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HILSDORF, Maria Lúcia Spedo. O aparecimento da escola moderna. Belo Horizonte: Autêntica, 2006, p 9-26.
1) Séculos V-XI: a Alta Idade Média e as escolas monacais
· A educação clássica influenciou muito a medieval, mas ainda existe muita tensão na tentativa de conciliar a cultura da Antiguidade com o cristianismo. 
· Santo Agostinho, pertencente à corrente filosófica da patrística, defendia uma educação pautada na incorporação do conhecimento antigo pelo cristianismo com a finalidade de atingir a revelação divina.
· Concílios de Toledo e Concílio de Vaison: fica sob responsabilidade das igrejas locais a criação de escolas catedrais/episcopais. O ensino estava muito ligado à ideia de evangelizar a população e manter a fé cristã consolidada na sociedade.
· Os mosteiros passaram a ter a função de escola. Assim, em seu claustro, os monges liam os textos, contemplavam-nos além de fazer a glosa. 
· Mosteiros culturalistas eram os que se mostravam receptivos à cultura clássica e eles se tornaram polos de formação não só de religiosos, mas de estudantes que não seguiriam a vida eclesiástica, como funcionários para a administração do reino. Assim, a Igreja passou a dividir com o Estado o monopólio sobre a educação.
· A partir do século IX os mosteiros tradicionalistas tomaram força. Eles pregavam que o conhecimento era atingido apenas pela iluminação divina, não pelo estudo, além de se oporem ao aprendizado clássico. As escolas monásticas entram, então, em crise.
2) Séculos XII-XV: a Baixa Idade Média, as escolas episcopais e as universidades
· Com a crise do mundo feudal e o renascimento urbano, as escolas catedrais/episcopais passaram a ser as protagonistas em relação à educação, substituindo as monacais. 
· O direito docente, que era restrito aos bispos e clérigos, passou a ser exercido, também, pelos professores leigos, os quais ainda eram controlados e legitimados pelas igrejas em certa medida. Educar virou um serviço e o professor, um trabalhador.
· O contado com o Oriente, devido às Cruzadas, trouxe toda uma produção cultural (como os textos de Aristóteles) que influenciará essa sociedade urbana emergente.
· Esses novos saberes passaram a ser ensinados nas escolas catedrais, o que não ocorria nas monásticas, e contribuíram na ampliação das possibilidades de pesquisa e de estudo e, consequentemente, na especialização de certas escolas. 
· Novos métodos de ensino, seguindo os princípios escolásticos, surgiram. A leitura era acompanhada, por influência aristotélica, de uma análise dialética, racional.
· Os mestres-livres, para se protegerem contra as ameaças dos poderes locais, se organizaram em corporações de ofício (universitas), cujo o foco era a pesquisa dialética, e conseguiram obter os mesmos direitos que as outras corporações, conseguindo uma maior estabilidade. 
· Futuramente, as universidades sofrerão ameaças e pressões por parte dos poderes locais, da Igreja e do Estado, os quais buscarão alinhá-las aos seus interesses.

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