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[Digite aqui] i Autores Roberto Aguilar Machado Santos Silva Suzana Portuguez Viñas Porto Alegre, RS 2020 2 Supervisão editorial: Suzana Portuguez Viñas Projeto gráfico: Roberto Aguilar Machado Santos Silva Editoração: Suzana Portuguez Viñas Capa:. Roberto Aguilar Machado Santos Silva 1ª edição 3 Autores Roberto Aguilar Machado Santos Silva Membro da Academia de Ciências de Nova York (EUA), escritor poeta, historiador Doutor em Medicina Veterinária robertoaguilarmss@gmail.com Suzana Portuguez Viñas Pedagoga, psicopedagoga, escritora, editora, agente literária suzana_vinas@yahoo.com.br 4 Dedicatória ara todos os pais, pedagogos, psicopedagogos, psicólogos e mestres. Roberto Aguilar Machado Santos Silva Suzana Portuguez Viñas P 5 Só é possível ensinar uma criança a amar, amando-a. Johann Goethe 6 Apresentação s objetivos deste livro são oferecer um treinamento básico para os pais e professores. Também esperávamos melhorias nas práticas parentaisn e psicopedagógicas, redução do estresse dos pais e professore, bem como dos problemas de internalização na criança. Roberto Aguilar Machado Santos Silva Suzana Portuguez Viñas O 7 Sumário Introdução.....................................................................................8 Capítulo 1- Transtorno Opositivo Desafiador (TOD).................9 Capítulo 2 - Avaliações Psicopedagógicas reais de Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD)...................12 Capítulo 3 - Recomendações para professores e pais em casos de Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD)...19 Epílogo.........................................................................................28 Bibliografia consultada..............................................................30 8 Introdução ma grande quantidade de pesquisa foi feita sobre Transtornos Disruptivos de Comportamento em geral e sobre Transtorno Opositivo Desafiador em particular. Embora a pesquisa tenha examinado muitas facetas do Transtorno Opositivo Desafiador, muitas questões permanecem. Além disso, inconsistências na terminologia e preocupações metodológicas entre os estudos de pesquisa tornaram difícil pensar consistentemente sobre o Transtorno Opositivo Desafiador (TOD). Como resultado, antes de examinar as pesquisas sobre a etiologia do Transtorno Opositivo Desafiador, são discutidas as preocupações em identificar casos desse transtorno. Os fatores de risco e os cursos potenciais do Transtorno Desafiador Opositivo são examinados no contexto de possíveis etiologias variadas. U 9 Capítulo 1 Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) diagnóstico é feito pela observação do comportamento e sintomas da criança, por uma psicopedagoga especialista. É importante avaliar também sinais de ansiedade. Isso porque essas condições podem causar sintomas semelhantes aos do Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD), como irritabilidade e desobediência. O Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) também apresenta sintomas semelhantes e foi avaliado se existe uma comorbidade, visto que é muito comum que os dois transtornos estejam associados. Para diagnóstico do TOD, foi selecionada a presença de pelo menos quatro dos seguintes sintomas: • irritabilidade e acessos de raiva constantes; • discute com adultos ou figuras de autoridade; • desafia regras; • faz coisas deliberadamente para aborrecer a terceiros; • culpa os outros pelos seus próprios erros; • se sente ofendido com facilidade; • tem respostas coléricas quando contrariado; • é rancoroso e vingativo quando desafiado ou contrariado. O 10 Como as causas não são conhecidas, mas baseadas em evidências, fatores genéticos podem influenciar o desenvolvimento do transtorno. Assim como um ambiente familiar, pode contribuir para o fazer TOD. Os sintomas do TOD costumam se manifestar na pré-escola, embora possam aparecer mais tarde, na adolescência. Como mencionado, os principais sintomas do transtorno incluem os seguintes comportamentos: • agressividade; • irritabilidade; • desafia regras e instruções; • discute com frequência; • desobediência; • incomoda os outros deliberadamente; • culpa terceiros pelos seus erros; • pode ser cruel e vingativo. Pais e professores podem ajudar as crianças em casa e na escola, a fim de modificar esses comportamentos. A criança com Transtorno Opositor Desafiador irá exibir esses sintomas com mais frequência do que outras crianças, demonstrando problemas comportamentais. A probabilidade de uma criança com TOD ter maiores dificuldades no final da adolescência e na idade adulta depende dos tratamentos e das circunstâncias ambientais. Casos, elas correm maior risco de ter depressão e abuso de substâncias, 11 principalmente o TOD na infância para acompanhados por outros transtornos, como TDAH, depressão e dificuldades de aprendizagem. É importante buscar o comportamento da criança e acompanhar um tratamento adequado e eficaz. Os sintomas do TOD podem aparecer em qualquer momento da vida, mas é mais comum entre os 6 e 12 anos. A terapia ajuda com que a criança encontra formas de lidar com certas circunstâncias de forma mais segura, incluindo sua com familiares até o ambiente escolar e profissional. Diante da suspeita de TOD e / ou TDAH, sugiro uma avaliação neuropsiquiátrica. 12 Capítulo 2 Avaliações Psicopedagógicas reaisde Transtorno Opositivo- Desafiador (TOD) valiação baseada em caso real de TOD. Inventário de Habilidades Escolares As avaliaçõesforam realizadas baseadas em um caso real, de uma criança do sexo masculino com 8 anos de idade. Estas observações foram realizadas durante a avaliação psicopedagógica. Válida por 6 meses Área de comunicação e representação A Legenda: Sim: S Não: N Parcialmente: P 13 Identidade, autonomia pessoal e leitura e escrita Reconhece seu nome: S Escreve seu nome: N Sabe informar a data do seu nascimento:N Sabe o nome das pessoas da família: S Escreve o nome das pessoas da família: Utiliza o caderno de maneira organizada: S Percebe seu erro: N Refaz o trabalho quando erra: S Percebe seu erro e pede ajuda: N Possui direção gráfica: P Utiliza as letras sem valor sonoro: N Utiliza as letras com valor sonoro: S Reconhece as letras do alfabeto: P Escreve as letras do alfabeto: P Lê palavras: P Compreende a escrita como representação da fala: N Utiliza a escrita, ainda que não convencionalmente como forma de registro: N Copia tudo, porém não dominou o processo de leitura: S Domina a letra manuscrita e imprensa: P Compreende ordens simples: S Compreende ordens complexas: N Emite respostas coerentes a perguntas simples: N Reconta uma história com início, meio e fim: N. Faz leitura de textos: N Lê atribuindo sentido ao texto: N Identifica sequência lógica dos fatos: N Compreende ideias implícitas em textos: N Compõe frases escritas, com sentido: P Redige bilhetes com coerência de pensamento: N Segmenta um texto em frases: N Segmenta convencionalmente as palavras: N Apresenta erros ortográficos: S Organiza textos utilizando a pontuação corretamente: N Expõe suas ideias de maneira clara: N14 Participa de situações de intercâmbio oral que requeiram ouvir com atenção e formular perguntas sobre o tema tratado: N Aprecia textos literários: N Interpreta textos: N Apresenta coesão nas produções de textos: N Mantém paragrafação: N Faz uso de recursos de pontuação adequadamente: N Comunicação Usa a fala de maneira funcional: N Fala sobre seu cotidiano: N Relata com coerência fatos e experiências: N Relata fatos de dias passados: N Conta fatos dos dias que virão: N Mantêm diálogos ou fica repetindo o que o interlocutor fala: N Não responde a perguntas: N Apresenta estruturas organizadas da linguagem: N Transmite recados: N Faz-se entender claramente: N Apresenta vocabulário restrito: S Apresenta vocabulário amplo ou funcional: N Utiliza gestos: S Comunica-se verbalmente: S Usa sistema de comunicação alternativa: N Inicia conversas: N Mantém conversas: N Coordenação motora na escrita Apresenta movimento brusco na escrita: N Aperta em demasia o lápis ao escrever: P Tem letra legível: S Troca letras: S Apresenta letras invertidas: N Apresenta letras espelhadas: N Apresenta excessiva lentidão ao escrever: N Faz cópia de palavras: S Faz cópia de frases: S 15 Necessita de algum tipo de adaptação para escrever: N Área de raciocínio lógico Noções de grandeza Reconhece grande: S Reconhece pequeno: S Reconhece menor: S Reconhece maior: S Reconhece curto: S Reconhece comprido: S. Reconhece alto: S Reconhece baixo: S Área de representação espacial Orientação espaço temporal Possui noções de tempo longo (uma hora): P Possui noções de tempo curto (um minuto): N Conhece os dias da semana: P Conhece os meses do ano: Percepção de relações espaciais (profundidade, orientação, movimento): S Percebe o que falta em uma figura incompleta: P Coordenação motora manual Domina o movimento do segurar o lápis, pincel, giz de cera, tesoura, etc: S Realiza traçado de círculo: S Realiza traçado de quadrado: S Realiza traçado de retângulo: N Realiza traçado de triângulo: N Pega objetos com o polegar e o indicador (movimento de pinça): S 16 Recorta com tesoura: S Preocupa-se com o acabamento de seus trabalhos: S Independência Motora Levanta-se sem precisar de ajuda: S Senta-se sem precisar de ajuda: S Sobe escadas: S Desce escadas: S Apóia-se para subir em escada: N Atravessa a rua sozinho: S Anda em linha reta: S Abaixa para pegar algum objeto: S Apresenta agitação motora: S Apresenta movimentos estereotipados: N Mantêm o equilíbrio: S Área de socialização e comportamentos Boas maneiras, aspecto afetivo emocional e independência social Identifica e faz uso adequado das saudações, despedidas e agradecimentos: N Pede permissão e desculpa-se quando necessário: N Fala baixo em locais públicos: N Demonstra espírito de cooperação: N Respeita hierarquia: N Reconhece e identifica o interlocutor pelo nome: N Solicita e oferece ajuda espontaneamente: N Demonstra amabilidade, gentileza, atenção no contato com a professora: N Direciona seu olhar para a professora com quem fala: N Considera a opinião da professora: N Compreende e apresenta comportamentos adequados nos gestos e comunicação: N 17 Demonstra insegurança, medo e timidez: N Apresenta comportamentos inadequados: S Compreende e respeita ordem ou regras: N Ignora quando é advertido: S Torna-se agressivo quando advertido: S Aceita a advertência: N Apresenta autocontrole em momentos de tensão: N Segue e respeita regras em diferentes ocasiões: N Concentra-se na atividade proposta: N Sempre termina a atividade proposta: P É interessado pelas atividades: N Sabe perder: N Apresenta algum tipo de tique: N Necessita ser estimulado constantemente pelo professor nas atividades propostas: S Apresenta-se irritado quando não atende suas ordens ou desejos: S Apropria-se de objetos alheios sem permissão: S Em brincadeiras e jogos que implicam em seguir regras é capaz de percebê-las e respeitá-las: N Faz birras: S Apresenta condutas inadequadas: S Apresenta disciplina: N Apresenta organização: P Demonstra atenção ao que lhe é solicitado: N Realização de atividades Trabalha com autonomia: N Interessa-se pela atividade: N Termina a atividade que inicia: P Tem atenção enquanto trabalha: N É preciso chamar sua atenção enquanto trabalha: S O aprendente mostrava-se extremamente agressivo e relutante a realizar tarefas quando solicitado. No final do período de avaliação (10 dias), passou a desenvolver tics nervosos. Supõe-se que apresnta comorbidade com o TDAH. 18 Recomendou-se uma avaliação com neurologista/psiquiatra e psicólogo. 19 Capítulo 3 Recomendações para professores e pais em casos de Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD) ntenda que o Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) é um padrão consistente de comportamento desafiador, desobediente e agressivo em relação à autoridade que persiste por pelo menos 6 meses. Os tipos de comportamentos incluem: desafiar a autoridade, discutir, perder o controle do temperamento, recusar-se a seguir regras, incomodar deliberadamente as pessoas, colocar a culpa nos outros por suas próprias ações, ser facilmente incomodado e comportamento maníaco. Em vez de apenas mencionar as regras e regulamentos da sala de aula, ensine-os a aplicar a regra em suas ações. Isso evita o problema de as crianças tentarem encontrar “brechas” nas regras da sua sala de aula. Integre isso em suas aulas. Alunos desafiadores de oposição gostam de estar no controle de uma situação, portanto, quando apropriado, em vez de fornecer diretrizes, faça perguntas. Em vez de dizer “você precisa terminar seu trabalho antes de sair da detenção”, pergunte à criança “o que você precisa fazer antes de sair da detenção?” E 20 Transforme argumentos em discussões. Não ceda ou se rebaixe ao nível do seu filho e argumente incessantemente. Dê à criança escolhas explícitas e concorde em ouvi-la e entreter suas ideias e desejos. Dê Escolhas. Quando eles estiverem reclamando sobre a quantidade de trabalho na ortografia, dê a eles a opção de fazer seu trabalho agora ou não podem ir à academia ou fazer alguma outra atividade desejável. Isso ajuda a dar-lhes autonomia ou autocontrole. A independência é necessária para os adolescentes, pois leva a uma maior responsabilidade. Permita alguma escolha de independência de seu filho adolescente, bem como ofereça a ele algumas tarefas independentes mais estruturadas que exijam responsabilidade. Inclua a criança nas obrigações familiares e domésticas, dando-lhe tarefas específicas que são de sua responsabilidade e não serão feitas a menos que a criança as faça. Quando apropriado, ignore o comportamento perturbador do aluno. Se a função do comportamento é chamar a atenção interrompendo consistentemente ou fazendo barulho, ignore o comportamento. Antes de usar essa tática, certifique-se de que a classe saiba que o mau comportamento nem sempre será tratado imediatamente, mas será resolvido. Se a classe não for 21 abordados, eles sentirão que o aluno perturbador está se comportando mal. Quando um aluno fizer perguntas consistentemente na tentativa de distraí-lo da aula, diga a ele que você responderá à pergunta mais tarde, durante o “tempo dele”. Isso tornará evidente quais alunos realmente precisam da ajuda e quais estavam apenas tentando distrair. Quando um aluno menciona como outro professor não o puniu por um comportamento, volte a focar na instrução atual. Por exemplo, diga “você acha que só porque alguém deixou você se safar do comportamento, não se aplica aqui, mas se aplica”. Evite intimidações. Com alunos TOD, a intimidação aumenta seu comportamento não compatível. Evite reprimendaspúblicas. Sempre tente abordar o comportamento em particular, especialmente com adolescentes. Para que sejam eficazes, quaisquer recompensas ou punições devem ser significativas e salientes para a criança. Separe propositadamente e passe um tempo positivo com a criança. As relações professor-pais e pais-filhos positivas e de apoio são críticas. 22 Elogie e reconheça o comportamento positivo de seu filho ou mesmo a falta de comportamento negativo com o qual você está acostumado. Aponte características positivas. Enfatize, quando viável, técnicas de autogestão em vez de controle externo. Use o tempo limite como último recurso. Muitas vezes aumenta o comportamento desafiador. Quando usado, mantenha- se calmo e firme. Use “tempo limite” de forma eficaz com adolescentes do ensino fundamental e precoce. Designe a cadeira, sala ou área específica onde a criança irá para um castigo. Não faça ameaças vazias. Siga adequadamente, iniciando o castigo apenas quando a criança estiver calma e quieta. Para os adolescentes, mandá-los para o quarto por um determinado período de tempo será mais eficaz do que dar-lhes uma pausa. Evite mudanças rápidas na rotina normal. Afixe os horários na sala de aula ou na mesa do aluno. Isso fortalece a criança. Para crianças mais novas, uma programação de fotos pode ser mais eficaz. Indique aos alunos quanto tempo eles têm para fazer as tarefas. Certifique-se de dar-lhes bastante aviso prévio. Isso dá mais controle aos alunos. Quando você dá um certo período de 23 tempo para terminar uma tarefa, mantenha os limites de tempo curtos, porque os alunos desafiadores forçarão o limite. Fornecer um alto nível de estrutura para o trabalho em sala de aula. Os alunos TOD têm problemas com a organização. Um exemplo de intervenção de estrutura seria colocar os pertences das carteiras dos alunos em caixas e organizados de acordo com a atividade. Isso diminui a chance de a criança ficar sobrecarregada com o trabalho. Evite tarefas que estão além da capacidade do aluno. Manter as tarefas em seu nível de habilidade, permite que eles ainda mantenham o controle. Evite sinais de desaprovação em relação à criança. Isso mais uma vez faz com que a criança sinta que precisa recuperar o controle novamente, fazendo com que se comporte mal. Se e quando a criança se calar e se recusar a falar, mantenha a calma e exponha seus sentimentos e ponto de vista, e então afaste-se da briga em potencial. A criança vai ouvir você, quer ela pareça ou não estar ouvindo. Declare as consequências que virão desse comportamento até que a criança esteja pronta para falar. As consequências devem ser diretas e fáceis de entender, bem como acordadas por todas as partes envolvidas. Regras 24 e consequências consistentes devem ser seguidas por todos que as estão implementando. Mantenha uma posição firme e consistente sobre as consequências das violações das políticas, leis e normas sociais da escola. Imponha limites, mas expresse amor incondicional. Escolha suas batalhas. Aceite a falta de controle em certas áreas, como roupas, amigos, música e limpeza do quarto, onde podem surgir discussões e violações de regras e regulamentos são menores e não merecem discussão. Entenda que essas divergências são mais frequentemente devido a mudanças no desenvolvimento. No entanto, comunique claramente o que não é aceitável e siga com as consequências. Ensine as crianças a desenvolver e manter relacionamentos sociais positivos. O treinamento de habilidades sociais é importante para que esses alunos se envolvam em relacionamentos equitativos Ensinar intervenções de “saída voluntária”. É quando o aluno aprende quando sair da sala de aula, para que suas ações não prejudiquem ninguém. Pergunte aos alunos quais atividades os ajudarão a recuperar o controle novamente. Quando os alunos saírem da sala de aula, peça-lhes que realizem esta atividade para acalmá-los e permitir que ganhem o controle. 25 Institua um sistema de loteria de custo de resposta de token. Os alunos recebem uma certa quantidade de fichas que são removidas quando se comportam de forma inadequada. Após o término de um certo período de tempo, os tokens restantes são trocados por reforçadores. Estratégia Comportamental de Loteria de Custo de Resposta A Loteria de Custo de Resposta pode ser usada para alunos individuais, pequenos grupos ou grupo inteiro. O principal objetivo dessa estratégia é aumentar a frequência dos comportamentos direcionados desejados. Para iniciar essa estratégia, o professor ou a turma precisa desenvolver um “menu” de recompensas, que são as recompensas que os alunos podem receber se forem bem. O professor seleciona de 1 a 3 comportamentos que precisam ser reduzidos para um aluno específico ou para a turma. O professor precisa escolher um momento para implementar essa estratégia em primeiro lugar. Como os inimigos da estratégia, o tempo pode aumentar, mas ao começar, deve ser cerca de 15 minutos para toda a turma e também para um indivíduo. Isso ocorre porque você deseja monitorar efetivamente o(s) aluno(s) durante esse tempo permitido. Precisa ser claro sobre qual é o número possível de pontos que podem ser recompensados. O(s) aluno(s) então escreve(m) o nome no papel para toda a turma ou para um indivíduo podes fazê-lo chegar ao número x. Escolha um horário para o “desenho” e certifique-se de que os alunos saibam quando será. Por exemplo, toda semana, todo mês, final de período ou final de dia. Apenas certifique-se de avisá-los com antecedência. O aluno ou o professor podem gerenciar este sistema. Um sistema de loteria de custo de resposta também pode ser eficaz. Distribuir pequenos pedaços de papel aos alunos no início da semana. Então, cada vez que um comportamento inadequado é exibido, você remove um pedaço de papel da mesa desse aluno. No final da semana você pega os pedaços de papel restantes e 26 coloca em uma caixa e sorteia um vencedor. Esse aluno é então capaz de escolher entre uma série de reforçadores. Exija o contato visual de seus alunos ao se dirigir a eles. Você deve chamar o nome do aluno e ele precisa fazer contato visual dentro de 2 segundos. Então você continua a explicar as instruções da tarefa dada enquanto mantém contato visual o tempo todo. Faça Conferências de Resolução de Problemas (PBC, do inglês Problem Solving Conferences) com seus alunos. São reuniões que acontecem quando um aluno se comporta mal na sala de aula. Você permite que o aluno explique seu lado da história e, em seguida, a outra parte envolvida explica seu lado. Existe um facilitador que permite que ambas as partes entendam a posição uma da outra. Se as partes envolvidas não elaborarem um plano de resolução, o facilitador oferece alternativas. Sente-se com todos os cuidadores para discutir e concordar com seu plano de ação para lidar com comportamentos desafiadores. Isso inclui professores, pais e outras coisas da escola, conforme apropriado (por exemplo, conselheiro, diretor). Use um sistema de amigos para ajudar a promover o bom comportamento (Buddy System). Nesse sistema, um aluno é emparelhado com um colega e solicitado a registrar seu comportamento e conformidade com as regras por um período de 27 20 minutos. Suas gravações são comparadas com a avaliação do professor. Eles discutem os resultados e os alunos sugerem comportamentos apropriados. Um sistema de amigos em uma escola (Buddy System) é onde uma criança é emparelhada com outra criança, geralmente uma mais velha e com habilidades mais altas. Um sistema de amigos ajuda a promover a amizade, um melhor apoio aos cursos, às necessidades comportamentais e sociais, e pode promover um maior sentimento de pertencimento e uma comunidadeescolar mais inclusiva. O comportamento apropriado recebe pontos e, no final da semana, os alunos podem trocar seus pontos por reforços. TOD pode ocorrer simultaneamente com outros transtornos e é importante testar outros problemas de saúde mental. Diagnosticar e tratar o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, ansiedade ou depressão que pode ocorrer concomitantemente com o TOD tornará o gerenciamento e o tratamento do TOD mais eficaz. Se houver recursos disponíveis, os pais devem considerar a possibilidade de participar de treinamento em gerenciamento de pais ou habilidades de resolução de problemas, ou outras formas de educação. Prática consistente e paciência são necessárias para dominar essas habilidades. 28 Epílogo Transtorno Opositivo (TOD) é um transtorno de comportamento caracterizado por um padrão de humor irritável, comportamento argumentativo ou desafiador que dura pelo menos seis meses. Crianças e adolescentes com TOD podem ter problemas para controlar seu temperamento, ser desobedientes e desafiadores. Não há ferramentas específicas para diagnóstico do transtorno, mas podem ajudar a avaliar algumas condições psiquiátricas. Adultos e com histórico de TOD têm cerca de 90% de chance de adolescentes adolescentes com outro transtorno ao longo da vida. Problemas sociais e comuns quando adultos, incluindo transtornos por uso de substâncias, são no TOD (Neurosaber, 2022). O TOD costuma estar associado a outras condições, como o TDAH e o transtorno de conduta, embora os transtornos do humor também sejam comuns. O uso de substâncias e outros problemas comportamentais também podem coexistir. O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é uma das comorbidades mais comuns no TOD, ocorrendo em 14% a 40% das crianças com o transtorno. Os sintomas de TDAH podem preceder os de TOD e as crianças com sintomas mais desafiadores são mais propensas a ter TDAH em comorbidade (Neurosaber, 2022). O 29 O TOD configura uma interferência no comportamento da criança em forma de irritabilidade, excessos de raiva e indisciplina. Já o TDAH é um transtorno na infância neurobiológica que surge ainda, caracterizado por desatenção, inquietude e impulsivas (Girotto, 2022). Por isso, é importante que os pais procurem um especialista para que ele analise o quadro em questão, confirme o diagnóstico e indique o melhor tipo de tratamento, de como orientar os pais e as pessoas próximas sobre como lidar com esse tipo de situação (Girotto, 2022). 30 Bibliografia consultada B BERNSTEIN, N. I. Treating the unmanageable adolescent: A guide to oppositional defiant and conduct disorders. Northvale, New Jersey: Jason Aronson, Inc. 1996. BURROUGHS, J.; BARLOW, E. Oppositional Defiant Disorder: recommendations for teachers and for parentes. Disponível em: < https://www.education.udel.edu/wp- content/uploads/2013/01/ODD-011807.pdf > Acesso em: 03 fev. 2022. C COHEN, J.; FISH, M. C. Handbook of school-based interventions: resolving student problems and promoting 31 healthy educational environments. New York: Jossey-Bass Social & Behavioral Science. 1993. D DAVIS, D. L. Your angry child: a guide for parents. New York: The Hawthorne Press. 2004. G GIROTTO, P. Quando TOD e TDAH estão relacionados – saiba como lidar. Disponível em: < https://drapaulagirotto.com.br/tod-e- tdah-relacionados/#:~: text=O%20TOD%20configura%20uma%20interfer%C3%AAncia,d esaten%C3%A7%C3%A3o%2C%20inquietude%20e%20atitudes %20impulsivas. > Acesso em: 03 fev. 2022. H 32 HEWITT M. B. The Control Game: Exploring Oppositional Behavior. Reclaiming Children and Youth, v. 8, n. 1, p 30-33, p. 1999. HALL N.; WILLIAMS J.; HALL P. S. Fresh approaches with oppositional students. Reclaiming Children and Youth, v. 8, n. 4, p. 219-226, 2000. K KAZDIN, A. E.; WHITLEY, M. K. Comorbidity, case complexity, and effects of evidence based treatment for children referred for disruptive behavior. Journal of Consulting and Clinical Psychology, v. 74, n. 3, p. 455-467, 2006. N NEUROSABER. Quais comorbidades podem acompanhar o Transtorno Opositivo Desafiador? 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