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Política Externa e Cambial

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ECONOMIA EMPRESARIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caro (a) estudante, 
 
Ao assistir a um noticiário, ler o jornal ou acessar suas redes sociais, 
você deparará com informações sobre como os países interagem entre si e 
com outros atores externos (organizações internacionais, organizações não 
governamentais, empresas e atores transnacionais) no âmbito internacional, 
em diversas áreas como a política, econômica, ambiental, humanitária, 
cultural e social. A Política externa é o conjunto de ações e decisões que um 
ator específico, como um Estado, toma em relação a outros ou atores fora de 
suas próprias fronteiras. Como a política externa é desenvolvida e 
implementada com base nos interesses, demandas e oportunidades dos mais 
diversos indivíduos e grupos, em contextos nacionais e internacionais que 
variam, cada um dos atores, particularmente os Estados, terá uma política 
externa com características e ações específicas. 
Ness aula, você estudará sobre as políticas externas, cambial e 
comercial, o tipo de regime cambial adotado pelo país, os fatores que afetam 
as importações e exportações e a estrutura do balanço de pagamentos. 
AULA – 7 
POLÍTICAS 
EXTERNAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nesta aula, você vai conferir os contextos conceituais da psicologia entenderá 
como ela alcançou o seu estatuto de cientificidade. Além disso, terá a oportunidade 
de conhecer as três grandes doutrinas da psicologia, behaviorismo, psicanálise e 
Gestalt, e as áreas de atuação do psicólogo. 
▪ Compreender o conceito de psicologia 
▪ Identificar as diferentes áreas de atuação da psicologia 
▪ Conhecer as áreas de atuação do psicólogo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ Compreender as políticas externas, cambial e comercial; 
➢ Reconhecer o tipo de regime cambial adotado pelo país; 
➢ Apontar os fatores que afetam as importações e exportações. 
 
 
Bons estudos! 
 
 
 
7 POLÍTICAS EXTERNAS 
 
Segundo Vasconcellos e Garcia (2019), a ação do governo na área externa 
pode ser através da política cambial ou da política comercial. A política cambial está 
preocupada com as mudanças na taxa de câmbio, enquanto a política comercial 
consiste em mecanismos que interferem o fluxo de mercadoria e serviços. 
7.1 Política cambial 
 As políticas cambiais são determinadas pelo tipo de regime cambial adotado 
pelo país. 
 
7.1.1 Regime de Taxas Fixas de Câmbio 
 
O Banco Central define antecipadamente a taxa de câmbio com a qual o 
mercado deve operar. Conforme as regras do sistema financeiro internacional, se um 
país estabelece sua taxa de câmbio, é obrigado a disponibilizar reservas ao mercado 
quando necessário (seja pelos exportadores, turistas ou saídas de capital financeiro). 
 O regime de câmbio fixo foi adotado principalmente por países com altas taxas 
de inflação (Argentina, Brasil) entre 1980 e 1990, porque ao fixar o valor de uma 
moeda estrangeira em termos da moeda do país, o preço dos produtos importados 
não se eleva com as variações cambiais. Evidentemente, os produtos estrangeiros 
(como, o petróleo) podem se elevar no exterior (em dólares), o que certamente afetará 
os preços dos países importadores, mas isso não está relacionado com o regime 
cambial desses países. 
 A principal desvantagem do regime de câmbio fixo decorre do fato de como o 
país adota esse regime é obrigado, pelas regras internacionais, a disponibilizar suas 
reservas cambiais, estas ficam mais vulneráveis a elevações na demanda por moeda 
estrangeira, que pode ser ocasionada por ataques especulativos ou pagamentos 
elevados de dívidas externas (públicas e privadas). Quando esses ataques 
acontecem, o país, ao manter o regime de câmbio fixo, vê-se obrigado a manter 
elevadas taxas de juros, evitando a saída de reservas, atraindo capital financeiro 
internacional e desestimulando aplicações de residentes do país em moeda 
estrangeira. 
 
 
Desse modo, a política monetária está totalmente amarrada à questão cambial, 
em vez de ser direcionada a outros objetivos de política econômica (como, uma 
redução da taxa de juros para estimular o crescimento e o emprego). Isso explica 
porque houve a elevação das taxas de juros no Brasil após a crise asiática de 1997, 
quando a taxa de juros nominal chegou a atingir os 45% anuais, a maior taxa do 
mundo (e ainda hoje uma das maiores do mundo) (VASCONCELLOS; GARCIA, 
2019). 
Dentro do regime de câmbio fixo, existe o sistema de bandas cambiais. O 
Banco Central estabelece os limites superior e inferior (uma banda) dentro dos quais 
a taxa de câmbio pode flutuar. É considerado câmbio fixo, porque o limite de variação 
da taxa de câmbio é fixado. Diante disso, o Banco Central é obrigado a disponibilizar 
suas reservas cambiais, quando requeridas. 
 
7.1.2 Regime de Taxas Flutuantes ou Flexíveis de Câmbio 
 
 
Vasconcelos e Garcia (2019, p. 230), indicam que “[...] taxa de câmbio é 
determinada pelo mercado de divisas, ou seja, pela oferta e demanda de moeda 
estrangeira”. Ainda segundo os autores: “Diferentemente do sistema de câmbio fixo, 
o Banco Central não é obrigado a disponibilizar suas reservas cambiais” 
(VASCONCELLOS; GARCIA, p. 230, 2019). 
A principal vantagem do regime de câmbio flutuante é a defesa das reservas 
cambiais: o mercado determina a taxa de câmbio desejada com base no movimento 
da oferta e demanda de divisas, e o Banco Central não se obriga a ajustar suas 
reservas. Dessa forma, as autoridades podem direcionar os instrumentos de política 
monetária, sobretudo as taxas de juros, para atingir outras finalidades, como o 
incentivar o nível de atividades e do emprego. 
O impasse básico desse sistema é que a taxa de câmbio pode tornar-se muito 
volátil, sujeita às alterações do mercado financeiro nacional e internacional, inclusive 
especulativas. Grandes desvalorizações podem ocorrer rapidamente, elevando os 
preços dos produtos importados e, consequentemente, impactando a taxa de inflação 
do país. 
De fato, mesmo em regimes de câmbio flutuante, o Banco Central intervém 
indiretamente na determinação da taxa de câmbio, por meio da compra e venda de 
 
 
divisas no mercado, mantendo-a dentro de níveis que julga adequados, dependendo 
dos objetivos gerais de política econômica. Por exemplo, se as autoridades 
econômicas decidirem que a taxa de câmbio está muito alta e pressionarem a inflação, 
o Banco Central injetará dólares no mercado (aumentando a oferta de diminuindo sua 
cotação); se considerarem que a taxa está muito baixa, e a finalidade for estimular as 
exportações, o Banco Central compra dólares no mercado, elevando sua cotação, 
conhecido como flutuação suja (dirty floating), regime cambial aplicado pela maioria 
dos países. Observe as principais diferenças entre os regimes de câmbio fixo e 
câmbio flutuante (Quadro 1). 
 
Quadro 1 - Regimes cambiais 
 
 Câmbio Fixo Câmbio Flutuante (Flexível) 
 
 
 
Características 
➢ Banco Central fixa de 
câmbio. 
➢ Banco Central é 
obrigado a disponibilizar 
as reservas cambiais. 
➢ O mercado (oferta e demanda 
de divisas) determina a taxa de 
câmbio. 
➢ Banco Central não é obrigado a 
disponibilizar a reservas 
cambiais. 
 
 
Vantagens 
➢ Maior controle da 
inflação (custos das 
importações estáveis). 
➢ Política monetária mais 
independente do câmbio. 
➢ Reservas cambiais mais 
protegidas de ataques 
especulativos. 
 
 
 
Desvantagens 
 
 
➢ Reservas cambiais 
vulneráveis a ataques 
especulativos. 
➢ A política monetária 
(taxa de juros) fica 
dependente do volume 
de reservas cambiais. 
➢ A taxa de câmbio fica muito 
dependente da volatilidade do 
mercado financeiro (inter) 
nacional. 
➢ Maior dificuldade de controle 
das pressões inflacionárias, 
devido às desvalorizações 
cambiais (pass-through). 
Fonte: adaptada Vasconcellos e Garcia (2019). 
 
 
7.2 Políticacomercial 
Vasconcellos e Garcia (2019), destacam as seguintes políticas comerciais 
externas: 
 
➢ Alterações das tarifas sobre importações: quando as políticas 
adotadas visam proteger a produção interna, como no processo de 
substituição de importações empregado na maioria dos países em 
desenvolvimento até a década de 1970, isso geralmente envolve a 
elevação do imposto de importação e de outras taxas e impostos sobre 
produtos importados. Em contrapartida, a abertura comercial, ou 
liberalização das importações, reduzem as tarifas sobre produtos 
importados. 
➢ Regulamentação do comércio exterior: são obstáculos burocráticos, 
impossibilitando as transações com o exterior e também o 
estabelecimento de cotas ou proibições às importações de certos 
produtos, representando barreiras qualitativas às importações. 
 
As políticas comerciais estão sujeitas aos padrões estabelecidos pela 
Organização Mundial do Comércio (OMC), cujo objetivo é conter políticas 
protecionistas e práticas de dumping, isto é, impedindo que um país venda a preços 
de mercado inferiores aos seus custos de produção, sendo uma forma de aumentar a 
participação nos mercados mundiais. 
O dumping social é relativamente novo, a prática de dumping, ou venda abaixo 
dos custos de produção, é relativamente comum entre as empresas em um país, 
porém é proibido no comércio internacional. No entanto, alguns países asiáticos 
(China, Vietnã e Paquistão), que possuem baixo custo de mão de obra, exportam 
produtos a preços baixíssimos, extinguindo a concorrência em muitos setores, 
principalmente naqueles que exigem baixo nível de tecnologia, como têxteis, 
vestuário, entre outros. Precisamente, não estão se opondo à OMC, porque não estão 
subsidiando suas exportações, já que não estão vendendo abaixo dos custos de 
produção. 
 
 
 
7.3 Fatores que mais afetam as importações e exportações 
Para entender melhor como funcionam as políticas econômicas, é interessante 
saber quais fatores mais afetam as importações e exportações. 
 
7.3.1 Exportações 
 
Para simplificar, imagine o dólar como uma moeda estrangeira. No entanto, as 
exportações agregadas são afetadas, coeteris paribus, por tais variáveis: 
 
➢ Preços internos em reais: ao aumentar os preços internos de produtos 
exportáveis, as exportações podem desacelerar e estimularem a venda 
no mercado interno; 
➢ Preços externos em dólares: subindo os preços dos produtos 
brasileiros no exterior, devem elevar as exportações nacionais; 
➢ Taxa de câmbio (reais por dólares): a elevação da taxa de câmbio, 
deve incentivar as exportações, seja porque os exportadores brasileiros 
receberão mais moedas nacionais pela mesma quantidade de dólares 
anteriores ou os compradores estrangeiros comprarão mais produtos do 
Brasil pelo mesmo dólar de anteriores. 
➢ Subsídios e incentivos às exportações: sejam eles fiscais (com 
isenção de impostos) ou financeiros (redução de juros, opções de 
financiamento), sempre favorecem as exportações. 
➢ Renda mundial: um aumento dessa renda seguramente impulsionará o 
comércio internacional, portanto, as exportações brasileiras 
(VASCONCELLOS; GARCIA, 2019). 
 
7.3.2 Importações 
 
 Os fatores mais importantes que determinam o comportamento das 
importações agregadas são: 
 
➢ Tarifas e barreiras às importações: a imposição de barreiras 
quantitativas (aumento das tarifas sobre importações) ou qualitativas 
 
 
(proibição da importação de determinados produtos, estabelecimento de 
cotas ou limitações burocráticas) causa uma inibição nas compras de 
produtos importados. Em contrapartida, a redução de barreiras e 
isenções fiscais tem o efeito de incentivar as importações. 
➢ Preços internos em reais: aumentando os preços dos produtos 
produzidos no país, estimulará a compra dos afins no mercado externo, 
aumentando as importações; 
➢ Preços externos em dólares: ao subir os preços dos produtos 
importados no exterior em dólares, as importações brasileiras reduzirão; 
➢ Renda e produto nacional: as exportações dependem das condições 
de renda global, enquanto as importações dependem mais da renda 
nacional. Aumentos na produção e na renda nacional, significam que os 
países crescem e demandam mais produtos importados na forma de 
matérias-primas ou bens de capital; 
➢ Taxa de câmbio (reais por dólares): aumentando a taxa cambial 
(desvalorização cambial) implicará aumento da despesa aos 
importadores, pelo fato de pagar mais reais pelos mesmos produtos 
anteriormente importados, independentemente de manterem seus 
preços em dólares, exigirão mais moeda nacional. 
 
As informações expostas, possibilita determinar relações estatísticas, 
permitindo analisar o resultado de cada variável sobre o desempenho das importações 
e exportações, orientando as definições da política econômica em associação ao setor 
externo da economia. 
7.4 Estrutura do balanço de pagamentos 
A estrutura de balanço de pagamentos é o registro analítico de todas as 
transações econômicas efetivadas entre os residentes internacionais e nacionais, 
registrando as exportações e importações de um determinado período, como seguros, 
fretes, investimentos estrangeiros. Isto é, todas as transações com mercadorias, bem 
como transferências de capital físico e financeiro entre o país e os demais. A 
contabilização dessas transações segue as normas da contabilidade geral, usando o 
 
 
método das partidas dobradas. 
No entanto, no caso de operações externas, não existe exatamente uma conta 
Caixa e, regularizando esta situação, nesse caso, é utilizada uma conta denominada 
Ativos de Reserva. O processo idêntico ao da contabilidade privada: quando o dinheiro 
entra na empresa, ele é debitado da conta da Caixa. Quando isso ocorre na apuração 
do balanço de pagamentos, é debitado a conta Ativos de Reserva e em casos de saída 
de dinheiro, essa é creditada na Variação de Reservas. Exemplos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vale ressaltar, as contas do balanço de pagamentos concernem somente ao 
fluxo de um determinado período e não aponta a totalidade do endividamento externo 
e das reservas intermediárias do país (denominadas como estoques). Todavia, é 
possível determinar a oscilação da dívida externa, que pode ser determinada pela 
diferença entre o recebimento de investimentos e financiamentos, e os pagamentos 
executados (amortizações e liquidações de dívida comercial). “A variação das 
reservas internacionais, as divisas estrangeiras, ouro e direitos especiais de saque 
(DES) que estão em poder do Banco Central ou depositados no FMI, é dada pela 
conta Ativos de Reserva” (VASCONCELLOS; GARCIA, p.234, 2019). O balanço de 
pagamentos é subdividido nas seguintes categorias: 
 
a) Renda Primária: refere-se a antiga conta renda e inclui: remuneração de 
empregados, remessas de lucros e dividendos, pagamentos (ou 
recebimentos) de juros e outras rendas decorrentes de diversos tipos de 
investimentos, etc. 
b) Renda Secundária: Apresenta a renda originada em outro país e 
Exportações à vista: 
C – Exportações 
D – Ativos de Reservas 
 
Fretes pagos: 
C – Ativos de Reservas 
 D – Fretes 
 
 
 
distribuída internamente (exceto aquelas constantes na renda primária). As 
transferências pessoais constituem o item mais importante dessa conta. O 
envio de recursos por parte de imigrantes brasileiros em outros países para 
residentes no Brasil, são exemplos dessa transferência. Tratando-se da 
antiga conta de Transferências Unilaterais Correntes. 
c) Transações correntes: a soma dos balanços comercial, de serviços e de 
transferências unilaterais resulta no saldo de conta-corrente e /ou balanço 
de transação corrente. Caso o saldo do balanço de transações correntes 
apresente valor negativo, tem-se uma poupança externa positiva, porque 
indica que o país aumentou endividamento externo, em termos financeiros, 
porém absorveu bens e serviços em termos reais do exterior.Se o balanço 
de transações correntes for positivo, significa que o Brasil enviou mais bens 
e serviços ao exterior que recebeu, é uma poupança externa negativa. Essa 
conta também é conhecida como Conta-Corrente (na imprensa, é 
comumente chamada de Saldo em Conta-Corrente do Balanço de 
Pagamentos). 
d) Serviços: registram-se os serviços pagos e/ou recebidos pelo Brasil 
envolvendo: fretes, despesas de transportes, viagens internacionais 
(turismo), seguros, serviços financeiros, serviços de propriedade intelectual, 
serviços culturais, serviços governamentais etc. (VASCONCELLOS; 
GARCIA, p. 233, 2019). 
e) Balança Comercial: esta conta se preocupa principalmente com o 
comércio de mercadorias. Incluídas no conceito Free On Board (FOB) estão 
as exportações, isentas de fretes e seguros, e as importações FOB. Se as 
exportações excedem as importações, há superávit na balança comercial; 
senão, há um déficit. 
f) Conta Capital: são registradas transações relacionadas a compra e venda 
de ativos não financeiros e transferências de capital. 
g) Conta Financeira: na conta financeira, surgem as transações que criam 
variações no ativo e no passivo externo do país, que alteram a sua posição 
devedora ou credora diante do resto do mundo. Isto é, são transações que 
geram direitos ou obrigações a serem exercidos em algum momento no 
futuro. A conta consiste em um aumento (ou diminuição) em ativos de 
 
 
investimento direto ou em carteira no exterior. Assim, por exemplo, 
aplicações (ou desaplicações) realizadas fora do país por residentes, em 
ações, bem como passivos de investimento direto e em carteira, são, ao 
contrário, aplicações feitas no mercado nacional por não residentes. Inclui 
outros investimentos como aplicações em derivativos e investimentos como 
empréstimos comerciais e outras transações financeiras. Esta é a conta 
primordial que representa a entrada de poupança externa no país e assim 
financia um possível desequilíbrio na Balança de transações correntes ou, 
pelo contrário, representa a saída de poupança doméstica para o exterior. 
Um componente importante desta conta são os ativos de reserva, que 
representam a variação das reservas internacionais que o país possui. 
h) Erros e omissões: é a diferença entre as transações correntes e as contas 
capital e financeira, resultante de erros de apuração que ocorrem na 
tentativa de compatibilizar transações físicas e financeiras com diversas 
fontes de informação (Banco Central, Secretaria do Comércio, Receita 
Federal, Departamento de Comércio Exterior, entre outras). Como o Banco 
Central tem o maior controle sobre o componente Financiamento do 
Resultado, considere-se que seu saldo é correto, e calcule a diferença entre 
este item e a soma de transações correntes mais as contas Capital e 
Financeira em Erros e Omissões. A política do Fundo Monetário 
Internacional (FMI) é permitir erros e omissões de até 5% do total das 
exportações e importações. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
VASCONCELLOS, M. A. S.; GARCIA, M. E. Fundamentos de economia. 6.ed. São 
Paulo: Saraiva, 2019.

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