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Formação da cultura inglesa - século V ao Vitoriano

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01/05/2023 13:59 AVA UNINOVE
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tópico

Formação da cultura inglesa - século V ao
Vitoriano
Construir um panorama histórico da formação da Inglaterra e da cultura britânica
    
Como se trata de um período longo da História, apresentaremos
as principais características por meio de divisões estabelecidas
em grandes eras. São elas:
 
 
1. Inglês antigo e os anglo-saxões
2. Idade Média
3. Período dos Tudors até a Revolução Industrial
4. A Era Vitoriana
1. Inglês antigo (entre o século V e
começo do século XI)
 
Inglês antigo (ou Old English) foi uma língua germânica
ocidental falada na região conhecida agora como a Inglaterra
entre os séculos V e XI. Os falantes do inglês antigo chamavam
NESTE TÓPICO
 Inglês antigo (entre o século
V e começo do século XI) 
 2. Idade Média 
 3. Do período dos Tudors até
a Revolução Industrial 
 4. A Era Vitoriana 

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sua língua  de Englisc, e a eles próprios de Angle, Angelcynn ou
Angelfolc, e sua terra de Angelcynn ou Englaland.
O inglês antigo começou a aparecer escrito durante o começo do
século VIII. A maioria dos textos foram escritos em Saxão
Ocidental, um dos quatro principais dialetos. Os outros dialetos
eram o Mercian, o Northumbrian e o Kentish.
 
1.1. Runas anglo-saxônicas (futhorc/fuþorc)
O inglês antigo / anglo-saxão foi primeiramente escrito com uma
versão do alfabeto rúnico conhecido como runas anglo-saxãs ou
anglo-frísias, orfuthorc/fuþorc. Esse alfabeto era uma versão
estendida do Elder Futhark (o sistema mais antigo de alfabeto
rúnico conhecido) com entre 26 e 33 letras. As runas anglo-
saxônicas foram usadas provavelmente entre o século V até o
século X. Elas começaram a serem substituídas pelo alfabeto
latino desde o século VII, com a presença dos católicos, e depois
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do século IX as runas foram usadas principalmente em
manuscritos e eram de interesse, principalmente, para
antiquários. Seu uso acabou não muito tempo depois das
conquistas normandas.
Inscrições rúnicas são encontradas principalmente em jóias,
armas, pedras e outros objetos, e apenas por volta de 200 dessas
escrituras sobreviveram. A maioria foi encontrada no sul e no
leste da Inglaterra.
 
1.2. Anglo-saxões
Os Anglo-saxões (anglos, saxões e jutos) eram tribos germânicas
que viviam na região norte do que atualmente chamamos de
Alemanha e Dinamarca. Essas tribos já haviam contornado a
costa sul da ilha britânica no século III, mas no século V eles
conquistaram e se instalaram por toda a Inglaterra. Eles
expulsaram a civilização romana da Grã-Bretanha e
estabeleceram suas ocupações agrícolas. Durante o século VI,
vários reinos instáveis apareceram. Quatro deles tiveram
supremacia contra os outros: o de Kent, o de Northumbria, o de
Mercia e, finalmente, o de Wessex.
Os cristãos chegaram à Inglaterra vindos da Irlanda e de Roma
desde o final do século VI. A Igreja teve um papel importante no
estabelecimento da sociedade medieval e no desenvolvimento de
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um estado na Inglaterra, ela serviu como um modelo para reinos
feudais e deu à realeza um carácter sagrado. A Inglaterra foi
finalmente unida pelo reis de Wessex no século X. Vikings
dinamarqueses conquistaram uma grande parte do nordeste da
Inglaterra e criaram um confederação de comunidade
escandinavas chamado Danelaw (878-975) ali. Alfred, o Grande
de Wessex (871-900), derrotou os danos e seus sucessores
reconquistaram a região de Danelaw no século X. No entanto,
uma nova invasão dinamarquesa se deu na Inglaterra em 978. Em
1016, Canute (1016-35), o rei da Dinamarca e Noruega, se tornou
o primeiro rei de uma Inglaterra totalmente unida. Seu império
escandinavo, no entanto, se quebrou sob o comando de seus
incompetentes sucessores e o herdeiro saxônico, Eduardo, o
Confessor (1042-66), foi restaurado como rei da Inglaterra.
Eduardo, involuntariamente preparou o caminho para a
conquista normanda. Ele introduziu nobres normandos nos altos
postos oficiais e deixou uma sucessão que causou disputas. Mas
que tipo de disputa?
Depois de sua morte, Aroldo, filho do mais poderoso nobre
inglês, foi escolhido para ser rei. Mas o duque da Normandia e o
rei da Noruega reivindicaram o trono também, e ambos atacaram
a Inglaterra quase simultaneamente em 1066. Aroldo derrotou os
escandinavos, mas ele foi derrotado e morto na batalha de
Hastings em outubro de 1066 por William da Normandia, que o
sucedeu no trono inglês. A conquista normanda foi completada
em 1069, trazendo grandes consequências para o
desenvolvimento da Inglaterra:
As relações entre a Inglaterra e a Escandinávia foram
cortadas e o país teve influência cultural da França; três
línguas eram usadas na Inglaterra: franco-normando, a
língua da aristocracia no poder e dos tribunais; latim, a
língua das pessoas educadas; e o inglês, falado pelas
pessoas do povo;
Se estabeleceu na Inglaterra uma classe de nobreza
dominante franco-normanda;
O país foi reorganizado como um forte estado feudal militar
protegido pelo canal inglês e, como resultado, mais
nenhuma ocupação ocorreu naquele país.
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2. Idade Média
 
2.1. Idade Média Alta na Inglaterra: das conquistas normandas
até a Guerra dos Cem Anos (século XI ao século XIII)
 
Esse período foi marcado por:
Um conflito entre o poder centralizador do rei e o crescente
desafio das lideranças da baixa nobreza;
Um considerável desenvolvimento do comércio e das
cidades, o que ajudou a desintegrar o sistema feudal.
O crescente caráter de conquista e do apoio da Igreja permitido
por William, o Conquistador (1066-87) para estabelecer um
estado forte e centralizado era um contraste brusco frente à
anarquia do feudalismo político prevalecente no continente. O
sistema anglo-saxônico de condados foi reativado, e um oficial
real foi colocado como líder em cada um destes; além disso,
William evitou a criação de grandes feudos independentes do
poder real. Ele também estabeleceu a base fiscal do estado
ordenando uma pesquisa detalhada sobre os valores das
propriedades em cada condado (cujo resultado foi o livro
Domesday, 1086-87). O processo de aumento do poder do estado
foi continuado pelo filho de William, Henry I (1100-35)   e
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especialmente por Henry II (1154-89), que ascendeu ao trono
depois de 30 anos de anarquia (A Guerra da Sucessão, 1135-54).
Ele reinou sobre um vasto império que compreendia a Inglaterra,
a Normandia, e uma grande parte da França antes controlada
pelo rei da França. Ele reforçou os direitos reais, aumentou o
controle sobre as autoridades e tentou colocar todos os tribunais
sob tutela real, não conseguindo alcançar os tribunais
eclesiásticos (devido ao seu conflito com Thomas Becket,
arcebispo da Cantuária). Henry também começou a conquista
inglesa sobre a Irlanda, que nunca foi totalmente completada.
Os filhos de Henry foram reis fracos: Richard I (Coração de Leão,
1189-99), que passou a maior parte de seu reinado lutando na
Palestina (na terceira Cruzada) e na França, e John (Lackland,
1199-1216), pois seu governo desregrado alienou seus barões. Em
1215, estes forçaram João a conceder-lhes a Carta Magna
(Grande Carta das Liberdades), que limitava o poder real e
lançava as bases para a monarquia parlamentar que seguiria.
Edward I (1272-1307), habilitado à monarquia assim como Henry
II, ascendeu ao trono depois de outra Guerra Civil (1264-66). Ele
foi responsável pela convocação do Parlamento Modelo (1295),
chamado assim já que continha representatividades das três
camadas sociais: Baixa Nobreza,Clero e Comuns (todos os
elementos de um futuro parlamento). Edward conquistou o norte
do País de Gales (1285), mas não conseguiu conquistar a Escócia.
O reino escocês continuou independente da Inglaterra até 1714.
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2.2. Idade Média Baixa na Inglaterra. Do irrompimento da Guerra
dos Cem anos até o fim das Guerras das Rosas: o declínio do
feudalismo.
 
Os séculos XIV e XV formam o período de transição do
feudalismo para a era pré-industrial. A longa guerra com a
França ajudou a formar um senso de identidade nacional: uma
cultura inglesa nativa tinha nascido e o inglês se tornou a língua
oficial do país.
 
2.2.1. A Guerra dos Cem Anos (1337-1453)
Esta longa guerra teve início após Edward III (1327-77)
reivindicar o trono da França, mas seu objetivo verdadeiro era
tornar os Flandres (o principal mercado de comércio de lã com a
Inglaterra) e a Gascona (o principal fornecedor de vinho e sal)
aréas de controle inglês. A longa guerra é tradicionalmente
dividida em três estágios, com períodos de calmaria entre eles:
O primeiro estágio (1337-60) foi de sucesso para a
Inglaterra, porque o exército inglês era composto por
soldados profissionais bem organizados, enquanto o
exército francês era uma região feudal indisciplinada. Os
franceses sofreram duas grandes derrotas em Crécy (1346) e
em Poitiers (1356), e a Inglaterra ganhou grandes
territórios da França.
O segundo estágio (1369-75) foi de sucesso para a França.
Os franceses adotaram a estratégia de guerra de guerrilha, e
gradualmente reconquistaram o território perdido, exceto
dois portos.
No terceiro estágio (1415-53), a guerra foi recomeçada por
Henry V (1413-22), o segundo rei de Lancaster: ele ofereceu
aos franceses outra grande derrota em Agincourt (1415) e
gradualmente aumentou seu território. Em 1420, ele foi
considerado o herdeiro do trono francês. Porém morreu em
1422, a guerra continuou e, em 1428, os franceses estavam
defendendo sua última fortaleza em Orleans. O
aparecimento de Joana D’Arc em 1429, no entanto, levou a
uma reviravolta francesa. A guerra se arrastou por mais 20
anos, até a batalha de Chatillon, acabando finalmente em
1453.
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A guerra exauriu os recursos da Inglaterra e ocasionando rupturas
políticas, as quais levaram à eclosão das Guerras das Rosas.
2.2.2. A Peste Negra (Black Death) (1348-51) e a revolta
camponesa de 1381.
Em meados do século XIV, uma epidemia de praga bubônica
chamada “Peste Negra” se espalhou pela Europa. Ela reduziu a
população inglesa à quase sua metade, o que causou uma severa
escassez de mão de obra. Como resultado, trabalhadores livres
puderam obter maiores salários e aumentou-se a compensação
exigida por servos para serviços laborais.
 
No final dos anos 1370, no entanto, a população cresceu e
camponeses não podiam mais exigir maiores salários ou
libertação da servidão. Altos impostos foram exigidos para pagar
a guerra contra a França: em 1379, o então chamado Poll Tax foi
exigido a todos os homens com idade acima dos 16 anos.  
Esta situação resultou no disparate de uma revolta em 1381: os
rebeldes marcharam em Londres e o governo ficou a sua mercê. O
rei Richard II (1377-99), que era uma criança de 14 anos à época,
prometeu concordar com todas as exigências, mas tão rápido
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quanto se dispersara, a revolta foi brutalmente combatida.
Mesmo assim, não houve retorno ao sistema anterior,
desaparecendo a servidão pelo final do século XV.
 
2.2.3. As Guerras das Rosas (1455-85)
Está série de guerras foi um conflito de dinastias entre duas
famílias poderosas, os Lancastrians e os Yorkists, ambas
descendentes de Edward III: eles lutaram pela coroa. As guerras
foram marcadas por vitórias não-decisivas e derrotas nos dois
lados. Durante os 30 anos de batalhas intermitentes, a nobreza
feudal foi empobrecida e quase extinta, enquanto a Coroa se
tornou rica, por causa de confiscos de terras para o benefício da
Coroa após cada batalha. Isso abriu caminho para o
estabelecimento do absolutismo dos Tudors.  
 
3. Do período dos Tudors até a Revolução
Industrial
 
O período Tudor pode ser lembrado como o começo dos tempos
modernos: uma monarquia absolutista e a Igreja Nacional
controlada pelo estado foi estabelecida, e a Inglaterra consolidou
a base para sua supremacia marítima. Mas o equilíbrio
temporário de poder que marcou o período entrou em colapso na
era Stuart, e o conflito entre a Coroa e o Parlamento se
intensificou entre 1688-89.
No século XVIII, a Grã-Bretanha se tornou um poder marítimo,
comercial e econômico, como resultado de guerras bem
sucedidas contra a França e a Revolução Industrial.
 
3.1. O período dos Tudors (1485-1603)
Henry VII (1485-1509) fez uso da situação depois das Guerras das
Rosas para estabelecer uma monarquia absoluta. Ele criou uma
nova nobreza proveniente da classe média alta: os novos nobres
eram intitulados como oficiais de estado, especialmente no
Conselho Privado, o antecessor do moderno Gabinete, e Henry
lançou mão de uma série de prerrogativas legais. Ele evitou
conflitos militares, mas protegeu o comércio e indústria, 
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encorajando expedições marítimas. Este foi o porquê do
absolutismo dos Tudors ter sido apoiado por praticamente toda a
nação.
 
Sob o reinado de Henry VIII (1509-47), a Igreja foi sujeitada ao
poder estatal, como resultado da discussão entre o rei e o Papa
sobre o divórcio com sua primeira esposa (chamada de Reforma
Inglesa, na década de 1530). Este ato removeu o último poder do
período feudal que tinha prejudicado   o desenvolvimento do
governo parlamentar. Apesar de Henry ser considerado o líder da
Igreja da Inglaterra, ele continuou católico. O protestantismo
penetrou a Inglaterra após sua morte. Mary Tudor (1553-58)
tentou sem sucesso recatolizar o país, mas essas tentativas
religiosas foram neutralizadas por Elizabeth I (1558-1603): a
Igreja Inglesa se tornou a Igreja oficial da Inglaterra e sua
doutrina foi mais claramente formulada.
Em 1588, a Inglaterra derrotou seu maior rival, a Espanha: uma
grande frota chamada Armada foi destruída pela marinha inglesa
e pelo clima ruim. Isso significou o fim da supremacia marítima
espanhola.
O País de Gales foi incorporado completamente a Inglaterra em
1535. A Irlanda, foi, no entanto, tratada como uma colônia:
revoltas contra as tentativas inglesa de impor o protestantismo
na Irlanda foram destruídas e seguidas de “clearence and
plantation”, ou seja, tirou a população irlandesa de suas terras e
reassentando-a com os ingleses.
A economia Tudor foi afligida por:
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Inflação galopante agravada pelo aumento populacional;
Nomadismo e desocupação resultante da intensificação do
processo chamado de  cercamentos (enclosures).
Por outro lado, o comércio interno e externo se desenvolveu.
 
O site IMDB fez uma lista de filmes que se passam ou são sobre as
épocas citadas, e que valem a pena ser vistos para entender um
pouco melhor os períodos:
http://www.imdb.com/list/ls031040247/
3.2. A era Stuart (1603-1714)
 
3.2.1. Os primeiros Stuarts, a Guerra Civil e o período republicano
(1603-60)
 
James VI da Escócia sucedeu Elizabeth no trono inglês como
James I (1603-25). Seus problemas financeiros, combinado com
seu credo no “poder divino dos reis” e más políticas externas e
religiosas, deixou o Parlamento enfurecido.
Uma oposição organizada contra a Coroa surgiu, então,   sob o
reinado de seu filho Charles I (1625-49) devido ao seu desejo
pelo poder absoluto, assim como seus métodos não-
parlamentares de obter dinheiro. O crescente conflito levouao
rompimento da Guerra Civil (1642-49) entre os apoiadores do rei
(Royalists ou “Cavaliers”) e o Parlamento (partido parlamentar
ou “Roundheads”). A vitória da ala radical do partido
parlamentar, liderado por Oliver Cromwell (1599-1658) na
Segunda Guerra Civil, resultou na execução do rei e o
estabelecimento de um regime republicano, o Commonwealth
(1649-54). Este foi, no entanto, brevemente seguido pelo
Protetorado de Cromwell (1654-59), uma ditadura militar
puritana.
 
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O novo estado se tornou reconhecido e respeitado por outros
países, a Irlanda foi cruelmente “pacificada” e Ulster reassentada
por colonos britânicos; A Escócia e a Irlanda foram anexadas à
Inglaterra. Mas a tirania intelectual e religiosa dos puritanos e
altos impostos não refletiam as expectativas dos ingleses e, logo
após a morte de Cromwell, o regime republicano entrou em
colapso e a monarquia foi restaurada.
 
3.2.2. Da restauração da monarquia até o fim da era Stuart
(1660-1714)
Juntamente com a monarquia, representada por Charles (1660-
85), a Casa dos Lordes e a Igreja Anglicana foram restauradas em
1660. Duas linhas se desenvolveram no Parlamento, os Tories
(defensores do direito monárquico divino e do Anglicanismo) e
os Whigs (apoiadores da monarquia parlamentar e da tolerância
religiosa), elas gradualmente   formaram dois partidos políticos
distintos.
A tentativa do irmão de Charles, James II (1685-88), de usurpar o
poder absoluto levou a então chamada “Revolução Gloriosa”
(1688-89): James foi pacificamente substituído por William III
(de Orange, 1689-1702) e a irmã protestante de James, Mary.
Então, os princípios básicos da monarquia constitucional foram
estabelecidos. William e a rainha Anne (1702-1714) mantiveram
o poder executivo, mas sua política era controlada pelo
parlamento.
 
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3.2.3. As guerras com a França, a construção do império colonial
e a Revolução Industrial (1714-1815)
I. Políticas internas e externas
O Reino Unido da Grã-Bretanha foi formado em 1707, pela União
da Escócia e Inglaterra. A Irlanda  era tratada como uma colônia
cruelmente explorada depois de William ter derrotado James II
na Batalha de Boyne em 1690; em 1800, o país foi incorporado ao
Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda.
O sistema moderno de governo foi estabelecido depois da
ascensão da dinastia Hanoveriana do trono britânico em 1714: o
Primeiro-Ministro e seu Gabinete substituíram o Soberano como
o líder executivo.
 
As guerras com a França começaram sob o reinado de William III,
cujo principal objetivo era proteger seu país natal, a Holanda,
dos ataques franceses àquele país. Conflitos bélicos continuaram
durante o século XVIII entre a Grã-Bretanha e a França, na
disputa pela supremacia naval e o poder colonial. Os maiores
conflitos foram a Guerra dos Sete Anos (1756-63,
frequentemente descrita como a primeira guerra mundial) e as
Guerras Revolucionárias e Napoleônicas (1793-1815, que
aconteceram após a Revolução Francesa de 1789). Como
resultado dessas guerras, a Grã-Bretanha construiu seu império
colonial, apesar das colônias americanas terem sido perdidas
após a Guerra de Independência Americana (1775-83), a Grã-
Bretanha conquistou a supremacia marítima e se tornou uma
superpotência mundial.
 
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3.3. A Revolução Industrial
 
Este processo gradual de transformação da Grã-Bretanha de um
país predominantemente rural para uma potência industrial foi
sendo preparado pelos desenvolvimentos econômicos da segunda
metade do século XVII.
O termo “Revolução Industrial” é bastante enganoso, pois este
processo foi uma lenta evolução ao invés de uma “revolução”, e
ele não só aconteceu na indústria. Ele incluiu desenvolvimentos:
Na esfera financeira: capital suficiente teve que ser
acumulado;
No transporte: uma rede de canais, estradas e posteriores
linhas de trem tiveram que ser construídas para acelerar o
transporte de materiais e produtos;
Na agricultura: pequenas porções de terra foram anexadas e
transformadas em grandes campos para permitir o uso de
máquinas agrícolas; novos métodos de cultura foram
introduzidos também;
Na manufatura, o sistema fabril substituiu a antiga
indústria de oficinas, primeiramente na indústria têxtil e
mineração de carvão e depois também nas indústrias de aço
e ferro; a invenção de diversas máquinas tornou essas
mudanças possíveis, a mais importante delas sendo a
máquina à vapor de James Watt (1765-66).
Como resultado da Revolução Industrial:
A Grã-Bretanha se tornou a superpotência econômica,
financeira e comercial; não teve grandes rivais até a
segunda metade do século XIX;
O centro da economia mudou do Sul e Leste agrícolas para
o centro (o “Black Country”) e para o norte; essas regiões se
tornaram também as partes com maior densidade
demográfica do país;
Duas novas classes sociais emergiram: operários e
industriais.
4. A Era Vitoriana
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O reinado da rainha Vitória (1837-1901) sucedeu o período de
Regência (1811-37) que ocorreu devido às incapacidade físicas e
mentais do herdeiro do trono à época, George III, que passou o
trono ao seu filho como Príncipe Regente. Com a morte de
George III em 1820, o Príncipe Regente se tornou rei George IV.
Seu reinado foi altamente impopular entre a população em geral
e sua morte foi recebida com indiferença e alívio. O antecessor
de Vitória, William IV (1830-37), foi um rei carismático e
consciente, e começou o trabalho de restauração da confiança
pública na monarquia. A filha de George IV, a princesa Charlotte,
era a única herdeira do trono, mas morreu em 1817, deixando o
futuro do reinado em dúvida. George IV se recusou a ter mais
filhos e então o Parlamento teve que pedir aos seus irmãos para
terem filhos. Apenas o duque de Kent teve sucesso, e sua filha,
Vitória, nasceu em 1819.
Com a morte de William IV, a rainha Vitória tomou posse em
1837, quando tinha apenas 18 anos. Era considerada a “Esperança
da Nação” e suscitou um grande interesse público desde sua
infância. Casou-se com o príncipe Albert de Saxe-Coburg-Gotha
em 1840, que durante 21 anos, até sua morte, teve grande
influência sobre a rainha e era praticamente considerado o líder
do país.
Após a morte do príncipe Albert em 1861, a rainha Vitória passou
por um período de isolamento, até 1887, no qual, no entanto, não
deixou de exercer suas atividades reais. Seu marido a ensinou a
ser uma servidora pública consciente, e ela deu grande atenção à
rotina diária de negócios e administração, em uma época em que
grandes reformas políticas e sociais estavam transformando a
Inglaterra:
O “Mines Act” (1842), que proibia o trabalho ilegal de
crianças e mulheres;
Várias leis trabalhistas que estabeleceram uma jornada de
trabalho de 10 horas;
A lei da educação de 1870;
A lei sobre saúde pública de 1875;
As leis sindicais de 1871 e 1876;
E os “Reform Acts” de 1867 e 1884 que expandiram os negócios e
o comércio 
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Durante seu reinado, o império britânico dobrou de tamanho. A
Nova Zelândia se tornou parte do império em 1840, o Canadá um
domínio imperial em 1867 e a Austrália um membro do
Commonwealth em 1900. O império se consolidou e se expandiu,
no entanto, com maior dificuldade em Mianmar, na região do
Pacífico, no Egito, na África do Sul e na Índia. Guerras foram
travadas no Egito (1881) e na África do Sul (1899-1902), e uma
revolta contida na Índia (1857), antes do reinado britânico ser
finalmente estabelecido nesses países. O primeiro-ministro
Benjamin Disraeli obteve o controle sobre o Canal de Suez, no
Egito, em 1875. A rainha se tornouImperatriz da Índia em 1876.
Apesar da participação na Guerra da Crimeia (1853-1856), a
Inglaterra não se envolveu em conflitos na Europa durante quase
cem anos, entre 1815 e 1914.
A rainha Vitória morreu em 1901, aos 81 anos, após 64 anos de
reinado, finalizando uma era de prosperidade e grande
desenvolvimento econômico e social na Inglaterra. O trono foi
passado para seu filho mais velho, Edward VII (1901-1910).
 
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VÍDEO: PRIMEIROS VERSOS DO MANUSCRITO
BEOWULF, EM INGLÊS ANTIGO.
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Referências
DELDERFIELD, Eric R. Kings and Queens of England and Great Britain. David & Charles.
1995.
NANGONOVÁ, Stella. British History and Culture. E-learning material "The UK 2006".
Disponível em: http://www1.osu.cz/~valoskova/stud_opora_Stella.pdf
(http://www1.osu.cz/~valoskova/stud_opora_Stella.pdf). Acessado 10/04/17.
PATERSON, Michael. A Brief History of Life in Victorian Britain. Running Press. 2008.
The Online Encyclopedia of Writing Systems and Languages. Old English / Anglo-Saxon
(Ænglisc). Disponível em: http://www.omniglot.com/writing/oldenglish.htm
(http://www.omniglot.com/writing/oldenglish.htm). Acessado 10/04/17.
 
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