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O TRANSTORNO DO DEFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE NAS CRIANÇAS

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O TRANSTORNO DO DEFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE NAS CRIANÇAS
RESUMO
O Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade é um dos mais frequentes distúrbios que ocorrem em crianças. A Hiperatividade, uma deficiência neurobiológica de origem genética é um descontrole motor acentuado, que faz com que a criança tenha movimentos bruscos e inadequados, mudanças de humor e instabilidade afetiva. Sabe-se das dificuldades de aprendizagem que essas crianças enfrentam na escola e da existência de vários motivos que levam as mesmas ao fracasso. O professor tem papel importante no processo de aprendizagem dessas crianças, a escola e a família também tem papel importante neste processo pois ajudam na busca de soluções para esse tipo de comportamento. Desta forma este trabalho tem como objetivo verificar qual o nível de conhecimento do(s) professore(s) diante de crianças com dificuldades de aprendizagem, especificamente com o TDAH, quais suas atitudes, percepções e dificuldades no relacionamento com esse problema. 
Palavras-chave: Criança. Hiperatividade. Transtorno de déficit de atenção. Professor
1 INTRODUÇÃO
	O trabalho apresentado se refere à criança com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), em que serão retratadas as dificuldades apresentadas pelas crianças na fase do desenvolvimento escolar. Este assunto chama bastante a atenção, devido ao fato de como os professores lidam com as dificuldades de seus alunos apresentadas.
	O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um dos principais transtornos do desenvolvimento infantil. Caracteriza-se pela dificuldade na modulação da atenção, no controle de impulsos e na capacidade que a criança tem de controlar seu próprio nível de atividade motora, planejando seus objetivos e estratégias de ação. (MUSZKAT; MIRANDA; RIZZUTTI, 2011). 
No decorrer desta pesquisa observaremos que crianças com o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) sofrem com o seu comportamento e suas dificuldades apresentadas, como a de não prestar atenção, de ter o impulso na frente de qualquer coisa, e devido ao seu comportamento diferente do das outras crianças, tanto em casa com seus pais, quanto na escola, ou seja, a criança com TDAH é o que é sempre, não muda, sempre agindo do mesmo jeito. 
A sociedade tem o costume de rotular essas crianças, e muitas vezes são apontadas como bagunceiras, sem limites, mas o que eles não sabem que o TDAH é uma doença, que por sinal genético, e não tem cura, mas se for diagnosticada e fizer o tratamento adequado pode viver tranquila e obter bons resultados.
Também será explicado o que é a hiperatividade, quais são os sintomas apresentados pelas crianças hiperativas, como é feito o diagnóstico e como é o seu comportamento em casa e no ambiente escolar.
Goldstein e Goldstein (2004), falam que a hiperatividade é movida pela desatenção, agitação, excesso de atividade, emotividade, impulsividade e baixo limiar de frustração (dificuldade para adiar recompensas) afetam a integração da criança com todo o seu mundo: em casa, na escola e na comunidade em geral. O relacionamento com os pais, professores, familiares, é muitas vezes prejudicado pelo estresse provocado pelo comportamento inconstante e imprevisível. O desenvolvimento da personalidade e o progresso na escola também são afetados de forma negativa.
A escolha do tema se deu devido à falta de conhecimento da pesquisadora sobre o assunto, e o interesse de conhecer mais e poder contribuir com crianças com o TDAH, para assim melhor entender suas dificuldades.
Verificar qual o nível de conhecimento do(s) professore(s) diante de crianças com dificuldades de aprendizagem, especificamente com o TDAH, quais suas atitudes, percepções e dificuldades no relacionamento com esse problema. 
É importante identificar como os pais lidam com seus filhos portadores de TDAH, como é a relação e como fazem para ajudar a manter o controle desse transtorno.
As crianças com TDAH vivenciam dificuldades de aprendizado em tarefas escolares; a maioria, contudo são capazes de aprender, outras conseguem mesmo que não prestem atenção continua, isso acaba delimitando em suas tarefas. 
O sucesso escolar das crianças TDAH exige muito do apoio dos pais e professores, também temos que citar outros profissionais que estão juntos nisso como, por exemplo; médicos, psicólogos entre outros também estão acompanhando essa eficiência no seu desenvolvimento escolar e ainda melhor em sociedade.
Como metodologia o trabalho será primeiramente realizado com pesquisas bibliográficas e em seguida uma pesquisa de campo com crianças com TDAH nas escolas, e também com os professores para identificar qual o seu papel diante esses alunos.
	Desta maneira o trabalho ficou estruturado da seguinte maneira: na primeira seção é falado sobre o que é o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), e também como é feito o diagnóstico e o tratamento para o transtorno que atinge muitas crianças; na segunda seção é falado sobre a hiperatividade o que ela é, como é feito seu diagnóstico e quais os seus sintomas nas crianças, fala também de como é a criança hiperativa em casa e no convívio escolar; na terceira seção fala-se do papel do professor na observação do comportamento da criança com TDAH na escola, as dicas para o professor lidar com essa criança em sala de aula, o TDAH e a aprendizagem escolar; na quarta seção encontra-se a metodologia onde é abordado os métodos utilizados para a realização do trabalho; na quinta seção encontra-se os resultados obtidos através da pesquisa de campo feita nas escolas municipais da cidade de Monte Alto – SP; já na sexta e última seção é feita as considerações finais, onde observa-se os resultados alcançados através da pesquisa e as considerações acerca do tema escolhido.
2 O QUE É O TDAH
O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um problema neurológico de causas genéticas, que começa na infância e acompanha o indivíduo por toda vida, sendo considerado por muitos especialistas no assunto como um dos principais transtornos do desenvolvimento infantil. Ele é caracterizado pela falta de atenção, impulsividade e hiperatividade, que é uma agitação sem limites (SILVA, 2009).
O conceito atual considera que a base do TDAH é de natureza neurobiológica, genética e neuroquímica, mas que a expressão de padrões herdados é também modulada pelo ambiente. Sabe-se hoje que o próprio ambiente modifica a expressão de padrões endógenos, levando a grande heterogeneidade de apresentação clínica e a diferentes influências de diferentes ambientes e estressores. 
Daí a variabilidade dos sintomas e a natureza multidimensional do TDAH. Neste sentido, é imprescindível um olhar amplo interdisciplinar que inclua as influências e variáveis ambientes, educacionais, familiares e culturais na expressão e na conceituação do transtorno. (MUSZKAT, MIRANDA; RIZZUTTI, 2011).
	Esse tipo de transtorno tem início na infância, mais precisamente no âmbito escolar, quando a criança está começando a ser alfabetizada, pois é mais fácil de observar seu desenvolvimento e suas dificuldades. Estendendo este problema até a sua fase adulta, onde a situação fica mais difícil, porque atrapalha o seu desenvolvimento profissional e principalmente sua vida social.
	Os sintomas são bem visíveis, como a total falta de atenção; não presta atenção no que as outras pessoas dizem; não consegue desenvolver atividades ou brincadeiras em um longo período; não para sentado; não consegue controlar seus impulsos; entre outros. 
Para Muszkat, Miranda e Rizutti (2011) os critérios diagnósticos do TDAH envolvem a delimitação de uma tríade sintomática de desatenção, hiperatividade e impulsividade. Assim caracteriza-se pela composição dos três principais sinais cardinais como: falta de atenção, inquietude, dificuldade de inibir emoções e comportamentos (controle inibitório); traduzidos por um aumento de comportamentos impulsivos. 
É importante também ressaltar que o TDAH, em grande parte está associado a outros tiposde problemas como as dificuldades no aprendizado, variação de humor e a ansiedade.
Segundo Virginia Douglas (1972, apud MUSZKAT; MIRANDA; RIZUTTI, 2011, p. 20) “a dificuldade no controle dos impulsos é o traço mais marcante que caracteriza as crianças, não necessariamente a hiperatividade”.
É nítido também que a testagem relacionada ao controle da vigilância e da atenção prolongada mostrava nítida melhora após o tratamento com estimulantes.
A autora nos mostra que o sintoma que a criança TDAH apresenta é de controlar seus impulsos, sendo assim não consegue manter um bom comportamento. Agora quando começa a fazer um tratamento, já é um caminho, porque só assim ela consegue estabilizar o transtorno.
A criança TDAH apresenta mal rendimento escolar por ter dificuldades em prestar atenção a detalhes, comete erros nas atividades escolares, não consegue acompanhar as longas instruções nem permanecer atenta para concluir suas tarefas escolares. (MUSZKAT; MIRANDA; RIZUTTI, 2011).
Sendo assim, fica evidente que é no ambiente escolar que começam a aparecer os primeiros sintomas do TDAH, e os professores têm que ter um pouco de contribuição para ajudar a identificar essas crianças. 
Pelo que estamos vendo, o uso do termo déficit de atenção pode levar a um entendimento incorreto da capacidade atentiva de um TDAH, e por isso mesmo, preferimos usar o termo “instabilidade de atenção”, que nos parece ser mais correto do que o termo déficit, já que este traz consigo somente a ideia pejorativa de uma deficiência absoluta e imutável (SILVA, 2009).
2.1 Diagnosticando o TDAH
Diagnosticar o TDAH não é uma tarefa fácil, requer muita experiência e colaboração entre pais e professores.
O professor tem um papel fundamental para ajudar no diagnóstico, é ele quem fica a maior parte do tempo com essa criança, e é ele quem sabe tudo o que acontece. Ele observa como é o comportamento da criança, analisa como é a sua falta de atenção, como é difícil para entender as coisas, a irritabilidade, inquietude, enfim ele traduz metade dos sintomas da criança.
A partir dos detalhes descritos, costuma-se afirmar que o melhor critério para se diagnosticar o TDAH é a própria história pessoal visto pelos mais diversos ângulos de sua existência: escolar, profissional, familiar, social e afetiva (SILVA, 2009)
Algumas crianças com TDAH podem apresentar algumas alterações na fala, também podem apresentar uma inadequação em relação de espaço, ou seja, ela apresenta várias disfunções.
De acordo com Muszkat; Miranda; Rizutti (2011) dentro de vários sintomas apresentados pelo portador TDAH, são destacados três sintomas mais precisos para fazer o diagnóstico, que são: 
· Desatenção - é uma dificuldade de concentração, a criança apresenta a total falta de atenção, não consegue se manter concentrado por muito tempo e se distraí muito rápido.
· Impulsividade - é quando a criança age por impulso, ou seja, faz sem pensar, muitas vezes acaba fazendo coisas que não devem, como por exemplo: batem nos colegas de sala, mordem os pais, professores, desafiam á todos, tento uma total irritabilidade.
· Hiperatividade - a atividade excessiva ou mais conhecida como hiperatividade é uma das manifestações mais precisas de uma criança TDAH. 
É através desses sintomas que os professores identificam as crianças TDAH, e sendo assim é passado para os pais dessas crianças para juntos buscar ajuda com outros profissionais. 
Segundo Rohde e Benczik (1999, apud KURDT, 2012), os sintomas que fazem parte do grupo de desatenção, são: dificuldade para concentrar-se nas tarefas ou jogos e não prestar atenção ao que lhe é dito; a dificuldade em seguir regras e instruções, não terminar o que começa ser desorganizado com as tarefas e com os materiais, evitar atividades que exijam esforço mental, perder coisas importantes, distrair-se facilmente com coisas que não tem nada a ver com o que está fazendo, esquecer-se dos compromissos e tarefas recomendadas. 
E os outros sintomas que fazem parte da hiperatividade a impulsividade, onde a criança pode apresentar o comportamento de remexer mãos e pés quando está sentada, correm excessivamente em situações impróprias, para se divertir, fala demasiadamente exagerada, responder as perguntas antes de serem terminada, dificuldade em esperar certas coisas e interferir em conversas de outras pessoas. 
O diagnóstico é feito por profissionais apropriados, onde são feitos questionários para as crianças, pais e se for necessário até para os professores. O critério para fazer um diagnóstico eficaz, exige que pelo menos a criança tenha sintomas que envolvem desatenção, impulsividade e hiperatividade.
Testes psicológicos também podem ser instrumentos úteis para auxiliar o processo de diagnóstico do TDAH (SILVA, 2009).
Através do entendimento da autora, pode-se ver que a dificuldade de descobrir um diagnóstico preciso, leva-se a buscar ajuda de outros profissionais, e muitas vezes mesmo com tudo isso, alguns pacientes não conseguem obter um grande resultado.
Existem numerosas escalas e questionários para orientar pais e mestres na suspeita de diagnóstica do TDAH. Os pais, auxiliados pelos mestres, respondem perguntas referentes ao comportamento da criança nos vários contextos no seu dia-a-dia.
	Para Arruda (2006, p. 61) “a partir de um determinado número de respostas positivas que indicam a ocorrência dos sintomas do TDAH, se estabelece um grau de probabilidade para o diagnóstico”.
	O autor nos mostra que através de um questionário realizado, e de observações dos tipos de comportamentos, atitudes, e diferentes sintomas que a criança tem, podendo assim, chegar a um resultado. A parceria dos pais é fundamental nesse processo.
Tendo um diagnóstico preciso em mãos, os pais dessas crianças TDAH podem procurar um tratamento adequado.
O tratamento é através de medicamentos controlados para poderem assim manter um comportamento tranquilo. Durante o tratamento a criança deverá manter uma relação com uma psicopedagoga, psicóloga, terapias e se for necessário com fonoaudióloga.
Lembrando que o tratamento não tem cura, mas tem tratamento para estabilizar a criança, que são feitos através de medicamento. Medicamentos estes que também causam efeitos colaterais, e isso pode prejudicar até que a criança se acostume, fazendo levar até a estaca zero do tratamento.
2.2 O Tratamento da criança com TDAH
O tratamento para portadores de TDAH pode ser mais eficaz se realizado por uma equipe multidisciplinar, onde exista a interação entre profissionais de saúde e da educação, com o objetivo comum da melhoria da qualidade de vida do indivíduo. Há consenso na área de saúde que, após diagnóstico médico do TDAH o tratamento inclui medicação e as intervenções terapêuticas e psicossociais que podem contribuir para o desenvolvimento destas crianças e adolescentes (BARKLEY, 2002 apud NAZAR, 2011).
Especialistas e pesquisadores concordam que é necessária à utilização de medicamentos no tratamento do TDAH e os estimulantes são as drogas comumente usadas. No Brasil, o medicamento aprovado e encontrado no mercado farmacêutico é o metilfenidato, com os nomes comerciais de Ritalina (metilfenidato), que mostram uma eficácia na melhora do comportamento, desempenho acadêmico e ajustamento social de aproximadamente 50 a 95% em crianças e jovens com o transtorno (SILVA, 2009 apud NAZAR, 2011).
Para Barkley (2002, p. 284, apud NAZAR, 2011), assim se refere aos medicamentos para tratamento do TDAH;
 Os estimulantes funcionam primariamente através do aumento da ação de determinadas substâncias químicas presentes naturalmente no cérebro. A maneira como o cérebro controla a informação se baseia em como essas substâncias químicas são produzidas nas células cerebrais (neurônios). Embora não saibamos exatamente quais substâncias químicas são influenciadas pelos estimulantes, sabemos que duas delas são dopamina e norepinefrina, ambas as quais ocorrem naturalmente no cérebro e se encontram bastante concentradas na região frontal, que, acreditamos, possa ser a sede dos problemas no TDAH.
A utilização damedicação no tratamento do TDAH costuma produzir resultados eficazes na melhoria da qualidade de vida do indivíduo. Definir o que se busca melhorar no comportamento de alguém diagnosticado com TDAH é essencial para a escolha da medicação ou da combinação medicamentosa adequada. Pode levar algum tempo para o ajuste da medicação e o estabelecimento da dosagem ideal, uma vez que, para um tratamento eficaz, cada caso deve ser visto de forma individual (SILVA, 2009).
Segundo Silva (2009, p. 248) as “psicoterapias voltadas para busca do insight e discussão de vivências infantis não promovem o alívio do desconforto nem a estruturação de que um TDAH necessita”. 
A autora aponta que, para os casos de TDAH, a terapia cognitivo-comportamental (TCC), por ter como característica uma abordagem diretiva, objetiva, estruturada e orientada a metas, faz com que, atualmente, seja considerada bastante adequada ao tratamento, pois “caracteriza-se pela busca de mudança nos afetos e comportamentos por meio da chamada reestruturação cognitiva”. O terapeuta cognitivo-comportamental trabalha com treinos em solução de problemas, habilidades sociais, relaxamento, estabelecimento de rotinas e reestruturação de maneiras de pensar e lidar com problemas prejudiciais. 
Conforme a autora, os pais oferecem grande resistência para aceitar que esta criança precisa ser tratada e levá-la ao médico torna-se, muitas vezes, um grande problema. Para poder ajudar um filho portador de TDAH, é importante conhecer e aprender sobre o transtorno de déficit de atenção/hiperatividade. 
O conhecimento a respeito do TDAH é o passo mais importante no tratamento da doença para a melhoria da qualidade de vida do indivíduo e das pessoas com quem convive. O paciente, sua família e a própria escola precisam aprender sobre TDAH, saber como se apresenta, como compromete o modo da pessoa ser e agir no cotidiano, as reações que provoca e, principalmente, que TDAH não é culpa de ninguém (BARKLEY, 2002 apud NAZAR 2011).
Segundo Mattos (2005, p.60) é importante aceitar o TDAH como um problema real que merece cuidados especiais e não como resultado de um “temperamento difícil” ou “teimosia”. É importante também que procurem se orientar como devem se comportar com seu filho, tornando-se verdadeiros “especialistas” no assunto. 
Assim como a família, a instituição escola também tem dificuldades para lidar com esse estudante com diagnóstico de TDAH, que no cotidiano escolar é um aluno como os outros, apesar da intensidade que marcam alguns de seus comportamentos. 
3 O QUE É HIPERATIVIDADE
A hiperatividade é caracterizada por um comportamento agitado, desatento e impulsivo. Crianças que são hiperativas não conseguem de jeito nenhum ficar paradas e muito menos prestar atenção. A hereditariedade é a causa mais frequente da hiperatividade. 
Conforme cita Topczewski (2011, apud KURDT, 2012), “a hiperatividade se dá através de um desvio comportamental, caracterizado por mudanças de atitudes e atividades exageradas”. 
Portanto, para um TDAH se manter quieto por um período estabelecido pelo professor para desenvolver suas atividades escolares/ou tarefas do dia-a-dia se torna impossível.
 Assim, Topczewski (2011, apud KURDT, 2012) postula que os professores são responsáveis pelas primeiras observações, onde percebem os comportamentos de agitação comparados ao de outras crianças. 
	A criança hiperativa representa um enorme desafio para pais e professores. As pesquisas sugerem que a hiperatividade pode ser o problema mais persistente e comum na infância. É persistente ou crônico porque não há cura e muitos problemas apresentados pelas crianças hiperativas devem ser administrados dia a dia, durante a infância e a adolescência. (GOLDSTEIN; GOLDSTEIN, 2004).
	Esse comportamento também atrapalha na hora de brinca, fazer alguma atividade física, e principalmente no desenvolvimento escolar, não têm um bom desempenho, se atrapalha na hora de ler, e também pode calhar de acompanhar outros tipos de atrasos, como o desenvolvimento da fala, a falta de habilidade (mais conhecida como a dispraxia).
	Goldstein e Goldstein (2004) nos relatam que a desatenção, agitação, excesso de atividade, impulsividade e baixo limiar de frustação (dificuldade para adiar recompensas) afetam a integração da criança com todo o seu mundo, em casa, na escola e na comunidade geral.
O relacionamento com pais, professores e familiares é muitas vezes prejudicado pelo estresse provocado pelo comportamento inconstante e imprevisível. O desenvolvimento da personalidade e o progresso na escola também são afetados de forma negativa.
Para a criança hiperativa, o dia a dia dela é uma série de desafios produzidos por inúmeras deficiências ou de poucas habilidades específicas. (GOLDSTEIN; GOLDSTEIN, 2004).
Toda criança hiperativa sofre uma delimitação em todas as coisas que fazem, devido as suas dificuldades. No decorrer que vão fazendo suas coisas, vão sentir medo, insegurança pelo fato de acharem que não conseguem, aí acabam entrando em conflitos com os pais e professores, onde acabam sendo mais prejudicados. 
A criança hiperativa, devido a sua necessidade de ser impulsivo, frequentemente tem dificuldades de compartilhar, não é que são egoístas, simplesmente se trata da questão de sua necessidade de autossatisfação ser o maior para entender que outras crianças também têm direitos iguais, esse tipo de comportamento pode fazer com elas percam rapidamente os seus amigos.
	
3.1 Diagnosticando a hiperatividade
	Diagnosticar a criança hiperativa não é fácil, tem que ter muito cuidado para não fazer um diagnóstico errado.
	Esse diagnóstico deve ser feito por profissionais que são especializados em comportamentos infantis. A hiperatividade atinge mais meninos do que meninas, devido ao fato da hereditariedade, e também por serem mais levados do que as meninas. Meninos meninas podem apresentar problemas iguais, como resultados da hiperatividade.
	O diagnostico definido geralmente é firmado apenas na idade escolar, quando as habilidades escolares exigem uma maior maturação de sistemas biológicos relacionados à persistência motora para atender, escurar, inibir um comportamento impulsivo, organizar ações e interagir de maneira cooperativa com outras crianças.
	Os problemas acontecem com pouca habilidade da criança e nas exigências que são impostas á criança em seu ambiente.
	O profissional vai analisar tudo na criança o seu comportamento em casa, na escola, como é sua relação com os pais, amigos, professores e como está o seu desempenho escolar, bom enfim, depois que ele chegar à resposta e a criança for diagnosticado já pode começar a fazer um tratamento (SILVA, 2009).
	A hiperatividade não tem cura e precisa ser controlada com eficácia durante toda a sua infância.
	A criança pode começar seu tratamento com medicamentos e terapias, muitas vezes os pais preferem participar dessas terapias para que possam saber como lidar com as situações e de seus filhos.
	A maioria desses medicamentos que agem no tratamento serve como estimulantes. Esses estimulantes ajudam as crianças com TDAH e para manter o foco da concentração.
	Em alguns casos é de extrema importância que a criança faça um tratamento adequado para que ela possa seguir uma vida normal. 	 
	
3.2 Sintomas da hiperatividade
	Como já foi descrito, a criança hiperativa apresenta sintomas que fazem com que ela fique prejudicada, na vida pessoal, social e na vida escolar.
	Os sintomas da hiperatividade em crianças com TDAH, geralmente se manifestam por uma tendência delas estarem sempre se movimentando, o que faz com que isso seja um dos sinais clínicos mais frequentes. Na maior parte do tempo pais e professores ficam reprimindo essas crianças para que elas permaneçam quietas, isso faz com que gere conflitos em casa e no ambiente escolar, com os professores e seus colegas (MUSZKAT; MIRANDA; RIZZUTTI, 2011).
	Crianças hiperativas são negligentes, distraídas, impulsivas,superexcitadas, agitadas e têm dificuldades em saber esperar recompensas.
	Em geral, os sintomas da hiperatividade se expressam a diferentes etapas na vida da criança e podem ainda se manifestar em uma idade precoce, sendo assim pior para o seu comportamento e desenvolvimento social. 
	Um dos principais problemas identificados em uma criança hiperativa é a falta de inibição do seu comportamento. A criança também tem dificuldades para seguir instruções; para entender as regras, e começar a trabalha com as regras.
E alguns desses sintomas são: falta de atenção, agitação, descuido, irritabilidade, incomodo, não param quietos, andam de um lado para o outro, tumultuam a sala de aula, dispersão os amigos, enfim são muitos sintomas que fazem identificar. 	
A criança hiperativa ela sente muito medo de se socializar, de fazer amizades, têm muita baixa-estima, e o comportamento agitado com a família.
3.3 A criança hiperativa em casa
	Os pais de crianças hiperativas têm um papel fundamental para auxiliar nesse problema, o melhor sempre é ajudá-los, porque quando uma criança hiperativa é tratada levando uma vida normal, podem até destruir emocionalmente sua família. 
É importante que os pais entendam que a hiperatividade pode ser mais bem descrita como uma forma exagerada daquilo que pode ser um comportamento apropriado para a idade de seu filho. (GOLDSTEIN; GOLDSTEIN, 2004)
	Normalmente crianças hiperativas são consideradas um problema na família, alguns pais sentem vergonha e acabam atrapalhando seus filhos a se desenvolverem.
	As crianças quando estão em casa aprontam o que querem, abusam da paciência dos pais, não escutam com que os pais falam, não param de maneira nenhuma quietas, normalmente elas obedecem mais ao pai do que a mãe, o pai é mais é mais bravo, tem firmeza na hora que está lidando com seu filho, a mãe lida com eles de uma maneira carinhosa, com o amor de mãe mesmo, aí eles abusam dela. Os pais queixam-se que seus filhos não obedecem às regras da casa, como por exemplo: horário de tomar banho, de fazer lição de casa, de ir a escola, enfim a criança fica de uma maneira que não quer obedecer a nada, fazer simplesmente só o que ela quer. 
	Os pais precisam aceitar as dúvidas, perguntas e respostas, pedir sua opinião quando o assunto for de casa, ajudar com que ele tenha uma rotina, e ajudem eles a realizarem essa rotina, sempre dando instruções para seus filhos, sendo assim vão obter confiança e a amizade dos seus filhos.
	Goldstein e Goldstein (2004) falam que alguns pais, possivelmente por causa dos seus problemas, ficam com sentimentos de culpa, chegam à conclusão de que os pais sedem aos problemas dos filhos são causados pela maneira de como a criança é tratada pelos irmãos, familiares entre outros.
	Os pais que abraçam essas ideias logo se tornam excessivamente envolvidos na defesa do filho. Embora as crianças hiperativas certamente precisem de total apoio de seus pais, o super-envolvimento que resulta de se colocar a culpa nos outros, isso interfere na capacidade os pais de entenderem sobre o verdadeiro impacto que a criança. Assim adia o momento de tomar medidas mais apropriadas.
	Os autores relatam que os pais normalmente não aceitam os problemas do filho, ficando com o sentimento de culpa, só que esse sentimento é tão forte que acabam colocando a culpa do problema nos outros, os pais usavam isso para muitas vezes sair de assuntos insignificantes. 
Ou seja, eles não levam o problema adiante, aonde isso vai ficando pior, delimitando que os filhos vivam de uma maneira tranquila, mesmo que eles tenham esse problema. E isso vai virando um empecilho em tudo o que façam, tanto na vida social quanto escolar. Diante disso, relatamos que a família é um importante instrumento de apoio da criança. Ela é a base para que tudo mude.
A criança hiperativa requer total apoio dos pais, família, escola, amigos, irmãos, enfim são componentes fundamentais para o seu desenvolvimento e assim manter um ótimo sucesso, enfim ela precisa de tudo isso para poder viver de uma maneira tranquila, ter uma ótima comunicação em sociedade.
3.4 A criança hiperativa na escola
	A criança hiperativa ela tem uma estrutura normal, iguais as das outras crianças, levam uma vida normal, embora apresentem dificuldades na aprendizagem e no seu comportamento. 
	No período escolar, as crianças hiperativas manifestam uma inquietude e uma energia fora do normal, acabam sendo piores do que seus colegas de classe. No ambiente escolar, esses alunos TDAH, sofrem muito, pois não conseguem manter o mesmo ritmo dos outros colegas. E isso faz com que eles fiquem irritados, perturbados, pois não entendem o porque isso acontece, sendo assim, acabam se isolando em seu mundo imaginário e solitário. E isso também contribui no seu desenvolvimento. 
	Um dos principais fatores para isso é a falta de coordenação motora, onde são consideradas como crianças desastradas, elas vivenciam dificuldades para ficarem sentadas quietas em sala de aula e principalmente para prestarem atenção. 
	Normalmente quando se deparamos com alunos hiperativos, logo pensamos que ele está sonhando acordado, mas não é bem assim, ele pode não estar prestando atenção naquilo que a professora está fala, mas com certeza ele está pensando em algo de seu interesse. Os problemas na escola são frequentes.
	A criança hiperativa tem um forte domínio sobre o comportamento do professor em sala de aula, devido ao fato que ele tenha que ter um cuidado maior.
	A criança hiperativa exibe uma variação de aptidão intelectual. Umas crianças são bem mais desenvolvidas do que outras, que não conseguem se desenvolver (MUSZKAT; MIRANDA; RIZUTTI, 2011)
	Elas sentem dificuldades para aprender porque não prestam atenção, não param no lugar, ficam tumultuando a sala de aula, enfim não consegue manter um bom comportamento.
	Algumas crianças hiperativas vivenciam dificuldades de aprendizado em tarefas escolares; a maioria, contudo é capaz de aprender e muitas vezes conseguem mesmo que não prestem atenção continuamente, nem completem a lição com total eficiência. (GOLDSTEIN; GOLDSTEIN, 2004).
	Aqui o autor nos mostra que muitas crianças têm uma grande dificuldade de aprendizagem devido ao problema, mas muitas delas conseguem aprender, ou meramente entender em partes mesmo não prestando atenção.
	Bom o sucesso escolar da criança hiperativa exige uma combinação de intervenções médica, cognitiva e de acompanhante, com um grande auxílio a maioria dessas crianças podem obter sucesso em classe normais, não havendo necessidade de ficarem em classes especiais (SILVA, 2009).
	O professor tem uma participação muito importante, ele deve orientar seus alunos sempre a buscarem ajuda, ele sempre tem que buscar maneira de como tratar essas crianças iguais a outras, fazer ajudante do dia, cada dia vai um, tem que preparar todos os alunos para mudanças na sala, atividades diferentes, mas que sejam de acordo com a dificuldade que as crianças hiperativas têm permitir que tivesse movimentos em sala de aula, ou seja, o professor tem que fazer de várias formas com que a crianças hiperativas façam tudo de maneira normal igual às outras, sendo assim vão agir normal em sociedade.
	Atividades que tenham a participação de jogos com regras também é muito importante, devido ao seu comportamento social. Crianças hiperativas não conseguem brincar com regras, porque não têm paciência, não conseguem se controlar para que o jogo acabe rápido, ai acabam sendo excluído, ai que entra o papel do professor, ele tem que auxiliar a criança entender o jogo, explicar todas as regras de uma maneira clara, decidir quem vai começar primeiro, e avisar essa criança, tentar fazer com que ele espere a sua vez de jogar, não passar na frente dos outros, fazer com que ele reflita sobre o que está acontecendo, como ele vê o jogo, se ele está entendendo, se tem dificuldades, e a parte principal, elogiar no final do jogo, fazer com que ele se sinta positivo e que é capaz de conseguir.
Outro fator importante é que na hora de uma atividade diferentes as criançashiperativas têm ideias boas, conseguem expressar bem sua opinião. Devido a isso fica como um “ajuda” do professor para que ele se desenvolva melhor, o professor pode pedir para que a criança ajude a decidir a tarefa que ele queira realizar, a fazer as atividades em grupo, para que isso possa ajudar a se socializar melhor, ou seja, o professor tem que estar sempre pensar de várias maneiras que possam ajudar esses alunos, e sempre trabalhando com ele em grupos, atividades que o envolva a pensar, a ter paciência.
Ensinar é uma tarefa que impõe desafios diários e variados para o professor. Ensinar uma criança com TDAH é ainda mais desafiador, pois além do fato dos sintomas de TDAH envolverem dificuldades no processo de aprendizagem e no comportamento de cada criança é único. Na maioria das vezes, os educadores não sabem o que fazer se sentem perdidos, desanimados e sem apoio (MUSZKAT; MIRANDA; RIZZUTTI, 2011).
Isso significa que ensinar uma criança portadora TDAH não é uma tarefa fácil, que se consegue de um dia para o outro. Existem delimitações em relação ao aprendizado, o professor tem que ter total paciência na hora de realizar as atividades ou mesmo em sala de aula. A criança se delimita na aprendizagem devida a falta de atenção e principalmente porque ela não para quieta. 
4 O PAPEL DO PROFESSOR NA OBSERVAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE TDAH NA ESCOLA
O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é considerado pelos professores uma preocupação maior na fase escolar, pois é na escola que as dificuldades enfrentadas pelos alunos são identificadas, e por sua vez, são os professores os primeiros a identificá-los. 
Na maioria das vezes, alguns comportamentos necessitam de um tratamento fora do ambiente escolar.
	Diante disso, é muito importante que os professores façam uma boa avaliação do aluno para que alerte os pais. Sendo assim, chegando à conclusão juntos que o comportamento da criança está atrapalhando no seu rendimento escolar, ela não consegue obter a capacidade de aprendizagem. 
	O professor tem papel fundamental no acompanhamento e encaminhamento da criança que apresenta sinais de TDAH. Gonçalves (2011, apud KURDT, 2012) postula que o professor deve ser capaz de orientar os pais, indicando o caminho até o psicopedagogo tornando-se o elo principal entre a família e os especialistas envolvidos no tratamento.
Assim o autor defende que não é papel do professor fazer o diagnóstico, mais sim esclarecer a família sobre as inúmeras complicações na vida acadêmica, social e pessoal da criança, bem como acompanhar o desenvolvimento pedagógico. 
Embora, não são todos os pais que aceitam isso, muitos deles veem esse alerta como uma crítica ao seu filho e deduzem de outra maneira e não reconhecem o papel do professor.
Segundo Barkley (2008, apud KURDT, 2012), o professor necessita de conhecimentos teóricos, necessita confrontar seus saberes, suas atuações práticas com novos saberes, caso contrário, a sala de aula poderá se tornar um ambiente de rótulos, uma força restritiva para o desenvolvimento do aluno. 
Além dos professores, é de extrema importância que todos os demais profissionais da escola participem do planejamento e do rendimento escolar e de comportamento desse aluno. 
Muszkat, Miranda e Rizutti (2011), nos diz que crianças com TDAH frequentemente apresentam dificuldades na coordenação motora. Sendo assim, tendo uma maior agitação motora; cerca de 20% a 40% das crianças TDAH também têm diagnóstico de dificuldade de aprendizagem (DA).
Ensinar é uma arte e também uma tarefa importante que impõe desafios diários para o educador. E ensinar uma criança com TDAH é ainda mais desafiador, pois engloba todo o tipo de dificuldade. 
Em muitos casos, os educadores se sentem perdidos, sem o que fazer, e muitas das vezes sem apoio. Entretanto, não é possível recusar o direto dessas crianças de aprenderem, para isso é de extrema importância buscar um ensino adequado aos professores para suprir as dificuldades de seus alunos (MUSZKAT; MIRANDA; RIZUTTI 2011).
4.1 Dicas para o professor lidar com crianças hiperativas e desatentas
	Déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é um dos problemas mais comuns na infância, que continua até a adolescência e vida adulta. Os sintomas incluem dificuldade em permanecer focado e prestar atenção, dificuldade em controlar o comportamento, hiperatividade e outras dificuldades. Diante disso, os professores precisam criar estratégias para se trabalhar com essas crianças, sempre buscando uma forma adequada para orientá-las.
	Muszkat; Miranda e Rizutti (2011), consideram que seja necessário algumas orientações para trabalhar com alunos TDAH: 
· Estabelecer uma rotina escolar previsível, com horários para as atividades, hora do lanche e etc;
· Tentar acordos com a criança, perguntar a ela como ela acha mais fácil para aprender;
· Usar outros recursos para sua aprendizagem, como slides, gravadores, ir até a sala de vídeo e etc;
· Evitar atividades repetitivas, cansativas. Isso pode fazer com que a criança se irrite e não queira continuar com as atividades;
Dentre inúmeras opções para ajudar melhor desenvolver o trabalho do professor. 
Fontes (2012), também nos apresenta algumas sugestões para que haja uma melhora no rendimento escolar da criança:
· Afaste-as de portas e janelas para evitar que se distraiam com outros estímulos;
· Deixe-as perto de fontes de luz para que possam enxergar bem;
· Não fale de costas, mantenha sempre o contato visual;
· Repita ordens e instruções; faça frases curtas e peça ao aluno para repeti-las, certificando-se de que ele entendeu;
· Crianças hiperativas produzem melhor em salas de aula pequenas. Um professor para cada oito alunos é indicado;
· Coloque a criança perto de colegas que não o provoquem, perto da mesa do professor na parte de fora do grupo;
· Proporcione um ambiente acolhedor, demonstrando calor e contato físico de maneira equilibrada e, se possível, fazer os colegas também terem a mesma atitude;
· Nunca provoque constrangimento ou menospreze o aluno.
E é através dessas orientações que os professores e todo o ambiente escolar devem seguir para trabalhar com esses alunos, sendo assim havendo uma contribuição em seu desenvolvimento (MUSZKAT; MIRANDA; RIZUTTI 2011).
4.2 O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e a Aprendizagem escolar
Para Silva (2009) os portadores de TDAH possuem dificuldades de comportamento, consequentemente isto afeta seu desempenho nas atividades escolares e também em suas avaliações pedagógicas (notas). Quanto maior a exigência de atenção, maiores as queixas de desatenção por parte dos professores. 
Para a autora, o portador deste transtorno acaba não se dedicando o suficiente para concluir ou até mesmo começar suas atividades escolares. Isto é um dos inúmeros motivos de rotulação (aluno insuficiente) e até mesmo de brigas no âmbito familiar. 
Dificuldades com a leitura (dislexia), com a matemática (discauculia) e com a escrita (disortografia), exemplificam situações que comumente podem ocorrer com crianças TDAH; igualmente problemas com a linguagem Déficit Específico de Linguagem,(DEL) acontecem, porém, são raros (SILVA, 2009).
Conforme a autora, esse desequilíbrio bioquímico impede crianças de focar a atenção numa determinada tarefa, fazendo com que prestem atenção a todos os estímulos do ambiente, inclusive àqueles que não são úteis, como por exemplo, um lápis que cai ao chão, as cores das roupas dos colegas etc., situações que as impedem de manter a atenção, a concentração e a resolver tarefas pontualmente solicitadas.
 	As crianças hiperativas apresentam particulares dificuldades de relacionamento interpessoal, quer pelas suas características específicas quer pelo tipo de exigências que a escola coloca. O relacionamento com os outros e os trabalhos escolares exigem reflexão, planeamento, estratégia, estabelecimento de objetivos e, por tudo isto, uma complexa gestão do tempo. Estas são competências que estas crianças são incapazes de exibir quandoas circunstâncias o exigem (SILVA, 2009).
Conforme Silva (2009), a hiperatividade no contexto escolar é considerada um problema que não se resolve facilmente e cujo prolongamento no tempo é altamente provável. Aquilo que outras crianças realizam com uma simples chamada de atenção ou uma simples advertência, poderá com estas crianças obrigar a múltiplas e, aparentemente, nunca acabadas intervenções
A intervenção mais eficaz, e que conduz a uma melhoria no rendimento escolar, é aquela que se desenvolve no contexto escolar e no exato momento de realização do comportamento, através da aplicação de consequências positivas mais salientes e frequentes e de consequências negativas mais consistentes, associadas a uma adequada adaptação do ambiente (SILVA, 2009).
4.3 As práticas pedagógicas dentro da educação inclusiva
A Declaração de Salamanca é um dos principais documentos mundiais que visam à inclusão social sob uma ótica inovadora.
 Este documento proporcionou uma oportunidade única de colocação da educação especial dentro da estrutura de educação para todos firmada em 1990, promovendo uma plataforma que afirma o princípio e a discussão da prática de garantia da inclusão das crianças com necessidades educacionais especiais nestas iniciativas e a tomada de seus lugares de direito numa sociedade de aprendizagem (UNESCO, 1994).
A educação inclusiva vem ganhando novas conotações e adotando um conceito ampliado, que se desvia do enfoque centrado somente em indivíduos portadores de deficiências, para tratar a questão sob uma perspectiva psicossocial. Desta forma faz emergir um conceito de educação para atender aqueles que tenham necessidades específicas educacionais – temporárias ou permanentes - em ambientes sociais, favorecendo seu desenvolvimento enquanto seres sociais que possuem uma individualidade e participam da vida em sociedade (NAZAR, 2011).
 O artigo 205 da Constituição Brasileira, afirma que “a escola é direito de todos”. Porém, no país a educação inclusiva torna-se um desafio, principalmente para os professores. Existem as dificuldades reais presentes no cotidiano escolar e uma legislação que regulamenta a inclusão sem discriminar os alunos com necessidades específicas educacionais, sejam elas oriundas de questões biológicas, comportamentais ou de preconceitos sociais (BRASIL, 1988). 
A nova Lei de Diretrizes e Bases – LDB – Lei n. 9394/96 que regulamenta a educação no Brasil deixa claro que a educação não é responsabilidade única e exclusiva da escola. É um trabalho para todos, para que se construa uma sociedade mais justa, onde as diferenças não sejam negadas e sim reconhecidas e valorizadas dentro e fora das escolas (BRASIL, 1996).
Numa escola inclusiva os alunos com deficiências ou necessidades educativas especiais aprendem e crescem com o seu grupo etário, sentem-se parte da sociedade, encaram suas diferenças como algo que os aproxima e que os faz crescer e entendem que todos nós somos diferentes e únicos.
A atual LDB em seu art. 59 complementa que “os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais, currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica para atender às suas necessidades”. (BRASIL, 1996).
Para Perrenoud (2001, p.19), trabalhar com diversidade é uma das exigências à escola inclusiva e ao desenvolvimento de competências dos professores. 
[...] Fazer que cada aprendiz vivencie, tão frequentemente quanto possível, situações fecundas de aprendizagem. Para executar essa ideia tão simples é preciso mudar profundamente a escola. Acrescentemos de imediato que adaptar a ação pedagógica ao aprendiz não é, no entanto, nem renunciar a instruí-lo, nem abdicar dos objetivos essenciais (PERRENOUD 2001, p. 19).
	Considera-se relevante trazer esta questão para a esfera do trabalho docente, suscitando questões sobre como o professor pode lidar com alunos considerados como portadores de TDAH na escola. Partindo da premissa de que o professor é aquele que ensina alguma coisa a alguém, os saberes docentes constituem-se como essenciais para a atividade docente e fundamentais para a configuração da identidade profissional do educador (NAZAR, 2011).
4.4 As intervenções pedagógicas do professor no contexto escolar
Promover o ensino de qualidade para todos, coordenando processos pedagógicos de forma participativa em todos os níveis de gestão educacional, é de uma riqueza incalculável para a formação integral de cada estudante (FORTUNATO, 2013).
Conforme relata Fortunato, (2013) neste entendimento de ensino-aprendizagem, algumas estratégias pedagógicas para o trabalho com o estudante diagnosticado com TDAH no contexto escolar, são apresentadas a seguir, nas quais deve-se:
· estabelecer combinados, utilizar tom de voz adequado; construir um contrato com o grupo, estabelecendo limites para a convivência no coletivo; 
· ensinar regras, dando oportunidades aos alunos praticarem o desejável e apresentando a eles um feedback sobre sua adequação; reforçar comportamentos positivos, deixando claro que sua atitude está sendo cooperativa e desejável. Ex: gosto quando você pede com licença para passar; trabalhar com prevenção da conduta dentro de sala de aula, trabalhando com uma situação organizada, num ambiente tranquilo; a cada meta vencida, a cada sucesso alcançado que seja comentado com elogios;
· ensino individualizado sempre que necessário; aproximar-se mais do aluno, antecipando sua movimentação, quando prestes a sair de sua carteira, apresentar alterações físicas ou emocionais, buscar mudar o foco, sugerindo uma atividade diferente para irrigar seu pensamento; 
· oportunizar atividades e momentos em que o aluno se movimente na classe e em outros locais na escola; 
· fornecer exemplos de comportamentos não agressivos, que podem ser utilizados em situações que poderiam levar à agressão, com respostas adequadas a ataques físicos e/ ou verbais. Lembrar que o aluno necessita ter um leque de alternativas comportamentais disponíveis para delas se utilizar em situações do inesperado; 
· realizar atividades em que o aluno possa relacionar o que está aprendendo na escola com situações de sua própria vida;
· dramatizar situações em que o aluno exercite criticamente os diferentes padrões possíveis;
· registrar o tempo máximo em que o aluno consegue ficar envolvido com diferentes atividades, sendo solicitado um aumento gradativo de tempo de permanência na atividade; 
· evitar mudanças bruscas de rotina e, quando forem acontecer comunicar ao aluno; estruturar o uso do tempo, do espaço, dos materiais e a realização das atividades, de forma a diminuir ao máximo o caos que um ambiente complexo pode representar para esse aluno; 
· estabelecer contato direto com a família e com a equipe de apoio, realizando na sala de aula as ações recomendadas; reconhecer e fortalecer com elogios as mudanças de comportamentos agressivos para comportamentos mais desejáveis conquistados;
· encorajar a interação social dos alunos mais retraídos entre os colegas, designando atividades que exijam cooperação; procurar desenvolver uma relação positiva, recebendo-os sempre com simpatia, conversando com os alunos em momentos apropriados, reconhecendo explicitamente seus ganhos e avanços, procurando identificar seus interesses e motivações; 
· envolver os alunos em todas as atividades cívicas, artísticas, esportivas e sociais da escola, juntamente com os demais alunos;
· usar a proximidade física para encorajar a atenção dos alunos; Reduzir a previsibilidade das ações, variando a forma de apresentação das atividades;
· organizar atividades individuais nas quais haja poucas oportunidades de distração visuais ou auditivas; ajudar os alunos a organizar seu horário, suas atividades na sala de aula, seu material de trabalho, sua carteira, aumentando suas responsabilidades e independência gradativamente;
· apresentar modelos sobre como se organizar no trabalho; 
· encorajar os alunos a pensarem antes de falar, exercitando com eles um “tempo para pensar” de 5 a 10 segundos, antes de apresentar uma resposta;e,
· organizar as carteiras em círculos ou em forma de “U”, estes formatos de organização do espaço físico da sala de aula facilita o contato com outros colegas e facilita a socialização das ideias articuladas sobre o assunto da aula.
 De acordo com Fazenda (2010, apud FORTUNATO, 2013) para que o professor realize este trabalho pedagógico com sucesso, há três atributos que devem estar presentes na prática docente: preparo, espera e coragem – preparo na formação profissional inicial e continuada, espera na provocação das mudanças e coragem em projetar-se além dos “muros da escola”, exercitando-se com cautela, “realimentando-se” de práticas pedagógicas mais “ousadas”. Todo trabalho na escola deve ser baseado no acolhimento, continuidade, coerência e consistência. Se o aluno não se sentir acolhido, não está preparado para situar-se no ambiente escolar
Para a autora, é essencial que os professores estejam conscientes que o problema dos estudantes diagnosticados com TDAH é fisiológico e biológico por natureza, independe da criança. Portanto, seu comportamento “agitado”, “desatento”, “hiperativo”, não é planejado.
Conforme a autora, oportunizar momentos de ajuda ao aluno TDAH na organização de seu material escolar, bem como definir com ele o espaço que ocupa em sala de aula, na dinâmica dos trabalhos em grupo, na tomada de decisões. Seu dia precisa ser estruturado de maneira a alternar períodos de atividade e períodos tranquilos. 
Alguns alunos são extremamente difíceis de manter em sala de aula e exigem intervenções altamente criativas. O professor, nesse caso, precisará de apoio da equipe pedagógico-administrativa da escola (FORTUNATO, 2013). 
4.5 Os jogos e brincadeiras em benefício da aprendizagem da criança com TDAH
O brincar é uma necessidade básica e um direito de todos. O brincar é uma experiência humana, rica e complexa. Quando a criança se integra com o lúdico, ela tem a possibilidade de vencer medos, angústias, traumas e tudo em que consiste a sua sensibilidade (ALMEIDA, 2000 apud CUNHA, 2012).
Vygotsky (1991) destacou a importância do brincar para os processos de aprendizagem e desenvolvimento da criança, pois é através desse ato que a criança reproduz experimentações e vivências que percebe do mundo exterior, e, ainda, que pode relacionar se com outras crianças
Cunha (2012) relata que as atividades lúdicas, além de facilitarem a aprendizagem, favorecem a socialização e a cooperação entre os alunos. Desta maneira a escola deve promover as atividades lúdicas para fomentar a aprendizagem, propondo atividades desafiadoras que possibilitem a construção de conhecimentos, dando oportunidades ao aluno com TDAH de ser mais criativo, participativo e ativo, levando-o a adquirir atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade
Para a autora, é necessário que o professor elabore aulas interessantes e diversificadas, saindo da rotina e que explore diferentes habilidades nos educandos.
 	 Segundo Barros (2002, apud CUNHA, 2012), no que se refere ao lúdico, sabe-se que o comportamento da criança hiperativa, em relação às crianças normais, é pior devido à grande dificuldade de atenção, concentração e impulsividade causada pelo distúrbio, portanto ao utilizar os jogos como estratégias pedagógicas deve levar em consideração as características da criança, auxiliando o aluno a desenvolver as habilidades necessárias para um desempenho social, emocional e cognitivo.
O jogo é uma ferramenta criativa, atraente e interativa que auxilia o professor a minimizar os problemas de desatenção e de comportamento social nas crianças hiperativas, melhorando assim a aprendizagem e o desenvolvimento da criança, pois é através desse ato que a criança reproduz experimentações e vivência o mundo exterior (LOPES, 2000 apud CUNHA, 2012).
Conforme Cunha (2012) cabe ao professor estimular a atenção da criança com TDAH, para que a mesma não se distraia com qualquer novo estímulo do ambiente, e possibilitando que a criança fixe atenção por um tempo suficiente, para o máximo aproveitamento em uma experimentação, uma atividade lúdica e assim possibilitando uma melhor interação com os colegas.
Ao utilizar os jogos como estratégias pedagógicas deve-se levar em consideração as características da criança com TDAH, bem como as condições sob as quais deverá realizar as atividades, objetivando auxiliar o aluno a desenvolver as habilidades necessárias para um desempenho social, emocional e cognitivo (CUNHA, 2012).
Para a autora, o Lúdico é uma ferramenta criativa e interativa que o professor deve utilizar para minimizar os problemas de desatenção, irrequietude e de comportamentos inadequados que certas crianças com TDAH apresentam.
Segundo Vygotsky, (1991, p. 32): 
 A aprendizagem é um processo social que possibilita através das áreas de desenvolvimento proximal, isto é, da distância entre a zona de desenvolvimento real, determinar através das soluções independentes de problemas, o nível de desenvolvimento potencial, ou seja, aquilo que a criança ainda não sabe, mas que pode aprender. Destacou a importância do lúdico para os processos de aprendizagem e desenvolvimento da criança, pois através deste ato que a criança reproduz experimentações e vivências com o mundo exterior, e ainda se relaciona com outras crianças.
Os jogos permitem o desenvolvimento da participação em grupo, faz com que as crianças colaborem no conhecimento e interagem no grupo. Aprendem assim, a conviver socialmente e com prazer (VYGOTSKY, 1991).
Cunha (2012) diz que, o jogo tem regras definidas e tem de ser cumpridas por todos os que estão a participar. Os alunos com TDAH têm dificuldades em cumprir essas regras, pois eles revelam uma certa dificuldade em se submeter adequadamente às regras de interação social.
 Para a autora, no jogo onde há ação pedagógica, este faz com que a criança compreenda o porquê das regras, e que estas fazem parte, do início de qualquer atividade lúdica, e para que elas aconteçam é necessário que os que participam compreendam e concordem com as regras estipuladas pelo professor e pelo grupo.
Conforme a autora, o professor deve criar facilidades para que a criança com TDAH encontre novas amizades, pois os amigos são importantes para o desenvolvimento dessas crianças
Ainda para a autora, no seu dia-a-dia escolar, o professor deverá intervir de maneira positiva com o restante dos colegas de forma a ajudar os seus alunos a observarem que os seus colegas com TDAH têm também qualidades, fazendo-os perceberem que, muitas vezes, suas ações precisam de ser corrigidas para que eles aprendam a relacionar-se corretamente com o grupo.
De acordo com Fabris (2003, p. 30, apud CUNHA, 2012, p. 48):
 A impulsividade é um comportamento básico na vida do hiperativo; ele tem desejo de satisfazer suas vontades de maneira rápida e imediata, independendo das circunstâncias; possivelmente esta manifestação ocorre devido à falta de organização interna dos indivíduos, à imaturidade, à falta de atenção e às inabilidades motoras que apresentam.
O lúdico deve ser trabalhado diversificando os materiais. O estímulo vem possibilitar a elaboração dos jogos e brinquedos que estarão com o objetivo de ter uma aprendizagem motivadora. O professor também deve motivar os alunos para a construção dos mesmos, as crianças sentem-se mais motivadas, enquanto que os constroem, vão adquirindo boas relações (CUNHA, 2012).
É fundamental o papel do professor, devendo agir como organizador e ter um papel de incentivo no ensino-aprendizagem
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), é caracterizado por manifestações de atividade motora excessiva, desatenção e impulsividade, tornou-se hoje um tema de relevante interesse para profissionais da educação devido ao grande número de diagnóstico comprovados.
As crianças que possuem este tipo de transtorno geralmente apresentam em sala de aula características que fazem com que o professor passe a prestar atenção neste aluno. As três principais características apresentadas são: desatenção, agitaçãoe impulsividade.
De forma geral essas crianças possuem dificuldade de concentração e se distraem com facilidade, falam excessivamente e não conseguem se manter no lugar por muito tempo.
Essas crianças devem ser estimuladas a frequentarem a escola pois lá encontraram um ambiente agradável com pessoas que demonstrem interesse e respeitem a sua individualidade e também tenham conhecimento das variações comportamentais, principalmente em se tratando de hiperatividade.
Dentro do ambiente escolar, quando o professor faz uso do lúdico com esses alunos, o mesmo proporciona a eles uma sensação de alivio e motivação, fazendo com que criem possibilidades de soluções em várias situações e também as aproxima de situações reais quando fazem uso deste material.
Sabe-se que as crianças com TDAH, possuem dificuldades e estas vão ser por toda sua vida, sendo assim a escola tem papel importante na vida dessas crianças, onde através de incentivos e adequação de rotinas o professor consegue adquirir diferentes tipos de estratégias que possa fazer a vida dessas crianças ser mais fácil.
Para que se tenha sucesso é preciso ter um trabalho em conjunto que conte com os pais, professores e profissionais da saúde, onde será permitido que a criança seja incluída em uma rotina de acordo com seu cotidiano, facilitando sua compreensão e assim possa ter uma vida normal.
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