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Modelo IS x LM: Origem e Estrutura

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MODELO IS x LM
Profa. Dra. Maria Carolina Gullo
ORIGEM DO MODELO IS x LM
• Origina-se do Trabalho de Hicks (1937), Mr. Keynes and the Classics,
no qual o autor tenta sintetizar as contribuições de Keynes.
• Os pressupostos continuam os mesmos do modelo Keynesiano
simples, com a demanda determinando o produto, sendo o nível de
preços constante.
• No modelo ISxLM (também conhecido como Hicks-Hansen,
incorpora-se o mercado de ativos e a determinação da renda através
do investimento.
• Tem-se a determinação simultânea da taxa de juros e da renda que
equilibram o mercado de bens e de ativos. Constitui-se, portanto, um
modelo de equações simultâneas
ESTRUTURA DO MODELO
Fonte: Lopes e Vasconcellos, 2008l
* O modelo IS/LM inclui tanto hipóteses clássicas quanto keynesianas mas inspirados
em hipóteses keynesianas. O modelo supõe que alguns setores da economia estão com
ociosidade e outros estão a pleno emprego.
Assim, o impacto do aumento da demanda sobre o nível de preços depende do grau de
utilização da capacidade instalada da economia.
A análise IS/LM resume os pontos de equilíbrio conjunto do lado monetário e do lado
real da economia, sintetizando muitas das situações da política econômica.
O lado real da economia é representado pela curva IS (Investment / Saving),
que apresenta a relação negativa entre taxa de juros e renda.
O lado monetário da economia é representado pela curva LM (Liquidity / Money),
que apresenta a relação positiva entre taxa de juros e renda. Isso pois dado um
aumento na renda, há aumento na demanda por moeda para transação. Como a
oferta de moeda é fixa, há aumento na taxa de juros. Assim, o modelo IS/LM nos
mostra o equilíbrio simultâneo entre o lado real e o lado monetário da economia. O
ponto em que as duas curvas se cruzam é o ponto de equilíbrio da economia. O
modelo IS/LM permite visualizar o resultado das políticas econômicas e seus
impactos sobre o lado real e o lado monetário da economia.
INTERLIGAÇÃO ENTRE LADO MONETÁRIO E LADO REAL
EQUILÍBRIO DO LADO REAL: A CURVA IS
r
y
IS
O gráfico demonstra os vários pares de pontos de
renda e juros que representam o equilíbrio do lado
real (bens e serviços). Agora o lado real da
economia não é definido isoladamente, pois
depende da taxa de juros, que por sua vez é
determinado pelo lado monetário da economia.
Inclinação da IS é afetada por:
A ) Propensão Marginal a Consumir (e portanto do multiplicador Keynesiano): Quanto maior o 
multiplicador, maior será a expansão da renda provocada por um aumento dos investimentos e 
portanto mais horizontal será a IS.
B ) Elasticidade dos investimentos em relação à taxa de juros: Quanto maior a elasticidade, maior 
é o aumento do investimento à reduções na taxa de juros e, portanto, mais horizontal será a 
curva IS.
FATORES QUE AFETAM A CURVA IS
Posição da IS é afetada por:
A ) Volume dos Gastos Autônomos. Quanto maior a despesa autônoma, mais para a 
direita se localizará a curva IS.
Deslocamentos da IS são provocados por:
Deslocam a IS para a direita: Aumento dos gastos do 
governo ou redução de impostos (política fiscal 
expansionista), aumento das exportações ou redução das 
importações (política comercial), aumento do consumo 
autônomo e do investimento autônomo.
Deslocam a IS para a esquerda: Redução dos gastos do 
governo ou aumento de impostos (política fiscal 
contracionista), redução das exportações ou aumento das 
importações (política comercial), redução do consumo 
autônomo e do investimento autônomo.
EQUILÍBRIO DO LADO MONETÁRIO: A CURVA LM
r
y
LM
O gráfico demonstra os vários 
pares de pontos de renda e juros 
que representam o equilíbrio do 
lado monetário. 
FATORES QUE AFETAM A CURVA LM
Inclinação da LM é afetada por:
A ) Elasticidade da Demanda por
Moeda em Relação à Renda e à Taxa
de Juros:
•Quanto maior a sensibilidade da
demanda por moeda em relação à
renda, mais inclinada será a LM.
• Quanto maior a sensibilidade da
demanda por moeda em relação à
taxa de juros, menor será a inclinação
da LM.
Posição da LM é afetada por:
A ) A posição da LM é determinada pela oferta real de 
moeda. Quanto maior a oferta de moeda, mais à 
direita estará a LM.
Deslocamentos da LM são provocados por:
Deslocam a LM para a direita: Expansões da 
Oferta Monetária.
Deslocam a LM para a esquerda: Contrações da 
Oferta Monetária.
EFEITOS da POLÍTICA ECONÔMICA no MODELO IS-LM
A curva IS é traçada considerando-se um determinado nível de
gastos públicos e tributação.
Da mesma forma, a curva LM admite uma oferta de moeda fixa.
Alterações no ponto de equilíbrio econômico (em relação ao
nível de renda e taxa de juros) decorrem de deslocamentos da
curva IS, LM ou de ambas. Os principais fatores a provocar essas
mudanças são as medidas de política econômica.
Consideraremos os casos de alterações nas despesas de
governo, em políticas comerciais e na oferta de moeda. No
caso da IS, outros fatores tais como investimento autônomo e
consumo autônomo. No caso da LM, seus deslocamentos
decorrem de modificações na oferta real de moeda, que pode
ocorrer por alterações ou no estoque nominal de moeda ou no
nível de preços.
Política Monetária
Por política monetária entenderemos a atuação do Banco Central para alterar a oferta de
moeda. Chama-se de política monetária expansionista o aumento da oferta de moeda e
de política monetária contracionista a redução da oferta de moeda. Vamos imaginar uma
expansão monetária.
LM1
IS
r
yy*
r*
Política Monetária Expansionista
y*2
r*2
LM2
E1
E2
Com o aumento da oferta de saldos monetários reais, gera-
se um desequilíbrio dos agentes que tentarão se desfazer da
moeda excedente ampliando a demanda por títulos. Com a
elevação no preço dos títulos, reduz-se a taxa de juros de
modo a equilibrar o mercado de ativos: moeda e títulos. A
queda na taxa de juros estimula o investimento, ampliando a
demanda agregada. No nível inicial de produto, gera-se um
excesso de demanda por bens. Conforme a demanda vai
aumentando, a demanda por moeda motivo transação vai
aumentando, forçando a demanda por moeda motivo
especulação de modo a manter equilibrado o mercado
monetário. Apesar de uma elevação na taxa de juros, ela não
volta ao patamar inicial. Assim, na posição E2 a taxa de juros
cai e a demanda aumenta. Assim, o mecanismo de
transmissão da política monetária é o seguinte:
1. A mudança na oferta de moeda deve gerar um
desequilíbrio de portfólio de modo a alterar a taxa de juros;
2. A mudança na taxa de juros deve alterar os investimentos
e, com isso, a demanda agregada.
Eficácia da Política Monetária
São dois os fatores que tornam a política monetária mais eficaz. 
O primeiro fator é a sensibilidade da demanda por moeda em 
relação à taxa de juros. Quanto mais sensível à taxa de juros for a 
demanda por moeda, menor será o efeito sobre a renda e a taxa 
de juros.
O segundo fator é a sensibilidade do investimento em relação à 
taxa de juros. Quanto maior a elasticidade, maior será a variação 
do investimento em resposta à variações na oferta de moeda. 
Portanto, a política monetária será mais eficaz quanto maior for a 
inclinação da LM e menor a inclinação da IS. 
OFERTA DE 
MOEDA TAXA DE JUROS INVESTIMENTO RENDA
Aumento Redução Aumento Aumento
Redução Aumento Redução Redução
Armadilha da liquidez, uma situação em que a taxa de juros é tão baixa
que qualquer aumento da oferta de moeda será retida pelo público. Nesse
caso a LM é horizontal e a política monetária não terá efeito algum sobre a
renda.
Quando a Moeda não é um ativo financeiro. Podemos imaginar o caso em
que os indivíduos não consideram a moeda como um ativo financeiro e,
portanto, a demanda por moeda é insensível a taxa de juros. Nesse caso, o
efeito da política monetária é ampliado.
Desconsiderando esses extremos, a política monetária tende afetar a
taxa de juros e influir na decisão de investir dos agentes. Desse modo, o
impacto da política monetária sobre a atividade econômica está
relacionado à desequilíbriosque ela provoca no mercado de ativos e à
modificação que isso gera no mercado de ativos bem como à influência
da taxa de juros sobre as decisões de investimentos.
Casos Extremos na eficácia da PM
Política Fiscal
Entende-se por política fiscal a atuação do governo sobre as variáveis G e T, definindo o
nível de gastos e o volume de arrecadação de impostos. O gasto público é um
elemento direto da demanda e afeta o volume de gastos autônomos. Os impostos,
por sua vez, afetam indiretamente a demanda ao alterar a renda disponível e, por
conseguinte, o consumo, afetando a propensão marginal a gastar e, portanto, o
multiplicador. Chama-se de política fiscal expansionista o aumento dos gastos públicos
ou a redução dos impostos e de política fiscal contracionista a redução de gastos
públicos ou aumento de impostos.
O impacto inicial da variação do gasto público é o deslocamento
da IS para a direita, pois a demanda de bens será maior para
qualquer taxa de juros. A força desta expansão é definida pelo
valor do gasto público vezes o multiplicador. O impacto final desta
medida será o aumento da renda e da taxa de juros. Porque a
taxa de juros sobe? Porque como o gasto inicial aumenta a renda,
aumenta também a demanda por moeda. Como a oferta de
moeda é fixa, eleva-se a taxa de juros para manter o equilíbrio no
mercado monetário. Essa elevação faz com que o investimento se
reduza, amenizando o impacto da política fiscal expansionista,
mas mantendo um impacto ainda positivo sobre a renda. Assim,
aumentos do gasto público provocam reduções do investimento
privado.
LM1
IS1
r
yy*
r*
Política Fiscal Expansionista
y*2
r*2
IS2
Eficácia da Política Fiscal
O principal fator a determinar a eficácia da política fiscal é o tamanho do multiplicador.
Quanto maior for o multiplicador, maior será o deslocamento da IS para a direita e, portanto,
maior será a variação da renda. Os demais fatores que determinam a eficácia da política fiscal
são os mesmos que determinam a eficácia da política monetária, quais sejam: a elasticidade da
demanda por moeda em relação à taxa de juros e a elasticidade do investimento em relação
também à taxa de juros.
Quanto mais sensível for a demanda por moeda em relação à taxa de juros, maior será o efeito
sobre a renda de uma política fiscal expansionista. Quanto maior a elasticidade do inves-
timento em relação à taxa de juros, maior será a redução do investimento em virtude do
aumento da taxa de juros, diminuindo a eficácia da política fiscal.
Nos casos da armadilha da liquidez a eficácia da política fiscal é total, pois a taxa de juros não
aumentará em virtude do aumento do gasto público. No caso oposto, onde a curva LM é
totalmente vertical, a política fiscal é ineficaz pois apenas gera uma variação na taxa de juros,
fazendo com que o investimento reduza na mesma magnitude do aumento do gasto. Há
nesse caso apenas a substituição de gasto privado por gasto público.
POLÍTICA FISCAL RENDA TAXA DE JUROS INVESTIMENTO
Expansionista Aumento Aumento Redução 
Contracionista Redução Redução Aumento
Combinação de Políticas
É possível também que haja uma combinação das políticas monetária e fiscal para alcançar um
objetivo pré-determinado. Por exemplo, pode ser que o objetivo seja uma política fiscal
expansionista, mas que não ocorra aumento da taxa de juros para que os investimentos não
reduzam. Nesse caso, teríamos:
Política Fiscal Expansionista combinada
com Política Monetária Expansionista
No exemplo acima, um aumento dos gastos desloca a IS para a 
direita, deslocando o equilíbrio do ponto A para o ponto B. Como 
o governo não deseja que o investimento reduza, ele adota 
uma política monetária expansionista para suprir a demanda por 
moeda adicional gerada pelo aumento da renda. Assim, o 
investimento não reduz e temos uma política fiscal mais eficaz. 
LM1
IS1
r
yy*
r*
y*2
r*2
IS2
LM2
A
B
C
yy*3
Política Monetária Expansionista combinada
com Política Fiscal Contracionista
LM1
IS1
r
y*
r*
y*2
r*2
IS2
LM2
A
B
Cr*3
No exemplo acima, uma política monetária expansionis-
ta reduziu a taxa de juros e aumentou a renda, devido ao 
aumento do investimento. Como o governo gostaria de 
manter o nível de preços, impôs uma política fiscal con-
tracionista, que reduziu a renda e ainda mais a taxa de 
juros. No final, trocou-se gastos públicos por investi-
mentos privados.
EXERCÍCIO
No modelo IS-LM, mostre como a renda e a taxa de
juros são afetadas por cada uma das variações a seguir:
• a) um aumento nos gastos do governo
• b) uma queda autônoma nos dispêndios com
investimentos
• c) um aumento no estoque de moeda
Em cada caso, explique brevemente por que acontecem
as mudanças na renda e na taxa de juros.
RESPOSTAS
• a. Um aumento nos gastos do governo deslocará a curva IS para a direita;a renda
e a taxa de juros subirão. O aumento nos gastos do governo estimula a demanda
agregada,tanto diretamente,como por meio de um efeito induzido sobre o
consumo. A taxa de juros sobe por causa do aumento na demanda de moeda
quando a renda aumenta.
• b. Uma queda autônoma nos gastos de investimentos desloca a curva IS para a
esquerda; a renda e a taxa de juros caem. Com uma queda autônoma nos
investimentos,a demanda agregada diminui,levando a renda para baixo. Com a
queda na renda,a demanda por moeda cai e o mesmo acontece com a taxa de
juros.
• c. Um aumento no estoque de moeda desloca a curva LM para a direita; a taxa de
juros cai,estimulando a demanda por investimentos e,conseqüentemente,a renda
aumenta.
	Slide 1: MODELO IS x LM
	Slide 2: ORIGEM DO MODELO IS x LM
	Slide 3: ESTRUTURA DO MODELO
	Slide 4
	Slide 5
	Slide 6
	Slide 7
	Slide 8
	Slide 9
	Slide 10
	Slide 11
	Slide 12: Casos Extremos na eficácia da PM
	Slide 13
	Slide 14
	Slide 15
	Slide 16: EXERCÍCIO
	Slide 17: RESPOSTAS

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