
tarant plrrtr suas colônias da América Latina quanticlade,s apre-
ciirvois dc suas importações da Grã-Bretanha. O destino final e
a parcela verdatleira de Ásia, África e Américas, nas exportações
bril.ânicas, são, por conseguinte, mais elevados que os indicados
no gráfico. Neste sentido, devemos ter em vista que cerca de
l07o das exportações britânicas, e 20go de suas exportações
de produtos manufaturados, destinaram-se apenas a portugal, e
uma parte deles foi para o Brasil (Fisher, 126).
COMÉRCIO EXTERNO BRITÂNICO NO §ÉCULO XVIII
POR ÁREAS GEOGRÁFICAS MAIORES
(em percentagens do total de cada ano)
1700-t t7s0-t 1772-3 1797-8
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Exportações domésticas para
Europa
América do Norte
Índias Ocidentais
Indias Orientais e África
I{ccxportaçôes para:
IIulopa
Ar»c'rica tlo Norte
irrtli:rs Ociclcntais
lntli:rs ()r'icntuis e África
Inrpoltaçõcs <lo:
lJuropa
Arnérica clo Norte
in<lias Ocidcntais
lrrtlitrs Oriclrtais c África
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5
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5
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25
18
43
7
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(l ortlc: Dcane, p. 56. (Para detalhes, ver Deane & Colt', ( ir.rlr,,' .).' )
Nol;rs: as lrct'ccntagens de 1700-1773 são paru lrrlil;rlrr r,r , L.rlr", ,\s
rlt' l'l()7-li, pirra a Grã-Bretanha.
A llttrttlla inclui Espanha e Por[tlyltrl. tL rtt;,r, rrrrt,i'rl r,-,,r" rl,r (ilit'
llt(l,rttlLr tiltLt 1t;rrcclit foi ter às sutls t'0l,,rrt.r'. rr,r \r'r, rr,.r , , il1.r, r'\llilt
l 1'.r,r'. |,11;r ;r lttlil;t(crl'lr ittclttíanr t-ottlttlrttt,.,,r il, 'rrr', ,,'l,,ll,r'l
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:r t.r l{rrvor.rrr,'Ã<l AurHIt'.tN,t It Ilt,v«rt.u<,'ël Fn,tNcssa A Rrvclr.uçÃo Connl:ncrÂL E o Pnoclss<l ul «,rrn,rur,tr,,io 2,_,1 .1
ptliÍtico-miliÍzrr fechavam o mercado europcu iis cxlror.l,rçots c
rlanuf iituracios ingieses, o munclo colonial e a Arrrór'icrr tlo I\lor.lc
eram persu:ldidos ou forçados a preencher 
- e cxtr.rLvustr r. ir
lacuna.
As imporíações 'uritânicas 
- ou. as exportações (lü ()ui.t(),i
paíse s partr a lnglaterra 
- também sofreram sensÍvcis nr'tliÍr-
cações cl_urante os últimos três decônios do século XVIll. As
importações inglesas de manufaturados da Europa. excetuilnd()
os tecidos orientais, sofreram declínio de 32 a l77o clo tolul
das importações (ver gráfico); e, em relação à Europa, foranl
substituídas progressivamente por matérias-primas (cspecialnlcn.
te ferro e madeiras, mas também lãr) intportad«rs cla Éluropa Mü-
ridional e, sobretuclo, cln regiiro tlo Illiltico, rluc tcnclitr a substi-
tuir o Noroeste europur.t c()rn() pir lct:ilo eorrrcrt:iirl rllr lnglirlcrrlr.
Essa tentlência rcÍ'lctiir u livirlitllrtlc irrtlrrsl rirr t irrrilcs,r, cnl
especial com a [.'rarrça, c scu ltlriltritl tlcscrn,olvirrrt'rrlo llrltlil,
que já no sóculo XVIII clcrpurtlia irl)cltirs cnl l)iu lt' rlrr irrrporltr-
ção de matérias-primas. No cornór'cio britanico (.()r)r () rrrrrrrtltr
em geral, porém, a parcela de ntutór-ias-plirrnrs cnr suir t.,nl,r rlt)
importações permaneceu em mais ou nlcllos uln tcrç(), irtt. I //1,
enão aumentaria sensivelmente até o aclvento tlo sul irrtlrrstr.r.t
de algodão, oue dependeu inteiramente de ntatóriirs-pr.irrlrs irn
portadas. A parcela relativamente declinante das inrltorlirçocs rltt
manufaturados foi, até 7773, substituída pelo auntcnto rrhsolulo
e relativo na importação de alimentos, em granclc purtc tlirs
áreas coloniais, que subiu de 34 para 511o do total das im.por-
tações (ver gráfico). Quanto à França agrícola e continental,
que era o outro grande p,aís comerciante da Europa no séculrl
XVIII, a tendência mostrou-se, Íalvez, menos acentuada. A muior
nação comercial do sóculo XVII, a Holanda, sustentou a rluirrrli-
dade absoluta de suas exportações durante o século XVlll, p,r
rém sua contribuição relativa caiu muito.
Outro aspecto da expansão do comércio intcrnrrciorr:rl , rÍr;
exportações britânicas foi que, no fim do sócr-rlo XVII r. rr,r r
mente durante o terceiro guarto do sécu.lo Xvlll, ;r,, r, , .Jr,rt ,
ções inglesas de mercadorias importaclas rlc orrtr;r,, 1,,rrl, r .1,r,
tudo das regiões coloniais) aumentat'trrrr irirr,l.r rrr.r ,r r, .r, , ,i
portações internamente proclttzirlirs r. 1,,,r , r,r ,r rt t.r1r
bém mais que o total. Assint, ir lr:rtr .l,r rl.r. r, , l,,,rt.r,.rrr ,., 11,1.;
cxportações totais, passou ric \lí'i,, t.rrr lioo .r li,, ,, r,rrr I l't\
(vcr grírfico). Dessas Íecxporl:ri o, .. .r,rrrr rt, ,, r, ,r rlr rrrrr st'xlo
Í'oi rconrltarcaclo para lirclrs t r,l,,rrr.,r. , ,r r, .,trltlr. \,(.u(li(l() tr r
()s llçor, comorciais crsscentes entrc a Ingllatcrra e o mundo
colorrilLl dc,,isi:r, Álrica e Amóricas -- e sttít Dormanente inte-
i,,r'ar,:iio no processo cle acumulação de capital - ostão refletidos
rro grá{ico pelo crescimento, cle 10 para '319b, cla exportações
prorluzidas inter:nanrente, e de 15 para 38o/o do total cle expor-
tações britânicas absorvidas por tais áreas. Isso representa uma
relativa rcoricntação do comércio externo britânico para fora
da lluropa r: cnr direção ao resto do mundo; e, já que as expor-
tirçõcs totiris ullrapassaram o triplo naquele período, o fato re-
ílctr: unr trumcnto ainda mais substancial na quantidade abso uta
clas oxportações britânicas recebidas pelas co ônias. Além disso,
orltro os produtos de exportação produzidos domesticamente,
nrirnufaturas outras que não artigos de lã aumentaram sua par-
ticipação nas exportações totais britânicas, de B para Zl4o, e
dc 5 para 219o, no mundo colonial.
Essa mudança refletia a crescente produção de "pregos,
machados, armas de fogo, baldes, vagões ferroviários, relógios,
selas, lenços, botões, cordame e milhares de outras coisas; a va-
riedade de bens tornou-se táo ampla que os funcionários da Al-
fândega cansaram-se de preencher longas relações de mercadorias
e lançaram largas parcelas dessas exportações sob o título de
'mercadorias de diversos tipos' (Davis, 106). A massa de tais
exportações ia para as Índias Ocidentais e, após os meados do
século, desviou-so para a América do Norte. As exportações para
as Índias Ocidentais passaram (em milhares de libras), de 205,
cm 1700, para 450, em 1750, e 1.168, em 1772; e as exportações
para a América do Norte, de 256, em 1700, a 970, em 1750, c
2.460, em 1772, de um total, respectivamente, de 4.461 e 9.739"
nlr primeira e última dócadas (Deane & Cole,87). Davis resr"r-
rrc; "l)6; Íodo esse período, nas portas da Inglate,rra vivia uma
poptrlirçho de 200 milhões de europeus (comparada aos 3 milhõ*s
tlc rrrrcricirnos, do outro lado do Atlântico). Eram fregueses tra-
rlic:iorrlris tliL Inglaterra e, até data recente, seus únicos compra-
rlorcs. (lonlurlo. I'oi somente a velha indústria de 1ã que s;uslcn-
Iotr c()nro scnlpl-c o fizera - 
g 'dupg comér'cio' nç1 (,orrlirrcrr
Ír'; irs indústrias muis novas fincaram os dentes cnr lr('r( :r(l()§
rnrri5, l'liçoi5, nrais privilegiados, em geral fora r'll lirn,,1,;,' (l);rr"i,,
I l'l). ltsto scria o caso, particularmgnlr:, tlrr ttor,r rr(lu ,lr i:t rltt
Itt'itlos 1lç: itlgrtclãto, tanto que, no l'inr (lo r,',rrl,, ". 11ll. :rlrL'nir,;
uttr r;ttittlo rllr:; cxpoltaçõcs blitârritrr'; i;r 1r rr,r ,r I rl,l, r Íl)('ln.)
,t ( olr', I'i(r). l'lttt rlttlrtts pitlitvt';ts, rr;r rr ,lt,l.t r nr rlu, ,r rrr:rliilrttlt:
. r,il,,tnt( ;r t'rr|oltriiit, C Cslltcilrllrr, rrl, ,1 | s,11p, r ,,t {= ;t oltoSiçittl
i
?,14 Ilriv«.rr,uqtÃo Arurucarva r RrvoruçÃo FnaNcEsa
l,.unrpa (vcr gráfico). Tais reexportações aumentaram, no sé-
culo XVllI, o já sensível excedente de exportações britânicas
para a lturopa, utilizado para financiar _ a sabcr, através de
acorclos nrultilaterais - o deficit inglês com o resto «lo mundo, por
cír.usa, principalmente, de suas excessivas importações da área
do Ilírltico e da Índia (Saul, 5).
Dcnnc calcula que entre a metade e três quartos do valor
final rlas rccxportações resultaram de produtos originais em seus
paíscs rlc origom; mas isso significa que um quarto para a me_
tuclc rl.s ,losmos provinha da Inglaterra, sem contar remessas
dc lucros polos "produtores originais,, de seus ..países de origem"
à Inglirterra. Portanto, os "produtores originais" nas áreas iolo.
niais deram contribuição em nada desimportante à acumulação
dc capital inglês, através do abastecimento de bens reexportados,
à parte sua contribuição, nos acordos multilaterais, ao processo
tle acumulação de capital como um todo.
II. Comércio Triangular e Comércio Escravista
A quíntupla expansão do comércio durante a Revolução
comercial do século xvIII girou no eixo do chamado comércio
triangular, e este, por seu turno, no do comércio escravista.
Conquanto apareça supersimplificado no diagrama páginas atrás,
o verdadeiro modelo deste comércio multilateral, (des) equilíbrio
e sistema de acordos, foi muito mais complexo.
Um clássico sumário do comércio triangular foi feito por
Ilric williams em seu capitalism and slavery: "Neste comércio
lriirngular, Inglaterra-França e América colonial entraram com
irs cxportações e os navios; África, com a mercadoria humana;
:rs lrrvoults intensivas, com as matérias-primas coloniais. os navios
lrclir.ci|os navegavam do país de origem com um carregamento de
pr.rlrrÍ,s nrirnuÍaturados. Estes eram trocados, com lucio, na costa
rlo ÁÍr'it:ir, l)omcgros, que eram negociados nas lavouras intensi-
virs, clu orrll'ir ltirsc de lucro, em troca de um carregamento de pro-
tlrrl.s c.l.rriiris. scrcm levados ao país de origem. À mediclailrrc, volrr rrro conrcrcial aumentava, o comércio triangular í'r,i srr-
plctttcntaclo, prlrónr jamais suplantado, por um conlrir-r-i. ilrrt.r,
( rrll(' () pirís clc origcm e as Índias ociclentais, rrrr.rrrr,lr, lrr,ilrr.s
rrr;rrrul'lrltr.lrrlos dirctamente por proclutr)s t.olorri,rr, t \\,rllr:uns,
', I r.t ).
( ) lrittrr nrcslrcr clcssc trián1lrrlr, ,1,. rrr.rrrrrl,rlrrr.r,. (.l1olx.ilts,
I t,.r ,1, lt,rlr:tllt() itll-ír';llit L' J)turl1lr,. r r,1,r11,1, ,11, ttr,11),, l6i ()
A RrvoruçÃo counncrAl E o pnocusso ,r A.r.rnrlrr. N,'Ã<t 245
abastecimento, transporte, venda, exploração e substit,içrrrl dos
escravos negfos, cujo trabalho viria a sustentar torlo o sisr.cma.
As estimativas mais divulgadas do número de escrtrvos nl'icirntls
importados pelas Américas apontam g00.000 no sóculo XVI;
2.750.000 no sécul,o XVII; 7.000.000 no século XVIil; c
4.000.000 no sécu1o XIX (Fage, g3; Sheridan, em Carib Stutlics,
13). (Estimativas mais recentes de phirip curtin não puclcra,r
ser obtidas a tempo pelo autor deste livro.)() número de africanos obrigados a deixar sua terra naLal,.ao longo deste comórcio, foi muito mais elevado, 1a que t"n 
- 
siOodito, freqüentements, que a metade da cifra criaaa'.,orr." 
"u*guerras escravistas e no transporte ou cor.rl'inamcnto na costa, ea outra metade não suportor-r a ..pirssirsc:nr il.rtcrnrctliírria,, atra-
vés do Atlântico; o nú.ror, 1ot.l tic irIrlicirr<,s irÍc:tirrl.s pol. trír_fico negreiro tcnt siclo esti.,rtl., p.r iss., r: llrlvt.z ..,,,,,,'.*,,,aar,r,
em cerca de l0() nril[rõcs. () cr,rcr-r:ir, ([ltc cslcvc rlr: ir1[1.i1; 
",,,mãos portugucsas e Itolrrnclcsas, pitss()u iros Í.r.lr lrc..rt.s e t.sPcr:itrl-mente, depois cla concessão tlç> Á:icttl, a lrrslirrt.r-r.ir, t.rrr' l7l-.1,
às mãos desta última nação. E foi o c«lntórcirl c:scr.rrvistlr :rrlLrclc
qus, em todos os sentidos, revelou-se o ncgóci. nrrris rrr..r.:l tiv,do século XVIU.
Os escravos eram comprados na costa cle ÁÍrir:ir (r.orrro cpor que eram fornecidos está relatailo em capít,r, irrrrrl.i,r.) p.r
europsus e, tambóm, por um número crescente do corrrur.ciirnt,:s
norte-americanos que os pagavam com armas de fogo c rum,
elementos essenciais no negócio escravista intra_africiin,,, 
" "_segundo lugar com tecidos de algodão (de origem asiáiisa) eadornos. Nas Américas, os escravos eram'venclidãs a plurruJó.",
e mineradores em troca de seus produtos, especialmàte açúc.r
e seus derivados, incluindo moedas de ouro e prata e barras rros-
tes metais, ou letras de crédito contra a, p.açâs de Lonclrcs, l,i_
verpool, Bordéus, Nantes, Boston, etc. Os produtos ar,,",.i,,,,rr,,s
eram vendidos na Europa, que, por seu turno, expor.l;rr,:r .;t.rr.r
manufaturados (e reexportações procedentes cla Ási:rt l,,rr.r ;r,.
colônias, por toda a América. Destas, somcnlc lrs lrrrli;r., r ), irlr rr_
tais, e em cerio grau as colônias de iavor:rlrs irrt, rr,,rr.r.. rrlr ,,111 
1l;1
América do Norte, podiam pagar as irirporr,r('.( rrL rrrrrrr.rrur;rs
-- ainda que com trabalho alienígentr ,.,,j,, ,,,,1),,rr,r,..r,r ,rl,,.r\1r ir
malor partg de sua capacidaclc {lL: irrrp,rlÍ,11 ,,,1r ..1,r l,rppr.iilproclução de mercadorias e xltorl;rr,.r,, n r(, rr,,r, r,1 r1! ,.\., r.9li)-
nias mineiras de Espanha c l,rrlrr,,rl rr.r \rrr, r r, ,r l,,lrr'r. rtitt'*
ritltttcntc pagilvanl sulrs itn;1,,r1,r,,,,, , ,,rr .r 1rr, rln rlll(. ttt,itt,crtr.-
146 RuvOruç.(o AuunrcaNa r Rnvor.uçÃo FnaNcpsa
\:rrn ( ilirnrlc ptrlc clcsta moecla chegava ao Nclrcleste europeu
rrlrirvrs rlc lisparnha e Portugal, que a lcmoi-ianr para cobrir o
,it'lit.it rlc scr.r contórcio. As regiões asiática c bultica, por outro
lrrilo, rrrantinhnm um excedente comercial com o Nordeste eu-
r(|[)su, cohcrto, em sua maior parte, pela remessa de dinheiro.
A Nova Ingltrtcrra e as colônias do Médio Atlântico cla Amé-
ncl tlo I'.lolic cstavam em posição especial, que influenciou so-
tucrrrorlrr setr iuturo desenvolvimento. An Essay on the Trade ol
ri'rt' Nortlttrn Colonies of Great Britoin in North America Í17641
\il)sirv()u: "A ntaior parte destas colônias britânicas do Norte
rlrstirruLrcni-sc, particular e infelizmente, de todas as outras, se-
lirrn brilânicas ou de outro país, pelo solo e pelo clima, incapa-
/cs (lo produzir quase tudo que sirva para enviar diretamente à
Miio Pírtria. Contudo, e malgrado esta desvantagem acentuada,
,lua sil.uação e circunstâncias são tais que as obrigam a receber
ç consumir maiores quantidades de mercadorias britânicas do
que quaisquer outras colônias... Quando se compreende bem
cstas circunstâncias singulares, e se lhes dá a devida importância,
l'ácil será verificar a causa por que maior número de navios e
embarcações menores são empregados pelo povo daquelas colô-
nias, em comparação com outros no mundo: incapazes de re-
meter produtos de forma direta, eles vêem-se forçados a um cir-
cuito comercial que não é praticado, por desnecessário, em qual-
quer outra colônia" (citaclo em Callendet, 5l-52).
Depondo perante a Câmara dos Comuns, na fnglaterra, em
1776, Benjamin Franklin assinalou que (a ,exemplo de outras co-
Íônias nortistas) sua Pensilvânia importava 500.000 libras de
rrrcrcrrrlorias, anualmente, da Inglaterra, e em troca exportava
sorrrt:rrIc 40.000. Perguntaram-lhe, então: "Como os senhores
t)lrltiur a tlil'erença?" Franklin respondeu: "A diferença é paga
l)()r' uossos produtos transportados para as Índias Ocidentais ,e
ve rrrlirlos clll nossas próprias ilhas lcolônias britânicas], ou aos
Í"nrrrc:r,st's, cspirnhóis, dinamarqueses e holandeses; da mesma for-
rnlr, siro lrirnsportuclas para outras colônias da América do Norte,
(-onro ir Nova lnlilutcrra, a Nova Escócia, a Terra Nova, a (-rr-
rolirrr c ir (iciirgia; c também para diferentes partes cla l1rrroprr.
t'orrro scjirrrr llspirnha, Portugal e Itália. Em todos csst':; Iur,;rrt'r-
l, t r'lrt'nlos tlinhciro ou letras de câmbio ou nrcrcrrtl,rr r,r'. (|rr(' so
Ir(':,1:rnr l)rril rcnrcssa ii Grã-Bretanha; ()s (nriri'; ,,,rrr.r,l,)', il()s
Irr, r,'r rl:r irrilrislriit dc nossos conlutei;rttlr", r' rrr,rrrrrll rr,,.. lr'\';ur-
l,rrlrr. rr,',.:r'. rilrt,ctts cifcrtliLfcs, ç ;1o', lrr l, l, rlo. l'ilr ',r'il', illl-
, rrl .rlt.':tttt st' littlrltttL'ttlr' nir ( it.r Ilt, Lrtrlr.r lr,rr,r ,,,lrrit lt
A REVoLUÇÃo Con{sncrAr. u o Pnor:lsso t)ti 
^('llvnn.t<'í<» 
247
diferença e. pagar as manufaturas inglesas contirruarrruttc usirtlirs
na província, ou vendidas a estrangeiros por nossos eorrrcre iun-
tes" (citado em Faulkner, 80-81).
A1ém disso, os colonos nortistas envolveram-se lt() l.riilico
escra-{o, e lucraram com e1e e seu próprio comércio triirrrgrrlirr
entre África, Índias Ocidentais e América.
O comórcio do Oriente, que em certo sentido foi a oausa
<iisso tudo, nos séculos XVI e XVII, e que perdera a importân-
cia itrurante a depressão do século XVII, renasceu durante o
século XVIII, p'oróm em novas bases. O antigo comércio de es-
peciarias com as Índias Orientais, particularmente as ilhas ho-
landesas da Indonésia, prosseguiu, sendo suplementado, no século
XV[I, pelo açúcar, algodão e sobretudo café, que eram culti-
vados nas ilhas, muitas vezes com a especialização de uma só
cultura, por agricultores locais sob comando holandês ou em ta-
vouras intensivas holandesas. Nas últimas décadas do sóctrro
XVIII, a Companhia Holandesa das Índias Orientais entrorr crrr
período de dificuldades crescentes, em casa e em Java, rrgrrvirrlirs
por problemas políticos internos e internacionais, c Pcl;r rrrrrt.lrçlr
britânica, que se consumou na conquista inglcsa tlc ilrl;ivrrr. P.r
Raffles.
O comércio Manila Girllc(rn, rllr ('lrirrrr,:rlr-:r't:s tl;rs liiliPi-
nas, para o Móxico c lr l,)sPrrrrlrr, lrrrrrlrt:rrr rr.il:l\( (.il r. :rliil,iru v()-
lume superior rro tlos prl'lrrr,.iros lt.rrrPos (l(.:,lr:r r.ri.,Í,-rrt.irr M:ris
importante, ntl ctllltttlo loi o tlt',,t'rrr olvirrrr'nlo rl,, ,,rntr.rt io tlc
têxteis do Oricntc, s,lrrt'lrrrl,r rl;r Írrrlr;r. ,r.r,, t,urlr(.nt {l;t ('lrilr:r,
pafa Venda na litlr()l)lt (' t(('\l)(,rl;rr,,ro 1r;rr,r ;r ,\llrr:r t' Atrrr.lit'lts
(e, no caso da Grã-[]rclirrrltir, p,n.r rr'r'\lrut.rr,,rr :ro ('oulrttt.ttlc).
Os fundamentos dessc cont( l(lo (.nr ,r lrrrlr,r. ,rlr. r,t.tr.;r tlc l7íO,
e c0m a China, no sóculo Xl\, l,r.',-rr.,r' r'rrttcvt.t rro tlcpoirncn-
to de Voltaire, eventultltttcrrlc I,r,ur(l! ,r,lrrrrr:rrlor rl:r ('lrrrlr, llrs
também das colônias dc r,st'r:rr,,, ",\', g,,,,.ir,, l){'rliuul:un (r (luc
é feito de todo o ouro o Pr;rl;r r1u, , rrt!.un ( (,ntrulrlt('rrlt' ulr
Espanha, plocedentes do I'crrr t' rlo l\lr rrr o \',rr I)irr:r ()!, lrol:,os
de franceses, ingleses c ltollrrr,l, ., ', (lur' l.r,,r'rrr ( ()nr('r( r() ('nl
Cadiz e, em troca, enviant plorlul,. rl, ',u,r'. rrrlu';lrr;r.. :r Arrrr'ri-
ca. Grande parte do dinhcil'rt viu l,,rr,r ,r', lrrrlr,r'. ( )rr, rrl:ris lr Iilrr
do pagar a seda, especiitl'iits. :,;rlrtr, ,rr,uL,u ,.rrrrlr. r lr.r, lt'xlr:is,
diamantes e supórfluos" (cilirrt,, t rrr lil,r\ r,urr,., l(rr))
E;úre 1733 e 1766, 65(l/,, dt lorl,r,. ,r'. r'r;rlrl;r1r,r's irtglcs.as
pataa Ásia foram constituírlirs rlr' ;,r;rt:r (\'rl;rr, tlt). Âtó cntão,
ít prata era exigida, em basc (onrr'rr r,rl l);rir llirllrnlonl"o de ex-
I
248 RrvoruçÃo AunnrcaNa I Rrvor.uçÃo FRaNcpsa
III. As Colônias Pagaram? Guerra e Acumulação
Durante várias etapas do processo de acumulação capitalista,
levantou-se a pergunta: "As colônias pagaram?,, Adaá Smith
é freqüentemente citado (por exemplo, por R. p. Thomas, p. 32)
em apoio da tese segundo a qual elas não pagaram. Mas Smith
argumentou, sobretudo, contra o c,omórcio monopolista com as
colônias .e queixou-se das despesas miiitares feitas para defendê-
las da França e, em menor grau, das despesas com a adminis-
tração das colônias,que eram contrárias a impostos de contri-
buição neste sentido. E, naturalmente, Adam Smith admitiu que
as colônias norte-americanas marcharam para a guerra contra
"a taxação sem repr.esentação". Ao mesmo tempo, Adam Smith
também argüiu que "devemos distinguir entre os efeitos do co-
mércio colonial e as do monopólio desse comércio. Os primei-
ros são sempre e necessariamente benéficos; os últimos, sempre
e necessariamente perniciosos" (Smith, 573). O principai ataque,
do livro de Smith foi, antes de tudo, contra o monopólio; ele
devota várias páginas ao detalhamento das vantagens que a Eu-
ropa tirou do comércio colonial (Livro IV, capítulo VII, "Sobre
as Colonias").No entanto, R. P. Thomas busca a autoridade tle
Adam Smith em sua contestação a R. B. Sheridan e outros:
"R. B. Sheridan afirma que as Índias Ocidentais Rriliuri,';rs;
deram contribuição substancial ao desenvolvimento ('('()n(,nr( ()
da Grã-Bretanha antes do fim do século XVIII. llnr crrrn{ ( ul-
tlltdoso das provas apresentadas por Sheridân nio irl)(,r,r .r,r irlrr'-
tttirçito... A posse das Índias Ocidentlis lt"\i, rrrr rrrrl,rrlt', rr
t:l't:ilo tlo rctardar o crescimento cl:r ( ir';r llr, l,rrrlr,r ,\ rt'nrlir
rlo'; ittl'lcst's tcrria sidO, pelO nrcrros \01 ) (ll lo lrlrr,r . rrr,l,. r.lrvirtl:r
A RnvoruçÃo Col.rtncrAr, tr o Pnoclsso uri Acunlr;r,t<,:Ão 249
se o Império não abrangesse as Índias Ocidentais... Srrltorrlrn-so
que as Índias Ocidentais não pertencessem ao lrnpúr-io o ur.rc ()
capital ali investido tivesse sido aplicaclo na Inglatcr.rir. O tluc
'esse montante de capital teria geraclo nesta hipótosc irllcrnlrri-
va? . . . Para o ano de 1113, a renda dos ingleses terilr sirlo, a<»
menos, 631 .750 mais alta, se as Índias Ocidentais nho lizcsscnr
parte do Impório. Parece, pelo visto, que Adam Smith tinha
razáo..." (R. P. Thomas, EiJR, abril de 1968, 30, 3g).
Esquivando-se a discutir os cálculos do Thomas, Shericlan
responde: "R. P. Thomas aplica-se, com efeito, a especular sobrc
o que teria acontecido no caso de algo ntais ter aconteciclo, o
qual não poderia acontecer... Mais rtuc a alternativa h;potótica
levantada por R. P. Thontas. scrirr consistontc inrlagur sc. a Grã-
Bretanha teria ou não baso clicirz 1'xrnr srrr IrcvolLrçlltl Intlrrstrial,
na ausência das colônias tlos Ir'ri1lic.s... () tlt:se rrv.lvirrtrrl, c«l-
lonial em muito contr-ibuirr Prrrir ir 'llrr'1lirrrrr'irrlltt.s:r" (,\llrcr.irlirn,
EFIR, abril de 19611, (Í)-61). I)o rl.irklrrcr rrr.rl., .s tl.is p'rrrlc-
mas foram historicamcntc inscpariivcis.
Jamais se saberá ao ccrto a c.rrllilrrriçii. (llr(. () r'rrrrt:r'ci,
colonial deu à revolução do con.rórcio n. sú,ctrl, XVlll. (. , l);rr-
ticipação exata de ambos no processo rlir ercu.nrrrirçã. rre crrpirlrr,
Revolução Industrial e desenvolvimento econônric.. r\'r;ris irrrll.r-
tante, talvez, gue o quanto ó a questão de como, tlir-c:lir c irrrlirc-
tamente, o comórcio internacional, e especificanrcnto o colrlniul,
contribuíram para este processo de acumulação, trturslor-nrirç:iro
e desenvolvimento.
Adam Smith, qualquer cue seja sua oposição no sistcnter
mercantilista, não se deixou cegar ante todos os fatos: ..Os lucros
de uma lavoura intensiva de açúcar em uma de nossas colônias
das Índias Ocidentais são em geral muito maiores que os Iucros
de outra cultura conhecida, seja na Europa ou na Arrúr.icrr"
(Smith, 366). O Primeiro-Ministro William Pitt, em l7()lt. rn,;rtr,,rr
a renda anual das lavouras intensivas das Índias Ocitlt.rrtrri: t rrr .l
milhões de libras, em comparação com 1 nrillrrro il,. lrt,r,r,,
do resto do mundo (Williams, 53). "Segun(lo I):rrrrr rrrt (, (,l
mércio t'otal da Grã-Br,etanha, no fim rlo st:r'rrlo \\'tt lrr r,, rlrr
século XVI[], rendeu um lucro de 2 rrrillr,,,,; ,1, lrl,r r o rrr
mórcio das lavouras intensivas entrorr r'orrr (,( l{ lí}( ll ) r,, \|rrtlit
ções de produtos das larrouras inlcrrsir;r'.. | 'o l)ol L,,nr, r{ ru cll-
rof)eu, africano e do Levantc, ()00 ()( l( ). ,,,rr, r, r,, ,1,r, lrr,lr;r.; ()ri-
cntais, 500.000; reexportaç:ões rlr' :rrlrr,,r. ,l.r . lrr,lrrr,, ()rirtrliris,
It10.000" (Williams, 53).
portações asiáticas. Esta inconvcniôncia nrcrcantilista só foi re-
mediada 9om o poder político quc Cllir.,c atkluiriu para a Compa-
nhia das Índias Orientais rrir llatallrlr rlo l)lassc:y, cm 1757, e càrn
conquistas subscqúcntcs. lss. pc'nritiu o acróscimo de transfe-
rência unilateral (lro os irrlcscs p.tlcrriirnr "pormitir-se" a firn
de acelerar o ir,rl.rr() tlir rirxir irrrrrirl tlo rtrr11çrrr, 
- da produ-
ção inditrna, rlrrrrrrrre os rillirrr,s rlcr'cnios tro sóculo XVIITI atra-
vós cla ntcrit l)illliljlrrrr, r'ulrrirrist.i'lrr:ilr tlos cstliurlrriis na Arnérica
clo sócLr lo xvl. A lnrrrslclt'rrcia urrilirtclirl, lrriirs, iniciou a..san.
gria" rlir Írrtliir c srrir vcrrladeira irrc.r-prllação ao proccsso cle
acurrrtrluçiro rrrLrrrrlial clc capital, por ela scnsivelmente aceleraclo.
A RnvoruçÃo ConrtnclAr, ri () pnclclsso r»lr A.rrnr.r.,r«,,Ã, 251
ção n*cional para ser mais que um fator ds c.,rr.irlLriçii, lr.clescimento... P. Deane e W. A. Cole caloulirnt (lr.lo lr Ior.nrir_
!19 d. capital líquido foi de cerca de 57o tra rcncla ,rrci.rrirr r:rrr
1688, não mais que 6Io em 17g0, e talvez71o em .lg00,,(llirrt-
well, 17), De acorcio, embora Deane (154) tambóm acrosct_,to:
"Tampouco podernos enco,ntrar provas dá aumento a"qrr,,j,,,.,
cionaclo na taxa de investimentã nacional, nos primciro,s'trôs
decênios do sécuio XIX,, (ver ainda Deane & Cole, pp. :O+_:0S,
e. sua referência, na p. 3A4, a ..uma vagarosa aceleração do crcs_
cimento industrial, começancro na décaãa de 1740 e atingindo um
crescendo nos últimos dois ou três decênios [do século ivirr,,rE Hartwell tira sua conclusão: ..p. Deane e W. A. Cote, fãier.,,repelem o próspero comércio internacional como pro_oiãi-A.
çrescimento, para verificar que mudanças na agriculturu c cros-cimento populacional desempenharam papéis viái, ni, .u,."a,ri.u
ds crescimento do século XVIII,, (Haitwcll, O-tl.
Contudo, Phyllis Deane escreve cnt algrrrir lrrliirr: ..l,ilrr s.rrr:r,
e. em conclusão, as seis princip.is nraacirlrs llcrlrs r1r'ris o c()rlcr-cio internaci,nal srrp,5l,,,,,.,,la lrjrrtlt,rr ir Ilr.(.( lllrl:, ;r prrrrt.ir.;r
Revolução Industriar crstir. r:rrrrrrlt:r':rrrlrs ir :.c1irrrr: r) lrrrrt.s rrotudo, criou dr:nranrla pirrrr os prorrrrros tr:r irrtrrrsrli;r rrrir:rrrit.rr . _ .
{_especialização, conÍ'tlrrrrt lcc,,rrlrr''t'L'rr Arl;rrrr Srrrillr ,.s :r,.r; tlr:1770, depende do volurrc trt» ,r.r-t:irtr-; s('rr r.sr)r.( r,rrr,/,r\ir{} ,ir() (.
possível obter as econotttiits trc cst'lrrlr (' il (.xrx.r r(.ri rir ( irr)ir,/(.sde baixar custos e preÇos a Í'itrr tlc colot.rrl lrn;r l)rrl{lur,;rr);r()alcance da massa da população. ltsLo é o r:rrcrrlo vr(.r()r,() (l(. urr;r
econo'mia fechada. -. Foi o acesso a uÍ, ,rr'cirtr, rrrrrrtrr:rl r;rrt.
rompeu este círculo vicioso para a rngrirlc.r'ir; 2; () r.()rr(.r; r()
internacional deu acesso a -a1ériat-prinr'as quc ar,priirr-irrrr , rrr
cance da indústria britânica e ao mes-o tempo ba*rtcirr.irrr scr:;
produtos. Sem o acesso ao algodão em rama, a lnglulcrr.lr rr:r,r
teria passado da dependência di uma indústria conr t.-r.rir ,1,.r,,,,,,
<la relativamente inelástica (lã) para uma indúsr-rilr rt.t-r.r,,,r, r
mente idêntica, com uma demanda relativanrcnLc r.l.r,rr,,r í,r1,,.,r
dão). A.menos que pudessem importar barrirs tlt. l, rr{r ,,il{ (,r.,.
os cuteleiros de sheffield jamais teriam pr.tlrzi,Í,r,r .r,. 11 1r, 1111,p
lidade que sobreviyeu no período 
"* ,1,,,, :r lr.rrr.r il, tr rr,r rrl
glesa tornou-se suficientemente boa piu.,i :;r.r \ r ,r ,i ,. l,ri,l),,,rÍ(),r:3) o comércio internacional veio ir l)r()\{.r ,,, lr,r.{,, polrrcs,
subdesenvolvidos, com um poclcr {1,. ,.,,1111,r,r l,,r,r ,rrl(luu u llrLrr_
cadorias inglesas; 4) produzirr unr ,.i,,1,1, rrt, ,,,,rr,ir1i,.11 (lue
ajudou a expansão das finançls irrrlrr.,rrr,rr.. , ,r llr.llt()r iil na agri-
:25A RrvoruçÃo AmrnrcaNa e RuvoruçÃo FnaNcrsa
Ernest Mandel escreve: ..Em outro lugar [na Mqrxist Eco-nomic Thets'ry, vol.II, pp. 4a3-al tentamos calcular as mais im-portantes amostras clesse roubo direto, comércio escravista e co-gnércio normal entre 1500 e I75A: aj E. J. Flamilton calculaem 500 milhões de pesos-ouro o vaior do ouro e da prata que os
.espanhóis levara* à Europa, entre 1503 e 1660; r]l corÉúr*n-der estima em 600 milhões de florins_ouro o tesouro que a Com_panhia Flolandesa cras Í,Llias orientais tirou da i"à" ãriq ãntr"1650 e 1780; c) Father Rinchon calcula em quase 500 milhõesde florins-ouro o lucro obticlo somente no comércio de, escravospelo capiral francôs durante o século xvl[, sem incluir ã-ir"rocom o trabqlho dos escravos nas iavouras intensiva, aas Ínàias
Ocidentais, que ultrapassou várias vezes aquela soma; dj ,"gurOoH. Wiseman e a Cambridge History of tie British É*'pir"i 
"rr_sideram+e. os ganhos obtirros com o trabarho dos escravos nasÍndias Ocidentais Britânicas em, pelo Ã.nor, 20A a 300 milhõesde libras de ouro; 
.e) - finalmenie, 
-"ãÀ 
a pilhagem da Índia,apenas no período de 1750 a 1g00, a classe governante da Grã_Bretanha obteve entre 100 e tSO mifrO", Ou libru, de ouro ldeve-se notar que estas somas omitem apreciáveis fruxos a"-.àiitur,como os representados pela prata hispano_americanu u o 
,àrr.o
brasileiro, depois de 1660; o comércio escravo de ingleses, ho_tlandeses, portugueses o norte-americanos, etc.]. Se í, pu.""tu,forem. somadas, teremos mais de 1 bilhão de liúras A. o,irq-irto
,é,. mais que o valor de todo o capital investido em toda a indús-tria siderúrgica em operação ,i E rropu, por volta do ano de1800" (Mandel, II9-L2O).
. 
Mantlcl não sugere, e ninguém pretende isso. que todo esse
'L:irpirrrl Ilrrirr trir-ctamente para a indústria ou industiiarzàçàoi"_..pt'i:r. ,rirs, Mirrx observo-u, depois de lembrai d;-:.Lir;._1)orl r'1;1,,,,t1,r1 1.,,,,, o conrórcio esciauo. Este foi seu método deir(:.lrrl:r(,ir, Prirrririr;r". r;rrt. "lr i,rlústria do algodão intÀduzlutI cs(rir\rtl;r, rlr' rr('()r, " r!,r lr.,l:rlt'il.1r", c quc, ..cle fato, a es_cravitliro vt'l;rrl.r rl., tr.rlr,rllr,rrlrirr..,;r,.,;rrl:rr.i:rrl,,s ri,, lirrropa'raa"r_
sitava, cl, s(', 1rr.tlr.,,l,rl ilr lrr,r (..( r;rr i,,;r,,:l() l)art r. sitttlrlcs tto
Novo ]Vluntlo" (l\.1;rr r. ( ) ( ,r1t11,1! \',,1 l. /,,,) (,{ ))
Contudo, ct)l su:l "ltrÍrorlrr,..r,, .r u1r \ol1;11;1. .,611r.,l,lttt
Causes ol íhe ltttl rt,strirrl llr.t,ol ttttt,rt trt I ttt.lrtrrrl ll,rrtn.i.ll :rl.rr_
ma: "Sobrg a acuntulirçil{} 111' , irlrrl,rl i, Lrt, , rlr, , r (llr(. uit()
houve, no sécu1o XVIII, tr lru, ,.l,ir,r{..r,) nr,u(,urt,. (l,r t,rr.r tlr. irr,vestimentos à margem ila rctttllt ,,.,',,,,,,.,1 ( ) r,nrr r( ro (.\lr. l.ior,
"embora em expansão, absorvctt l)r,l)r)rr,,r(, r1,,1ltr r(.11{. rl;r pr.rltt-
,,
l
I
252 RnvoruçÃo AnrtnrcaNa n RnvoruçÃo FnaNcrsa
cultura. os lucros, clo c.mércio esparharam-se pela agricultura,
mineração e mernuÍ'atur-irs. Scm cres, os inovadoràs te.iam encon-trado.dificuldacres pariL IrarsÍ'ormar as novas icróias 
" ,oiuçã", 
"máquinas. em urpr.or:nrlinrc.nto produtivo. . .; 5) tambéni aju_dou a criar un,r cslrtrrrr rir institucional e uma ética empresarialque vieranr a c()rlpr'()virr str. oÍ'icácia na promoção cro comérciointern., c.nr. iri r)r'ov.r.i* rr. comércio'externo. a 
"ràüàluauredc 
.clo i,slilrri('rrcs t rrrrc't:iiris rrr cidacle. . . os sistemas cle co-nrcrcializar,:li(), s('.11, r'()s, 
. 
r:rrrr 'rrc rrr: quariclad" 
" "rtunàui 
diiaçaadc pr.rlrrl.s, rrrrc cv.lrr ír-:rrr tlirs rrt,.,tisiclircles do comórcio urt"r-no, Í'.rir rrr c.rrtrirrrriçcrcs irrp.rtlrrrlcs i\ nro[roria da produtivlaa-dc cm casa. . . ; (r) l,inalrne rrtc, vaIc. rrolrrr que a expansão doconrórcio internacional no sécuro xvilÍ r'«ri a causa"uasi"u aocresciment'o de cidades e cenrros indusrriais . . n 
"Çnrãã-J.p"-tacular de -Liverpool e Grasgow constrtuiu iator quJse 
-ãr.irrrro
do comércio externo,, (Deane, 66_6g\.
E no capítulo "Retrospecto: Resumo de Conclusões,,, domesmo livro de Deane e Cole, citado por Hartwett, l.mor: i.ao
longo dos últimos dois sécuros e meio, o comércio internacionarfoi. fator estratégico no crescimento econômico inglês. ór-ã"r-cados ultramarinos deram escoamento a indústriai ã;.-1";;;*operado com muito menor eficiência dentro dos confins da de-manda doméstica; matérias_primas importadas fornece.u_ u-bur*da inovação e especiarizaçàà; investiÁentos estrangeiros oferece-ram utilização lucrativa ao capital que consicle.uíu u, ;;;;;.._tivas internas desfavoráveis... Não será exagero dizer' ;;; "setor do comércio externo marcava ,o .o-purio à" ...r";irln,ooconômico inglês... Mesmo no século XVIII, q.*náã"-o-p"r,abs;,lrrt'' na economia pró-industrial, das transações cla Inglater-
'ir 
('orr. r'csl. rro nrundo era menos cra metade do que rô 
"*gt'.rl' rr:r t't',r.,li:r irrrrtrstrializacra dos 100 anos urtaràãr, eJr',v:r't'l (lr(' ( ('r'(:r trr rrrrr rr:r('ri rrir procrucão ;na"rr.iài- rrjlru
fossc: e xpor l;rrlo ( ).; lui.r o.; olrliilo:; l.,r..l,ls t,,tttt,,,t.citrntes orrc faziarn0 ctltttctt'io r'trlrr. .r,. ,,\rrr,.rr,;r,,. , l,\lri.lrl. ()r;t.ttÍr. ,.',,--f,,",:,lpU
co,stiIuÍt'iu,, lrrir l.rrlr rlt.Írrr,ur,,,r,. lr,l;r in\i...litl,r,.,;,;r r',1-ical_tura e indúslri;r lrrrl;rrrr,;r,. \ r ,,r,1, nr r.r (lr ll{.ri.r(1o,, ,,,t,.,1,,,,ai,r.
nais por expl.l'lr r', ,() J,lt rl, ,,, , ,1,, \ \.lll r. (.rr{.(,(, rl, scculoXIX, foi, provitvclttrr'nlr., r.rrrr r,rl 1r,rr,r rlrr r.lr , l,r.r,..,sg tlg in-dustrialização e o ct'cse irrrr.rrlo rl,r , r, tr,l,r , rr .r., rlu( llrt.:; cstive_ram associados" (Dcanc c ('rrli.. ií),) tl,)
F, 
_nas_mesmas páginirs tlrrt. Il.ulrrr.ll r ll,r (.1r ,rlrprl1 1lg qro
conclusão. Deane & Cole cscrc\,(.rn ..N,r, jnrl,.. por r orrst.lili-ll-
A RnvoruçÃo CorvrsnclAr. E o Pnocrsso ul Acrnrrrr.,,rr,'Ão 25-l
te, haver dúvida quanto à importância esscncial tltl corrr[:r'cio ul-
tramarino na expansão da economia durante cstc ltcríotlo... lil
claro que as maiores indústrias de exportação, c irs irrtlústrirrs
.domésticas que as abasteceram com algumas de suas nrirtcriirs-
primas, tais como carvão mineral e' ingredientes para Íabricar
sabão, tiveram taxas mais elevadas de crescimento do quc a
maioria de outros ramos da atividade econômica. Isto não inrpli-
ca necessariamente que a aceleração do tempo da expansão cco-
nômica, na segunda metade do século XVIII, possa ser direta-
mente atribuída ao rápido crescimento do comórcio internacio-
nal durante aquele período. Na vcrdaclc, o exame do comércio
externo e do crescimento cla renda nircional ntostra que eles ti-
veram caráter mais complcxo o opcrlrriun crrr tlircçho divcrsa
da que geraln.rente sc supõrc. Alirnrirrcnros irtlui tluc a cxpunsão
do comércio exportaclor inglôs ostcvo lirrritlrtlir pclo porlor rlc
compra dos consumidores inglcsos, c quc csto podcr, lx)r scu
turno, foi limitado pelo que os consumiclores potliarrr girnhtrr tlc
exportações para a Inglaterra [neste ponto, acrcsccutarcrrros tlrnrs
observações: não deixa de ser verdade que tal dcsenrpcnlro loi
aumentado por um comércio mundial em bases multilatcrais, cx-
plicado, por exemplo, por Benjamin Franklin. E, quanto ao prG-
cesso de acumulação de capital e desenvolvimento, não só a re-
lação comércio/renda é crucial, mas também entre comórcio c
investimentol . . . Aspecto notável do comércio britânico durante
o século XVIII foi sua cresÇente confiança nos mercados colo-
niais. Em 1700, cerca de quatro quintos das exportações inglcsas
iam para a Europa e somente um quinto para o resto do munilo.
Pelo fim do século, por outro lado, essa relação mudou quaso
completamente. Mesmo em termos absolutos, os arti_{os inglcscs
faziam pouco progresso nos mercados protegidos de seus rivlis
europeus... Daí o aumento das exportaÇões britânicas ao lorrlr»
do século ter sido causado quase por inteiro pola expans:1o ,,r
mercial com os novos mercados coloniais na Irlanrlrr. Arrr, r,,,.
África e Extremo-Oriente. Os mercados mais inrporÍ;rrrr, ,t,,
ponto de vista do industrial inglês, foram os rlrr ,\rrr, rr, r ,1,,
Norte e Índias Ocidentais..." (Deane e Colc. l.l \ l,lí,)Quanto ao processo de acumulaçiro lrrrrrrrlr:rl ,1, ,.rl,rl,rl. o
ponto de vista do industrial inglês revcllr\,:r ';, ,, n, rnl,,,it,nrt{'
e depois dcste industrial, através (lus rrrr,,lr', ,1, \,l.rrrr iirrrrtlr,
F'riedrich List e Karl Marx, a úllirn;r i (,rL ,.rír l,rr i ,lrrlrt lr't irlir,
talvez de maneira mais setrurr. ;,,,r I rr, \\ rllr.rru. lrrrrrllr olrst:r-
vou que "as novas divisilcs tlr' lr,rl'.rllr,, , ,r1r, r lr rr. l;urtt'ttlos tlits
pl
'Ít
I-l
254 RrvoluçÃo Arlr.Hr.rrN.t r,; t(.v,r,rrr,,,r, IiHnNCnSA
ut.Ics. a: r,uai.. n,, c]l.t.rrlu t.slriilo rlo;1111rr,p t.rptt:rCio, jtrni.liS SCteriam r.a,i,.il(io, à 1.illr trt: rrrrr ,,,,,1,,,,i,, trrrc rrrrsorvesse a maiorparte de sua p'atlrrç1r,. . . ,,\r,1;1-.r ll,l,, iel,t,() l)itr.ll os nuütcrosose 
_prósperos tririt:rr il6r.t.s tlrr )\rrr,,riclr ,tub ..iro, or;i..,,,r. lirnrlrr:rrr ,,,,,.,, .,,,,,r,..ti;:l;,r":tl"Í,"ri ::tf:ções cla Ásilr. ,,\lrit.:r t. ,\,,,,..,.i..,,..''ii',,,irlr, 4lír_,591). E ele fezesla obscr.vtrçtio lrrrlr.,s it. l././ttl
I-isÍ. (II4-l-10) (()rr(rl(), lrr1,.1;1y1.1;;s1,rrlr: , ôxito rjas diretri_zcs corrrorcilris. irrlqlt.srrs, r.csrrrrrirrl,, rrssirrr: ..(l.r;;;;;J#.iur-
prlll.s o vcrrtli.r p'.tlrl,s n,rrrrrl.rrlrr.rrrl,s. .", li-il;;r,.à]ràror,"As ctllôlrilrs itssctltt Il,'irrrr nrc.cirrl. l)irr.. irs ll,r.r;sccntes manufa_Íuras, o, ar.ravós tro nronoprrio d. nrcrcirtrt), ,1.Ír o"oÀriuçaocresccnte. Os lesouros capluraclos íora da l_u,:,,1,,, fn.*iràlrfurça_vel rapinagem, escraviruçáo 
" u*urrinuto, ,avcgar.anr de voltaà Mãe Pátria e foram àli convertiOá, ._ capital. . . Liverpoolengordou com o comércio O" 
"r"ruràr. Este foi o seu móiodode acumulação primitiva,, (Murr;-ô-Co)iA, Vol. I, 153_54,75g)"Talvez o mais poderoso urgoa.rto tenha sido o de Eric"wiltiams, 
agora primeiro_Minisirã a"-it"io"ã- . foãuó, 1"rr, rruCapitalism and Slavery: ..O comércio triàngular deu, portanto, urrltríplice estímulo à indústria britânicà. os n"gros foram compradoscom manufaturas britânicas; transportados para as ravouras inten-sivas, produziram a,1c1, árgroa{-i^rãigo, ,r.tuço e outros pro_dutos tropicais, cuio processamento 
"riou 
,ouu, indústrias natrnglaierra; ao mesmo tà-po,. u prãr..rçã'dos negros e seus senho_res nas lavouras intensivas abriu outrá mercado para a indústriabritânica, a agriculrura da Nova Ir;i;;.;;" e o pescado da TerraNova' por volta de 1750, era ril--;;';idade comerciar ou ma-nrrl'rLrrr'cirir na rnslaterra sem rigufáã*"à- o comércio coronialtlirrr, .rr ,, c,,nr.,ãio. triangular. õ;l;.;, assim obtidos alimen_tirr':rrrr rrrrr rl.s pr.ilrcipiris f-luxos à" à.íàrf"ção do capital que,11r Irrll;rtr.r r;r. IrÍr;rn(.ir.)u ,,. llr.,v,,ltrfão industrial ... Esse comér_cicl cxrc.lr, tr.ir,,rr ,;rÍrrrrrrrrt.rrr..,,,l .í*,ta si rm vigoroso desen_volvittlcrrlo rlrr rr;rr,.r,
tug.rr, ,,u,, 
',,,,,',..,.,, 
",,,1:,;.,1"', ',,ili),',1,'ll''11,,']":.il,,,Iil:i 
:,lr^.;;à?;desenvolvilrrolllo rlo ( onrr.r( ro l1 r.q11r,111,11 ,l,r rr,rr(.,,,r,,irrr t. rl;t itt-dúslría31vrrl. l)(.r'rrÍrr , r rr..,,r,,,,, I ,,r.rr,l, ,,,1.,,1.., rr;r.rtmas. Bristol, LivcrPool 
,t. 
( il.r,,r,,,u ,,,,,,,,,,,rn. ( ()nr, Dorl():i (lcmar e centros tlc ço1s;1.11.j11. .l |r,.r, ,r. r'lManchester, Éi.ài,úr,,,,,, .', it,1.r,,',.i;;' ,,,',';,,,,1;:,,::",,',:,',':", I 
,l;i.,,,11;
era industrial. . . FJranr ()r (.(,nr{ ri rt,, ,1,que fizeram ae griúr a soli.rrr;r ,,,r,,,r,1' ,,,, i,l,li',,,1,l'';,,;lt';;::
A RrvoluçÃo CouuttclAt, Ij () I)tr«l(,1:sso lrr; Ar rÀr r.\(. \{) .)55
meiros trôs guartos clo século xvIII... (lrrrrrrtl. Ilr.i:;r.r r,i ,r-
tlrrpa:rsada, no comórcio escravista, por Livcr..ptrol, tlr.svrou suirs
atenções do comércio triangular para o comúriio tri'r.r, trc :r'rr-car' IJm número menor de navios de Bristor navcrirvr 1,,,,1,, ,,ÁIrica; em sua maior parte, iam cliretamentc ao (.,irr.ilrc... (.1
que o comércio das Índias ocidentais fez porr Bristol. () c()rrcr.-cio escravista fez por Liverpool. . . O número de navios rluo
aporÍavam em Liverpool aumentou quatro vezes e moiiL c,tr-r:
1709 e 7771; a tonelagem aparente, ,.1, u.r., e meia. O núnrcr.de navios pertencentes àquele porto multiplicou_se qrolro-u.r",
durante o mesmo período, e sua tonelagem e númei-o de mari-
nheiros, cerca de seis vezes.. . Calculàu_se, em 179O, que o§
138 navios que singravam de Liverpool para a África ,"p."r..r-
tavam um capital de mais de 1 milhão de libras. . . somente atra-
vés do Act of I-_Inion, de 1707, a Escócia teve permissão de par_
ticipar do comércio colonial. Essa permissão pôs Glasgow' no
mapa. Açúcar e tabaco acentuaram a prosperidade da ciáade no
século xvl[. o comércio colonial estimulou o crescimento cre
novas indústrias... É necessário agora traçar o desenvolvimento
industrial na rnglaterra, o qual foi estimulado, direta ou indire-
tamente, pelos artigos do comércio triangular e pelo processa_
mento de produtos coloniais.. . A lã eru a menina d^os olhos
das manufaturas inglesas. . . O carregamento de um navio ne"
greiro estaria incompleto senr alguns produtos de lã... porénr,
mais tarde, o algodão ultrapassora rã nos mercados coloniais...
o que- a construção de navios para transporte de escravos fcz;
pela Liverpool no sócu1o XVIII, as manufaturas de algodão pirrir
compra de escravos fizeram, no século XVII, por úanchcit.,,..
c) primeiro grande estímulo ao crescimento de ôottonóporis v.i*
dos mercados africanos e das Índias ocidentais. o criscirrrL.rrr,,
cle Manchester esteve, intimamente associado ao crescinrcrrr. rrr
I-iverpool, sua saída para o mar e para o mercado r,rrrtli;rl ( t,
capital acumulado por Liverpool, com o comércio (lr. ,.,,, r,,r,,..
espalhou-se pelo interior do país, para fertilizâÍ- irs r.rrr r,,r r ,1,
Manchester; os produtos de Mancheiter paru a ÁÍri, :r , r,,,, rr,,rl
portados em navios negreiros. O rnercacio cxlr.rrr. ,1, I rrr, r lrrrr
incluía principalmente as lavouras intcrrsii,:rs rl;r . trr lrr l 1rl, 111,11.1
e de África. O comércio de exporlu(':io l',,r rl ttlr rr I ll,r,r.., (.lt
1739; em 1759, aumentou quascr oil,, \, r ,,r t';,t r r,r rlrr
303.000 libras. AÍê 7770, uflt l(.r.i., rl,. r i,1,,,rr,,.,,,, r,r l);lr;r it
costa africana, metade píira ls t ol,,rrr r .rr, rL, rr r r lrr,lr;r., ()r.i,
dcntais. Foi esta tremenrllr tlt.1,, ,;,1, rr r1 ,1,, ,,,rrrr r, r() ltiirrry,llt;11
256 RnvoruçÃo AnrenrcaNa n Rsvoru(rÃo Fnnucrisa
que fez Manchester" ' Manchester rcccbcu dupr. ostímulo do co-mércio com as colônias. S" fr;;;;;;"o.", rr",,, rrcccssiraclos na cosra'africana e nas ravouras intcnriu,;;-r;; rrrrru'irlur..s dependiam,,em troca, do abaslcoinronlo tlc ,,,riC.,,,r_lrnrrras. O interesse deManchester pelas ilhirs 
".,, ..r.,jr,,,.i.,.'^ ,,,,,t.riir_prima chegava àrnglaterra' no^s sócu'rs xvrl 
" i'üttt, virr.r,, ,ri,cipalmeite deduas fontcs, o Or-icrrtc c: irs Írrrliirs ()citlcrrtiris... Mas, no come_ço do sócul, XVlll,,ir lrrlllrrrcrr,,' ,i.i.,,,ri,, tlus il'as clas Índiasocirlr:ntiris ,rr'ir trris 1cr'çri rt tr.,s qrrir'Li,s trc scu .rgodão em ra-ma... A rclirrrrt.rro clc açúcar... À'.i.r,if,rção do runt... paco_Íilhlrs... ln.lusllllrs nrctlrlúrgicas I.u1is 
.l.or-nravanr parÍ.e regu-lar trc ilualclucr carga para á Áfri.a. Brrmrngham tornou-se cen-tro do comércio de aimas, .;;;-i;;"hesrer fora o cenrro al_go.,eiro... Juntamente com o f"irr-lu,,, o latão, Iigas de co_brs... As necessid.a{re_s.da irO,:riri"'r""al deram novo estímulo
;r:'ii:j:'ÊrX"i:0"" rwrii"-', Jã,'Zi,"aot, 64, 68, to..,ií, T,
,-^*_9:rto aspecto da _questão foi levantado e respeldjds. demanelra um tanto equÍvoca, po, »uuiâ Landes, em seu ensaio'devotado à Technotogi"rl-àí*síZoi rrour,rial Deveropment,_? W:', : lf E uro pe, ti s o _ Dj q-,-' u" ;r;;'::1:',:'f . :::,:!:!"-nomic History o7 'l!,?p", ;.ó";;;;ã ffii,: ff!{iíír!"í;ttemanda e da rendên.,.u a pàãu;;.; massa de arrigos maisbaratos deve ser atribu,rra à';;;ffi;r"*terna, em oposição aosmercados externos, 
.é .tatvez i_ó";;;;; 'àrr"r.,, 
Mas Landes pros_segue na mesma página: ..podà_se tui"1 rentar essa espécie decomparação para a irulústria Oe h: no-irm do século XVII.asexportações inglesas de roupas d; là prouur.tÀ.n1; ;;;;;"*além de 3ago 
-da 
proarç-ao 'Ju" i*rrir,â, por volra de 1740, aproporçro deve rer_s_e eievado, üil;i;.rte, à merade e em
llllÍ',^,1:,,1i",,1',1t' oa metáae. ú;'*' mpá,t,iã- üiã.,'0".-
ao, o'rlrpá;;;'r;;':'"^ Lu":: ter vindo o.u i"otlii.L..1"4"í;"-
mic.ri,t,,yzí'b""*i"Yr,,?r"rr,yi].'rái"r:?K!r:*:Íir:r
Landes prossesue: "À'rroni.,À"ã"#.áfu 
da rngraterra esrrvirno ultramar _ na Ameri"u, no srl'ãí?r.i"u e no Lesrc Asi;i_tico. A primeira ..11 d.. I;;;,";'ir?il irnrorranre; irs rrrrrr;rsOcidcntais e as colônias Oo Cüíineri"**_p.ouu,r. 
irrrrr;r:;, l0,lirrlrrs cxportações inotesas, 
- 
eir""iibóli, "r"r, ,, (.rr t t , t. ( (.r (.ilrlt' 57í r, r'nr 1797-{. a 'fa 
,Urà*i, ' g,i,,,r,. t,.,,r, ,1,,. lrr, r,rs:;r 
'r'rrtl;r rlc r,rrp,s no novo nrercrrtr, ,,,r,,,,,',,',,,,,i l, lll,.. lrrr.r1r.
{,r) (r,',,,,'r s...i. u,,r.r.lu, .,r,,,"r.,',,, ,1,, ,.] 1,,, I lll:',1,1, l:,,,r',i:,]
I:nl conseqüência,. conforme Dczrnc o ('.re rrrrrrrrt.rr,rr:,t.r-'varanl e até mesnro Flartwell teconhccc, piu.ir conrl)r(.r.n(l(.r ircontribul'ção ou reração ,1"r." .omJi"iã'irt.,.,,,,.irrrrrr t. t.rl.11i11lao processo de acumulação mundial de capital, tlcvt.rrros vt.ril.i.car não apenas as correlações estatísiicas entre Çr..scirrrt.rrrr» rlt.comúrcio e crescimentg d." trenda, ,a*-ro*"rts enlrc corrrt:r.t.ioe crsscimento da indústria em g.Ãi, 
^*u" 
tambóm o pir,.l rlL.setores particulares 
, 
deste comórãio lsotrretuao os das c.[ô. irrse das *or'ças produtivas e relações dai àÀrivaoas), no clesonvorvi-,nento ,ie in.ústrias c]etern;1ná.ao, .. ãpr.u, determinadas, ist.e' c*njunturas e lugares hisróricos.--o-'rmportante desemDcnh.r'lo conr.i-cio rnundíai durarre, ri.rrí.iá càr.r.iri"uo"l.i.,,,,,xvlIt, nos primórdios da ii.evotuçao"iiãustriar no fim dessc sú-culo, foi também observado p"r'ãr,rà, n,otáveis inr.,esti..gaclorcsdacluela ópoca. entre os quais os rr;;;";r, '.* 
,ã".iâ".iir_,'of Ã[odern IndusÍrv (-The Shaã"*-ài"irr. Slave Trade,,; ,.T'o
Rcvolu{ion in Colton,) 
" 
pori fr,furlà,r*, 
"rl seu clássico Z,/zclnd'strial Revorutiott i* Íhe n;giriir"ii' c,entury (.,commcr:ci.rExpansion"), bem como A."o1,l"i;;r;.. (o ,,ui, velho), invcn_
frluoji. 
r..n" "Revolução lr,l;il,"I; (..Manufaciuràr--^,u,,r
Talvez a mais i
a c,c Dea n e ; à;; iüi Fli: fl ' :::[i. i:;,1. .1i,, Íi;',; ; l,."l:',litório a Thc Crowth óy Norionot n"àà'"r'. clo Volume VI, rrcirrrrcitado, da Cambri.ge ar",ri*i""""niriàry o,f Europe) s.'r.t:British Eco'notnic Growth t6ss-1gjg. sua"u 
"orctusoes 
podci, scrresumidas rapidamente da formí rá*J"i",
..§. tr{t,r'0r-uqtÃo Courlnt.t^r. r, () lrRor r ss«r rrr: Acrrltur,rr,,,ro ?57
vg,lugão Americana. Em seguida, foi
tibid.,313-14).
\tL',r. rlo ;tlt'otlltt»
"A.nos
Ind.
de Exp.
Ind.
de Merc. Int.
N;tciorr:rl
Iit rr,l.r
Prod.
Agríc
t700
1760
17BO
r 800
100
222
246
544
r00
114
123
152
100
tl-5
I 2"(t
l.,l.l
l{)l I
II
t,,
(Tionle: Deane e Cole, 7g)
das lições fundamentais a tirar rlrlal da taxa de crescimento cntr.r:
Com base nestes g em ouÍr-():; (í;r(lí, ,,,r lrrr lJ1;1;1
,,,1, r,r,,,to lrttt
I t,',' 1y.11,q .,,,
l.
258 Rnvor-uçÃo Al,rnnrcaNa n Rnvor,uçÃo F.neNcnsl
exportações, 2,19o para o p,roduto nacional _ num momento ernque as exoortações britânicas se orientavam, em cerca de 7Ago,para o Terceiro Mundo, aqui definid,o como os territórios domi-nados política e economicamente. .. Como se verá no graíici Z[não mostrado aqui] , a taxa de crescimento anual foi particular*
fl::I"-.,".1:o7i,T,r.r,odo 1780-tBQ0, pqra o,s rêxreis (t4,tVo),rgrro e aço \5,lvo) e ,outros mctais trabalhados (5go,'em Ãe-dra). O recurso ao nrercado inte no, agrícola po,,n."tenri" ,a"teria permiticro tar desenvolvimento das forçàs proáuiiuàr.'nrrulirnitação clo mercado interno é comJ:rovad; ;"- dii;; ; ;;*parte reproduzido antesl, onde a taxã de crescimeln-t" ;; ;rJ"-to agrÍcola. . , rimita efetivamente a taxa de cresciment, Ju, l"-dústrias unicamente orientadas p,ara agu,e,le *"r.uáá;; lpufioirr,1969, 1,83).
A [{rt'()1 t.rr.rÃo Crlnlr,R(,r\r. r. r) I,tr,Í)r i:,:,r, r,r .\, r ,.]r
A Revoiução Industrial, prirneiro na fnglaterra e depois emoutros países metropolii.a*os, naturalmente implicou transfor-
mações de lon,go alcance na economia metr:opolitana, na pàiiti-ca, sociedaCo e cultura, oue fogem ao nosso propósito aqui. Arevolução e a inovação tecnológica associaclas, 'q.r.-;;;;u 
ãiJrrnaotêrn despertado, não poclem ser realisticamente entendidas se iso-ladas desse processo de acurnulação ctre capital 
" "^ronrá, 
-*"r-
cantii. "Seja qual for a origem clo progiess. in3_lêr;'";i. 
-rra,
adveio de superioriclade cientílica e tecnológica,,, o-Ur"ruu ffoU*
-b:yy @7), e é, quando nacla simbólico, que, como lembrawillia,is (102-103), "o capitar fosse acumulado no comércio dasÍndias ocidentais que finãncíasse Jarnes watt e a máquina avalror. Boulton e Watt receberam adiantamento, O. fo*a,'Ç"r",lViiliams e Jennings,,, e Boulton escreveu a Watt: ."Lolvc,
vt'r-r': c c,nrpanhia ainctra pocrem ser sarvos, se a frota das Índias()r'irit'ntriri t.lrrr,rrr a salvo da Armada francesa... ttois n:uitos
vlrlor i:r rit lr's rlr.yrt.ntlclrr tlissct',.
,r\ ;rrrlirriirrrt;r ( ,rttrrltritl.tlt, lit,.nomic History ol Eurape con-Cltli: "() (ir:,() irr.'l,,, ,. o prololillrl r:lássiC. Cló fima n"r'l,rçãOIntlrl:ttiltl l,.r ,:r,l.r n,, r,,rr, r, r,r ullr:rrr,;rrin,r. 0 crescílneir'to
dO COntút.ci, l,ll,rrrr, ,{, ,,,,rr1,, \Vlll lr)t,(.(.(., Ilrr_li:t ;.titt.lc <l;tfiqueZa aculttttllrrltr ll(.((.,.,tÍt,t .l(, lrrr,,r, r,,,(,l() tl;r irrtlrislriit
nascante no últilrro ullillÍo rlr, .,, , rrlr, .\ o;rorlrrrrrrl;rilr. (Í\. (.()ÍIt-prar matérias-pritttits e vrl(l(.r ;rr.rlrrt,, ,rr .rlr,rrl,, r.rr rrrr.tt.lttl,r-estrangeiros, estendclt cottsitl,.r;t\(.1Ín( 1Ír r, r,1r) rl1 llrstlrrtritlit_des econômicas abertas ir irrtlrrslrr,r lrrrt,
IV, 51). 
rd) 't rll(ltlslll'l lrrll'lllrt 'l l('tttttl)ri(lí:("
,A in pcrtância simr-lltânca rlo conrcr.t.io r. rlrr ,trrr rr,l ,rr rlrr
lluürt'lr comerclal 
- no século XVlll ú cvitlr.rrl,. r. rr. ,.ri,l 1,,,
clonr suigir cuestões, no entanto, cluenio irs su:r ; l)r, ,rr r , r, l,r
çõcs; inclusiYa, relações causativas entro 0llrs. lrotlL rrrr,... r,llrr I
s. ,Ashtcn, investigar "a resposta à ncrl3tr ntiL sr il r',u, rr.r ,rrrrL rl
totl ou climinuiu a atividace econômica na niri,.ir, lt. ir,irr, r,rr ,rr
retarrlou o ilrocesso c1e acumulação e di:serl\,olvir,r'rrr, rtL. ,,111
1al rto muilrJo] Çofi1o r,t1r 1.oilo", e concOi:r.lur iruir "r,i,r lr:r r,.,.
posta sirnplcs". "üs lucros e perdas resultantcs rlu liut r r,r Ír,r ;rrr
di:tribr*íclos desiguatrmente. cortas indíistrias c r-,:liiii,.s lrr.rri-rr
ciaram-se com encomendas governameniais, crlrliltrntti ultlr.r,,
s-ofistaÍTr i-rma queda na clemanda civil. Algumas r)r.()ril)\^r.i,:r,de,ido à protecão contra a compeiitividacie esrr.a,i3"i,:,,... ,,rrr;,,;
dociinaram ,lor causa do corto nas irnportações rlc lirir,L..ri:r:;
priuras cu da contenção de mercados externos"" .Ií. rl.. trrl-r5,, ,,
bastante para inrlicar. clle a gu'rra foi causa importarrrr: rrrr ir:;
tabiiir:lade no co*ércio do sócuro xvx{I. .,Em rÀsr-lnro: ir:r llrr(.1.ras cno sócu1o xviTI. prolnoveÍam a aquisição cie n.vri,, t,.,', it,,rios e me.rcados. Criarain, sem dúvida, **prago, pi,.ir lrrr,ri.rr:;que, c1e outra for,la,.teriam permanecido olcioãos àu crrir.ilrrr,,,;
em atividades anti-sociais. Estimularam certos rarlos tl,-. pi:,,,r,,
ção e p'useram comunidades reinotas nas correntes prirciPrri:; tr;rvida nacional. É possível indicar algumas * bEm pà,,..,,,,,' irr
venç-ões Íácnica"s que eias promoveram. For outro ía.do, rs 11rr,.rras implicararn perdas irnensas de homens e navios, o rl..irrr;rrr
gíveis qualidacles humanas. Se não houvesse guerras, r:r ,rir, Ír1 itânico teria sido rnais bem alimentado, rnais-bem virri iri,,. ,-,.rr,,
mente teria melhores habitações do que teve. A flrr0r.r.ir rrr.rr\,r,,rr
energias do curso em que corriam _ assim por,,,i,-,, r.,.1r.",1,,:, t,vamexte .- os permanentes interesses da fnglrterril. hlr.:r:;,.,.,.t,rgio de clesenvolvirnento, a, necessidacie priÃortliirl tl, ,, ,,, ,1, ,uma rede eficiente cle estradas e vias fluviais dr pL.rr,.l1;q,r 1. 1, rr ro intericr; e, con'forme se vetá, a guerra tcrntl,,rr ;r r, Í,r il r r
criação disso. Se a Tnglaterra houveíse clesft.rrl;rr lo ,1, t, , ,lrr r rdoura, a Revolução Industrial pocleria ocor.r(.r. rrr:rr, , , I,, I r.,.
afirmações e conjecturas não eicontrarã,, 11,;1. .r,,rrr ,,, ,r, rsal..." (Ashton 64,68,83). Certame nlr. n r,, 
', 
,,, ,,, 1, , r ,,,',',',
Para comaçar, a análise de AsÍrlorr rl.r. r, Ir,,,, rr1,, rli, l,rt.rentreguerraecornórci,osãoeq1ív,r,.;r,; , r ,,,11, 1,1 ,I,,, l,ltittas e implícitas que ele tira rlllr, ;rirr,l,r rr1r. llrl,,rrrt ,,\rltl,rr
otrserve uma variada e complcxir rr Lr,.,,, , rtr, ,, ,rltrr r, lrrrir,,,militares e comerciais, e cr-rrrtlrr;rrrl,, , rt,, l,,rtilrlil1 rlr. I|tÍ,|]rr
26A RrvoruçÃo Alrnnrcaxa r RrvoruçÃo Fn,qJqcnsa
A RrvoluçÃo Clouilttrctr\r- ti () !)uor r.:iso r,r \r r ,rr r ,, ,r 'r,l
ctiincidissem com alcuntas fasos dc cíclica prospcridade geral, a
irnpressão dominanl.c ó do coincitlôrrciir crr I r.c gucrra e depres-
são. tr paia AslltoÍt - ltcttt c()nto l)it1it 6rrlr-11s irutores 
- esta
íroincidência es1:i 1.r'lrrlLri:itllr rrrrnrrr cirusir(,ir() rrrritlirccional para o
efeito ine qtlc tt liu('rr':r irrle r'tr)ntpr.. () (.()1i(ir.(:i() irrtcrnacional e o
desenvolvilrlcnÍ0 ci'(,rl,,ntir'r) trU [il()1'r(.,,s() lqt.rtcrlrliztrdO. (Vef
tamtrírnl .lolrrr [). NcÍl', 1r;r;lr rrrrr tlt:lr:rlc rrlris llcpórico Sobre
ptlrLrÍ-ril e. lttot,t.:;so-) I\'l;rs lt1rrle rrr()s itrl',1lll(.1llrr llrtlbóm q,e a
rr;lllt;llr;:ro (ot't'e ilo oUlrrt scrrIitl0, tlrre lrs rlcltr.cssõcs cíclicas aju-
rtrlll in l ll('Í'iu- ()lt ;rcc:nltlrr (lrs ciLtrslts tliL) gtrct.ra, ou, pglo menos,
r"Críor; Iilros tlr: l],ucrra. l:stc, ccrterntentc, parcce ter sitlo o caso
tlrr (irrt,r'lr tlos.lr-rnkers, Guerra da Sucessão Austríaca. e da
"Íc:rt.'cirr" guorra anglo-francesa ligada à Revolução Americana,
bonr como a guerra da própria Re,olução. E essa depressão
cíclica Ínarcou tentativas em defesa da competição, parí elimi-
nar o noder comnetitivo do oponente, que ss opuseram aos ob-jclivos ds expansão e aclu,sição da InglaÍerra, pe.lo rnenos, na
cuerrir clos sete Anos, cujo início coincicliu com uma reativacão
elonôm!ca cíc1ica.
I.{iiis importante ó a cleclaração cle A.chton cle que a guerra
desvlou energias clo curso ou direção em que os inier"sse", pc.-
nlanen"res da Ingiaterra se situavam, e que, em slra ausênciá, a
R,er,,oluÇão Industrial teria ocorrido antes. Isso implica o julga-
rnenlo ctro oue seriam aoueles ..interesses permanenter,, 
" qrãi,
eram as condíções necessárias e suficientes à Revolução rndus-
trial" Ashton escreve como se isso pudesse ser resumido _ ou
simholiza-clo -- por melhores facilidades cle transporte doméstico
e rnais altos níveis de consumo interno. Tal julgamento pode ser
c'ontestarlo, e certamente o foi, pelos principais estaclistas da
iliroca, como Pitt, na Inglaterra, e Choiseul, em França. para
cacla um cieles, o principal obstáculo ao desenvolvimento nacio-
.nal foi o pocler econôrnico e político do outro e, portanto, o
principal objetivo político consistiu na eliminação oú, pelo me-
nos, nii limitação de tal poder. E este objetivo pode'sàr consi-
clerailo i:errospcctivaÍnente, mais uma simples iática e crrrt.
pra.zo do que un1 programa coerente com os "ini.erei;si--s pr.r-nlir-
nentes" do setor da classe governante representar,lr.i 1r,,, ,,,1,rulcs
urinistros eÍn seus resp.ectivos países (con1.ra os rlor.r ..1r, 
tJrrt.nr),s,'
l"tr,rllortl.crg e franccsgs '"continentaliste:l'"). f ..r.,r lt,lr.;11;1ly111
r':Í:r t'r't-lt), conto acrec]itamcs, ao iití1t,,'r'ir rrr,,. rjr t (ln,lr, li.:i I)t-ó_rr,lrr lrirri:; sti ht)r-rvc 1u,qar, pl.trvlrvi'lrrri.rrÍ, lj,r,r rrrr,r rrrtlrrsll.ia_I .r,r tt;l(:()ttill ltioltcira (it t'lir.rir1,Í,, ,1, rr,lrr.,lr l,rll.,;r,,lrg itttllc-
sa), e não para a industrializaçáo sirtrtr llin,.rr tl,. r.rr, ,.,,)ri,
mias avançadas'- e em consectiiôncilL, Íurrrlrt.rrr. 1r,.1,, 111 .,,, ,lrr
rante algum ternpo. para uma só 'of icinir tlo rrrrrr,l,, ril,,1,
bawrn, IndtL:;try & Empire, 49').
E esse julgarnento, mais que a importint:iir ,lrr ,.. r,,iri,r{,,r,,
reiativamente ao mercado interno, qlle pirr.e e urilr r rrrrlrrir.r í,r
pelos dados 1â acima revistos a respoito cla expurrsri,) (lo ,.r)nrr.r
cio internacional. Portanto, tambóm Cevemos L:on('()r(1., (.()rr
Hobsbawm quando ele acrescenta: "Iss.o faz cmcr.rlir- o l ^rr:t.iro
fator [em segr"rida aos merca"dos interno e cle ,.:::p,r.l;rL.,r.{ Í]ir
gênese cla RcvoluÇão Industrial 
- o Governo fou. corrro pr,..l,.
rimos clenominar, o Estado]. Aqui, as vantagens rlu (i'ri {Jrt'rrr.
nha sobre compeiidores em pcrtencial é sobrerrodo cr,,irlr.nL,.. Ao
contrário cle alguns deies (como a França), a [nelate r.l.ir ,.)s]1irvr!
preparada para subordinar todas as diretrizes de políticu r:rtcrnrr
a fins econômicos. seus objetivos bélicos foram corr-rLrrciiri\ 0 (()
que dá no rnesrio) navais" (I{obsbawm. 49, grifo d«r or.irlin:rl)
Todas pode parecer e,-(agero, em vista da ocasional strlrslitr.ui,.;,,r
de, por exenrplo, Pitt por Walpole e Eute, rnas, assi.r ,lcs!)rr,,
o relativo predomínio dos interesses imperiais da Irrrrl;rrJrÍ..r {.
sua relativa vantagem na con-rpetição imperialista sr.ro r:rir[.rrr,.,,
Pocie-se pensar que seria idôntico hoje - como o I'oi rrLqrr,.l,r
ópoca - o desempenho integral da guerra na estratt:rli,r inrlr,"
rialista e no processo de acumulaçã,o capitalista. Coní,ol.rrrr. Arlrrrrr
Smith lembrou em 1776, "a úrltima guerra [a dos Scto Arrosfl
foi travada por causa das co ônias... A guerra csprrrlrola ,lt:
1739 foi travada, sobretudo, por causa delas... c nir
francesa que se seguiu. como conseqüência... untir lro:r
deve ser clebitada às co1ônias" (Smith, 899). (Ér vcr.(lir(l( {tu(. ;r
partir riaí, Smith supôs gue todas as guerrlrs los:.;t.rrr lr !!,r,! r ,
tanrbúm enr bcnefício dtis colonos, e que cstes, porl;rrrí,, rl .,
ria.nt contribLrir para pagar seus custos; nurs iss,, rr.r,r ,tr, ,r,, ,,
rcconhecimento cle que as guerras Íoram tr.lrr,rrrl:r,, ;,, , , ,1,,
comrirclo colonial e em seu benefício.)
Com el'eito, I{.omesh Dutt c!L't'e \,(. 1, nl,, ,t,
pclclet salva-r o país. e de cue ninÍ,rrLirr rr,,r r,,,r, ' ,, t,l,,,r
o granrle William Pitt, mir-is tzll'rJL' Ii)r(Í ( t, 1lL , r ,
iactanciar, mas com aquela crori\r.iL r, r.r ,1, I ,, | , , ,,r | 1 1111,
tla prerrisão rlc grancles cvclilo,;. rrrr .r r ,,1 lr r lr,rnrr n',
inspirados po1'uma nrissão ,,1;11111 ,, r \\,ll ,r,, l',r l, r,,r,r rlu(.
t'trtllpt'ir s0ll o()tltprontisso. I)ili,,rrr r r,l,,rr, Ir ,, r,r rlr .{ r l} rl
262 RuvoruçÃo Anlllir(.Àn,r ri Itltvrir.rr<,.ër trilr,rwCnsA
d'e 1'157 a 1-/6tr, e. o (ruc ú rrirs{u.rc silr3,rrrlrr-, csr.cs cinco anclsmarcaram o aLlvo.t() ri,,rrircr-rr, rrrrPL.r-i. lrr.irllrrico. o aiiado
da Irrglatei:rir, Lrlctlcrie o e ( ir.1 lrtlt., \,(.11.(.lt lr Illrllrllrlr dc R.ossbach
em 1751 , í'unrlotr lr I,l-ris:titr t. Irurrrillrorr lr linrnçlr. Wolfe tornou
Quellcc cnr lTli(rt, c lotlo o ('rrrurtlli Ioi r'orrrtrrisíirtle tl.,5 faancasesem i9ír0 lult'o tle (.(,lnl)(),i,.rrr,, tlt.\t.:,t. It,r. 1760 1. (llivc venceu
ir. Il;liltllrlr tlt. l,llr:1rt..,, t.rrr 175'l, t. l,,,ylc (,oolc csrrlrglou o poderÍ"t'lttt , rr:r lr.(lijr r.rr I/(rl. Nrrrrr l,t.ltz,, ,lt r.i1t.r, ;r13s. ,, i,rrldarutllr lr;,1;rlr'r.'r. (.{llt1() 1r,li:rtr..ilr rrrrrrrililrl, l.il.lr ,,r,r";1,-,aoalo; alinrrri'rr lslrrr':r lrrrrrrillrlrrlrr rrir Ituroplr r: oÍ.usciLcla r_ra Àsia e naAtttt r'it'rr" (l)utt, Vol. I, niiqina l). Naturalmcnte, embora aque-l("i irr(,\ rlrr ( irrr'rr tr.s sete Anos fossern aecisiuoi, não- rãiun-.
'rr..s. 
(',rrri vir,os. foram o item de uma série de tais clesafios;o ir lirança tentaria-.outÍa yaz recuperar suas perdas na guerraco.trir a Inglaterra rigada à Guerra de Indepenàência Ameiicana
o, conforme o intento de Napoleão (que veremos acliante), nasguerras que levaram seu nome, após as quais a França prrA.u
forçapara novas tentativas.
os Hammoncrs escreveram: "As guerras de nacionarismo
econômico, nue sucederam as guerras ..ligioru. do sóculo XVI,têm cle ser consideradas sob dãis aspectoi. nrn primeiro lugar,elas detern.rinaram ouais os Estados 
"rr"p"r^ oue deveriam ter
o. predomínio de poder ern partes do rnundlo de grande l_p"rtan_cia econômica; elas deciclirám entre Inglaterra, França e l{olan-da como competidores pera ascendêncii na Índia 
" ,ru a*eri"udo Norte. Em segunclo luqar, a pressão cle tais guerras u* t",sentir mais gravemente na i,dústria e no comériio, ern certospaíses nais que em olirros, e conseqüentemente aÍetou seu rela-tivo progresso raater:ial. Em amboi os asTlectos, a Inglaterra
[urna iiha ern cuio território não se travou guería alguma, ecuja rota e cornércio foram, em última análise,iortul..ii* ptu,guerrasl ganhou às custas cle seus vizinhos,, (Flammo,ds, R^oof Ã,1o,íern trndustry, 3B-9).
I-íobsi:awm não i:ode cleixar cle concordar: ".As clirrii.izt:sbritíinicas no sócu1o lil/rlI foram cle agressiviirade r;isiir.iririt.ir-- mais obviamente contra seu maior rival, a Fr-.rr.lr l) r, ,.i;rrogranries guerras <1o período, em apenes .r*,, ,, [,r , , ,; , ,;;r"t:lrr.:trento na rtrelerisiva. O rcsutir,il"",rl,,,,,. :;,, iri(, ,i ,,,rrlliltrsirrLL"ttltitcntes foi o maioi triunio ;ar,,,,,, r .rrlrri ! rrl, I)()r. ,r_rl[",]:riío: o virtual monooólio clo t-1o,1.,. n rr,rl r,) rrrrrlr),, ( llolls_I ,'' ttt. Irrtlrr.tlry & [ilt1;it.c, 5g-:l:l r t i ]. rirrrr,,rrrl, r .rr, Irr,.rrr: ..ljr.j
,4 R.rYoruçÃo ColalncrÂt. li () l)lror r:t:;o rrr .\r r rrr | \, \,, ,{,1
as guerras dos sóculos XVII e XVlll irjrrtlrrr:un :r rl,.lr rinrr,u .r
époaa, trugar e curso da Revolução lnrlrisrrilrl, t.rr,., r,,r,r, ,,r r
próprias efeitos, mais gue a causa, cias rnrrrr:rrr1.ir.i (rlr,. rr, rrrr.rrl
na Europa ocidental entÍe a descoberra rlo N.r,, N,r rrr,r,, , ,,
'estabelecimento de uma série de Estaclos iuncrir;rrr,,, rr(rr r, u,rlentes" (I{arnmonds, ibid., 50).

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