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Avaliação Capilar e Alopecia

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AVALIAÇÃO CAPILAR 
 
 
 
 
SOBRE A FACULDADE 
 
 
Propósito 
 Mudar a vida das pessoas para melhor. 
 
Missão 
• Educar profissionais da saúde e negócios para fazer diferença no mercado e 
na vida. 
 
Visão 
• Proporcionar educação de qualidade segmentos da Saúde, Estética, Bem- 
Estar e Negócios, tornando-se referência nos mercados regional, nacional e 
internacional. 
 
Valores 
• Liderança: porque devemos liderar pessoas, atraindo seguidores e 
influenciando mentalidades e comportamentos de formas positiva e vencedora. 
• Inovação: porque devemos ter a capacidade de agregar valor aos produtos da 
empresa, diferenciando nossos beneficiários no merca- do competitivo. 
• Ética: porque devemos tratar as coisas com seriedade e em acordo com as 
regulamentações e legislações vigentes. 
• Comprometimento: porque devemos construir e manter a confiança e os bons 
relacionamentos. 
• Transparência: porque devemos sempre ser verdadeiros, sinceros e ca- pazes 
de justificar as nossas ações e decisões. 
AVALIAÇÃO CAPILAR 
 
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SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4 
AVALIAÇÃO CAPILAR .............................................................................................. 5 
Fisiologia do pelo ...................................................................................................... 5 
Fases de crescimento do pelo ................................................................................. 6 
Alopecia androgenética ............................................................................................ 7 
Alopecia difusa não cicatricical ............................................................................... 9 
Alopecia areata .......................................................................................................... 9 
Alopecia cicatricial .................................................................................................. 10 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO CAPILAR 
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INTRODUÇÃO 
 
 
Com a estética em evidência nos tempos atuais, é grande a preocupação com 
a beleza, especialmente com o cabelo, tanto em homens como nas mulheres. Porém, 
maior ainda se torna a preocupação quando os cabelos começam a cair e a alopecia 
começa a mostrar seus sinais clínicos (WEIDER, 2008). 
A Alopecia ou queda de cabelo vem sendo objeto de estudos há vários anos, 
seja por afetar diretamente a qualidade de vida de muitos indivíduos, seja pela 
possibilidade de ser um parâmetro indicador de disfunção e/ou outra patologia. 
Atualmente as indústrias cosméticas pautadas em princípios farmacológicos e 
dermatológicos, são os maiores investidores em pesquisas cada vez mais elaboradas 
como forma de compreender, retardar e atenuar este processo. 
Este problema acomete, em grande parte os homens e com menos frequência 
as mulheres. A evolução dessa doença pode trazer transtornos psicológicos às 
pessoas, isso faz com que ela procure recursos para reverter esta situação. 
Para que um bom tratamento seja realizado, é necessário que saibamos 
identificar entre os vários tipos de alopecia, qual é a que está acometendo o paciente. 
Sendo assim, está apostila orientará quais são as alopecias descritas em literatura e 
quais são os testes mais efetivos para um melhor diagnóstico clínico e em 
consequência, poderemos tratá-lo de forma efetiva e satisfatória. 
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AVALIAÇÃO CAPILAR 
 
 
Segundo Costa (2014), o termo alopecia vem do grego alopekía, que significa 
ausência, rarefação ou queda, transitória ou definitiva, dos cabelos ou dos pelos, com 
expressão local, regional ou total. As alopecias têm várias causas e diferentes 
apresentações clínicas (Kede & Sabatovich, 2004). 
Kasper, Braunwald, Fauci, Hauser, Longo e Jamesn (2006) citado por 
Kleinhans (2012), existem uma classificação que separa as alopecias em cicatricial e 
não cicatricial. Apresentando diferentes causas, as alopecias cicatriciais incluem 
algumas doenças sistêmicas e distúrbios cutâneos primários como metástases 
cutâneas, sarcoidose e lúpus eritematoso, porém as alopecias não cicatriciais 
subdividem-se em distúrbios cutâneos primários como eflúvio telógeno, alopecia 
areata e traumática (Kleinhans, 2012). 
 
Fisiologia do pelo 
 
 
Os pelos são estruturas delgadas e queratinizadas, com origem a partir de uma 
invaginação da epiderme chamada folículo piloso, que apresenta uma dilatação 
terminal denominada bulbo piloso, que contém papila dérmica, vascularizada 
(Kleinhans, 2012). 
A haste capilar é composta por três partes: cutícula, córtex e medula (Harris, 
2005). A cutícula tem a função de proteger o córtex e controlar o conteúdo de água 
da fibra, já o córtex é responsável pela estrutura do pelo, enquanto a medula consiste 
em células na parte mais interna da haste capilar (Harris, 2005). 
De acordo com Junqueira e Carneiro (2004), a medula, o córtex e a cutícula do 
pelo são originados por diferentes conjuntos celulares, e as células mais periféricas 
formam a bainha interna e a bainha externa que são envolvidos pelo eixo do pelo que 
se posicionam de forma oblíqua à pele. 
Os pelos estão presentes e distribuídos ao longo de todo o corpo com diferentes 
expressões fenotípicas dependendo de onde se localiza. Eles podem ser divididos em 
dois tipos: os terminais e os velos. Os pelos velos são finos, despigmentados e sem 
medula, já os pelos terminais são grossos, longos, pigmentados e se localizam 
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somente no couro cabeludo, cílios e sobrancelha até a puberdade (Vogt, McElwee & 
Blume-Peytavi, 2008; Silva, 2011; Mulinari-Brenner & Hepp, 2012). 
 
https://www.ebah.com.br/content/ABAAAAGQcAC/bioquimica-beleza?part=3 
 
Fases de crescimento do pelo 
 
O ciclo do pelo pode ser dividido em três fases (Figura 3: fase anágena ou fase 
de crescimento, onde há o crescimento da estrutura capilar. Está em constantes 
divisões mitóticas na matriz do folículo, ou seja, há uma grande atividade celular 
(Kleinhans, 2012; Rebelo, 2015). Fase catágena ou fase de regressão é caracterizada 
pelo encurtamento epitelial da sua base, onde ocorre uma involução do folículo piloso 
(Kleinhans, 2012; Rebelo, 2015). E por último a fase telógena ou fase de repouso que 
caracteriza a fase de desprendimento do cabelo. Segundo a Sociedade Brasileira de 
 
http://www.drfabricioribeiro.com.br/blog/ciclo-vida-cabelo/ 
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAGQcAC/bioquimica-beleza?part=3
http://www.drfabricioribeiro.com.br/blog/ciclo-vida-cabelo/
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Cirurgia Dermatológica (SBCD, 2016), aproximadamente 90% dos cabelos 
estão na fase anágena. O restante encontra-se em telógena, cuja duração aproximada 
é de 2 a 4 meses. Ao final da fase telógena, inicia-se uma nova fase anágena 
(Kleinhans, 2012). 
 
Alopecia androgenética 
 
 
A alopecia androgenética é a perda de cabelo causada por fatores genéticos. 
É o tipo de alopecia mais comum na nossa sociedade, e que afeta, de uma forma 
geral, a maior parte dos homens, apesar de também se poder manifestar nas 
mulheres. 
A sua característica principal é a perda progressiva de cabelo na zona das 
entradas. Calcula-se que 90% dos homens com mais de 21 anos apresentam sinais 
de alopecia nesta zona e que uma vez atingida a idade de 40 anos, 50% dos homens 
tem a zona da parte superior do crânio despovoada. 
A alopecia androgenética produz-se pela presença da enzima 5-alfa-redutase 
e da hormona dihidrotestosterona, responsáveis pela queda do cabelo. A enzima 
transforma a testosterona em dihidrotestosterona (DHT), responsável pela redução do 
número de folículos pilosos, fazendo com que as membranas do couro cabeludose 
tornem rígidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
www.saudavelefeliz.com 
http://www.saudavelefeliz.com/
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A escala de avaliação difere para homens e mulheres, onde a escala de 
Hamilton Norwood é utilizada para classificar alopecia androgenética em homens e a 
escala Ludwig é utilizada para classificar em mulheres, conforme imagens a seguir. 
 
Para homens: Escala de Hamilton Norwood. 
www.dermatologiasp.com 
 
Para mulheres: Escala Ludwig para queda de cabelo. 
www.saudebeleza.org 
http://www.dermatologiasp.com/
http://www.saudebeleza.org/
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Alopecia difusa não cicatricical 
 
 
A alopecia difusa é a perda de cabelo progressiva e generalizada, que não 
chega a produzir calvície total. Afeta tanto homens como mulheres. Nestes casos, o 
cabelo adquire um aspeto fraco e sem vida, e percebe-se a sensação de escassez. 
(Barcaui, 2005) 
Este tipo de alopecia pode desenvolver-se, entre outros fatores, por causas 
endócrinas, por medicamentos ou pela alimentação. No primeiro caso constitui um 
sintoma de que existem problemas nas glândulas endócrinas, como por exemplo 
hipertiroidismo ou hipotiroidismo, patologias que costumam provocar a perda difusa 
do cabelo. 
Quanto à alopecia feminina, a causa mais frequente é a passagem do tempo, 
que faz com que o cabelo se torne mais fraco, frágil e fino. Esta também está 
relacionada com a etapa da menopausa, devido aos efeitos das alterações hormonais 
que ocorrem nessa altura e que afetam tanto o ritmo de crescimento do cabelo como 
o estado do mesmo. 
 
Alopecia areata 
 
Segundo a National Alopecia Areata Foundation (NAAF), dos Estados Unidos 
da América, a Alopecia Areata é uma doença autoimune mediada por linfócitos T (Rey 
& Bonamigo, 2006). 
Este tipo de alopecia manifesta-se por uma perda de cabelo em zonas 
concretas, fundamentalmente no couro cabeludo, mas que também pode surgir 
noutras partes do corpo. As causas pelas quais se produz vão desde a genética até 
ao stress, passando por determinadas doenças e fatores de tipo ambiental. 
É frequente a alopecia areata começar a manifestar-se através de sintomas 
como uma ou duas áreas de perda de cabelo, muito frequentemente no couro 
cabeludo. Mas também pode verificar-se na barba, nas sobrancelhas, e nos braços 
ou pernas. 
www.sbd-sp.org.br 
http://www.sbd-sp.org.br/
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Alopecia cicatricial 
 
 
A alopecia cicatricial é a calvície que se produz como resultado da má- 
formação, dano ou destruição dos folículos pilosos. (Blumeyer, et al 2011) 
Existem diferentes tipos de alopecia cicatricial: 
• Alopecia cicatricial primária – Este tipo de alopecia produz-se por alterações 
no desenvolvimento do folículo piloso, ou por alterações hereditárias. 
• Alopecia cicatricial primária adquirida – Existem determinadas dermatoses 
de origem autoimune ou de causa desconhecida que podem provocar a 
alopecia cicatricial. 
• Alopecia cicatricial secundária – Este tipo de alopecia aparece quando o 
folículo piloso se destrói secundariamente no decorrer de uma infeção, 
processo tumoral ou secundariamente em processos físicos como a 
radioterapia ou queimaduras. A comichão (dermatofitose) do couro cabeludo 
também pode dar lugar a uma alopecia cicatricial. 
 
Eflúvio Telogênico 
 
 
Eflúvio telógeno é um tipo de alopecia, caracterizada pela queda de cabelo 
difusa (Lynfield 1960 como citado em Bamgroo, Chauhan, 2005). 
Muitas vezes com início agudo e intenso, podendo cair mais de 600 fios diários 
(Pereira, 2006). Segundo Pereira (2006), o Eflúvio Telógeno é desenvolvido de 3 a 4 
meses depois da instalação da causa, podendo ser um estresse emocional ou físico, 
um fármaco, febre, parto e infecções. 
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A maioria dos fios capilares ocorre um estacionamento repentino da fase 
anágena que se transformam em telógenos, que caem após um tempo (meses). 
Quando descoberto e resolvido a causa, depois de uns dois ou três meses, o processo 
para. Logo, nota-se a recuperação total dos cabelos e os fios nascem e crescem 
sincronicamente, e no futuro o paciente poderá ter crise de queda de cabelo, muitas 
vezes confundido com a Alopecia Androgenética (Pereira, 2006; Headington 1993 
como citado em Pereira, 2006; Blume-Peytravi, 2011). 
 
www.mundoboaforma.com.br 
http://www.mundoboaforma.com.br/
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REFERÊNCIAS 
 
 
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Addor, F. A. S. A., Bombarda, P. C. C. P., Júnior, M. S. B., & de Abreu, F. F. (2014). 
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avaliação clínica e por fototricograma digital em 60 pacientes. Surgical & 
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STRADA, B. D.; TAMLER, C.; SODRÉ, C. T.; BARCAUÍ, C. B.; PEREIRA, F. B. C. 
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2, p. 179-183, 2010. 
 
Blumeyer, A., Tosti, A., Messenger, A., Reygagne, P., Del Marmol, V., Spuls, P. I., ... 
& Rzany, B. (2011). Evidence based (S3) guideline for the treatment of 
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Dermatologischen Gesellschaft, 9(s6), S1- S57. 
 
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