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SBTLM---SBK--ECLESIOLOGIA-- (3)

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SEMINÁRIO TEOLÓGICO BATISTA DO LESTE MINEIRO 
 SEMINÁRIO BATISTA KAIRÓS - Ensino a Distância 
 
 
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SEMINÁRIO TEOLÓGICO BATISTA DO LESTE DE MINAS 
SEMINÁRIO BATISTA KAIRÓS - EAD 
ECLESIOLOGIA 
PARTE 4 
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17.7 ASSEMBLEIA 
 
Compõe-se dos membros regulares e se constitui no poder máximo de discussão e 
decisão, cabendo aos órgãos da igreja cumprir o que for aprovado em assembleia 
sob pena de prevaricação. 
 
Há dois tipos de assembléia: Ordinária e Extraordinária. A primeira trata dos 
assuntos do dia-a-dia. A segunda, dos assuntos que se constituem exceção, como: 
admissão ou exoneração do pastor, aquisição ou alienação de bens, aprovação ou 
reforma de Estatuto e aprovação ou reforma de Regimento Interno. 
 
Em ambos os casos o Estatuto prevê o quorum necessário para que suas decisões 
sejam legitimas. 
 
17.8 DIRETORIA 
 
Compõe-se normalmente de presidente, dois vice-presidentes, dois secretários e 
dois tesoureiros e tem a responsabilidade de conduzir a administração. 
 
Ao presidente cabe: 
a) Convocar e dirigir todas as assembleias, bem como as reuniões da Diretoria e do 
Corpo Ministerial; 
 
b) Representar a igreja judicial e extrajudicialmente; 
 
c) Assinar, com o 1º secretário e o 1º tesoureiro, escrituras de compra e venda, de 
hipoteca e de alienação de bens imóveis, sempre mediante autorização prévia e nos 
termos do Estatuto; 
 
d) Assinar as atas das assembleias da igreja, depois de aprovadas; 
 
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e) Assinar, com o 1º tesoureiro, cheques e outros documentos de crédito em conta 
conjunta; 
 
f) Autorizar, com o 1º tesoureiro, todas as contas e gastos, assinando os recibos e 
demais documentos da tesouraria, de acordo com as decisões administrativas; 
 
g) Velar pelo bom desempenho da igreja, observar e fazer cumprir o Estatuto, o 
Regimento Interno e as resoluções da assembléia; 
 
h) Representar, de fato, a igreja perante suas coirmãs e convenções. Na qualidade 
de pastor é também de sua responsabilidade a direção dos atos de cultos e das 
reuniões solenes, bem como a orientação espiritual e doutrinária dos membros. 
 
a. Corpo ministerial 
Compõe-se dos pastores que servem à igreja, seja na sede, seja nas congregações, 
os quais se reúnem sob convocação do presidente para a discussão prévia dos 
assuntos que serão levados à ordem do dia para a apreciação da assembléia. 
 
b. Conselho Fiscal 
Compõe-se normalmente de três membros, com a responsabilidade de auditar as 
contas da igreja e emitir parecer sobre o balancete a ser apreciado em Assembleia. 
 
c. Departamento de Administração 
Como o próprio nome indica, esse departamento cuida das questões administrativas 
e responde pelas seguintes áreas: Serviços Gerais, Diaconia, Obras, Compras e 
Almoxarifado, Patrimônio, Transportes, Segurança e Finanças. 
 
d. Departamento de Evangelização e Missões 
Estas são basicamente as suas áreas de atuação: Cruzadas Evangelísticas, 
Evangelismo Explosivo, Hospitais e Presídios, Casas de Recuperação, Grupos 
Alternativos, Missões Nacionais e Missões Transculturais. 
 
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e. Departamento de Educação Cristã 
Estão sob sua responsabilidade as seguintes áreas: Escola Bíblica Dominical, 
Integração e Discipulado, Cursos Teológicos e Seminários de Formação e 
capacitação. 
 
f. Departamento de Assistência Social 
Compreende basicamente as seguintes tarefas: Atendimento Ambulatorial, 
Farmácia, Caixa Funerária, Cestas Básicas e Campanhas Sociais. 
 
g. Departamento de Apoio Espiritual 
 O Departamento de Apoio Espiritual é de vital importância para a vida da igreja. 
Estão sob sua coordenação as seguintes áreas: Movimento de Oração, Visitação 
Doméstica, Apoio Pastoral e Aconselhamento. 
 
h. Departamento de Música 
 Cuida dos Grupos Musicais, Equipe de Louvor e Formação de Músicos, regentes. 
 
i. Departamento de Núcleos de Crescimento 
 
Esta é outra área importante de sustentação do crescimento da igreja. Aqui estão os 
núcleos (ou grupos familiares), que dispõem de uma estrutura própria para o seu 
desenvolvimento assim estabelecido: coordenador geral, supervisores de áreas, 
dirigentes, vice dirigentes e secretários de núcleos. 
 
17.9 O RECEBIMENTO DE NOVOS MEMBROS 
 
O crescimento da igreja é um alvo a ser constantemente buscado. Ele se dá em três 
direções: 
 
1) crescimento vertical (para com Deus); 
 
2) crescimento horizontal (uns para com os outros), e 
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3) crescimento quantitativo (a inclusão de novos membros). Os dois primeiros 
podem ser denominados de crescimento qualitativo. Eles representam os três 
primeiros objetivos da Declaração de Propósitos de Rick Warren: Celebrar a Deus, 
ministrar ao próximo e ensinar a obediência. O crescimento quantitativo corresponde 
aos dois últimos objetivos da mesma declaração: batizar e fazer discípulos. Uma 
igreja que cresce em qualidade o resultado será o crescimento quantitativo. Uma 
coisa chama a outra. Assim, há três maneiras de se receberem novos membros na 
igreja: 
 
a. Pelo batismo 
 
 Os que se convertem devem ser preparados e levados ao batismo depois de 
entenderem as principais doutrinas bíblicas e da igreja, tomando assim 
conhecimento de seus deveres e privilégios como membros do Corpo de Cristo. 
 
b. Por carta de transferência 
 
Aqui se refere àqueles que vêm com carta de transferência de outras igrejas. É 
conveniente que essas pessoas não sejam logo recebidas, mas passem por um 
"tempo sabático", conheçam primeiro a igreja para a qual estão se transferindo para 
então se tornarem membros. 
Obs.: Muitas igrejas hoje em dia não praticam a solicitação de carta de transferência 
recebendo pessoas apenas através do testemunho de que foram batizadas em 
alguma Igreja. 
 
c. Recebimento de desviados 
 
Neste caso, há duas considerações a fazer: se ele foi membro da mesma igreja e 
agora está de retorno, ser recebido com alegria e fazê-lo entender que precisa ter 
uma vida de compromisso com o Senhor. Mas se sua origem é diferente, é 
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recomendável informar a sua nova condição à igreja de onde se desviou solicitando 
sua reconciliação com a antiga Igreja e carta de transferência. 
 
IMPORTANTE: A Igreja, em sua concepção divina, rege-se pelos princípios maiores 
das Escrituras Sagradas. Em sua caminhada terrena, como comunidade local, 
submete-se às leis para que o seu funcionamento seja legitimamente reconhecido. 
Todavia, sempre que houver colisão entre as leis humanas e as leis de Deus estas 
continuarão sendo o nosso padrão absoluto de referência para o nosso viver 
eclesiástico. 
 
18 A IGREJA E O ESTADO 
 
Com base no ensino de Jesus em Mateus 22.15-22, cremos haver uma distinçãoentre Igreja e Estado, que chamamos de princípio da separação entre a Igreja e o 
Estado. Entretanto, a compreensão e a aplicação desse princípio enfrenta duas 
grandes dificuldades: a primeira é que no ambiente da Bíblia não vemos esta 
distinção. Tanto Israel como os povos que com ele interagiam eram nações 
hierocráticas, em que o poder político era uma derivação natural da revelação divina 
e à luz dela devia ser exercido e julgado. Não havia separação entre religião e 
Estado. É grande o abismo sócio-político entre nós e os tempos bíblicos, e isso 
contamina nossa hermenêutica. Assim, continuamos a repetir “Feliz é a nação cujo 
Deus é o Senhor”. 
 
A segunda dificuldade é que na fronteira das relações entre a Igreja e o Estado há 
zonas “cinzentas”, com justaposição de interesses e grande potencial de conflito. “A 
igreja concebe a si mesma como „unidade dialética‟ de um ser ao mesmo tempo 
transcendente „espiritual‟ e imanente „profano‟. Seu paradoxo está em ser 
simultaneamente histórica e escatológica, espiritual e externa, divina e humana, 
social e, não obstante, transbordando e transcendendo todas as estruturas sociais e 
históricas do mundo.” (Joachim Matthes, Introdución a la Sociologia de la Religión, 
vol II, p.197). A secularização ou laicização crescente do Estado levou-o a 
regulamentar (alguns diriam “invadir”) áreas da vida do cidadão antes reservadas ao 
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domínio da religião, como as relações familiares. Nas nações ocidentais, cuja cultura 
é formatada pela tradição judaico-cristã, este é um sério problema. É real a tensão 
entre sermos cidadãos do Estado e cidadãos do Reino de Deus. 
 
Nos primeiros três séculos de vida da Igreja, sua separação do Estado estava 
claramente delineada, pela simples razão de que ela estava em oposição a César, 
isto é, sua fé não era a fé do Império Romano. Mas, à medida que as duas “fés” 
passaram a se identificar, o que era de Cristo passou a ser de César, e vice-versa. 
Voltamos a ter o Estado hierocrático que Jesus quis abolir. A igreja, então, 
mergulhou lentamente num processo de promiscuidade abjeta com o poder 
temporal, durante a chamada “Idade das Trevas”, que terminou somente com o 
Renascimento e a Reforma Protestante. Esta teve um vertente principal, que 
produziu o luteranismo, os reformados, o anglicanismo e outros, e uma vertente 
secundária, a Reforma Radical, que produziu diversos grupos anabatistas e 
separatistas. Infelizmente, a corrente principal da Reforma perpetuou o Estado 
hierocrático, com o que redesenhou-se a Europa, que se dividiu em Estados 
católicos e protestantes. 
 
O moderno princípio da separação entre Igreja e Estado surgiu no seio da Reforma 
Radical, que o derivou do seu conceito de fé e igreja. Fé é algo que se exerce por 
decisão pessoal, voluntária e conscientemente. O batismo infantil não tem nenhum 
valor para a salvação, que é uma obra da graça de Cristo e precisa ser aceita por 
uma pessoa em condições de fazê-lo. Igreja é a comunidade dos regenerados, que 
a ela se unem voluntariamente, sob a única condição de professarem a fé e serem 
batizados, com a finalidade de cultuar a Deus, amar e servir uns aos outros e 
exercer mútua edificação e disciplina. Nenhum cidadão torna-se cristão por nascer 
de pais “cristãos” numa nação “cristã”, mas por aceitar livremente a Cristo e unir-se 
voluntariamente a uma igreja local. Não há nação cristã, mas igrejas cristãs ou povo 
cristão. O Estado é uma coisa, a Igreja é outra, e o cidadão tem liberdade de crer ou 
não. Isto é radicalmente diferente do que pensavam Lutero, Calvino, Zuínglio, João 
Knox e outros, e, é óbvio, levaria à perseguição. Os radicais pagaram caro por suas 
convicções. 
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Os batistas, surgidos décadas mais tarde neste cenário, são, quanto a este princípio, 
herdeiros da Reforma Radical, e não da corrente principal. John Smyth e Thomas 
Helwys, líderes co-fundadores da primeira igreja batista de que se tem notícia, 
defenderam a liberdade religiosa em seus escritos de 1611/1612 (Zaqueu Moreira 
de Oliveira, Um Povo Chamado Batista – História e Princípios, Recife, 2010, pp. 
55/56). Um pouco depois, na América, Roger Williams e John Clarke, banidos da 
colônia de Massachussetts Bay, onde os congregacionais eram a igreja oficial, 
fundaram o primeiro território do mundo onde se praticou a liberdade religiosa, a 
Colônia de Rhode Island. Em 1644, Williams escreveu “The bloody tenent of 
persecution” (O princípio sangrento da perseguição), defendendo a separação entre 
Igreja e Estado (Zaqueu Moreira de Oliveira, idem, p.78). 
 
Batistas como John Leland (1754-1841) influenciaram diretamente os pais da 
Revolução Americana a incluir na Constituição as dez emendas conhecidas como 
Declaração dos Direitos (1789), das quais a primeira diz: ”O Congresso não emitirá 
qualquer lei aprovando religião oficial ou proibindo o livre exercício da religião.” 
Sobre ele Zaqueu Moreira de Oliveira diz o seguinte: “Leland foi o mais proeminente 
pregador batista em Virginia, no período da Revolução. Dentre vários outros escritos 
sobre liberdade religiosa, João Leland afirmou: „A coisa mais importante em minha 
vida é salvar almas. O solo mais fértil no qual almas podem ser atraídas para Cristo 
é o solo da liberdade religiosa. Quando homens são livres para crer ou não crer, eles 
podem livremente aceitar e viver o amor de Deus. Mas quando o Estado tenta ajudar 
a religião, ele inevitavelmente controla a prática religiosa e destrói a resposta livre do 
povo, pelo que poucas almas são salvas.” (Um Povo Chamado Batista, p.84). 
 
Conhecidos teólogos batistas americanos, como Strong e Mullins, que influenciaram 
a formação teológica dos batistas brasileiros, defenderam claramente este princípio: 
“As leis de Cristo, segundo as quais os crentes unem-se em igrejas, podem ser 
resumidas da seguinte maneira: (…) a liberdade da consciência do indivíduo e a 
total independência entre a Igreja e o Estado.” (Augustus Hopkins Strong, Teologia 
Sistemática, Vol II, p.639); “O Novo Testamento condena qualquer tentativa de 
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subjugar a igreja a uma outra ou a um conjunto de igrejas, ou tornar a Igreja uma 
criatura do Estado. A liberdade absoluta da consciência subjugada a Cristo tem sido 
sempre um princípio dos batistas e do Novo Testamento.” (Idem, ibidem, p.651). 
Entre os princípios batistas, Mullins citou “O axioma moral: O homem, para ser 
responsável, deve ser livre.”, e “O axioma religioso-cívico: Uma Igreja livre num 
Estado livre.” (E. Y. Mullins, Os Axiomas da Religião, p.82). Referindo-se a eles, 
Mullins diz: “Tanto do seu lado político como do seu lado religioso, a doutrina da 
separação da Igreja e do Estado tem toda a razão de ser. A liberdade civil e a 
liberdade da alma proíbem por igual a sua união.” (Idem, ibidem, p.189). 
 
Entretanto, trata-se de um princípio frágil (veja Walter B. Surdem, The Baptist 
Identity – Four Fragile Freedoms), pois sofre bombardeio constante, por um lado 
daqueles que não são herdeiros da tradição radical/batista, e por outro lado, dos 
que, mesmo sendo dela herdeiros, renegam-na ou ignoram-na. Em ambos os casos, 
creio que a causa é o estranho saudosismo da teocracia do Antigo Testamento e o 
desejo libertário de impor seus itensde fé a todos os demais seres humanos. Como 
dizia Roger Williams “cristianização não faz cristãos” (título de um livro sem menção 
do autor, mas atribuído a Williams, segundo Zaqueu Moreira de Oliveira, Um Povo 
Chamado Batista, p.79). No início de 2010, o Conselho Estadual de Educação do 
Estado do Texas, EUA, dominado por evangélicos fundamentalistas (entre eles, 
batistas), resolveu retirar dos livros textos de História autorizados a menção à luta 
histórica dos batistas e outros americanos pela separação entre Igreja e Estado, por 
entenderem que as crianças precisam aprender que os EUA são “uma nação cristã”. 
No Brasil constatamos o mesmo discurso. Por isso, torna-se urgente difundir, 
estudar e enfatizar profundamente nas igrejas, associações e convenções, a nossa 
história e os grandes princípios batistas, razão da nossa existência como 
denominação. Honremos nossa herança histórica, ou renunciemos ao nome 
“batista”. 
 
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ATIVIDADE COMPLEMENTAR 
1. Leia no anexo "Disciplina na Igreja: Castigo ou Amor"? De Fred Greco e produza 
um texto com no mínimo 20 linhas e no máximo 30 sobre "Disciplina da Igreja". 
 
- Caso usar outros textos não se esqueça de indicar a fonte. 
 
http://www.ministeriofiel.com.br/autores/detalhes/431/Fred%20Greco
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REFERÊNCIAS 
BLAUW, Johannes. A natureza missionária da igreja. ___edição. São Paulo. 
ASTE. 
CARRIKER, Timóteo. Missão Integral. 1a ed. São Paulo: SEPAL. 1992 
OLIVEIRA, Zaqueu Moreira. Um Povo Chamado Batista – História e Princípios. 
Recife: Kairós, 2010. 
MULHOLLAND, D. M. Teologia da Igreja: Uma Igreja Segundo os Propósitos de 
Deus. São Paulo: Shedd Publicações, 2004. 
MULLINS, E.Y. Axiomas da Religião – Uma Nova Interpretação da Fé Batista. Rio 
de Janeiro: Casa Publicadora Batista, 1956. 
STRONG, Augusto Hopkins. Teologia Sistemática. V. II. Rio de Janeiro, Hagnos, 
2003. 
VAN ENGEN, Charles. Povo missionário, povo de Deus. 1a ed. São Paulo: Vida 
Nova. 1991 
WALKER, W.W. História da Igreja Cristã. ____ edição. São Paulo. ASTE. 
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Disciplina na Igreja: Castigo ou Amor? 
Fred Greco20 de Março de 2014 
Disciplina na igreja — a própria frase parece trazer à mente da maioria dos 
cristãos um desfile de horrores. Parece que a nossa imagem atual da 
disciplina eclesiástica é aquela de tiranos repressivos e alheios, nos 
dizendo o que podemos e o que não podemos fazer. Isso não nos 
surpreende quando consideramos os incidentes públicos de abuso de 
autoridade tanto dentro quanto fora da igreja. Também há a ideia de que a 
disciplina na igreja parece alheia ao nosso entendimento moderno de 
liberdade cristã, um entendimento no qual o indivíduo cristão é seu próprio 
juiz em todas as questões concernentes à fé e à vida cristãs. Mas para 
entender o motivo pelo qual a disciplina eclesiástica tem sido considerada 
uma “marca” na igreja historicamente, devemos nos lembrar do verdadeiro 
propósito da disciplina na igreja. 
Uma marca da igreja 
Desde o tempo dos reformadores, para distinguir entre uma igreja 
verdadeira e uma igreja falsa, teólogos têm descrito três “marcas” da igreja: 
a pregação adequada da Palavra de Deus, a administração apropriada dos 
sacramentos e a administração apropriada da disciplina eclesiástica. 
Embora não seja controverso pensar que uma igreja verdadeira ensinaria a 
Palavra de Deus e obedeceria o mandamento de Cristo para observar os 
sacramentos, muitos cristãos duvidariam que a disciplina eclesiástica é 
necessária para se ter uma verdadeira igreja. Na realidade, contudo, a 
ideia da disciplina na igreja é um paralelo essencial às primeiras duas 
marcas. Afinal, a Bíblia não nos diz que não é suficiente que a Palavra seja 
ensinada e pregada apropriadamente, mas que ela também deve ser 
obedecida e praticada (Rm 2.13; Tg 1.22)? E como a igreja pode 
administrar os sacramentos apropriadamente sem determinar a quem eles 
se aplicam? A disciplina eclesiástica é o mecanismo que o Senhor 
decretou para designar e edificar a sua igreja, a família de Deus. 
A igreja não é apenas uma organização — é a personificação do propósito 
e do plano de Deus para redimir pecadores e reconciliá-los consigo 
mesmo. O mesmo crente em Jesus Cristo que é justificadoatravés da fé 
http://www.ministeriofiel.com.br/autores/detalhes/431/Fred%20Greco
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também é adotado através da fé. Nosso grande Deus triuno não se satisfaz 
apenas com o fato de seu povo ser declarado não culpado diante do seu 
trono de julgamento (Rm 5.1). Ele também torna cada pecador redimido 
seu filho, parte da família de Deus (João 1.12). Quando vemos a igreja 
como uma família, começamos então a ver o propósito e a bênção da 
disciplina eclesiástica. Assim como pais e mães que carinhosamente 
amam os seus filhos devem tomar tempo para corrigi-los e encorajá-los, 
pastores e presbíteros que amam o Senhor e o povo do Senhor devem 
tomar tempo para corrigi-los e encorajá-los. 
Disciplina e discipulado 
Para melhor apreciar a posição da disciplina na vida da igreja, devemos vê-
la através de uma lente bíblica em vez de tentarmos enxergá-la por meio 
de casos individuais que possamos ter ouvido (ou experimentado). A 
palavra disciplina traz à tona imagens de julgamento e punição que podem 
nos colocar imediatamente na defensiva. Mas esse não é o uso bíblico 
primário da disciplina. A disciplina bíblica está mais relacionada com outra 
palavra bíblica bem conhecida: discípulo. Um discípulo é alguém que é 
ensinado (Mt 10.24), e no Novo Testamento, discípulo tem uma especial 
referência a aprender a observar todos os mandamentos de Jesus (28.19-
20). De maneira similar, disciplina é aprender os caminhos do Senhor. 
Paulo usa a palavra nesse sentido em Efésios 6.4: “Pais, não provoqueis 
vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do 
Senhor”. De fato, a palavra do Novo Testamento para disciplina é a mesma 
palavra grega que é usada para educação ou instrução (especialmente de 
crianças) em um sentido mais amplo. Disciplinar alguém é treiná-la no 
caminho em que ela deve seguir (Pv 22.6) e edificar alguém que é querido 
(Hb 12.5-11) por amor (Ap 3.19). 
Esse modelo bíblico também nos ajuda a entender que a disciplina 
eclesiástica é necessária para o nosso crescimento na graça e no 
conhecimento do Senhor Jesus Cristo. Se disciplina é o trabalho de um pai 
amoroso que instrui os seus filhos, como podemos recusar a instrução do 
nosso Pai celestial? O Senhor concedeu pastores à sua igreja para o 
propósito de edificar e capacitar o rebanho, e ele usa esses pastores como 
meio para disciplinar o seu povo (Ef 4.11-16). Em primeiro lugar, disciplina 
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começa com instrução a partir da Palavra de Deus. Disciplina na igreja 
nunca deveria começar no estágio de algum tipo de ação formal. Ela 
começa com os líderes da igreja dando direção, instrução e admoestação a 
partir da Bíblia. Para que sejamos edificados pelo Senhor, devemos 
conhecer os mandamentos do Senhor. Para sermos colocados no caminho 
correto, devemos conhecer os caminhos do Senhor. Em um sentido muito 
real, se não desejamos ser parte de uma igreja que pratica a disciplina 
eclesiástica, estamos desistindo do privilégio de sermos instruídos e 
constrangidos pela Palavra de Deus. 
Como deve ser a disciplina na igreja? 
Se a disciplina eclesiástica é uma marca de uma igreja legítima, e se isso é 
uma extensão da disciplina amorosa de Deus para com seus filhos, por 
que ela não é praticada em mais igrejas? Por que ela é tão subestimada? 
A resposta para tais perguntas é frequentemente encontrada na maneira 
comoa disciplina eclesiástica é (mal) praticada. Assim como os pais devem 
cuidar de aplicar fielmente e biblicamente disciplina a seus filhos, os 
líderes da igreja devem usar a sua autoridade com coerência e amor. O 
Antigo Testamento está cheio de advertências sobre os perigos do 
favoritismo (como Jacó com José e seus irmãos), e a falha em aplicar a 
disciplina (como Eli e seus filhos). O Senhor de fato disciplina aqueles a 
quem ele ama (Hb 12.6), e a igreja também deve fazê-lo. Mas nunca 
podemos nos esquecer que a disciplina eclesiástica é um exercício de 
amor. Isso significa que a disciplina na igreja não é algo que deve ser 
buscado apenas após uma situação não parecer mais ter jeito. Disciplina 
não é a “gota d’água”, onde o julgamento é pronunciado. Disciplina 
eclesiástica bíblica é uma cultura de responsabilidade, crescimento, perdão 
e graça que deve permear as nossas igrejas. Cada membro de igreja tem a 
responsabilidade de ajudar os outros em suas lutas contra o pecado — não 
através de julgamento e críticas, mas, ao invés disso, com gentileza e 
visando à restauração, sabendo que ele mesmo também está sujeito à 
tentação (Gl 6.1). Mateus 18 não descreve uma espécie de litígio 
alternativo; é uma cartilha sobre como abordamos amorosamente uns aos 
outros, pacientemente esgotando os passos menores (por exemplo, ir até a 
pessoa) antes de passar para os passos maiores (por exemplo, levar à 
igreja). 
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Os líderes da igreja devem sempre se lembrar que a autoridade que eles 
possuem quanto à disciplina não vem deles mesmos, mas é a autoridade 
de pastoreio de Cristo. Esta é a igreja de Cristo (Ef 1.22-23; Cl 1.18), e é 
ele quem a está edificando para torná-la sem mácula (Ef 5.27). Os líderes, 
portanto, devem fazer todo esforço para evitar agir de maneira dominadora 
e tirânica simplesmente para resolver rapidamente os problemas (1Pe 5.3), 
ou demonstrando parcialidade em disciplinar alguns enquanto ignora 
outros (Tg 2.1). Os membros devem saber que o processo de disciplina 
não é um método secreto de punição, mas é a maneira de Deus restaurar 
pecadores, curar relacionamentos e honrar a sua Palavra. Os líderes não 
devem temer que a disciplina na igreja seja vista à luz do dia, ao passo 
que, ao mesmo tempo, devem empregar todo esforço para proteger a 
reputação dos membros de desnecessária notoriedade e potenciais 
fofocas. O fim almejado não é simplesmente resolução, mas o 
fortalecimento de crentes individuais e de todo o corpo de Cristo. 
Qual é o propósito da disciplina na igreja? 
Por último, a disciplina eclesiástica é algo que requer oração, reflexão e 
coerência, porque possui propósitos importantes na vida da igreja. Há três 
propósitos principais para a disciplina na igreja. Primeiro, a disciplina na 
igreja existe para recuperar o pecador de volta à igreja, e em última 
análise, ao Senhor. A disciplina eclesiástica que é praticada em amor é 
uma poderosa maneira de confrontar um pecador com seu pecado e 
mostrar que a igreja o ama, não desistirá dele e deseja vê-lo restaurado à 
plena comunhão. Em um sentido muito real, a disciplina pode ser a 
atuação do evangelho diante dos nossos olhos. Devemos reconhecer o 
nosso pecado, nos arrepender e pedir perdão, o qual é livre e plenamente 
concedido. 
Segundo, a disciplina é necessária para manter a pureza da igreja e seu 
testemunho diante de um mundo vigilante. Isso não significa que 
colocamos uma máscara hipócrita de perfeccionismo, mas admitimos 
diante do mundo que a Palavra de Deus é o padrão para as nossas vidas e 
que somos verdadeiros cristãos — não perfeitos, mas perdoados. 
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Por último e mais importante, a disciplina na igreja é feita para a glória de 
Deus. Cristãos são exposições vivas da glória de Deus, e nós mostramos 
muito mais a sua glória quando lutamos para refletir seu amor e seu santo 
caráter (Ef 3.10). Que maneira melhor de mostrar que um Deus santo é um 
Deus amoroso do que através da disciplina? Conforme buscamos a 
restauração daqueles que tropeçam, em espírito de amorosa humildade, 
colocamos em exposição uma honorável conduta que apontará para 
aquele que é a fonte de toda a restauração no universo (1Pe 2.12). 
Tradução: Alan Cristie. 
 
Fred Greco 
Reverendo Fred Greco é pastor sênior da Christ Church (PCA) em Katy, Texas. 
 
 
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