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Funcionalismo na Linguística

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Linguística: Funcionalismo 
Aula 01: Pressupostos Teóricos Funcionalistas 
Tópico 01: Concepções de língua e gramática
INSTITUTO UNIVERSIDADE VIRTUAL
Enquanto as gramáticas estruturais descrevem as estruturas gramaticais, tais como os 
fonemas, morfemas, e as gramáticas formais projetam modelos formais de linguagem, uma 
gramática funcional analisa a estrutura gramatical em correlação com a situação 
comunicativa, o que compreende o propósito de cada evento de fala, seus participantes e 
o contexto discursivo. Para o funcionalista, a situação comunicativa motiva, restringe, 
explica, ou, de outro modo, determina a estrutura gramatical (NICHOLS, 1984).
No paradigma funcionalista, concebe-se a língua como instrumento de interação 
social entre os seres humanos, utilizado com a intenção de estabelecer interações 
comunicativas.
Essa concepção não reduz a língua a um mero instrumento pronto para o uso. Mais 
complexo do que qualquer outro produto cultural, a língua varia e muda (conforme a região, 
a idade, a escolaridade, o estrato social, o contexto discursivo etc), pelo uso que dela fazem 
os indivíduos em sociedade. Numa visão baseada no uso da língua, a gramática é vista 
como organização cognitiva da experiência de alguém com a língua. Aspectos da 
experiência (por exemplo, a frequência de uso de certas construções ou exemplos 
particulares de construções) têm representação na memória dos indivíduos, o que pode ser 
evidenciado no conhecimento de sintagmas convencionalizados, bem como na variação e 
mudança linguísticas. Assim, exemplos particulares de construções podem adquirir suas 
próprias características pragmáticas, semânticas e fonológicas (BYBEE, 2006).
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