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TUMORES DA TIREOIDE Nódulos da tireoide: · Nódulos palpáveis: 5% nas mulheres e 1% nos homens · Nódulos em ecografia: até 68% dos pacientes · Excluir neoplasia: 7 a 15% dos casos Obs: PROVA: maioria é benigno (60,5%) · Tumor mais frequente em mulheres · Baixa letalidade: bom prognóstico · Eco é o melhor exame para tireoide (de escolha) AVALIAÇÃO INICIAL DO NÓDULO: (prova) · > 1 cm: sempre investigar !!!!!! · < 1 cm: fatores de risco · Radioterapia de cabeça e pescoço · Irradiação na infância ou adolescência · História familiar de câncer da tireoide · Crescimento rápido e/ou disfonia · Nódulos relacionados com hipertireoidismo raramente são malignos QUANDO FAZER PUNÇÃO DO NÓDULO? (prova) · > 1 cm com características ultrassonográficas suspeitas · Hipoecoico, microcalcificações, margens irregulares, mais alto do que largo, ausência de halo hipoecóico · > 1,5 cm com características ultrassonográficas NÃO suspeitas · Iso ou hiperecóico, parcialmente cístico com áreas sólidas excêntricas · Associado a linfonodomegalia: sempre · Espongiforme > 2 cm · Cístico puro: não precisa fazer punção · < 1 cm: risco muito baixo de neoplasia, só deve ser acompanhado ( ecografia em 12 a 24 meses) Obs: vai cobrar o nódulo de 1,2 cm Classificação de TI-RADS COMO É FEITA A PUNÇÃO DO NÓDULO? PAAF: punção aspirativa por agulha fina → feito guiado por US. Gera a classificação Bethesda Classificação Bethesda: 3 e 4 → teste genético E tireoide com vários nódulos? · Cada nódulo deve ser avaliado de maneira independente · A conduta de PAAF depende do aspecto de cada nódulos · Bócio multinodular: várias lesões císticas · Lesões puramente císticas não precisam de punção! CARCINOMA PAPILÍFERO: · Tipo mais comum (85% dos casos) · Mulheres de 30 a 40 anos · Multicêntrico: 80% dos casos · Disseminação linfonodal: 35-65% · Metástase à distância: baixa · Sobrevida 5 anos: até 95% CARCINOMA FOLICULAR: · 10% dos casos (2° mais comum) · Mais comum em mulheres > 40 anos · Tumor solitário · Multicentricidade é incomum · Metástases linfonodais: 20% · Metástase à distância: até 65% (ossos e pulmões) · PAAF não consegue fazer diagnóstico prévio à cirurgia · Constatar invasão vascular ou capsular · Diagnóstico: após a tireoidectomia · Bethesda IV (suspeito de lesão folicular) · Risco de uma lesão folicular (PAAF) de ser um carcinoma folicular: 15 a 40% TUMOR DAS CÉLULAS DE HÜRTLE · PAAF não consegue fazer diagnóstico prévio à cirurgia · Era considerado uma variante do carcinoma folicular até 2017 · Tumor mais agressivo que o folicular · Incidência de metástases pulmonares : 25 a 35% · Não responde a tratamento com Iodo · Sobrevida: 50 a 75% (folicular até 85%) CARCINOMA MEDULAR · 3 a 10% dos casos · Até 25% : formas hereditárias: · NEM 2A (90%): feocromocitoma e hiperparatireoidismo · NEM 2B : feocromocitoma, hábito marfanóide e ganglioneuromatose · CMTF: 4 ou mais membros da mesma família afetados · Mais agressivo, mas tem um prognóstico não muito ruim CARCINOMA ANAPLÁSICO · 1 a 2% dos tumores, mas 50% dos óbitos por câncer de tireóide → é o do idoso · Altamente agressivo · Fatores de risco: > 60 anos, sexo feminino, áreas de bócio endêmico · Massa cervical anterior de crescimento rápido, causando sintomas de compressão/ invasão local (disfagia, disfonia, dispneia) · Crescimento rápido, com tecido endurecido · Frequente metástases: ossos, pulmão e SNC · Cirurgia rara, mas só quando não há metástase → tratamento mais paliativo · Sobrevida: 5 a 6 meses · Resistente a iodo, quimio e radioterapia TRATAMENTO: (prova) · O tratamento curativo é cirúrgico!!!! · Tireoidectomia total: de escolha na maioria dos casos · Lobectomia: tumores < 1 a 1,5 cm, único, sem extensão extra-tireoidiana, tipo papilífero ou folicular · Baixo risco: sem exposição prévia à radiação · Ausência de metástase linfonodal · Pode ser o cirurgião de C/P, oncológico ou geral · Complicações: hipocalcemia Tireoidectomia total → mais usada · Tumores > 1 a 1,5 cm · Extensão extra-tireoidiana · Tumor multicêntrico · Metástase linfonodal · Invasão vascular ou margens comprometidas após lobectomia ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO: · Baixo risco: tumor intratireoidiano, sem invasão extratireoidiana e invasão vascular, ausência de metástases · Médio risco: invasão extratireoidiana microscópica, linfonodo positivo, captação de iodo no pescoço fora do leito tireoidiano, invasão vascular · Alto risco: invasão extratireoidiana macroscópica, ressecção incompleta, metástases, valores elevados de tireoglobulina após a cirurgia TRATAMENTO ADJUVANTE: · Tratamento adjuvante: todo tipo de tratamento feito após uma cirurgia por câncer para diminuir recidivas de acordo com a estratificação de risco · Iodoterapia · Supressão com levotiroxina · Quimioterapia: doença metastática, eficiência reduzida → paliativo IODOTERAPIA · Administração de I 131 ( iodo radioativo) para fazer ablação de focos remanescentes de tecido tireoidiano · Reduzir recidiva e metástases · Mais eficaz quando não há tecido tireoidiano remanescente (tireoidectomia total) · Depende da captação de iodo: carcinomas papilíferos e foliculares · Captação é melhor quando há níveis mais elevados de TSH · Exame com Iodo-7 uma semana antes para avaliar captação · Indicações: pacientes de médio e alto risco, tumores > 4 cm, tumores entre 1 e 4 cm, caso houver linfonodo positivo · Especialidade médica: Medicina Nuclear SUPRESSÃO COM LEVOTIROXINA · Também para reduz recidivas, pois tira um estimulador de crescimento · Devo manter os níveis de TSH normal após tireoidectomia por câncer? Depende do risco · Alto risco: TSH < 0,1 mU/L · Risco intermediário: TSH entre 0,1 e 0,5 mU/L · Baixo risco: TSH entre 0,5 e 2 mU/L MAPA MENTAL: image4.png image6.png image8.png image2.png image7.png image1.png image5.png image3.png